Desfavor convidado: Desfavor do futebol.


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Futebol, a paixão nacional é um desfavor.

Futebol, a velha paixão de 11 entre cada 10 brasileiros. Esse esporte é assunto em escolas primárias, secundárias, universidades, hospitais, escritórios, bares, casamentos, aniversários e até mesmo velórios. Ainda me lembro quando minha tia Alzira morreu e Dudu, meu primo, aproximou-se de mim e disse “Sabe quem foi contratado pelo timão? O Ronaldo fenômeno”. No momento eu não sabia se ria ou se chorava, mas a verdade é que o futebol está na boca do povo. Eu nem sei bem o porquê disso, afinal, é um jogo muito chato. Para quem vem de outro planeta e não sabe nada de futebol, aí vai uma breve explicação.

Participantes – Para jogar uma partida com time completo, é preciso ter 2 times com 11 jogadores cada (1 Goleiro + 10 que fazem parte da defesa, meio campo e ataque). Cada jogador possui uma função essencial, o Goleiro, por exemplo, tem que impedir que a bola entre no gol. A função da defesa é, basicamente, dar carrinhos no adversário e chutar a bola o mais longe possível da área próxima ao gol. Não sei muito bem o que faz o grupo do meio campo, mas deve ser tipo uma conexão das jogadas entre o pessoal da defesa e do ataque. O ataque sempre fica com a glória, são os atacantes os que mais fazem gol e ganham dinheiro. Fato: toda criança que sonha em ser boleiro, primeiro pensa em ser atacante. Se isso não der certo, aí que ela vai tentar outra função no time. Se isso também não der certo, a criança fica iludida com o mundo fantástico do futebol e vai estudar para ser médico, dentista, advogado, engenheiro ou outra profissão chata.

Objetivo – Como é fácil de supor, o objetivo do jogo é fazer gols, mas como? É o seguinte, os 22 jogadores correm por 90 minutos atrás de uma bola. Eles podem tocá-la com qualquer parte do corpo, menos a mão. Exceção a essa regra é o goleiro, que pode pegar tanto com as mãos quanto com os pés. Pois bem, com bola em jogo, os jogadores devem tentar acertar o gol adversário. Quanto termina os 90 minutos, ganha quem faz mais gols. Se o número de gols for igual, é considerado empate.

Regras – O jogo possui poucas regras, mas elas são complexas demais para serem explicadas por simples mortais como eu. Basicamente são três: falta, impedimento e pênalti.

Não irei me alongar nos detalhes, já deu pra perceber que é uma chatice sem tamanho. Além disso, no início de cada campeonato rola uma suruba entre os jogadores, que jogava em um time vai pra outro, aquele que fez gol em um time agora joga contra, quem era contra joga a favor, quem é homem vira gay, enfim, uma verdadeira salada.

Para tentar explicar o antepasto e as regras de etiqueta futebolísticas, criaram-se os programas de esporte (ou seja, programas de futebol com outros esportes em segundo plano). Neste tipo de programa, é comum ver um bando de tiozão barrigudo discutindo sobre a rodada do final de semana. Acabam sempre falando a mesma lenga lenga, de que tal jogada foi polêmica, de que tal time precisa fazer modificações, de que tal técnico fez uma estratégia diferente. Na minha humilde opinião, não vejo muita diferença entre um programa e outro. Parece que eles só gravaram o programa piloto e depois ficam reprisando a mesma coisa, com pequenos acréscimos de última hora.

Por outro lado, atualmente esse esporte está criando certos atrativos. O primeiro deles é ter criado um mundial só para mulheres. Pelo que me lembro, das brasileiras só a goleira dava pro gasto, mas do time americano, nossa, só tinha modela. Mesmo assim, as mulheres mais lindas continuam no vôlei (italianas forever). Bom, futebol é um bom motivo para bebemorar com os amigos, mas qualquer motivo é motivo pra encher a cara. Na verdade, acho que futebol só é bom mesmo pra dispersar a namorada / esposa / companheira. Frases como “Agora não que vai começar o futebol” ou “Mulé vai pegar a cerveja” são ótimas para quem quer ter 90 minutos de sossego, no mínimo.

Chester Chenson

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