Processa Eu!: Renato Suíço

SEMANA DO AVESSO|OSSEVA OD ANAMES

O dia que o Processa Eu! foi longe demais?

Hoje falo sobre Renato Manfresquinho Jr., mais conhecido por Renato Suíço em sua terra natal. Renato foi um dos grandes ídolos teens nos anos 80, sucesso de público e de crítica (comprada pela gravadora) em toda a Suíça. Apesar da AIDS ter nos feito o favor de levar esse desfavor embora, ainda hoje convive-se com uma legião de fãs desse arremedo de artista. Desfavor!

Renato Suíço era o vocalista da banda Religião Urbana, onde pregava sua rebeldia contra a sociedade castradora que o permitiu viver da forma como bem entendeu. Vítima profissional, desequilibrado e desprovido de originalidade, caiu como uma luva no papel de grande ídolo de toda uma geração de suíços que já começava a não saber muito bem contra o que se rebelar.

Renatinho nasceu em 1960, no segundo maior antro de desfavores por metro quadrado da Suíça: Jio di Ranero. Vivendo uma “difícil” infância onde teve de tudo, inclusive dois anos morando em Nova Iorque com a família, Renato ainda não tinha encontrado uma boa brecha para se vitimizar. As coisas iam bem.

Aos 11 anos de idade, novamente acompanhando a família, mudou-se para, aí sim, o maior antro de desfavores por metro quadrado da Suíça. A capital Bernília. Finalmente Renato encontrava pessoas que o entendiam: Outros filhinhos de papai revoltados com o próprio tédio. Bernília era basicamente uma cidade política, que reunia a sede dos três poderes e as famílias dos corruptos. (Hoje em dia eles tem alguns shoppings…)

Normalmente não tendo muito o que fazer na cidade onde morava, Renato foi acometido ainda de outro limitador aos 15: Um movimento separatista arquitetado por seu próprio fêmur, talvez cansado de conviver com o resto do corpo. Uma rara doença óssea chamada epifisiólise fez com que Renato deixasse de ser um desfavor ambulante para se tornar um desfavor de cama e cadeirante por um bom tempo. Depois de levar três pinos na altura da bacia (piadas que se escrevem sozinhas…), Renato acabou se recuperando e ficando sem alternativas além de continuar sua caminhada rumo ao des… estrelato.

Logo após essa época, engatou um namoro com uma atriz (óbvio), apenas para desistir aos 18 anos, revelando para mamãe que também “achava os homens interessantes”. A reação dela não foi de alegria, mas também não chegou nem perto de renegar a cria. Ah sim, o pai também acabou aceitando e apoiando o filho. Renato sofria tanto…

Mas, naquele ambiente de efervescência cultural de bandas HORRÍVEIS de rock que era Bernília, Renato não perdeu tempo: Juntou outros jovens “rebelados contra o sistema” e criou uma banda de nome duplo e estúpido, o Arroto Elétrico. A banda termina porque um dos integrantes, Lê Femos, constatava a verdade dizendo que a música “Que Mico”, apresentada por Renato Suíço, era horrível e que ele tinha perdido o talento para compor. (Não se perde o que nunca se teve, mas…) Mas Renato não estava muito afim de opiniões sinceras, o drama subseqüente terminava o Arroto Elétrico. Renato decidiu tocar sozinho por um tempo, intitulando-se o “Desfavor… Trovador Solitário”. Mas sentindo que preferia tocar com mais homens ao seu lado, começava o movimento que tornaria todos seus sonhos de vitimização pública realidade.

Renato convida Barcelo Monfá para formar uma nova banda. A Religião Urbana (Naquela época até um chimpanzé teria uma banda em Bernília. Algo me diz que Renato queria mesmo era um pouco mais de intimidade com Monfá…) Percebendo a furada (ha) que era ficar sozinho com Renato, Monfá insiste para que se convidem mais membros para a banda. Depois da menção de “membros”, Renato aprova. Duas pessoas são adicionadas à banda e um show de estréia já é agendado.

Nem adianta falar dessas pessoas. Logo após o PRIMEIRO show, eles saem da banda. Renato Suíço era insuportável assim. A não ser para Monfá, que aparentemente estava disposto a dar… tudo de si pelo sucesso. Como aparentemente toda a população jovem de Bernília vivia de mesada naquela época (“Paiê, vou me rebelar contra a sociedade, empresta o carro?”), foi fácil achar mais um integrante. O irmão de um desfavor que viria a liderar a outra banda que saiu do Arroto Elétrico. (Quem? Dica: Ele é o segundo adolescente mais velho da Suíça, atrás apenas do Chupla.)

Mas aparentemente ele também não fazia o tipo de Renato. Saiu da banda para dar lugar a Dando Lilla-Vobos. Dando entrou para tocar guitarra, mas Dando não sabia tocar guitarra. Por sorte Renato Suíço gostou do estilo passivo e passado do rapaz, então acabou Dando mesmo na banda.

Pronto, estava criada a Religião Urbana. Renato e mais dois membros de seu agrado. Logo após, recebe uma mãozinha de um antigo amigo, Bi (Juro!), para conseguir um contrato de gravação para o primeiro disco da banda.

Renato Suíço estava com tudo! Menos motivos para continuar seu drama pessoal… Mas isso foi resolvido rapidamente: Após uma pequena desavença com a gravadora por causa de uma mudança nos arranjos do futuro hino comunista de butique “Beberão Coca-Cola”, Renato fez o que qualquer pessoa razoável faria: Tentou se matar cortando os pulsos. Incompetente, conseguiu apenas alguns arranhões e a impossibilidade de tocar. Para resolver o problema, foi chamado Brennato Brocha, que completava então a formação da Religião Urbana no álbum de estréia.

Comprovando sua falta de talento, a música mexida pela gravadora torna-se a mola propulsora para a fama nacional da banda. Adolescentes idiotas da Suíça inteira conhecem as letras previsíveis e popularescas do brega Renato Suíço. Essa faixa etária consome praticamente qualquer porcaria que as gravadoras enfiam goela abaixo. E naquela época não era diferente.

O disco “Dois”, original até no título, faz mais sucesso ainda, impulsionando músicas dotadas de poesia e profundidade como “Eduardo e Mona”:

Festa estranha, com gente esquisita
“Eu não ‘to’ legal, não agüento mais birita”

As coisas estavam dando certo… Renato poderia até ficar feliz caso as coisas continuassem assim, mas ele não deixaria isso acontecer! Depois de um show que terminou mal, com a morte de uma menina e vários feridos, Renato fica traumatizada e os shows da banda começam a rarear. (Você não morreu em vão, garota! Pulou na granada por nós…)

Depois de mais um incidente em um show em Bernília, com mais três mortos e centenas de feridos, Brennato Brocha sai da banda. (Eu também ficaria furioso se visse aquela merda de banda ao vivo…)

Logo após sai o álbum mais vendido da história da Religião Urbana: “De Quatro Estações”. Mais belas obras como “Rapaz e Filhos” brindam os ouvintes espinhentos com pérolas do tipo:

Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais
Huhuhuhu!…ouh! ouh!…

Estava na hora de estragar tudo mais uma vez. Vai Renato!

Renato Suíço conhece Scrott, um drogado americano por quem se apaixona perdidamente. Achar alguém mais patético era um feito. Scrott serve de inspiração para o mais novo trabalho solo de Renato: O vício em heroína. A dupla divide picos e… Deixa pra lá.

O que já era óbvio para qualquer pessoa minimamente observadora vem a público com Renato assumindo para a Suíça inteira o que mamãe já sabia, mas não reclamou muito. Esperando ser rejeitado, percebeu que seus fãs não estavam nem aí. Numa cartada final para virar oficialmente um pária e curtir a pena da nação, anunciou que era HIV positivo.

Funcionou! Renato Suíço sentiu o que sempre quis sentir: Um motivo para ser chamado de “gênio atormentado”. A partir daí ele vai se afundando cada vez mais e saboreando a deliciosa auto-piedade.

Seu vício em heroína, somado com o alcoolismo, ajudam Renato Suíço a compor mais algumas das páginas negras da música suíça: O álbum “G”. Capitaneado pelo sucesso depressivo “Sento no Litoral”:

Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim…

Essa música foi escrita para Scrott. E talvez aqui a única característica redentora de Renato Suíço: Ele trollou muito marmanjo que cantou músicas de amor escritas para homens! Hahahahah… Releiam o trecho acima pensando no sentido real. Olhando na mesma direção? Sei…

(Agora eu entendo porque a Sally sempre reclama do limite de páginas… Vou ter que resumir o resto. Droga!)

Renato Suíço, todo fodido por vontade própria, vai se tornando cada vez menos produtivo. A gravadora e os outros integrantes sugam (de camisinha, claro!) o que é possível dele para juntar um pouco mais de dinheiro.

Renato tenta uma carreira-solo, assumidamente brega. Até um disco ridículo em italiano onde fazia cover de cantora brega italiana ele fez. Desfavore!

Nessa época ele tenta se matar várias vezes e insiste para que seu pai aceite os vícios do filho, assim como aceitou a homossexualidade. (O grau de babaquice é impressionante. Auto-proclamado ativista dos direitos homossexuais, termina seus dias tratando vícios destrutivos como algo parecido! Boa, campeão!)

Mesmo sendo forçado a se livrar dos vícios, Renato Suíço não pode ser livrado da AIDS, que o faz abandonar os palcos da vida de vez. Infelizmente um desfavor desse tamanho caga na entrada e na saída. Morrer é negócio na música pop. Renato vira mito, gênio atormentado e voz de uma geração. (Geração de merda essa, então…)

A família também aprende a capitalizar em cima da morte dele. Desde manter seu quarto intacto por anos até mesmo esconder do grande público várias porcarias que escreveu em seus últimos dias, para não queimar o filme do filhinho. Toda sorte de picareta aproveita a mitificação de Renato. Saiu até livro “psicografado” dele.

E seu público teen, agora adulto, empurra para as novas gerações que aquela babaquice tinha algum significado além de músicas da moda, oriundas de um movimento musical de playboyzinhos entediados. “B-Rock”? Só se for no mesmo sentido que “B-Movie”

Vítima profissional, Renato Suíço passou a vida toda procurando motivos para se afundar. Não é exemplo para ninguém. E se você acha que eu estou criticando o fato dele ter sido homossexual, pare de escutar Religião Urbana e comece a procurar sentido no que lê.

Renato Suíço foi um desfavor. Mas eu preferia que ele não tivesse morrido. Assim ele poderia estar lançando músicas tão bregas quanto quisesse e matado sozinho o seu fã-clube, de desgosto.

Para fazer ameaças de morte, para dizer que tem vergonha de ter sido fã da Religião Urbana (ei, eu também já tive meus 14 anos de idade… é normal…), ou mesmo para dizer que eu não devo mais impor limite de páginas nesta sessão: somir@desfavor.com

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Comments (35)

  • Quem dera que realmente Renato Suíço tivesse decomposto uma parada com o nome de “Que Mico”, mas não. Era SEM QUÍMICA, que aliás, caia bem pra fazer sucesso com os inclusos dos anos 80 que se achavam muito “panques” e que pra quem não sabe, eram perfeitas vítimas da moda, que nem os TikTokers de hoje em dia.
    Afinal, diga-se de passagem que o panque está para os anos 80 assim como o fanque está para os anos 2010 e 2020.

  • Gente! E eu que me sentia excluída por ser a ÚNICA a não gostar de Renato Russo e Legião Urbana!
    Thank´s GOD!

  • Apelo: Somir, acabe com a ditadura das quatro páginas (quem gosta de quatro é viado. Há!) e passe a escrever o “PROCESSA* eu” junto com a Sally, porra!

    *Corrigindo

  • Quando criança eu via a minha irmã ouvindo os CDs do Renato e ficava tentando entender pq aquilo era bom (tentando gostar também, confesso. coisa de irmã mais nova sem personalidade formada)…
    Aliás, tenho a teoria de que é preciso levar na bunda pra fazer música boa (pode reparar, a maioria das músicas de qualidade foram compostas por viados), o Renato Suíço nem assim conseguiu. Desfavor!

    Apelo: Somir, acabe com a ditadura das quatro páginas (quem gosta de quatro é viado. Há!) e passe a escrever o "deleta eu" junto com a Sally, porra!

  • agora tem que fazer um deleta eu do pazuza, que batia pau a pau com o renato suiço….

    a vida dos dois é tao parecida, que fazer um post pro pazuza é só dar um copy-paste desse do renato….

    falow… e em reve sai o papagaiada 3… ou nao

  • Óquêijo, belesminha então.
    O encadeamento das idiotices pessoais de Renato Suíço com sua produção artística é que passou essa impressão, mas depois da quinta releitura consegui separar um pedaço do outro.
    De qualquer modo, uma coisa deve se dizer do desfavor em questão: compôs algumas das letras mais extensas de que tenho notícia.
    E o fato de que as músicas têm “melodias fáceis que podem ser tocadas com apenas 3 acordes” não facilita a vida, por que não dá ponto de apoio pra memória.
    Bem menos pior do que muita letra de 6 versos que a gente vê por aí.

  • Não acho que o Somir tenha ‘confundindo’ pessoa com artista. Até por que eu concordo plenamente com tudo o que foi dito (nos meus 14 anos eu não era fã de Religião Urbana, era fã de outros desfavores, mas continuo gostando deles até hoje).

    Posso entender perfeitamente que um artista virtuoso possa ser uma pessoa medíocre, gosto muito de vários, mas no quesito Renato Suíço… pra mim ele foi a Britney Spears dos anos 80.

    Uma droga de pessoa que se auto-destrói por motivos idiotas e que compõe um lixo de música que só os adolescentes da época (e alguns adultos desmiolados) curtiam (e curtem até hoje).

  • Eu gosto de Legião Urbana.

    Algumas letras dele são muito boas, embora sempre haja as que são ruins tb (geração coca-cola).

    Quanto a vida pessoal dele to cagando e andando. Ele que desse pra quem quiser, afinal é dele mesmo.

    Quanto ao significado que as letras podem ter… se eu for ficar pensando nisso quando ouvir músicas, vou enlouquecer e ter de ter um papo com todos compositores.
    Tb não encomodo com isso, pois costumo atribuir a cada música que gosto um momento meu, então não me interessa no que o cara tava pensando.

    Mas uma coisa é fato: nunca mais vou ouvir ‘vento no litoral’ sem imaginar uma cena muito nojenta… Eca!!

    O Somir não precisava ter me feito imaginar uma coisa dessas! hahahah

    Grazi.

    • E a segunda coisa mais impagável foi “Dando entrou para tocar guitarra, mas Dando não sabia tocar guitarra. Por sorte Renato Suíço gostou do estilo passivo e passado do rapaz, então acabou Dando mesmo na banda.”, né ? hahahahaha

  • Sizenando… infelizmente sua argumentação se baseou na falta de atenção ao texto que se propôs a criticar.

    Disse duas coisas: Renato Suíço era um mau compositor E uma pessoa patética. O condicionamento de uma afirmação à outra foi impressão sua, e com base nos outros comentários até agora, apenas sua.

    Mas, caso tenha algum outro ponto a discutir, estamos aí.

  • Eu gostei e ainda gosto de algumas músicas da Legião apesar de algumas serem bem chatas mesmo . Quanto ao Renato sei la , achei legal ler isso sempre achei q ele fosse um cara deprimido , bem sempre achei o que queriam que eu achasse hehe , claro q em alguns momentos achava tudo aquilo exagerado mas enfim … Só acho complicado a critica de o cara ser infeliz mesmo tendo grana e uma boa familia , isso não é motivo pra ” revolta com a sociedade” mas não garante a felicidade de ninguém também , a mente humana é uma coisa muito complicada .

  • “adorei ver você peitando o Somir”

    Já vi outros fazendo isso aqui, mas na maioria das vezes o Somir parece ter “preguiça” de retrucar…

  • FêJax: taí, Amy DrugsHouse é um desfavor de pessoa e tem uma obra fantástica. Se eu fosse ligar a pessoa à obra deixaria de ouvir aquele vozeirão. Lennon também foi outro desfavor em escala industrial e compôs uns troços bonitinhos (por que as boas mesmo do grupo todos nós sabemos que são do Paul McCartney).

    Sally: sim, nosso campeão direcionou alguns petardos à obra. Mas no geral o tom do texto está no sentido de “Renato Suíço foi um bosta e, PORTANTO, sua produção também”. Daí minha crítica. E quanto a “peitar”, estamos na internet, não passamos todos de um bando de letrinhas em um monitor.
    Não levo isso aqui excessivamente a sério por que como já disseram várias vezes discussão na internet é igual competição esportiva na APAE, não importa quem ganha, são todos retardados.
    Mas me amarro em encontrar um conjunto de letrinhas com o qual eu possa puxar um bom debate.

    Saudações politécnicas!

  • A obra é o artista, ou pelo menos umg grande pedaço dele. O problema está quando o artista fica mais conhecido pela sua vida pessoal que a artistica. Aí vc tem “ídolos” como Britney Spears, que é mais famosa pela vida devassa que sua produção musical, e eu adoro as musiquinhas dela hahahahha ;p

    Pois é, já tive 14 anos e adorava eles /me vergonha huhu

  • Me desculpe mas é impossível separar o artista da obra. Da onde já se viu isso??? Arte é uma coisa absolutamente subjetiva. Um artista que não coloca nada de si nas suas criações ou não é artista, ou sua arte é vazia. Arte é criatividade+referências pessoais.

    E pessoas-lixo em geral têm uma obra fantástica (vide a Amy DrugsHouse aí, ou o próprio John Lennon já citado aqui).

    O que não é o caso do renato Russo. A pessoa e a “obra” são um desfavor 100% alinhado.

  • Sizenando, releia o texto. Somir fez críticas à pessoa e ao artista, de forma separada.

    Eu gosto muito de Legião, mas eu sou bagaceira, eu gosto até de Engenheiros do Hawaii! Musicalmente é uma banda pobre. Musiquinhas de três acordes e letras fáceis.

    “hino comunista de butique” se refere à qualidade musical e não à pessoa do artista.

    As letras de músicas citadas também são uma crítica/deboche à qualidade das composições e não à pessoa do artista.

    A citação ao disco brega em italiano também se refere à qualidade musical.

    Como estas diversas outras passagens são uma crítica à obra musical.

    Além do que, a parte bacana do Processa Eu é descontruir mitos. Para isso é indispensável cair de pau na vida pessoal do homenageado.

    Para finalizar: adorei ver você peitando o Somir. Você tem culhões. Precisamos de gente assim aqui. Ganhou meu respeito.

  • “Quando olhávamos juntos
    Na mesma direção
    Aonde está você agora
    Alem de aqui dentro de mim…”

    Quantos evangélicos, carolas, enfim, cantaram esse refrão sem se dar conta do que poderia significar? hahahahaha…

    Fez lembrar um rapaz com um walkman cantarolando “Rape Me” do Nirvana, no metrô…

    Suellen

  • Me envergonho de ter gostado desse lixo pqp.
    As rugas da idade são compensadas pelos olhos abertos, que otimo consolo.

  • Campeão, valeu de novo!
    Não sabes separar o ser humano do artista? Aí teu universo musical diminui sem necessidade. Freddy Mercury, por exemplo, foi um autodestrutivo de merda mas um cantor e compositor fantástico. Maysa era uma piranha alcoólatra, mas cantava pra caralho. Nosso ex-ministro da cultura é uma anta como pessoa, mas é um excelente showman. E por aí vai.
    Literatura também perde terrores, nessa. Oscar Wilde foi uma bichona tresloucada, mas nem por isso deixei de ler e apreciar obras como “O retrato de Dorian Grey”. Manuel Bandeira escreveu um monte de mimimi por conta de sua tuberculose, mas também nos deixou “O bicho”, “Evocação do Recife” e “Poética”, dentre tantos outros. Fora toda a turma que enchia a orelha de “fada verde” quando a receita original tinha 30% de extrato de artemísia/losna (tuiona, um puta alucinógeno) e 70% de álcool.
    Enfins, põe a pessoa em uma prateleira mental e o artista em outra, não mistures alhos com bugalhos, campeão!

  • Rá. Eu já ouvi milhões de vezes “ma tu é a única pessoa que eu conheço que não gosta do Legião.”

    NUNCA, nunca gostei. Desde os 8 anos eu só ouço Antena 1 :P

    No início eu odiava a voz (ainda não prestava atenção às letras, era muito neném pra isso).

    Mas quando comecei a entender… DEUS meu. Era tudo tão patético.

    Mas o pior: Músicas do Legião eram
    OBREEGATÓREAS em todas as aulas de Religião. Por algum motivo que até hoje não compreendo.

    • Talvez seja por um fator “religiosidade nas secularidades”, minha professora – também de 6 anos atrás – de Filosofia do 3º ano EM chegou a citar um grupo de meninas sempre com o mesmo pingente…mas…todas ?! o.O

      Seráááá…hahahahaha

  • Eu gostava de Legião Urbana. Nao pelas letras ou seus shows(passei anos sem nunca sequer ter visto o Renato Russo (quando vi até pensei “é esse ai?!”)); mas era legal como desculpa pra reunir amigos e tocar musicas faceis regadas a bebida e viagens.

    Saudades.

  • Bem feito, sentiu na pele a dificuldade das quatro páginas…

    Eu gostava e gosto de Religião Urbana, mas concordo com tudo que o Somir escreveu.

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