Desfavor da Semana: Macaquito!
Semi-final da Copa Libertadores da América entre Cruzeiro e Grêmio. Quem acompanhava a transmissão pela TV via um jogo como qualquer outro, até que o repórter pede para abrirem o áudio de seu microfone, um jogador estava saindo de campo visivelmente transtornado:
“Ele me chamou de macaco, pô!” – Elicarlos, jogador do Cruzeiro.
“Quem, Elicarlos?” – Repórter
“O Maxi… O Maxi me chamou de macaco!” – Elicarlos.
Com toda a razão, o narrador diz que é lamentável. Após o jogo, a polêmica está instaurada. Um jogador argentino chamara novamente um brasileiro de macaco. A partida termina na delegacia com acusações pesadas sobre preconceito racial. Drama na imprensa, “pessoas de bem” ofendidas por todos os lados.
Desfavor da Semana.
O racismo não é o desfavor da semana. O racismo é um desfavor histórico. Não tenho a menor pretensão de colocar em dúvida a nocividade do racismo na nossa sociedade. Até porque no caso em questão, não foi. (Não acredita? Leia o texto de Sally.)
O jogador do Grêmio pretendia ofender o jogador do Cruzeiro. Assim como 99% dos jogadores de futebol fazem durante a partida. Não precisa ser especialista em leitura de lábios para saber o se costuma dizer dentro das quatro linhas… Às vezes é para descarregar a frustração, às vezes é para provocar, às vezes é por pura sacanagem mesmo. E esses mesmos jogadores que se xingaram a partida toda acabam se abraçando após o apito final.
Um campo de futebol não é lugar para quem se abala com palavras. Nem mesmo uma conversa de amigos no bar é lugar para uma pessoa assim…
Façamos um exercício de imaginação: O repórter pede liberação do aúdio de seu microfone no meio da transmissão do jogo.
Repórter: O que aconteceu, Elicarlos?
Elicarlos: Ele me chamou de viado, pô!
Repórter: …
Elicarlos: O Maxi, o Maxi me chamou de viado!
O narrador fica sem saber o que fazer por alguns segundos, o comentarista entra e começa a falar sobre o esquema de jogo de um dos times. Para evitar risadas, ninguém mais toca no assunto até o término da partida.
Elicarlos vai até a delegacia prestar queixa contra Maxi.
Escrivão: Pois não?
Elicarlos: Queria fazer um boletim de ocorrência. Um jogador argentino do time adversário me chamou de viado!
Escrivão: … Sério?
Elicarlos: Sério! Ele não tem esse direito! Estou ofendido!
Escrivão: Ui! Ô delegado, chega aqui… *segurando o riso*
Delegado: Pois não?
Escrivão: O rapaz aí quer fazer um B.O. por ter sido chamado de viado.
Delegado: Hahahahaha! Sério?
Não podendo negar o direito de Elicarlos, a delegacia faz o boletim de ocorrência. A imprensa fica sabendo. Elicarlos vira piada nacional. Vários jornais, rádios e programas de TV criticam e tiram sarro do jogador que ficou “ofendidíssima” por ter sido chamado de viado. Na internet vira hit uma versão funk do depoimento do jogador para o repórter da transmissão ao vivo…
O consenso é que Elicarlos foi um bebê chorão e que isso não é motivo para tanta comoção. Foi apenas um xingamento normal em jogos de futebol e a própria vítima que proporcionou o ambiente para aumentar tudo de proporção. O desfavor faz uma longa postagem dizendo que se Maxi não fosse argentino, Elicarlos jamais teria feito isso. Na maioria dos comentários as pessoas concordam…
Anônimo: Que frescura! Onde já se viu ficar ofendido com uma bobagem dessas? Ele por um acaso é viado mesmo? Pra mim está na cara que ele só queria aparecer e criar confusão para atrapalhar o time adversário!
Mas esse exercício de imaginação não vai nos servir de nada. Maxi disse “macaco” (ou “macaquito”) e essa expressão denota preconceito racial. Pronto! Não é mais xingamento, é racismo! (Leis são para os otários.)
Joguem o argentino safado aos leões! Aqui no nosso país não tem lugar para gente preconceituosa! Todo mundo caprichando na pose para sair bem na foto de uma nação onde não se tolera esse tipo de comportamento. (Quer dizer, não se tiver alguém olhando…)
Quem é que vai ter culhões de chamar Elicarlos de fresco e ser arremessado junto na fogueira das vaidades?
Se realmente era tão ofensivo, por que não reagiu? Por que não xingou a mãe do López de vadia arrombada? Por que não devolveu uma piada de argentino? Por que não enfiou uma porrada nas fuças dele? Eu sei que não é nada civilizado fazer isso, mas tem coisas que se resolve particularmente. Vai ficar entulhando a mesa dos juízes a cada vez que alguém falar algo que você não gostou? A via civilizada deveria ser deixar o otário falando sozinho.
E QUEM ERA MINORIA ALI NO CAMPO? Quantos loiros argentinos tinham no estádio naquele momento? Quantos negros, mulatos e mestiços 100% nacionais compunham a cena geral? Era capaz até dos jogadores do Grêmio enfiarem a porrada no Maxi. A anta argentina queria mesmo é provocar. E conseguiu.
E se não bastasse, ainda está trollando os brasileiros com um papinho ridículo que nem sabia que a expressão existia! Valeu mesmo, Elicarlos, agora todos nós temos que ver um hermano nos sacaneando em entrevistas coletivas! Tremendo desfavor…
Lutar contra o racismo no futebol é uma causa muito nobre. Mas ajuda bastante saber diferenciar um xingamento “catimbeiro” de racismo propriamente dito. Se Elicarlos fosse loiro de olhos azuis, Maxi provavelmente teria ofendido do mesmo jeito, mudando apenas a expressão.
Não existia nem mesmo uma relação de poder que justificasse intimidação. Era só o atacante do outro time sendo um babaca…
Para dizer que é fácil reclamar sendo branquinho, para dizer que eu só estou fazendo média com a argentina ou mesmo que riu imaginando a cena que eu sugeri: somir@desfavor.com
Durante um jogo pela semifinal da Copa Libertadores da América, onde disputavam Grêmio e Cruzeiro, um jogador do Cruzeiro chamado Elicarlos acusou um jogador do Grêmio chamado Maxi Lópes, que é argentino, de racismo. Este não foi o desfavor da semana, o grande desfavor foi uma briga dentro de campo ter virado um grande circo e o jogador do Grêmio ser crucificado.
O desfavor da semana não é nenhuma novidade, já aconteceu antes e é um assunto complicado de se abordar. Por isso, em vez de usar de sensibilidade e eufemismos vou meter logo o dedo na ferida: neguinho (com trocadilho) adora se fazer de vítima. O mesmo aconteceu com o jogador Grafite, e foi aquele escândalo.
A acusação é que o jogador Maxi Lópes teria usado expressões racistas em um bate boca dentro de campo. Pode ser? Pode ser. Mas será que ele nunca foi chamado de “Argentino filho da puta” em campo? Claro que foi. Mas teve vergonha na cara para não se fazer de vítima e sair chorando para o mundo. Todo mundo se xinga dentro de campo, se não pode suportar isso, não jogue futebol.
A discussão se deu porque o jogador Elicarlos cometeu uma falta dura em um jogador do Grêmio, então, Maxi foi tirar satisfações com ele. Elicarlos começou a dar faniquito. Conclusão: ao final do jogo Maxi foi conduzido à delegacia. Em solidariedade seus colegas de time o acompanharam.
Elicarlos está se vitimizando o quanto pode. Sinceramente, será que ele nunca fez um comentário pejorativo contra um argentino em campo? Será que ele é tão coitadinho assim? Será que vale a pena mobilizar o judiciário por uma babaquice dessas?
E como SEMPRE tem alguma pessoa infeliz que se mete a afirmar coisas que desconhece nos comentários, antes que venha uma demonstração de ignorância dizendo “Mas é crime de racismo! É inafiançável! É crime hediondo!”, vou perder algumas linhas explicando. A Lei nº 7.716/89, que regula os crimes de racismo (“resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”), se baseia nos seguintes verbos: impedir, negar, obstar, recusar e similares. Ou seja, é crime de racismo impedir alguém de usar o elevador social em função de cor, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. É crime de racismo impedir que uma criança seja matriculada em uma escola em função de cor, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Chamar de macaquito ou o que quer que seja, por pior que seja, não é crime de racismo, inafiançável, hediondo e tudo mais que se queira. É crime de INJURIA (com uma pena bem ridícula), art. 140 § 3º do Código Penal (e nem isso é, porque os ânimos estavam exaltados, mas nem vou entrar nesse mérito). Então, antes de falar, peço aos ignorantes de plantão que se informem antes de começar a falar da lei nos comentários.
Voltando ao tema. É bonito ofender alguém com base em raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional? Não. É feio demais. É horrível. Mas eu faço e você provavelmente também faz. Quem dirá em uma situação de briga, onde você acaba de ver um colega seu ser agredido. Precisa desse escarcéu? Precisa desse escândalo? Precisa ir parar todo mundo em uma delegacia? Puta que pariu, é passar muito atestado de inseguro.
Eu acho uma coisa de pobre essa tara por processar. “Olha que eu te processo, heeeeein?”. Que medo. Um vexame fazer esse tipo de coisa. Alguém já viu um argentino processar porque foi sacaneado quanto a seu país de origem? Eu nunca vi. Mas brasileiro tem esse complexo de vira-lata, que qualquer coisinha, qualquer crítica, já fica todo mordido, já que “percurar os seus direitchos”. Sério, vamos parar de abarrotar o judiciário com essas merdinhas? É tanta coisa sem importância sendo resolvida na justiça: é briga de vizinho, é picuinha de marido e mulher, é briga de futebol, é mulher histérica enchendo o saco de ex com Lei Maria da Penha… Depois dizem que o Judiciário é uma merda porque é muito lento. Ora, parem processar tudo e todos por bobagem!
O Cruzeiro evidentemente está fazendo a coisa render. Eles tem um jogo de volta e querem desestruturar o Grêmio. Coisa de gente que não se garante. O que Elicarlos fez foi o mesmo que uma criança que apanha de um colega e vai correndo contar para o Papai, chorando. E não estou defendendo porque o Maxi é argentino, eu realmente penso assim, tanto é que cansei de ouvir comentários a respeito da minha nacionalidade e similares sem procurar delegacia, na pior das hipóteses, o que faço é dar uma patada de volta e vida que segue (não é de todo ruim, graças a uma dessas nasceu o blog desfavor).
As pessoas tem que parar com essa tara por processar (ou pior, ameaçar processar) os outros! Supostas minorias tem que parar de se fazer de vítima. A sociedade tem que parar de passar a mão na cabeça desse tipo de faniquito. Dá medo ter bom senso e contrariar a histeria punitiva da população hipócrita que clama por justiça mas amanhã suborna o guarda?
Elicarlos foi um cuzão. Um cagão. Correu chorando para que o Tio Delegado o proteja, como se ele nunca tivesse feito nada parecido. Tomara que o Cruzeiro leve uma trolha do Grêmio e, tal qual fizeram com o Grafite, cinqüenta mil torcedores entoem um coro bem elogioso para Elicarlos, nos mesmos termos que a suposta ofensa. Quero ver levar cinqüenta mil para a delegacia depois do jogo! Não fode!
Para me chamar de argentina filha da puta, para dizer que acha que essas coisas se resolvem na mão e para dizer que isso sim que é desfavor da semana e não as eleições no Irã: sally@desfavor.com
Anonymous
Quem é minoria CARA PÁLIDA????
minoria é uma expressão anglossaxônica, lá faz sentido, os macacos, quer dizer, os AFROAMERICAANOSS são 13% da pop, mas aqui??????
Minoria aqui no Brasil é branco, no IBGE conta-se ''branco'' aquele que se autodenomina branco DE PELE, putz, qualquer um pode ser branco no Brasil, é uma questão de escolha.
Adoro os textos da Sally e odeio os do Somir, os do segundo PARECE, parece não,é o mesmo quando leio a ''superinteressante'' ou a Istoé, zero de imparcialidade, de confiabilidade, parece até novela da bobo, com mocinhos e vilões
Agora: ser racista é ruim?
não, todos nós somos, faz parte da natureza não só humana.
PQ os orientais, uma raça completamente alien no Brasil conquistou SUCESSO ECONÕMICO, respeito por parte dos educados, pq ninguém fala um A deles????
botem no google BLACK RIOTS IN LONDON, hahaa isso o seu nornal jacional não vai te ''contar'', bota black riots in china, in europe, será que é como no livro de SARAMAGO estão todos cegos?????
ESPERO NÃO PEGAR O VÍRUS DE VCS.
deprimente os comentários dos ditos pacíficos antirracistas, não só são ''piores'' que os REALISTAS como de lambuja APROVEITAM pra comprovar os ditos ''estereótipos'' dos negros ''na mídia'' e na vida real, ou seja ''combatem'' heroicamente os maus racistas com racismo inconsciente.
Eu li em um comentário em outro texto:
''TOMEM CUIDADO PRA NÃO SEREM ATACADOS A NOITE POR ELES''
rio bem alto da imbecilidade impávida do brasileiro
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Que mau humor!
Não do jogador, pois injúria racial não é ofensa pessoal, portanto, não deve ser respondida só no cara-a-cara, mas dos blogueiros com o internauta.
Estranho este papo sério num blog de humor.
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Tudo que eu disse foi que eu não sou Convidada Especial em meu próprio blog!
E pela milésima vez: NÃO É CRIME DE RACISMO, como ficou provado na prática. As pessoas falam sem conhecer a lei. NÃO OCORREU UM CRIME! (eu falo, falo, mas as pessoas simplesmene não me escutam!)
E me poupem de comparar fisiculturistas com racismo, porque ninguém aqui foi conduzido a uma delegacia por falar mal de fisiculturistas!
Hugo Mariatti
Ambos, exageros. A repercussão do 'racismo' no jogo e seus comentários em relação ao Zé Nando.
Como bem disse, talvez ele não faça mesmo falta para este blog. Só o que faz falta aqui é um pouco de humildade ou no mínimo tolerância a comentários com idéias contrárias.
Quanto a comovente estória de superações amor e respeito de duas figuras ficticias, passo.
Somir
Sally, pra mim você sempre vai ser a estrela principal. O orgulho de ter um blog com você é só um pequena parte do orgulho que é você ter me escolhido para ficar por perto de você.
—
Sally e Somir são personagens. Partes de nossas personalidades. Por trás disso existe muito mais. Crédito, confiança, respeito, afeto…
Tanto que nos sentimos totalmente à vontade para brigar e discordar quando nos dá vontade. Mas nunca foi desunião.
Não tem espaço para um Zé qualquer semear a discórdia aqui. Volte para o buraco de onde veio e vá fazer pose de amiguinho íntimo para as suas negas…
Não é nem a tentativa de manipulação ridícula que incomoda, nunca funcionaria mesmo. A questão é a cara-de-pau de tentar DE NOVO!
O divertido é que toda vez que alguém tenta uma dessas, saímos ainda mais fortes. E olha que cansaram de tentar… Gente mais esperta que esse Zé, inclusive.
Seu Zé: Se afundou sozinho mostrando a verdadeira "carinha" e ainda deixou eu e Sally mais unidos?
BOA, CAMPEÃO!
Você sempre foi bem tratado aqui e no fórum. E pagou com duas tentativas de manipulações baratas. Não vai fazer a menor falta MESMO.
Paz e bem… bem longe daqui!
Sally
"Starring guest"?
Tá querendo dizer que o Somir é astro princial e eu sou uma convidada no meu próprio blog?
Seria eu tão influenciável a ponto do Somir estar mandando em mim? Acho que não. Não que eu não seja burra o suficiente para isso, até sou, afinal, eu malho pesado e quem malha pesado é burro, mas porque ELE não faria isso. Ele não se interessa por parcerias com pessoas MENOS do que ele. Ele abomina gente MENOS, gente burra, gente preconceituosa.
Você não entende a natureza da nossa relação e da nossa parceria. Somos unidos e NADA, eu disse NADA nem ninguém vai nos fazer brigar. É assim por anos, e nos apoiamos reciprocamente.
Se algum dia eu fiz ou deixei de fazer alguma coisa aqui, como cumprir número de páginas, abandonar temas de relacionamentos e outros, não foi por ser menos que ele, e sim POR AMOR a ele. Espero que isso fique claro.
E mesmo que ele seja a estrela absoluta, mesmo que ele mande em tudo, eu aceitaria o papel de bom grade, porque para estar ao lado dele, eu me contento em ser a second best. Somir vale isso.
"Starring guest" é o caralho, by the way.
Somir
Sizenando, gostaria de agradecer pela sua boa-vontade de atirar no próprio pé.
Boa, campeão.
Laivine
Como a boa colorada que sou, considero "macaco" como mais um modo de se referenciar a mim. Mesmo sendo branca como o fundo do texto deste blog.
Seu Zé Nando
@Sally:
Quedate tranquila, flaca. Mientras me paso un rato a investigar abogacía y derecho, mi sugerencia és que tu investigue la expressión "Starring guest".
!Saludos, gordita!
Seu Zé Nando
Ok, carece não. Esqueci de quem que era o blog.
Tenham um bom dia!
Somir
A Sally quebrou a internet. E eu tirei do ar para consertar.
Ah sim…
Sally, eu gostaria de pesquisar por conta própria algumas coisas sobre direito também. Você poderia me indicar onde estudar e fazer um resumo para mim? Ah sim, coloque sua opinião também para facilitar.
O meu café é com açúcar.
Pamina
Que aconteceu com o fórum?
Seu Zé Nando
Ok, vamos lá. Número de instâncias do Judiciário, e quantidade de recursos e apelações possível para os tipos de processos e causas mais comuns.
Se essa quantidade de recursos e apelações variar muito por área, uma referência para criminal, uma para família, uma para trabalhista e uma para tributário já está bom demais (pode ser só criminal e família).
Obrigado!
Sally
Sobre que área do direito?
Seu Zé Nando
@Sally:
Vou alimentar o troll, mas paciência. Direito não é a minha área, então eu não sei por onde começar.
Você poderia por favor me passar pelo menos uma primeira referência para que eu comece meus estudos?
Obrigado!
Grazi
Quanto as cotas, acredito que a simples remoção do campo em que diz "Cor", na inscrição dos vestibulares por exemplo, resolve o problema.
Vai dizer que analisando o jeito que o cara marcou a bolinha na folha óptica ou a letra dele, dá para saber a cor da pele?
Ao meu ver cotas em vestibulares (seguindo meu exemplo inicial) é passar atestado que os negros ou os índios são menos inteligentes que os brancos. A não ser que seja comprovado cientificamente que eles têm menos capacidade, acho um tremendo preconceito essas cotas.
Anonymous
[…]o verdadeiro negro do mundo é o macho, branco, heterossexual e católico. Estamos chegando lá. Em breve, será preciso garantir cota para essa minoria, a cada dia mais achincalhada e discriminada, não? Se os oriundos da escola pública, os negros e os deficientes tiverem cotas, por que não podem tê-las outras 'minorias' que também são objeto de suposta discriminação, o que as impede de se desenvolver plenamente? Por que não impor cotas para os gays, ciganos, portadores do vírus HIV, alérgicos, filhos de pais separados, dependentes químicos… Em suma: cada “discriminado” sabe onde lhe aperta o sapato e cumpre se mobilizar junta a seus pares para exigir 'reparação'".
Sally
Nando, não dá para explicar o Judiciário brasileiro aqui…
Estude o assunto, estudar é bacana!
Anonymous
ridíCUlos!
braZil é um país ridíCUlo!
braZilóides são ridíCUlos!
não se pode mais chingar com liberdade nesta merda? buaaaaaa, mamãe, socorro, ele me chingou!
delegado, ele me chingou [chorando muito]
pior quando os babaquinhas processam e querem indenização! gente bura, país de merda.
ora, vão pra taqosparil, poha!
Seu Zé Nando
@Sally:
Ué, não são 4 instâncias? E a grande quantidade de instâncias não enseja maior lentidão em função da maior quantidade de recursos e apelações possíveis antes de um trânsito em julgado definitivo?
Estou aqui para aprender. Se puder me responder diretamente ou indicar algumas fontes para início de pesquisa, eu agradeço.
Forte abraço!
Seu Zé Nando
Muito bem lembrado, Grazi. Essa das cotas pedia até post especial aqui no blog, se nossos queridos troll-masters acharem um ângulo legal por onde esculachar a coisa de jeito.
Sally
Nando, seus comentários sobre Judiciário são um desfavor. Recomendo que leia a respeito.
Grazi
Eu realmente acho que na grande maioria dos casos, o preconceito está na cabeça dos negros.
A não ser os casos que a Sally citou ali que entram na lei, (impedir alguém de usar o elevador social em função de cor), ok daí sim é racismo e vale a pena ser levado adiante.
Se me chamam de branquela azeda, devolverei um xingamento de volta, simples assim.
Se alguém chama vcs de filhos da puta, isso caracteriza sua mãe como uma qualquer q roda a bolsinha na esquina? Claro que não! Isso é ridículo!
Palavrões e xingamentos de qualquer tipo, são forças de expressão, eu falo, tu falas, eles falam.. a torcida do Grêmio fala..
E se cada vez que um xingamento fosse proferido todo mundo corressem pra delegacia, ía faltar muita delegacia nesse mundo.
Em tempo: Os negros já sofreram muito com preconceito sim, e hoje acham confortável se colocarem na posição de vítimas. E fazem batalhas desnecessárias. (o sistema de cotas é um exemplo de racismo, mas esse não é o assunto em pauta).
Seu Zé Nando
Senhores:
Mais uma vez, um par de pontos de vista como só o Desfavor consegue proporcionar.
Embora eu não chegue a concordar em 100% (Mirad, flaca. Si me dices que Máxi és porteño, todo eso de leyes !no me importará un coño!), é sempre refrescante encontrar gente articulada discorrendo de forma ponderada sobre pontos de vista radicalmente heterodoxos.
Só peço data vênia à nobre advogada, quando ela diz que:
"Eu acho uma coisa de pobre essa tara por processar. “Olha que eu te processo, heeeeein?”.[…] Mas brasileiro tem esse complexo de vira-lata, que qualquer coisinha, qualquer crítica, já fica todo mordido, já quer “percurar os seus direitchos”. Sério, vamos parar de abarrotar o judiciário com essas merdinhas? […] Depois dizem que o Judiciário é uma merda porque é muito lento. Ora, parem processar tudo e todos por bobagem!"
Esse comentário denota desconhecimento, por exemplo, da cultura de litígio dos estadunidenses. Aqueles sim, por qualquer meia mariola soltam um "I gonna sue your pants off, motherfucker!". Nem por isso o judiciário deles é lerdo feito o nosso.
Opinião de leigo? A lerdeza do nosso Judiciário está mais ligada ao excesso de instâncias (com 4 instâncias, são 3 às quais apelar do primeiro veredito antes do processo finalmente receber o carimbão de TRANSITADO EM JULGADO, porra! Precisa mesmo de tudo isso?) do que a qualquer outro motivo. Se a nobre advogada tiver um contraditório a aduzir, please, faça-o em um "Desfavor Explica: Judiciário Brasileiro" ou em outra coluna onde o tema se encaixar melhor, thanks!
P.S.: Para quem não está ligado nessa particularidade da cultura de nuestros hermanos, as piadas que o continente sul americano faz em relação a argentinos, os próprios argentinos fazem em relação aos habitantes do município de Buenos Aires, na província de Buenos Aires. Os habitantes desse município recebem a denominação de portenhos (porteños, em espanhol, onde "ñ" se lê como "nh").
É algo similar ao que ocorre em Portugal, onde as piadas "de português" viram piadas "de alentejano", direcionadas aos moradores da região do Alentejo.
P.S. 2: A grita contra os argentinos em geral (nem tanto) e contra os portenhos em particular (com muito mais gosto inclusive do que aqui no Brasil) é geral aqui na parte latina da América do Sul (Guianas e Suriname fora). Do Uruguay à Venezuela, não tem um que não tenha uma bronca fudida de portenhos.
A piada clássica é: "Argentino (portenho) é um italiano que fala espanhol e pensa que é inglês".
!Besos, flaca! !Sabed que te queremos!