Dia: 27 de outubro de 2011

Revolución no dos outros é refresco.A gente ia esperar até o sujeito morrer. Mas pelo visto, ele não morre. É o Jason do comunismo. Um homem sem palavra, mentiroso, cara de pau, manipulador, sonso e ardiloso. O carisma a serviço do mal. A postagem de hoje não fala de política, de partidos políticos ou de regimes políticos, fala sobre uma PESSOA. Sem qualquer interesse ou caráter político. Uma pessoa nojenta, assassina, que oprimiu um povo por décadas obrigando-os a sorrir e a tentar acreditar que estava fazendo o melhor por eles. Uma das dez maiores fortunas mundiais comandando o segundo país mais pobre do seu continente. Processa Eu de hoje fala sobre Cidel Fastro, assassino, mentiroso e ditador.

Eu queria muito falar da infância, da família, dos casamentos, das amantes e de toda a vida pessoal, como sempre faço. Mas, dentro do meu limite de quatro páginas, a postagem ficou com sete, por isso tive que cortar esses parágrafos. Mas não se incomodem, isso vocês acham em qualquer biografia. O mais difícil de encontrar é o que nos interessa.

Sempre desconfiem de qualquer coisa vinda de Fastro. Ele é um Somir que conseguiu poder. Ele é tirano, ele muda de idéia rapidamente, se “desdiz” e nega ter se “desdito”. Ele acha que quem discorda dele é burro e mente que nem sente. Cada movimento seu é coreografado. É um popstar, não faz nada ao acaso. Tudo é posado, pensado e falso. Por exemplo, sabe-se que ele é canhoto mas não raro vemos fotos dele segurando a caneta com a mão direita, porque ele acha que fica melhor em fotos. É mais falso que uma nota de três. O que uma pessoa dessas poderia ter feito da vida, me diz? Óbvio: direito. Assim que se formou colou em oposicionistas e encheu o saco até ser preso.

Foi preso e deu uma de arrogante, querendo fazer a auto-defesa. Resultado: foi condenado a quinze anos de prisão. Como advogado ele é um ótimo ditador. Mas não se pode negar, sempre foi muito bom em marketing, pegou sua auto-defesa, deu uma carregada na emoção e no drama e publicou de forma clandestina com o título “A história me absolverá”. É, porque seu advogado não conseguiu, né? Foi anistiado pouco tempo depois graças a um amplo movimento popular que leu sua novelinha distribuída na clandestinidade. Esse draminha sim foi sua verdadeira auto-defesa.

Como bom marketeiro que era, tratou logo de criar uma estratégia de divulgação para seu movimento oposicionista, chamado de 26 de julho de 1953 (em homenagem a uma operação fracassada, aquela onde ele foi preso). Cidel se aproveitou do clima de descontentamento que pairava com a ditadura de Fulgêncio Fatista e começou a fazer barulho. Travestido de uma suposta luta pela liberdade e justiça, ele ia se auto-promovendo de forma ostensiva enquanto pregava idéias de liberdade e democracia. Nosso muy comunista amigo, pasmem, ganhou até a simpatia de grandes empresários e grandes agricultores que estavam insatisfeitos com o cenário de instabilidade.

Captou recursos de todos os lados, dizia a cada uma das fontes exatamente o que elas queriam ouvir, mentia sem dó. Ele fez com que um dos maiores magnatas do açúcar na época, chamado Julia Lobo, doasse 50 mil dólares (na época, hoje valeria muito mais, quase 400 mil dólares) para a oposição. Também fez com que uma das mais tradicionais famílias de empresários do país, donos da refinaria Bacardi, doasse 38 mil dólares (quase 300 mil dólares hoje em dia). Então, quando ele vem com esse papinho que começou do nada e chegou ao poder nos braços do povo, não foi bem assim. Chegou ao poder como todo mundo chega: com dinheiro de empresários! Claro que depois que chegou ao poder esqueceu de tudo isso e declarou a todos como inimigos. Os que não foram fuzilados, perderam boa parte de seus bens e tiveram que fugir.

Assim Cidel foi crescendo. Os magnatas locais eram pouco para sua ambição, então ele começou a viajar aos EUA para pedir ajuda financeira para custear sua “causa”. O problema era o que ele dizia ser sua “causa”. Pintava Bulgêncio como um ditador terrível e dizia que estava lutando pela democracia. Mais: jurava de pé junto que não era comunista. Existem entrevistas dele gravadas negando com veemência a “acusação” de ser comunista. Ele dizia que apenas queria a democracia em seu país. Prometeu derrubar o ditador Bulgêncio Fatista, implementar um governo de transição por seis meses e realizar eleições.

Teve quem o acusasse de comunista na época, inclusive Fatista. Para vocês terem uma idéia da incoerência e da cara de pau deste elemento, escreveu em uma publicação semanária chamada Bohemia a seguinte pérola: “Qual é o direito moral que o Senhor Fatista tem de falar em comunismo, quando ele era o candidato presidencial do Partido Comunista nas eleições de 1940, quando seus slogans eleitorais se escondiam atrás da foice e do martelo, quando meia dúzia dos seus atuais Ministros são colaboradores do partido comunista”. Cidel se dizia contra o comunismo.

Vejamos, ele criticava Fatista em basicamente três pontos: 1) Ser um ditador tirando e censurador; 2) Ausência de democracia e 3) Fatista estar ligado ao partido comunista. Todos comigo: WAT. O que ele fez quando chegou ao poder? Quem respondeu “exatamente a mesma coisa” errou, porque ele fez pior. Potencializou os erros, agravou os abusos e afundou o país em um buraco que persiste até hoje. É inevitável que este Processa Eu esbarre em diversos pontos em comum com o Processa Eu do Gue Chevara, afinal, as duas Madames fizeram grandes merdas juntos. Por isso, para não me repetir, me reportarei a esta postagem nas merdas que eles fizeram em comum. Para quem diz que Cuba melhorou depois de Cidel, dá um confere na outra postagem, que esmiúça o antes e o depois e me diz se Cuba melhorou mesmo.

Acha que eu sou direitista capitalista filha da putista e estou difamando o grande líder Cidel Fastro por questões políticas? Sempre tem um idiota que não admite que seu ídolo era na verdade um bosta e joga toda a culpa em interesses políticos. Bem, foda-se quem pensa assim. Mas só para calar a boca, aqui vai uma informação que pode ser pesquisada: em uma entrevista ao New York Times em abril de 1959, Cidel disse o seguinte: “Eu não concordo com o comunismo. Nós somos democráticos. Somos contra todo tipo de ditadores. É por isso que somos contra o comunismo”. Se não era comunista, fingiu muito bem por todos esses anos, sobretudo na hora de tomar os bens dos outros e fuzilar centenas de pessoas.

Pois é, aconteceu tudo aquilo que contam para a gente nos livros (tenho pouco espaço gente, tenho que focar) e os guerrilheiros conseguiram tirar Fatista do poder. O povo comemorou, porque achou que entrariam em uma era democrática. Sim, eles acharam que haveria uma eleição. Até mesmo as empresas comemoraram. A destilaria Bacardi, daquela família que deu uma fortuna para Cidel, publicou um mega-anuncio nos jornais “Obrigado ao povo de Cuba e à Revolução Cubana. Por causa de seus esforços e seus sacrifícios, podemos dizer uma vez mais ´Que sorte tem o cubano!´”. Tadinhos, deu pena quando eu li isso.

O que aconteceu logo depois foi a maior virada de casaca da história. O grupo de Cidel, comandado e coordenado por ele, tendo seu Pit Bull sanguinário Gue Chevara como executor principal, tomou o poder e aquilo que deveria ser um governo transitório, provisório, até que o povo elegesse seu representante legítimo, virou uma nova ditadura imposta. Simplesmente mataram ou prenderam todos os que se opunham ou pensavam de forma contrária e se declararam abertamente comunistas. Vejam bem, mataram e prenderam muita gente que os ajudou e muitos amigos que marcharam a seu lado durante toda a batalha. Isso não é para qualquer um não, você tem que ter um grau de filha da putice absurdamente alto para fazer uma porra dessas. Foi uma revolução comunista dentro da suposta revolução democrática.

Engraçado que ele abre a boca para dizer que jamais houve tortura. NEGATIVO. Há provas mais que suficientes de que havia tortura sim, e daquelas bem cruéis. MATARAM, TORTURARAM e fizeram todo tipo de atrocidade. Mas ele mente, mente que nem sente. Ele sabia de tudo que se passava no país. Sabia e concordava, por exemplo, com o tráfico de drogas. Nada acontecia ali sem que ele soubesse. Mas mentia. Mentia e prometia mentiras descaradas: “Em breve produziremos mais laranjas do que a Flórida!”. Desde a década de 60 você precisa ter uma receita médica atestando necessidade se quiser ter acesso a uma laranja. Quer mais? “Em dez anos teremos um nível de vida superior ao dos EUA”. Então, sem querer provocar constrangimentos, Tio, seu país está em penúltimo lugar na escala de pobreza da América Latina, só perde para o Haiti. Prometeu (em 1969) uma safra de dez milhões de toneladas de açúcar que até agora não chegou. O máximo, se não me engano foi de três toneladas. Ops! Pequeno erro de cálculo.

Além de traíra, ainda era debochadinho. Não mostrou nenhum arrependimento pelo que fez, muito pelo contrário, tirou onda com isso. Quando estava todo ferrado, tentando sobreviver em Sierra Maestra, ele entrou em contato com um repórter do The New York Times chamado Hebert Matthews, se oferecendo para dar uma entrevista exclusiva. No que o repórter topou e foi se encontrar com ele, Fastro usou do seu carisma sedutor para vender suas idéias mentirosas. O repórter publicou uma série de reportagens como ele esclarecendo a todos que Cidel era “democrático e anticomunista” ou ainda que ele tinha “idéias energias sobre liberdade, justiça social, democracia e sabia da importância em realizar eleições”, o que fez com que todos começassem a ter enorme simpatia por ele. Ainda divulgou um número quase dez vezes maior de homens e armamentos que estariam prontos para fazer a revolução (tudo mentira de Cidel), o que teria feito com que Fatista recue em seu ataque. Se tivesse atacado, teria matado aquela meia dúzia de gatos pingados. Essa reportagem foi um divisor de águas e fez com que muita gente queira se juntar ao grupo de Cidel. Gente que queria democracia e eleições.

Pois bem, quando chegou ao poder, depois de expropriar as terras daqueles que o financiaram, fuzilar companheiros que lutaram lado a lado e muitas vezes até lhe salvaram a vida em um embate e de pegar em um microfone para contar o quanto era comunista, Cidel ainda mandou uma medalha “pelos serviços prestados” ao jornalista Hebert Matthews, acompanhada da seguinte frase debochada: “Sem a sua ajuda e a do New York Times a revolução jamais teria acontecido”. Fazer merda é feio, fazer merda e tirar onda é inaceitável.

Manipulador ao extremo, Cidel deixava o trabalho sujo para Gue Chevara. O instigava como se faz com um cachorro treinado para o ataque. Conversava com ele em particular, enchendo a cabeça dele de paranóias e mentiras, já sabendo do seu gênio ruim, e deixava o pavio curto de Gue terminar o serviço. Quando alguém o incomodava ele dava um jeito de plantar uma desconfiança sobe essa pessoa na cabeça de Gue. Não demorava muito a pessoa era fuzilada ou presa. Oficialmente ele sempre posou de mais ponderado e menos violento, mas quem dá poderes de vida e morte com carta branca e Gue Chevara não pode se dizer pacifista. E todas as atrocidades cometidas por Gue, desde campos de concentração, preconceito, racismo, morte… TUDO foi com o aval de Cidel. Pode colocar na conta dele também. Aliás, mais na conta dele, porque ele, ao contrário de Gue, era mentalmente são, o que torna tudo mais grave e sórdido.

Cidel teve por varias vezes motivos para estar paranóico. Basicamente estava brigado com a maior potência mundial e Papai URSS que lhe dava generosas mesadas estava falido. Pessoas que já trabalharam para ele relatam todo tipo de paranóia. Por exemplo, uma vez ele teria concluído que o serviço de inteligência americano queria colocar uma substância em sua comida. Veneno? Não, isso seria muito básico. Era uma substância para fazer cair seu cabelo e sua barba, para desmoralizá-lo. Isso faz sentido para você? Pois é. Universo Umbigo. Os EUA conspiram para deixá-lo careca.

Usou Gue Chevara enquanto este lhe serviu. Depois que viu que já estava com o poder consolidado e que os oponentes estavam todos mortos ou exilados, tratou de livrar-se dele como quem descarta uma fralda suja. Com muita diplomacia, incutiu umas idéias megalomaníacas (argentinos são tão previsíveis) que prontamente foram aceitas por Gue: fazer a revolução em toda América Latina. Prometeu apoio, armamentos etc. Só prometeu. No primeiro país que Gue tentou revolucionar, foi morto, para alívio de Cidel.

Em 2005, a revista americana Forbes especulou que o patrimônio de Cidel era de 550 milhões de dólares. Ficou em décimo lugar na categoria mundial de governantes e membros da realeza mais ricos do mundo. Acho que quero ser comunista também. Cidel desmentiu, claro. Mas, como observamos ao longo deste texto, o que ele fala vale menos do que uma paçoca mordida. A revista afirma que ele tem uma conta no exterior, Cidel jura que não tem. Em quem você acredita?

Só para vocês terem uma idéia de como tanto o país como Cidel eram insuportáveis, uma das FILHAS de Cidel, Alina Fernandez fugiu do próprio país de fazendo passar por uma turista espanhola. Foi pedir asilo nos EUA. Uma IRMÃ de Cidel, Juanita Castro, também foi morar nos EUA. Olha, quando nem a sua família te atura, é hora de calçar as sandálias da humildade, sentar e refletir. Pelo visto além de ser um bosta de governante, era um bosta de chefe de família.

Ainda assim, o povo, coitado, tinha que continuar aturando Cidel sem contestar, se não era imediatamente censurado e/ou morto e/ou exilado. Muita gente gosta dele por lá, mas a gente sabe como é o povo. O sujeito é carismático, faz discurso de oito horas para convencer a quem está na merda de que não está na merda. A palavra sempre foi seu dom. E ele faz questão de mostrar ao mundo como seu povo o ama, mas só sabe a verdade quem já esteve por lá. Muitos que supostamente desempenham seu papel adorando-o (por medo) em off manifestam seu desprezo por ele e a vontade de sair do país. É inacreditável a quantidade de privações pelas quais passa o povo de lá. Não me refiro apenas a privações materiais como também à falta de privacidade e direitos fundamentais. Não digo isto com qualquer intuito político, é apenas uma constatação. Como eu já disse, esta postagem não é sobre um partido político, é sobre uma pessoa.

Ele é tão esperto que, quando se sentiu esmagado pela globalização, quando viu que seria inevitavelmente derrubado e tido como obsoleto, renunciou ao poder alegando problemas de saúde sérios. Gente assim, quando sente o caldo entornar apela para a vitimização. Curioso que em um de seus pronunciamentos, mais precisamente em 1991, disse “Jamais me aposentarei da política, da revolução ou das idéias que tenho. O poder é uma escravidão e sou seu escravo”. Como esse moço muda de idéia, não?

Lógico que ele não deixaria o país nas mãos de um sujeito bom e carismático que pudesse ofuscá-lo, largou nas mãos de Caul Rastro, seu irmão, um pinguço de competência duvidosa, que nada mais é que seu fantoche. Isto foi no começo de 2008. Todos se surpreenderam e acharam que Cidel estava com o pé na cova. Pois bem, o sujeito tá todo se querendo até hoje. Pé na cova o cacete, ele queria era sair por cima mesmo! Essa porra é um robô que vai durar mais duzentos anos.

Ele é tão mentiroso, tão canalha, tão cara de pau, que suas frases muitas vezes são piadas prontas e nem precisam dos meus comentários. Deixo vocês com algumas delas para terminar o texto:

“Haverá liberdade para aqueles que falarem a favor ou contra, somos a favor da liberdade de imprensa”

“Liberdade de imprensa quer dizer também liberdade de reunião. Acredito na liberdade de reunião e no direito de escolher livremente não apenas o Presidente, mas também no direito que os trabalhadores tem de escolher seus empregadores”

“Quando se suprime um direito, acaba-se suprimindo outros de forma indireta, destruindo com a democracia. Por isso, acredito que as idéias se defendem com argumentos e nunca com armas. Eu sou um amante da democracia”

“Não é possível falar de democracia sem falar em respeito por todas as opiniões e crenças, que é onde reside a liberdade e o direito de cada cidadão. Por isso, não perseguiremos ninguém. Não perseguiremos nem censuraremos a imprensa, porque acredito que quando se censura um jornal, nenhum outro jornal se sentirá seguro. Acredito que quando se persegue um homem por causa de suas idéias políticas, nenhum outro homem jamais estará seguro novamente. Acredito que quando se começam a fazer restrições e censuras, nenhum direito mais está em segurança”

“Quem está no poder não precisa de armas”

“O ideal é que sejam impostas restrições materiais, econômicas e financeiras às ditaduras, para evitar que elas se perpetrem por muitos anos”

“Eu não tenho opositores no meu país, todos me amam. O que existe são contra-revolucionários infiltrados pagos pelos Estados Unidos”

“Agora não há mais censura, a imprensa é livre e posso lhes assegurar de que a censura não será restabelecida nunca”

“Não há assassinatos, nem tortura nem ditadura. Apenas felicidade”

“As mulheres do nosso país que se prostituem, não o fazem por necessidade, o fazem porque gostam de sexo”

“Nunca mentir para o povo”

“Nosso país não proíbe a leitura de nenhum livro e também não proíbe nenhuma família de emigrar para o exterior”

Para me perguntar se doeu, para torcer para que o anônimo que discutiu com o Hugo na postagem do Gue apareça e os dois se desentendam novamente ou ainda para atribuir qualquer crítica objetiva e embasada a posicionamentos políticos: sally@desfavor.com