Desfavor da semana: TV Presa.

“Depois de cinco anos de discussões no Congresso Nacional, a Lei 12.485 — ou a nova Lei da TV Paga, como ficou conhecida — já está em vigor. E é ela que mudará o perfil do que o telespectador vem assistindo na programação.

Depois de passar por consulta pública e ainda sem regulamentação pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), a lei muda as regras do jogo para os canais de televisão por assinatura. A partir do segundo semestre, eles terão que exibir uma hora e dez minutos de programação nacional por semana em seu horário nobre, num processo gradativo que, até 2014, chegará a três horas e 30 minutos — com pelo menos metade desse tempo composto por atrações de produtoras independentes.” – FONTE

Obrigação de exibir conteúdo feito no Brasil? Desfavor da semana.

SOMIR

No desfavor da semana sempre escolhemos algum tema que seja ruim por si só, mas que também possa ser extrapolado para uma discussão maior. É ruim perder algumas horas de conteúdo com o qual já estamos acostumados na TV Paga, mas é pior ainda que isso ocorra com base numa obrigação enfiada goela abaixo da sociedade pelo governo.

Sou partidário de governos pouco intrusivos, que se resumam a manter a ordem e a oferecer serviços básicos para a população. Não costuma ser uma boa ideia historicamente ter um grupo de pessoas interferindo muito além disso numa sociedade. Mas o brasileiro parece adorar que o Estado faça o papel de “papai”, punindo quem faz piadas com ele, e até mesmo decidindo o que ele vai ver na TV (se não estiver de castigo).

Esse tipo de mentalidade permite que leis babacas como essa passem e que interfiram com a lei do mercado num setor como o do entretenimento. As TVs pagas não fazem parte de um complô para aleijar a produção nacional, elas simplesmente estão passando o que as pessoas gostam de ver, dentro da seleção de material disponível, gastando um valor razoável para que possam continuar operando.

Se o conteúdo nacional não está presente em canais de TV Paga, é porque o conteúdo nacional não atende a requisitos básicos de qualidade, economia e temas variados o suficiente para todos os canais. Se o Brasil fosse capaz de produzir conteúdo atrativo para telespectador e para retransmissor, vamos concordar que essa lei nem mesmo seria necessária.

Pode-se argumentar que uma medida dessas vai aquecer o mercado de produções nacionais até o ponto de criar a capacidade de produção desse conteúdo, mas não podemos ignorar que JÁ vivemos num país onde se investe muito em mídia, e que temos boa parte dos canais da TV Aberta com sua programação essencialmente nacional.

O país do Zorra Total e do Pânico não investe em série de ficção científica. A TV Paga é a escapatória de quem tem a sorte de poder pagar por uma (ou roubar uma). Ninguém começa a ignorar a TV Aberta e fica sentindo falta de programas feitos no Brasil. A produção nacional fica amarrada pelo que costuma ser financiado.

E vamos nos lembrar que somos mercado secundário de mídia. Sem considerar o mercado americano ou o europeu, não vale a pena fazer um Game of Thrones, por exemplo. Não existe RETORNO no Brasil suficiente para valer, por si só, o grau de qualidade do material que assistimos “por tabela” nas versões brasileiras dos canais de filmes e séries.

O mercado brasileiro não é de se jogar fora, mas é no máximo padrão Multishow de qualidade para não ser desperdício de dinheiro. Não dá para escapar muito de fórmulas baratas e relativamente “chapa-branca”. Você precisa gastar pouco e ter o MÁXIMO de retorno possível praticamente garantido antes mesmo de lançar.

Isso não é receita de material com nível de qualidade que se assemelhe ao que já temos disponível nos canais de TV Paga atuais. O que eu argumento aqui é que não faltava apenas um incentivo para termos mais material brasileiro nos canais, o que falta é desenvolvimento do país.

Somos um país onde a pirataria corre solta, as pessoas não se acham obrigadas a pagar por entretenimento. É cultural, mas também é econômico. E ainda falta o estudo e o interesse para aceitar material que não seja mais do mesmo da TV Aberta.

O “boom” da Classe C já está paunocuzando quem estava acostumado com a TV Paga nos últimos anos. Estão dublando tudo o que podem dublar, estão mexendo nas grades para colocar mais coisas popularescas… Ao invés de apresentar um novo elemento para quem está migrando além da TV Aberta, estão tentando equiparar as coisas. E essa parte de produção nacional OBRIGATÓRIA não deixa de ser mais um elemento nessa caça ao dinheiro extra disponível no nosso mercado.

O que vamos ver com essa medida é uma série de programas de baixo risco e baixo investimento ocupando espaço nas programações. Vamos reforçar a mentalidade que TV brasileira é essa babaquice mesmo e os programas estrangeiros vão parecer ainda MELHORES em comparação. Círculo vicioso.

E outra: Quem disse que eu quero ver mais produções brasileiras? Não é nem achar que o que vem de fora TEM que ser melhor, mas são outras culturas, outras formas de ver e enxergar as coisas. É interessante, oras. Uma série de humor brasileira nunca vai ser substituta de uma inglesa, por exemplo. E não precisa usar o argumento que a gringa vai ser melhor, é o humor diferente.

Que porra de ufanismo ditatorial é esse de achar que o brasileiro PRECISA ver conteúdo brasileiro? As pessoas assistem o que quiserem. E não vamos poder decidir o conteúdo dos canais se os canais forem obrigados a mostrar algum material. Adianta trocar de canal se audiência ruim não for derrubar o que não gostamos de ver?

Precisamos começar a disputar esse mercado de TV com os estrangeiros, mas disputar de verdade, sem rodinha na bicicleta. Sei que um dos argumentos pró-medida é fazer o dinheiro que se faz com os canais ficar mais no Brasil, mas quem garante que as produtoras nacionais que os canais podem escolher não vão ser meras fachadas para produzir porcarias baratíssimas e mitigar os prejuízos das emissoras? Brasileiro tem muito talento para isso…

O controle remoto é meu, porra!

Para dizer que eu só tenho duas opções, e uma delas é deixar o Brasil, para reclamar que estava mesmo sentindo falta de mais novelas na TV Paga, ou mesmo para dizer que mesmo com muito dinheiro, brasileiro faz no máximo Rei Davi: somir@desfavor.com

SALLY

Suponha que você seja uma pessoa normal e higiênica e que goste mais de Mc Donald´s do que de Bob´s. Suponha que você vive em um país onde a lei permite que redes nacionais e internacionais sirvam fast food. Agora suponha que do nada seja sancionada uma lei dizendo que o Mc Donald´s (alô Bahia, é no masculino, O Mc Donald´s, é só olhar no site oficial.) será obrigado a vender sanduiches do Bob´s, FEITOS PELO BOB´S, nos horários de maior procura, digamos, na hora do almoço. Mais: a lei ainda diz que deverá haver um aumento progressivo deste horário onde só poderá ser comercializado sanduiche do Bob´s. É basicamente isso que está acontecendo com a TV fechada.

A TV fechada, vulgo “TV a cabo”, será obrigada a exibir uma certa carga horária de programação nacional (brasileira) no horário nobre, carga esta que será aumentada progressivamente até o ano de 2014. A Lei tem diversos pontos questionáveis (para quem tiver curiosidade, aqui está na íntegra.) mas em duas páginas só é possível falar deste. Detalhe sórdido: não basta ser brasileiro, tem que ser produzido por produtora brasileira independente.

Quer dizer, se a gente quiser ver um canal só com programação estrangeira na TV fechada não será possível. Boa parte do horário nobre será ocupada forçosamente por programação nacional. Quando você está prestes a vomitar e pega o controle remoto para mudar o canal da TV aberta, vai passar para a fechada e corre o risco de encontrar mais um menos a mesma merda, ou então uma merda com ainda menos recursos.

Burrice sem tamanho enfiar goela abaixo programação nacional. Se as pessoas estivessem satisfeitas com a programação nacional, não assinariam TV fechada. Uma pessoa tem o sagrado direito de não querer ver absolutamente nada produzido em seu país quando o país produz coisas como João Kleber, Datena, Faustão, Gugu, BBB, Zorra Total, novela Global e similares. O que vai acontecer é que o público da TV a cabo vai migrar para internet, vai fazer download daquilo que gosta de ver na TV a cabo (ou comprar o DVD), sobretudo seriados, e vai mandar a NET ou a Sky tomarem no meio dos seus cus. Ao menos é o que eu pretendo fazer.

Brilhante ideia de promover a Zorratotalização da TV a cabo. Conseguiram cagar escrotamente a TV aberta, porque parar? Próximo passo: obrigar cinemas a passarem apenas filmes nacionais nos horários de pico. Vocês concordam comigo que se a programação nacional fosse realmente boa não precisaria dessa imposição? As coisas realmente boas se vendem por si mesmas, não precisam de jabá do Poder Executivo para emplacar. Tentar empurrar na marra só desvaloriza mais ainda o que quer que seja.

Algo que talvez não tenha sido pensado é como os canais vão se adequar a essa imposição. Eu aposto em reality show, e vai ser bem feito se for isso mesmo. Só precisa de uma dúzia de panacas loucos para evadir sua privacidade, um teto e três câmeras. Todo mundo nega que veja mas a audiência está sempre nas alturas. Vamos tomar uma enxurrada de reality show. Obrigada a todos os envolvidos, viu? Brilhante. Estamos fodidos. Brasileiro só sabe fazer reality show, novela ou programa de auditório. Lá vem merda.

É por causa de eventos como esse que eu digo que a democracia do Brasil está se esvaindo. Só que desta vez é uma ditadura velada, uma ditadura revestida de um falso manto de medida de inclusão. A ditadura do aparente politicamente correto em causa própria. Não se pode falar porra nenhuma porque tudo é bullying, preconceito ou dano moral e agora também não se pode escolher livremente que tipo de programação se pretende ver. Eu achava que eu tinha o sagrado direito de ter a disposição um canal onde eu estivesse livre de sequer ouvir pessoas falando em português. Mas não, esse encosto, esse atraso que é a programação nacional, vai me perseguir. É uma forma de censura inversa, uma imposição descabida, ditatorial.

Daí você pode pensar “Credo, Sally, mas que escândalo, só porque três horinhas do horário nobre vão para a programação nacional não precisa reagir assim”. Meus queridos, entrou a cabecinha nos nossos cus. Isso é só o começo. Se enfiou a cabecinha, é provável que metam a trolha toda. Se ISSO passou sem protestos, coisa pior virá, não apenas nesta área mas em outras. É a inclusão do nacional. Não é bom o bastante para se firmar e assegurar um horário na TV paga? ENTÃO, FUCKIN´ MELHORE a qualidade do que faz. Faça programas diferentes, mais alto nível. Não, pra que? Dilmão vai nos obrigar a engolir essas merdas do jeito que estão, na base da lei.

Cêjura que o Governo não tem mais o que fazer? Cêjura que estão se achando primeiro mundo o bastante para se dar ao luxo de legislar sobre o que as pessoas assistirão na TV PAGA, Dilma? Minha Senhora, primeiro a Senhora limpa A MERDA que está a TV aberta, cujo conteúdo deveria observar uma série de normas legais que não observa, depois a Senhora vem se meter na TV paga, ok? (para mais informações, ler o último Em Direito, ou o penúltimo, sei lá, procura lá). Tá sobrando tempo para esta Senhora, né? Sancionar lei tributando grandes fortunas nem pensar. Só posso desejar que seu câncer volte, porque gente assim só morrendo.

Como sempre, o absurdo acontece sem qualquer reação, por não gerar prejuízos imediatos. É a teoria do sapo na panela de água quente que o Somir já descreveu em outras postagens: jogue um sapo em uma panela com água fervendo e ele pulará para fora da panela. Coloque um sapo em uma panela com água fria, esquente-a aos poucos, e ele morrera sem sair. Como ninguém foi afetado de imediato, neguinho tá tranquilo. Como neguinho não vai ser tão afetado, porque não é tanto tempo de programação, tá tudo calmo. O gesto em si é absurdo mas vai passar em brancas nuvens, porque o que conta para causar revolta não é o gesto e sim o prejuízo pessoal que cada um vai ter.

EU fui prejudicado? ME incomoda? Não? Então foda-se se é injusto. Assim vão construindo um país cada vez mais cagado, focado no mero interesse individual, sem perceber que o coletivo é muito mais importante. EU, EU, EU. Bela merda está virando o Brasil por causa desse pensamento egoísta. Essa permissividade para que o Poder Público estupre a esfera privada ainda vai se voltar contra o cidadão, mas aí será tarde demais, porque ele já estará com a cabecinha dentro, bastará meio segundo para enfiar a pica toda. Olha, eu não deixo nem meus amigos nem meus familiares escolherem o tipo de programação que eu vou ver, mas é o Caralho Voador que eu vou deixar a Dilma impor algum tipo de programação nacional à minha pessoa. Se essa merda for efetivada nos termos da lei, serei a primeira a cancelar a TV a cabo e montar minha própria programação na base da locadora, do download, do Youtube ou de qualquer outro recurso.

Coisa mais humilhante, coisa mais de vira-lata ter que empurrar na marra a programação nacional. VERGONHA. Vergonha até mesmo para as produções nacionais. Atestado de incompetência. Paternalismo com o dinheiro público. Se os cornos do José Mayer ou da Regina Duarte começarem a aparecer na Sony ou na Warner eu juro que eu baixo no braço todas as séries que gosto e arranco meus cabos da NET com os dentes.

Para perguntar porque eu sumi, para só perceber que eu sumi porque eu disse que sumi ou ainda para fazer um discurso hippie-vira-lata-aborígene-carlinhosbrownizado defendendo esta merda de lei: sally@desfavor.com

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Comments (45)

  • Não é a primeira vez que o pessoal do ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO dá uma de Petardado.

    Lá pelo fim dos anos 90, o pessoal foi com seu toque de merdas com cobrança de taxa nas festas juninas. Não preciso dizer que com esse ônus, a organização de tais “festas” populares diminuiu bastante.

    O ECAD é uma ONG que baseia sua atuação na extorsão a título de direito autoral, pagando uns trocados aos compositores para legítimar sua posição. Faz por merecer um PROCESSA EU.

  • Sally, quanto ao ECAD, só a sigla já diz muito sobre a intenção da organização, que baseia-se na cobrança em cima de “direitos autorais” mesmo em caso de obras de domínio público.

    Esta turma volta e meia tá envolvida em confusões envolvendo cobrança de direito autoral em eventos.

    Qualquer atividade COM FINALIDADE LUCRATIVA a nível de Brasil na qual se utilize de obras musicais para qualquer fim passam pelo crivo do ECAD.

    Podem até colocar por liberalidade uma música numa festa, mas se for um buffet por exemplo, tem de pagar esse pedágio sob pena de enquadramento no 184.

    • Ok, mas se é para fiscalizar TUDO que tem fins lucrativos, vamos começar por cima em vez de pressionar blogueiro? Ou a cobrança vai ser seletiva?

      • Nesse caso, o ECAD usou a velha tática da intimidação com os dados disponíveis dos vloggers que postavam no Youtube.

        Depois deram a cagada pra trás, mas pela reação negativa da opinião pública.

      • SOPA, PIPA e ACTA são só a ponta do iceberg no controverso campo do Copyright.

        Com organizações como a RIAA lá nos Estados Unidos e o ECAD aqui no Brasil não se brinca.

        • Marciel, não é questão de brincar, é que se querem se dizer tão rigorosos, que ao menos sejam justos e fiscalizem tudo em vez de pegar um grupo para Cristo…

    • Não sei muito sobre o ECAD, mas vou tentar pesquisar o suficiente para meter o pau freneticamente por quatro páginas!

  • Sinto muito por ser estraga prazer de reacionário, mas neste caso aqui se faz muito conveniente que eu faça o aparte.

    Não, a ditadura do politicamente correto com a cantilena de respeito as minorias não é com o intento de protege-las de eventuais reações por parte da massa.

    Na verdade, esse jogo demagógico é sob medida para ir manobrando as pessoas no que diz respeito ao campo político.

    Se dá algumas migalhas para algumas minorias que possam render dividendos políticos e por outro lado se deixa ao abandono minorias que estejam sob o fogo cerrado dos reacionários.

    E ao fim, se mantém tudo mais ou menos sobre controle, com uma elite estúpida se garantindo na base dos conchavos e o restante em povo se matando para garantir os seus trocados.

    E quanto a rede Globo montar produtoras “independentes” com testas de ferro, bem… Bom pra eles. Pelo menos, dá para mandar para a geladeira alguma daquelas insuportáveis “primas donas” da mídia.

  • Já tem o pacote de TV por assinatura da Igreja do R. R., sendo que para colocar canais e conteúdos nessa linha pouco custa.

    Pelo menos, talvez cuidem de fazer um conteúdo um pouco mais elaborado que a alienação popularesca da TV aberta.

  • Nem precisa dizer que é de uma estupidez monumental essa história. Eu não dou a mínima na verdade, pois a Internet e o BitTorrent estão aí pra nos salvar, mas….

    A Sally está no caminho, pouco a pouco está se instalando um tipo nojento de ditadura de minorias. Gays, idosos, afrodescendentes, gagos, cegos, pessoas de mobilidade reduzida, todas essas MINORIAS mordendo um pedaço do bolo tirado da MAIORIA…

    Não acho que o problema é que as pessoas são individualistas, ou auto-centradas, acho justo o oposto, o brasileiro não se sente no direito de reclamar. Não conhece o conceito de justiça. Não sabe respeitar o outro.

    Não acho que o coletivo não é o mais importante pois o coletivo é abstrato. Qualquer desses grupelhos ( bikers) é capaz de sequestrar o conceito de coletivo em nome de seus interesses. Foda-se o coletivo, todo o poder ao indivíduo. Ficou confuso?

    Tenho um exemplo simples. No Brasil e países latinos não respeitamos a individualidade ou privacidade do outro. Escutamos música alta sem pensar que o vizinho de porta pode se incomodar. Falamos alto nos restaurantes. Briga-se na rua. Na Europa você vê com frequencia pais orientando seus filhos pequenos a não encarar gente no metrê por exemplo. Criança é curiosa, se o cara não tiver um braço vai ficar olhando sem parar. Que pai ou mãe brasileiro diria que não se deve fazer isso por respeito àquela PESSOA que está ali.

    Os ATIVISTAS do politicamente corretos usam o mesmo discurso que os comunistas já usaram e que os ecologistas tentam aplicar. Querem roubar espaço e recursos dos INDIVIDUOS em prol de uma coletividade que muda a cada momento, sempre sendo uma minoria supostamente desvalida, que invariavelmente termina com esses mesmos ativistas se beneficiando.

    Deu pra entender??

    Ah, e a Globo vai abrir 22 produtoras independentes pra produzir reality shows…isso vai ser ducaralho…

  • Paulo César Nascimento

    Sally, que bom que você voltou!!! O Somir fez as honras da casa com urbanidade, mas o bate-papo diminuiu.

  • Vou ali no cantinho da vergonha admitir que, quando tinha TV a cabo em casa, o Viva era um dos meus canais preferidos. Adorava ver Sai de Baixo, As Comédias da Vida Privada, A Muralha… :~~~~
    Falando em TV a cabo, cês viram o bafafá que deu por causa da entrada do Fox Sports? Eu não sabia de nada, até que esses dias entrei no site da Sky pra ver os pacotes, e percebi: CADÊ FOX E FX DE TODOS OS PACOTES???? Depois dei uma pesquisada no site da GVT, porque pra mim, TV a cabo sem Fox (Simpsons) e FX (Family Guy) não me serve de nada.
    Refletindo melhor, o que a gente gasta em TV por assinatura dá pra comprar um box de seriado por mês. :D

    • Até eu que sou eu vejo Viva por causa do Sai de Baixo!, principalmente as primeiras temporadas.

      A Fox está num braço-de-ferro fodido com Sky e Net, resolveu não revender a Libertadores para a SporTV… A Dona Grobo não ficou feliz.

      • Esses tempos achei uma alma abençoada no Youtube que postou toda a primeira temporada d’Os Normais. Tem também muitos do Sai de Baixo, mas geralmente estão picados, daí fico com preguiça.
        Vi por cima essa treta da Sky. Só não ficou muito claro pra mim se ela também tirará a Fox dos que já são assinantes. Acredito que sim, né.
        Acho que com o tempo as Sallys da vida vão se revoltar, cancelarão a TV a cabo, as operadoras não ficarão felizes, acontecerá algum tipo de revolta delas contra o governo, etc. Por enquanto tô de boa, os torrents tão aí pra isso, tenho todas as temporadas de ST – TNG baixadas (tô recém na segunda), e descobri o maravilhoso mundo da TV online, no site que acesso tem um canal que passa Simpsons 24 horas por dia.

      • Tô lendo a reportagem completa, que vocês postaram o link. O que eu tenho a dizer é: onde a classe C entra fode tudo, EU ODEIO POBRE, CADÊ OS MEUS BRIOCHES? Vide internet e redes sociais.
        É a orkutização da TV por assinatura.

  • Oi, Sally! Voltaremos a ter 800 comentários
    Até poderiam dar uma moral pro nacional, mas em horário de pico é sacanagem, podia ser nos horários secundários.
    Vc falou pessoa higiênica e comentou sobre Bobs X MC. Eu tenho um amigo que diz que não come no Bobs porque é imundo, no MC é limpinho. Vc também sabe de alguma coisa?

    • Sally teve que ir numa lan-house para me mandar este texto. Vai demorar um pouco mais para termos 800 comentários…

    • @, Os dois são tudo a merma merda. O do palhaço americano de perto de onde trabalho foi fechado duas vezes por produtos (bem) fora da data de validade. Alguns amigos que trabalharam lá tb relatam o “hamburguer caiu no chão, ficou lá menos de 3 segundos? Beleza, vai pro lanche”. Fora os relatos de bichinhos, cabelos e cositas más. Tudo a merma merda… Recentemente tb saiu a matéria de que usam produtos nocivos à saúde para dissolver a gordura da carne e misturá-la à carne mesmo. A Europa e Canadá vão tirar o produto. O povo do Brasil insiste em dizer que nunca usaram por aqui. Seráááá?????

      Sobre a TV a cabo: que merda. Que merda. Odeio pobre, ciclista e ativista maconheiro de faculdade. Salvem o mundo. Queimem essas minorias.

      • Não tenho a ilusão de que Mc Donald´s seja 100% higiênico (na verdade, difícil achar um estabelecimento que seja), mas não é a mesma coisa que o Bob´s não. Bob´s tem coisa de arrepiar os cabelos. Eu já achei uma lagartixa morta dentro de um sanduíche natural do Bob´s, o que me fez investigar um pouco melhor e descobrir coisas que fazem um cabelo ou um hamburguer no chão parecer brincadeira de criança.

        Sem contar o gosto de porra de girafa que os sanduíches do Bob´s tem. Eca…

        • “Gosto de porra de girafa” ???? Ri muito…

          Continuo achando tudo a mesma coisa… Se colocar barata e mc donalds no Google vem caso de meia barata, barata inteira, barata no capuccino, no lanche… Pelo menos o Bobs contratou a lagartixa para tentar solucionar as baratas… hahahaha

          • Carol, pode ser que o Mc Donalds seja porco também, mas o Bob´s eu tenho certeza absoluta.

            Em matéria de gosto, você acha a mesma coisa?

            • Não… gostar mesmo eu não gosto de nenhum, principalmente das batatas fritas que tem gosto, aparência e firmeza de “porra de girafa”.

              Mas de todos os ruins-fast-food, acho o Burger King o menos pior…

        • Paulo César Nascimento

          Sally, eu enchi o saco do Somir com o método dos braços quebrados… agora está difícil evitar a pergunta: como você fez para ordenhar um “Girafo”? (curiosidade científica apenas).

          • Considerando que o pênis de uma girafa mede aproximadamente 77cm e considerando meu tamanho compacto (aproximadamente dois pênis de girafa), resta claro que é inviável realizar a tarefa por mim mesma, melhor comprar no e-bay.

    • O investimento na Netflix está cada vez mais interessante… Se bem que está entulhado de produção mexicana… eca.

      • Um amigo meu falou que tem até Maria do Bairro, hahaha!
        Logo que lançaram o Netflix no Brasil vi o povo reclamando que tinha muita coisa dublada, sem opção de áudio original e legenda. Tão investindo nisso?

        • Ainda está bagunçado. Muitos filmes e séries bacanas estão disponíveis apenas dubladas. E alguns que tem áudio original e legenda estão cheios de erros de sincronia…

  • “Burrice sem tamanho enfiar goela abaixo programação nacional. Se as pessoas estivessem satisfeitas com a programação nacional, não assinariam TV fechada. Uma pessoa tem o sagrado direito de não querer ver absolutamente nada produzido em seu país quando o país produz coisas como João Kleber, Datena, Faustão, Gugu, BBB, Zorra Total, novela Global e similares. O que vai acontecer é que o público da TV a cabo vai migrar para internet, vai fazer download daquilo que gosta de ver na TV a cabo (ou comprar o DVD), sobretudo seriados, e vai mandar a NET ou a Sky tomarem no meio dos seus cus. Ao menos é o que eu pretendo fazer.”. Já pensou em fazer o que você diz neste parágrafo se transformar numa campanha, Sally? Aliás, seria muito bom se vocês ou algum dos impopulares com os contatos certos fizer esta postagem chegar às mãos de certas pessoas em Brasília…

    • Só para mencionar: A Sky está contra isso, vocalmente, desde o começo. Se nem lobby está adiantando, vai ter que rolar um “caras pintadas” para segurar essa palhaçada agora…

  • Sabe como se chama isso no jargão econômico? RESERVA DE MERCADO.

    Os pseudoindependentes devem estar dando orgasmo pela obrigação das empresas de entretenimento terem que comprar programas deles para preencher a grade por conta da ação governamental.

    Diga-se que ao fim acaba compensando um pouco o fato de mais e mais espaço na grade da TV aberta estarem sendo tomados pelas pregações religiosas.

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