Flertando com o desastre: Mostrando a cara.

Ao longo desses quase quatro anos de Desfavor sempre tivemos que lidar com frases clichê de gente que tem preguiça de pensar. Frases ouvidas e repetidas por comodismo. Todas elas são muito irritantes, como por exemplo o clássico “é inveja” quando criticamos alguém. Porém hoje eu quero falar de um tipo de frase que me irrita em particular: o clássico “mostra a cara”.

Esta porra está virando moda entre jornalistas, blogueiros e essa gentalha de internet, o que acaba afetando a cabeça de populares acéfalos que repetem argumentos alheios sem pensar. Não, ninguém veio falar isso para a gente recentemente, não é um texto de “cala a boca”, é apenas uma resposta ao que tenho lido por aí. Pressinto uma febre do “mostra a cara” se aproximando e isso me dá um pouco de náuseas. Sei que vocês já sabem mais ou menos como a gente pensa, mas não custa compilar tudo em um texto.

Essa obrigação de identificação para que exista credibilidade pode vir das mais diversas formas: “Mostre a cara quando for falar sobre tal coisa”, “Muito fácil falar isso através de um fake” ou ainda “Não tem coragem de dizer o que pensa sem se esconder?”. Pois é, no começo eu até entendia e acreditava que mostrar ou não a cara era questão de opção, mas hoje, anos depois, do jeito que as coisas evoluíram, me sinto no direito de achar que não apenas eu estou certíssima em não mostrar a cara como quem “mostra a cara” na internet para fazer o que a gente faz (críticas, denúncias, textos polêmicos etc) é um completo DÉBIL MENTAL.

E por “mostrar a cara”, entenda-se a pessoa que se expõe na internet dando munição para que a prejudiquem ou à sua família. Um breve exercício mental para melhor compreensão: se um sequestrador quisesse saber informações suficientes para sequestrar seu filho através de redes sociais, ele conseguiria? Se a resposta é sim, para mim, você é um débil mental sem discernimento. E peguei leve com sequestrador, porque poderia ser coisa pior, como por exemplo, um pedófilo.

Não compreendo essa tara de evasão de privacidade que as pessoas tem a ponto de achar que porque alguém colocou sua foto e seu nome está “mostrando a cara”. Muitas vezes não está. Aliás, a maior parte das vezes não está, já que geralmente as pessoas usam rede social e principalmente blogs para fazer tipo (geralmente de vítima ou de fodão), para ostentar uma felicidade que não tem, para compor uma personagem daquilo que elas realmente gostariam que fosse a sua vida real e não é. Eu “mostro a cara” falando o que penso de verdade e a única forma de poder ser 100% sincero na internet é anonimato, a menos que você não precise de emprego e cague para sua família.

Porque se você mostrar sua foto e seu nome, começa e ter que se policiar sobre o que vai falar para não perder seu emprego, para não ofender amigos, para não aborrecer seu parceiro, para não causar constrangimento nos seus familiares, etc, etc e muitos etc. Prefiro que não vejam meu rosto e em troca poder falar tudo que eu quiser. Vai por mim que a troca compensa, minhas palavras valem mais que o meu rosto. E se você está achando que é frescura minha e é do tipo que mostra o rosto e fala tudo que quer, bem, você é um débil mental sem discernimento que está arriscando seu emprego e expondo pessoas próximas.

É por isso que hoje venho defender um ponto de vista polêmico: NÃO, NÃO MOSTRO A CARA PORRA NENHUMA, E JUSTAMENTE POR ISSO, EU TENHO MAIS CREDIBILIDADE DO QUE IDIOTAS QUE A MOSTRAM.

Você acha que uma pessoa que coloca foto de filho pequeno no seu Twitter, disponível para qualquer pessoa com internet tem bom senso? Você acha que uma pessoa que dá endereço de sua casa na internet tem credibilidade para te ajudar a construir algum ponto de vista? Você acha que gente que coloca fotos pessoais em blog aberto ao mundo pode te acrescentar alguma coisa inteligente? NÃO! São pessoas IDIOTAS, BURRAS, TOSCAS, SEM NOÇÃO DE REALIDADE. Quem faz uma porra dessa não merece ter uma linha lida sequer, porque NÃO BATE FUCKIN’ BEM DA CABEÇA, CARALHO!

Então, para aqueles que já falaram, continuam falando ou ainda falarão “mostra a cara”, eu respondo: PROCURE UM PSICANALISTA, porque você é idiota e não bate bem da cabeça. Quem não mostra a cara não o faz por medo ou covardia, o faz por bom senso e respeito às pessoas que o cercam. Se você não pode ver isso, tenho pena de você. Cedo ou tarde a vida vai te ensinar a se preservar.

O que é mais honesto: um redator do Portal Tralalá, vinculado à rede de comunicação Tralalá, que mostra a carinha, mostra a fotinho mas não pode falar mal da empresa que trabalha, não pode falar mal de empresa ou produto que patrocina a empresa para a qual ele trabalha e não pode falar nada politicamente incorreto para que a empresa não arque com um processo (e hoje em dia, qualquer merda é considerada politicamente incorreta) ou a gente, que não mostra foto nem nome, mas fala o que realmente pensa e pode falar sobre qualquer merda que quiser?

O que é mais honesto, o escritor de blog patrocinado pela empresa Nhenhené, que tem que tomar cuidado com palavrões, que não pode criticar nada remotamente ligado a seu patrocinador ou a gente, pobrão, fodidão, mas sem vinculação a porra nenhuma de nada? Percebem como não mostrar a cara é sinônimo de liberdade de expressão e credibilidade?

Mostrar a cara é muito fácil para quem faz um blog ou coisa do tipo sobre UM assunto direcionado: maquiagem, bichos, fofocas, entretenimento, TV, carros… É fácil falar sobre UM ÚNICO assunto e manter uma linha imparcial e apaziguadora. É fácil, mas porra, eu pessoalmente acho muito desinteressante! Aqui a gente quer abraçar o mundo, nossa proposta é falar sobre tudo dentro do esquema “nada é sagrado”. Para fazer isso com honestidade, anonimato é imprescindível.

Adoro quando cai um perdido na vida de paraquedas aqui em um Processa Eu e já começa com a frase “Você só sabe falar mal dos outros” (como se tivesse lido várias postagens minhas) e termina com um “falar mal no anonimato é fácil”. Primeiro que a gente sabe fazer de tudo um pouco, inclusive falar mal dos outros em Processa Eu, coisa que eu especialmente faço com o maior prazer, porém de quinze em quinze dias, se tanto. Resumir o Desfavor a isso é passar atestado de analfabeto funcional. Segundo que eu não criei um perfil “anônimo” PARA falar mal dos outros e sim para expressar minha opinião, que em alguns casos, é negativa, mas em outros é positiva. Para citar um exemplo dentre muitos, leiam este texto. Somos anônimos para falar bem ou para falar mal. Porra, eu falo mal DE MIM MESMA em uma coluna chamada “Eu Desfavor”. Seria no mínimo esquizofrênico criar um perfil anônimo com a intenção de falar mal de si mesmo, não?

Muita gente se irrita porque pessoas xingam e espezinham de forma anônima em redes sociais. Vem cá… se essas pessoas colocassem uma cara e um nome (nunca tem como saber se são reais), seriam menos babacas? NÃO. Não é o anonimato que faz a pessoa babaca, é a atitude. Questão de coerência. Qualquer pessoa desocupada o bastante para discordar de você e por causa disso ficar te paunocuzando via internet é babaca, assine ela o nome real ou não.

E outra: vocês, leitores de longa data, não sabem meu nome nem a cor do meu cabelo mas puta que me pariu, vocês me conhecem melhor do que muito amigo meu. É o caralho que para conhecer uma pessoa você precisa saber o nome. Nós estabelecemos uma relação de confiança e amizade aqui dentro que transcende nome e rosto e é mais real que muita relação olho no olho que tem por aí. Adianta colocar nominho e fotinho e depois colocar assessoria ou estagiário para responder no Twitter? ME POUPE, mais verdadeiros do que nós impossível. Isso sem contar que cada vez mais tem leitores que me conhecem pessoalmente e conversam comigo por e-mail quase que diariamente. Isso é muito mais do que mostrar o rosto.

Quem cobra nome, quem cobra rosto, é gente fofoqueira. Gente que quer vasculhar a vida alheia. Gente sem noção que pensa ser modelo daquilo que é correto e quer desacreditar outras pessoas porque elas não optaram pelo caminho debiloide da evasão de privacidade. Fato: não está ao seu alcance proteger as pessoas que te cercam de uma investida mal intencionada (em sentido amplo) de malucos da internet, logo, a melhor forma de poupar as pessoas que você ama de riscos é não evadir sua privacidade.

A partir do momento em que você dá nome, sobrenome, foto e informações pessoais, escrevendo um blog polêmico, você abre uma porta que pode acabar muito mal. Pode não acontecer nada? Pode. Mas também pode acabar muito mal. Quem escolher correr esse risco para mim é DÉBIL MENTAL. E mais débil mental ainda se além de correr o risco ainda passa no meu território para tentar me desacreditar por eu não querer correr esse risco. Se eu tivesse nascido em uma chocadeira e não tivesse amigos, postava nome, rosto e foto das minhas pregas, porque eu não tenho medo de tiro, nem de porrada nem de ameaça. Mas eu me preocupo com as pessoas que me cercam e quem não se preocupa é um escroto.

Quem lê a nossa coluna chamada “Ei Você”, que mostra quais foram as buscas que levaram os leitores a entrar no Desfavor, sabe o tipo de gente que passa por aqui. Parece razoável se expor para essa pessoas? Qual é a grande dificuldade em perceber o tanto de gente maluca que tem circulando na internet? Agora realiza a combinação: gente maluca + textos polêmicos e críticos. Eu adoraria achar que eu não sou tão importante para alguém me perseguir ou fazer algo comigo, mas infelizmente o grau de desocupação e insanidade das pessoas não me dá tanta certeza. Novamente: só o fato de correr o risco já é escroto. Mais: mesmo pessoas que não postam coisas polêmicas correm esse risco, porque maluco não tem coerência. Em menor grau, mas correm.

Em uma cidade onde dão tiro em blogueiro que faz denúncia, na rua mais movimentada do bairro mais movimentado às onze horas da manhã, vocês acham que dá para mostrar o rosto e depois tocar o zaralho nas denúncias? Não, né? Então, o que é melhor: não mostrar o rosto mas mostrar denúncias ou mostrar uma bela fotinho minha toda maquiada fazendo pose e omitir denúncias? Francamente. Eu não mostro a cara, mas mostro coisas que quase ninguém que mostra a cara tem capacidade, condições ou vontade de mostrar. E ainda vem neguinho desacreditar por não mostrar a cara? Vai se foder, quem se contenta com foto e nome para acreditar em algo é uma pessoa facilmente enganável.

Então, para os blogueirões e jornalistões que deram para falar esta merda, aqui vai minha resposta: não apenas não mostro a minha cara, como EU NÃO CONFIO EM QUEM MOSTRA A CARA, porque quem mostra a cara tem que tomar uma série de cuidados com seu emprego, com seus familiares, com seus amigos, com seu parceiro e com uma série de outras situações sociais que o limitam em expor não apenas os fatos como também sua opinião. Quem não é confiável, imparcial e comprometido com a verdade acima de tudo não mostra a cara, a menos que tenha uma puta infraestrutura respaldando, que não é o nosso caso. Espero que um dia seja, assim eu poderei apresentar o Cadeia by Sally na TV, com porrete e tudo, desta vez atacando policiais torturadores em vez de bandidos.

Vocês acham que se tivesse uma foto com meus cornos e meu nome real aqui eu teria amigos e emprego? Duvido. Acredito ter ofendido tudo e todos que eu conheço das mais diversas formas. Uma pena, pois a intenção não era ofender (salvo raras discussões) e sim expressar minha opinião. Mas em um mundo onde todos se ofendem por qualquer merda e se sentem no direito de te tomar dinheiro porque estão ofendidos, quem tem que se esconder são pessoas que querem expressar sua opinião, enquanto ladrões como Maluf continuam soltos, mostrando a cara. Lembro até hoje do dia que uma amiga minha descobriu o Desfavor e não teve como negar que era eu. Eu disse que preferia que ela não lesse, porque ela iria se ofender e ela me disse que era bobagem. No dia seguinte, eu perguntei se ela tinha lido e ela me disse que parou na primeira frase, pois já na primeira frase ela tinha se ofendido.

Duvido que este pensamento “mostra a cara” mude. Pessoas medíocres continuarão atrelando qualidades como coragem, credibilidade e confiança a uma porra duma foto e a uma porra de um nome. Azar o deles, quem perde são eles. O bordão “mostra a cara” vai continuar sendo repetido por idiotas com raciocínio tão limitado que jamais perceberão que, nos dias de hoje, mostrar a cara está mais para demérito do que para mérito. Mostrar a cara sim é que compromete a credibilidade, principalmente quando a pessoa recebe para escrever aquilo.

A realidade mudou, quem não souber se adaptar da melhor forma vai se foder todo. Hoje, o “mostrar a cara”, na maior parte das vezes é uma puta vaidade camuflada sob o manto da “coragem” para ficar mais socialmente palatável. É aquele ranço de reality show, de querer seus 15 minutos andywarholianos de fama. Foi mal, tô fora. E sim, isso me faz mais digna do que esse bando de carentes que mostram a cara e depois afirmam que eles tem coragem e eu não. Coragem? Coragem se mede pelo conteúdo do que a pessoa escreve. Que “coragem” é essa de expor seus pais, seus filhos, seus amigos? Na minha terra isso se chama falta de consideração.

Para finalizar, independente de mostrar a cara ou não, a Polícia Federal pode chegar em qualquer pessoa que quiser. Se eu fosse uma criminosa eles já teriam me encontrado. Ou vocês acham que pedófilo e fraudador de senha de banco dá nome e RG? Não ofendam minha inteligência pensando que eu “me escondo no anonimato” para não pagar pelos “meus crimes”, pois isso simplesmente não existe. Se nós não respondemos a nenhum processo após quatro anos de Desfavor é porque não cometemos nenhum crime e não porque “nos escondemos com medo”. Pois é, desagradar os outros ainda não é crime. Quem sabe em breve será.

Para finalizar, reflitam sobre quantas pessoas vocês conhecem o rosto, conhecem o nome mas já te foderam ou já te surpreenderam negativamente fazendo coisas que você não esperava delas. Ou ainda quantas pessoas você conhece o rosto, conhece o nome, mas não sabe quase nada sobre a pessoa, porque ela mente ou esconde quase tudo da vida. Chega dessa merda de achar que ver um rosto ou um nome é condição sina qua non para credibilidade e confiança. Nos tempos de hoje, escrever o que a gente escreve mostrando o nome e o rosto é burrice, isso sim. Alias, se tornar identificável e rastreavel na internet é burrice.

Para se ofender porque você mostra rosto e nome no seu polêmico blog sobre latinhas de Coca-Cola, para dizer que agora você está com medo de continuar mostrando a cara ou ainda para dizer que eu não mostro a cara porque sou feia e gorda: sally@desfavor.com

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Comments (161)

  • “Quem não mostra a cara não o faz por medo ou covardia, o faz por bom senso e respeito às pessoas que o cercam.” Sabe aquelas frases que dá vontade de imprimir e colar na testa?
    Tenho uma enciclopédia de pessoas para quem eu gostaria de mandar esse texto, mas infelizmente essas pessoas são do tipo que dificilmente compreenderiam. E hoje em dia ser mal interpretado é a moda.
    Eu posso compreender quem tem uma curiosidade saudável de saber quem é aquele anônimo que a pessoa curte (blogueiro, vlogueiro, autor, whatever) e ficar mentalizando uma conversa cara a cara *fangirl intensifies*, pois já tive isso com vocês (hoje acho que a graça está na incógnita que vocês criaram). Mas se torna doentio quando as pessoas e/ou a mídia fica atormentando anônimos pra “se revelarem” “saírem da toca”. Ninguém se põe no lugar da pessoa, o mais importante é a cara, a ‘feice’, o rostinho para ser perseguido pelas câmeras noite e dia para virar manchetes/montagens sensacionalistas. Pessoas reservadas incomodam. Afinal, que absurdo não expôr cada minuto da sua vida, como todo mundo faz!!!! Como assim você não tem trilhões de redes sociais?! Sei lá, há muitos narizes onde não foram chamados.
    E quando/se o anônimo mostra o rosto, as cobranças só tendem a aumentar.

    • As mesmas pessoas e mídia que também acham que “bem feito quem mandou se expor” quando alguém tem a vida devassada. Vai entender, não dá para ganhar nunca.

  • Não mostro cara nem cú, mesmo porque estou na net pra discutir idéias (se é que já tenho isso). Quando estou a fim de imagem, vou pro mundo real.

  • schneewittchen

    eu só posto na internet anonimamente. até pra elogiar. por que elogios anônimos valem e críticas anônimas não valem? e uma coisa é lei pra mim: falo das ideias, do qeu tá escrito. não faço ataques pessoais. não uso anonimato pra isso.

    sumi da internet há uns anos por ter sido perseguida por um juiz federal bem famosinho no brasil por conta de uma foto minha postada no finado (?) orkut. o cara conseguiu o telefone da minha casa com uma pessoa do congresso que conhecia um amigo meu. xinguei o cara de otário pra baixo e aí, né, pra não tomar processo de juiz que paga de bom moço casado e sai atrás de gente pela internet, caí fora e fui viver minha vidinha de anônima recalcada, invejosa, que tem a cara tão feia que não mostra a cara e que não tem coragem de dizer as coisas. enfim…

    • Faz muito bem. Esse incidente que aconteceu com você foi providencial, pois te obrigou a ficar esperta e perceber a armadilha que é o “mostrar a cara” na internet. Tem muita gente escrota no mundo e alguns desses tem poder, infelizmente. O melhor que você faz é continuar se preservando.

      Concordo plenamente: elogios ou críticas se medem pelo seu conteúdo, não pelo nome que o assina.

  • OFF-OFF

    Vi isso, e tinha de compartilhar com alguns que nesse caso tem opinião completamente contrária a minha.

    http://youtu.be/PniYbDC4SOA

    O dia que um Rafinha Bastos conseguir usar sua ‘inteligência humorística’ pra fazer algo assim, ao invés de ofender pra chamar atenção, eu mudo minhas críticas.

    • Hugo, são coisas diferentes e cada uma tem seu mérito.

      Saber fazer humor sutil é mérito, mas ter culhão de fazer humor pesado e ofensivo nos dias de hoje também tem valor. Eu pessoalmente ADORO humor pesado, negro, politicamente incorreto e rude. Não sou muito chegada em sofisticações…

      • Sally, são coisas diferentes. Humor politicamente incorreto e pesado e ofender gratuitamente pra chamar atenção.

        Eu conheço gente do stand-up, e tem gente muito boa. Mas tambem posso afirmar que 80% é pura merda; Rafinha incluso.

        Admito que as vezes o cara até tem umas sacadas geniais. Mas essa capacidade é a mesma que aquele seu amigo mais extrovertido numa mesa de bar.

        O Rafinha hoje, é um macaco com uma navalha na mão; dada a repercussão de qualquer merda que ele diga. E só.

        Enfim, gosto é gosto. tem gente que gosta, e gente que não gosta. Mas realmetne ficaria curioso pra ouvir alguem conseguindo se ofender e criticar o humor do exemplo que enviei.

        Pra quem quiser entender todas as referencias:

        http://zoandonateve.wordpress.com/2012/05/25/dissecando-indiretas-ja-do-comedia-mtv/

        • Eu acho que ele faz humor. Ele me faz rir em tudo que faz, até mesmo no seu Twitter. Mas, como eu te disse, eu aprecio ofensas grosseiras que passam longe do bom gosto e do bom senso e eu considero ofensas humor, vide o Processa Eu, que existe antes do Rafinha se tornar famoso e segue a mesma linha de ofender gratuitamente.

    • “Mas realmetne ficaria curioso pra ouvir alguem conseguindo se ofender e criticar o humor do exemplo que enviei”.

      Adoro esse tipo de sátira, Hugo. Mas, você não acha que se o humor se limitasse apenas a essas sátiras inteligentíssimas, o humor ficaria tão limitado quanto uma suposta RID paga apenas com os membros que regularmente aqui batem ponto?

      Por exemplo, bato ponto aqui desde o começo, mas não creio ter acrescentado muito em relação a estimular novas discussões aqui quanto as pessoas que vieram para cá ultimamente…sejam as opiniões dessas pessoas legais ou completamente toscas.

      Assim, acredito que esse raciocínio também seja válido quando se trata do humor. O mérito do Rafinha Bastos, com este humor questionável, é ter te concedido um parâmetro para levantar essa discussão…e, talento do Adnet à parte, da mesma forma que o Rafinha possa ter a mesma capacidade que aquele seu amigo mais extrovertido numa mesa de bar, eu acho que um amigo seu mais piadista poderia fazer uma sátira tão engraçada quanto essa. Até porque ele se utilizou da nada tão chocante nem polêmico em si como matéria-prima para fazer essa música.

      Aqui, sou a favor do humor pelo humor, sem tabus e, particularmente, quando se trata de humor negro, melhor ainda.

      • Concordo em partes.

        Não disse que esse é o único humor que vale a pena. Humor inteligente e humor ‘burro’ não existe. A diferença está no tema a se satirizar. Se faz rir é inteligente e ponto.

        No stand up por exemplo temos alguns exemplos bons, como a Mhel Marrer (politicamente incorreta, mas ofende no máximo ela mesma), o pessoal dos desnecessários, e outros. Sem contar os americanos a mais tempo na estrada que conseguem usar humor negro, pesado e, serem engraçados.

        O que critico no Rafinha é que realmente naõ consigo ver graça em por exemplo, falar que alguem especifico precisa levar uma cotovelada, pois errou uma palavra e ja tem fama de burra, alem de ser rica. É ‘corajoso’? certamente. Politicamente incorreto? Talvez… Engraçado?! Já é preciso uma boa força de vontade.

        Pra efeito de comparação, seu ex-colega, o Gentilli, na mesma época soltou uma piada politicamente incorreta em que naõ teve a coragem do Rafinah pra sustentar:

        Aquela sobre o pessoal de Higienópolis (com grande densidade de judeus) não quererem a estaçao de metro ali, pois a última vez que viram um trem, ele ia pra auschwitz.

        Pode até ser ofensivo, pesado e todos os outros elogios que fizeram; mas…porra. ISSO FOI engraçado!

        É desta diferença sutil que falo.

      • Não podemos partir da premissa de que você não consiga achar o Rafinha engraçado para dar seguimento a um debate do humor em geral. Da mesma forma que você não considera o Rafinha engraçado, outros tantos acham, assim como não vejo nada de espetacular no fato da Mhel Marrer ofender no máximo ela mesma. E nem original.

        Aí que está o ponto: embora ela possa ser (por vezes) engraçadíssima (para alguns), ela o é dentro de algo que não é propriamente inédito, e acabamos voltamos ao ponto de se utilizar de nada tão chocante nem polêmico em si como matéria-prima para fazer humor. Humor dentro de uma zona de conforto.

    • Eu vi, está selecionada para TOP DES.

      A corda arrebentou para o lado mais fraco mesmo. Contudo, indiciado não quer dizer muita coisa, é um ato unilateral, eles indiciam quem querem. Eu quero ver é quando tiver PROCESSO, com contraditório, com ampla defesa, com produção de provas pelos acusados…

  • EXPLICAÇÃO AOS LEITORES:

    Devido à ausência sem prévio aviso do Somir, fiz um Siago Tomir agora à noite, apesar de ter dito que não ia fazer. Então, podem passar amanhã, porque mesmo que ele não poste, tem postagem minha.

    • Acabo de receber uma mensagem dele dizendo que teve um imprevisto.

      Fazer Siago Tomir nove horas da noite é foda. Preciso do meu soninho da beleza.

    • HAHAHAHAHAHAHAHA

      Pior do que ser Patati Patata é IMITAR. Quem paga para ver Patati Patata tem mais é que levar golpe!

      obs: em Campinas? Como é que as pessoas não perceberam a diferença quando os palhaços começaram a desmunhecar?

        • Vou te falar uma verdade: nada na vida compensa uma costela quebrara. Demora MUITO para cicatrizar e dói muito também

          • Então não se preocupe; essa nova tara excessiva por peitos é cultura importada dos estates. De modo geral, o brasileiro é muito mais criativo e tem apreciação quanto a região abaixo da cintura. ;)

              • Se for montar uma escala com gosto de acordo com popularidade, onde o menos popular é mais chique…bem…da pra citar várias coisas bem específicas que não veria como ‘algo de gente sofisticada…

                Quanto aos peitos, prevejo uma bolha estourando quando muita gente ficar com o mesmo tipo de bolota siliconada entre os ombros.

                O quadril (que não é apenas a bunda) voltará com tudo!

                • Pode reparar que brasileiro que gosta de peito é, geralmente, uma pessoa de nível cultural acima da média.

                  Bunda nunca saiu de moda e nunca sairá, mas eu acho bunda algo de gosto questionável: está perto demais de onde se caga para ser atraente…

  • Concordo completamente. Eu já tive um blog (bem estúpido, na verdade), que deixei de atualizá-lo exatamente pela questão da aceitação das pessoas que me conheciam (parentes, amigos e etc). Deletava e editada o tempo todo. Toda vez que escrevia, eu pensava duas vezes antes de publicar, com medo de magoar essas pessoas.

    Acabei me tornando tão menos dono da minha liberdade de expressão, e tão mais escravo da necessidade que os textos fossem agradáveis e confortáveis para aqueles que os liam, que o blog morreu drasticamente de chatice.

    • Pilo, é justamente isso que acontece, principalmente nesses tempos onde parece que se ofender é chique. Todo mundo se ofende.

      É preferível abrir mão de um rosto do que do conteúdo, lamento por essas pessoas que não conseguem perceber isso. Deixe que continuem mandando mostrar a cara…

  • Concordo plenamente com você, só um trouxa mesmo daria tantas opiniões por aí mostrando a cara. Admiro muito a coragem do blogueiro Ricardo Gama, mas acho de uma estupidez imensa se expor do jeito que ele faz. É horrível pensar assim também, mas po, quuais as chances dele sair impune dessa??? Por mais que seja o certo a se fazer, não significa que seja o mais apropriado.
    Outra, eu fico chocada com a capacidade das pessoas de falar merda. Desde quando o anonimato invalida o argumento de alguém? É a mesma coisa que falar, ah, fulano é um bêbado, logo, o que ele fala não é confiável. Aff, usam muito isso em tribunais, mas é a mais pura lógica da batata

    • O mais grave nem é o risco em que a pessoa se coloca e sim o risco ao qual sujeita as pessoas que estão à sua volta. Não raro neguinho ataca a família para espezinhar com alguém. E muitas vezes nem mesmo precisamos ter feito alguma coisa para o agressor, às vezes é uma pessoa que tem raiva por motivos pessoais, externos, que independem do seu texto. Cara e nome na internet é pintar um alvo na testa.

  • Sally,

    vc misturou anonimato para fazer criticas com divulgação de informações pessoais em um mesmo contexto, uma coisa é ser alvo de ataques politico e social e outro é ser agredido.

    • Yago, tanto faz. Quem mostra a cara na internet está exposto em qualquer situação e todo mundo está cansado de saber que internet é uma terra sem lei e um mar de malucos.

      Se te convidassem para uma festa onde você tivesse a certeza de que estariam presentes muitos malucos e criminosos e que não haveria lei nem policiamento, por mais legal que fosse, você iria? Mostrar a cara na internet é isso, é ir nessa festa. É permitir que maluco chegue até você.

  • Sally, o que tu sugere pra evitar de ser encontrado na rede por empresas e amigos toscos? Por exemplo, uma pessoa que tem vários cadastros em fóruns e e-mails com nome e sobrenome ainda tem como fugir de tudo de ruim que acarreta? Tem coisas que ficam difíceis de se apagar, comofas?

    • Eu procuro não colocar meu nome real em lugar nenhum, inclusive em endereço de e-mail. O fluxo de informação na internet é muito grande, se você se desfizer de tudo com o seu nome real, em alguns meses vai ficar mais difícil de te achar.

  • Sally, como é sua tatuagem? vc tem mais de uma?
    Tbm sou fã de tatto, acho q tou ficando viciada. Fiz uma semana passada, já tinha uma antes e já tou planejando a próxima! =)

      • Mas a enveja pode eventualmente estar a nosso favor.
        Explico: hoje a mulher do meu chefe tava me falando que sou bonita, que tenho que me arrumar mais, etc. Respondi que sou assim (com a autoestima lá no dedão do pé) porque sofri bule na escola, daí ela falou que era ENVEJA que sentiam de mim, hahaha! Foi um ponto de vista interessante. :B
        (considerando que, a essas alturas da vida, posso não ser um sucesso, mas pelo menos não trabalho de caixa de supermercado nem tenho filho, é bacana ver os reveses que a vida dá)

        • Dani, falei de brincadeira, claro.
          Lembro de uma postagem daqui: Deleta Eu: Orkut. E o Somir toca exatamente nesse assunto. O numero de comunidades e associados da “é tudo enveja” é enorme!!!! Virou justificativa para não receber críticas, para mostrar para o outro como ela tem valor. De fato existe inveja, o problema esta quando tudo que os outros fazem é ENVEJA.

          • HAHAHAHA eu entendi, e também sou partidária desse pensamento.
            Quem não se lembra das aborrescentes com seus blogs miguxos cheios de gifs cegantes que escreviam no perfil “Odeio: inveja e falsidade”?

  • Essa jogada do mostra a cara é uma estratégia de vulnerabilização, para marcar o interlocutor como com poder de influir em sua vida, seja para o bem, seja para o mal.

    Mas em certos casos, ficar como eu na zona cinza dá abertura para que gente sem o menor compromisso com a verdade venha nos difamar pra pagar de fodão na parada, como infelizmente aconteceu no ano passado aqui comigo.

    Dou muito tiro cego, mas se eu ver que fui no erro assumo e não estou nem ai, até porque não tenho muito a perder mesmo.

    Com o “anonimato”, se torna ainda mais interessante querer vulnerabilizar o alvo para depois ai querer bancar de fodão e bacana por conseguir puxar o tapete de alguém nessa selva virtual.

    E falando nisso, me lembrei do Anonymous… Meu, os caras dão muita bandeira. Um pouco mais de sutileza não faria mal a ninguém. Para fazer com eles o mesmo que fizeram com os “comunistas” nos tempos do Macartismo, POUCO CUSTA!

  • Concordo com o texto.
    Inclusive acho que é uma oportunidade de reflexão para todos que pensam além do Luciano Huck, você gera uma repulsa social muito grande se começa a falar o que pensa realmente. No dia a dia temos que mostrar a cara então é bom ponderar o que fala, onde e para quem fala. Péssimo, mas tem que ser assim.

    • Uma bosta que se tenha que escolher entre falar a verdade no anonimato ou omitir a verdade mostrando a cara. É nisso que a sociedade está se transformando.

      • E o que se prefere nisso? A omissão…

        Pegam aqueles que ousam sair da zona de conforto da omissão para colocar de bode expiatório no jogo sujo.

        Tudo em nome da conformidade e da manutenção das aparências a todo custo e se você não é conveniente com isso, azar.

        Tira vantagem quem pode e quando pode. O resto fica na base das migalhas que caem no chão.

        • Em vez das pessoas usarem o artifício protetivo do anonimato para fazer denúncias e falar sobre assuntos sérios na internet usam para xingar a vizinha. Fazer o que…

          • De assuntos e de problemas sérios, o pessoal tá é fugindo, muitas vezes pelo simples fato de que não existem soluções fáceis para tais questões.

            O que importa pro povinho em geral é curtir e utilizar esse espaço virtual como a “lixeira do desabafo” ou o “teatro da farsa”… Pelo menos distrai um pouco e desvia-se um pouco o foco da merda que é o nosso cotidiano.

            Encarar o problema de frente ninguém quer, até porque é muito arriscado.

            • Internet é usada 50% para vaidade e 50% para pedofilia. Em breve será um meio quase que intransitável. Os inteligentes não aguentarão e voltarão para os livros e isso aqui vai virar uma lixeira virtual pior do que está.

              Desfavor é uma flor que nasceu no meio do estrume.

  • Meu irmão me sugeriu esta semana que “já que começamos a interagir mais entre a familia nas redes sociais” que eu colocasse meu nome real alem de algumas informações pertinentes, e que isso ‘só me traria beneficios’. Ele se sentia estranho falando com este ‘Hugo sei la o que’ que ele nunca foi muito com a cara. E que toda a familia e amigos se sentiriam melhor se eu mudasse meu nome.

    Disse entender o lado deles, mas não curto alguem digitar meu nome na net, e descobrir algo que deixei passar. Ou me acharem a hora que quisessem e não o contrário.

    As pessoas que importam sabem quem é o Hugo. Usar Hugo Mariatti, Hugozissimo, Altair, Pedro, ou outro não muda o que penso e escrevo.

    Não coloco nem adesivo de empresa ou faculdade ou ‘familia feliz’ no carro, e nunca respondo ‘quem esta falando’ quando me ligam.

    Somente os paranoicos sobrevivem!

    …Pra ser mais ‘perfeito’ outras pessoas a minha volta poderiam ter o mesmo apreço por privacidade…mas…fazer o que.

    Ps.: Alguem leu algo a respeito do projeto de lei em que criar perfil falso na internet será crime? Vou ter de usar RG pra criar algum perfil?! rs

    • A merda é essa: por mais que você tome todo o cuidado, se uma pessoa que te cerca não tomar, ela te emburaca junto. Fico putíssima quando colocam foto minha em perfil de rede social e ainda marcam com meu nome!

      Esse projeto de lei é uma piada, não vai ter como controlar!

      • Depois da lei que proibia xingar em estádio… não é uma surpresa. Quem será que foi o IDIOTA que pensou nisso? É essa a tal lei do AI 5 digital do azeredo?

        • Duvido que isso vire lei. Neguinho faz projeto de lei para aparecer, uma porra dessas seria desmoralizante, não deve ser aprovada…

      • Putz! E eu achando qe eu era paranóica de mais por pensar assim. Cheguei num ponto de simplesmente não tirar mais foto se a câmera não fosse a minha pra não ter mais que brigar com ninguém por causa disso. Principalmente dps qe uma amiga sem noção se recusava a deletar uma foto minha do orkut, pqe o perfil era dela, a foto tava na camera dela, entao ela tinha direito de postar. mas hein? a cara era minha, porra!

        • Hoje eu aviso de boa, que se não tirar por bem, tira por mal. Resta escolher se quer tirar de boa ou se quer perder o perfil. É uma ótima medida não se deixar fotografar a menos que seja na sua máquina, vou adotar!

          Não admito que alguém queira qualquer informação minha, desde cor do cabelo até se eu estou gorda ou magra e tenha acesso a isso na internet. Só vai saber de mim quem eu quiser!

    • Engraçado, Hugo, em casa foi o contrário. Os mais próximos entenderam o propósito desse meu pseudônimo justamente para trazer informações mais pertinentes. E até me ajudam nisso.

      • Até no escritório entendem eu usar outro nome apenas na internet (não tem quase nada com meu nome real nem no google).

        Minha familia é meio retrógrada e o mano, estudando direito, tem sempre de desconfiar de algo que sugere…hehe

    • Os que insistem no discurso “mostra a cara” eu mando mesmo, mas tem uma certa população que orbita em torno desse discurso que se deixa levar por ele sem pensar muito, é com esses que eu quero falar. Para esses ainda existe esperança.

      • Desculpa ai, mas o Ricardo Gama exagerava… Era cricri demais da conta.

        Sabe aquele cara chaaaaaaaatooooo que vive pegando no pé? Esse era mais um deles, tanto que o considero como uma “vitima da moda” na onda do denuncismo que se vê na mídia marrom.

        De boa, sei muito bem que se dá guarita para esse tipo de atitude porque isso dá margem de barganha para os grupos de comunicação no trato com os paladinos da política e os grandes conglomerados empresariais.

        Se ferrou porque não tinha escudo na alta mídia para bancar a posição dele… E de boa, achei pouco porque o cara fez por merecer.

        Ficar no “Ad Hominem” ao cachorrinho de madame e ao cosplay de Faustão que governa ai era pedir pra morrer mesmo.

        • Marciel, as pessoas tem o sagrado direito de falar o que querem em seus blogs sem levar um tiro na rua. Se a gente for por esse caminho de “ele era chato, ele mereceu”, quem garante que um dia isso também não seja usado para justificar um tiro em mim ou até mesmo em você? As pessoas tem o sagrado direito de serem chatas. Entra no blog dele quem quer.

          E outra, nem precisa ser uma afronta ao Governador ou ao Prefeito. Muitas vezes basta irritar um conhecido, um colega, um vizinho ou qualquer pessoa um pouquinho mais descompensada para que ela faça da sua vida um inferno. Pessoas comuns podem nos inferniza e nos matar. Como nunca sabemos quem está lendo o que a gente escreve, todo cuidado é pouco.

          • Na verdade, o que o Sr. Gama fez foi mais ou menos como o Somir descreveu em seu artigo criticando a marcha das vadias.

            É como se ele tivesse entrado contando dinheiro num beco escuro onde tem um monte de malandro a solta… Não se faz.

            Se os problemas a nível de Rio de Janeiro limitassem-se apenas a ingerência e aos atos deshonestos do Cosplay de Faustão e do cachorrinho de madame, estaria tudo maravilhoso.

            Os caras são malandros e escroques? Fato, mas tem bem mais gente suja nesse jogo e mirar só no “AD HOMINEM” de atacar prefeito e governador é tiro n’agua.

            • Concordo que ele flertou com o desastre e não tem o direito de se dizer surpreso ou se fazer de vítima pega desprevenida, mas continua sendo errado encherem o cara de tiros.

              • Exatamente isso… Claro que não é certo e nem justificável que tenham enchido o chato de tiros, mas o cara foi imprudente e fez inimigos poderosos graças a sua tacanhez e sua falta de visão política.

                Quando meteram bala, só uns poucos gatos pingados se interessaram pelo caso.

                • A questão não é apenas política. Quem mostra a cara se arrisca a que um antigo desafeto o ataque, a que uma ex-namorada o ataque, a que qualquer maluco estilo Charles Manson com o qual não tem nenhuma relação cisme com ele e o ataque. Não necessariamente precisa ter o fator provocação!

                  • Óbvio que sem o fator provocação o risco de um atentado contra você ou eu continua existindo, mas arranjar encrenca com gente poderosa sem ter a devida noção de onde está se metendo e insistir a todo custo na refrega dando murro em ponta de faca é digno de um Darwin Awards.

                    Entre enfocar as várias sujeiras do submundo (onde se arranjaria inimigos, mas se conseguiria respeito se tivesse a devida habilidade no campo jornalístico) e polemizar com o grupo no poder, ele preferiu a segunda opção… Como não tinha mídia bancando a posição dele, danou-se.

    • Uma bosta esse argumento. As pessoas não pensam antes de usar. A única razão pela qual alguém pode criticar algo é por inveja. Se eu fosse psicóloga me suicidava tipo Didi Mocó abrindo a mandíbula depois de ouvir uma dessas!

      • Esse é o argumento fácil, baseado na visão simplória de que se você critica o Gianecchini é pelo fato de você querer estar no lugar dele, o que não necessariamente é verdade.

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