Flertando com o desastre: Casando e andando.

“Já que eu cheguei até aqui, eu vou casar”. Se eu ganhasse uma moedinha para cada vez que ouvi esta frase nos últimos tempos…

De onde foi que as pessoas tiraram que antiguidade é motivo para casamento? Arrisco dizer que metade dos casamentos que tenho presenciado se baseiam no mero decurso de tempo consolidando uma relação. Pessoas que estão casando não porque se amam, não porque se acham compatíveis, não porque tem um projeto de vida em comum e sim porque percorreram uma longa estrada juntos. Oi? Isso não é motivo para casar, se fosse assim eu casava com o meu tênis.

Muita gente começa a perceber que o casamento não é o que queria ou que ele não vai dar certo antes mesmo de casar, mas o maldito “Já que eu cheguei até aqui, vou casar” os paralisa. Gente não é usucapível, o mero decurso do tempo não te obriga a casar com ninguém! Marcou data? Tá tudo certo? Acha uma puta sacanagem largar o outro no altar? Pois bem, mais sacanagem ainda é casar apenas por pena de largar o outro no altar. Qualquer pessoa com amor próprio e bom senso preferiria desfazer um casamento em cima da hora do que ter alguém se casando por pena.

Curioso como nessas horas passa de tudo pela cabeça da pessoa: o que a sociedade vai achar, o que a família vai dizer, o que a noiva (ou o noivo) vão sentir… só não passa o principal: QUER DE FATO CASAR? Porra, as pessoas tem o sagrado direito de mudar de ideia, desde que comuniquem aos envolvidos. O ideal é que pensem bem antes de organizar tudo, mas se por um acaso acabarem percebendo em cima da hora que é melhor não casar, NÃO CASEM e foda-se o mundo! É um erro achar que casar mesmo ciente de que não é o melhor a fazer será um gesto de carinho com o parceiro. Será uma puta duma sacanagem! E uma sacanagem um tanto quanto complicada de desfazer!

Ninguém morre por levar um fora. Quem nunca? Você que está aí roendo os cotovelos por ter percebido em cima da hora que não quer casar com essa pessoa, respira fundo e exercita a humildade: você NÃO É tão fodástico, tão único, tão especial a ponto de arruinar a vida de uma pessoa só por não querer casar com ela. Sim, a pessoa vai superar isso, vai te esquecer e vai ser muito feliz longe de você. PARE AGORA de usar a desculpa do outro para levar adiante um casamento que você não quer, NÃO COLA. Você não é o Pica das Galáxias Inesquecível e Insuperável. Vai-te à merda!

Quem casa sem querer casar, com base no “já que cheguei até aqui, vou casar” NÃO O FAZ PENSANDO NO BEM DO PARCEIRO, isso é apenas uma desculpa esfarrapada para tornar o ato socialmente aceitável. Se pensasse, não casava, não fazia a pessoa perder tempo casando e investindo em um sonho que em breve vai desmoronar. A pessoa o faz por CO-VAR-DI-A. Está nela, e apenas nela, a causa para essa atitude. Não querer encarar a crítica social, não querer lidar com a responsabilidade pelo sofrimento do parceiro (um sofrimento que será para o seu próprio bem), não querer admitir que errou na escolha.

A pessoa casa, tenta por um ou dois anos, e depois se divorcia, porque gente que se divorcia não leva pedrada, muito pelo contrário, divórcio é vangloriado e socialmente super-aceito com base naquele argumento medíocre de que “melhor separar do que viver infeliz”, como se usar a cabeça e acertar na escolha não fosse uma opção. Este raciocínio é deprimente demais, entretanto, se mostrou popular até mesmo entre os Impopulares, no Ele Disse, Ela Disse onde perguntávamos se um divórcio poderia ser considerado um fracasso. Muita gente achou que não. É por essas e outras que neguinho casa com a convicção de que vai divorciar, porque os outros neguinhos batem palma para uma enxurrada de divórcios.

A pessoa pensa: “se eu terminar agora, vai pegar mal, a noiva vai chorar, vou sair de vilão”. Então, para limpar A PRÓPRIA BARRA (o que não tem nada de altruísta), a pessoa casa, deixa a relação “desandar” até que a própria esposa perceba que está tudo tão cagado que é melhor divorciar, e divorcia com o consentimento da outra parte. Muito menos trabalhoso? Sim. Muito mais escroto? Com certeza. Expõe a pessoa a um sofrimento prolongado e sádico para convencê-la a divorciar sem encher o saco. Isso porque tem ainda os que traem e fazem questão de deixar (ainda que inconscientemente) um rastro da traição para que a esposa descubra e ponha um fim na relação. Uma conversa adulta e sincera nem pensar, né?

É muito cômodo isso. A pessoa joga a decisão para a outra, que nada mais é que uma vítima de um desfecho anunciado. Fico me perguntando como pode uma pessoa ser tão ESCROTA de acordar e dormir todos os dias ao lado de alguém que sabe que mais cedo ou mais tarde vai ter que dar um fora ou dar um jeito de terminar. Quão fodida está a cabeça de alguém que deixa que outra pessoa faça planos e mais planos mesmo sabendo que eles nunca se concretizarão? Numa boa, isso deve implicar em um bad karma do caralho. Eu teria até medo de fazer uma desonestidade dessas com alguém.

Isso é desonesto, imoral, antiético, canalha e covarde. E as pessoas insistem em revestir essa covardia no manto da bondade: casou porque não teve coragem de dar um fora na pessoa e expô-la a todo esse sofrimento. ALOU? Mais sofrimento é pagar uma porra duma festa de casamento, comprar uma caralhada de coisas juntos, alugar um apartamento, fazer uma mudança, realizar todos os sacrifícios de uma vida pessoal a dois para depois de pouco tempo separar e obrigar a pessoa a voltar com o rabinho entre as pernas para a casa da mãe. Gente, separar com menos de um ano de casado é VEXAME. Dá vontade de bater na porta dos filhos da puta e pedir o presente de casamento de volta! Um ano é o período mínimo para que uma pessoa consiga se adaptar à outra.

Detalhezinho: muitas vezes, nesse meio tempo entre o casamento em si e a relação apodrecer definitivamente a ponto de se pedir o divórcio vem um filho. Lindo. A pessoa SABE que vai separar e faz sexo sem usar camisinha. Lindo. LINDO! Tem o que na cabeça uma criatura dessas? Não basta ser egoísta com o parceiro, também tem que ser egoísta com o filho! Atentem que estou falando dos casos onde a pessoa SABE que não deveria ter se casado e SABE que é questão de tempo até se separar, não dos casos onde as pessoas honestamente tentam e não dá certo. Muito escroto se descuidar e colocar um filho no mundo sabendo que o casamento já acabou.

As pessoas acham que “porque a vida é minha” podem viver escaralhadamente sem que isso seja incorreto. Não é. Vivemos em sociedade, nossos atos afetam quem está próximo. Vai pensando que “se eu fizer tal coisa o problema é meu”. NÃO É. Sobretudo quando a “tal coisa” envolve fazer ou desfazer um relacionamento. É dever moral ser honesto e dizer como se sente sobre este relacionamento com o seu parceiro, porque a vida pode ser sua, mas o relacionamento é de AMBOS.

Tem também aqueles que casem abatidos pela culpa. Não tem que sentir culpa em não casar, tem que sentir culpa em CASAR. Porque casando ciente de que não vai dar certo, a pessoa atrasa a vida da outra em pelo menos um ou dois anos, que podem ser preciosos dependendo da idade. Pode ser a diferença entre uma mulher conseguir ter filhos ou não. Eu tenho uma amiga que casou nessa situação, com seu marido sabendo que não ia dar certo porém sem contar a ela: casou com 32, divorciou com 34, chorou até os 35, conheceu um novo amor aos 36 e casou novamente aos 37. Adivinha? Quando foi tentar ter filhos, seu óvulos estavam, nas palavras do médico, “velhos demais”. Se o primeiro filho da puta a tivesse poupado de todo esse circo, talvez ela tivesse encontrado uma pessoa bacana aos 34 anos e tivesse filhos.

Esse é só UM de muitos exemplos versando sobre os males de casar sabendo que não vai dar certo. Fode com a vida da pessoa de diversas maneiras que muitas vezes nem se consegue imaginar. Chega desse discurso de que “já que cheguei até aqui, eu caso”, porque isso é triplicar a sacanagem que você está fazendo com a pessoa. Chega de achar que isso é aceitável. Pessoas que fazem isso devem ser socialmente execradas. Faça a sua parte e execre quem faz isso!

E vocês, mulheres, abram o olho. Se você está sentindo que o elemento não está entregue de corpo e alma no ato de juntar os trapinhos, PULA FORA, pula fora sem dó! Eu sempre repeti isso, desde os tempos do blog Sally Surtada: só casem com quem está fazendo ABSOLUTA QUESTÃO de casar com vocês. Se você precisou pressionar de alguma forma, dar uma indireta ou colocar alguém contra a parede para casar com você, NÃO CASE. Case com quem queira muito casar com você, case com quem mova mundos e fundos para casar com você, case com quem peça espontaneamente para ser seu cônjuge. Menos do que isso é humilhação. E sim, vai ter alguém que vai fazer questão de casar com você, não se contente com menos só porque a sua autoestima está no pé e você acha que nunca vai acontecer. Mais cedo ou mais tarde, acontece.

O homem costuma ser o grande vilão nessas situações, mas a mulher tem sua parcela de culpa também. Esse tipo de casamento cagado costuma vir cagado desde a origem: nasce da forma errada (pela pressão feminina). Isso não acaba bem. O grande problema é aquela mulher sem amor próprio que quando percebe que o sujeito está com um pé dentro, um pé fora, fica tentando convencê-lo a casar. NÃO, GENTE, NÃO! Case com quem queira casar com você, não com quem precise ser convencido a casar com você! Manda esse filho da puta à merda e se ame! Não faça chantagem, não pressione, não queira casar a qualquer preço!

E vocês, Amigos Cuecas, tenham cérebro e não cedam à pressão. É chato ter uma mulher pentelhando e a tentação de dar a ela o que ela pede para que ela cale a boca é quase que irresistível (sobretudo quando se sabe que a conta só será cobrada dentro de um ou dois anos). Mas pense da seguinte forma, depois que você marcar o casamento, você está fodido: tanto se casar como se não casar você será um escroto, a fará sofrer e terá reprovação social. Então, pense bem, pense bem mesmo, para não passar uma corda em volta do seu pescoço só para se poupar de problema.

Meu conselho é que se uma mulher está te pressionando para casar com ela, você TERMINE ESTE RELACIONAMENTO, porque esta pessoa não tem amor próprio e gente sem amor próprio é dor de cabeça certa. Senta lá e manda na lata, com civilidade: “Fulana, estou percebendo que você quer casar, e eu não quero casar agora, para não te frustrar, acho que é melhor cada um seguir seu caminho, pois estamos em momentos de vida diferentes e eu não posso te dar o que você quer agora”. Certeza que ela peida e desiste do casamento para ficar com você, mas meu conselho persiste. Termine, sem autoestima não há relação saudável.

Nem vou falar das idiotas que engravidam na esperança de conseguir casar ou manter o casamento, porque coitadas, essas se fodem muito pelos próximos 18 anos. Além de perder o marido, vão penar para encontrar alguém que queria se relacionar com o encargo de tolerar a prole alheia. Uma das maiores burrices que uma mulher pode fazer: “Meu casamento está em crise, deixa eu ver o que vou fazer a respeito… mmm… já sei! Vou ficar gorda e inchada por vários meses e depois 40 dias sem sexo e depois dois anos sem dormir direito e sem ter tempo para me cuidar!”. Genial.

É hora de não permitir mais o auto perdão de quem casa já sabendo que vai separar. Homem que casa sabendo que não era para estar casando tem que cortar as bolas e dar para o cachorro comer, porque não é macho o bastante para andar com um par de culhões no meio das pernas. Sempre vai ter esse tipinho, não tenho esperança de tocar a cabecinha oca destes bostas e muda-los (até porque covardia não tem cura). O que eu gostaria de contribuir para mudar é essa mentalidade condescendente de que o homem faz isso pensando no bem da mulher. NÃO É, NÃO É! É EGOÍSMO, COVARDIA! Homem que faz isso é mais vilão do que homem que rompe o casamento faltando pouco tempo para a cerimônia. Tudo menos pena, gente. Desejar que alguém sinta pena da gente é o fundo do fundo do poço. É de uma indignidade sem fim. Levanta, sacode a poeira, engole o choro e bola pra frente.

Temos também a situação onde a mulher já está mais do que ciente de que seu noivo não vale a merda que caga, mas como já está noiva dele faz muito tempo, pensa “já que aturei tudo isso até aqui, vou casar”. É o tipo de mulher que casa com o casamento, não com o marido. Ela quer casar e ponto. Ela não quer casar com aquela pessoa. Isso é doentio, mas é mais comum do que a gente imagina. Algumas casam sabendo que o sujeito não vai mudar, apenas para dizer à sociedade “Eu casei, eu não sou encalhada” e outras, pior ainda, casam achando que depois do casamento tudo será diferente. Uma tremenda perda de tempo e de energia, jogam fora bons anos da sua vida que não voltam mais em projetos que já se sabia que eram furados. Terapia, terapia urgente para esse tipo de gente.

Se você está em uma situação toda cagada como essa, seja como sujeito ativo, seja como sujeito passivo, PARE AGORA. RESPIRE FUNDO. Ok, eu compreendo se você me disser “Sally, você tem razão, mas eu simplesmente não consigo sair disso, é como uma bola de neve!”. Ok, às vezes a gente se enrola tanto que não consegue mais sair mesmo. Não estou exigindo que você saia dessa merdalhada sozinho. Estou apenas te pedindo que PROCURE AJUDA para conseguir desfazer essa situação da maneira menos pior possível. TERAPIA JÁ. Não conseguir sair sozinho é aceitável, mas não conseguir sair sozinho e não se mexer para fazer por onde mudar essa situação é imbecilóide.

Obs: Falta de dinheiro não é desculpa para não fazer terapia. Existem ótimos lugares gratuitos ou com preços simbólicos.

Para me acusar de trair o movimento feminino, para reafirmar que eu sou tão intratável que nunca vou casar ou ainda para cancelar seu casamento e botar a culpa toda em mim: sally@desfavor.com

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Comments (158)

  • Tenho um amigo que no caso é a encarnação da mulher. Ele pressiona a mulher pra casar, ele quer casar com o casamento. E ela é o homem que põe e tira o pé.

  • Mulher casa buscando status social. Isso mesmo. Igualzinho à Idade Média. A casada tem muito mais valor social do que a solteira. E o homem tem menos valor ainda seja qual for o estado civil. Para as mulheres que não conseguem viver sem o status de casada, esses coitados são coisificados como reles troféus. Bem feito para os dois: a dependente fracassada que precisa do pseudo troféu marido para se validar e o otário usado como medalha (da perdedora). Como diz minha mãe: para pé doente, chinelo furado.

  • “Eu quero casar em maio”, disse ela.

    Eu disse “Ainda não estou preparado”.

    Ela: “Se a gente não se casar vou sair de casa e morar sozinha”,

    Ela de novo por telefone “Tem dia para o cartório em 27 de maio, vai querer casar ou não???”

    Eu disse “Mas nem nos organizamos, não tenho nem dinheiro …”

    Ela “Faça acordo no trabalho, já tem um apartamento que a gente pode olhar sábado, vai casar ou não???”

    Eu disse “Tá, tá, Ok”.

    E foi assim que aconteceu comigo quando eu tinha apenas 23 anos com cara de 17. E mentalidade também.

    • Mas o erro maior foi dessa moça, que percebeu que você não estava louco para casar com ela e insistiu.

      Muita mulher se convence que “homem nenhum quer casar” ou que “todo homem só casa se for obrigado” para validar esse comportamento e isso NÃO É VERDADE. Existem homens que movem mundos e fundos para casar com você sem que você tenha que dizer uma palavra sobre o assunto. Mas, se a mulher se contenta e fica ao lado de um que não o faz, nunca vai ter oportunidade de conhecer esses homens…

  • Esse texto vai de encontro com coisas que eu tenho comentado por aqui.
    Casamento não é pra todo mundo. Não dá pra dizer que casamento é bom ou ruim. Depende das pessoas envolvidas. Chegamos em um tempo onde ele não é mais obrigatoriamente necessário.
    O problema é que as pessoas tendem a achar que todo mundo precisa casar. NÃO PRECISA. Algumas pessoas sim, outras não.
    Por exemplo, eu acho ridícula essa história de casamento com banheiros separados, quartos separados, casas separadas. Porra, não quer viver junto, não casa. É insegurança de perder o namorado(a)? É por imposição social? É só pra pagar de moderninho?
    Essa cultura de “casamento é para todos” que atrasa a nossa sociedade e faz muitas pessoas permanecerem imbecis a vida inteira.

    • Marok, o que funciona para você pode não funcionar para os outros. Cada casal estabelece normas próprias de convivência.

      E o grande problema não é pessoas casarem por imposição social. O que tenho visto é que homem casa só para não ter que desmanchar um casamento quando ele já está marcado. Não é por obrigação social de casar e sim por falta de bolas de dizer que ELE não quer casar!

      • Não foge em nada do que eu disse.
        Quer casar, casa.
        Não quer casar, não casa.

        Quando não quer casar e casa, fez mais uma união de bosta que atrasa um pouquinho o resto da sociedade.
        Casamento não é pra todo mundo.

        • Não concordo. Casamento é para todo mundo, desde que a pessoa adeque o casamento à sua realidade e aos seus gostos.

          Não existe uma única forma verdadeira de casamento, um molde fixo. O casal decide o tipo de relação que vai ter e se conseguir chegar a um consenso que seja bom para ambos, pode ser uma relação feliz e duradoura.

            • Quem disse? Só é casamento se seguir as regras que VOCÊ acha que fazem de algo um casamento? Cabecinha fechada…

              • Se você coloca um motor de liquidificador e uma placa na bicicleta e começa a pagar IPVA dela, pra mim, continua sendo uma bicicleta. Com documento de moto, mas ainda uma bicicleta.

                • Sim, isso porque UMA MOTO é um objeto concreto, delimitado, objetivo, ao contrário de um casamento, que é algo ABSTRATO e SUBJETIVO. Falácia

                  • Relativizar o casamento, até ele deixar de ser um casamento de fato, também não me parece logicamente válido.
                    Mas eu posso fazer diferente.
                    Se você assina um contrato de casamento com seu amigo, pra conseguir diminuir seu custo de vida, pra mim continua sendo apenas uma amizade. Com contrato de casamento, mas ainda uma amizade.

                    • Os requisitos para que seja um casamento estão no Código Civil. Dá uma lida. Se não cumprir aqueles requisitos (dentre eles a prática de sexo) a outra pessoa pode pedir para anular o casamento.

                      Logo, o exemplo que você deu não é um casamento porque não atende às formalidades necessárias para sê-lo.

                      Entretanto, se atender às formalidades necessárias, o resto pode ser acordado entre as partes sem problema algum sem que deixe de ser um casamento.

                      Para com essa ideia cristã fechada de que só é casamento “de verdade” se for nos moldes que você pensa! E para de usar falácias!

                    • Antes, a crítica era por ser algo apenas subjetivo. Agora, a crítica é em sentido normativo restritivo. OK!

                      Embora amigos possam fazer sexo, substitua por ficante. Só não quero chegar em namorado, porque aí vai ser exatamente o que eu estava falando antes, quero que fique exageradamente mais claro.

                    • Marok, é óbvio que estamos falando de relacionamentos afetivos que NÃO SÃO amizade. Não força…

                    • Sim, e o que o diferencia do casamento não é dormir em quarto junto ou separado

                    • Não é o contrato e sim a presença dos requisitos nele impostos de forma real

                      Vamos lá… para você, o que tem que ter para que se possa chamar de casamento?

                    • – Amor
                      – Compatibilidade
                      – Confiança
                      – Cumplicidade
                      – Tolerância
                      Todos eles mútuos e plenos.
                      De bate e pronto é isso. Pra segurar uma boa relação durante a vida inteira, isso é o mínimo.

                    • Normalmente, você infringiria os itens:
                      – Confiança
                      – Tolerância

                      Talvez o item amor, também, pois eu entendo que engloba a vontade de estar um com o outro.
                      Mas, principalmente os dois em destaque.

                    • Marok, eu me recuso a discutir com uma pessoa que acha que dormir em quartos separados INFRINGE A CONFIANÇA E A TOLERÂNCIA em um relacionamento.

                      Nossa discussão acaba aqui. Só discuto quando vale a pena.

                    • Não conseguir dormir com seu parceiro não é intolerância a ele?

                      É muito legal ver as pessoas se casando achando que é igual namorar só que com papel passado. Por isso que os casamentos dão tão certo por aqui.

                      Mas OK, essa discussão não ia dar em nada mesmo.

                      Apenas parafraseando a mim mesmo:
                      Pessoas não precisam casar para serem completas e felizes.

                    • Vou ter dar um exemplo, entre milhões que existem: eu tive um namorado que tinha uma doença chamada Terror Noturno. A pessoa tem pesadelos e tem uma demora para acordar, ela levanta mas ainda acha que está sonhando. Por isso acorda, se debate, bate em quem está ao lado, grita, quebra coisas…

                      Não era possível dormir ao seu lado, sobretudo eu que tenho sono leve. Como este existem dezenas de outros problemas bem comuns como ronco alto, pessoas que se mexem muito à noite, pessoas que falam dormindo e centenas de outras coisas que, dependendo da sensibilidade de quem dorme ao lado, tornam a noite um inferno. Se eu acordar no meio da noite, demoro horas para voltar a dormir.

                      Então, se há incompatibilidade de sonos, quero dizer, se por mais amor que exista o parceiro faz algo sem querer que te acorda e te deixa um lixo no dia seguinte, não vejo grandes problemas em dormir em quartos separados. Inclusive eu dormia abraçada com meu ex e quando ele pegava no sono eu ia para o outro quarto.

                      Não é justo impor a alguém que trabalhe no dia seguinte com uma noite mal dormida, com dor de cabeça, com mal estar, só para provar o quanto ama seu parceiro. Acho um erro medir a qualidade de uma relação por um ato isolado como dormir junto.

                    • Nesse caso, te dou toda razão. Não seria por preferir, seria por falta de condições de dormir junto.
                      Se, mesmo sabendo disso, a pessoa resolve sinceramente que aquele é o seu parceiro ideal, os outros atributos do casamento podem muito bem segurar a bronca.
                      Mas veja que concordo apenas existindo um motivo claro e irremediável. Se for por simples opção, acho que tem grandes chances de não se tornar um bom casamento de fato.
                      Minha esposa tinha um sono bem leve, mas se adaptou bem a dormir acompanhada. Tanto que o sono dela agora é mais tranquilo dormindo junto do que sozinha. O ser humano tem dessas.

                    • Mas Marok… acredito que todas as pessoas que estão falando em quartos separados aqui TENHAM UM MOTIVO para isso. Ninguém preferiria um quarto separado se pudesse dormir no maior conforto, na maior harmonia e na maior paz com o seu parceiro, né?

                      Eu, por exemplo, falo dormindo. É uma coisa que não tem “tratamento” e é bem difícil de resolver. Então, já parte de mim a vontade de quartos separados para não paunocuzar o infeliz que vai dormir ao meu lado.

                      Creio estar falando por todos, e me corrijam se eu estiver errada, mas quem adere ao quarto separado tem um motivo para isso: melhorar a qualidade do seu sono ou qualquer outra coisa.

                    • Se o caso não é claro e irremediável, é opção.
                      Se for por um detalhezinho, a pessoa se adapta fácil. Se a vontade de estar junto não supera um detalhezinho, acho que não há um futuro promissor.
                      Finalizando, pois estou saindo.
                      Todos aqui estamos no campo da suposição. O fato da minha causa estar sendo defendida em menor número (eu mesmo), não a torna inválida. Pouca gente tem culhão pra vir aqui e colocar o que pensa, coisa que eu adoro fazer.
                      Gostaria que mais casamentos dessem certo, acho que a sociedade melhoraria em TODOS os aspectos.
                      Beijos e uma outra vez voltamos ao assunto, talvez com uma outra abordagem.

                      Fui.

                    • Marok, eu tenho sono muito leve. Não consigo me adaptar a nenhum “detalhezinho” que me acorde. E se eu não dormir, não produzo nada no dia seguinte. Então, o que pode ser um detalhezinho para você, pode ser algo indispensável para meu bem estar e o exercício da minha profissão. Não tem como criar uma regra genérica.

              • Sally, não concordo que cada um faz as regras que quer para um CASAMENTO. O casamento é antes de mais nada uma convenção social que possui regras sim.

                Concordo que cada casal possa delimitar as suas regras para o seu relacionamento, mas se quer dar à relação o nome de casamento precisa seguir algumas regras. Senão pode chamar o relacionamento do que quiser e ter as regras que quiser.

                Agora sobre o assunto do texto, concordo plenamente que uma pessoa jamais deve se casar por pressão de qualquer tipo. É preciso maturidade antes de mais nada pois as vezes pode ser bem complicado conviver com uma pessoa sob o mesmo teto.

                • Ana, não foi isso que eu disse.

                  Existem regras mínimas para que possa ser chamado de casamento, e estão devidamente explicitadas no Código Civil.

                  FORA DISSO, respeitando essas regras mínimas, cada um convenciona o que quer.

                  • Sally, não tente burocratizar, pois vai sempre depender, enfim, do entendimento de um juiz. Estamos falando do relacionamento em si, não do contrato legal.

                    • Não vai depender porra nenhuma de entendimento de juiz. São requisitos objetivos.

                      Se você está falando do relacionamento em si, eu discordo. Não é casamento só se atender às suas regras.

                    • Eu não considero requisitos tão objetivos assim. Tampouco autocomprováveis.
                      Não acho que devemos recorrer ao Estado para aferir sobre relacionamentos humanos, a não ser quando houver demanda judicial.

                • Estou vendo alguém concordar publicamente com um ponto meu? Não é uma espécie de good cop pra tentar me dobrar não, né?

    • Marok eu tenho quartos separados. E acho ótimo.

      Não é porque vc se dispoe a viver com uma pessoa que vc tem de provar que se amam passando TODO o tempo juntos e dormindo de conchinha o resto da vida.

      Não é porque se casa que vc perde seu direito a privacidade e espaço.

      Tenho meu quarto, meu guarda roupa, meu escritório separado do quarto da minha mulher. Começamos a noite sempre juntos, mas as vezes nos separamos. Ora eu preciso trabalhar num freela madruigada adentro, e não quero obriga-la a ficar com lua de monitor na cara tentando dormir. as vezes estou cansado e ronco, as vezes, ela quer assistir um filme e eu quero dormir, e por ai vai.

      Quarto separado é ótimo. Cada casamento pode ter suas próprias regras pra funcionar.

      O q

      • Estou chocada em cristo: concordo com o Hugo

        Marok consegue ser um ponto tão fora da curva que uniu a opinião do Hugo à minha! Nunca dantes na história do Desfavor vi uma porra dessas

      • Ligia Silva (@Ligiske)

        Hugo, aqui em casa o esquema também é de dormir separados. Só que moramos em um apê de 2 dormitórios, 1 deles sendo pras crianças. Meu marido dorme na sala desde que nosso primogênito nasceu, há mais de 8 anos. O guri acordava de 3 em 3 horas pra mamar e por menos barulho e movimentos que eu fizesse pra não atrapalhar o sono do B. (vou chamá-lo de “B” a partir de agora, pra não ficar isso de marido pra cá, marido pra lá), ele acordava de qualquer jeito. E não conseguia voltar a dormir de novo, tinha que se levantar, ir pro sofá e ligar a televisão. Se acostumou e hoje já não consegue dormir sem televisão.

        Fora o fato de que ele é web-designer e faz uns trabalhos “freela” de vez em quando, varando a noite muitas vezes. Nunca admiti televisão ou computador no quarto, porque EU só consigo dormir com tudo escuro e silêncio total.

        Pessoas são diferentes. Não é porque amo alguém que tenho que me metamorfosear nessa pessoa, gostar das mesmas coisas, fazer as mesmas coisas, ir dormir na mesma hora que ela, do mesmo jeito que ela, sair pros mesmo lugares que ela, etc. Cada um tem suas peculiaridades e não é porque decidimos morar junto com alguém que tudo isso tenha que ser deixado de lado. Sou a favor da adaptação mas péssima pra fazer planos, eu costumo resolver os problemas na medida em que eles forem surgindo. Se nós nunca tivéssemos tido filhos talvez ainda dormíssemos juntos na mesma cama até hoje, mas tivemos que buscar uma solução rápida, o costume veio junto e hoje já não conseguimos voltar ao que era antes.

          • É… tem um limite entre tolerância e anulação de você mesmo. Tem gente que acaba um relacionamento e não sabe mais nem quem é… Tem que passar um tempo de resgate de valores e ideias antes de voltar a se relacionar com outras pessoas.

        • Nós optamos por isso quase pelas mesmas razões. Só que tive a sorte de encontrar um apê bem grande e quartos sobrando e logo depois veio o bebê.

          só que inclusive antes do bebe, por causa dos trabalhos de cada um. Ela tem uma biblioteca que consulta periodicamente e eu preciso dos meus computadores e trabalhar de noite. Já optavamos por separar os espaços.

          Não sinto que eu ame menos minha esposa por este detalhe, já que todo o resto é compartilhado.

    • Marok eu tenho quartos separados. E acho ótimo.

      Não é porque vc se dispoe a viver com uma pessoa que vc tem de provar que se amam passando TODO o tempo juntos e dormindo de conchinha o resto da vida.

      Não é porque se casa que vc perde seu direito a privacidade e espaço.

      Tenho meu quarto, meu guarda roupa, meu escritório separado do quarto da minha mulher. Começamos a noite sempre juntos, mas as vezes nos separamos. Ora eu preciso trabalhar num freela madrugada adentro, e não quero obriga-la a ficar com luz de monitor na cara tentando dormir. as vezes estou cansado e ronco, as vezes, ela quer assistir um filme e eu quero dormir, e por ai vai.

      Quarto separado é ótimo. Cada casamento pode ter suas próprias regras pra funcionar.

      O que não funciona é justamente vc querer fazer a imposição social, porque aparentemente é correto.

      Não é ser moderno, é ser prático e sem hipocrisia.

      • Não vejo imposição social nenhuma. A imposição social me parece que está mais pra esse esquema de casamento com vidas separadas.
        Entendo mais como uma excentricidade. Até porque é um gasto adquirir e manter um cômodo (ou mais, já ouvi falar de cozinhas separadas) a mais numa casa.

        • Hum…um de seus argumentos pra ficar junto o tempo todo grudado para instituição do casamento é gasto a mais com uma casa maior?

          Hum…ok.

            • Marok, vamos nos concentrar no cerne da questão.

              Vc acredita que um casamento precisa estar baseado em certos moldes para dar certo. No caso que discutíamos, vc acredita que quartos separados é uma excentricidade. Em suas palavras:
              “Porra, não quer viver junto, não casa. É insegurança de perder o namorado(a)? É por imposição social? É só pra pagar de moderninho?”

              No caso, não entra a questão se é financeiramente viável ou não. E sim se com quartos separados, o casal se gosta, mesmo a ponto de oficializar um casamento.

              Partiremos deste ponto. Na minha opinião, se fosse possível, acredito que é uma boa manter algumas coisas separadas, pois é importante manter na cabeça que num casamento ainda são 2 pessoas, e não a soma de duas. Acredito que este espaço individual de cada um, mesmo num casamento pode tornar a coisa mais duradoura.

              Agora, vc continua.

              • Hugolino, concordo 100% com vc…

                Dormir separado não quer dizer que isso leva a se encontrar só de vez em quando para dar umas bitocas. Só quer dizer que enquanto vc DORME (sono, sonhos, outro plano), não tem ninguém te paunocuzando do lado. Os demais compromissos, inclusive de apoiar e sustentar os planos do outro, que não existem num namoro, continuam a mesma coisa.

                Aliás, é mais fácil apoiar e sustentar ideias quando vc dorme bem e está descansado do que quando vc está cansado e com “raivinha” porque o filho da puta roncou e te chutou a noite toda ;)

                • Se o casamento tiver como objetivo realizar projetos e sonhos, é muito compreensível.
                  A futura esposa do Neymar, por exemplo, apoia esse movimento.
                  Fica a torcida, nesse caso, para que não haja frustrações nos projetos.

                  • Não disse que o casamento tem como OBJETIVO e sim que UM dos COMPROMISSOS do casamento é suportar os planos e projetos do outro. Senão a Sally se casaria com o Personal e eu com meu chefe.

                    • Carol, deixa eu te dar um conselho: Marok está fora do alcance das nossas mãos. Ele tem esse conceito fechado e caga-regra do que é um casamento “de verdade” e do que é “amor de verdade”, a ponto de dizer que não dormir no mesmo quarto implica em amar menos a pessoa. Deixa os anos passarem, ele amadurecer e descobrir por si próprio que esse modelo de relacionamento carente e grudento não vai adiante e não dá certo. Um dia ele vai perceber sozinho, mas tem que ser de dentro para fora. Não adianta a gente falar.

                    • Dormir no mesmo quarto e cagar conversando com o outro… realmente está fora do nosso alcance… rs

                    • Na verdade o TER QUE ______ SE NÃO NÃO É CASAMENTO já me mata.

                      Odeio o TEM QUE. O TEM QUE não funciona comigo. Minha relação quem constrói sou eu, de acordo com minhas preferências, não tenho que nada. Atos de comum acordo não significam desamor, apenas atos unilaterais que magoam os outros.

                    • Agora se vamos focar nos nossos casos pessoais, eu poderia questionar o fato da senhorita não ser senhora.
                      Mas não farei isso, não me baseio em casos isolados pra quase nada.

                    • Carol, se alguém te paunocuza quando está ao seu lado, não aposte um relacionamento pra vida inteira com ela. As pessoas têm feito isso e não está dando certo.

                    • Marok, TODO MUNDO que convive paunocuza. Não existe convivência perfeita sem paunocuzação. Isso só existe em um desenho da Disney

              • Pois eu acho que vai justamente no sentido contrário. E, atenção, não estou aqui deliberando sobre o seu casamento em particular, mas sobre a média da população. É importante ressaltar isso, pois nem você deve se achar um “cidadão médio”.
                Eu acredito (e isso não é um exercício apenas mental) que um casamento não vai pra frente quando existe restrições entre o casal. Por mais que não se admita, o fato de ter espaços separados tem duas finalidades: esconder coisas/costumes ou escapar de características/manias do parceiro.
                Isso leva a duas coisas que, por menores que sejam, minguam uma relação que se supõe pra vida inteira: desconfiança e intolerância com o parceiro. Uma engrenagem com um dente faltando se desgasta mais rápido do que deveria e uma relação pra vida inteira tem que ser muito precisa.
                O ideal é que haja prazer em estar sempre que possível com o parceiro. Não é que se deva estar grudado o tempo inteiro, mas quando se tem a oportunidade, seja um sentimento mútuo.
                O ser humano é muito adaptável e, se houver melindres, a intolerância passa a ser cada vez maior. O contrário também é válido e considero um dos pilares do casamento.

                • Ok, estamos cada vez sintetizando mais a idéia.

                  Vc acredita que num casamento ‘viável’ (em termos de projetos, cumpricidade,etc) as pessoas precisam querer estar o máximo de tempo possível juntas, e que haja prazer nisso. alem de que quartos separados pode levar cada uma a ter segredos.

                  Eu acredito que seria hipocrisia vc se fazer acreditar que depois de um casamento tenha de viver grudado no parceiro o tempo todo e ter projetos e espaços separados que possa ter alguns momentos para sua individualidade. Vc apesar de na condição de casal ainda é um individuo, certo.

                  Quanto ao lance dos segredos, acredito que não é a separação de UM dos comodos da sua casa que vai nutri-los. Se a pessoa for ter segredos/costumes etc, que quer esconder, ela vai faze-lo, com separação de quartos ou não.

                  • Concordo que não é a única forma de se trair a confiança, mas isso facilita o processo pra quem quer efetivamente ter segredos. Por isso, pode ser muito desejável essa privacidade maior.

                    Sobre o tempo juntos, o casal deveria ter essa vontade. Veja que não estou falando sobre agir de maneira doentia, pois não é sempre que podemos fazer aquilo que queremos.

                    Sobre individualidade, veja um exemplo (eu sei que vai soar impopular também): Dinheiro separado. Eu acho o fim do mundo ter num casamento divisão de bens. E os piores (ex)casamentos que eu conheço, têm essa prerrogativa. Mas não me admira, pois infringe seriamente o quesito confiança. O indivíduo casado, pra mim, não é igual ao indivíduo solteiro, nem perto disso.

                    • “pra quem quer efetivamente ter segredos.” – para quem quer ter segredos, DORMIR junto ou separado, tanto faz. Já vi um monte de gente traindo a esposa NO TRABALHO. Grandes merdas dormir junto e comer a colega no banheiro…

                      Quer QUER faz. Independentemente do trabalho que isso dê. Se fosse assim, mulher ciumenta que verifica celular, agenda, carro e computador não seria traida nunca.

                      “E os piores (ex)casamentos que eu conheço” – Tá explicado… Entramos no campo “experiências pessoais”. Os piores ex casamentos que eu conheço eram de pessoas casadas-como-a-sociedade-gosta = dormiam juntas, a mulher nem trabalhava fora, tinham filhos e eram super felizes no Facebook. E muita gente que nem sequer assinou o papel tá casada há dez, quinze, vinte anos… E tb conheço um monte de casados que o casamento é uma merda e vivem das aparências… Fazer o que…

                      Sobre o outro comentário, pelo amor de Godzila… “futura esposa do NEYMAR” não é argumento… Não me ofende, vai…

                    • “Dinheiro separado. Eu acho o fim do mundo ter num casamento divisão de bens. E os piores (ex)casamentos que eu conheço, têm essa prerrogativa. Mas não me admira, pois infringe seriamente o quesito confiança”

                      Não vejo problema em ter o dinheiro separado per si. Pessoalmente, não precisa ter conta conjunta, nem saber a fundo a vida financeira do outro, se os objetivos a curto e médio prazo foram pré-acordados e são constantemente ajustados em prol dessa meta. Aqui, meu marido e eu temos o nosso dinheiro separado, cada um compra o que gosta com o que ganha, mas combinamos o seguinte: basicamente, por ter estabilidade e ganhar mais, banco as despesas da casa e ele, por ser autônomo, aplica quase tudo que ganha para nossas emergências e planos. Não se trata de ideia original minha não, nada disso. Copiei a estratégia do chefe do meu irmão que, com a esposa, já conseguiu quitar o apartamento em que moram e possuem outros dois alugados…Assim, prestamos contas reciprocamente de nossas metas sem precisar saber a movimentação bancária um do outro e, quando eu falhei na minha parte, meu marido cobriu sem questionar nada e vice-versa.

                      No fundo, o problema mesmo que vejo aqui em juntar o que o casal ganha como se fosse uma única coisa, na verdade, está no casal acabar dando um passo maior que a perna. Pessoalmente, melhor cada um manter o foco, um procurando me qualificar para fazer frente ao custo de vida que não para de subir e o outro fazendo o mesmo para podermos poupar mais, do que os dois combinarem a renda e, nisso, elevarem o padrão de vida em um primeiro momento mas, por outro, passar a correr um enorme risco de, na falta de um, ver esse padrão de vida desmoronar de maneira irremediável…

                      Nisso, os casamentos que eu conheço que seguiam essa prerrogativa foram para o saco…

                    • Marok prega uma relação meio simbiótica, meio que dois serem uma coisa só. Acho isso perda de individualidade. E geralmente casamento assim não dura mesmo mais do que cinco ou seis anos…

                    • Acho o contrário.
                      E sobre esse lance do dinheiro separado, daria um texto de 4 páginas, mas deixa pra lá. Vou ter que sair agora, fiquem a vontade para me detonar sem reação daqui pra frente.
                      Se der, mais tarde dou uma olhada e comento.

                      Esse amor por só defender as causas difíceis ainda me mata… :)

                    • Ligia Silva (@Ligiske)

                      Nunca me imaginei trabalhando, ganhando MEU dinheiro e neguinho saber quanto e quando eu gasto em sapatos, revistas, cds e OB. Pior, ficar CRITICANDO cada um dos meus gastos e tentar decidir o que é supérfluo e o que é essencial na “sagrada” opinião dele.

                      Assim como não me interessa quanto ele gasta em cerveja, cigarro ou em assinatura de site pornô, não quero ficar escutando reclamações e palpites sobre meus gastos.

                      O que fazemos é decidir quais contas cada um vai pagar (aluguel, luz, água, internet, colégio das crianças, etc.) e quanto vai pra uma conta poupança que temos juntos. O que sobra do salário de cada um e o que será feito dele, é questão individual.

                    • Concordo plenamente. O casal tem que arcar com as suas despesas juntos, com o excedente cada um faz o que quer. É casamento, não relação de mãe e filho. Não cabe fiscalização.

                    • E por que não escreve o texto então? Melhor escrever em quatro páginas algo estruturado do que tentar defender seu ponto de vista com argumentos truncados. Se formos juntar o que você escreveu dessa forma, dá mais de quatro páginas…

                      Creio falar por todos que ninguém aqui o detona (ou quer detoná-lo) gratuitamente…

  • Hoje em dia eu penso: Pra que CASAMENTO? É uma tradição milenar? É, Mas porra, olha o tanto que evoluímos! Antes os pais casavam os filhos com quem bem entendiam para perpetuar bons genes, ou fazer alianças entre famílias da alta sociedade. Hoje não existe mais isso (se bem que desconfio que exista em algumas famílias RYKAS, que querem juntar seus filhos a todo custo)! E ainda não nos libertamos desse ritual do “amor”. Acho bobagem casamento, e apoio que quem se ama e quer estar junto, apenas junte os trapinhos e vão viver felizes, sem estarem atados por essa convenção social idiota. Só não é mais idiota que amigo oculto :P

    • Em algumas situações eu até compreendo assinar a porra do papel, afinal, hoje em dia se quiser desfazer não precisa mais necessariamente de processo judicial (em alguns casos). Nesses casos em que você pode ir desfazer em uma porra dum cartório eu até compreendo.

      Dependendo da situação e do local onde se viva pessoas casadas obtém benefícios financeiros, conseguem alugar imóveis com mais facilidade e com preço menos, pagam menos seguro, pagam plano de saúde mais barato, etc, etc. Pode ser que para algumas pessoas valha a pena.

      Em todo caso, se não puder ser desfeito em cartório eu continuo sendo terminantemente contra!

        • Não dá não. Minha vida ficaria mil reais mais barata se eu fosse casada, eu me dei ao trabalho de fazer as contas.

          • E querendo ou não, tem coisas que ficam mais fáceis. Se seu marido/mulher morre, é um PÉ NO SACO conseguir fazer qualquer coisa sem o casamento, desde receber o seguro / herança, regularizar um imóvel até conseguir estabelecer o que fazer com o morto. Família nessas horas pode dar um trabalho que ninguém imaginou antes…

  • O que mais tem em conversas de famílias é pressão pra casar. Sei por mim. Quando ainda era criança, minha tia me estimulava a ir PRA BALADA, achar alguém pra namorar. Depois de anos, consegui um namorado (não fui pra balada achar, ok). Agora a história é quando eu vou casar ou ainda quando terei filhos. Tem vezes que respondo que não casarei. Outras respondo que não quero filhos. Tem dado certo pra evitar essas conversas. Ô povinho que gosta de uma pressão, nunca vi.

    • Mas daí vai da cabeça da pessoa fazer da sua vida o que ELA QUER e ignorar pressão da família, né? Somos todos adultos, colocar a culpa na família é muito fácil…

      • Talvez eu tenha interpretado errado o que tu escreveu ou eu me fiz interpretar errado. Não houve relação entre minha tia forçar a barra para eu ter um namorado e eu efetivamente ter um namorado. Foram momentos distintos.

        • Eu sei, eu entendi. Mas tem muita gente que só casa por pressão da família, homem inclusive. Bom que você não cedeu à pressão!

    • Dependendo do local onde você more pode ter vantagem sim (aluguel, plano de saúde, seguros… algumas contas ficam mais baratas para um casal e algumas burocracias ficam mais fáceis), mas nada que por si só valha o casamento.

      • Eu tenho vontade de casar e ter toda a coisa “cafona e brega”.
        Mas na França, pra quem so quer juntar os trapinhos tem o PACS, que é realmente algo so financeiro, para pagar menos imposto, etc. Coisa burocratica. Gays podem fazer o PACS na Franças (lei pra casamento vai ser votada em Janeiro). Mas o negocio com o PACS é que tipo não se pode adotar o filho da outra pessoa, etc.

        • Juntar os trapos serve. O contrato de casamento em si é algo apenas burocrático. Não precisa casar pra estar casado, entende?

  • Eu já tenho aversão tanto a casamento quanto morar junto. Uma viagem a 2 até rola e acho bacana, mas morar? Eca! Casar? Eca, Eca!
    Não sei se sou antisocial, mas quero a casa só pra mim, nem em sonho dividir cama ou quarto, banheiro pior ainda.

  • Bruna Küster de Souza

    Assim… TEM que casar? É necessário fazer da união de duas pessoas um evento? Mudar documentos, gastar dinheiro, essa coisarada toda? Tem necessidade disso?

    Não basta juntar e fazer um documento básico, sei lá, de união estável? É mais simples na hora de separar. Pois, como todos sabem, nada dura pra sempre. Quanto menos burocracia, melhor. Eu voto por isso.

  • Casamento é um negócio! Acho que as pessoas deveriam esperar se conhecer muito bem, namorar por anos, no mínimo, mais de 5 anos, fazer um “test drive” pra saber como é, se a convivência diária dá certo e depois sim, se querem, casem! Mas né, o que mais tem é gente conhecendo o amor da vida, namorando um ano, casando, fazendo filho, e no ano seguinte chutando o pau da barraca… Cultura ridícula a nossa.

    • Nem digo um período de tempo determinado, mas acho que as pessoas deveriam morar juntas antes de casar. Porque tem coisa que você só descobre quando convive debaixo do mesmo teto…

  • Camila (Isa -.)

    Pra variar, concordo plenamente com tudo que você disse, Sally. Tenho uma amiga que está passando por essa situação, só que “o contrário”. O namorado está fazendo pressão para casar naquele esquema “ou casa ou a gente se separa”.

    Uma coisa eu tenho percebido… Homens passam a vida inteira com aquela postura “casamento game over”, mas quando chegam aos 30 ficam tudo pirocadocu para casar, e vão com a namorada da vez mesmo. Só eu tenho reparado nisso?

    PS.: Acho casamento perda de dinheiro.
    Sou muito mais juntar os trapinhos, e com o dinheiro que seria gasto nisso investir em conforto, viagens e ‘bons drink’.

    • Eu tenho reparado isso também! Basta os amigos começarem a casar e eles tem um siricotico e querem casar também!

      E eu também acho festa de casamento uma perda de tempo, só é válido para gente rica que já tem casa montada e já fez todas as viagens que queria, porque com o valor da festa se faz muita coisa melhor. Entretanto vejo um monte de gente se foder em um apartamento pequeno sem conforto mas pagar caríssimo por uma puta festa que dura apenas algumas horas. Juro que não entendo, só pode ser ostentação.

      Acho festa de casamento uma coisa muito cafona, qualquer festa. Pronto, falei.

      • Camila (Isa -.)

        “Acho festa de casamento uma coisa muito cafona, qualquer festa. Pronto, falei.”

        Ahhh, como é bom se sentir entendida! Já perdi a conta de quantas vezes fui acusada de ser uma pessoa amarga, fria e que não gosta de viver (sendo que na verdade valorizo muito mais a vida que a maioria das pessoas que conheço).

        • Eu acho uma escolha muito equivocada abrir mão de uma puta viagem que te acrescenta horrores ou de uma casa mais bem equipada em troca de seis horas de festa onde você paga caro para alimentar os outros e metade dos convidados sai falando mal de você, do seu vestido ou da festa…

          • Eu quero casar, mas so depois que eu tiver minha casa do jeito que eu quero e antes de casar quero conhecer um pouco esse mundão. Não vou mentir, ter a festa “cafona” é um sonho sim, mas que passa depois de outras coisas.

    • Olhem a pérola que eu ouvi de um conhecido na casa dos 30: “é… eu só tô dando um cato na mulherada, mas até os 40 eu quero estar casado”….

      Congruência manda lembranças… E eu me divirto, porque assim a gente já sabe quem se DEVE EVITAR… Neguinho deu uma de comedor a vida toda e agora está pensando em ter a primeira que aparecer só para não ficar sozinho e ter quem troque a fralda geriática… hahahaha… Não acredito em nada, mas isso só pode ser punição divina!

      Estou fora!

      • Já ouvi a seguinte pérola: “Até os 30 eu escolho”, querendo dizer que depois dos 30 casava com o primeiro que pedisse

        • Nessa linha, uma das piores pérolas de justificativa que ouvi foi de que, depois dos 30, você ficaria de saco cheio de ter que começar um novo relacionamento, ter que ser apresentado aos pais, irmãos, parentes, amigos, colegas de trabalho, etc, etc.

  • Ligia Silva (@Ligiske)

    Texto excelente e condizente com a realidade.

    Concordo que é o cúmulo da humilhação uma mulher implorar pro cara casar com ela. Até mesmo as indiretas acho deploráveis. Me lembro de um ex que tive. Namoramos 5 anos e eu comecei a ficar incomodada pelo fato dele nunca falar em casamento. Um dia cheguei na lata e perguntei: “e aí, não vamos casar nunca não?”. Ele gaguejou e perguntou se não era melhor morarmos juntos primeiro porque “casamento era um passo muito grande”. Respondi que ir morar junto também mas que não rolaria isso porque meus pais jamais permitiriam. Daí ele soltou a pérola: “ok, já que você quer muito então eu compro um par de alianças baratinho e a gente fica noivo”. MORRI! Tive vontade de chutar os ovos dele mas me segurei. Não dei resposta, falei que iria pensar melhor no assunto. A cara de alívio dele foi indescritível.

    Alguns dias depois brigamos por uma coisa besta e decidi botar ponto final na nossa história. Foi a melhor coisa que fiz na vida.

    • Se uma pessoa faz absoluta questão de casar e não abre mão disso, o melhor é terminar com um parceiro que não quer casar

      • Ligia Silva (@Ligiske)

        Na verdade eu não fazia questão de casar, não. Eu o amava – ou pelo menos naquela época eu achava que sim – e já estávamos namorando um tempão. Ele era 5 anos mais velho que eu, pensei que talvez já fosse hora de pensarmos em fazer planos juntos, em pensar num futuro juntos…e casados! Não quis ir morar junto porque meus pais eram muito conservadores e eu não tinha coragem de peitá-los e ir morar com meu namorado. Só que a reação dele me abalou, foi muito frio e também bastante covarde. Enfim, pensando nisso agora entendo que o que aconteceu era que ele não me amava o suficiente pra se casar comigo, não queria e pronto. Foi melhor assim.

        • Não sei se é questão de “amar o suficiente”. Eu, por exemplo, não tenho vontade de casar, não importa o quanto eu ame qualquer pessoa. É questão de escolha de vida.

          Não se mede o amor de uma pessoa pelo fato dela querer ou não querer assinar um papel… Ao mesmo tempo, ELE pode ter pensado que VOCÊ não o amava suficiente para peitar seus pais e pode ter desanimado.

          • Ligia Silva (@Ligiske)

            Não sei, na época me pareceu ser pouco amor. Pouco interesse = pouco amor, eu via a coisa desse jeito. Eu associava o fato de se casar com alguém como consequência natural do amor mútuo. Na verdade ainda penso assim, se amo um homem eu quero compatilhar minha vida com ele. Se bem que com a experiência que tenho agora com a vida a dois já não tenho enm tanta certeza disso também, hehe.

            O engraçado é que aconteceu o seguinte: 2 anos depois desse episódio eu catei minhas coisas e fui pra Espanha. Meus pais ficaram em choque, tipo pensando: “ela vai morar sozinha e bem longe da gente, é isso?”. Fui, chegando lá depois de 1 semana conheci um cara, saímos durante umas 2 semanas e depois disso me mudei pro apartamento dele. Estamos juntos até hoje e temos 2 filhos. Ano que vem faremos 10 anos juntos.

            Ou seja, tanto cu doce com o namoradinho de 5 anos pra depois ir morar com um cara apenas depois de 2 semanas de “namoro” (sexo).

            • Não querer casar não é necessariamente pouco amor. Já amei muito na vida e nunca quis casar. É filosofia de vida, tem coisas que a gente não quer fazer, não quer nem experimentar. Seria como um homem chegar e dizer para uma mulher “se você não fizer sexo anal comigo então é porque não me ama”

              Entretanto, se era algo importante para você, fez muito bem em se separar da pessoa, pois mesmo havendo amor recíproco, incompatibilidades que não podem ser resolvidas tornam a relação insatisfatória.

    • HAHAHAHAHAHAHAHHA!

      Prata Fina vibes…. Ninguém merece!

      Quando eu estava namorando, o fulano insistia que a gente usasse aliança de compromisso e tal… Então tá, só que a aliança que eu queria na época custava 1800 reais o par. Neguinho nunca mais tocou no assunto.

        • Tive que fazer isso pra ver se neguinho desencanava da idéia de que botar aliancinha no dedo é certificado de propriedade, posse e domínio, principalmente com pouco tempo de namoro.

          Eu acho tão brega essa aliança de compromisso…

            • Acho alianças uma coisa muito bonita. Tanto pela questão material – amo anéis – quando pela questão simbólica.

              Não vejo como posse ou controle, vejo como a livre e espontânea vontade de demonstrar que você tem alguém e se importa o suficiente para demonstrar isso aos outros – até mesmo como efeito de alerta pra qualquer um que queira se aproximar com segundas intenções.

              Mas lógico, isso quando a coisa já está avançada ou seus sentimentos já são bem “determinados”.

              • Justamente. Gente que enfia aliança no dedo com poucos meses de relacionamento parece mais estar querendo mostrar para a sociedade alguma coisa…

                • E sem contar aquelas pessoinhas com probleminhas que tem FETICHE ao ver aliança no dedo de alguém simplesmente pelo prazer de querer estragar um relacionamento…

                  • Sabe que eu nunca vi um homem fazer isso? Homem acha que mulher com aliança no dedo é encrenca e talvez até morte. Só mulher que adora uma aliança no dedo do pretendente…

                    • E o que dizer então daqueles affairs em que AMBOS são casados com a devida aliança no dedo… Tenso né…
                      E também tem aquela que ninguém trai sozinho. Por mais que uma mulher (ou cara) se insinue e a pessoa-alvo diga um belo e retumbante não, a pulada de cerca em potencial já é cortada pela raiz. Só pula quem realmente está afim, pensando muitas vezes em seu próprio umbigo, como sempre.

                    • Só que muita gente gosta do joguinho do flerte e não acha que isso seja traição, daí fica nesse joguinho de sedução e às vezes as coisas saem do controle…

      • Ligia Silva (@Ligiske)

        Hahahahahaha, as alianças que ele até chegou a comprar não eram prata fina, eram de um tal “ouro baixo”, hahahahahahahahahahaha. Cêjura que eu vou colocar nos meus dedinhos qualquer coisa que seja denominada “baixa”?

  • Bruna Küster de Souza

    Por isso eu tô solteira tem 6 meses… não ia nem pra frente, nem pra trás. Terminei tudo. Num dia tava no RJ, no outro, tinha voltado pra casa da minha mãe em SC. Ficar tentando em cima de uma coisa que tu sabe que não tem mais jeito é burrice.

    Muita gente veio pra mim: “Mas, cara… vocês estavam a tanto tempo juntos, não dava pra tentar mais um pouco? Um filho, talvez.”

    Não, não dava pra tentar mais um pouco. Eu tenho amor próprio e sou anti-filhos. Não vou ser hipócrita e dizer que não sofri. Sim, eu sofri muito.
    Mas hoje estou muito bem, obrigada. Solteira, estudando no que eu sempre quis, exercendo minha profissão e ele tá lá, com outra, que já está gravida, com apenas 3 meses de namoro, pagando aluguel e se fodendo.

    Aaaaai, a vida é bela.

    • Quando uma pessoa não quer o mesmo grau de comprometimento que você, a coisa digna a se fazer é se afastar sem espernear. Concordo plenamente com a sua atitude. Uma pena que isso requer coragem e nem todo mundo consegue fazer…

    • Agiu corretamente. Só não caia na suposição de que a outra parte é infeliz. Apenas vocês não tinham compatibilidade. Cada um pra um lado, buscando (ou não) um parceiro que tenha afinidade de expectativas.
      Parabéns por não estragar sua vida e a dele.

      • Bruna Küster de Souza (PROCURADA)

        Foram quatro anos muito bem vividos, Marok! Mas de repente me vi sem perspectivas e cansada de tentar sozinha, salvar uma coisa. Talvez se os dois quisessem, pode ser que estaríamos juntos. Mas só eu queria. E eu não consigo querer sozinha, quando uma coisa envolve duas pessoas.

        Então pulei fora. Eu não desejo mal pra ele, apesar de todo o mal que ele me fez. (Que envolve MUITO mais do que só “não querer tentar).

        Mas é isso. Vida que segue.

  • E quando a retardada resolve contar rindo, sobre o que ela teve que falar/fazer pra obrigar o sujeito a oficializar o noivado…
    Expectativa: gargalhar alto e chamar de oe otária.
    Realidade: fingir interesse concordar com ela.

  • Sally, nossa, sincronia!

    Ontem eu estava vendo uma reportagem sobre transexuais. Ta, eu sei que não é exatamente a mesma coisa, a pressão da sociedade é completamente diferente mas poxa! O cara sabia que não era menino desde pequeno, sabia que não tava no corpo certo e não gostava de mulher. Desde pequeno ele se maquiava e quando o pai pegava ele se maquiando batia nele e ele ficava de castigo. Então ele resolveu esconder o que ele era, enganar todo mundo e ele proprio e se tornar “homem”.

    Casou com uma mulher, viveu mais de 20 anos com ela e teve dois filhos! Ai um belo dia, como ele não aguentava mais, o que é normal, ele resolveu virar mulher, etc.

    Ai, como ele é proximo dos filhos ele tem contato com a ex e eles são amigavéis, eles se veem sempre e ela concordou em se mostrar na reportagem. Na frente dela o cara fala “eu ainda amo ela mas não tinha nada de sexual. Sexualmente era horrivel”. Gente, um pouco de tato? Eu entendo perfeitamente que a vida dele deve ter sido horrivel, mas poxa, ele destruiu a vida dela também. Ela falou “você devia ter dito algo antes de se casar etc” e ele “mas ninguem consegue entender o meu problema, blablabla”. Porra, ele deveria não ter casado com a coitada.

    Eu entendo que é um baita de um problema que ele teve, que a vida dele não foi facil. Mas coitada da mulher. Dava pra ver que ela ainda era apaixonada por ele, ele destruiu a vida dela porque nao teve coragem de se assumir.

  • Sally, o retrato das pessoas que tomam esse tipo de “decisão” é tão cagado, mas tão cagado que valeria uma análise a parte.

  • Sallyta! Onde assino embaixo?

    Conheço váaaaaarios casos assim. E quando a gente expõe essas verdades inconvenientes, te chamam de mal-amada, mal-comida entre outras barbaridades!

    Eu cheguei a conclusão de que ultimamente, o casamento tem servido pra duas coisas: se endividar e pra alguém falar mal da festa, da noiva, do noivo…

    Eu por exemplo tenho 26 anos e nem me passa pela cabeça casar, primeiro porque eu não conheço casamentos bem-sucedidos, aquela união que dá até uma pontinha de inveja sabe? Toda a vez que eu encontro um casal, eu sempre tenho a impressão de que o cara casou por usucapião, ou “pra não ficar sozinho” ou por livre e espontânea PRESSÃO. Segundo porque eu não gostaria de morar sob o mesmo teto, preciso ter minha individualidade. Tenho uma conhecida que, usando dessa tática de casar de papel passado, mas morar em casas separadas, mantém muito bem uma união de 30 anos. E nas palavras dela: “todo mundo achou um absurdo na época, mas hoje eu posso dizer que eu sou muito feliz numa união sem fingimentos”.

    Mas sabe o que é pior? As revistas femininas de merda (DE CAPRICHO A NOVA) listando “táticas” pra pressionar o cara pra namorar, pra casar! UM BELO TIRO NO PÉ! Quando o cara está realmente afim, ele pode ser o mais looser, MAS ELE VAI ATRÁS DA MULHER QUE ELE QUER, nem que ele tome um fora homérico… Agora, quando o cara não quer, não tem o que fazer… Ele vai sabotar os supostos “planos a dois” que a mulher, namorada, peguete fez, mais cedo ou mais tarde.

    Em 2009, eu dispensei o meu primeiro (e até hoje único) namorado UMA SEMANA ANTES DOS DIA DOS NAMORADOS, porque eu não conseguia me ver atada a um cara que agia como uma moça… Não gostava de sexo a ponto de, em 11 meses, não querer transar comigo (imagina só como uma mulher se sente assim… Rejeitada né?), reclamava se eu vestia uma saia, achava etiqueta uma frescura… E eu sempre tive a impressão de que ele estava comigo para mostrar como ele finalmente havia desencalhado (eu fui a primeira namorada dele tbm.)… Quando eu estava enrolada com final da faculdade, monografia e tal, eu comecei a pensar no que o nosso relacionamento era e terminei SEM DÓ! Agora imagina se eu tivesse continuado com a farsa, que filha da puta eu seria! E ele tentou voltar e eu fui bem categórica: NÃO!

    Tenho uma outra estória de um colega no curso de inglês que já estava com os cabelos em pé porque a namorada de 3 anos e familia escrota dela estavam pressionando-o para casar. Eu perguntei a ele como ele se sentia a respeito da situação e ele categórico: eu a amo muito, mas eu só conseguiria casar com ela daqui uns 10 anos, quando minha situação financeira melhorar… Casar sem estrutura não dá! Qual parte da frase esse povo ainda não entendeu?

    Sally, faz um Sally Surtada sobre as fantásticas reportagens que ensinam gurias de 13 anos a “como transformar seu rolinho no seu namorado”… Porque estudar para ENEM e CEFET é para os fracos.

    • LNSL, o que acha da ideia do “Boicote Abril”, para as Caprichos da vida pararem de colocar minhoca na cabeça das pessoas?

      • É uma boa… Eu mesma já aderi há um bom tempo. Minha vontade era fazer um video com o título: Capricho, você é um lixo!

      • E falando nisso, acho que não seria má ideia que a Sally fizesse um “Processa Eu: Editora Baril”… A Revista Jeva é só a ponta do iceberg.

  • PERFEITO! Não tenho nem o que falar…

    Só que há pessoas que culpam a sociedade por se sentir pressionada pra casar e nortear suas decisões. Ahaam…

  • Sally concordo em muito com tua pespectiva, e acredito que este seja um tema um tanto complexo que dê panos pra manga para se discutir!

    Compartilho do mesmo pensamento quando o assunto é pressão: casamento de verdade – a meu ver – não existe pressão de nenhum dos lados e sim reciprocidade total. Para além do companheirismo e o amor partilhado juntos, há que se ter em mente o que tu citou no texto: a real pretensão de se ter um projeto de vida juntos que dê certo a longo prazo com paciência e dedicação. Tão logo muito se afirma por aí que a “ideia” de amor é acima de tudo uma construção histórica, cultural e social. Penso em certo sentido que o problema (de relacionamentos não darem certo) por vezes reside no fato das pessoas não terem “paciência” de enfrentar desafios a longo prazo, bem como praticar o exercício da alteridade, afinal, o “universo umbigo” fala mais alto!

    Outro ponto interessante que tu tocou no texto, foi em relação à auto-estima das pessoas que muitas vezes é BAIXA. A pergunta que fica – na contemporaneidade principalmente – é o porque disso… Uma vez debatendo com um colega nesse sentido, ele havia dito que de certa maneira é a própria “estrutura” econômica/político-social, que vivemos que molda nossos comportamentos e modos de viver. Interessante argumento, porém diria que um pouco perigoso.

    Além disso tudo, fico me questionando sobre um ponto: a ideia que muitos homens principalmente compartilham sobre casamento ser um atestado de prisão. Se analisarmos o passado histórico ocidental principalmente, vemos que o casamento de fato era “arranjado”, apenas com conscentimento de outros como os pais, e o objetivo era apenas juntar grana, afinal, a mulher tinha algum “dote” a ofecerer, ou mesmo o homem alguma propriedade rica a oferecer… Tão logo não é dificil encontrar esse imagético na literatura francesa, portuguesa, e mesmo brasileira do séc. XVII em diante. Ou seja: a ideia de casamento era realmente no sentido de prisão, apenas para acumular bens, independente se havia amor ou não; e neste tramite, entra a ideia de “amante”, do qual o termo se refere à pessoa a quem se ama de verdade, ‘fora’ do casamento.

    Bom, escrevi todo esse mimimi histórico só pra enfatizar que, mesmo na contemporaneidade com mudanças ocorridas na sociedade, feminismo bla bla bla, parece que essa ideia AINDA permaneçe no imagético, no inconsciênte coletivo das pessoas. Contrariando essa ideia, digo que casamento vai muito além do que apenas assinar papeis e juntar as escovas de dente! Isto é: não é porque se firmou um contrato que a liberdade pessoal deixa de existir. NÃO! Penso nesse sentido que ao se entregar em uma relação a pessoa deva se sentir inteira, integra, leia-se: com alta auto-estima; e não casar apenas pensando que com isso o parceiro vai lhe completar a parte, o vazio que se sente.

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