Flertando com o desastre: Crucifixo.

Bom gosto, hein?

Esta é uma das poucas vezes em que eu quero deixar a questão religiosa de lado. Não quero falar sobre religião, quero fazer uma análise fria e totalmente desvinculada de religião, até como forma de blindar meus argumentos, para que ninguém possa dizer que são consequência do meu ateísmo. Se você é burro ou analfabeto funcional e quiser usar meu ateísmo como argumento nos comentários eu vou te ignorar solenemente. Esta análise independe de religião. Dito isto, vamos ao tema: Vocês não acham feio, inadequado e de péssimo gosto ostentar um fulano ensanguentado crucificado como forma de decoração?

Esta imagem em mas em lares, roupas, jóias e tantos outros lugares onde o Fulano Crucificado pode ser visto me parece de um mau gosto extremo. Começa pelo fato do elemento estar praticamente nu. Não sei bem o que ele está vestindo, me parece uma fralda, mas acho mais provável que seja apenas um mero pedaço de pano que enrolaram nele para o bilau não aparecer. Em todo caso, a maior parte do seu corpo está descoberta, apenas com a genitália coberta. Acho que podemos dizer que é um homem seminu. Na minha humilde opinião, me parece extremamente gay um homem usar outro homem seminu (sim, aparentemente agora se escreve tudo junto, horrível) pendurado no pescoço, porque sabe, tem tanta coisa que poderia ser usada como pingente! Precisa colocar um sujeito nu, enrolado em um pano? É feio demais e é desnecessário, porque até mesmo dentro do catolicismo existem outros símbolos para quem quer ostentar a religião. Não precisa ser o homem nu. Acho estranho quem não se sente mal em ter um homem nu pendurado no pescoço.

E quem coloca esse troço na parede da sala? Olha, fui na casa de uma pessoa que tinha um crucifixo na parede da sala com o Fulano lá, seminu e todo arrebentado, cheio de sangue. As pessoas acham adequado fazer as refeições olhando para um homem seminu todo escaralhado e coberto de sangue? É de um mau gosto que não tem fim, mas tudo bem, ter um péssimo gosto é sagrado direito das pessoas, o problema é a falta de coerência. O curioso é que estas mesmas pessoas muitas vezes dão um faniquito quando se diz algo nojento à mesa e, contraditoriamente, mantém o rapaz seminu de fralda sangrando na parede à vista de todos. Pessoas que muitas vezes condenam jornais e programas sensacionalistas que mostram pessoas ensanguentadas, dizendo ser apelativo e de baixo nível espalham crucifixos pela casa como se fosse a visão mais agradável do mundo. Jesus todo arrebentado deve ser adorado na parede, o popular todo arrebentado é de mau gosto.

Sem contar que a cruz em si nada mais era do que um instrumento de tortura. Vocês acham de alguma forma bonito ornar suas residências com um instrumento de tortura? Porque estou certa que se eu colocar uma escultura de uma pessoa sangrando em um pau de arara no meio da minha sala, vai ter gente que tem crucifixo em casa (ou no peito) me criticando. Se eu colocar qualquer foto ou escultura de um ser humano desfalecendo todo arrebentado em qualquer instrumento de tortura vão me criticar. Mas JC todo fodido pode, porque a pessoa viu desde pequena e se acostumou com aquilo, nunca parou para pensar naquilo. Se isso não é banalização de violência e tortura então não sei o que é.

Vai ter quem diga que admira essa imagem porque “ele morreu de uma forma injusta, ele morreu lutando pelo que acreditava”. Ah tá… então tá tudo ok se eu colocar uma escultura de um escravo negro sendo açoitado no tronco até a morte, porque vamos lá, ele também morreu injustamente e lutando pelo que ele acreditava. Ou então um preso político sendo torturado pelo Governo em qualquer ditadura militar… Que tal? Uma foto ou uma escultura na sala de jantar de um guerrilheiro levando choque? Desculpa mas instrumentos de tortura são de mau gosto, ainda mais quando ainda contém o torturado todo fodido dentro deles. Ostentar um instrumento de tortura é de péssimo gosto ou então prova de incapacidade questionativa: alguém te empurra aquela imagem por anos e você aceita, sem questionar o quão grotesca, desnecessária e de mau gosto ela é. Se a sociedade a aprova, o controle de qualidade está feito, você não é obrigado a pensar.

Já vi gente defendendo que esta morte sofrida deve ser ostentada porque foi uma realidade e a realidade deve ser mostrada. Pausa para rir. Se a justificativa entrar na esfera da realidade, então vamos refazer isso aí, porque esse Jesus ruivinho e de olhos claros não se coaduna com a realidade. Jesus, se é que existiu da forma como o narram (acredito mais que seja a junção de várias pessoas que paunocuzavam na época) seria cor de azeitona, nunca que teria essa pele clara, esse olho claro e esse cabelo claro. Realidade, desde que ela seja esteticamente agradável? Além disso, se for para falar em realidade, vamos redesenhar o esquema, porque a palma das mãos de um ser humano não é capaz de suportar o peso do corpo. Ou mete o prego entre o rádio e a ulna, ou a pessoa cai da cruz. Ah sim, em muitos JC está efetivamente morto, com os olhos fechados e a cabeça pendente, desacordado. Gente morta sofre de relaxamento de esfíncter, então, se vão falar em realidade, pode tratar de incluir umas manchinhas nesse cosplay de fralda que ele está usando, porque ele morreu literalmente todo cagado. E realidade por realidade, muita gente foi morta em eventos bárbaros como Holocausto e nem por isso a gente estampa nossa sala com o evento. Forma um tanto quanto sádica de relembrá-lo, não é mesmo? Para mim beira ao doentio.

Não compreendo que bem pode fazer para uma pessoa olhar todo santo dia a imagem de outro ser humano todo escaralhado. Quando sou eu que me interesso por fotos de acidentes, pessoas mortas, sou uma sádica, escrota e doente. Mas quando a pessoa mantém em sua casa ou em seu corpo um fulaninho todo ensanguentado, pregado, açoitado e com uma coroa de espinhos na cabeça, deve ser uma boa pessoa. Não me importa qual é o benefício que alguém obtenha vendo o sofrimento e as feridas alheias: é doentio. Eu assumo, vejo fotos de acidentes famosos por puro sadismo e mesmo assim, dou uma olhada rápida sem ostentar isso na minha casa ou no meu corpo. Ok, eu sou uma pessoa podre, mas pelo menos sou honesta. Eu dou um confere rápido em gente morta, mas ao menos não os coloco como decoração na minha casa.

Gente que precisa olhar para um sujeito todo arrebentado e sangrando para sentir conforto, para ser uma pessoa melhor ou para lembrar o que realmente é importante na vida é retardada emocional. Se eu criar uma religião cujo símbolo seja um cachorro ou um gato sendo mortos em um aparelho de tortura e colocar esta imagem por toda a minha casa e no meu pescoço, não dou nem uma semana para que ativistas e até mesmo pessoas indignadas me interpelem com o dedo na cara. Mas se for um ser humano tá ok, porque neguinho vem fazendo isso por séculos e não tem um filho da puta para gastar dez segundos do seu dia olhando para aquilo e raciocinando: “Ei, isso é ridículo e de muito mau gosto!”

Que fique claro, não estou pregando a censura aos crucifixos. Censura é sempre retrocesso. Estou pregando a coerência. Quem quiser ter o mau gosto de ostentar um ser humano sangrando, morto ou quase morto, em um aparelho de tortura dentro do seu lar ou no seu corpo e achar isso BONITO, que o faça. Mas que tenha a coerência de não abrir a boca para falar merdas que contradigam esta postura. Tem que ser coerente. Não é porque você está respaldado por milhões de pessoas incoerentes que você pode ser incoerente. Se você tem este tipo de símbolo, pense duas vezes antes de criticar os outros, porque você tem um puta telhado de vidro, se não pelo mau gosto, pela falta de cérebro de nunca ter sequer parado para pensar no que coloca na parede da sua sala. Pense antes de criticar o sadismo, o conformismo, o mau gosto, a nudez, a violência e tantas outras coisas às quais essa imagem remete.

E gente que tatua isso no seu corpo? Tatuar um homem seminu no próprio corpo, mesmo que fosse o pai da pessoa, me parece o fim da picada. Homem com homem seminu tatuado para mim passa uma impressão gay, podem se irritar o quanto quiserem, mas eu acho que se não bateu uma repulsa de estampar um homem seminu no seu corpo, a pessoa tem que repensar algumas coisas. Sem contar os outros argumentos (tatuar uma pessoa sendo torturada, um instrumento de tortura, sangue, etc etc) como pode um homem pensar que esta imagem do fulano seminu naquele estado vai ser de alguma forma agradável para quem vá fazer sexo com ele? A última coisa que eu quero ver quando tiro a roupa de um homem na hora do sexo é outro homem seminu todo ensanguentado, é tão difícil de perceber? É como ficar mostrando fotos de acidentes aéreos para as pessoas que estão na fila para embarque no aeroporto. Deve ser uma merda ter que fazer sexo olhando para JC sendo torturado. Quão doente mental a pessoa tem que ser para estampar uma coisa cretina dessas no próprio corpo?

Em um exercício de imaginação, vamos pensar por um segundo que realmente tenha existido um Jesus Cristo e que realmente tudo aquilo que se conta tenha acontecido com ele. Assumindo que fosse tudo verdade, procure se colocar no lugar dele. Fico pensando, se eu dedicasse a minha vida a pregar aquilo que eu acho que seja o bem, o melhor para a humanidade e uns conspiradores me pegassem, me cobrissem de cacete e me torturassem, a última imagem que eu gostaria que meus seguidores tivessem de mim seria essa: eu, toda arrebentada, ainda atrelada ao instrumento de tortura, coberta apenas por um pedaço de pano. Acho que nem o próprio JC, se é que existiu, deve achar graça em ser lembrado assim, nesse momento tão indigno de derrota. Uma pessoa boa, que prega o bem não pode ver prazer em ter seu corpo torturado, sangrando, exposto em lares com crianças como símbolo de qualquer coisa. Essa imagem tira a dignidade do próprio JC.

E por falar em crianças, os mesmos pais que se chocam quando um jogo de videogame espirra um esguicho de sangue ostentam crucifixos com um ser humano em estado de agonia afixado nele. Se houvesse um jogo de videogame onde se machuca pessoas com a ajuda de aparelhos de tortura certamente reclamariam e diriam que o filho não está preparado para ver aquilo, mesmo não sendo uma coisa real, mesmo sendo uma coisa ficcional. Pena que eles se esquecem que exatamente a mesma cena condenada no videogame está exposta desde sempre na parede da sala. Porque violência, morte, tortura, sangue não são nocivos apenas no videogame. São nocivos também quando banalizam ou glorificam a violência. Vai dizer que a exposição diária, mostrada com normalidade, de um corpo barbarizado e torturado não é banalizar? Antes de reclamar de filmes ou jogos que banalizem a violência, olhem para as paredes das suas casas. Proibir jogos ou filmes violentos com a preocupação das consequências dessa violência na cabeça do seu filho quando se tem uma escultura que retrata isso pendurada na parede da sala é a mesma coisa que proibir filme pornográfico mas ter uma escultura de uma puta suruba acontecendo na parede da sua sala.

E gente que se choca com sangue mas ostenta uma porra dessas dentro de casa? “Ai, sou muito sensível, não posso ver sangue que eu desmaio”. Gente que fecha os olhos em cenas fortes de filmes. Gente que não aguenta sequer ler sobre violência. Mas tá lá, o cidadão todo pregado, todo sangrando na parede da casa da pessoa! Ok, aquilo não é sangue de verdade, mas para quem tem repulsa por sangue, tortura e violência, uma ilustração fictícia também não deveria ser bem vinda, deveria causar algum mal estar. Eu jamais colocaria uma réplica de lagartixa na minha casa, mesmo sabendo que ela não é verdadeira, porque é algo que me causa repulsa. Mas para passar atestado social de boa pessoa, de temente a Deus, de pessoa que pertence a um grupo social que se convencionou ter presunção de respeito, a pessoa “esquece” seus medos, seu gosto pessoal e o bom senso. Ter um atestado que lhe garante aprovação social na parede de casa, por mais que seja de extremo mau gosto, é mais importante. Provavelmente porque sem isso estas pessoas jamais conseguiriam aprovação social.

Isso mesmo. Eu acho que só deixa na parede da sala um sujeito ensanguentado preso a um instrumento de tortura, moribundo e seminu quem precisa muito prestar contas para a sociedade, quem precisa desesperadamente se mostrar inserido em um grupo que goza de alguma aprovação social e presunção de bondade e até de um certo status. Ridículo. Mais ridículo ainda que estas pessoas não tenham percebido isso. Se colocar uma foto de uma pessoa morta na sala certamente chamarão de doente, mas a escultura de uma pessoa morta te faz um cidadão de bem? Como podem as pessoas estar tão cegas a ponto de não se questionarem se realmente querem ter um troço desses dentro de casa? Tinha na casa da avó, tinha na casa da mãe… vai o sujeito e, no piloto automático, soca um homem seminu prostrado em um instrumento de tortura na sua sala de jantar! Faça-me o favor, é muita falta de vontade de pensar com a própria cabeça! Se o seu avô desse o cu, se o seu pai desse o cu, você estaria dando o cu também?

Talvez depois de ler este texto algumas pessoas passem a olhar para um crucifixo com o fulano dependurado de outra forma. Parabéns para elas, que apesar de tudo, ainda tiveram algum poder de reflexão. Mas vai ter muita gente que vai arrumar argumentos para se confortar e manter tudo do jeito que está, para não ter que lidar com esse outro ângulo de visão apresentado. O novo assusta. O que sai da zona de conforto assusta e o ser humano com medo se apega a qualquer argumento furado para não rever seu pensamento. Deve ser duro olhar para aquele homem seminu estaqueado na cruz e perceber que por uma vida você olhou para aquilo mas não o viu realmente. Rever os conceitos exige coragem, coragem esta que falta a muitos.

Não quero vilanizar o crucifixo, apenas tirar as pessoas do estado de anestesia. Aquilo é de péssimo gosto. É escroto. É um ser humano torturado ainda preso no instrumento de tortura. Vamos abrir os olhos e enxergar as coisas como elas são? É difícil no começo, mas depois você vive melhor, vai por mim. Colocar a tortura, o sofrimento e a morte dentro de casa como algo normal ou louvável merece uma reflexão. É isso que você quer ostentar na parede da sua casa? É assim que você gostaria de ser lembrado por quem te quer bem? E se você tatuou isso no seu corpo, bem, lamento muito por você. Laser está aí para isso.

Por todos os ângulos que se olhe, manter uma escultura deste momento tão sórdido na sua casa ou no seu corpo depõe contra você: seja por você não ter a capacidade de questionamento de perceber que aquela porcaria que está lá desde sempre tem desdobramentos negativos, seja por perceber mas sentir uma necessidade enorme de ostentá-lo em busca de algum tipo de aprovação social ou presunção de bondade. Já que o medo do que “Deus possa pensar” ou de qualquer julgamento de valor que “Deus” possa realizar, eu encerro com a pergunta: Você gostaria que as pessoas pusessem em suas casas quadros, fotos ou esculturas do seu filho (não deles, o SEU) morrendo? Pois é, nem o próprio Deus deve estar feliz com essa presepada que fizeream.

Olhem com olhar crítico, racional e reflitam sobre este texto. Não vai doer, eu prometo.

Para apenas me xingar sem contra argumentar nada, para olhar friamente para um crucifixo pela primeira vez na vida ou ainda para me ameaçar com inferno ou alguma dessas bobagens que as pessoas inventam: sally@desfavor.com

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Comments (102)

  • Qualquer cena de tortura é de péssimo gosto sim. Quem é capaz de achar coisas assim “decorativas” deve ser é sádico e não cristão.

  • Jesus (existiu sim, pessoa histórica. O historiador é que não lembro) nunca que foi como o pintam. Pense: era carpinteiro, ok? Ele tinha que sair no sol, ir na floresta/bosque/o que seja, derrubar a árvore, fazer a tábua/peça de madeira, fazer o móvel, ou o que seja. Então ele não era branco e nem tampouco magrinho assim. Ele tinha a pele escurecida e os braços musculosos.
    .
    Quanto ao crucifixo: que m venera o objeto que torturou seu líder? Ou como alguns dizem, o próprio Deus!? Nós não precisamos ostentar o objeto que matou nosso Senhor. Devemos lembrar do sacrifício, sim, mas lembrar que devemos andar pela fé, e não pela vista.

    • Na verdade… na verdade verdadeira, o que as pessoas deveriam lembrar é que são fortes e autosuficientes para encarar os problemas da vida e viver com questões em aberto sem explicação, sem ter a necessidade de recorrer a religiões mentirosas cujos sacerdotes encobrem crimes e tem um longo histórico de tortura e ataques sexuais a crianças.

  • Não sou católica, muito menos me prendo a alguma religião.

    Mas como vim de uma família meio “católica não praticante”, sei de algumas coisas, uma vez que tentaram me catequizar, e depois de frequentar os estudos algumas vezes eu felizmente me neguei por preguiça e tédio e mais tarde por opção mesmo.

    Porém pelo o que aprendi, usa-se a cruz como símbolo pois, segundo a bíblia, “todos nós” somos pecadores salvos por Cristo. Salvo engano, fomos salvos do desgosto de seu pai (Deus), pois ao ir pra cruz e ser torturado e morto, ele sofreu e pagou os pecados de todos os seus irmãos. Ou seja, a mentalidade do catolicismo é que seus pecados já foram quitados, e por isso você deve sua vida e alma a Cristo.

    Logo se vê que a cruz é o símbolo máximo da dívida do cristão perante o seu senhor e religião, serve tanto para lembrá-lo do porquê “não deve pecar” – afinal, Cristo morreu por você e você pecando está desdenhando de seu sofrimento – quanto serve como manipulação da igreja para que você seja mais um carneirinho. Portanto, apesar de achar realmente uma coisa mórbida e de mau gosto, entendo bem o porquê de pessoas mais ignorantes ou facilmente manipuláveis conviverem tranquilamente e carregarem isso como algo muito precioso e até mesmo belo. Para elas seria o maior símbolo de amor que o Deus delas demonstrou, mesmo sendo horrível.

    Mas, de qualquer forma, gostei do texto. É sempre engraçado vê-la discorrer sobre suas decepções com os religiosos em geral.

      • Mais legal é o populacho aplaudindo na hora que ela vai embora.
        Agora analisando friamente: faltou levar também uma lata de tinta pra jogar nos bancos, usar chaves pra riscar a lateral, martelar também o teto solar e os faróis e usar algo pra furar os pneus.

        Quem nunca teve vontade de fazer isso com o carro de alguém?

          • sugiro um texto sobre como depredar carro de gente pau no cu e em que situações. Posso colaborar com alguns parágrafos de riquíssimas experiências…

        • Eu já tive vontade de fazer uma dessas com a maldita Ford Ranger do meu pai. O malandrão me fritava lá dentro de casa me fazendo suportar o meu irmão (um pentelho pau-no-cu) e jogando as picunhas nas minhas costas para convenientemente roer a corda depois.

          Quando o filho da puta morreu, minha vontade era de chorar não de tristeza e sim de raiva, ate porque era um tremendo dum sem-vergonha que não media esforços pra me espezinhar lá dentro.

          Acredita que o folgado chegou a deixar que uma garota grávida de oito meses fosse para o meu quarto e sentasse na minha cama para me pedir 10 reais para ir em merda de show de Bruno & Marrone, sendo que enquanto não arrumei a bosta do dinheiro ela não saiu lá do quarto.

          Tenho pra mim que ele fez isso de forma deliberada, pois sabia que eu tinha esse dinheiro por tê-lo recebido em um trabalho pra ele… Pior foi ele jogando isso na cara a vida inteira COMO SE EU TIVESSE CULPA pela fulaninha ter adentrado o meu quarto pra pedir dinheiro.

          Falando nisso, aqui veio a p… da minha tia Ivone agora aqui. Vontade de mandar a fulana ir plantar coquinho… Querendo vir no natal com a maior cara-lavada do mundo. Dá licença!

  • Ok. O blog amanheceu sem texto hoje. Talvez o Somir esteja sem internet.

    Eu tento, mas ele continua me obrigando a contar histórias sobre ele… se não tiver postagem até meio dia tem Siago Tomir e acho que esse de hoje ele vai se importar.

  • Porra Tomir!
    Desse jeito não vou renovar meu plano Blaster Diamond.
    Ficarei no Gold Premium em respeito à Sally.

  • Há muitos anos atrás Madonna fez uma trollada que me pareceu genial ao dizer que achava “muito sexy” a imagem de Jesus crucificado, por ele estar seminu, ferido e subjugado (uma coisa meio SM, era na época daquele livro sacana que ela lançou).

    Só a imagem da cruz eu já acho feia, realmente lembra sofrimento e morte. Se ainda por cima tiver o Jesus morto e ensanguentado então…

    • Antes disso, no clipe de Like a Prayer ela colocou um jesus negão que saía da cruz e comia ela. Eu gostava desse período ousado da Madonna, não gosto dessa fase Chique-Mãe-de-Família

      • Madonna só prestou na época safada dela, quando aparecia dando beijo de língua nas dançarinas, fingia se masturbar durante os shows e dizia coisas como essa do crucifixo e aquela do “todo homem deveria beijar outro homem na boca”. Bons tempos.

  • A crucificação é algo primitivo, bárbaro, decadente e simplesmente sensacional! É um mote muito recorrente: o contato com o sagrado sempre uma experiência fisicamente devastadora.
    A iconografia de santos martirizados é um show de horrores. Mutilações, flagelos, empalamentos, etc. Concorre facilmente como o imaginário de Sade.

    • Pena que quando é em jogo de videogame é criticado, banido e censurado mas quando é uma imagem religiosa é reverenciado.

      • Concordo plenamente. O sagrado e o profano se entrecruzam. O imaginário humano se alimenta com fluidez destas duas vertentes. Por exemplo: jogos de video game, mesmo os mais violentos, são uma jornada em busca da iluminação . Isto é uma coisa que me causa perplexidade. Com tanto conhecimento disponível, a maioria das pessoas tem dificuldade de contextulizar, entender referências, isolar informações e ao mesmo tempo não perde o plano geral. Isto é um espinho cravado no meu coração.

  • A cruz, sendo um símbolo, presta-se a interpretações variadas, as mais estranhas, vai depender muito do verniz cultural de quem analisa, porque está muito claro que o caipira dos cafundós não vê a mesma cruz que os bolinadores do Vaticano. A cruz, com seus eixos opostos, dentre inúmeros significados, representa a união de opostos, luz e sombra, feminino e masculino, bem e mal, união de forças opostas, uma simbologia bem interessante que tem seu valor, sempre esteve presente em muitas civilizações, mas os cristãos fizeram o grande favor de avacalhar tudo, apropriando e desvirtuando seu sentido até chegar nesse conceito horroroso de sofrimento, mas fico mesmo com o populacho que subverte e esculhamba a porra toda, no seu “cruz credo” deu um outro sentido, anárquico e pagão, que eu gosto mais.
    E como sofreu Jesus, gente! Não bastasse ter sido rejeitado pelo homem, esse ser estranho, ainda foi rejeitado pelo Pai (“Pai, por que me abandonaste?”), mas a simbologia me chama a atenção. Uma mãe é capaz de dar sua vida pela do filho, maior gesto de amor não há e, verdade ou não, chegou até nós a idéia de que Jesus deu sua vida por nós, o que não deixa de ser louvável, ainda que Deus, sendo quem é, poderia ter poupado todo esse drama e ter criado outro paraíso, afinal que culpa temos nós se Eva resolveu piranhar no Éden?

    Olha essa frase d´O Evangelho Segundo Jesus Cristo: “Então o Diabo disse, É preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue.”

    Sally, você está em boa companhia, Saramago, um ateu porreta, descia a lenha na Igreja e suas hipocrisias!

      • Sabe que li dois livros dele e não conseguir sentir falta nenhuma de virgulas e acredito até que isso seja um estilo jamais algo pra ser considerado um erro afinal quem precisa de virgulas não é mesmo?

          • Sally, a problemática se insere porque VOCÊ assim como vários leitores já estão acostumados com o sistema RIGIDO de pontuação, de escrita FORMALIZADA. Ademais, estéticas literárias à parte, não acho a leitura do Saramago cansativa.

            Mas pera, esqueci, meu tcc é com saramago, meu mestrado será em saramago… sou suspeito pra falar! hehe

            • Não estou dizendo que ele esteja errado não, quem sou eu… ele escreve livros mundialmente vendidos e eu o Desfavor. Mas eu desgosto desse esquema sem vírgulas e acho ele meio depressivo. Não me identifico, como aliás, não me identifico com nada que venha daquela terra.

    • Saramago ateu? há controvérsias… se se baseando apenas nas leituras literárias das obras dele, penso que não é profícua essa afirmação.

      E quanto ao evangélho Segundo Jesus Cristo… ótimo livro! Perfeito!

    • Hahaha chega a ser engraçado como vc diz: “se Jesus existiu mesmo!” Como se não tivesse uma puuuuuta historia por trás da existência de Jesus.
      É completamente ridículo vc se referir a Jesus como: sujeito, fulaninho etc. Mas pelo que percebi, por não acreditar Nele, não tem o minimo de respeito pela pessoa que Jesus foi e ainda é!
      E por fim. Apesar de não gostar do seu texto e do modo de como escreve.
      Concordo que é bem estranho este fato mesmo. Mas do mesmo modo que vc é anestesiada com seu ateísmo. Pessoas são “anestesiadas” com a sua fé….
      E incoerência se vê aos montes por todos os lados!!!!!!!!

  • É o velho mito do deus/Rei sacrificado que morre pra que o povo possa continuar a viver…

    SE eu fosse cristã (batendo na madeira) eu iria preferir me lembrar de Jesus vivo, do que ele ensinou, e não de como morreu…

  • Nessa concordo contigo Sally, a cruz realmente é um símbolo esquisito, de sofrimento.

    Mas tem suas qualidades como símbolo por ser simples, fácil de identificar e entender, além de fácil de reproduzir. Isso ajudou a popularizar ao longo dos séculos, bastam 2 pedaços de madeira e você tem uma cruz.

    Você realmente tem dificuldades com religião e catolicismo em particular, por que não mete pau no islamismo um pouco só pra variar? Já tem muito progressista batendo no catolicismo, você está virando mainstream…

    Rola um Processa EU do Niemeyer?

    • O problema é que eu desconheço o islamismo, teria que estudar muito para meter o pau com propriedade. Por outro lado, se o texto ficar famoso, pode ser que o Desfavor consiga alguma projeção ou atentado a bomba…

      Sabe que eu não me lembro de nenhum podre na vida dele? Fora as obras dele que eu acho horrendas, nada me vem à cabeça. Vou pesquisar. Você sabe de algo que desabone a conduta dele?

      • Ouvi de questões de superfaturamento de obras e de sua “ideologia de esquerda”. Exemplo de pessoa a lá Marimoon, além, é claro, de ser uma espécie de Mestre Kame da vida real.

        Nada de muito grandioso em termos de sujeira… Tá mais fácil levantar um Processa Eu do Huciano Luck.

        • Amigo do Fidel Castro e do Prestes. Defensor dos regimes comunistas soviético e chinês. Responsável por diversos estupros na paisagem. Maior incentivador ao uso do cimento na arquitetura, a Votorantin deve ter um busto dele no hall de entrada. Vc conhece o aborto arquitetônico sem árvores que é o Memorial da América Latina?

          Tá na hora dos Processa Eu avançarem, Luciano HucK é um nada, somente um apresentador de TV. O que o Niemeyer fez vai assombrar gerações.

          Quanto ao islamismo, tá fácil pesquisar, só a parte do tratamento carinhoso dedicado às mulheres já dá muiiiito assunto.

          • Nem acho demérito ser comunista nos tempos em que ele era comunista, quando comunismo era contraponto de ditadura e tortura… Ele se dizia comunista DEPOIS da ditadura? Porque para um comunista, ele cobrava bem caro pelos seus trabalhos horrendos…

            • Comunista até o fim Sally…

              Quando comunismo foi contraponto de ditadura? Na URSS do Stalin? Cuba de Fidel & Guevara? Ou na China do Mao???

                  • O problema era que TODO MUNDO que desagradava de alguma forma era considerado comunista. Comunista virou meio que um “adjetivo” em vez de uma filiação partidária, virou sinônimo de oposição

                    • A famigerada “caça aos comunistas” era o que bem ou mal mantinha a conivência dos norte-americanos com a manutenção do regime militar, sendo que o termo foi usado a exaustão e muitas vezes de forma inadequada com o objetivo de rechaçar e controlar a oposição, sufocando na medida do possível aqueles grupos políticos que poderiam colocar em risco o establishment.

                      Aqui no Brasil quem tinha acesso a leituras esquerdistas até em torno dos anos 80 eram geralmente pessoas com uma condição social mais privilegiada que a média.

                      Hoje fazem piada com os ultraliberais, chamando-os por termos como “anarcomiguxos criados com cremogema”, mas fica a impressão que esse pessoal “de esquerda” é incapaz de olhar pro próprio rabo.

          • Acho muito legais os projetos dele. Pena que ele nunca projetou para seres humanos.

            E era um dos comunistas mais ricos de que tenho noticia.

            • Ando vendo comentários muito amorosos quanto as obras dele, que fazem merecer um belo destaque em termos de SUIÇA. Merece furar a fila e passar a frente do Huck – o homem verde-amarelo.

  • nunca gostei de santinho e imagem de jesus etc. na casa dos meus avós tem muitos, em todas as paredes. pra onde quer que você olhe tem santo com aquela carinha de bovino sofredor. quando era criança e os visitava, pintava chifre e bigodinho em todas as imagens de santa que via pela frente, até hoje tem umas com bigode que passaram despercebidas *orgulho

  • Eu não gosto de cruz e nem imagem nenhuma…
    A cruz em si sozinha já é o suficiente para lembrar do significado dela….

    Agora… não acredito que os católicos quando olham a cristo na cruz e colocam na sala vejam com os mesmos que você. Porque mais que olhar o sangue, eles provavelmente olham o simbolo de alguém que morreu por eles e, esta é uma forma de mostrar que se sentem protegidos…

    Eu quando vejo uma imagem na cruz, nao olho para o sangue e nem na forma de tortura porque não tenho uma visão racional sobre Cristo. Quando vejo a imagem, vejo a Cristo que morreu e sofreu pelos pecados do mundo. Quando um cristão olha a uma imagem, geralmente ele vê mais além dos que os olhos basicamente podem ver…

    • A cruz em si também me parece horripilante, ela é um instrumento de tortura!

      Mesmo vendo essa imagem que você descreveu, de pessoa que morreu e se sacrificou pelos outros, me parece horripilante. Tanto a imagem como algum prazer em se apegar a essa dinâmica de “alguém se fodeu por mim, vou ser grato”. Um horror.

  • Desde criança eu tinha pavor de ver essa imagem, nunca gostei e achava rídiculo as pessoas colocarem isso no pescoço e nas suas casas e olha que cresci nesse meio.

    • Acho totalmente compreensível que isso assuste uma criança e acho um horror que a exposição excessiva faça com que ao longo do tempo crianças parem de se chocar com um homem todo arrebentado atrelado a um instrumento de tortura.

  • “Já vi gente defendendo que esta morte sofrida deve ser ostentada porque foi uma realidade e a realidade deve ser mostrada. Pausa para rir.” Ri junto! hahaha!

  • Primeiro q o fulano nem existiu, apenas uma lenda. Segundo q seria desrespeito ficar mostrando como ele morreu. Se ele tivesse sido estuprado, geral ia andar com um penis no pescoco.

  • Ainda não esquadrinhei meu cérebro para saber porque diabos(ops!) fiz a relação com o filme O Nome da Rosa, onde o sorriso, a alegria eram demonizados pelo absurdo povaréu da igreja. Por que não há uma só imagem de JC sorrindo,por que o sofrimento é o único caminho para alcançar o paraíso, por que a felicidade não é deste mundo, por que? por que? por que? Tem mais a ver com essa tal de culpa, instrumento prefeito para manipular mentes e corações, porque matar um ser tão perfeito só nos mostra quão reles somos nós e como precisamos dos representantes de Deus para nos redimirmos e mantermo-nos no caminho da nossa salvação, com o adendo de que só há um caminho. Fosse a imagem de JC sorrindo o populacho não seria tão facilmente manipulável, afinal dor e sofrimento calam mais fundo,não? Sempre perguntei, mas nunca tive uma resposta convincente: por que o sofrimento é a tônica quando se fala de JC, quando ele também exaltou a alegria, a festa, pois seu primeiro milagre foi numa casamento, transformando água em vinho, mas festa não é para este mundo, temos mais é que penar e nos agarrarmos a quem tem a tábua da nossa salvação, por séculos e séculos, amém! igreja, no contexto da época de JC era uma reunião de pessoas com o mesmo propósito, o de fazerem um contraponto à barbárie ética, moral daqueles tempos, depois foi que uns espertalhões descobriram que podiam ter algum ganho e cagaram a porra toda.

    • A Igreja Católica funciona assim, com base na culpa e medo, na glorificação do sofrimento. Porque funciona assim? Porque é uma mecanismo para acalmar quem está na merda: “veja, você está na merda, está pobre, está fodido mas isso é BOM, porque sofrimento dignifica, ELE sofreu por nós, ELE foi crucificado, não reclame do seu sofrimento” e nessa a Igreja enriquecia e os populares sofriam calados. Alguns sofrem até hoje.

  • Sei lá…se sua mãe ficou 18 horas em trabalho de parto pra você nascer de parto normal você vai ostentar uma imagem dela acabada, com as pernas abertas gritando de dor ao te parir pra mostrar o quanto é grato pelo sacrifício que ela fez por você e por ter te dado a vida? Respeito quem acredita e glorifica mas pode demonstrar sua admiração ou gratificação usando uma imagem melhor, algum outro símbolo…Se você acredita realmente você precisa ser “lembrado” a toda hora do que aconteceu pra fortalecer sua fé?

    Mas infelizmente é exatamente como o Phill disse, pra eles isso é SAGRADO. Não importa O QUE é e sim que é sagrado então tem que admirar, gostar, achar bonito e ponto final.

  • Sally realmente vc acertou em cheio , as pessoas nunca pararam para analizar isso pela sua visão ,porque desde pequena e se acostumaram com aquilo, nunca parou para pensar naquilo ,fico imaginando é como um homofóbico se fosse uma criança adotada por um casal gay acharia normalissimo pessoas do mesmo sexo se relacionarem ,acha estranho nojento ,porque não conhece aquilo e por aí vai…
    Realmente e infelizmente tem pessoas que vem com normalidade o sofrimento e pregam aos quatro ventos o quanto sofrem ,como se isso fosse heróico e benéfico .Eu penso que se alguem sofre muito e não está em si sair desse sofrimento que sofra calado ,pq eu acho sofrer e propagar o sofrimento fraqueza e quem se benefecia de sofrimeno alheio é pilantra.As pessoas ostentam essa imagem e criticam os programas sensacionalistas ou quem gosta de ver tragedias ,isso me remete a uma fábula em que um chines levou ao tumulo de um ente querido um potinho com arroz e uma pessoa que havia depositado flores no jazigo ao lado chegou nele e perguntou se ele acreditava que o parente levantaria para comer o arroz ,ao que o chines respondeu de bate pronto que sim na mesma hr q aquele q recebia flores se levantaria para cheira-las, nessa fabula fica clara a ignorancia, as pessoas criticam o que elas mesmas fazem.É como dizem aqui no interior olha pro rabo do outro sentado num muito maior.

    • Será que essas pessoas que passaram a vida toda anestesiadas pelo costume de olhar todos os dias para essa imagem horrenda conseguem revê-la com outros olhos? Será que conseguem perceber o quão grotesco isso é?

      • Creio que sim a nao ser que sejam muito alienadas.O texto é legal pq não tenta induzir ninguem a nada ,só mostra as coisas como elas são.De modo que se a pessoa não for alienada com certeza reverá seus conceitos.

    • Certamente as pessoas andariam não apenas com a cadeira no pescoço, como muitos ainda usariam a cadeira com ele agonizando em cima dela, tipo olhos esbugalhados

  • Sally entendo o seu ponto de vista apesar de não compartilhar da mesma opinião que você.
    Pessoas que usam um crucifixo seja na sala, no peito ou em forma de tatuagem não o fazem para sustentar a dor, o sofrimento ou o sangue, mas sim como forma de louvor aquele que deu a vida por eles. JC não seria a lenda viva que é até hoje sem a parte da crucificação. Trata-se de uma forma de mostrar o quanto somos “gratos” por quem se entregou de forma tão intensa por nós. E ainda para os que têm a fé viva: “se você acha a sua vida ruim, olha a vida que ele levou”.

    • É muito triste pensar assim. Quero dizer, se quer louvar alguém pelo que a pessoa fez, ok. Mas precisa ficar olhando para a cena da pessoa em agonia para dar valor à sua vida e ao que tem? Precisa ser essa coisa seminu ensanguentado? É de péssimo gosto e eu acho uma forma de intimidação social: NÃO RECLAME, sua vida poderia ser pior. Isso induz o conformismo…

      • E a ideia é justo essa. Alimentar o conformismo no intento de minimizar eventuais distensões sociais e assim manter o conveniente status quo.

        Quando querem te sujeitar ao “politicamente correto” na linha de condicionar o seu posicionamentro dentro de uma linha maquineista, se tem o mesmo objetivo.

    • “não o fazem para sustentar a dor, o sofrimento ou o sangue”… ““se você acha a sua vida ruim, olha a vida que ele levou”. Então é para sustentar dor e sofrimento SIM. Sério, se esse homem é lembrado por causa de uma tortura dessas, então seus ensinamentos não devem ser tão importantes assim né?!

      “se entregou de forma tão intensa por nós”. Por nós QUEM? Quando isso aconteceu, o povo das Américas, Ásia, África, enfim, o resto do mundo estava peidando para o que estava acontecendo com JC. Se não fossem as colonizações (mais de mil anos depois), o mundo continuaria a viver sem saber quem foi JC (e ainda estaria melhor).

      E na Igreja Católica, qualquer imagem é de sofrimento. Pode reparar. Todos os santos com aquela cara de tristeza eterna. Essa gente prega o sofrimento como algo divino!

      Só mais uma coisinha: uma porrada de gente morria crucificada naquela época. Era rotina. Não sei porque a crucificação de JC é tão mais importante que as outras. Ele foi revolucionário para a época? Ok. Mas morreu de uma forma comum.

  • Sabe aquela coisa de toda mãe achar seu filho bonito? É mais ou menos por aí.
    Se você colocar ali o rosto do Brad Pitt, automaticamente vão achar feio.

      • O seu filho pode ser todo torto, mas é o seu filho. Normalmente você o achará bonito.
        Mude um pouquinho a fuça dele, a ponto de não mais caracterizar seu filho e você perde o bloqueio mental. Verá apenas uma pessoa toda torta e achará feia.

            • Eu entendi, o que quero dizer é que as pessoas não tem qualquer vínculo com JC que as faça olha para ele cobertas por esse manto de cegueira que uma mãe tem com um filho.

              • As pessoas têm um vínculo afetivo e de adoração com aquela imagem. Por isso não percebem o quão horrível ela é.
                Já viu aquelas em tamanho gigante nas igrejas? Já vi umas ricas em detalhes…

                • vínculo afetivo? sério mesmo? achei que elas apenas estavam acostumadas com aquilo…

                  Eu nunca vi uma gigante não, mas fiquei curiosa. Se achar uma dessa rica em detalhes no Google posta aqui!

  • Realmente, vou olhar para crucifixos de outra forma agora. Confesso que nunca havia parado para pensar nisso e muito menos por esse ponto de vista (também nunca fui de ficar analisando imagens religiosas de nenhuma espécie pois nunca foi algo que me agradou). Agora vou atrás de um apenas para olhar melhor.

  • Grande problema, tia Sally. Ninguém, ou pelo menos quase ninguém, que seja religioso vai conseguir olhar para um Jesus sangrando e de fralda como olharia para qualquer outra cena de tortura e pesar. Infelizmente, as pessoas quando olham para o crucifixo não relacionam aquilo com uma cena de tortura e dor; para os religiosos, aquilo é um símbolo de fé. E, como todo bom religioso, “fé não se discute e aquilo é sagrado e como você pode falar uma coisa dessas??? Aquela é uma imagem SANTA!” e por aí vai. A mente dessas pessoas, tia Sally, é BLOQUEADA, é 100% de lavagem cerebral, elas são condicionadas a tratar coisas relacionadas a religião diferentemente de outras quaisquer. Não adianta tentar racionalizar; se fosse simples assim, eles não seriam religiosos.

    Eu já desisti. Porém, se eu não tivesse asco de cenas assim, até poderia trollar um ou outro católico com a figura de outro homem fodido num outro equipamento de tortura. Infelizmente, com a de Jesus fodido eu já me acostumei…

    • Poxa… uma pessoa sangrando presa a um instrumento de tortura desfalecendo é a visualização da FÉ?

      Essa fé eu não quero ter não!

      • Lavagem cerebral continuada durante séculos, do primêiro mês de vida até o último, é uma coisa poderosa e assustadora.

        Saindo do foco, no filme do Kung Pow, tem uma sátira bem bacana e sutil com esse tipo de lavagem cerebral. Os mestres do templo treinam um dos personagens hiper-secundários errado desde criancinha, só de sacanagem, para ele pensar que quanto mais ele apanha, mais perto ele está de ganhar. Hahaha. Vi há muito tempo, mas até hoje me lembro…

          • Haha, é um dos poucos filmes que até mesmo ver dublado a qualidade é a mesma… é um dos filmes mais engraçados que eu já vi. Da primeira cena, com a moça jogando o bebezinho morro abaixo, até a mulher de um seio só e as profecias bizonhas e sem coerência nenhuma…

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