Desfavor Explica: Déjà Vu.

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Você sabe o que é DÉJÀ VU? Deve saber, mas talvez não esteja ligando o “nome à pessoa”. Déjà vu é uma expressão de origem francesa (se pronuncia “dejavi”) que significa mais ou menos já ter visto aquilo antes (já visto). Não, o déjà vu não é uma falha da Matrix, saia de casa e vá malhar um pouco, seu nerd! Não espere teorias nerds, hoje é dia de Sally, bebê!

Ter um déjà vu significa experimentar uma sensação de já ter vivido aquilo anteriormente. Por exemplo, você vai a um lugar que nunca foi, conversa com uma pessoa sobre um assunto que nunca havia conversado antes ou vê um filme que nunca havia visto e do nada, surge aquela sensação de familiaridade, de já ter passado por aquilo, de repetição surge. Quando o déjà vu é muito forte, a pessoa chega a ter a sensação de que consegue prever ou antever os próximos passos do interlocutor, por já ter vivenciado isso antes. Os mais descontrolados começam a achar que tem mediunidade.

Se você nunca teve um déjà vu, é muito difícil explicar a sensação, mas eu vou tentar. Sabe quando você sente um cheiro e lembra automaticamente, em uma fração de segundos, de algo ou alguém? Pode ser da casa da sua avó, da sua infância ou de um ex-namorado. O fato é que a lembrança pipoca na sua mente quase que instantaneamente com o cheiro (memória olfativa), de forma incontrolável, trazendo uma sensação de familiaridade e reconhecimento. Pois é, o déjà vu é isso, só que em vez de te lembrar algo ou alguém faz surgir uma forte sensação de que você já viveu isso antes, como se aquele momento estivesse se repetindo na sua vida, exatamente igual, pela segunda vez.

Geralmente dura uma fração de segundos, é um instante. A ponto de depois você se perguntar se aquilo realmente aconteceu. Quando o déjà vu acaba, tudo volta a ficar desconhecido novamente. É quase que um “flash de mediunidade”, só que de mediunidade não tem nada, existem explicações muito mais coerentes. Sim, a ciência está estudando e tentando explicar os déjà vus e já tem boas teorias.

Daí você deve estar se perguntando: “Mas Sally, como pode a ciência estudar um fenômeno tão aleatório que ocorre raramente?”. O comum é que ocorra raramente, mas em algumas pessoas o déjà vu ocorre com muita frequência. Existem diversos casos registrados e estudados (o mais famoso parece ser o de Morton Leeds, nos EUA, para quem quiser pesquisar mais) de pessoas que tem déjà vus quase que diários. Estas pessoas tornam possível um estudo do fenômeno, basta estuda-las e tentar entender o que se passa em seus cérebros.

Logicamente não há conclusões absolutas, afinal, em matéria de ser humano, quase nada é absoluto. Mas há bons indicativos que bastam para que a pessoa que tenha um déjà vu não se sinta maluca, iluminada, especial ou comece a achar que tem um ser imaginário tentando se comunicar com ela. Lógico que uma explicação científica não faz a pessoa se sentir especial, então, muitos contestarão. Mas se você tem um cérebro, vai ver que o que a ciência diz faz sentido.

A primeira constatação foi que este fenômeno acontece com maior frequência entre pessoas que estão sob forte estresse, não necessariamente naquele momento do déjà vu, mas durante aquele período da vida. O estresse é tido como um fator desencadeante de déjà vu. Pode reparar, mesmo entre nós reles mortais que temos um a cada ano, geralmente ocorre em períodos estressantes. Até bem pouco tempo, a única afirmativa consistente era essa: a relação com o estresse.

Porém, com o advento de exames de imagem foi possível compreender melhor o que acontece com o cérebro de quem tem um déjà vu. Vamos para uma explicação beeem normal e acima da média: nosso cérebro se divide em diferentes áreas, cada uma com uma função. Uma dessas partes se chama “lobo temporal” (fica na região lateral da sua cabeça, atrás das orelhas) e uma de suas funções é cuidar da formação da memória, ou seja, pegar eventos vivenciados e armazenar, arquivar na categoria “eu já fiz isso”. Para que uma memória se fixe no nosso cérebro ela passa por vários estágios.

Tem a memória imediata, aquela que é quase que descartável. Sabe quando alguém te fala um numero de celular e você memoriza pelos próximos dez segundos só para ter tempo de colocar na sua agenda? Pois é. Se a informação for um pouco mais importante ou relevante, ela pode ser promovida e entrar na memória a curto prazo, que são as lembranças daquilo que aconteceu nas últimas horas ou no último dia (o que você almoçou hoje, o que viu na TV ontem, etc). Agora se for algo que mereça importância máxima, a informação pode ser promovida ao topo dos topos: a memória a longo prazo, aquela que dura anos ou até mesmo a vida toda (andar de bicicleta, falar um outro idioma, etc).

Quando se decide que ela é importante o bastante para isso, ela é armazenada no Lobo Temporal e vira memória a longo prazo. A gente sabe, dependendo do tipo de lembrança, se se trata de uma memória imediata, de curto prazo ou de longo prazo, porque a sensação que cada uma delas nos provoca é diferente. Talvez você não perceba como faz para saber, mas te garanto que você sabe se é uma memória a curto ou a longo prazo.

Pois bem, em exames de imagem, salvo engano tomografias, foi constatado que pessoas com déjà vus muito frequentes tem um defeitinho nesta parte do cérebro responsável pela formação da memória de longo prazo, o Lobo Frontal. Graças a essa anomalia, uma memória imediata ou de curto prazo é jogada no mesmo saco das memórias de longo prazo, muitas vezes em tempo real com o acontecimento.

À medida que o fato está acontecendo ele já é armazenado em tempo real como uma memória a longo prazo, gerando a sensação também em tempo real de que aquilo é uma memória antiga e não um fato que acabou de acontecer. Graças a esse pequeno defeito de funcionamento cerebral a pessoa não consegue distinguir o que é atual, pois o cérebro a engana transmitindo um sinal inequívoco de que aquilo é uma memória de longo prazo.

Existem casos severos, onde o paciente sente estar em constante déjà vu. Ele diz poder prever tudo que ia acontecer. Logo depois que acontece algo ele diz que já sabia, porém quando você o coloca em uma sala isolada com lápis e papel e lhe pede para efetuar previsões ele erra tudo. Se déjà vu fosse mediunidade, todo mundo que experimenta essa sensação ganharia na Mega-Sena. Entretanto, na hora de “prever o futuro” as pessoas falham terrivelmente.

Ele não tem mediunidade alguma, não pode prever nada, o que ele tem é a SENSAÇÃO de que já sabia porque seu cérebro teve um bug e armazenou uma coisa atual como se fosse uma memória, em tempo real. Já saber que ia acontecer DEPOIS que a coisa acontece não é mediunidade, é apenas a sua mente acessando lembranças na mesma fração de segundos em que elas são gravadas.

Em pessoas normais, o estresse pode desencadear essa falta de timing do Lobo Temporal eventualmente, depois ele volta a funcionar bem. Em pessoas com alguma anomalia ou atrofia, a sensação costuma ser muito mais frequente ou até mesmo permanente. Também se trabalha com a hipótese de outros fatores (externos e internos) além do estresse provocarem alterações funcionais da região do cérebro responsável pela memória, causando esse erro de processamento, fatores como privação de sono e até mesmo alguns tipos de inflamações.

Então, por mais que a pessoa adore a ideia de se sentir “escolhida”, “abençoada” ou com algum “dom mediúnico”, déjà vu não tem nada a ver com espiritualidade, vidas passadas ou previsão de futuro. Déjà vu é um erro no processamento e armazenamento da nossa memória. É um bug cerebral, só isso. Talvez esta explicação não seja tão atraente como as outras que mistificam o evento, mas é muito mais racional.

Mas esta não é a única explicação possível para o déjà vu. Além do bug cerebral existe outra hipótese: a do seu cérebro estar funcionando perfeitamente bem e o erro ser seu, falha humana. Isso mesmo, nem sempre o problema é cerebral, pode ser fruto da nossa mente também. Veja bem, não se trata de mentira, a pessoa de fato acredita naquilo, é a mente trollando seu dono. Isso é mais comum do que a gente imagina. Nosso maior troll é a nossa mente.

Muitas vezes nós vemos coisas que não registramos conscientemente, mas o registro está feito em algum lugar, mesmo sem que a gente perceba. Depois, quando essa coisa, lugar ou situação nos é apresentada novamente e prestamos atenção nela, temos a sensação de já ter visto com uma certeza falsa de que nunca vimos aquilo antes. Vimos sim, só não prestamos atenção o suficiente para lembrar que já vimos. Esta tese foi testada e psicólogos conseguiram induzir déjà vus em diversos voluntários. Não é porque você não lembra que viu que de fato nunca viu. Seu inconsciente já viu, se você não estava prestando atenção, problema seu.

Um experimento envolvendo hipnose confirmou esta teoria, que, diga-se de passagem, não é excludente da teoria do bug cerebral, são apenas duas hipóteses diferentes e válidas que acredita-se, sejam capazes de gerar um déjà vu. Pacientes foram apresentados a algumas palavras comuns e depois foram hipnotizados. Durante a hipnose, foram sugestionados a acreditar que palavras mostradas em uma moldura vermelha trariam sentimento de familiaridade.

Retirados do transe hipnótico, várias palavras foram apresentadas em moldura de várias cores e boa parte dos voluntários narrou ter sentido uma sensação de familiaridade com as palavras apresentadas na moldura vermelha, ou seja, em algum canto inconsciente ficou um registro de indução a uma familiaridade que não existia e isso veio à tona mais tarde. É possível, de alguma forma, incutir em alguém uma familiaridade artificial. Mas não contem isso para o Somir, se não ele vai usar contra crianças para vender produtos infantis.

Quer fabricar um déjà vu nesse esquema de “viu mas não lembra que viu”? Junte um grupo de pessoas e monte um desafio. Um exemplo imaginário: você mostra fotos de vários lugares com um Wally escondido e diz que quem achar o Wally primeiro ganha cem reais. As pessoas vão focar sua busca no Wally feito umas desesperadas (não tá fácil para ninguém, cem conto é super bem vindo) sem reparar no contexto global dos cenários. Buscarão apenas pelo Wally, de forma setorizada.

Daí uns meses depois você mostra outras fotos daqueles mesmos lugares onde você escondeu o Wally, de outros ângulos, e pergunta para elas se elas conhecem esse lugar. Muitas vão te dizer que conhecem, que sentem que já estiveram lá, que tem algum registro do local. Déjà vu induzido. De fato a pessoa já viu esse lugar, mas não lembra que o viu por causa do contexto dentro do qual o viu: ela estava preocupada demais com o Wally. Dá até para ganhar um dinheirinho: A Sagrada Igreja do Déjà Vu Divino: só os abençoados com o dom podem entrar. Passa a sacolinha!

O Déjà vu é dividido em subcategorias, conforme o estímulo que desperta a sensação de familiaridade. O mais comum é o visual: uma cena, uma paisagem, uma imagem. Porém existem outros estímulos capazes de desencadear esta sensação, como por exemplo, a sensação de sentimentos repetidos, de já ter sentido aquilo.

O déjà vu mais comum costuma estar associado ao reconhecimento de locais nos quais a pessoa tem a certeza que jamais esteve antes. A ciência explica esse tipo específico de déjà vu com mais uma teoria. Seria uma confusão cerebral por causa da disposição dos objetos ou configuração do cenário: locais arrumados com o mesmo padrão de simetria causam ao cérebro sensação de familiaridade, por mais que a decoração e localização sejam diferentes. Seria quase que uma ilusão de ótica. Vários experimentos indicam que de fato esta teoria procede.

Para fechar, porque né, quarta página, existe um fenômeno raro ligado ao déjà vu, que na verdade, é o oposto dele: o jamais vu (algo como “nunca visto”). É a sensação de nunca ter visto nada parecido com aquilo quando se sabe claramente de forma racional que aquilo já foi vivenciado. Quem já passou por ambos diz que o jamais vu é muito pior, pois é assustador sentir sua mente falhando de forma grosseira. Costuma estar associado a algum grau de amnésia, geralmente causada por problemas neurológicos como epilepsia. O cérebro apaga (ainda que de forma temporária) ou bloqueia o acesso a uma memória que a pessoa sabe que tem (ou deveria ter), causando um profundo estranhamento e medo.

Que fique claro: estas são as explicações mais aceitas até a presente data, mas nada excluí que eventualmente existam outras. É perfeitamente possível que exista mais de uma causa para um déjà vu e uma causa não invalida a outra. Provavelmente a ciência ainda descobrirá outros motivos, pois o cérebro humano e seu funcionamento são mais complexos do que a gente imagina, mas uma coisa é certa: o déjà vu não tem nada de sobrenatural, de religioso ou de místico. Lamento muito por aqueles que se achavam especiais, você não é médium, seu cérebro é que está dando pau mesmo.

Para ameaçar apagar o Desfavor porque eu questionei a mediunidade de alguém, para se chatear porque a vida inteira você pronunciou “dêjavu” e agora descobriu que está errado ou ainda para contar sua experiência de déjà vu: sally@desfavor.com

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Comments (84)

    • A ciência não explica. Há quem diga que mentes em sintonia podem desenvolver algum tipo de telepatia, há quem diga que são lembranças do inconsciente coletivo… Há muitas teorias, mas nada provado.

  • Nunca achei que fosse médium, mas fiquei muito #chatiada por talvez ter um cérebro com bug. :(
    Sou igual ao colega de baixo: também costumo ter essa sensação de estar no mesmo local, fazendo a mesma coisa, do mesmo jeito. Até minha mente me trolla.

    • Andrea, não fica triste não, é um bug temporário, depois tudo volta a funcionar direitinho. Todos nós temos bugs mentais de tempos em tempos. Alguns de nós, tipo o Somir, até vivem constantemente em um bug mental chamado Somirlândia.

  • Sally querida!! vc é demais.
    Ontem mesmo tive um deja vu e conversando com meu marido cheguei a conclusao que ultimamente tenho tido com mais frequencia.
    mês passado tive duas vezes.
    esse mês aconteceu ontem.
    é insano vc parar de falar de repente e ficar analisando a cena como em “Efeito Borboleta”
    e mais insano ainda é o marido dizendo: “vc precisa ir ao médico” hahahahahaha
    Sério, eu sou vítima desses episódios desde cça e já fiz até tomografia.
    Tenho mesmo um pequeno lapso na parte responsável pela memória.
    Tanto que eu acabei de criar uma nova senha pro meu e mail tem 5 minutos e ja nao me lembro mais.
    Minha vida gira em torno de agendas, post its e recados na porta da geladeira….
    Achei maravilhoso seu texto, pq ter deja vus é “normal”e em alguma época da sua vida vc terá, se ainda não teve.
    Tem gente ignorante que acha que a pessoa é doida, ta inventando a sensação ou que isso não existe, é coisa da cabeça. Realmente, é coisa da cabeça!!
    Obrigada, Sally.
    Me sinto muito bem depois de ler seu texto e saber que uma pessoa tao inteligente como vc entende que isso é real.
    Aliás, eu acho que já li esse artigo antes…..vc publicou ele anteriormente em algum outro lugar???
    hahahahahahaha
    Bjinhos**

    • É que esse povo tem a mania de desacreditar ou desvalorizar tudo aquilo que não conhece ou não compreende: “Eu sou tão foda que se EU nunca ouvi falar em déjà vu, é porque isso não existe”. Me poupe! Impressionante, quanto mais ignorante a pessoa é, mais ela acha que sabe tudo!

      obs: Eu não sou inteligente, eu sou esforçadinha

            • Eu não… quem quiser minha opinião que resuma as coisas para mim aqui nos comentários. No meu trabalho não posso clicar em quase nenhum link

              • kkkkkkkkkkkkkkkkkkk é o seguinte, vamos ver se eu consigo te explicar: A tal página é administrada por um doente, que faz memes incitando as pessoas ao estupro de deficientes, de cças, incesto, diz pras pessoas “comerem” os filhos, que os bbes são melhores pq são apertadinhos. Fala que devemos colocar fogo nas pessoas, nos andarilhos, nos cadeirantes, diz pra cometermos assassinatos com métodos cruéis, pra bater em gays, em negros, etc etc etc. Olha só, é tanta atrocidade que eu comecei a ler e fiquei com vontade de fazer com ele o que ele diz na página. Diante do movimento para denuncia-lo, onde o facebook alega que nenhum post dele vai contra a política (mas mulher amamentando pro facebook é pornografia) o pessoal começou a sugerir que as denúncias fossem feitas na PF, Direitos Humanos, no Site de Crimes na Internet, Ministério Público e etc. O dono da página lança ameaças, dizendo que vai rastrear o IP de cada denunciante e expor na rede todos os dados da pessoa, o que ele já fez segundo alguns, colocando no ar endereço, telefone celular, do emprego, rg, cpf, etc de algumas pessoas. Ele diz que ele paga ao facebook e que ele sustenta o facebook, por isso a página dele jamais será excluída. E aí, deu pra entender?
                Se mais alguém ta por dentro, me ajuda a clarear as idéias da Sally!! hahahaha

                  • Não posso clicar em nenhum link, infelizmente se quiserem que eu opine sobre algo tem que resumir para mim nos comentários…

                  • Olha só, Sally…. mesmo que seja brincadeira, ele comete crime.
                    Incitar as pessoas a cometer crimes, barbaridades, como ele faz é crime.
                    Dizer que “puteiro é para os fracos. Meu negócio é a creche” (sic) é demais pra qualquer pessoa normal.
                    Achar que o que ele posta é humor só pode ser gente de mente doente como a dele……
                    Vc bem sabe quanta gente fraca das idéias existem vagando por aí e sendo condicionadas a fazer merda…hahahahahahhaa
                    Espero que alguém mais tente resumir pra vc, eu tentei…hihihi

                    • Nesse caso, sua crítica deve se estender ao Desfavor, pois não tem nem uma semana que estavamos pedindo aos berros que matem a Claudia Leite…

      • “Sally disse:
        10/01/2013 às 22:11
        Nesse caso, sua crítica deve se estender ao Desfavor, pois não tem nem uma semana que estavamos pedindo aos berros que matem a Claudia Leite…”

        Bem diferente, Sally!!
        Isso é humor, pode até ser negro, mas é humor…hahahahahahhahahahahaa
        E quando nós pedimos pra matar a Claudia Leite?!?!
        Não me lembro disso não…. (aquele probleminha de memória, sabe?…)

        • Errrr… olha, eu gostaria que dessem um tiro nela de verdade. Porque ninguém está acreditando em mim?

          (foi na postagem sobre a minissérie “O Canto da Sereia”)

          • kkkkkkkkkkkkkkkkkk Ok Sally…. tive um bug de memória….ironia é um defeito, Sally? As pessoas que me rodeiam dizem que tenho um defeito muito feio….ironia….. hihihihihi

  • Que eu me lembre já tive deja vu e talvez vu, deja vu de ir em algum lugar e achar que já teria ido antes e talvez vu quando eu conheço uma pessoa e acho que talvez já tenha conhecido, mas de repente já vi mesmo a pessoa na rua ou conhecia de vista, assim não vale.

  • Sally,

    Esses dias vagando pela internet vi um texto sobre Pareidolia. Numa idéia mega superficial seria o nosso cérebro “inventar” formas em algumas coisas. Como os desenhos nas nuvens, imagens de santos em janelas.

    Uma imagem que me fez rir muito quando li sobre isto foi a do cú de um cachorro onde se podia acreditar estar vendo a imagem de gzuis godzilla.

    Seria legal um Desfavor Explica.

    Por favorzinho…

  • A explicação que eu gosto mais é a da mente trolladora, a que diz que a sensação vem porque realmente já vivenciamos aquilo mas não estávamos prestando atenção no momento. Já tinha lido essa em outro lugar e pra mim parece a mais plausível, junto com a do “defeitinho” no lobo temporal.

    Sally, você acredita na teoria das vidas passadas? Aliás, esse tema já foi abordado aqui no blog? Procurei um pouco e não achei.

    • Não acredito não. Já falamos indiretamente chamando Chico Xavier de esquizofrênico no Processa Eu e metendo o cacete no espiritismo em várias ocasiões, mas que eu me lembre um texto só sobre o assunto não tem…

      Já reparou que todo mundo foi rei, rainha, nobre ou coisa importante em vidas passadas? Esse tipo de bobagem faz gente sem autoestima se sentir super especial…

      • “Já reparou que todo mundo foi rei, rainha, nobre ou coisa importante em vidas passadas? Esse tipo de bobagem faz gente sem autoestima se sentir super especial…”

        Isso se resolve fácil: é só dizer pra essas pessoas que elas reencarnaram agora pra se foder como punição pelo que fizeram de mal nessas “vidas passadas”. Não sou hinduísta, mas, a julgar pela quantidade de merda que essa gente faz hoje, a tendência é que, se esse negócio de “promoções” e “rebaixamentos” a cada reencarnação realmente existir, vai ter muito fulano por aí voltando ao mundo no futuro como inseto, ameba ou coisa pior…

        • Salvo engano, os espíritas alegam que não é possível reencarnar para pior… Mesmo assim, um desfavor esse argumento de que você está se fodendo porque fez uma merda na vida passada da qual você nem lembra. É terrivelmente injusto, não sei como alguém pode aceitar esse tipo de “punição”. Essa porra gera conformismo social.

          • Então Hitler, Stalin, Oscar Niemeyer, Madre Tereza, enfim, tantas pessoas que dedicaram a vida a cometer atrocidades, não encarnariam para pior?

            • Quando os espiritas dizem que não pode vir “pior” querem dizer em relação a espécie, não pode vir como um animal, tipo macaco, cachorro, ou reinos menos “complexos”. Mas provavelmente viriam com uma vida de merda, pra pagar pelos erros. Mantêm o sapiens, fode todo o resto. Seria mais ou menos isso.

          • Ha He Hi Ho Hugo

            Eu acho este um dos grandes erros do espiritismo: O que define vc sendo vc? Acredito que sua mente; suas lembranças, suas experiencias que formaram como vc é hoje e como pensa. Se transferissem sua mente para outra pessoa ou coisa, aquilo seria vc ainda.

            Se vc esquece tudo o que fez e passou, vc não é mais a mesma pessoa. Então qual o sentido da reencarnação?

      • Um cara jurou certa vez que a minha esposa foi Joana d’Arc na outra encarnação. Só que nessa mesma encarnação, já conheci pelo menos umas cinco que já foram diagnosticadas como essa personagem. Fazendo um exercício rápido de estatística, talvez devam existir milhões de mulheres que foram queimadas naquela fogueira, num mesmo corpo.
        Que coisa, não?

          • Sim, sempre achei no mínimo injusto a gente pagar por erros que nem mesmo nos lembramos de tê-los cometido. Nunca engoli muito essa história mas na época em que eu acreditava em reencarnação eu achava que o problema era comigo, que eu que não entendia a “filosofia” espírita.

  • Na faculdade uma das teorias que eu aprendi na disciplina de neurologia era que a mesma informação passava duas vezes pelo neuronio, causando essa sensação de familiaridade. Mas era só uma teoria, as que voce postou fazem muito sentido.

    eu ja tive esse jamais vu, meu namorado e uma amiga me perguntaram algo que eles juraram de pés juntos que conversamos por horas a respeito, e eu simplesmente nao conseguia lembrar informação alguma a respeito dessa conversa, por mais que eu tentasse, pedisse pra eles me falarem do que se tratava, eu não conseguia encontrar essa informação.
    E olha que eu sou o tipo de pessoa que fala uma citação e lembra até o capítulo do livro em que ela se encontra.
    No inicio eu achei que eles estavam me trollando, depois senti muito medo e suspeitei até estar doente. É realmente uma sensação terrível (ao contrário do deja vu, que costuma ser até agradável)

    • Essa teoria também faz sentido… talvez todas provoquem déjà vu!

      O Jamais Vu deve mesmo provocar uma sensação de pavor, medo do cérebro estar pifando, de estar com alguma doença degenerativa… sei lá, eu ficaria aterrorizada. Foi só uma vez?

      • Foi só uma vez…ainda bem!

        Sally, queria te contar outra coisa, ja aconteceu 3 vezes.

        Há uns cinco anos atrás eu acordei de um sonho dizendo pro meu namorado na época: “que louco, sonhei que minha prima fulana tava grávida, hahaha, magina, logo ela…”
        2 dias depois minha tia me liga me falando que minha prima estava grávida.

        Há uns anos atrás eu sonhei que um namorado me traía, sonhei inclusive com o nome da garota, o acordei na hora e perguntei “amor, quem é beltrana?” e ele me disse que nao conhecia ninguém com esse nome. Não falei pra ele do conteúdo do sonho nem nada. Um ano depois desse episódio, ele me confessou que tinha tido um “caso virtual” com essa beltrana (alguém que eu não conhecia, nunca tinha ouvido falar!). E ele sequer sabia do conteúdo do meu sonho, então obviamente não foi sugestionado por ele.

        E ano passado, não foi um sonho, foi um insight, eu me encontrei com a minha melhor amiga e disse ‘olha fulana, toma cuidado, porque você vai engravidar em breve, e é tudo que seu namorado mais quer…’ e ela disse “imagina!”
        bem, 15 dias depois ela recebeu a confirmação da gravidez.

        De todos esses casos o unico que eu posso ver alguma explicação é o caso da minha amiga, porque na ocasião do meu aviso, ela provavelmente ja estava grávida e apenas não sabia. E eu devo ter sentido essa mudança na energia dela. (eu sou mega sensível a qualquer mudança energética)

        Os outros dois casos um amigo me disse que pode ser uma espécie de “acesso” ao inconsciente coletivo, onde eu pude obter essas informações de forma simbolicas e interpreta-las nos meus sonhos. Mas sei lá, é meio terrível porque as vezes meus sonhos são catastroficos e eu odeio pensar que algum deles pode se tornar realidade…

        • Acredito que fragmentos de informação entraram no seu inconsciente sem que você perceba: uma palavra pela qual você passou os olhos rapidamente em um e-mail aberto no computador de alguém, um pedaço de uma conversa que ouviu sem prestar atenção e tantas pequenas coisas que a gente vê e ouve sem saber que está vendo ou ouvindo… daí o inconsciente vai juntando o material e decodificando, depois manda a mensagem para você na forma de sonho, como se fosse uma faxina mental.

          Não sei se essa teoria procede, é apenas o que eu acho.

          • Acredito que essa teoria procede. E não é por isso que ela perde a sua importância e magnitude. Sonhos trazem informações que muitas vezes não damos conta de perceber sozinhos, acho fantástica essa faxina mental. Tive uma professora na época da faculdade que dizia que a pessoa não precisa fazer terapia junguiana, e nem ficar bitolado nesse tema, mas sonhos são presentes que o inconsciente nos dá para ampliarmos nossa consciência. É uma maneira da pessoa estar conectada consigo mesma e mais atenta às suas próprias questões.

            • Adorei a definição: “presentes que a nosso inconsciente nos dá para ampliar para ampliarmos nossa consciência”

  • Hmm… então quando a gente se sente familiar a uma imagem de sexo/pornografia é porque já viu como mensagem subliminar.
    Teve uma época (faz uns 10 anos ou mais) que saiu nos jornais que a mtv estava mostrando mensagem subliminar de sadomasoquismo. Aí no jornal tinha a imagem pausada na cena especifica. E não me parecia estranho, porque eu sempre via a tal propaganda.

  • Eu odeio quando tenho isso… Comigo só acontece no meio de uma conversa… Tipo:

    eu já vi aquelas pessoas… naquele lugar.. naquela posição… falando exatamente daquele assunto…

    Eu li uma vez uma outra teoria.. Tem muito tempo e nem sei se é isso mesmo. mas é algo assim… Não sei se vou conseguir explicar…

    Tudo que vivenciamos não é registrado em tempo real… Leva uma fração de micro segundos para que o que os olhos, nariz e ouvidos estão captando seja registrado… Só que pra gente esse tempo é tempo real…

    Quando da um glitch o cérebro consegue captar e armazenar realmente em tempo real (sem que a gente perceba) e micro segundo depois quando ele volta ao ciclo normal e temos a percepção do registro do fato… para nós.. aquilo já aconteceu…

    Não sei se ficou confuso… mas lembro que foi essa explicação que curti quando li…

    A da memória de curto x longo prazo é bacana tbm…

    Não curti a outra explicação… pra mim, pelo menos, não se aplica… Pq seria impossível eu realmente ter participado da mesma situação sem lembrar …

    • Interessante essa teoria! Pode ser, porque não?

      Olha, é possível que a gente veja coisas sem que perceba que está vendo, pelo simples fato de estar com a atenção focada em outro alvo. Pode acontecer com qualquer um…

  • Meus déjà vus acontecem mais quando estou lendo bobagens na internet, tenho a nítida impressão de que já li aquilo antes.
    Acho que eu devia sair das redes sociais e ir lá fora viver um pouco, sei lá.

    • Ao contrário é o Jamais Vu, você sente que nunca viu aquilo na vida mas sabe racionalmente que aquilo é conhecido e deveria estar registrado na sua mente. É disso que você está falando?

        • Eu tenho déjà vu todos os dias, sempre sonho (pelo menos eu acho que sonho neeh) com alguma coisa e no fim do dia, sempre ao fim do dia, essa tal coisa que sonhei acontece, tenho déjà vu desde sempre.. As vezes são tão reais que durante alguns segundos eu posso descrever o que vai acontecer, e depois me perguntam o que mais vai rolar e eu simplesmente não sei dizer.. e muito estranho, mais depois de tanto tempo sentindo isso já até me acostumei !!

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