Desfavor Explica: SED (Síndrome do Edifício Doente)

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Você chega do trabalho se sentindo mal? Se sentindo cansado? Sente que seu trabalho está minando a sua saúde? Resfriados, alergias, dores de cabeça, fadiga inexplicável, indisposições gástricas, náuseas, letargia, sonolência, dificuldade de concentração, tosse, coceira, olhos e mucosas irritados? Nem sempre isso se deve a um chefe filho da puta ou a uma empresa sem consideração. Pode ser que a culpa seja do prédio onde você trabalha. Desfavor Explica: Síndrome do Edifício Doente.

Em 1983 a Organização Mundial da Saúde reconheceu oficialmente a existência da Sídrome do Prédio Doente ou Síndrome do Edifício Doente (SED, para os íntimos) ou ainda DRE – Doenças Relacionadas com Edifícios. Um mal moderno que predomina nas grandes cidades e está inserido na categoria “doença ocupacional”. O curioso é que os prédios mais insalubres costumam ser justamente os mais modernos e luxuosos. Isso mesmo, a incidência em prédios antigos é menor. Segundo dados do último levantamento realizado pela própria OMS, cerca de um terço dos novos edifícios comerciais estão doentes ou, se preferirem, um em cada três trabalhadores está neste momento em um edifício doente.

Tudo graças a um mix de desinformação com economia porca de seus empregadores, que no final das contas não beneficia ninguém, pois, ainda segundo dados da OMS, o prejuízo anual com os danos causados à saúde dos trabalhadores em decorrência deste problema, só nos EUA, chega aos cem bilhões de dólares por ano. Manutenção adequada do ambiente de trabalho pode custar caro, mas não fazê-la pode custar mais caro ainda e às vezes o preço pode chegar a custar vidas humanas.

A quantidade de armadilhas que estes prédios escondem para a saúde huamana chega a assustar. Alguns fatores aparentemente pequenos, se isolados, não seriam capazes de, por si só, gerar danos significativos, mas quando somados podem detonar a saúde humana. Ácaros em quantidades industriais, carpetes colados com materiais tóxicos, fumaça de cigarro, temperatura inadequada (seja ela muito fria ou muito quente), filtros de ar condicionado cuja limpeza se dá com menos frequência que o desejado, ventilação inadequada, produtos tóxicos usados na decoração e limpeza e diversos outros fatores podem estar detonando a sua saúde. Considerando que uma pessoa adulta inala cerca de quinze mil litros de ar por dia, é assustador fazer uma estimativa da quantidade de porcarias que um prédio doente joga no nosso organismo.

O grande primeiro passo para que um prédio fique “doente” é a ventilação. Locais fechados, sem a possibilidade de circulação de ar criam um ambiente propício para o desenvolvimento de todo tipo de detonador de saúde, sejam eles prédios grandes ou pequenos. Não importa a fonte, seja o Feng Shui, seja a Psicologia Ambiental, todos concordam que a falta de ventilação adequada é a mãe dos demais problemas. Entretanto, continuam construindo prédios sem janelas, ou com janelas que não abrem, ou janelas que abrem três dedos e não promovem a ventilação adequada. Isso cria o que especialistas chamam de “poluição interna”, uma ambiente viciado onde os dejetos dos próprios seres humanos estancam e, somados a outros agentes poluentes, causam danos à sua saúde.

No início, a intenção era boa. Na década de 50 consta que muitos engenheiros e arquitetos decidiram criar prédios fechados como forma de isolar os trabalhadores do barulho externo para assegurar maior concentração em seu trabalho e também como forma de protegê-los da poluição que despontava com a crescente industrialização. FAIL. EPIC FAIL. A coisa de agravou após uma grave crise energética na década de 70: prédio sem janelas implica em um gasto de energia menor. E quem está pagando o preço somos nós. Até hoje insistem e fazer prédios sem ventilação adequada, o que desencadeia ou, no mínimo potencializa os demais problemas de um edifício doente.

Nada é mais porco e mais sujo do que o próprio ser humano. Estudos indicam que prédios fechados podem chegar a ser até cem vezes mais poluídos que uma rua movimentada. Por mais que exista um sistema de ar condicionado que “renove” (muitas aspas aqui) esse ar, o filtro fica imundo em pouquíssimo tempo e dificilmente o limpam com a frequência desejada. Resultado: ácaros, fungos, bactérias, protozoários e outras nojeiras sendo ejetadas full time pelo duto de ar. É como beber água de um filtro imundo cheio de fungos, bactérias e coliformes, só que água você bebe meia dúzia de vezes por dia, já respirar, é o dia inteiro.

E o problema não são apenas os filtros. Todos os dutos por onde circula o ar do prédio deveriam ser higienizados, pois além de ficarem sujos, formam poças de água onde fungos e bactérias dançam valsa. Ocorre que para que esta limpeza seja eficiente, ela deve ser feita de uma forma cara, trabalhosa e demorada, coisa que muitas vezes se torna inviável, pois sendo um prédio comercial de grande porte, costuma funcionar sem intervalos. Vai explicar para os executivos que o ar condicionado será desligado por 48h para limpar todos os filtros e dutos de ar do prédio! Simplesmente não dá para fazer isso com frequência, então, só se faz quando a coisa já está completamente insalubre. Quando se faz. Existem prédios que passam anos sem uma limpeza desse porte.

Outro fator que compromete a saúde dos prédios: deveria ocorrer uma suposta renovação de ar que geralmente não acontece. Em vez de sugar o ar de fora, mais limpo que o ar que está do lado de dentro, eles optam por apenas fazer circular o ar que já está dentro. O motivo? O ar de fora está em outra temperatura (aqui muito acima da interna), logo sugar ar de fora implica também em ter que resfriá-lo (ou, se fosse o caso, aquecê-lo), o que consequentemente implica em um gasto maior de energia. E, vocês sabem, quando é preciso escolher entre dinheiro e bem estar do ser humano, a primeira opção costuma ter a preferência.

O ser humano também se encarrega de piorar a situação de um ar já viciado, já indevidamente reciclado. Um cigarro fumado escondido no primeiro andar (e no Rio, muita gente fuma em edifícos comerciais!) acaba circulando o dia todo e pode alastrar suas toxinas até uma pessoa infeliz que tenha alergia a cigarro que esteja dez andares acima. Aquela porra contaminada fica circulando o dia inteiro, contemplando a todos com um belo fumo passivo. Por culpa de um babaca que não respeita a lei talvez dez, vinte tenham câncer de pulmão a longo prazo.

Para piorar a situação, por algum motivo que eu desconheço mas talvez nossos engenheiros Impopulares saibam explicar, alguns prédios colocam a entrada de ar em locais absurdamente idiotas. Vi uma foto de um prédio cuja entrada de ar ficava bem na saída da chaminé de uma fábrica! Nesses casos é ainda pior, pois o ar já entra escrotamente sujo e fica ainda mais sujo do lado de dentro. Você sabe onde fica a entrada de ar do prédio em que você trabalha? Pois é, nem eu. Quando eu pergunto se recusam a me dizer, ninguém sabe, ninguém viu. Você sabe de quanto em quanto tempo os filtros e os dutos de ar são limpos? Do meu prédio eu sei: “Olha, Dona, procurei me informar e me disseram que não tem filtros não”. Pois é, pelo visto existem prédios que nem filtro tem.

E não pense que você está seguro por trabalhar em uma grande empresa: grandes empresas costumam ser as que mais gostam de reduzir os custos e as que menos tomam cuidado com seus funcionários. Um exemplo do que eu citei no parágrafo anterior aconteceu com um escritório da Levis, em São Francisco: o ar que era jogado para dentro do prédio era sugado nas proximidades da chaminé de uma fornalha de um restaurante que ficava ao lado. A coisa só veio à tona porque uma grande revista fez uma investigação e acabou descobrindo os problemas de saúde dos funcionários e conseguiu provar uma correlação. As empresas procuram abafar esse tipo de coisa, a gente só fica sabendo quando há uma condenação judicial, mas acontece mais do que a gente imagina. Nesse caso da Levis, internamente, um dos escritórios chegou a ser apelidade de “cubículo da morte”, porque as três pessoas que trabalharam ali morreram de câncer.

Nesse ponto você pode estar se perguntando “Mas meus colegas não sentem nada, só eu sinto, não deve ser culpa do prédio se não todos sentiriam”. Sempre existe um elo mais fraco em matéria de resistência e saúde: uma pessoa com sistema imunológico debilitado, com propensão a alergias ou com qualquer porta aberta que facilite problemas de saúde. Por isso o fato de algumas pessoas passarem mal e outras não se abalerem não significa que o prédio não esteja doente, significa que algumas pessoas tem uma resistência maior. Spoiler: se nada for feito, chega uma hora que o caldo entorna, mesmo para aqueles que tem maior resistência. E quanto mais tempo (em matéria de horas e em matéria de anos) você passa no prédio, maiores as chances do seu organismo cansar e apresentar sintomas.

Já aconteceu diversas vezes ao redor do mundo do prédio ser tão insalubre que acabou afetando uma grande parte dos usuários. Um caso famoso ocorreu em um hotel nos EUA, onde os hóspedes tiveram, todos juntos, um surto de pneumonia bacteriana. Quando finalmente se deram conta de onde vinha o problema, resolveram limpar a torre de resfriamento de ar e, pasmem, encontraram até FUCKIN’ ALGAS ali. Vinte e nove pessoas morreram. Não foi a primeira e não será a última vez. Aqui mesmo, no Brasil, a morte do então Ministro das Telecomunicações, Sergio Motta, foi atribuída a esta mesma bactéria (papo técnico: Legionella pneumophila) que teria sido encontrada também nos dutos de ar condicionado do prédio de seu ministério.

Esta morte fez com que criem a Portaria 3.523/98, estabelecendo algumas normas protetivas, que em conjunto com a Resolução n° 9 da ANVISA e NR 32 tentam minimizar o problema, além da proibição de fumar em ambientes fechados. Infelizmente não é o tipo de coisa que nós, leigos, saibamos fiscalizar e ainda que soubessemos, dificilmente poderiamos tomar uma providência. O máximo que posso te dizer é que um ambiente onde mais de 10% dos empregados sinta sinais de desconforto ou problemas de saúde já não é considerado um ambiente saudável. E para quem pensa que isso quase não acontece, que são casos isolados, nos EUA cerca de 18 mil pessoas adoecem por ano em decorrência desta bactéria, com índice de morte oscilando entre 5 a 30%.

A ventilação é sim o fator principal, mas existem outros fatores secundários que se somados, podem ser tão graves quanto. Um deles é uma praga do demônio chamada CARPETE, um jeito fácil e barato de forrar o chão. E insabubre. Desde a colocação o carpete já é nocivo para a nossa saúde. Dependendo da cola que se use (e adivinha se não se usa a mais barata e mais tóxica do mercado?) diversas substâncias nocivas podem detonar o organismo humano, causando desde irritação nos olhos e tosse até tontura e sérios problemas pulmonares. Com o passar do tempo, o carpete continua espalhando a doença: por ser difícil de limpar é um playground para sujeira, ácaros, poeira e todo tipo de porcaria.

Um vilão que normalmente não provoca suspeitas: os móveis. Móveis de madeira maciça não costumam causar problemas, porém tendem a ser mais caros. Por isso, quando são adquiridos em larga escala costuma-se optar por móveis da chamada “madeira compensada”, móveis feitos de material mais barato que tem apenas uma casquinha externa, um “forro” de madeira grudada com uma cola similar à usada para colar carpetes (papo técnico: resina de formaldeído). Essa cola é altamente tóxica para o ser humano e o cheiro pode ficar por muito tempo. Alguém aqui reconhece o “cheirinho de novo” de móveis de escritório? É justamente o cheiro dessa cola. A longo prazo ela pode causar uma série de danos à nossa saúde. Essa cola é o novo amianto. Pior: além de móveis, ela é usada também em divisórias e portas, então realiza o estrago de quem trabalha naquelas baias pequenas, cercado de divisórias “formaldeidadas” e longe de janelas!

Você já ouviu falar em “Smog Fotoquímico”? É a perigosa combinação de lâmpadas fluorescentes com partículas em suspensão. Quase todos os escritórios usam lâmpadas fluorescentes, pois reduzem os gastos com energia elétrica, sem se importar com o fato de que elas emitem raios ultravioletas que quando entram em contato com essas partículas em suspensão criam uma fumaça poluente que acaba respirada por todos aqueles que estão no ambiente. Carpete + lâmpada fluorescente = sua saúde chorando em posição fetal.

Você trabalha nas proximidades de uma máquina de Xerox ou de fax? Pois saiba que dependendo do modelo, ela emite uma quantidade de ozônio suficiente para fazer mal ao organismo humano gernado desde fortes dores de cabeça até problemas maiores. A lista é tão grande que eu não vou conseguir citar todos os acessórios que fazem mal à saúde humana, você vai ter que se observar e, por tentativa e erro, procurar descobrir o que te faz mal, tentando se afastar ao máximo da fonte de insalubridade. Vale a pena tomar esse cuidado, pois a exposição a algumas toxinas a longo prazo pode gerar consequências muito mais desagradáveis que garganta irritada, que o digam os funcionários da companhia de petróleo BP Amoco, dos EUA, que desenvolveram uma forma rara de câncer no cérebro.

O grande problema, como eu já disse, é que nós leigos não sabemos identificar a adequação do prédio às normas que protegem nossa saúde. Posso até citar algumas recomendações oficiais, mas confesso que estou citando sem entender. Por exemplo, existe a necessidade de pelo menos 34 metros cúbicos de ar por hora por pessoa (coisa que eu jamais serei capaz de estimar). Em uma hora, o sistema de climatização deve realizar de quatro a seis renovações totais de ar (como caralhos saber isso?). A iluminação deve equivaler a uma lâmpada de 60 watts situada a uns 35 centímetros de altura, enquanto a temperatura interior deve oscilar entre 20 e 24 graus no inverno, e entre 23 e 26 graus no verão.

Você sabe verificar isso? Eu não sei. Resta o estudo empírico. Você se sente melhor quando sai do seu local de trabalho e vai para a sua casa? Você melhora e no dia seguinte, quando está bem ou quase bem sente todos os sintomas novamente quando chega no trabalho? Não, não é estresse, não é inveja que seus colegas jogam em você, não é macumba. É seu prédio que está doente mesmo, e está adoecendo você junto.

E os riscos muitas vezes transcendem a saúde individual. Existe uma coisa chamada “concreto doente” que coloca em risco a construção como um todo, seja por alguma falha na “congênita” (na construção ou na matéria prima) ou por um problema adquirido ao longo do tempo (como por exemplo, gás de cozinha que vaza no solo e forma ácido sulfídrico, que compromete a segurança do concreto ou então reações internas do prórpio material do qual o concreto é feito: reação alcali-agregado). Sim, concreto pode adoecer e ruir. Tenham medo.

Em qualquer caso, é muito difícil que leigos identifiquem exatamente qual é o problema. O que você pode fazer é uma pesquisa entre seus colegas e se ficar constatado que várias pessoas sentem desconfortos, levar a questão ao seu chefe. Caso ele te ignores, você pode oficializar a reclamação junto a um órgão público competente (cada município ou estado tem sua secretaria competente, procure saber qual é). Na pior das hipóteses você pode procurar também o Conselho Regional de Engenharia (que no Rio de Janeiro deixa prédio no Centro da cidade ruir sem fiscalização). Dando tudo errado, procure a imprensa. Quando sai notinha na imprensa as coisas tendem a ser solucionadas. E, claro, procure um médico.

A ganância e a menos-valia pela vida humana levam a esse tipo de problema. Trabalho nenhum no mundo vale ter a sua saúde diariamente detonada. Pense nisso.

Para dizer que nunca sentiu nada disso mas como é hipocondríaco agora vai passar mal cada vez que for trabalhar por estar sugestionado, para dizer que essa é a melhor desculpa do mundo para faltar ao trabalho ou ainda para enviar este texto para seu chefe de forma anônima para ver se ele se manca do ambiente insalubre que está promovendo: sally@desfavor.com

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Comments (93)

  • Pode-se comunicar a existência de ambiente de trabalho para a respectiva Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, também.

  • Sally legal o texto! Interessante perceber que isso pode ocorrer também nas faculdades. No campus onde estudo há alguns blocos novinhos e bem interessantes que não vejo problemas. Porém há alguns prédios antigos datados sabe se lá de que ano (195?) que pelamor! Quente, abafado, mofado, com rachaduras… #medo de ter aula num bloco desses!

    Parte mais legal é que o povo só da uma “incrementada” lá numa coisa ou outra e fica por assim mesmo. Bahh! Deviam era demolir o prédio e construir um novo!

  • MEUS VELHOS; ESTE QUE VOS ESCREVE NÃO ESTÁ GRITANDO,MAS POR COMODIDADE DIANTE DE UMA DEFICIÊNCIA IMPOSTA PELA VIDA.

    A CULPA É DO ENGENHEIRO UNIVERSAL…SERÁ ?

    FICO COM A LUCIDEZ E A TRISTEZA DO POETA : ´MINHA JANELA E UM QUADRADO E AGORA SÓ VEJO CONCRETO ARMADO…`

    O RIO DE JANEIRO FOI TRANSFORMADO EM UM IMENSO PALITEIRO ALOCADO A UM CEM NÚMEROS DE FAVELAS,ONDE AS ÁRVORES SÃO DIZIMADAS DE FORMA VIL E FALTA SANEAMENTO BÁSICO.

    O FUTEBOL E O CARNAVAL JÁ COMEÇARAM…SIGAMOS A DIANTE !

    • O que vale é o cada um por si… No que diz respeito ao processo de “favelização”, é uma das facetas mais canhestras de nosso processo de colonização e de ocupação do solo.

      A preocupação com a natureza por parte do brasileiro médio é algo bem recente, sendo que grande parte das áreas de mata ou de floresta eram tidas por insalubres e muito arriscadas em outros tempos.

      Em tempos mais recentes, as melhores oportunidades de progredir se concentravam nas “grandes capitais”, sendo que as pessoas provenientes dos rincões (em especial norte-nordeste) tomavam o rumo do “sul maravilha” com o objetivo de assim ter uma melhor perspectiva de vida.

      São Paulo foi fortemente afetada por tal fluxo migratório, mas o Rio, que até o governo JK era a capital do país, também ficou bastante inchada com a movimentação de pessoas na direção de tais centros urbanos.

      No Rio, a problemática consegue ser ainda mais grave porque a geografia peculiar da região e a relativa inércia no campo político acabaram tornando a situação ainda mais problemática do que seria por si só com a sua crescente população. Com a carência de áreas para ocupação regular e a burocracia inerente a área, o pessoal foi ocupando as encostas e os morros.

      Num primeiro momento, se adotou uma política de desocupação com a alocação das pessoas para outras regiões (o caso mais emblemático é o da CDD surgida no governo Lacerda). Mais adiante, se adotou uma política de relativa conivência com as ocupações, só que isso nem de longe representou uma melhoria na relação dos substratos sociais presentes na cidade.

      Havia a memória da repressão e para contrabalançar eventuais represálias, pessoas em postos-chave (em especial nas forças armadas) se utilizaram de sua posição para conseguir armas para garantir proteção e de quebra ainda intimidar aqueles que pudessem se utilizar da posição periclitante das pessoas moradoras de tais áreas para tirar vantagens financeiras.

      Para coroar as relações nesse underground, foi pertinente o progresso do negócio ilegal do tráfico, que ao fim serviria de sustentação a tal organização social, com a imposição de uma ‘nova ordem’ que seria uma espécie de estado paralelo, que fica em contraponto ao estado oficial cuja postura varia entre o assistencialismo inócuo, a negligência e a repressão.

      O povo de lá dá mais importância pra própria sobrevivência (e talvez alguma festa ou alguma badalação na esperança de assim obter algum destaque e ter oportunidade para progredir) do que para a questão ambiental em si. Uma mudança de rumos é bem mais difícil do que seria desejável, sendo que muitos tenderão a preferir ficar em sua vida periclitante a tomar outro rumo em direção a algum lugar que muito provavelmente não vai suprir suas perspectivas de vida e de progresso.

      Ao fim, o problema do saneamento básico infelizmente é uma constante em nosso país, afetando quase que democraticamente grandes e pequenas cidades pelo Brasil afora.

  • Eu trabalho num lugar super perigoso, laboratório de pesquisa de doenças tropicais, com bacterias, fungos e parasitas (alguns transgênicos, inclusive). Sem falar nos reagentes químicos, cancerígenos de todo tipo. Entretanto, tomamos um cuidado absurdo com proteção aos trabalhadores. Eu trabalho de avental, touca, óculos, galochas, etc. E não levo essas coisas para casa, obviamente. Se num laboratório de pesquisa nível 2 as pessoas não ficam doentes (temos monitoramento e vistorias de rotina, incluindo de saúde das pessoas), deixar as pessoas ficarem doentes por falta de cuidado em prédios normais para mim é crime, desleixo e desrespeito total com a vida humana.

  • OS PRÉDIOS JÁ NASCEM DOENTES , A PARTIR DOS PROJETOS IDEALIZADOS POR ENGENHEIRO$ E ARQUITETO$ DOENTES.

    AS ARQUITETURAS DOS PRÉDIOS CONTEMPORÂNEOS SÃO DE PÉSSIMOS GOSTOS E NÃO HÁ PREOCUPAÇÕES COM OS DEFICIENTES FÍSICOS E/OU IDOSOS.

    NÃO ESQUEÇAMOS DO SÉRGIO NAYA QUE FRAUDAVA A COSNTRUÇÃO DOS SEUS PRÉDIOS UTILIZANDO MATERIAIS DE BAIXAS QUALIDADES E QUE RESULTOU EM DESMORONAMENTOS E MORTES NA EXTINTA CIDADE MARAVILHOSA,TRANFORMADA EM UMA IMENSA FAVELA.

    A CPI DO CIMENTO QUE TRAMITAVA NO CONGRESSO NACIONAL SUMIU DE CIRCULAÇÃO,ESTA QUE ABORDAVA AS FRAUDES NAS FORMULAÇÕES DO PRODUTO E A ESPECULAÇÃO EM TORNO DOS PREÇOS DE MERCADO.

    EMPREITEIRAS E FABRICANTES DE CIMENTOS SÃO OS MAIORES FINANCIADORES DAS CAMPANHAS POLÍTICAS PARTIDÁRIAS NO PROCESSO ELEITOREIRO E SÃO OS PRINCIPAIS CONTRIBUIENTES DOS CONSELHOS PROFISSIONAIS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA.

    POR ESTES MOTIVOS ENGENHEIROS E EMPREITERAS CORRUPTAS NÃO SÃO TIRADAS DE CIRCULAÇÃO, EXPONDO A SÁUDE E AS VIDAS HUMANAS.

    PORCA VERGONHA !

                • Se for assim, eu quero cotas para argentinos, porque NINGUÉM nesse mundo é mais discriminado do que argentino no Brasil!

                  • Também acho que dançarinas de axé merecem cotas, elas sofrem uma tremenda discriminação e presunção de burrice

                    • E nós orientais sofremos uma tremenda presunção de prosperidade e de inteligência (a despeito do destrinchado, triturado e tripudiado herdeiro da Yoki, a musa do Pânico, Jorge Rato e outros que envergonham a colônia). Só falta alguém propor alguma cota restritiva contra a gente como nos tempos do Getúlio, desta vez para ingresso em faculdades e no serviço público…

                    • Não duvido: “são mais inteligentes que a gente, por isso terão que fazer o dobro de pontos”

      • HAVIA UM PROJETO OU PLANO PILOTO NA EXTINTA CIDADE MARAVILHOSA EM QUE NÃO SE PODERIA EDIFICAR ACIMA DE QUATRO ANDARES NA ORLA MARÍTIMA…UM EXEMPLO NA BARRA DA TIJUCA É O HOTEL COR DE ROSA PRAIA LINDA PRÓXIMO AO PONTO DO PEPÊ.

        AGORA TEMOS OS PALITEIROS DOENTES, UM MAR COM MUITA MERDA E (MICRO)ORGANISMOS TÓXICOS.

        MAS DE ACORDO COM OS ENGENHEIRO$,ARQUITETO$, O CREA-RJ E OS POLITIQUEIROS TEMOS QUE EVOLUIR E PROGREDIR.

        VIVA A DRESTRUIÇÃO DA NATUREZA !

        • Olha… eu acho algo muito nojento jogar toda a merda da cidade no mar. Não sei como os cariocas se atrevem a entrar naquela latrina que chamam de praia

          • É nojento, mas é cômodo… O pessoal achava que bastava canalizar os dejetos para os rios e para o mar que os problemas de caráter sanitário estavam resolvidos, mas SÓ QUE NÃO!

            No interior também faziam muito disso nos rios. Ah, tem um documentário aqui da EPTV tratando do fato de que no início dos anos 90 o esgoto da cidade de Ribeirão Preto ia direto “in natura” para o Rio Pardo. Coisa linda de se ver, né?

            Ainda que o documentário seja sobre a Piracema, se trata de tal problema também na matéria.

            • Mas deve ter outro jeito menos asqueroso… e se não tiver, caralho, interditem a praia! Em copacabana e ipanema já vi tolete boiando no mar!

            • Marciel, uma curiosidade: já terminaram de instalar a rede de coletores de esgoto?
              Estou desatualizado por coisa de apenas alguns anos, quando visitei a estação de tratamento ela estava funcionando apenas a 20% da capacidade, se bem me lembro.
              Como é que está a coisa agora por aí?

  • E o processa eu do Nscar Oiemayer? Quando que sai… Tem tudo a ver com o assunto tratado aqui, né? Quem já passou pelos “brizolões” da vida já andou soltando essa.

  • A coisa de agravou após uma grave crise energética na década de 70: prédio sem janelas implica em um gasto de energia menor.

    No que diz respeito a ar-condicionado e resfriado/aquecido, é fato, pois há um fenômeno parecido com o da “geladeira aberta”.

      • Dos aeroportos, dos hospitais, dos shopping centers, das rodoviárias, dos terminais de ônibus, das estações de trem e de metrô, dos banheiros públicos…

      • Se o hospital tem um SESMET bem estruturado e que seguem aqueles padrões de qualidade, de Acreditação: ONA e Joint Commission, por exemplo, com certeza há uma manutenção periódica. Isso é a realidade de hospitais particulares, agora os públicos eu realmente não sei dizer.

        • Mas a manutenção periódica é na frequência necessária para manter o ar puro como deve ser em um lugar onde corpos de pessoas são abertos???

  • Onde trabalho eu sou a responsável por contratar esse serviço de manutenção/limpeza de ar condicionado. Só deram permissão pra gastar dinheiro com isso depois que vários aparelhos começaram a dar problema, aí chegaram a conclusão de que era mais barato pagar todo mês do que pagar caro toda vez que algum parasse, fora o perrengue de não ter uma empresa a quem recorrer em caso de urgência né.
    É uma avenida muito movimentada, barulhenta, passa caminhão, ônibus e motos barulhentas o dia todo. Por causa desse barulho sempre tem alguém torcendo o nariz quando eu abro as janelas. Paciência.

    Aliás, aposto que a maioria aqui levantou pra abrir todas as janelas possíveis depois que leu o texto.

    • Espero que todos abram as janelas dos seus prédios mesmo. O foda é o calor que entra de fora… no Rio seria inviável

  • Aqui tínhamos problemas com tudo, até com ar.

    Para controlar o fluxo do ar-condicionado, que nunca foi limpo até a reforma, era preciso abrir ou fechar vários pares de canaletas compridas com um extrator de grampos. Nessa operação, que só era possível subindo em uma mesa (eu fechava, e os homens abriam), dava para ver ácaros voando, isso quando não caía poeira na sua cara.

    O carpete nunca era limpo, realmente, e, por vezes, ele pegava fogo quando havia algum curto-curcuito (o que quase sempre acontecia, com aquele cheiro de plástico queimado). Por vezes, tubulação de água estourava, dando um banho (de urina e de merda, vai saber de onde veio o cano) na gente, ou o forro do teto desabava em cima de você na sua baia e, com ele, vinha uma enorme nuvem de poeira. E, por fim, dois dos chefes recentemente aposentados fumavam no setor. Enfim, era um museu vivo do quanto essas questões de saúde eram importantes no tempo em que o prédio foi construído.

    Agora é feita uma grande reforma após uns quarenta anos e, somente assim, os dutos de ar-condicionado foram limpos (usaram um robozinho para isso), o carpete foi substituído por piso laminado, mas a parte elétrica ainda é sofrível, os elevadores continuam com carpete, e estou aqui neste momento sentada ao lado das duas impressoras multifuncionais (essas podem desencadear ataques epiléticos). É o que teremos para os próximos trinta, quarenta anos.

    Seu texto já é assustador por si só. Imagine então se fossem tratados também a questão da utilização do banheiro, do senso de higiene dos colegas e da ergonomia dos móveis no escritório.

  • Estou trabalhando no prédio de uma empresa ( Chemtech ) que formou um consorcio com a Petrobras, é como se eu etivesse dentro do CENPES, porém no centro da cidade. Aqui temos tanto funcionarios desta empresa quando da BR e da minha empresa tambem. Estamos a mais de uma semana sem água corrente para beber ( o filtro/bebedouro quebrou ), a base da compra de agua mineral engarrafada pela empresa ou pelo meu bolso, há a suspeita de que a agua direcionada a consumo está contaminada, mas claro que isso não é revelado. E ninguem leva esporro, ninguem é demitido ou cobrado. Mas se eu resolver não vir trabalhar por que falta agua para beber e o ar condicionado é instavel. serei castigado.

    Só aguento isso porque tenho que me formar logo e por ter um filho. Pego o CREA, saio daqui.

    Abraço

    PS: http://oglobo.globo.com/rio/delegado-faz-criticas-no-twitter-e-exonerado-da-9-dp-catete-7363647

    os idiotas venceram

    • Mauro, um absurdo uma coisa dessas acontecer em uma empresa desse porte! Se não por consideração aos funcionário, por vergonha isso deveria ser solucionado. Passa um atestado de incompetência.

      O que o delegado falou é a mais pura verdade, ao menos no Rio de Janeiro: patricinhas fazem concurso buscando um bom salário e quando passam não querem trabalhar porque tem medo. O problema é que ele foi débil mental de dizer isso em um meio público. É o tipo de coisa que ele podeira dizer em uma mesa de bar, não no Twitter.

    • Esse delegado machista-chauvinista deveria se envergonhar das criticas.

      Ainda bem que agora este delegado foi substituído por mais uma mulher.

      Me sentirei seguro quando a grande parte do efetivo policial for do sexo feminino.

      #prontofalei (em homenagem ao twitter)

        • É claro que o Hugo está ironizando. Me lembro que há algum tempo tinha falado sobre o tal “Canal do Otário”, que pela produção me parecia algo mais viral que as paradas do Felipe Neto.

          Olhando e pesquisando aqui, vejo que é ainda PIOR do que pensei inicialmente (o que é um feito e tanto), sendo que a sujeira é tão grande a ponto de a enganação ser nível “Criança Esperança”. E pensar que tem um bando de trouxa OTÁRIO MESMO que dá trela para esse viralzinho que explora coisas que estão pra lá do limite da obviedade.

          Nem sob efeito de muita Cannabis Sativa eu entraria na onda de uma Herbalife da vida. Se eu soltar os podres, vai ter gente que vai ficar boquiaberto com isso.

        • A outra possibilidade é de que eu tenha achado que ele criticou as mulheres por algum motivo válido e não apenas por serem mulheres – mesmo porque ele chega a elogiar 1 e ainda a coloca cima dos homens.

          Que talvez, apenas talvez, as outras fossem mesmo incompetentes. E que fisicamente as mulheres tivessem que ficar em cargos mais burocráticos dentro da policia, ao invés da linha de frente; salvo as exceções que passassem pelos mesmos testes masculinos, como o exemplo citado.

          Claro que se este fosse o meu pensamento, EU seria o porco-machista-chauvinista, junto com o delegado.

          Neste caso e, respondendo sua pergunta: Não, ‘magina’ se houve ironia; jamais falaria algo, apenas porque é o mais apropriado e politicamente correto. ;)

          • Esse é o meu pensamento. Mulheres tem limitações físicas e são mais fracas do que homens. O tipo de armamento que a polícia carioca tem que usar para não ficar em desvantagem com os bandidos não me parece apropriado para uma mulher pelo peso e pelo tranco que causa ao atirar. Eu sou um porco-machista-chauvinista?

            Mais: mulheres fazem o concurso buscando um salário bom e quando chega a hora do vamos ver não querem trabalhar. É um problema recorrente em qualquer delegacia carioca.

            • Somos 3 porcos-machistas-chauvinistas então.

              * eu queria ser do CSI… :S (em homenagem ao Hugo: #prontofalei)

            • Aos poucos descobrimos que concordamos em mais pontos do que imaginamos.

              O detalhe é que – respondendo a sua pergunta, vc não é uma machista-chauvinista. Mas não é de ‘bom tom’ falar este tipo de coisa. E, não ser de bom tom já mostra um problema.

              • Não é de bom tom o sujeito que trabalha lá falar isso, como não seria de bom tom nenhum funcionário meter o cacete em outro colega de trabalho em um meio público. A gente pode falar o quanto quiser, que se foda…

  • Existe também um problema pouco conhecido decorrente da exposição a infra-sons. Eles são emitidos por vários aparelhos, como compressores de ar-condicionado e ventiladores. Também são gerados por alguns eventos naturais, como trovoadas. A longo prazo, causam vários danos à saúde. Existem vários artigos acadêmicos sobre o assunto, como por exemplo este aqui (português): http://www.cm-seixal.pt/NR/rdonlyres/651998F5-6E7A-4835-BACE-5BFD4D00F02D/1140/11_1_doenca_vibroacustica_3.pdf

    Inclusive um pesquisador chamado Vic Tandy descobriu que infra-sons, particularmente os com frequência de 18 Hz (frequência de ressonância do olho humano), podem causar a visão de vultos. Esta seria uma explicação para a visão de “fantasmas” em alguns lugares mal-assombrados, onde por algum motivo exista altos níveis de infra-sons nesta frequência.

    Também já se sabe há algum tempo que infra-sons em alta intensidade causam sentimentos de apreensão, culpa e ansiedade e sensação de “frio na espinha”. Já foram feitos experimentos com armas acústicas que emitem estes infra-sons para dispersar multidões. Em intensidades extremas e em determinadas frequências, podem até mesmo romper órgãos internos.

        • Fala sobre os testes americanos sub-aquaticos também?

          Esses testes chegaram ao ponto de romper estruturas como os tímpanos das baleias…

          • Você viu aquele programa que passou na tv a cabo domingo passado? Acho que foi no discovery.
            Esses testes sub aquaticos além de ferrar com as baleias levou alguns cientistas a afirmarem que exitem sereias (não, não se parecem com as dos desenhos Disney).
            Bem interessante esse programa.

              • Resumindo a ópera: na pré história, quando ainda éramos macacos alguns macacos preferiram se especializar em caçar dentro da água, vai ver tinha menos competição com os demais macacos terrestres… eles gostaram e se especializaram nisso. A evolução os transformou gradativamente (uns 6 milhões de anos) em humanoides com calda.
                No começo os macacos aquáticos ficaram amigos dos golfinhos, eram aliados contra os predadores tubarões. Continuaram aliados e os macacos/sereias imitaram hábitos dos golfinhos, como nadar junto com as baleias em correntes migratórias em busca de águas mais quentes.
                Quando a marinha fudeu com as baleias morreram juntos sereias também e foram achadas pelos médicos da marinha americana, inclusive tem uma gravação de celular que mostra um pedaço do corpo da sereia, é de um menino de Washington que foi o primeiro a ver e chamou as autoridades.
                Aí juntaram também evidencias históricas, por exemplo: diversas culturas de milênios atrás tem registros de desenhos de sereias, o curioso é que essas culturas não tinham como ter tido contato com as outras, então não foi cópia, várias pessoas viram em diferentes lugares.
                Uma das teorias: os egípcios foram responsáveis por expulsar as sereias para as profundezas do mar, teve uma época que eles travaram uma pequena guerra pela comida e os terrestres levaram a melhor. Concluíram isso com base naqueles desenhos das cavernas.
                Além dessa sereia gravada pelo menino teve outro caso na Africa do Sul (alias o programa se desenrola em torno desse caso), os pedaços de corpo foram achados dentro de um tubarão, os pescadores estranharam e chamaram uns pesquisadores de uma faculdade pra ver, foram montando o corpo e a conclusão foi: é uma sereia. Isso dito por cientistas que botaram a cara lá na tv.
                Mais elementos que o programa citou como embasamento: a ciência conhece mais a superfície lunar do que o fundo do mar, parece que só 1% do fundo do mar é conhecido.

                Parece loucura mas não fui eu que inventei, passou num canal de razoável reputação. Aqui tem umas imagens, pra quando o Somir deixar você ver, se quiser http://discoverybrasil.uol.com.br/imagens/galleries/sereias/

                  • Eu vi!!! Tb fiquei pasma e acho que vou substituir meu medo de alienígenas por medo de sereias…

                    Aliás, o formato da cabeça que a médica forense desenhou com base nos fragmentos é BEM parecido com o que alegam ser alienígenas… achei legal essa parte.

                    Sally, tem inclusive um depoimento de um cientista do Smithsonian.

                    Achei bem legalzinho o programa…

                  • É uma otima série. Muito bem feita. Na verdade, tão bem feita que uns retardados se esqueceram que se tratava de uma serie de documentários feitos para animais lendários, que NÃO existem (alem de sereias, tem um episodio que fala sobre Dragões), que começaram a manda e-mails para o NOAA, acreditando que tudo nesse documentário era REAL. Pelo visto, a encheção de saco foi tanta que o NOAA teve que publicar uma pagina em seu site afirmando que não existe nenhuma evidencia da existência de seres humanoides aquáticos.
                    Fontes:
                    http://www.contraditorium.com/2012/07/07/breaking-news-inacreditvel-sereias-no-existem/

                    http://oceanservice.noaa.gov/facts/mermaids.html

                    • Achei legal mesmo… A hipótese, dadas as condições que eles colocam, fica bem plausível.

                      Agora… sobre o comunicado do NOAA, se a série fosse verdade, não valeria de nada dado que no programa eles colocam as instituições como pró-governo, escondendo os fatos e atuando na não-comunicação dos mesmos (os dois cientistas da NOAA saem da instituição depois do incidente na Africa do Sul). Perguntar para eles seria o mesmo que perguntar pro exército americano sobre a morte do Bin Laden… :)

                    • Concordo com a Carol.

                      Eu peguei o programa começado então não vi a parte onde falavam que era de mentirinha. Também não me lembro de ter visto propaganda sobre o documentário nem nunca tinha ouvido falar nessa série de documentários fake. Foi um negócio que eu achei enquanto mudava de um canal pro outro.

    • Onde eu trabalho além também deve ser cheio de infra som. Eu pensei os boatos de assombração fossem intriga de gente insatisfeita com o salário, mas agora existe essa explicação.

  • Conheço muita gente que se diz alérgica a ar-condicionado. Eu pergunto: “você tem ideia do que está dizendo? Você é mesmo alérgico a AR??”. O que as pessoas não entendem é o que nos faz ficar doentes é o filtro do aparelho que provavelmente está imundo! Se um de vocês começarem a espirrar em um ambiente com ar-condicionado, reclame. 100% de chance do filtro e dos dutos estarem há meses, talvez anos sem passar por uma manutenção.

  • É bem assim mesmo, quanto maior a empresa, pior é o tratamento aos funcionários. Na filial onde eu trabalho os dutos do ar condicionado entupiram (devia ser sujeira acumulada) e em vez de fazerem obra, simplismente espalharam ares portáteis que só gelam sem renovar o ar de dentro. A mesma empresa construiu uma filial em outro bairro que no início tava todo mundo animado, tudo novo e tals mas depois de um tempo começaram a reclamar que todo dia voltava no mínimo um ou dois funcionários pra casa mais cedo passando mal. Além disso a construção é tão porca que em menos de um ano já tão começando as rachaduras.

    • As pessoas ficam indo trabalhar passando mal, se sacrificando… é por isso que eles fazem esse tipo de coisa. Se uma narina minha começa a escorrer eu vou para casa na hora. Não tem que trabalhar passando mal quando a pessoa que te emprega não tem consideração por você!

      • As pessoas ficam aguentando porque tem medo de retaliações caso reclamem da questão. Esse é o lado negro do corporativismo.

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