Flertando com o desastre: Brinquedos Modernos.

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Acredito que todos nós, de tempos em tempos, tenhamos a repentina e desagradável percepção de que estamos ficando velhos. O fator desencadeante desta triste constatação pode ser uma música, uma notícia ou até mesmo uma simples foto. Você olha, solta um palavrão mental e pensa: “É, estou ficando velho”.

Pois bem, dentro desta linha (desagradável sensação de se sentir velho), quero discorrer sobre um aspecto em especial. O que aconteceu com os BRINQUEDOS do “nosso tempo”. Porque tudo mudou, mas os brinquedos estão irreconhecíveis, irreconhecivelmente piores, toscos e grotescos. Levei um choque quando descobri o que está acontecendo com a indústria de brinquedos, talvez porque eu não tenha filhos e consequentemente não tenha acompanhado a mudança gradual. O fato é que tirei um tempo para avaliar os brinquedos de hoje em dia e quase morri.

Entrei em uma grande loja de brinquedos e acabei passando mais de uma hora lá dentro, avaliando de forma estarrecida o que estava vendo. O que fizeram com os bons e velhos brinquedos “do meu tempo”? Não é saudosismo, é um lamento racional, já que as novas versões são contraproducentes, deseducam e são muito esquisitas. Leia até o final e me diga se eu não tenho razão.

Quero começar pelo meu maior xodó, a Barbie, aquela piranha. Porque a Barbie sempre foi piranha, desde a minha época ela já se vestia de forma inapropriada e já exalava piriguetagem de cada fio de cabelo loiro. A Barbie mudou, continua piranha, mas em um novo layout. Agora ela é uma piranha anoréxica.

Acreditem, ela ficou mais magra! Dá uma olhada neste modelo básico. Tipo, o braço da piranha é da mesma grossura do pulso, a cintura é menor do que a cabeça, mas que caralho é isso? Os olhos estão maiores e a pele parece estar ainda mais branca. Criaram um Barbie negra, que antes não tivessem criado, pois custa metade do preço da loira em quase todas as lojas. As roupas da Barbie atual parecem ter sido inspiradas na Joelma da banda Calypso (caso você não tenha compreendido minha intenção, eu acho isso DEMÉRITO).

O curioso é que que com todas as mudanças, poderiam ter vindo mudanças boas, como uma Barbie mais intelectualizada e independente. Pergunta se isso mudou? Não mudou. A piranha continua fútil e encostada. A maior parte das Barbies estão ligadas a moda: “Barbie Fashionista não sei de que” (uma delas vem até com um cachorro na sacolinha, vibe Paris Hilton). A aptidão profissional da Barbie continua oscilando entre Princesa, Bailarina e Noiva. Tem também a Barbie “Quero ser Atriz de Cinema” (sim, o nome é esse) e a Barbie Pop Star. Estão sentados? Tem a Barbie “Quero ser Professora do Jardim de Infância” . Só faltou a Barbie “Quero dar o golpe da barriga”, que já vem grávida de um jogador de futebol!

Mas nem só de futilidades vive a Barbie. De burrice também. Temos a Barbie “Quero ser caçadora de dinossauros”. Ô Lindinha… você chegou 65 milhões de anos atrasada, eles estão extintos. Em todo caso, se quiser procurar por seus ossinhos, tecnicamente chamados de “fósseis”, pode ser que você consiga um emprego como Barbie Paleontóloga. Seria uma palavra muito difícil para escrever na caixa de uma boneca para crianças? Certamente não mais do que FASHIONISTA, escrito em metade das Barbies. Piranha e ainda deseduca!

Mas espera que piora. Posso ser eu ficando velha, conservadora e de mau humor, mas estou indignada também com o cônjuge da Barbie, o Ken (se você é velho como eu, o conhece pelo nome de “Bob”). Ele sempre foi meio metrossexual, mas agora está tão gay, mas tão gay que deveria vir com um pênis flexível para conseguir comer seu próprio rabo. Me diz se vocês acham que ISSO pode ser referência masculina para uma criança. Parece uma cruza de Justin Bieber com Miguel Falabela.

Mas tem pior, tem um suposto “Príncipe e Pop Star” que é de foder com a cabeça de qualquer criança. O nome deveria ser “Mais gay do que nunca”. Eu culpo a Mattel por qualquer mulher da minha geração que tenha casado com um homossexual sem saber distingui-lo de um hetero. Tem como? TEM COMO não achar uma bichona normal crescendo com ESSE REFERENCIAL de masculinidade?

E para fechar o bloco da Barbie, gostaria de parabenizar o troll que conseguiu se infiltrar no setor de criação da Mattel e fez isso aqui, a Barbie Chiclete. Vem até com uma pequena Tilikum! IM-PA-GÁ-VEL. Consegue ser duplamente incorreto, pois além da piada de mau gosto estimula a criação de baleias em cativeiro.

Mas não é só a nossa amiga piranha Barbie que sofreu um estupro de modernidade. Meu Querido Poney também ficou slim. Saca o corpinho do bicho agora. Tipo, a pata é maior do que o quadril do fuckin´ponei. E todos os produtos parecem ter que conter a palavra “fashion” em alguma de suas edições. Parabéns aos envolvidos, conseguiram fazer o primeiro quadrúpede anoréxico da história, palmas para vocês!

Calma que meu passeio pela loja de brinquedos está apenas começando. Lembra aqueles bebês fofinhos com os quais as meninas brincavam de ser mães na infância? Cederam lugar a umas atrocidades que parecem um boneco do Fofão abortado ainda feto. Sério mesmo, tem uma coleção chamada Baby Alive que eu juro, se abrir a porta do meu quarto à noite e jogar um desses do lado de dentro, eu choro. Os Baby Alive tem esse nome porque supostamente os bonecos reproduzem atos praticados por bebês.

Vejamos o que um bebê faz de agradável: ele ri, ele bate palmas, ele dorme… mas não, acharam bacana fazer um Baby Alive que CA-GA, se chama Baby Alive Hora do Troninho. A menos que seja uma tentativa de controle de natalidade mostrando desde cedo como é pau no cu ter um filho, é doentio. Vamos ver a descrição do produto: “(…) E como ela está aprendendo a usar o troninho, ela vai te avisar quando precisar ir ao banheiro. Mas é melhor correr, colocá-la no troninho e aí ela vai fazer xixi e caquinha. E se você não levá-la a tempo, ela vai avisar que um acidente aconteceu! Então troque sua fraldinha e ela vai ficar feliz de novo. Baby Alive Hora do Troninho reforça valores e desperta a imaginação para o faz-de-conta das futuras mamães em treinamento”. Chamar uma criança de “futura mamãe em treinamento” é sacanagem. Sem contar que a boneca tem uma cara de boqueteira drogada do caralho.

Para quem for muito filho da puta e quiser rir um pouco (ou seja, todos nós) recomendo que presenteie o filho do desafeto com qualquer boneco da marca Cotiplás. Todos sem exceção são demoníacos, mas tem uma coleção especialmente hedionda, é uma cruza daquelas bonecas da Moranguinho com Rocky Dennis: coleção frutinhas. Só para vocês terem uma ideia do drama, lhes apresento o bonequinho abacaxi. Não há psicólogo neste mundo que te faça superar o trauma de dormir com uma entidade dessas no quarto toda noite. Se você estiver com tempo livre, dá uma olhada também na laranja (macumbinha), banana (cara de canibal), morango (Rafaela Justus) e limão feliz (feto abortado).

E os jogos? Os jogos continuam, a gente vê nas prateleiras das lojas. Ninguém seria maluco de mexer em um clássico… ou seria? Pois bem, saiba que estão estuprando os clássicos. Senhoras e Senhores, ontem eu descobri que o jogo Banco Imobiliário, aquele clássico com notinhas coloridas (Hotel no Morumbi = ápice do jogo) atualmente se joga com uma maquininha de débito. Depressão total, quero entrar no barco dos elfos do Senhor dos Anéis, meu tempo já passou. FUCKIN´MÁQUINA DE DÉBITO no Banco Imobiliário! PORQUE?

Fico me perguntando o que fizeram com o jogo da vida. Aposto que os eventos do tabuleiro agora são “Você fez uma cirurgia de mudança de sexo e vai ter que repousar, perca um turno” ou então “Você engravidou de um jogador de futebol, ande 20 casas”. Eu disse Jogo da Vida? Perdão, agora se chama “The Game of Life”. O Pogo Ball se chama Gogo Ball. E o Jogo da Operação se chama “Operando”. O “Cara a Cara” virou “Guess Who?”. Estou vendo a hora em que o jogo “Pula Macaco” vai virar “Pula Soldadinho”. E por falar em “Pula”… Lembra do Pula Pirata? Calma, ele ainda não virou “Jump Pirate”, mas ele vem com um “cartão de realidade aumentada”. Você sabe o que é isso? Se não sabe, parabéns, você também está ficando velho.

Mas nem só de foder com jogos bacanas vive a atual indústria de brinquedos. Eles criam suas próprias atrocidades também, como o educativo jogo “Rex Pum Pum”. Para não dizer que eu estou de má vontade, vamos ler a descrição dada pelo fabricante: “Ele come e solta pum até a caca sair. Neste jogo todo mundo vai morrer de rir! O Rex Pum Pum é um cachorro muito esperto que adora comer. Mas depois ele começa soltar pum e fica com vontade de fazer cocô. Para brincar com o Rex Pum Pum jogue o dado, aperte a coleira e veja o que acontece. Se na sua vez ele fizer cocô sorte sua! Recolha com a pazinha e marque ponto!” Tipo, os pontos do jogo se contam na forma de toletes. No meu tempo perderia quem levasse a cagada do Rex Pum Pum. Qual é o mérito em torcer para que um cão defeque em você? “Olá, sou da nova geração, meu ideal de diversão e lazer é recolher toletes fakes de cachorro”. Definitivamente, eu estou ficando velha.

É tanta coisa bizarra que se for falar de todos não cabe aqui. Temos uma série de outros jogos com nomes sensacionais como “Passeando no Shopping” e bonecos bizarros como o “Bebê Sorinho”. E que tal este sensacional boneco que estimula as crianças a sacudirem os bebês. E se alguém souber me dizer WHAT THE FUCK é isso, sou toda ouvidos.

Eu sei que muitas pessoas reclamam apenas por saudosismo, apenas pela diferença. Mas não é meu caso. Se os brinquedos estivessem mudando para melhor, eu certamente estaria comemorando e elogiando. Mas não é o caso. Os brinquedos atuais refletem a danação social que estamos vivendo, a futilização das crianças, a piranhização das crianças. Não reclamo porque está diferente, reclamo porque está pior, está grotesco.

E as pobres crianças não tem culpa, não sei que tipo de pessoa eu teria me tornado se tivesse passado a minha infância brincando com uma Barbie Quero Ser Qualquer Merda Fútil ou se o ápice do meu dia fosse recolher tolete fake de Rex Pum Pum. Cabe aos pais ter o bom senso de selecionar o tipo de brinquedo ao qual querem expor seus filhos e estar atentos para seu lazer. Fato: é inevitável que uma criança hoje seja exposta à futilidade e babaquice moderna, o papel dos pais não é proibir, é levar um pingo de cultura para dentro de casa, para que a criança conheça o outro lado e tenha um referencial para avaliação.

Isso vai acontecer? Isso não vai acontecer. Estes brinquedos de merda vão criar uma geração ainda pior do que a minha (que ainda teve um suspiro de cultura pois passou a infância sem internet). É isso, nos resta sentar e assistir a Rex Pumpunização da nova geração. Geração Rex Pum Pum.

Para se sentir velho também, para se sentir jovem porque não lembra dos jogos antigos citados ou para confessar que sentiu certo apreço pelo Rex Pum Pum: sally@desfavor.com

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Comments (158)

  • Ana Cláudia Marques

    É, pior que eu já vi esse cachorro numa loja de brinquedos (aliás, quem teria sido o doido irresponsável do Inmetro que liberou uma coisa dessas?) e automaticamente me lembrei do famigerado Sapo Xulé…
    Recentemente vi no YouTube algo parecido… Só que menos nojento e envolvendo muito brilho, purpurina, cores alegres e bebês unicórnios: https://www.youtube.com/watch?v=6VOmDTfs0gQ
    Os bichinhos até que são bem fofos e adoráveis, mas ver essas coisinhas fazendo o que o vídeo mostra… Não achei a menor graça. E para completar, o precinho um tanto salgado de R$700 pra cima…
    Não sei de quem sinto mais pena: das meninas doidinhas para ganhar um brinquedo desses ou dos pais tendo que desembolsar uma nota preta para fazer suas filhinhas felizes. E a pergunta que não quer calar: As lojas vendem refil?
    ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
    Volta Susi! E também o Feijãozinho, o burrinho Pinote, o Topo Gigio…

  • Prezada autora, até achei interessante o conteúdo do seu texto. Porém acho que não deveria citar a criança Rafaela Justus como uma parte da coleção frutinha, a qual você chama de “hedionda”. É apenas uma criança…. enfim.

  • Este artigo está perfeito …. Eu ri demais lendo. Por outro lado fiquei chocada com os fatos , vou repensar os brinquedos da minha filha , ela tem varias my little poneys super estilosas e duas babys alives , a hora de comer e a lanchinhos divertidos ….

  • Concordo com o post, hoje está tudo um absurdo, minha filha só fala nessa boneca baby alive, com certeza ela tem parte com o cão. Kkkkkkk sou de 83 tive uma infância pobre e iinesquecível de boa, só tenho boas recordações.

  • Quando criança, no quesito “brinquedos” eu tinha preferência por Polly Pocket, carrinhos de controle remoto, qualquer coisa da Turma da Mônica e pelúcias. Sou de 1997, a década mais frouxa do século 20, carinho e compreensão, enfim…
    Já ouvi relatos de garotas que curtiam mastigar os pés da Barbie quando criança. Eram realmente molinhos e macios, mas nunca cheguei a tal ponto.
    Baby Alive nunca foi de Gezuiz, mas conseguiram deixar essa boneca mais assustadora do que já era!
    Mas o ponto a favor é que ela não causa mais sujeira, pois antigamente era possível comprar, separadamente, um pozinho vibe Tang que virava papa ao ser misturado com água e dar à boneca. As fraldinhas também precisavam ser compradas, elas eram iguaizinhas às de bebê e obviamente sujavam e precisavam ser descartadas após a boneca cagar a papa. Levaram a sério o “alive”.
    Recentemente eu vi a nova versão da Polly. Pioraram tudo, tudo. Pra resumir ela virou um aborto de
    estilo mangá. E eu queria poder desver um brinquedo que vi numa loja, Pipiticos, só pelo nome já dá pra perceber a ideia central desse boneco. https://www.youtube.com/watch?v=Vxr4kk0CkJI

  • Eu ri tanto, mas TANTO, que a workmate ficou até preocupada se eu não ia convulsionar. Também fico chocada quando vejo essas bonecas. Essa Baby Alive, que coisa escrota! Estou doida pra seguir a sugestão e presentear algum filho de desafeto com o Abacaxizinho. Ah, e só eu reparei que o Ken (também sou da época do Bob – e o cabelo dele era pintado, não era essa peruquinha que sozinha já é um desfavor) está usando uma FUCKIN’ TIARA? Isso sim é trollagem de gênio!

    Sempre quis ter uma filhA (sério, meninos são nojentos e muito mais malas) mas depois de ler esse texto estou com medo de virar uma natureba que proíbe a menina de ter brinquedo industrializado, sei lá. E eu mesma tenho um pug de pelúcia e uma Barbie da Grace Kelly – piranha magra também, mas pelo menos parece com a atriz.

  • Adorei o texto, mas me senti ainda MAIS velha. Porque sou do tempo em que brinquedo era coisa muito cara (não que hoje sejam baratos) e definitivamente não estavam na lista de prioridades dos pais. Ou seja, minhas brincadeiras e jogos eram outros. Nunca tive uma Barbie, por exemplo. E normalmente me sinto como a única pessoa do planeta que se lembra da Suzy…rs. Só sei que cada vez que me deparo cm esse tipo de coisas, mais aliviada fico por me decidir por não ter filhos.

    • Carla, o preço da Barbie hoje pode chegar a dez reais, o que é muito preocupante, pois o alcance dessa piranha anoréxica é muito maior. Preocupante mesmo. Eu também me sinto aliviada por não ter filhos.

      • Pois é, Sally

        Se já não era fácil criar filhos nos tempos dos nossos pais, hoje é praticamente missão impossível.

        • Internet aberta em qualquer lan house, crianças mal educadas à sua volta no colégio, programação de tv que deseduca… não tem como lutar contra tudo isso, alguma parte dessas merdas entra na cabeça dos filhos. Quando são crianças até acho que dá para proteger mais, mas depois dos 12 anos…

  • Sally conversando hj com minha irmã caçula sugeri a ela que lesse seu post.Ela então lembrou-se do seu primeiro trauma infantil ,em 1992 a TecToy lançou uma boneca que funcionava a motor.Minha então irmãzinha do alto dos seus 4 anos teve uma síncope em uma loja de brinquedos…Como sou 12 anos mais velha que ela não fui as compras com mamãe naquele dia. A boneca é monstrega .Veja só http://www.preciolandia.com/br/boneca-nadia-tec-toy-funcionando-rara-7f1pb4-a.html

  • Correndo o risco de parecer ingênua e inocente demais, será que a idéia do tal Rex não é ensinar a catar as “cacas” do cachorro, pra que as crianças aprendam a fazer isso depois com um cachorro real? pq o q tem d neguinho q deixa o bicho cagar na rua e deixa lá p ser pisado como s nada n dá p contar…
    Embora eu ache tosco criar um brinquedo e esperar q ele ensine isso. É como passar a responsa de educar a criança pra um brinquedo bizarro, e sem garantia de que ela vai entender e aprender.

    • Se for esse o objetivo, pior ainda. Dentre tantas coisas bacanas que se pode ensinar a uma criança, foram logo se preocupar em limpar merda? Além disso, pegar um toletinho de madeira do tamanho de uma moeda em nada reflete recolher um tolete quente e fedido. Havia necessidade do cachorro ficar peidando durante o jogo?

      Rex Pum Pum para mim é emblemático, é um marco: “quando as coisas escaralharam de vez”

      • Espero que não parem de deixar os cachorros cagarem nas calçadas. É de onde eu tiro minha matéria prima para sacanear quem estaciona na porta da garagem (moro a uns 20 metros de um fórum, advogado deve ganhar muito mal pq nunca podem pagar 2 reais num estacionamento ou andar 2 quadras…)
        É o máximo pegar merda com um saquinho ou folha de papel e fazer casulinhos de merda nas 4 maçanetas do carro do caboclo, socando até no buraquinho da chave. Espalhar no parabrisa tmb é “naisse”. E quando vc quiser entrar seu carro popular na garagem e não puder por um corno desses, e estiver com seus parachoques descascando, brincar de carrinho bate-bate do playcenter tmb é muito massa.
        Engraçado, depois que comecei a andar de moto eu fiquei MENOS agressivo… essa época era carro-only.

  • Bicha pão com ovo? E a bicha carão? Passa fome para comprar roupa de marca, mora com mais dez num muquifo na zona su e na balada dá uma de esnobe. Isso porque vocês ainda não viram as travestis mirins, o início do fim! Quando a xuxa começou com aquela onda babaca de shortinho, apelando para o erótico dirigido à petizada, pensei: isso vai dar merda! Hoje, além da gurizada não saber o que são cantigas de roda, ainda cantam esses funks porcaria. Afortunada foi minha infância recheada de coleção de gibis, futebol nos campinhos de terra, pique esconde, pião, subir em árvore para roubar pinhão, pular carniça, salada mista.

      • Mais cômodo criar essa turma desde cedo para o consumo das mesmas merdas do “Consumo Adulto”. É uma forma de garantir o mind desde cedo.

        E viva o “João Sorrisão”. [:P]

          • Calma que piora… A Cu-de-Cadeira aqui mesmo fica de marcação em cima do meu irmão menor, o forçando a frequentar a escola de manhã e o espaço mantido pelo Marista a tarde. A noite e nos fins de semana, geralmente vai pra casa da Vovózinha 171 para manter o moleque preso sob vigilância constante.

            Vamos falar a verdade: ELA SE BORRA de medo que o moleque se envolva com os drogados na área e se torne mais um viciado.

            Mas também, o que esperar de uma pessoa que espancava os filhos quando por qualquer questão tinha desentendimento entre eu e meu irmão a ponto de fazer com que a cu-de-cadeira tivesse de levantar da cadeira, né?

            • Marciel.. tá achando ruim que sua mãe tenha medo que seu irmão se envolva com drogados? É isso?
              E bom.. espancar os filhos… acho que era algo meio comum uns 20/30 anos atrás. Eu mesmo devo ter dente torto de tanta bolacha, chinelada, qqcoisaqueestivesseaoalcancedamão-zada…
              relaxa meu velho. Isso que vc escreveu é algo bom e não ruim.

            • Tudo bem de se preocupar, Maradona. O problema é a postura ser focada no conforto próprio e não no progresso do garoto.

              Ainda não consegui notar onde o programa de assistência mantido pelo Marista poderia ajudar a sério o moleque a se posicionar na vida. Ele já tem 11 anos e me pergunto o que ele faz por lá além de mexer no computador e de talvez jogar bola. Talvez esteja pedindo demais porque como diz o ditado, cavalo dado…

              Eu não olho apenas pela perspectiva do hoje, sendo que a atitude de tentar tapar o sol com a peneira não é tão boa quanto uma orientação a sério. Já disse um bocado de vezes aqui que o tempo vai fechar por aqui no pós-copa. Se já não tá muito bom hoje, imagino daqui uns 5 ou 10 anos.

  • Chegando atrasada, mas tenho que comentar, rs. Eu tenho PAVOR quando entro em loja de brinquedos e vejo aquele paredão ROSA de brinquedos destinados às meninas. Que vontade de tacar gasolina e fogo em tudo. Puta que pariu!! Tem fogão, pia, tábua de passar, tem a cozinha e área de serviço completa. Lixo, LIXO. Nem quando eu era criança eu gostava disso. Não tenho nem pretendo ter filhos, mas se tivesse uma menina, não teria essas coisas em casa nem que ela suplicasse. Palhaçada! Tenho mais de 30 anos, com certeza, quem tem essa idade, teve a última infância que prestou. Tenho pena das crianças nascidas da segunda metade dos anos 90 pra cá… A vida delas vai ser muito, muito difícil…

      • Tenho pensado em dar uns kits de ferramentas de brinquedo pra minha sobrinha… foda que se ela vira sapatão vou ouvir que foi culpa minha.

          • Na Suécia tem uma corrente que prega educação de crianças sem distinção de gêneros. Eles nem chamam de ela ou ele, tem lá um pronome unissex pros dois. Muitas escolas estão adotando e alguns pais também. Eu vi uma foto, o menino estava com um moletom rosa brincando com um brinquedo cor de rosa, o outro brincava com algo mais comum mas era claramente um menino com uma blusa enfeitadinha de menina.
            Aí nas propagandas de loja de brinquedo o menino está brincando de passar roupa com um ferro cor de rosa e a menina está com uma arma de brinquedo gigante e cara de má.
            Daqui uns 15 anos a gente vê no que isso vai dar.

            • Eu tinha visto algum programa em algum canal de tv sobre isso.

              Achei legal: Uma criação sem genêros definidos para se combater estereótipos sociais, usando justamente os preceitos estereotipados de generos, só que invertidos.

              Genial. Só que não.

            • Nem precisou esperar 15 anos! Estou vindo direto de 2017 pra dizer que a ideologia de gêneros, como é chamada hoje, está sendo enfiada goela abaixo no mundo inteiro, inclusive aqui no Brasil! Por enquanto o governo está segurando, pra não ser assim nas escolas, mas a mídia está firme com a lavagem cerebral… vamos aguardar mais alguns anos…

  • Vi agora o comercial do Rex Pum Pum. MAS. QUE. PORRA. É. ESSA.
    Depois cresce, vira fã da Veronica Moser e ninguém sabe por quê.

  • Por isso que, se (ênfase no se) um dia eu tiver filho ou filha, vou priorizar o acesso das crianças aos gibis e livros, mais do que aos brinquedos. Incentivo à leitura desde cedo. Não vão ser ignorantes como eu, que só fui gostar de quadrinhos depois de adulto.

  • Nao sei pq diabos dao bala dura pra ciancas! Eu quase morri com bala Soft e outras. Os melhores jogos Detetive e Banco Imobiliario eu joguei. Ja as bonecas sempre tive medo desse olhar fixo que parece o Boneco Assassino.Esse Abacaxi me da arrepios! Ri litros do boneco gay

    • As coleguinhas do boneco abacaxi são igualmente medonhas. Quem deixa uma criança sozinha em um quarto com um troço desses merece perder a guarda do filho

  • Sally somos da mesma geração ,e sem duvida nossos brinquedos eram infinitamente mais interessantes que esses. Acho que a primeira bizarrice que apareceu foi a Barbie Hair e Barbie Face que era apenas uma cabeça apoiada numa bandeja que vinha com acessorios, aquilo deve ter influenciado a proliferação das escovas que existem hj em dia. Pq eu msm só consegui uma unica vez usar o secadorzinho pra fazer uma escova, sei que o cabelo de nylon ficou preso e saiu um tufo , que alem de deixar minha boneca meiquecareca fundiu o ”motor” do secador.Minha mãe então comprou o estojinho de maquiagem da boneca que depois de passar a primeira vez tingia o pincel e a cara da boneca que nem detergente dava jeito.

    • Puta que pariu! Eu lembro disso! Era uma cabeça enorme sem contexto algum com um cabelo que endurecia depois de alguns meses e a maquiagem ficava tatuada! Era grotesco trabalhar naquela cabeça sem corpo!

  • Eu tive o banco imobiliário e também o detetive. Depois sumiram, uma daquelas coisas da infância que de um dia pro outro você esquece que existe, anos depois vai procurar e nunca mais acha. Algum túnel do além, certeza (não, minha mãe não é do tipo que recolhe brinquedos pra doar).

    A última infância que prestou foi a do começo dos anos 90. Depois veio a internet e o pokemon e hoje taí as aberrações.

  • É sally… não tiro tua razão! Concordo contigo quando disse que os brinquedos atuais refletem a danação social que estamos vivendo. É triste essa realidade! E mais ainda, para além desses ditos brinquedos, há também os games e computadores que… né? Fazem com que as crianças ESQUEÇAM que existem pessoal no mundo real, esquecem o que é o real contato humano, afetivo, etc!

  • Ah, achei pertinente com o tema de hoje:
    http://www.puxacachorra.com.br/2013/01/6-produtos-que-deixaram-de-ser-fabricados-e-ninguem-quer-ver-de-volta
    Meu trecho preferido:
    ‎”As crianças que engasgaram com a bala soft nos anos 80 são os pais dos anos 2010, e considerando como as gerações ficam mais estúpidas com o passar dos anos, o retorno da bala soft provocaria mortes em massa, com direito aos moleques postando no facebook ‘engasguei com bala soft #sufocando'”
    MAS É POR ISSO QUE A BALA SOFT DEVIA VOLTAR, viva Darwin!

  • Caquinha…S2

    Saly, repare como essa bonequinha é a cara da Jafaella Rustus:
    http://www.americanas.com.br/produto/7372002/colecao-frutinhas-moranguinho-cotiplas

    Já o cosplay de Freddie Mercury prateado que vc perguntou no texto é da coleção que a Adora Doll fez do Mágico de Oz. Você assistiu ao filme? Lembra do homem de lata que queria um coração? É isso aí (de certa forma). Eu já vi a coleção toda na vitrine de uma loja, tem desde a Doroty até aquela bruxa verde.

  • Acha que estou surpreso com isso? #SóQueNão

    Esse é só mais um reflexo da loucura que vivemos nos dias de hoje.

  • Ha He Hi Ho Hugo

    Em tempo, vi esta oticia e lembrei de algum Siago Tomir…

    “http://colunistas.ig.com.br/obutecodanet/2013/01/15/nasce-um-novo-fetiche-na-europa-cheirar-e-lamber-tenis-e-sapatos/”

    Depois do ridiculo “Milkers” agora temos os “sneakerslaves”

  • “Fico me perguntando o que fizeram com o jogo da vida. Aposto que os eventos do tabuleiro agora são ‘Você fez uma cirurgia de mudança de sexo e vai ter que repousar, perca um turno’ ou então ‘Você engravidou de um jogador de futebol, ande 20 casas'”

    Recomendo comprarem pela internet a versão do Jogo da Vida criado pela Nycomed para promover sua pomada Nebacetin. Paguei só o frete.

    Nesse jogo, além do Tradicional, foram introduzidos o filho de pais divorciados, filho adotivo, independente e gay, que vivem diferentes situações para envolver os jogadores em contextos da atualidade. Nem jogo, rio só de ler as cartas com as despesas desses filhos. Para ficar perfeito, deveriam ter incluído o filho com necessidades especiais.

    Diante disso, por que não fazer uma versão Desfavor do Jogo da Vida? “Seu filho atropelou e matou um (outro) ciclista na estrada. Se você não for empresário, pague R$ 200 mil. Se for, pague os R$ 10 mil de honorários ao advogado”.

  • Ha He Hi Ho Hugo

    Não sei porque toda esta preocupação.

    Nenhuma criança vai se tornar fútil brincando com estes brinquedos, já que estão ocupadas sendo fúteis na internet.

  • Um brinquedo que fiquei me perguntando “wtf??” é aquele tal de plasmacar. É um triciclo que faz um barulho muito alto e as crianças, pra piorar a situação, correm muito com aquilo que não possui freio. Conheço vários condomínios que proibiram esse brinquedo. Seja pelo barulho insuportável que faz (realmente incomoda), seja por crianças atropelando pessoas nas saidas dos prédios.

  • ainda bem que tenho um menino, ou seja, carrinho ( hotwheels – resistentes, bonitos e baratos), bola e pipa já fazem a alegria dele.

    PS: criado igual a galo caipira, em quintal e não em play.

    • Ha He Hi Ho Hugo

      Não sei se é uma vantagem, mas o meu não liga para brinquedos.

      Ele prefere, fios, roteadores, panelas, gavetas, documentos…

    • ôôô Mauro… Tô querendo dar uma pistola de ar comprimido pro meu enteado e a mulé não deixa.. o moleque já tem 10 anos porra… eu tinha 6 e meu irmão 10 quando ganhamos nossa primeira, uma urko tiger… Acho que até as mães reconhecem (mas não admitem, já testei sugerindo que o dito cujo poderia ser meio lerdo pra algumas coisas e quase levei uma joelhada no saco) que as novas gerações tem certas… limitações.
      Porra, o que um moleque vai fazer com uma pistolinha de ar comprimido? Quebrar umas lâmpadas, apanhar por isso… no máximo matar umas pombas, o que a meu ver é mérito. No fundo acho educativo. Ação e reação. Fez merda? Vai apanhar…

  • Eu tenho uma afilhada de 3 anos e fiquei chocada ao entrar em uma loja de brinquedos procurando algo para ela. Não há brinquedos decentes para meninas! São bonecas que “agem” como bebês de verdade ou itens de cozinha que nem a minha própria cozinha tem!

    Aliás, que merda hein! Essa paunocuzação que a mulher só pode se divertir cuidando dos filhos e da casa!

    • Sim, tem trocentos brinquedos estimulando lavar, cozinhar, passar e limpar. Um tremendo desfavor. Nos tempos em que a filha observava a mãe fazer isso acredito até que houvesse um interesse em imitar a mãe, mas hoje…

  • “Porque a Barbie sempre foi piranha, desde a minha época ela já se vestia de forma inapropriada e já exalava piriguetagem de cada fio de cabelo loiro.”
    Eu tive várias Barbies, adorava, acho que isso explica muita coisa, HAHAHAHAHA E não bastasse o corpo, repare na MAQUIAGEM dela, os olhos e a boca estão imensos, parece a Isabelita dos Patins, bizarro! Levei um choque quando a vi numa loja de brinquedos mais atentamente, quase berrei no meio da loja “O QUE FIZERAM COM A MINHA BARBIEEE????” Olha uma antiga: http://images.quebarato.com.br/T440x/barbie+antiga+anos+90+rio+de+janeiro+rj+brasil__1F269E_1.jpg
    Nunca tive um Ken, apesar dos inúmeros apelos, apenas anos depois minha mãe me falou que achava que Ken era brinquedo de menino, DERP Mesmo assim, tenho severas dificuldades de distinguir um gay de um hetero, desculpe.
    Já a Baby Alive… Fiz teste cinco dias numa loja de brinquedos, e foi o suficiente para achá-la terrivelmente grotesca! Sério, galera, parem, apenas PAREM. Cadê os Bebezões? Na minha época o máximo de tecnologia que uma boneca tinha era fechar os olhinhos quando nós a inclinávamos pra trás e já tava de bom tamanho! (eu também tinha uma Mamadeira Mágica que até hoje me pergunto como funcionava)
    Já os jogos de tabuleiro, acho que agora usam o nome original porque são fabricados direto pela marca (a Hasbro, por exemplo), não são licenciados. Desculpe, Sally, mas eu realmente gostei do Banco Imobiliário com cartão de débito, é muito mais legal quando a gente não tem noção do dinheiro que possui. Eu sempre era uma das primeiras a falir, o que explica muita coisa, também.
    Acho que uma frase resume tudo: “VOLTA, ESTRELA!” (ela ainda existe, mas quase faliu nos anos 90, nunca mais foi a mesma coisa)
    Provavelmente passarei o dia divagando sobre o assunto, me aguarde, haha!

    • Antes todos esses brinquedos eram da Estrela, o que aconteceu? Os fabricantes passaram a produzir aqui no Brasil por conta própria?

      • Pior… O que aconteceu foi efeito da “primeira onda” ocorrida no correr dos anos 90.

        Com o baque trazido pelo Plano Collor e pelo fim da prestidigitação inflacionária por meio do Plano Real, muitas empresas foram a pique por não estarem preparadas para lidar com as mudanças conjunturais que ocorreram no país naquela época, sendo que boa parte delas foi a falência.

        A Estrela quase quebrou e deixou de franquear as marcas que mantinha em seu spot para tentar sobreviver na nova situação econômica. As empresas que franqueavam tais produtos para a Estrela, vendo o potencial do mercado brasileiro, optaram por IMPORTAR seus produtos inicialmente das bases industriais que mantinham na América do Norte e mais recentemente das bases montadas na Ásia, principalmente na China.

        Para sobreviver no jogo em contraponto a concorrência chinesa, as empresas que ainda tem algum produto forte no spot tentam agregar tecnologia no sentido de manter a atenção do consumidor e não ter o seu produto preterido em favor de um falsificado “made in China”.

        Hoje estamos na “segunda onda”, onde as empresas menos afetadas pelos efeitos da primeira onda (em especial no ramo de telefonia) estão sentindo na pele a concorrência no contraponto.

        Claro, as gigantes internacionais não sentem muito os efeitos por terem condições de realocar suas bases produtivas para onde o custo de produção é mais baixo, mas a nível local os efeitos são devastadores.

        • Então, Sally, foi exatamente isso aí (obrigada, Marciel, eu tava com preguiça de escrever). Mais detalhes sobre a treta Estrela x Mattel aqui: http://www.conjur.com.br/2007-mai-06/empresa_estrela_nao_indenizacao_mattel
          Uma coisa que enlouqueceu crianças, e principalmente pais, na minha infância foram os Tazos (devo ter corantes de Cheetos até hoje na minha circulação sanguínea). Esses tempos eu tava comprando meu Doritos pra comer com cerveja de sempre e vi a propaganda dos “Tazos virtuais”. MAS. QUE. CARALHO. É. ESSE. Meu desgosto foi tão maior que minha curiosidade que nem entrei no site pra ver.
          Eu fui imbecilizada pela internet apenas a partir da minha adolescência e ó no que deu, imagina essas crianças de hoje que já nascem sabendo mexer num smartphone? Tsc.

            • Nem videogame a gente podia jogar direito porque “faz mal pras vistas” ou “estraga a TV”. <3
              Minha mãe era mais esclarecida, mas quando a gente tava com só uma TV em casa eu não podia jogar na hora da novela. =/

              • Dani, pega um videogame de antigamente, pode ser no iútóba mesmo, ou então baixa um emulador e coloca pra rodar. Se vc aguentar aquelas musiquinhas de merda por mais de 2 minutos sem tentar introduzir o mouse na xoxota vc ganha um brinde. Acho que nossos pais estavam se preservando proibindo ficar tempo demais com aquela porra de master system ligado.

                • HAHAHAHAHA entendo, tinha uns com umas musiquinhas bem enjoadas mesmo, mas o jogo do Mario, por exemplo, tem uma trilha sonora razoavelmente elaborada, não dá vontade de morrer.

                • Sinceramente, eu prefiro os videogames de antigamente…

                  Ontem mesmo instalei um emulador de megadrive no meu notebook para jogar sonic.

                  Não gosto destes jogos atuais onde os gráficos são quase reais mas o jogo em si perdeu qualidade, na minha humilde opinião.

                  • Eu não gosto desses jogos modernos porque não tenho nenhuma noção geográfico-espacial e me perco nos cenários. Por isso gosto de Mario, que é só ir em linha reta.

            • Interessante comparar as infâncias… minha geração dos anos 90 diria que sofreu uma certa “vitimização” afetada pelo processo de virtualização das coisas. Explico-me: na minha época ainda tinha lá video games nitendo, game-boy, nitendo 64… e a bem dizer até hoje jogo com minha irmã mais velha o mario kart, sonic…. Nas últimas férias mesmo eu venci ela no mario kart e deu briga entre a gente rsrs… é aquela coisa: certas rivalidades nunca morrem! haha

              Mas voltando ao ponto: blz, tinham esse videogames que nem eram lá evoluidissimos como o PS3, wii, xbox 360 e outros que tem por aí que conectam na web, tem como bater papo, jogos em 3D etc etc… Eu também vivi a época dos tazos da elma chips, da pokebola que vinha nos guaranás, da amoeba, enfim…

              Outro ponto que destaco é essa questão do celular: meu 1o celular foi lá aos 13~14 anos, mas daí eu já tava um tanto “evoluidinho” e poxa… era um celular simples! Agora vejo essa galera aí de 8~9 anos com smartphones na mão conectados no twitter e facebook o dia inteiro no 3G ou wi-fi… pqp! Me espanta ver isso, mesmo eu não sendo tão velho assim!

              Além disso, uma coisa levando a outra etc etc, chego no seguinte ponto: fico analisando também o comportamento deles! Poxa! Tem criança ai de 10~12 anos andando no shopping SOZINHO, vestidos como adultos e agem como adultos: resolvem problemas por meio de ligações, marcam reuniões, desmarcam compromissos… pooo? Enfim, repito: mesmo não sendo tão velho assim fico analisando a diferença cruel entre as gerações tão próximas… e fico horrorizado ao ver certas coisas!

                • Fui ter meu primeiro celular com 20 anos e ainda assim foi porque comprei com o dinheiro que dei sorte de ganhar na loteria (se fosse depender da boa vontade alheia, estaria era fudido, isso sim).

                  Quando pedi o celular, não queriam me dar, mas quando comprei, papai querendo que eu desse o celular de mão beijada e meu irmão querendo o celular emprestado pra tirar onda com os coleguinhas… AFF!

          • Malditos Hipsters! Estragando sua infância no mundo virtual desde sempre.

            Agora falando sério, é um joguinho sem graça na tentativa de alavancar as vendas sem que se tivesse o aumento de custos por conta da produção dos “Tazos”.

    • Saudosista de sunga

      Dani, não é demérito seu. A metrossexualização borrou as fronteiras entre a aparência hetero e gay, assim como a periguetização generalizou o look garota de programa, estendendo-o às crianças. Hoje em dia, só de olhar não dá mesmo pra saber.

      • Pior: os gays finos, sofisticados, justamente para se diferenciar da “bichinha pão com ovo” estão fazendo questão de abolir esse look metrossexual, que já embregueceu faz tempo. O bacana agora entre os gays mais sofisticados é não parecer gay, OU SEJA, mais um fator para dar um nó na cabeça das mulheres. Eu definitivamente não sei dizer quando um homem é gay.

        • Você diria nos anos 80 que o dueto do PSB ou o George Michael eram?

          Quanto ao dueto, com um pouco de conhecimento, dava pra saber, mas quanto ao George, bem… Precisava ser mais esperto que a média pra sacar.

            • Nem me lembro direito do “Ken” da Barbie… O que me lembro era do Ken Cabelinho de He-Man do Street Fighter.

              Apesar do quimono vermelho, não era tão viado quanto o bombado da Mattel.

            • Nunca brinquei com bonecos/bonecas e tmb não consigo identificar a maioria dos gays… várias vezes identifiquei após receber um flerte do grosso. Até então achava inocentemente que o cara só estava papeando por estar sozinho na balada. Foda. Aliás, ô dani bucetilda, o que acontece com Curitiba? Acho que chegaram mais em mim aí do que em Campinas!

        • Gente ces juram que já ta tendo aí a vibe dos “gays comportados”? Pq olha… ainda vejo muita bixinha pão com ovo metrossexual por ai…

            • Exato! Trabalho (período de férias) numa livraria que, se não fosse eu ali, diria que o pré-requisito é ser gay para entrar.
              Porém a maioria não é afetada e se veste de uma maneira “normal”. Tive dúvida com alguns…

              Mas sobre o texto: Sally, tem horas que tenho vontade de chorar. Isso está acontecendo não é só com os brinquedos, os livros também refletem essa futilização que as crianças estão sofrendo. A livraria fez um bota-fora na época de natal com livros de todo tipo a R$9,90, e dentre eles estava uma coleção da maldita Barbie. Cada título que eu lia era um desgosto. Engraçado que na época fiz uma piadinha bem parecida com a sua. Tragicômico…
              E nessa mesma época eu vi e ouvi coisas absurdas vindas DOS PRÓPRIOS PAIS. Coisas do tipo: filho querendo levar um livro de história, e o pai/mãe dizendo “Você não vai ler isso tudo, olha a grossura desse livro” “Você não prefere um brinquedo? O livro você só irá ler uma vez”…

              Até que de vez em quando entram umas crianças educadas e calmas. Geralmente os pais seguem a mesma linha. Acho lindo e penso “ufa, nem tudo está perdido”. Mas logo em seguida entram três crianças mimadas e mal educadas, e eu tenho vontade de extirpar meu úteros com as mãos.
              Eu sinceramente penso muito na questão de ter filhos -hoje em dia-. Mesmo oferecendo boa educação e limites, tem o mundo lá fora ensinando para eles que o CERTO é ser errado. Brinquedos, TV, internet, LIVROS… não tem mais salvação. #Fimdomundovemlogo

              PS.: outro dia achei um pocket com o título original “O caso dos dez negrinhos”, lembrei do Desfavor, claro.

              • Isa, eu me pergunto a mesma coisa: até que ponto educar, estimular atividades culturais, incentivar o diálogo presta se o que a criança vai encontrar no mundo lá fora é quase sempre lixo? Dá para lutar contra tudo isso? Eu acho que não…

              • Sério mesmo, vejo muito livrinho entre a linha meia boca e a linha porqueira nas livrarias, mas fazer o que? Infelizmente o apelo comercial muitas vezes pesa mais do que a qualidade do material em si.

                E quanto ao desfavor dos pais, é aquilo que eu chamo de EVASÃO DE RESPONSABILIDADE. O fulanão prefere muito mais ficar com o cu na cadeira assistindo TV ou mexendo na internet do que orientando as crianças sob a sua tutela.

                Depois perguntam porque “o mundo está perdido’… Precisa dizer?

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