Processa Eu!: Mozart

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É um grande desfavor cultuar um mito que funda sua competência em uma dádiva divina, quando em verdade seu mérito veio do bonito e honesto esforço pessoal. É nefasto que na escala de admiração o esforço pessoal seja destronado por explicações religiosas. É inaceitável uma piranha qualquer consiga reescrever a história e por fim, é nojento o processo de semi-divinização que se faz das pessoas quando elas morrem. Um músico de notável capacidade e desempenho? Sem dúvidas, mas ainda assim, uma fraude a seu próprio modo, um tremendo desfavor. Processa Eu: Mozart.

A aparência não era das melhores: baixo, muito magro, muito branco e com marcas por todo o rosto em decorrência de varíola. Sua orelha esquerda era deformada, por isso ele procurava escondê-la atras do cabelo. Uma papada e um nariz proeminente fechavam o pacote. Mal sabia ele que após sua morte ocorreria um embelezamento progressivo em suas feições, até culminar em um rosto com agradável pele lisa e nariz harmônico. Como pode a história errar tanto assim? Com a ajuda dos seres humanos. Assim que Mozart morreu, foi feita uma máscara do seu rosto para eternizá-lo, mas adivinha? Ela se “perdeu” e a imagem que temos dele hoje é bem mais estética do que a original. Fato: ninguém se dedica tanto a uma profissão ou hobbie a ponto de alcançar tamanha perfeição se pudesse estar comendo muita mulher. Para ter esse grau de comprometimento, evidente que era barango.

Mozart foi uma criança adestrada ferrenhamente pelo pai, uma espécie de Michael Jackson só que da música classica. Exaltam que foi um “gênio” que fez suas primeiras composições ainda criança, mas não contam a história toda, fazendo-o parecer um predestinado, um abençoado. Nada disso, dois fatores depunham a favor dele: hereditariedade (ele vinha de uma família de músicos, inclusive sua mãe tocava cravo quando estava grávida, ele literalmente nasceu ouvindo música) e muito treino desde muito pequeno, supervisionado por seu pai, um professor de violino disposto a fazer do filho um grande músico.

Por mais que se goste de retratar Mozart como um gênio com um dom divino, ele era apenas uma criança muito bem estimulada desde muito cedo e com uma propensão genética para a música. Um bom músico? Sem dúvida, mas ralou muito para chegar lá, de “divino” seu sucesso não tinha nada. Não obstante, seu pai, um homem muito religioso, se referia a ele como “um milagre que Deus fez nascer” e outras imbecilidades, jogando fora anos de treino, preferindo acreditar em um “presente divino”.

O demente do pai pensar assim tudo bem, o que me revolta é que esta imagem foi perpetrada por biógrafos e é comprada por muitos até hoje, gerando o desfavor social que faz muita gente achar que as coisas podem cair no seu colo “por vontade de Deus” sem esforço próprio. Não fode, uma criança cuja família já apresentava aptidão para aquela atividade treinada por profissionais desde os quatro anos de idade dez horas por dia fica boa em qualquer merda que faça. Deus é o caralho! Não precisa uma análise mais profunda para ver que o mérito era da dedicação e não divino.

Justamente por conta de tanto esforço e dedicação, Mozart teve uma infância bastante cruel, ensaiando muito, excursionando e se apresentando para nobres tal qual uma foca adestrada. Há relatos de que ele frequentemente chorava, dizia que queria ter tempo para brincar e que sentia falta da mãe. Dom? Não, não. Trabalho escravo de criança mesmo. Alguns biógrafos metidos a psicólogos concluem com muita facilidade que, por não ter desfrutado de sua infância, Mozart se tornou um adulto infantilizado, entretanto, tudo indica que era um merdão mesmo e esta imagem de eterna criança teria sido alimentada para esconder como era um sujeito mimado, arrogante e imbecilóide.

Mozart era anti-ateus ferrenho, ou seja, mala sem alça. Há relatos de que ele e seu pai por mais de uma vez iam às ruas paunocuzar pessoas que haviam desistido do catolicismo na tentativa de fazê-los voltar para a religião. Também se especula que fosse Maçon, organização na à época tinha força suficiente para alavancar carreiras e reescrever a história. Nos seus piores momentos teria sido bancado por pela maçonaria e não raro esta organização teria ajudado a divulgar seus trabalhos.

Casou com uma desclassificada chamada Constanze, uma perigute de época, que não sabia se vestir nem se portar e enchia sua cabeça de chifres. Na verdade, ele estava interessado na irmã da moça, mas a irmã, que era o que na época se chamava “uma moça direita” cagava e andava para ele, já que de fato ele era muito horrendo, muito fodido de dinheiro, beberrão e instável. Vendo que seu layout e personalidade repulsiva não lhe permitiriam muita escolha e que a irmã da sua pretendente era uma vadia que se insinuava vulgarmente para ele, Mozart se conformou com o prêmio de consolação.

Diversas cartas do seu pai relatam o desgosto de vê-lo se casar com a piranha do bairro, com uma vadia sem postura. Várias cartas escritas pelo próprio Mozart para sua esposa em períodos onde ele estava viajando mostram a falta e confiança sua preocupação com as roupas e modos piranhescos de sua mulher. Ela era vulgar, sem modos e porca. A casa deles era um lixo. Há relatos escritos dos mais diversos tipos de falta de higiene em uma época onde falta de higiene tinha um significado bem mais forte do que hoje em dia.

Mozart trabalhava como um freelancer, recebia por cada obra composta, o que lhe rendia certos períodos de perrengue, sobretudo em função da vida desregrada que levava. Essa aura de “o melhor do mundo” só veio com o tempo, após sua morte. Em vida, não era considerado isso tudo. Inclusive havia outros músicos com mais prestígio do que ele, como por exemplo Antonio Salieri, retratado como seu rival, como vilão, como inimigo. Pura mentira.

Salieri era contratado e recebia um salário fixo para ser O compositor da corte e diretor da orquestra do Teatro Municipal de Viena. Ganhava bem, ganhava fixo e seu cargo era o de maior prestígio no universo da música. Além disso a qualidade técnica de Salieri era excelente, ele não estava ali de favor ou por contatos. Enquanto Mozart contava moedas para comprar comida, Salieri dava aulas para alunos como Schubert, Liszt e Beethoven. Parece mesmo que uma pessoa assim invejaria um sujeito desregrado, fodido e descompensado como Mozart? Seria algo como dizer que Freddy Mercuri sentiu inveja de Rafael Pilha.

Mesmo quando foram colocados lado a lado, Mozart não conseguiu ofuscar Salieri. Muito pelo contrário. Há diversos relatos que a ópera Don Giovanni de Mozart teria sido ofuscada por Tartare, de Salieri e que Mozart ficou putíssimo da vida com isso. Se alguém tinha motivos para sentir inveja, era Mozart, e de fato sentia. Foram encontradas mais de uma carta onde Mozart se ressentia do sucesso de Salieri, falava mal dele com despeito e muitas vezes até o xingava por sua ópera ter mais “audiência”. Em compensação, nunca foi encontrada uma linha onde Salieri falasse mal de Mozart, muito pelo contrário, com frequência o elogiava. Mas, a história sempre fica mais interessante se for contada com uma pitada novelesca de intriga, inveja e conspiração, Milos Formam que o diga.

A verdade é que não existe nada, eu disse NA-DA, nenhum registro, carta ou documento que leve a crer que Salieri tinha alguma coisa contra Mozart. Muito pelo contrário, existem cartas escritas por Mozart onde ele faz comentários extremamente recalcados a respeito de Salieri. Ainda assim, o boato de que Mozart teria sido envenenado por Salieri é muito mais interessante do que admitir que ele morreu em função de uma doença de pobre somada a sua saúde detonada e à precariedade dos tratamentos médicos da época. Gente escolhida por Deus não deve morrer de uma doença de pobre e sim por um assassinato de cunho conspiratório. Só que hoje em dia, com dezenas de documentos a verdade veio à tona e se sabe que nada prova a tese do envenenamento.

Então porque insistem em alimentar essa rivalidade e colocar Mozart como gênio perseguido? Porque ele morreu, e desde sempre quem morre vira mártir. Até sua morte era um idiota beberrão que muitas vezes não tinha dinheiro nem para comer, depois da morte era um gênio que teria sido envenenado por um rival invejoso. Coitado do Salieri, ele jamais disse a famosa frase a ele atribuída, “Eu matei Mozart”, e mesmo assim levou a fama. Para contruir mitos muitas vezes é preciso arruinar vidas e reputações. O herói é sempre mais herói se houver um vilão para fazer contraponto.

Na verdade, quem odiava Salieri com vontade era a esposa de Mozart, Constanze vadia, que tinha uma picuinha pessoal com ele envolvendo vários barracos. Salieri não lhe dava atenção, mas sempre que podia ela brigava com ele, tentando desmerecê-lo e sabotá-lo para conseguir enfiar o marido no lugar. E como foi esta piranha a principal responsável por reescrever a históra de Mozart, adivinha se ela não aproveitou para meter na bunda do desafeto e queimá-lo para todo o sempe?

Após a morte de Mozart, sua esposa periguete desclassificada era a única a ter acesso a documentos, cartas e informações que embasariam uma biografia. Há correspondências escritas por ela afirmando que destruiu tudo que pudesse ser prejudicial à imagem dele para tentar, por consequência melhorar a imagem dela e valorizar suas obras. Havia interesse dela em criar um mito de modo a ganhar uns trocados não apenas com a música como outros pequenos investimentos, por exemplo, cobrar por visitações a sua casa e por informações sobre seu marido.

A irmã de Mozart também participou da brincadeira, afinal, quanto mais valorizasse o patrimônio da família, melhor. Quando perguntada porque seu irmão nunca conseguiu se firmar na carreira, ela o pintou como uma criança que nunca cresceu, como se sua infantilidade fosse a causa e não motivos mais prováveis como seus vícios, seu estilo de vida decadente e sua personalidade intratável. Esse relato plantou a sementinha errada que foi perpetrada por séculos, a imagem de “gênio infantilizado” que o exime da responsabilidade por ser o que era. Quem viu o filme “Amadeus” sabe do que eu estou falando. Um Mozart pimpão, carismático, simpático e infantilizado que em nada se parece com os poucos documentos históricos obtidos de outra fonte que não da sua esposa ou a irmã. Era um sujeito ruim, capaz de maldades, baixarias e puxadas de tapete. De criança não tinha nada.

Fato é que por sua própria incompetência ele vivia em dificuldades econômicas e não era muito respeitado. O desprestígio era tanto, que depois de morto, foi enterrado em uma vala comum, como um indigente. Se suas obras fossem mesmo tão sensacionais e fora do comum e se ele fosse tão querido, uma “criança grande”, será que isso teria ocorrido? Isso não se questiona, pois questionar uma unanimidade é pedir para apanhar. Questionar Mozart pinta um alvo na sua testa e não são todos que tem força e coragem para passear em praça pública sabendo que vão levar tiros.

A imagem de gênio que nasceu com um dom e foi injustiçado por inveja foi se consolidando. Mozart era um esforçadinho que teve um pai que o adestrou desde muito cedo para ser bom em uma única coisa: música. Será que qualquer criança média, vinda de família de músicos, se sofresse esse tipo de lavagem cerebral e fosse exposta a horas e mais horas de treinamento diário desde a mais tenra infância não teria a mesma capacidade? Há biógrafos que dizem que Mozart tinha “o dom”, como se fosse um escolhido de Deus, como se não precisasse estudar e praticar para chegar onde chegou. Não é verdade, suas primeiras composições foram bem ruinzinhas, numa vibe “cai cai balão” e ele foi sendo aperfeiçoado por seu pai, melhorandograças a uma infância totalmente dedicada à música que se resumia a muitas e muitas horas de estudo e prática.

Curioso que o próprio Mozart nunca se referiu a si mesmo como portador de um “dom” ou algo divino. Muito pelo contrário, não raro havia comentários recalcados exalando raiva sobre como um ou outro músicos eram melhores do que ele, não por modéstia, mas sim com despeito. Em uma das cartas ele pede ajuda para encontrar uma forma de roubar a composição de um músico que ele considerava brilhante, admitindo que ele jamais seria capaz de compor algo tão belo.

Mas isso não é típico de herói, isso não vende uma imagem boa. E neguinho queria lucrar em cima do morto, afinal, a família precisava comer. Graças a essa clara intenção de divinizá-lo, chegou a ser divulgada uma suposta carta escrita por Mozart onde ele falava da inspiração divina que usava para compor, falando também sobre Deus e equiparando o momento da composição com um sonambulismo. Só que foi comprovado que esta carta era falsa, comprovando-se também que fabricar mitos, além de ser algo muito rentável, também é muito antigo.

Engraçado que em vida o sujeito vivia sem dinheiro e com prazos para entrega de sua composições estourando, pois era um beberrão desregrado sem a menor disciplina. Mas, após sua morte, sua esposa periguete vendeu centenas de obras suas. Como assim? Estavam todas prontinhas e engavetadas? Ou será que ele, mesmo doente, teve ums surto de produtividade e deixou centenas de obras sobressalentes poucos dias antes de morrer? Evidente que não. Tudo indica que ela quis fazer algum dinheiro e, à medida que a imagem divinizada de “gênio invejado” de Mozart se consolidava, ela distribuia obras de outros compositores como sendo do marido, com preço inflacionado. Pois é, muita coisa que se atribuí a Mozart não deve ser de autoria dele. Há cartas que indicam supostas negociações dela com compositores sem fama encomendando obras para supostamente serem divulgadas como sendo de Mozart e em troca dividiria o lucro com eles.

E só para constar, Mozart não é unanimidade. Ocorre que quando se fabrica um mito todo mundo consegue ver a roupa do Rei e dificilmente alguém tem culhão de gritar que o rei está nu. Compositores reconhecidos como Berlioz meteram o pau, ele classificou as obras de Mozart como “todas iguais e tediosas”. Mas isso ninguém divulgou, porque qualquer crítica que se faça a um mito é inveja. É sempre inveja. Ou melhor, é ENVEJA. Longe de mim criticar Mozart musicalmente, nem tenho conhecimento técnico para isso. Minha intenção é mostrar como por questões circunstanciais ele foi para a história como mito. Se fosse de interesse à época, poderiamos estar todos cultuando Salieri.

A mitificação de Mozart teve mais a ver com questões circunstanciais do que propriamente com seu suposto “dom” e não reflete o reconhecimento que ele teve em vida, que foi muito pouco se comparado com a idolatria de hoje. Mozart era um fofoqueiro, um invejoso, um baixaroca, uma pessoa incapaz de administrar sua vida pessoal e seu trabalho, que frequentemente sujava seu nome descumprindo prazos ou fazendo obras medíocres em cima da hora só para ganhar algumas moedas. Gênio? Não, desculpe. Foi uma criança muito bem treinada que jogou fora uma baita oportunidade na vida adulta. Não tem muito para se admirar em uma pessoa assim.

Para me perguntar quem eu acho que sou para falar mal de Mozart e ouvir a resposta padrão: “a dona do blog”, para dizer que acha mais legal a versão conspiratória onde ele foi envenenado ou ainda para dizer que só conhece Mozart por causa do comercial do Cheddar McMelt: sally@desfavor.com

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Comments (104)

  • Se teus argumentos estiverem todos corretos amigo, a música de Michael Jackson é a melhor do mundo ( já que ele vendeu mais que a maioria), J.K. Rowling, autora de Harry Potter é melhor escritora que James Joyce, escritor de Ulisses(já que a escritora de Harry Potter vendeu mais).
    Não menospreze Mozart só porque inventaram uma mentira sobre a morte dele. Só para lembrar-lhe: não foi Mozart que inventou essa história, mas outros. E se mais de 200 anos de elogios, dos críticos musicais à obra Mozart parece sorte, compare você mesmo as obras de todos os autores clássicos e… Ah, você não tem essa capacidade.

    Faça o desfavor de estudar música antes de criticar um GÊNIO.

  • Acho que está claro, evidente e absolutamente certo, o desespero de um Estado como a Áustria ter enterrado um gênio como indigente, dada a estrutura de uma monarquia com uma corte cercada de miseráveis, em , colocá-lo definitivamente (de acordo com toda a estrutura que você citou que não vou nem entrar no mérito do fato de uma puta praticamente, conseguir com partituras medíocres como você citou, inferiores a até a Salieri, elevarem-no ao grau de gênio) no patamar dos maiores compositores de todos os tempos. A peça ao qual se originou o filme Amadeus, foi criada por um Russo, e é claro que exagerada e dramatizada, mas sua música não precisa de peça, e muito menos de fofocas torpes de verdades que já sabemos praticadas, para elevá-la ou diminuí-la. E francamente, já ouvi praticamente tudo que consegui do Salieri, não há como compará-lo a Mozart, infelizmente ele foi um bode expiatório. Deixe o cabra em paz.

  • Na verdade, Mozart nunca disse ter inveja do talento de outros compositores mas sim das suas posições. No que toca a talento puro, Mozart foi o melhor de sempre, mas viveu num tempo de restrições musicais (classicismo puro) não tendo conseguido sequer mostrar um décimo do seu talento. E não era uma pessoa ruim: basta ler suas cartas para perceber que era boa pessoa, puro e, sim, extremamente infantil. Basta ler suas cartas e as cartas de quem o conheceu. O descrevem como uma pessoa muito boa, que nunca se zangava e que estava sempre na brincadeira. Leia!

    Quanto a escrever “em cima do joelho” e não conseguir cumprir os prazos: é normal. Mozart era um free-lancer e nem sempre conseguia escrever a música nos prazos que lhe pediam (até porque muitas vezes tinha várias comissões ao mesmo tempo). Para além disso, como não tinha salário fixo, escrevia a troco de dinheiro (as chamadas comissões), caso contrário morria à fome.

    Não é unanimidade que o seu legado seja o melhor (Bach tem este prémio), mas é unanimidade (ou quase, visto que nunca há realmente unanimidade) que era o mais talentoso.

    E sim, Mozart tinha muitas “obras engavetadas”. Das mais de 800 (se perderam 200) que escreveu, só 100 foram publicadas aquando da sua morte. Quando se apercebeu da marca “Mozart”, sua mulher Constanze se pôs a pedir a comissionadores, publicadores, copistas e à própria família real, trabalhos que o marido havia escrito, e que não tinham sido publicados, para vender. Não é verdade que tenha usado trabalhos de outros compositores! Pelo contrário, deu por si com alguns comissionadores e coleccionadores a tentando enganar e alguns, como o comissário do Requiem, tentando apagar a autoria do marido! E Constanze não reescreveu nada: se limitou a vender os trabalhos e cartas dele. Não fez nada de mais pelo legado dele, acredite. Chegou ao ponto do 2º marido, Von Nissen, não querer sequer o testemunho dela para escreveu a biografia de Mozart.

    E já agora: só uma pessoa que não percebe nada de música sequer compararia Salieri a Mozart. Salieri era, sim, inferior. Das suas 40 óperas nem uma se aproveita. E a música instrumental, mesmo sob as restrições da altura, é medíocre. Para além disso, Salieri impediu que Mozart conseguisse uma posição no sistema patronal de Viena.
    E Berlioz, contrariamente ao que li, adorava Mozart. Como adoravam Beethoven, Tchaikovsky, Chopin, Schubert, etc.

    Mas eu percebo o tom jocoso, apesar de tudo. Mas há certas coisas, me desculpe Sally, que mostram que você não percebe muito do assunto. Criticar o Mozart por não cumprir prazos ou escrever a troco de dinheiro?! Qualquer conhecedor de música sabe que ele era free-lancer por não haver vagas nos sistemas patronais, o que significa que escrevia a troco de comissões e, portanto, tudo isso era inerente (nem sempre conseguia cumprir os prazos e o fazia a troca de dinheiro…senão morria!). Para além disso, você deveria ler mais sobre a pessoa Mozart. Ele não era ruim. Ah, porque não compra o livro das cartas dele? Se vai apaixonar, lhe garanto. =P

    Ah, e não vou processar vc!!! Beijo.

      • Oi Sally!

        Sim, conheço sua obra (já assisti a algumas das suas 40 óperas ao vivo, inclusivé) e acho Salieri inferior. Sem dúvida.

        Não sou dona da verdade, é simplesmente minha opinião. Dei-a mostrando todo o respeito por si e seu blog.

        A sério: leia as cartas de Mozart! Vai-se apaixonar =)

  • Concordo em partes, e também acho injusta a forma a que se referem ao Salieri no filme Amadeus e que por sinal acabou ganhando mais relevância do que deveria.

    De qualquer forma ainda acho a música de Mozart estupenda e digna de todos os créditos que tem, vale lembrar que acho isso da música e não exatamente dele como pessoa.

    • Mas que ele fez música de qualidade ninguém nega, nem mesmo eu! Só que a história dele foi recontada para endeusá-lo de uma forma que nem sempre correspondeu à realidade.

    • Eu disse que eu sou melhor compositora do que ele? Eu disse que ele não sabe compor?

      O que eu disse é: ELE NÃO É UNANIMIDADE

      Mas de qualquer forma, bom saber que você se doeu e veio aqui mais uma vez… numero de IP não falha

      hahahahaha

    • Denise Berto- Jornalista

      Seria cômico se não fosse trágico. Quem é esse ou essa babaca? Mozart é, foi e sempre será um dos maiores gênios musicais da humanidade. Você é ridículo (a)!!!!!!!

      • Primeiro que eu sou mulher, logo, seria ridícula.

        Segundo que eu não neguei a aptidão dele para música, apenas desconstruí uma personagem que foi criada após sua morte.

        • Paulo santiago

          de onde você retirou essas informações sobre mozart?todos os instrumentista clássico, compositores sabem que ele foi um gênio… só me diz de onde você tirou tudo isso não tenho nada contra você sei nem quem você é pois num mostra seu rosto nem nada vi por acaso essa publicação sua…mais acho que você deveria entender mais de música clássica pra falar algo desse modo parece que você emiti um ódio imenso ao escrever sobre mozart o que parece é isso!

  • [OFF-TOPIC]
    Alguém pode me explicar what porra is this? http://oglobo.globo.com/rio/cabral-aprova-lei-da-moral-dos-bons-costumes-7329567
    Vou colar a notícia:

    RIO — O nome é pomposo e, pela extensão e conteúdo que sugere, vai exigir um esforço sem precedentes do governo do Rio: “Programa de resgate de valores morais, sociais, éticos e espirituais”. Sancionado na quinta-feira pelo governador Sérgio Cabral, o projeto de lei, de autoria da deputada Myrian Rios (PSD), tem a finalidade “promover o resgate da cidadania, o fortalecimento das relações humanas e a valorização da família, da escola e da comunidade como um todo”. Explicação muito genérica?
    A deputada dá uma dica na justificativa do projeto: “infelizmente, a sociedade de uma maneira geral vem cada dia mais se desvencilhando dos valores morais, sociais, éticos e espirituais (…) Sem esse tipo de valor, tudo é permitido, se perde o conceito do bom e ruim, do certo e errado. Perde-se o critério do que se pode e deve fazer ou o que não se pode”. Para disseminar o que é certo e errado, a nova lei determina que o governo do estado deve fazer convênios e parcerias “articuladas e significativas” com prefeituras e sociedade civil.
    Procurado, o governador deixou que a Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos a missão de explicar como aplicará o programa, já que o órgão é quem deve pôr em prática nova lei. Mas até mesmo o secretário Zaqueu Teixeira (PT) foi pego de surpresa. Teixeira informou que terá ainda que discutir como regulamentar a lei, definindo quais serão os projetos para o “fortalecimento das relações humanas”.
    Myrian Rios foi eleita em 2010 pelo PDT, depois foi para o PSD, hoje partido da base do governo. A ex-atriz e missionária já se envolveu numa polêmica em 2011 ao insinuar num discurso na Alerj haver semelhanças entre a pedofilia e a homossexualidade. Na época, disse que foi mal interpretada e pediu desculpas.

    • Desfavor da semana em potencial? Grande preocupação dos cariocas com a moral e os bons costumes, né? Enquanto garotas tomam porra ou até mesmo são estupradas no busão ou algo que o valha, os bonecos da ALERJia aprovam essa…

      Ao lado disso, a turminha da câmara da caraoca aprova aumento de salário pra 19.200… E acha que povinho vai reclamar? Vai nada, que senão arrisca é de levar esporro e até bala na cabeça.

        • Isso aumenta o desfavor, né? [;)]

          Ah, e a Forbes divulgando a parada dos “Pastores mais ricos do Brasil”… Outra digna do TOP DES, porque o desfavor principal tem a participação da Míriam Leitão Rios.

    • Ah, acabei me esquecendo… No pacote ainda tem ESSA.

      Uma beleza esse pessoalzinho reaça em nome da “moral e dos bons costumes”, não? JUNTA TUDO E TEM O DESFAVORZAÇO DA SEMANA!

  • Agrada-me bastante esta postura de analisar e mostrar o outro lado dos mitos, seja ele qual for. Mas quanto a este post sobre Mozart gostaria de fazer algumas ressalvas, pois penso que botar sua aparência, seu caráter e seu talento musical no mesmo balaio, me parece – mesmo com a resposta “um músico de notável capacidade e desempenho? Sem dúvidas, mas ainda assim, uma fraude a seu próprio modo” – ser uma postura incorreta, que acaba subestimando sua importância como compositor, principalmente para aqueles que nada conhecem de sua arte.

    Não desejo discutir aqui Mozart como pessoa, pois ele foi humano e, como todos os humanos, teve sentimentos naturais a nossa espécie.

    A afirmação: “Ninguém se dedica tanto a uma profissão ou hobbie a ponto de alcançar tamanha perfeição se pudesse estar comendo muita mulher. Para ter esse grau de comprometimento, evidente que era barango”.

    Penso que esta afirmação de que sua feiura foi uma das principais explicações para seu talento musical é uma generalização, no mínimo, forçada já que, sendo a feiura uma característica que também está presente na cena musical de todas as épocas, não explica por que então não temos mais gênios musicais. Além do mais, há, sim, muitos que priorizam outras coisas além do sexo.

    “Exaltam que foi um “gênio” que fez suas primeiras composições ainda criança, mas não contam a história toda… Nada disso, dois fatores depunham a favor dele: hereditariedade (ele vinha de uma família de músicos, inclusive sua mãe tocava cravo quando estava grávida, ele literalmente nasceu ouvindo música) e muito treino desde muito pequeno, supervisionado por seu pai, um professor de violino disposto a fazer do filho um grande músico”.

    Hereditariedade! Bem, eu não sei ainda os mecanismos para talentos artísticos herdados hereditariamente, nem mesmo se estes são apenas adquiridos pelo ambiente, mas me parece que esta noção de hereditariedade é muito mais Lamarckiana que Darwiniana, já que lembra as erradas teses de Lamarck de que as características adquiridas por um indivíduo durante sua vida é passada hereditariamente para seus descendentes, isto é, as giravas de hoje possuem pescoços longos devido ao esforço repetitivo de seus antepassados de apanharem folhas nos arbustos mais altos.

    Outra explicação apontada para negar a genialidade do talento musical de Mozart no texto foi que seu pai lhe obrigou desde cedo a se dedicar as aulas de música, afirmando por fim que “uma criança cuja família já apresentava aptidão para aquela atividade treinada por profissionais desde os quatro anos de idade dez horas por dia fica boa em qualquer merda que faça”.

    Isto pode até ser uma boa explicação para músicos precoces, mas não explica o talento da composição, da inspiração. Além disso, sabemos que precocidade não sustenta uma carreira duradoura, pois demonstrações de crianças precoces eram muito comum na época, mas nem todas tiveram carreiras duradouras.

    “Suas primeiras composições foram bem ruinzinhas, numa vibe “cai cai balão” e ele foi sendo aperfeiçoado por seu pai, melhorando graças a uma infância totalmente dedicada à música que se resumia a muitas e muitas horas de estudo e prática”.

    Por mais simples, pelos padrões da época que fosse, suas primeiras composições (compostas pra valer na adolescência), era exigido uma complexidade infinitamente maior que a mais complexa música popular de hoje, e até mesmo maior que a bela “cai cai balão”.

    “Mesmo quando foram colocados lado a lado, Mozart não conseguiu ofuscar Salieri. Muito pelo contrário. Há diversos relatos que a ópera Don Giovanni de Mozart teria sido ofuscada por Tartare, de Salieri e que Mozart ficou putíssimo da vida com isso. Se alguém tinha motivos para sentir inveja, era Mozart, e de fato sentia. Foram encontradas mais de uma carta onde Mozart se ressentia do sucesso de Salieri, falava mal dele com despeito e muitas vezes até o xingava por sua ópera ter mais ‘audiência’”.

    Mozart, ao contrário de Salieri, morreu pobre, sim, porque sempre foi fiel a sua música. Salieri, como compositor da corte, era obrigado a acatar o gosto musical do rei José II e, por sua vez, de sua corte. E enquanto Salieri mantinha sua música conservadora para agradar ao rei, Mozart trazia elementos novos a música. O rei José II, durante a audição da ópera O Rapto do Serralho de Mozart, por exemplo, disse: “Notas demais meu caro Mozart”; ao que este respondeu demonstrando sua independência de espírito: “Nenhuma só a mais, majestade”. Mozart como não quis ceder ao conservadorismo do rei, passou então apresentar suas obras em pequenos teatros populares. Mozart foi um dos primeiros músicos a não se vender as elites.

    “Até sua morte [Mozart] era um idiota beberrão que muitas vezes não tinha dinheiro nem para comer, depois da morte era um gênio…”.

    O que aconteceu com Mozart e Salieri foi o mesmo que aconteceu com Telemann e J. S. Bach, e se Bach é muito mais lembrado que Telemann, hoje, deve-se a qualidade superior de sua música, nos elementos novos trazidos, no poder de influenciar novos músicos etc. E assim como Bach, que possuía o humilde emprego de organista de igreja, Mozart é hoje mais lembrado que Salieri, não por ter sido “um idiota beberrão”, mas pelo conjunto de sua obra, que o fez ser conhecido, independente de seu caráter e de sua pobreza.

    “Mozart não é unanimidade. {…]. Compositores reconhecidos como Berlioz meteram o pau, ele classificou as obras de Mozart como “todas iguais e tediosas”.

    Em música não há unanimidade de gostos. Porém Mozart foi extremamente importante para dar o ponta pé inicial ao romantismo, influenciando, para tanto, Beethoven.

    “A mitificação de Mozart teve mais a ver com questões circunstanciais do que propriamente com seu suposto “dom” e não reflete o reconhecimento que ele teve em vida, que foi muito pouco se comparado com a idolatria de hoje. Gênio? Não, desculpe”.

    E não é um fato que muitos artistas compuseram, escreveram, pintaram etc., não para ser apreciados pelo presente mas sim pelo futuro?

    Mozart viveu 35 anos e compôs 626 obras. E não podemos culpá-lo com o que fizeram de sua memória.

    • Vou te dar um conselho, mermão: não nos leve a sério. Se você nos levar a sério vai se aborrecer e vai nos aborrecer.

      obs: Você tem tempo demais livre

      • Rorschach, El Pistolero

        Eu gostou muito do Desfavor e do que vocês fazem por aqui, mas eu preciso dar a minha opinião (direito garantido pela nossa Constituição – 11º Art., parágrafos I e II).

        Eu não me importo muito com o Mozart ou Salieri (por mim, podem dar as mãos no inferno e serem enrabados juntos pelo Capeta), mas o que me “incomoda” acaba sendo a postura da Sally.

        Você escreve um texto levantando pontos pra desmistifiar o Mozart (ok, perfeito), então um rapaz vem e discorda de certos pontos (ok, perfeito – talvez um pouco longo demais, mas depois do Marcel essa definição de “longo” ficou subjetiva) e a resposta é “não nos leve à sério” e “você tem tempo demais”? Eu não estou dizendo que você deva escrever uma dissertação de 20 páginas pra cada comentário, mas já que você vai responder, podia ser algo mais válido.

      • Ah, Sally, desculpe.
        Gosto muito dos seus textos mas, nesse caso, você errou a mão. E feio.
        O cidadão deu ótimos argumentos, você se esquivou e ainda usou de falácia no final.
        Só faltou dizer que, se ele não concordava, era porque não tinha ENTENDIDO (rs) o que você quis dizer. Ah, peraê, quem usa essa falácia é o Somir…

        • Releia o texto de falácia e depois releia o que eu escrevi

          Os argumentos dados não tem qualquer relação com a proposta do texto e não conflitam em nada com o que eu estava tentando passar

      • hahahahaha O cara te “cagou na cabeça” e você, sem ter o que falar, sem ter argumentos pra lavada que levou, solta essa frasezinha tosca “ai, leva na brincadeira pra não me aborrecer, tá?”kkkkkkk…Engole essa agora Sally..Falta de resposta à altura (ou capacidade intelectual pra responder) significa que o outro tem tempo livre demais.)Parabéns pela ótima resposta Bosco Chancen você realmente passa a ótima impressão de saber o que está falando.

      • Faça o seguinte, lave bem suas mãos, para não escrever besteiras tão nojentas sobre o Divino e maravilhoso Mozart. Limpe bem seus ouvidos, escute, escute, escute, mas escute com seus ouvidinhos bem atentos, ouça com toda a sua alma , coração e espírito. Ligue sua inteligência ( se a possuir ) , ligue sua parca sensibilidade, mas não se ligue em bobagens do tipo ” ele era magro e tinha papada” , pois isso é muito bobo e cretino , não tem nada a ver com arte entendeu? Então vamos começar novamente> lave suas mãos, limpe seus ouvidos, escute, escute, escute, esteja bem atenta, com o coração , o espírito e a inteligência bem ligadas. Sensibilidade para o que for essencial, e nada de superficialidades. Agora sim, pode ser que você comece a entender o que significa a verdadeira música , e porque Mozart é tão idolatrado: não é por causa de sua aparência, de sua história, de sua esposa, de seu pai, de sua papada, se sua peruca ou de seu narigão. Ele é idolatrado por sua MÚSICA!!! Pronto. Agora ouça e se prepare para se envergonhar muito de tudo que disse. Uma sugestão : https://www.youtube.com/watch?v=QFE3HH-Ozik. ESCUTE.

        • Em momento algum eu disse que ele era um mau músico. Lamento pela sua xognição precária. Lamento também que você me despreze tanto e tenha perdido tempo da sua noite de sexta para escrever tantas linhas. Sua sexta deve ter sido bem monótona. Desejo que sua próxima sexta-feira seja mais divertida e você não fique dando ibope para pessoas que repudia.

    • Só um ponto: hereditariedade de músicos pode acontecer sim. Música exige fatores físicos como um bom ouvido, concentração, “equilíbrio”, percepção musical, etc.

      Não a toa tem tanto filho de cantor que segue a carreira do pai. Não falando só da fama herdada, mas tb da voz, por exemplo.

      Usando o exemplo do Somir de hoje, os quenianos são mais aptos cara correr longas distâncias por seus físicos (herdados). As pernas deles não cresceram por causa da corrida, mas a corrida une pessoas com os mesmos interesses e tipos físicos que transmitirão esses genes aos seus filhos.

    • Olha, eu pessoalmente sempre tive certas birras com esta coluna. Batia na tecla de que se for analisar a vida pessoal de cada personalidade, sempre vamos encontrar algo podre – de perto ninguem é muito bonito.

      Depois relevei um pouco e levei para o lado de que o lado bom todos já conheciam; e a função da coluna não era demonizar de todo, mas apenas mostrar o outro lado. O que é válido. mas muita gente não conhece todo o ‘lado bom’. O tipo de acréscimo que o Bosco levantou é muito bem vindo, dito de minha parte.

      Agradeço o seu ‘tempo livre demais’ dedicado a expor isso ao desfavor.

  • Mozart era um merda… bom mesmo é o babaca que mal sabe escrever e se acha uma espécie de cronista, crítico e especialista em todos os assuntos. Ouviu, dono do blog? É com você mesmo que eu estou falando.

    Se o Mozart fosse um compositor do nível que essa porra de “Sally” (isso é nome de gente? Parece nome de cachorro) é um (uma) escritor (a), ninguém nunca teria ouvido falar do austríaco até hoje.

    • HAHAHAHAHA

      Obrigadaaaa por me dar tanta importância, fico muito feliz que meu texto tenha te causado algum tipo de incômodo para que você se dê ao trabalho de fazer este comentário! beijos!

      • Haaaa!!!! agora eu entendi! o objetivo é fazer as pessoas se incomodarem e te darem o prazer de te dar atenção!
        Como disse Salieri no final do filme MOzart: Deus abençoe a todos os medíocres !!
        todos os medíocres precisam de um Mozart para odiar , afinal, isto os faz mais importantes. Todos os medíocres precisam de um blog, para fazer as pessoas se darem ao trabalho de comentar seus textos, fazendo-os sentir mais felizes.

        • Entendeu, entendeu sim… haja paciência.

          E mesmo que fosse isso, você estaria sendo uma tremenda otária de me dar a atenção que eu supostamente desejo. Que coisa, não?

  • OFF: Sally, por meio de uma amiga no Face, obtive informações sobre este desfavor que me fez lembrar do outro desfavor que VOCÊ narrou aqui.

    Pior que as “feministas de face” estão mobilizadas é na retirada da página do ar e na eventual responsabilização penal dos mantenedores do blog, como se isso fosse conter a sanha dos taradinhos… SÓ QUE NÃO!

    Se quiser, te empresto um fake para que você entre sem ser notada.

      • Esse LIMDO blog a que o Marciel se referiu é de um cara (ou vários) que posta vídeos de homens bulinando, roçando o pau nas mulheres e coisas do tipo no ônibus/metrô. Simplesmente nojento, não consegui assistir. Tentei denunciar no Safernet e no site da PF mas eles tão fora do ar.
        Meu caro Marciel, o que você sugere que as “feministas de face” façam? Eu sei que denunciar e tirar do ar ESSE blog em específico não vai resolver o problema todo, mas é melhor do que não fazer NADA, não?

        • Nossa, que babaquice… porque alguém cria um blog com esse conteúdo? Numa dessas um dos parentes das pessoas do vídeo de irritam e a coisa pode acabar mal para esses idiotas

          • O blog já saiu do ar, e o Safernet tá divulgando uma imagem que parece ser um screenshot do rosto do cara que fazia os vídeos (eu ACHO que é isso porque, sinceramente, não consegui assistir nenhum).
            Justiceiros de Facebook/ativistas de sofá 1 x 0 criminosos.

            • Daniela, pega um ou outro bode expiatório, na vibe Magner Wontes, mas não se dá um pingo de instrução que seja pro povo.

              É muito cômodo ficar na onda do denuncismo, né? Essa é uma que merece ir pro TOP DES se chegar a ser noticiada.

              Outra que anda merecendo ir para o Top Des é a questão do aumento do IPTU bem acima da inflação (na vibe da valorização dos imóveis em cima da especulação no meio imobiliário) em várias cidades do país, incluindo aqui Ribeirão. Mais detalhes neste link.

              • Às vezes eu acho que o problema não é falta de instrução, minha desesperança é tanta que eu acho que as pessoas simplesmente ESCOLHEM ser imbecis, porque sei lá, pra mim tá tão na cara que determinadas coisas são erradas, e mesmo assim as pessoas continuam fazendo ou apoiando quem faz, que sei lá. :(

                • As pessoas hoje em dia tem ferramentas para melhorar, para se aprimorar. Mas as usam para se imbecilizar cada vez mais. É escolha sim. Geração Rex Pum Pum.

                  • Eu sei que você não vai acreditar em mim, mas creio que EU, pelo menos, uso as redes sociais para o “bem”, meus amigos compartilham artigos muito interessantes, diversas páginas que sigo apresentam discussões relevantes, etc.
                    Mas essa sou eu, que se acha muito superior ao “brasileiro médio” e não posso tirar sua razão em abominar as redes e os frequentadores num todo.

                • Tb acho.

                  Marciel, com todo o respeito (intimidade virtual é uma merda), vai cagar. “Denuncismo”? Porra… se alguém te assalta (pai, perdão pela comparação idiota) vc não vai a delegacia porque o cara é um fodido social, sem oportunidades, que precisa ser ensinado?

                  E esse caso é pior ainda porque, desculpa, mas eu não vejo O QUE pode ser ensinado para quem gosta de se esfregar em outra pessoa contra a vontade dela… “Mocinho, vc não tem um pau de ouro”? Qualquer um que já saiba que tem que usar cuecas e não pode sair pelado na rua (vulgo pessoas com mais de cinco anos de idade) já tem noção de que isso não é comportamento aceitável.

                  • Denuncismo é a denúncia pela denúncia, geralmente com objetivos de caráter demagógico e fisiológico, com interesses alheios ao bem estar público.

                    Não se engane achando que eu não sei a diferença entre denunciar o que há de errado e usar tais denúncias para promoção de um grupo de ativistas ou de alguma pessoa bem posicionada na mídia.

                    E a instrução nesse caso não é nem no sentido de “educação básica” e sim no sentido de orientação. Um bom exemplo aqui mesmo disso aparece ocasionalmente nos artigos da linha “Sally Surtada”.

        • Daniela, só denunciar não basta… Tem de conscientizar de que isso é um problema de saúde pública. Pior, ficar na linguagem de feminativista não dá certo, sendo que explorar no sentido do nonsense permite que a mensagem chegue em melhor estado as amebas que ficam a caça de “bucetinhas” no busão ou em algo que o valha.

  • Oi Sally, sim, sou eu, não caia pra trás. Me enviaram o link pra eu ler o texto.
    Adorei e concordo em tudo. Especialmente porque gosto e tenho muito orgulho em contar pras pessoas que não nasci desenhando e pintando e que até meus 20 e poucos anos eu era uma desenhista de bloquinho de mesa de centro. Se hoje desenho melhor é porque estudo, praticamente todos os dias rabisco algo. Embora só mostre os melhores trabalhos.

    Mozart era um babaca sim. Vira mito todo artista que está inserido num momento histórico onde se faz necessária a criação de algo “superior”, “esotérico” rs* Também tem Picasso que era um mala, Magritte com seu transtorno obsessivo compulsivo, Dali com sua idiotice etc… Eu vejo de outro modo. Pra mim, na real todos temos problemas psicológicos, ou de caráter em grau de maior ou menor importância… mas nem todos têm talentos oriundos de estudo e dedicação.

    Ser babaca é comum.
    Ser um babaca talentoso é mais raro.
    Ser realmente talentoso é mais raro ainda!

    Tem sim gente que nasce fazendo coisas foda.
    Tem gente que estuda feito louco pra ser bom.

    Quanto a arte pop… bem… posso falar só do meu ponto de vista.
    Eu sou artista plástica, vcs sabem. Eu faço hiperrealismo em grafite, arte acadêmica, arroz com feijão, a base do renascimento. Mas eu também faço pop art. E pop art não é arte fácil.
    Primeiro porque o fundamento principal da pop art é conseguir conquistar as massas, usar linguagens do inconsciente coletivo, saber equilibrar cores, pesos, volumes aliado a uma temática que seduza o olhar, que faça com que o público se identifique. É mais fácil gostar daquilo que é identificável, gostar do que já conhece.

    Agora pra mim Romero Britto é pop art, porque ele conquistou uma boa fatia da massa. Mas não é “boa” pop art. Warhol é um gênio porque ele cagou e andou em cima de uma sociedade que ele queria demais fazer parte, entrou achou tudo maravilhoso e estranho. Mas sabia que era tudo fútil e ridículo. Mas ele ASSUMIA gostar daquela “factory”, pop art é fabricar ilusões. Fabricar tags pras pessoas… não sei se me faço entender…

    Não sei se faço boa pop art, mas pra mim não é fácil. Estudo tanto quanto estudo o hiperrealismo. E quando falam “é arte pra quem não sabe desenhar”… bem… eu acho que aprendi a desenhar… mas ainda não aprendi a fazer uma “boa” pop art…

    • Ghiza! Quanto tempo! Seja super bem vinda!

      Tem que acabar com esse mito de que alguém pode nascer com um “dom” ao ponto de ser um Mozart sem precisar fazer qualquer esforço, isso não existe e é um desfavor que faz que não tem o “dom” se sentir inferior.

      Romero Britto não é bom, parece ilustração de festa infantil, parece ode à vidagem, mas eu amo. Esse meu lado brega me mata…

      • Eu sempre compartilho textos do Desfavor no Facebook. Só pra constar, fui eu.
        (Mereço desconto na anuidade pela propaganda)

  • Modinha Iconoclasta

    Pfff… fontes da “pesquisa”? Zero… Fazer o quê, papel e Blog aceita qualquer coisa (até merda).

    • Ai gente… de novo essa coisa de “fontes”?

      Vocês não tem dedinhos para pesquisar as coisas que eu escrevo não? Querem tudo mastigadinho?

      Se coce, se mexa e pesquise. Você vai ver que é verdade. Mastigadinho na boquinha eu só dou se me pagar, de graça está bom demais do jeito que é.

  • Sally só duas coisas a apontar em teu texto: Tudo bem que teu enfoque é desmistificar o “mito” criado e perpassado por gerações; mas faço um questionamento: é qualquer criança que é submetida a essa tortura(10hs diárias etc…) desde o início que consegue ser um bom músico? Porque veja bem, eu também estudo piano desde infância e ok, modéstia à parte tenho bom domínio de técnica pianistica em diferentes compositores; mas ainda assim, já vi casos em que a criança simplesmente estuda estuda estuda… a não aprende! Ou seja: o que quero colocar é que, mesmo submetida a treino intenso de determinada habilidade, há pessoas que não aprendem porque “não levam jeito pra coisa”, ou em outro termo não muito adequado: “não tem o DOM” pra coisa. O mesmo exemplo dou pra eu x exatas: sei calculo básico, posso até aprender calculo avançado, mas ainda assim não vejo que consiga ir muito pra frente com isso – mesmo que tivesse utilidade em mina vida – dado que não tenho “dom” pra isso.

    O segundo ponto que queria destacar é que: independente das picuinhas de vida pessoal do Mozart, é inegável dizer que ele foi sim um grande músico. Ele está inserido no processo de transição entre o classicismo e o romântismo, sendo que a música romântica será melhor expandida com Beethoven e Liszt posteriormente. Entrementes, algumas músicas de Mozart são sim um tanto repetitivas em relação à estrutura harmônica e repetição do motivo e tema principal. Mas isso só na 1a fase das obras dele! Nas obras finais, ou póstumas vemos uma delineada expansão harmônica advinda desde o barroco com a técnica de Bach, chegando ao virtuosismo extremo do famoso réquiem. Bom, para além de diferenças estruturais na música, Mozart é um tanto “dificiozinho” em relação à técnica pianistica viu? Tenta executar uma sonata das K.135 pra ver… hehe! Mas o interessante é que: pra se tocar certas sonatas lá do Beethoven, é essencial dominar determinada técnica do Mozart.

    • São dois fatores citados no texto: hereditariedade (família de músicos com aptidão para a coisa e fornecendo estímulos desde muito cedo) e muito treino. Acredito que sim, naquela época onde criança não tinha voz ativa, a regra é a de que qualquer criança com este histórico desenvolveria uma aptidão excepcional para a música.

      Eu não neguei que ele tenha sido um grande músico, neguei que tenha sido melhor do que Salieri e que tenha sido unanimidade…

  • Eu não sabia…

    Eu acho fantástico o músico que não permite esse rótulo de gênio. Simplesmente assume “eu estudo pacarai”. Um exemplo que eu já vi em entrevista foi aquele violinista David Garrett.

        • Não é mais legal achar que você é competente e esforçado e conseguiu tudo por mérito próprio do que achar que foi um agraciado de Deus?
          Nunca vou entender esse povo.

          • Pois é, deveria ser mais legal bater no peito e dizer que foi mérito próprio, mas isso não te faz “especial” nem “escolhido” e o povo é carente, gosta de pensar que tem um algo a mais

            • Quem não acredita em Deus não tem ninguém pra culpar pelas desgraças da vida, mas também não precisa achar que deve algo a alguém pelo sucesso. :D

            • Uma coisa é certa, NÃO EXISTE GENIALIDADE SEM UM COLOSSAL ESFORÇO E DEDICAÇÃO, todo gênio da humanidade teve que derramar sangue ,suor e lágrimas em suas devidas áreas de atuação, o próprio Beethoven disse isso, outra coisa é que para os especialistas nem de longe Salieri se compara a Mozart ,são compositores de grau de influência completamente diferentes , além disso quem disse que sucesso financeiro e fama é fator determinante para definei quem é melhor ou pior?.

  • O nome do sr. Mozart nunca foi Amadeus.
    Acontece que ao tocar perante um príncipe europeu, alemão ou austríaco, ele achou tão “linda”, tão, tão… ele gostou, e chamou o Wolfgang de Gottlieb (“amado de Deus”).
    O fato é que o Wolfgang odiou. Escreveu cartas aos amigos dizendo que só poderiam chamá-lo de Amadeus (Gottlieb em latim). Aí o nome pegou, e todo mundo pensa que é legítimo.

    • O nome dele era Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, só que ele mesmo preferia substituir o “Theophilus” pela versão latina, que seria AMADEUS (o significado é o mesmo)

  • Ha He Hi Ho Hugo

    Se for assim, Michel Teló tambem foi uma graça divina.

    Ps.: Não gosto daquele pianinho irritante do mosart, prefiro a violência de Bethoven. ui

  • que cara mais pau no cu , pode ate ser que tenha deixado algo bom em termos de obra mais como pessoa ele era simplesmente podre!!!

  • Muito bom o post. Sem dúvida qualquer pessoa é muito boa e tal depois que morre e como ele só teve esse grande reconhecimento depois que foi para o além ,tem muito embasamento seu texto.Falando em gente que só teve o talento reconhecido alem tumulo,sugiro Processa Eu de James Dean e Raul Seixas.Bj

  • Mas a maioria dos grandes compositores teve esse adestramento paterno. Não sei se é verdade, mas já ouvi que a nona sinfonia foi inspirada pelas batidas na porta que o pai de Beethoven dava algumas vezes por hora. Algo do tipo, se não ouvia o som do instrumento dava as 4 batidas na porta pra lembrar ao filho de que ele TINHA QUE praticar o tempo todo.
    Paganini não deixou composições tão famosas mas é admirado pela técnica que tinha, adestramento puro e simples.
    Se o Somir tivesse vivido nessa época iria ensinar os gatos a tocar piano, certeza.

    • Sim, o que prova que os grandes compositores não foram abençoados por Deus, e sim devidamente treinados. Com muito treino se alcança um grau maior ou menor de excelência.

    • Daniele, nota: ainda bem que tu “já ouviu dizer” uma vez que essa é só UMA DAS lendas que circulam por aí sobre a origem da 9a sinfonia.

        • Bom, as outras que conheço que inclusive estudei-as na época do conservatório era que ele teria tido uma “visão” ao ter lido o poema de Schiller quando estava repousando embaixo de uma árvore no quintal de sua casa; daí bateu 5 minutos de loucura e ele entascou a ideia de que tinha que compor tal sinfonia.

          Lembrando que, fato vero, na 3a fase da vida dele ele acabou ficando surdo, mas ainda compunha pois sentia “as vibrações” através de outras partes do corpo. Outra explicação referente à origem da 9a é relacionada ao contexto daquela época: há vestígios que ele teria entregado sua carta à sua imortal amada, renunciando para sempre o amor e a possibilidade de viver com ela.
          Outra história que circula é que – mediante a então famosa “sonata ao luar” – ele traduziu o amor pela sua amada usando sua sensibilidade numa noite banhada pelo clarão da lua, e a ode à alegria expressa seu sentimento de gratidão por não ter se matado por causa da família ou da amada….

          Mais ainda, já entrando no estudo de estrutura harmônica e etc, toda obra em si denota um sentimento de depressão, mostram um Beethoven deprimido, mas no fim, no famoso 4o movimento que baseia-se no poema de Schiller, há uma mensagem final de esperança, de que “o mundo ainda tem solução”.
          Há outras histórias por aí mas que não me recordo per ora… tem que pesquisar no google! rs
          Nota: há vestígios também (mas não comprovados) de que ele teria começado a compor a 10ª sinfonia! #tenso rs

  • “ninguém se dedica tanto a uma profissão ou hobbie a ponto de alcançar tamanha perfeição se pudesse estar comendo muita mulher”, eu ligeiramente discordo disso… mas não vou discutir…

    No mais, não curto música clássica… Então se fode aí Mozart.
    (Vi o filme “Amadeus” e achei chato pra caralho)

    • Será que um adolescente se dedica dez horas por dia todos os dias a algo por ano se a outra opção foi comer mulher?

          • Yeap.

            Entrei em uma empresa de TI e em 6 meses era supervisor de um setor, sem nunca ter feito um curso técnico, faculdade ou qualquer coisa.

            E depois ainda trabalhava e chegava em casa e… estudava.

            No final de semana encontrava e namorava minha então ex esposa.

              • Não, não tinha!
                Mas o fato é: Existe algo mais além de só trepar e as pessoas podem ter outras paixões.

                Por isso não concordei, saca?

                E também não é porque a pessoa é feia…

  • Para ler ouvindo: http://www.youtube.com/watch?v=cVikZ8Oe_XA
    Fui ver o comercial do Cheddar McMelt, primeiro lugar que eu malemá era nascida essa época, segundo que eu morava entre o nada e o coisa nenhuma e só fui conhecer McDonalds depois dos 18 anos (obviamente que na TV local não passavam comerciais do McDonalds).
    No mais, devo todo meu conhecimento sobre música clássica aos desenhos do Tom e Jerry e da Disney, apesar de não saber o nome nem o compositor de cada uma. Obrigada por desconstruir mitos, me sinto um pouco menos inútil.
    Aproveito e peço um Processa Eu do Andy Warhol, alguém que filma uma pessoa dormindo por oito horas e faz um filme disso não pode ser normal.

    • Ah, tava vendo o post da Monalisa e reparei que pedi um Desfavor Explica sobre o Andy Warhol, pode ser também, mas um Processa Eu seria bem mais engraçado.
      (eu o adoro, mas não vou bancar a tiete pentelha, ok?)

        • Eu gosto dos dois, porque tenho cinco anos de idade e gosto de coisas coloridas. Mas só consigo ANÍVELDE decoração, pra roupa, por exemplo, no máximo uma blusa estampada, apesar de eu ser magra e linda e praticamente tudo ficar bom, risos.

        • Pintor de sunga

          Eu acho que o Warhol é o sinal da McDonaldização da arte. É aquela coisa da cultura pop, feita de propósito para ser produto e não obra. O Romero Britto faz belas canecas de café, capas de caderno, toalhas de mesa de confeitaria… um ótimo ilustrador, eu diria. É que tem essa coisa a partir do modernismo, depois com o pós-modernismo, de expandir e relativizar o conceito de arte até que a diluição vá longe demais. Teve um artista que enlatou merda e escreveu: “merda de artista”. Eu inverteria…

          http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=1709&titulo=Isso_e_arte?

          • Eu considero a art pop inferior, mesmo tendo três quadros do Romero Britto na minha casa. Amo, mas sei que é arte fácil

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