Flertando com o desastre: Hashtags.

fd-hashtag

O fato de não gostar e não usar não me dá o direito de desconhecer. Outro dia perdi qualquer dez minutos pensando e pesquisando sobre essa merda chamada “hashtag”. O nome em si já me provoca antipatia, pois costuma ser proferido, salvo honrosas exceções, por pessoas anencéfalas, mas, deixando a implicância de lado, descobri que se fosse bem usada, teria até uma certa utilidade prática. Evidentemente, não é isso que acontece na prática, só para variar.

Com a massificação da hashtag acabei me acostumando com ela e nunca parei verdadeiramente para refletir sobre o que ela representa. Afinal, o que caralho é uma hashtag? Antes de qualquer coisa, gosto de procurar a origem da palavra, para quem sabe, compreender seu significado original, ainda não estuprado pelo brasileiro médio. Tag é uma palavra chave, relevante, associada a uma informação. A hashtag é uma prima da tag, só que essa palavra relevante é precedida pelo símbolo #. O que caracteriza uma palavra como hashtag é o fato dela ser precedida por este símbolo: #. Este símbolo é popularmente chamado de “jogo da velha” (a vergonha alheia não cabe em mim), mas seu nome técnico é Cerquilha ou Cardinal no Brasil, sendo o nome oficial Octothorpe. Mas chega que isso não é Desfavor Explica.

A hashtag seria também uma palavra chave que deveria ser utilizada para sintetizar a ideia central do que se está discutindo. A utilidade? Um classificador que ajudaria a levar a pessoa a encontrar outros usuário que estejam discutindo a mesma ideia. Uma forma de hiperlink truncada. Uma única palavra que traduza a ideia que o autor dos escritos quer passar para caso outras pessoas queiram ler o que anda sendo dito a respeito, uma forma de classificar e ranquear os assuntos que vem sendo discutidos. Um mix de índice, glossário e link.

Deveria ser. Mas não é, ao menos no Brasil. Honestamente não sei dizer como é feito em outros países, porque tenho medo do meu cérebro derreter se eu passar muito tempo lendo Twitter, portanto, me atenho a falar do Brasil. O brasileiro médio que faz questão de colocar várias hashtags despropositadas e ridículas, o que me leva a crer que a função não é colocada em prática. Hastags vergonhosas que serão devidamente discutidas ao longo do texto me fazem pensar que o significado original e útil foi completamente estuprado.

Pior do que estragar a função original é o fato do brasileiro médio ainda não ter se dado conta que no Twitter a hashtag funciona como hiperlink (clicando nela você é redirecionado a mais postagens sobre o assunto) mas que no Facebook isso não funciona. Daí fica a pergunta: porque merdas usam hashtag no Facebook se não funciona como hiperlik? Modismo, burrice, falta de dez segundos para refletir. O de sempre. Quem usa a Hashtag desta forma banalizada certamente nem sonha qual seria sua função primeira, ou então mesmo sabendo, decide usá-la de forma inadequada. Em ambos os casos, muito triste.

Confesso que a ideia de sintetizar mais ainda o que é dito no Twitter já me causa mal estar. Sim, o Twitter, com seus 140 caracteres já super limitados, ainda sentiu necessidade de sintetizar mais ainda, porque ler 140 caracteres pode ser exaustivo, não é mesmo? Coloca aí uma palavrinha para que neguinho possa compreender do que se trata! Mas tudo bem, pensando no ponto de vista de classificação, não deixa de ser uma má ideia. Suponhamos que uma pessoa queira saber mais sobre o Boson de Higgs, poderia clicar e ser direcionada para conversas sobre o assunto.

O problema é que dificilmente você vai achar uma hashtag sobre um assunto interessante ou que preste, porque o brasileiro médio fez com a hashtag o mesmo que faz com tudo: cagou da cabeça aos pés. O que mais tem é hashtag fazendo referência ao próprio usuário, como se ele fosse uma pessoa super importante e interessante e todo o mundo quisesse saber se ele está cansado ou com fome. Dificilmente algo relevante é colocado como hashtag, o comum é que sejam modismos puxados por algum “formador de opinião” de internet, informações pessoais ou piadinhas turun tss. #TudoDesinteressanteEInadequado.

Por exemplo, é muito comum ver pessoas evadindo seu sentimento pessoal coroado por uma hastag, como se isso interessasse a alguém: “Chegando de viagem agora #Supercansada”. Será que a pessoa percebe que ela colocou o “supercansada” como hiperlink? Como indexador de busca? QUE VERGONHA SUPREMA! Interessa a algum ser humano na face da Terra saber o quanto a pessoa está cansada? Não, não interessa, mas a pessoa cria um hiperlink só para seu SUPERCANSADA, como se fosse importante, poluindo cada vez mais um meio que já é bem cagado. Sentimentos pessoais na forma de hashtag são um atestado de baixa autoestima com falta de semancol. Ninguém quer saber, você não é assim tão importante, use a internet como ferramenta de aprimoramento pessoal e não de evasão de privacidade!

E por falar em baixa autoestima… O que dizer das pessoas que colocam hashtags auto elogiativas? Postam uma foto sua com uma hashtag #MuitoGata ou #ArrasandoNaBalada ou ainda #Liiiiinda. Gente, não é possível que pessoas assim não tenham ao menos UM amigo que as alerte do ridículo que estão passando. Talvez elas tenham vários amigos, todos inconvenientes e inadequados como elas que provavelmente se reunirão para afirmar que eu só estou criticando porque estou com inveja. É, não tem muito o que fazer a não ser sentir pena de gente que se auto elogia. Sabe o que é isso? É falta de bullying, falta de predador. Se os seres pensantes cortassem relações com gente que faz isso e os segregassem talvez a prática pudesse passar a se tornar inaceitável.

Temos também a hedionda hashtag que começa com “partiu” seguida por qualquer lugar ao qual a pessoa esteja indo: #PartiuAcademia, #PartiuClube, #PartiuDentista e tantos outros. Esta modalidade é praticamente um manual do sequestrador ou um tutorial de stalker, já que o usuário dá recibo da hora em que está saindo de casa e do local onde está indo. Atenção assaltantes: procurem a hashtag “partiu” alguma coisa antes de praticar assaltos a residências e tenham a serenidade de encontrar uma casa vazia! Como se não fosse grave por si só, o hashtag “partiu” alguma coisa ainda vem sendo exaustivamente banalizado: “Acabo se ser assaltado… #PartiuDelegacia”, “Indo trair meu marido! #PartiuMotel”. É “partiu” para qualquer passo que a pessoa vai dar. Mais exposto do que isso só tirar uma foto do cu com as mãos abrindo as bandas.

E não é apenas o “partiu” alguma coisa que expõe a pessoa. Fotinho com a hashtag indicando onde se está também são o fim da picada. Porque merdas alguém acha que o mundo quer saber onde você está? Ainda mais em tempo real! A pessoa acha que está onde? Sério mesmo, basta uma breve lida na nossa coluna “Ei Você” para ter medo de prestar satisfações de onde você está. Alguém duvida que existem centenas de loucos à nossa volta? Não, né? A pessoa não sabe quem está lendo. Mas ainda assim, expõe dia hora e local onde se encontra, porque evadir a privacidade é tão prioritário que foda-se se implica em um risco enorme. Eu sei de gente que faz isso e gasta rios de dinheiro colocando alarme na sua própria casa! ALOU? Se quiserem fazer algo com você não precisarão entrar na sua casa, Boneca! Você passa recibo de onde está!

O grande problema é que por mais que as pessoas não usem a hashtag com sua função classificatória, o rankeamento continua comendo solto no Twitter. Então, se muitos imbecilóides aderirem à mesma hashtag, ela ganha importância, destaque e é divulgada como sendo representante do que dizem e pensam os brasileiros. Não que a imagem dos brasileiros já não esteja cagada internacionalmente no que diz respeito à internet, pois está, eles nem sequer são aceitos em muitos fóruns, mas porra, precisava piorar as coisas?

Em consequência disso temos as hashtags mais patéticas representando o Brasil internacionalmente. Desde imbecilidades como #projetoverão (quem malha de verdade não perde tempo ostentando isso) até alusões a pessoas desimportantes como Ana Maria Braga. Já teve até hashtag bombando com erro de português… faz o que com gente assim? Nada, e não adianta dizer que essas pessoas não te representam, porque aos olhos de quem está em outro país te representam sim. É por essas e outras que o brasileiro é conhecido como a sarna da internet, é barrado em fóruns internacionais e tico como o favelado patético do mundo virtual.

Tem também a maldita hashtag em fotos. Meu conhecimento rudimentar impede que eu cite todos os programas que permitem isso, até a presente data, eu, a analfabeta digital, conheço apenas o Instagram (por caridade, parem de chamar de INSTAGRAMA). A pessoa posta uma foto e coloca uma hashtag supostamente para informar o local onde a foto foi tirada ou alguma informação crucial para identificar o que foi fotografado. Novamente, a hashtag serve como um índice, como uma palavra chave de busca. Só que não, porque os filhos da puta estupraram a hashtag de fotos também.

E muitas vezes isso não é fruto apenas de imbecilidade, mas também da clássica suposta esperteza nacional. As pessoas sabem que algumas palavras são mais procuradas, mais populares, então enchem suas fotos com essas hashtags para conseguir mais acessos, desvirtuando totalmente a função de “etiqueta classificadora” da hashtag. Você busca Torre Eiffel e dá de cara com uma adolescente feia demais para ser modelo tirando foto de si mesma fazendo biquinho, um poodle daqueles bem xexelentos com aquela área em volta dos olhos toda preta ou ainda um gordinho qualquer se achando forte fazendo muque. Não há vida inteligente que resista a esse estupro que fizeram com as hashtags. A hashtag como instrumento de busca está morta.

E o brasileiro médio se acha espertíssimo por ter essa “sacada” de se valer de hashtags populares para alavancar sua imagem. Spoiler: ser popular em rede social é como ser rico no Banco Imobiliário, não vale merda nenhuma. Mas o brasileiro médio usa seu resquício de inteligência para burlar um sistema bacana de índice de assuntos em troca de conseguir mais audiência para si mesmo. Isso quando não entope a foto com dez, vinte hashtags diferentes para “ter mais chances” de ser visto. É de tão baixa autoestima que nem sei por onde começar. “Oi, eu sou o brasileiro médio e como sei que o que eu digo não é interessante o bastante, eu fraudo, eu engano, para que as pessoas caiam no meu perfil induzidas a erro E me acho malandro pra caralho por fazer isso”. #MacaquitosVirtuais

E olha, não posso deixar de comentar sobre gente que posta foto do que come com hashtags fazendo alusão a dieta. Primeiro que ninguém quer saber o que merdas você anda comendo, porque você não é assim tão importante. Segundo que gororoba de dieta nem bonita é, postem ao menos fotos de coisas gostosas com a referência do local onde comeram, assim pessoas normais que ainda não abriram mão do prazer de comer podem ter referências de pratos e sobremesas gostosos. Fazer “Querido Diário” alimentar é a nova guitarra imaginária: atestado de perdedor. Quem coloca foto de gororoba natureba com hashtag #VocêÉOQueVocêCome e similares merece ter uma foto sua colocada com a hashtag #DevePeidarMuitoMal.

A hashtag foi estuprada. Deixou de ser um índice e passou a ser instrumento de ostentação. Repito aqui aquilo que eu sempre digo sobre ostentação: quando alguém faz questão de repetidas vezes ostentar alguma coisa, está claro que existe algum desconforto com aquilo internamente, algo muito mal resolvido, um complexo, um trauma ou até mesmo uma tentativa desesperada de esconder uma verdade bem diferente do que é ostentado. Não importa o que a pessoa ostenta: felicidade, casamento feliz, corpo bonito, dieta ou qualquer outro alvo. Fica escancarado que essa questão é um problema na vida da infeliz.

Gente carente, que mesmo cercada de “amigos”, (aquela amizade superficial que hoje se convencionou aceitável como amizade) se sente sozinha no final do dia acaba usando um mero indexador para se promover ou como mecanismo para ganhar numero de acessos e se sentir acolhido e querido, ao menos no mundo virtual. É mais ou menos como andar na rua segurando um cartaz implorando por abraços. Gente que tem trabalho para fazer, filho para criar, casa para cuidar, marido para manter opta por ficar pavoneando mentiras para o mundo, achando que é importante o suficiente para alguém se importar. E com isso cagaram um instrumento que nasceu com uma finalidade bacana.

A pior parte? Parece que ninguém se dá conta disso, pois não há predadores neutralizando as zebras. Não há bullying, não há recriminação. As hashtags inapropriadas e vergonhosas comendo soltas e ninguém parece se incomodar. Muito pelo contrário, cada vez mais pessoas aderindo e transformando um mecanismo racional de busca e agrupamento de informações em uma cafonice para elevar autoestima de gente cagada. Vocês que se dizem usuários “conscientes” de rede social (ainda tenho minhas dúvidas que isso exista), por caridade, poderiam começar a praticar bullying com gente que faz uso indevido de hashtag? Vamos por favor educar esse povo?

Francamente, não sei como suportam a imbecilidade hashtaguística (não existe, tô sabendo) que assola as principais redes sociais. Parece que a pessoa escolhe a dedo o termo mais imbecil no meio da frase que defecou ali e a destaca como hashtag. Irrita os olhos, enerva a mente e dói na alma.

Brasileiro médio: tendo tempo e oportunidade, não tem nada que ele não seja capaz de estragar.

#MacaquitosDaInternet #VocêNãoÉTãoImportante #EnfiaEssaComidaNoMeioDoSeuCU #EstouCagandoEAndandoParaOndeVoceEsta #ProcessaEu

Para me chamar de @sally e ouvir um palavrão, para comentar deixando uma hashtag despropositada ou ainda para divulgar este texto dizendo que além de ser contra as mães eu também sou contra as hashtags: sally@desfavor.com

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Comments (101)

  • Às vezes percebo algum tipo de febre na internet, todo mundo super influenciado, só falando naquilo. Daí percebo que a tal febre já ta rolando há uns dois, três anos e aí me sinto uma velha caquética: #ComoAssimEuNãoSeiDoQueSeTrata???

    Um desses momentos foi quando a professora de Tendências do Jornalismo me pediu para fazer um trabalho sobre hashtags… caralho, pensei que essaporra fosse só uma gíria ou um comando simples tipo Cntrl C – Cntrl V… nunca me interessei.

    Comecei a pesquisar e me senti pior ainda, porque percebi que era uma ferramenta muito interessante. Percebi que havia algumas questões sociais no entorno do tema e me aprofundei. Daí entendi que, se não era, tornou-se apenas uma gíria, como uma das muitas que me tiram o sono e a prof de Letras tenta me consolar, porque é inevitável e um dia vai fazer parte da evolução linguística… tipo o novo verbo “fraga” ou o fantástico e econômico “foda’s”!

    …podia poder escrever um #ComUmDesenhoDeForca.

    • Poderia ser uma ferramenta muito interessante, SE as pessoas dessem a ela o uso adequado. Infelizmente não é o que acontece. Virou mais um “jeitinho” brasileiro de conseguir visibilidade…

  • Só passando para deixar um lamento: hoje, na aula, ouvi uma pessoa contando algo ruim para outra, no fim do causo disse “hashtag indignada”. WTF???

  • HAHAHAHAHA eu amo meus amigos: minha amiga criou um evento no Facebook pra convidar o pessoal pro anversário dela, e o nome é “#aniversário #confete #julie #naldo #amigos #friends #holiday #birthday #maria #bairro”. No caso eu SEI que ela tá zoando, mas é um pouco triste pensar que tem gente que faz isso de verdade. =/

  • O twitter pode ser configurado para ser linkado no facebook. Ou seja, tudo o que voce escrever no twitter (aonde as hashtags funcionam) aparece instantaneamente no facebook (aonde as hashtags não funcionam). Isso é útil, por que se voce estiver divulgando algo nas redes sociais não tem que escrever a mesma coisa duas vezes e atinge mais pessoas. Isso pode explicar algumas hashtags no facebook ou como as hashtags inuteis começaram. Mas obviamente acaba mostrando uma falta de compreensão da ideia original das duas ferramentas. No fim virou tudo uma bagunça ou piada mesmo, se bem que algumas sejam bem engraçadas (perfil da Dilma bolada é um exemplo, mas como usa muita ironia deve ter muita gente que não entende).

    • Isso já é possível? Conversei com gente da área antes de escrever o texto e tinham me dito que isso ainda era um projeto, que não estava disponível e que quando a modinha de hashtag começou no Facebook nem se sonhava que isso fosse acontecer.

      • Isso é possível há muito tempo, quando eu abri minha conta no twitter há mais de 3 anos já podia fazer isso. Bom, pelo menos no Reino Unido podia, mas isso não deveria fazer diferença nenhuma.

        • O que me disseram é que ainda estão trabalhando para que coisas linkadas no Facebook possam remeter diretamente ao Twitter

          • Realmente Sally, é possível fazer isso desde mto tempo! Tu vai lá nas “configurações” do teu face, e, numa janelinha separada tu entra com tua conta no twitter e pronto! As duas contas ficam linkadas de forma que tudo que tu posta no twitter também aparecerá no face e vice versa…

            • Espera… uma coisa é direcionar o que está em um para o outro, outra bem diferente é ser indexador. No Facebook a hashtag funciona como classificador?

              • Não, no Facebook a hashtag não funciona como indexador. Mas eu acho que esse direcionamento do Twitter para o Facebook (que existe há muito tempo) foi o responsável pelo surgimento das primeiras hashtags vazias, e como no Brasil o Twitter não é tão popular como o Facebook, algumas pessoas que só tem conta no Facebook devem ter achado que isso era só para ser fashion.

                  • Pois é, não tem função, mas a ferramenta de direcionamento copia o que a pessoa escreve, sem filtrar hashtags. Entao elas aparecem no Facebook de qualquer jeito, se voce escrever elas no Twitter e ele estiver direcionando pro Facebook. Acho que a lambança começou assim.

  • Já publiquei no facebook minha indignação com isso. Uma imagem “#Enfiem #As #Hashtags #no #Cu. Mas todos me ignoram.

    Ainda vejo sempe no INSTAGRAM… #cachorrinho #dog #schnauzer #lindo #Festinha #Alegria #Sabadao #MeuCuArrombado.

    Isso me irrita demais.

  • Já tenho um tempão de rede social mas tb sou outra que sempre implicou com a hashtag. No instagram eu “num guento” ver fotos de certas pessoas que eu sigo e que, ao invés de postarem a foto com uma frase ou uma simples palavrinha explicando do que se trata, preferem meter 45 hashtags e acham que estão abafando!!!!!

    Exemplo: agora mesmo estou vendo uma foto de uma miguxa e as hashtags que acompanham a foto da bunita são: #cute #me #obsessed #pretty #girly #model #skirt #heels #outfit (…). Desnecessário dizer que a fulana em questão tem quase 37 anos nas costas e não tem porra nenhuma de “model” ou “pretty”.

    Eu nunca botei hashtag em nenhuma foto minha, principalmente qdo eu entendi do que se trata. É muita exposição! Eu sei que por estar em uma rede social já estou me expondo além do normal mas botar hashtag em foto de filhos, por exemplo, acho demais.

    • Mas é sempre assim, gente que se auto elogia nunca é bonita. Fato.

      Deprimente mesmo, a gente perde o respeito pela pessoa.

  • Apesar de ter conta no Twitter, o símbolo # ainda me lembra antes de tudo #Canal_de_mIRC… mesmo que tenha mais de 5 anos que não entro em algum.

  • “Sabe o que é isso? É falta de bullying.” HAHAHAHA

    Pessoas que usam redes sociais sabem que estão expostas. Muitas vezes não sabem o quão grande é essa exposição, descobrindo apenas quando algo muito grave acontece. As vezes não levam a sério essa coisa de ficar postando fatos pessoais… Daí tu dá o pitaco na pessoa e ela te enxe de elogios.
    E sobre a tal hashtag. Eu acho que o hiperlink é usado como uma conversa apenas entre uma pessoa, como se ela estivesse falando com o espelho.

    • Se essas pessoas sofressem um bullying bem feito, daquele que apavora, que faz ter medo dentro da própria casa, que faz perder o emprego, aprenderiam a preservar sua privacidade.

  • [OFF-TOPIC]
    [Marciel mode ON]
    Esses dias eu tava falando com minha mãe, e ela disse mais uma vez que sou muito parecida com minha vó. No geral isso não é uma coisa boa, pois ela é conhecida por nós por ser ranzinza, mesquinha, vitimista, um pouco manipuladora, etc. Não lembro exatamente por quê, mas minha mãe disse que ela também tinha qualidades, falei “Uéé”, e ela disse que todo mundo tem algo bom, ou coisa do tipo. Na hora lembrei do Siago Tomir, HAHAHAHAHA
    (porque você conta as atrocidades que ele apronta, mas diz que ele tem muitas qualidades)
    [Marciel mode OFF]

      • O sujo falando do mal lavado, né? Não podemos nos esquecer que depois de 20 matérias lidas no mês no site da Folha, temos o famoso “Gibe m1y plz or i blk yu” por lá também.

        Parabéns pela “grande novidade”, caros panacas (estava sabendo dessas paradas do underground há mais de ano, babacas)… Comparados a vocês até a Jeva é exemplo de competência jornalística.

        Eu já disse e não custa repetir. Se a Sally ainda não fez um belo “Processa Eu” sobre essa BOOOOOOSTAAAAAA que vocês chamam de jornal, foi justamente por ela não estar tão por dentro das paradas do jornalismo.

        PROCESSA EU, FOLHA! Processa eu da mesma forma que você fez com o Lino Bocchini que montou o Falha de São Paulo em paródia e em crítica ao folhetin de vocês, em parte inspirado no artigo que EU comecei a montagem sobre essa BOSTA que vocês publicam.

        Se quiserem, faço questão de queimar ainda mais a moral de vocês. Tem muito mais podre que não relatei e que cairia como uma luva naquele artigo.

    • Servidores brasileiros sempre são cagados!

      Uma vez chamei um indivíduo de “macaco” (jogava mal + analfabeto) e ele me acusou de racismo… Contra os macacos, só se for.

      #partiutuacara

      • Não pode xingar negros, aliás, não pode nem chamar negros de negros, são afrodescendentes. Mas argentino filho da puta, branquela escrota, japonês pau pequeno e cia tudo bem. Fica parecendo que os negros são de fato inferiores e precisam dessa proteção especial. Acho humilhante. Enquanto isso, o povo elege um Deputado Federal autor de uma música cuja letra diz “Essa preta fede”. Incoerência mandou lembranças.

        #partiupraputaquepariu

  • Vou parar de comentar vários e em seguida aqui (me empolguei porque não conhecia este blog), mas isto é de fato irritante – porque dão tanto valor à Twitter? Eu tenho um, criei logo que inventaram esta coisa, quando nem sabiam o que era isto no Brasil, mas achei a lógica da coisa completamente bizarra. Acho que postei uma dúzia de coisas ano passado… é um esquema meio Ponzi, você segue as pessoas ‘pop’s, e ao mesmo tempo mendiga que pessoas te sigam porque você é papagaio da pessoa pop. Não faz muito sentido pra mim…

      • Bom, eu ainda vejo lá alguma utilidade no twitter! Mas por outro lado realmente concordo com a Sally e com muitos aqui de que lá há muito lixo! Mas fazer o que… pelo menos p/mim é necessário usa-lo!

          • Acho que já expliquei outra vez em não lembro qual texto… por ex: to lá na facu num bloco, meus colegas estão em outro bloco, e o outro grupo de pesquisas está lá no outro bloco; daí digamos que preciso trocar infos rápidas com eles tipo: “ow, tu pegou o livro lá na biblioteca? ow fulano, qdo sair daí passa aqui no bloco p/isso e isso ow ciclano, tu terminou o artigo? envia pro servidor lá…” sacou?

            Outro exemplo é que já me aconteceu: estava com um colega e ocorreu um incidente do qual necessitava de ajuda de várias pessoas. Postei rapidinho no twitter e POR SORTE um amigo nosso que estava a duas quadras de lá apareceu voando pra nos ajudar…

            Afora isso, por incrível que pareça também uso pra “cultilidades”: já tive altas discussões literárias com alguns lá! Tudo bem que entupi a timeline com milhares de msg com 140 caracteres mas… vale a pena o esforço! rs

              • A questão é que… sabe como é: tem wi fi gratis em todos os blocos dai…td mundo ligado nos smartphones e tals! Economiza crédito! rs ok, pode dizer: pobreza feelings mas sabe como é… bolsista de federal sofre!

                • Um absurdo não disponibilizarem esse material em um site da turma ou da faculdade. Obrigar a entrar em rede social é estupro da dignidade.

                  • Bah, a gente tem que sair trocando via email msm. Só qdo a coisa é bem tensa tipo documentos TOP SECRET que tive que traduzir em meu estágio em tradução, que a gente tem acesso à um servidor da universidade com senha e tds.

                    Mas como disse: bolsista de federal sooofre! Adicione também o fato de papi ser pão duro e não a$udar… é foda! =/

            • Então… se você tem dúzias de amigos, e todos na mesma cidade/região metropolitana, tem lá suas vantagens…

              … definitivamente é uma enorme desvantagem pra mim.

      • Eu gosto, de algumas, e ainda trabalho com isso (mas porque preciso) #socialmediadadepressão

        O pior é que rede social é um buraco tão fundo, tão fundo, que nem sendo o mais podres dos seres você consegue se inteirar de tudo. E dá-lhe chefe achando que rede social #falecida há eras ainda é bom pros #negócios.

        Anyway. De vez em quando eu gosto de pontuar alguma coisa, mesmo sabendo que não vai ter utilidade nenhuma pra busca, tipo alguns comentários que já deixei aqui terminando com #mineira. Mas realmente fico puta com gente que fica só cagando as buscas mesmo. Tipo no instagramA, eu dando ataques de fofura e querendo ver #filhotes, #pugs, e só dá bizarria.

  • Eu não sei de onde saiu essa moda burra de usar hashtag pra tudo mas isso é uma coisa que me deu um sentimento ímpar de vergonha alheia desde a primeira vez que vi. Juro que depois da moda do “partiu” eu pensei que não tinha como ficar pior. E aí vieram as hashtags. E aí vieram as hashtags seguidas de partiu.
    E a pior parte: nego nem sabe o que tá fazendo. Tenho muita pena do cerquilha porque tem uma corja de imbecis agora achando que O NOME DESTE SÍBOLO É HASHTAG! Como se não bastasse chamarem de jogo da velha…
    #EnfiaAHashtagNoCu
    #PrefiroForca

    • haha, eu era uma que estava achando que o nome do símbolo # era hashtag. Só o desfavor para me ensinar o nome real, nunca tinha pensado como poderia encontrá-lo, afinal, não o uso.
      Jogo da velha é rídículo mesmo, mas eu nunca vi ninguém usar o nome certo, ainda que dê para desconfiar que não é isso. Acho que começaram a chamar esse símbolo assim por causa das operadoras de celular, quando a pessoa acessa a caixa postal tem a opção “digite jogo da velha”. Se falassem digite Cerquilha ou Cardinal ninguém saberia o que fazer.
      É como o * que um monte de gente chama de asterístico.
      Mas é isso aí, o pessoal usa para aparecer, por moda, nem sabe para que serve.

  • Depois de mandar um #enfiaahashtagnocu para amigos usuários desse recurso, pelo menos ao falarem comigo, pararam com essa putaria de hashtag em tudo…

  • Eu confesso que não fazia ideia do por que do uso das hashtags. Eu sempre fazia referência ao twitter, porém, como não tenho um, não entendia bem a função dessa porcaria (porque apesar de explicado a real função no texto, se tornou uma porcaria). Então quando eu via no facebook ficava pensando que também era ligado ao twitter. Mas de fato, é algo que acho insuportável ver as pessoas postando no maldito instagram o que comeram ou onde estão. E o partiu academia me dá nos nervos, porque sempre é postado por alguém gordinho metido a fortinho ou alguma piriguete mais magra que eu se achando a gostosa, ou pior, por uma gorda pançuda que mal malha a bunda e se acha uma panicat!

    • Quem ostenta que malha dificilmente malha sério. Geralmente são aquelas pessoas sem muita força de vontade que acabam não treinando direito mas oficialmente tiram onda de disciplinadas. Como eu disse, a menos que você seja uma mulher fruta cuja profissão é se promover, quem efetivamente treina não tem tempo para isso.

  • Eu, que dentre meus orgulhos nada modestos me orgulho de nunca escrever “lóu” nem retardices desse nível, acabei de ficar mais burro pelas informações hoje lidas e sou obrigado a tirar do mural do orgulho do e-ogre a ignorância sobre o significado de hashtag.

    • Não se preocupe, saber a função real da hashtag não te faz um deles, muito pelo contrário, te diferencia deles. O brasileiro médio usa hashtag como quem limpa a bunda, sem saber como, para que e onde

  • Rorschach, El Pistolero

    Rorschach curtiu esse post.

    Sally, os assaltantes não precisam checar as hashtags #partiu no Twitter porque já existe um serviço dedicado à isso. Se chama Foursquare. Basicamente, é um grande mapa GPS das cidades onde a pessoa faz um “check-in” em cada lugar que vai. Foi na academia? Liga o celular e faz um check-in lá. Todo mundo que segue essa pessoa no Twitter/Foursquare sabe que ela está NAQUELA EXATA academia e NAQUELE EXATO momento.

    Mas o texto foi no ponto mesmo: a hashtag (assim como o próprio Twitter) são boas ferramentas que foram absolutamente #estupradas por quem usa. O Instagram (que eu ouço gente ao meu redor chamar de INSTÃOGRAM) vai pro mesmo caminho, porque o brasileiro médio não pode se contentar em ter 1 Curtir/RT sincero numa foto/post/tweet. Ele precisa ter milhões pra poder bater aquela punheta mental mais tarde achando que é fodão.

    Ainda tem quem escreve um tweet com várias hashtags, fica algo tipo “#oi #acordando #agora #kkkkkkkkkk #partiu #escola“. Eu tenho a teoria que essas pessoas precisam de coisas brilhantes pra chamar a atenção, sabe? Por isso enchem de link colorido o que escrevem.

      • Rorschach, El Pistolero

        É opcional, você precisa se cadastrar no site e baixar o aplicativo.

        O serviço em si não é de todo ruim na sua concepção. É um mapa gigante com todos os serviços próximos. Se você vai conhecer uma nova cidade, por exemplo, é relativamente útil, você consegue ver restaurantes e afins próximos, quantas pessoas recomendam, promoções e tudo mais. Porém, as pessoas costumam usar pra evadir a privacidade e tentar ganhar status.

        • Mas pode usar só para identificar lugares ou se você usa você sua localização será necessariamente acessível a outros usuários?

          • Rorschach, El Pistolero

            Dá pra usar só para identificar lugares.

            A sua localização só é divulgada se você fizer o “check-in” pelo celular. Por exemplo, você vai no cinema. Aí imagine que o cinema X oferece a pipoca de graça se você fizer check-in no Foursquare (tem cinema que faz isso, tem restaurante que oferece o café, etc). Então você faz o check-in e isso é divulgado no Twitter/Facebook ou simplesmente aparece no próprio Foursquare que você fez esteve no cinema X.

            Resumindo: se você tiver Twitter/Facebook, todos os seus amigos saberão onde você esteve; se não tiver, todo mundo que for ver quem esteve no Cinema X naquela hora, vai ver que a “Sally” fez check-in lá.

              • A maioria dos lugares não dá nada não, as pessoas fazem DE GRAÇA mesmo.

                Conheço um maldito que faz check-in em TODAS as estações do fuckin metrô, no trajeto casa-trabalho-casa.

                #perdiasesperanças

          • Vc pode fazer o check in pelo facebook tb, ai sai como uma atualizacao normal da pessoa. So que Esse check in surgiu para as pessoas se informarem sobre coisas uteis, tipo..transito do caralho na rua tal, ai a pessoa vai la e avisa as pessoas para evitarem essa parte da cidade, restaurante merda ou mau atendimento, faz o check in e escreve algo sobre.
            Entao seria tipo um mapa da cidade, agora…eu vejo gente fazendo check in em casa, na academia, cagando no mato e por ai vai.

            Outra, agora entendi p que serve essa merda de hashtag. Nao tenho instagram, mas qd vc posta uma foto la atualiza no face como se vc tivesse postando a foto no seu facebook msm. Outro dia vi uma bizarrice, a pessoa postou uma foto de um cupcake q tinha feito e vomitou trezentas hashtags: #cupcake #love #sweet #candy #firsttry #doyouwantsome #lovely #somuchlove #baking #fulanadetal #confete #fofura #lindodemais #doyouthinkicansellthis e por ai foooooi

      • Sally, tinha uma coleguinha minha que fazia isso no FACEBOOK (onde as hashtags não funcionam): “Ai, que engarrafamento… #doidaprachegaremcasajantaredormir.
        Sério. Juro por Deus. Bloqueei do feed de notícias (não vejo mais as atualizações dela).

        • Isso acaba delatando que a pessoa nunca na vida soube para que merdas serve uma hashtag. Só usa porque todo mundo usa, mero macaco de imitação, que ainda imita fora do contexto. Fez bem em bloquear, essas coisas fazem nosso cérebro encolher.

          • Eu uso hashtags fora do twitter, mas sempre soube a função.

            Eu uso justamente por que acho ridiculo isso tudo e fica uma ironia velada. #prontofalei

            Ps.: Tenho de parar com essa mania de adotar o q abomino pra ironias. Ja comecei a gostar de pagode por isso, e curtir postar fotos no espelho e videos de gatinhos no facebook. Vai saber no q posso me transformar.

          • Sally, mas foi o que falamos em uma outra situação: essa é de longe a melhor ferramenta do facebook, poder bloquear quem faz seu cérebro derreter. Seja com auto-retrato de biquinho diária (que ficam armazenadas numa pasta só pra isso – isso me irrita demais!), comentários escrotos com abomináveis erros de português, homem que só posta foto de mulher de biquíni…
            Atualmente, recebo a atualização de muito pouca gente, boa parte que está no meu facebook está bloqueado.

  • Por conta dessas merdas que não suporto fazer parte de redes sociais.

    Lembro que a última que li foi: #tomandofantauvanointervalodafac

    WTF????

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