Desfavor Explica: Linguagem Corporal (Parte 2).

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Conforme prometido, segue mais um texto sobre Linguagem Corporal, complementando o da semana passada. Se você não leu o primeiro, sugiro que leia, caso contrário poderá ficar um pouco perdido neste.

Vamos falar sobre um grande dilema consciente ou inconsciente: o que fazer com as mãos em momentos importantes. Muitas pessoas não sabem o que fazer com as mãos (já vi gente que começou a fumar apenas por causa disso) e acaba fazendo besteira. Mãos à mostra costumam passar uma impressão positiva, de confiança e sinceridade. Melhor ainda é expor a palma da mão para a outra pessoa. Mas por caridade, de forma sutil, nada de espalmar a mão nos cornos dos outros. Reparem que quando uma criança mente, não raro esconde as palmas das mãos nas costas. Adultos tendem a esconder as mãos também, mas de forma mais sutil. Expor o pulso (bem como qualquer outra área vital como o pescoço) também dá impressão de quem veio em paz, de quem não é uma ameaça. Pé atrás com quem está te dando uma explicação aparentemente sincera mas mantém as mãos escondidas ou cerradas. E se prepare, mentir com as mãos espalmadas é bem mais difícil do que parece.

Você pode fazer uma experiência simples para constatar o poder da palma da mão. Peça uma mesma coisa, na primeira vez com a palma da mão voltada para cima (como um garçom que segura uma bandeja) e dias depois peça a mesma coisa para a mesma pessoa, só que desta vez com a palma da mão para baixo. A diferença na reação e na boa vontade da pessoa costuma ser significativa. Portanto, se espera simpatia e colaboração, mãos à mostra com as palmas para cima e se possível com o pulso exposto. Não é a toa que a saudação nazista, que indicava tirania e ordens inquestionáveis era feita com a palma da mão para baixo… E se você está na intenção de irritar, diminuir ou intimidar alguém, melhor do que as mãos para baixo é o indicador apontando para a pessoa. Incomoda bastante.

Outro ponto importante: se quer causar uma boa impressão, passar confiança ou simpatia, tudo seu tem que estar descruzado. Mãos, braços, pernas… Cruzado, via de regra, significa que a pessoa está na defensiva, sempre levando em conta a ressalva do contexto que eu fiz no primeiro texto. Nem mesmo um pezinho cruzado sobre o outro. Neste ponto muitas mulheres que trabalham de saia devem estar se perguntando como proceder. O que eu faço é sentar com os joelhos juntos (pés apontados para a pessoa que está falando demonstram interesse) e colocar um blazer, ou um casaquinho discretamente nas pernas para cobrir o buraquinho que fica entre a perna e a saia. Por sorte a maioria das mesas de reunião te escondem da cintura para baixo, nesse caso pode cruzar tudo que ninguém vai ver.

As mãos também podem dizer muito sobre os casais. Observe um casal de mãos dadas. Geralmente o parceiro dominante tem a mão por cima, com a palma da mão voltada para trás, enquanto que o menos dominante tem a palma da mão voltada para frente. Se o casal em questão for você, procure inverter isso e observe a irritação ou o desconforto da outra pessoa. As mãos também falam muito na hora do aperto de mãos. Palma da sua mão voltada para baixo indica dominância, palma da sua mão voltada para cima indica submissão. O ideal é que ambas as mãos estejam com a palma uma de frente para a outra, uma paralela à outra, a menos que sua intenção seja intimidar ou se fazer de mosca morta.

Sorriso. Normalmente um sorriso abre portas, mas tem que saber fazer. Um sorriso falso é rapidamente detectado, ainda que inconscientemente. O segredo para um sorriso “verdadeiro” não está na boca e sim nos olhos. Um sorriso falso costuma movimentar apenas boca, enquanto em um sorriso verdadeiro a tendência é que a musculatura em torno dos olhos também seja acionada, provocando um leve estreitamento dos olhos e uma leve abaixada de sobrancelha. Dificilmente alguém consegue simular isso. Os olhos mais fechados podem até ser simulados, mas essa leve e involuntária abaixada de sobrancelha não. Além disso o sorriso falso costuma durar mais do que o natural e não ser muito simétrico, é mais pronunciado de um lado do que de outro.

Arrancar um sorriso verdadeiro de alguém é ótimo para você. Humor angaria simpatia, humor ajuda até mesmo a vender mais. Porém se você é o expectador, pegue leve como o sorriso, sorrir demais pode passar uma imagem pouco profissional. Atenção especial mulheres, que tendem a sorrir mais por natureza. Estudos feitos com bebês com poucos meses de vida comprovam que mulheres sorriem mais do que homens, provavelmente herança de sua função social pacificadora nos tempos das cavernas, onde a função da mulher era cuidar da prole e não caçar. Um sorriso feminino é poderoso, mas deve ser usado na hora certa e não usado o tempo todo.

Na hora do flerte o sorriso também pode fazer toda a diferença. Mulheres tendem a se interessar mais por homens que as façam sorrir, desde que não fique explícito que o homem está se esforçando para isso, caso contrário parecerá um bobo da corte e o efeito será mais de repulsa do que de atração. Tudo indica que a capacidade de fazer os outros rirem é visto como um traço dominante, justamente por isso mulheres piadistas não são tão atraentes para o homem médio, que dificilmente busca dominância como traço marcante da personalidade de uma mulher. A mulher que faz todo mundo rir acaba virando amigona. Dificilmente mulher comédia é vista como sexy.

Vamos para o que muita gente está esperando: mentiras. Há uma tendência a resumir a linguagem corporal como uma forma de desvendar mentiras. Na minha opinião ela serve para coisas muito mais úteis, mas enfim, vamos aos sinais clássicos de mentira. A melhor forma de saber se uma pessoa está mentindo é observar os gestos que ela faz involuntariamente durante a conversa. São gestos automáticos sobre os quais dificilmente uma pessoa consiga ter total controle. Além do clássico sinal de levar as mãos ao rosto, ainda que de maneira discreta, sobre o qual já falamos no texto anterior, existem outros bons indícios de que a pessoa pode estar mentindo.

As expressões faciais são um dos principais indícios de mentira. Expressões involuntárias, que muitas vezes duram frações de segundos, podem arruinar uma camuflagem perfeita para encobrir uma mentira. Além disso, existem sinais incontroláveis, como contração da pupila, rubor facial ou sudorese, que podem trair o mentiroso mais bem treinado. Quanto mais oculto estiver o corpo, mais fácil mentir. Por isso interrogadores colocam a pessoa sentada com uma luz na cara, para perceber cada detalhe e para que a pessoa se sinta vigiada, exposta. Isso dificulta a mentira.

O sinal mais perceptível talvez seja o piscar de olhos, que costuma aumentar muito quando a pessoa está mentindo (de 10 por minuto para 50 por minuto, em média). O toque na região do rosto também é sinal clássico (coçar orelha, coçar o olho, coçar o pescoço, coçar o nariz, colocar a mão sobre a boca de forma discreta, etc). Dedos na boca também são sinal de alerta, pode ser para roer as unhas, a pele do dedo ou até mesmo colocar o dedo entre os dentes. Desviar o olhar ou encarar demais são extremos que também indicam mentira. Se você puder observar a pupila da pessoa (normalmente isso só se percebe em um ambiente iluminado e quando você está muito próximo ao interlocutor), repare se ela está contraída.

E por falar em pupilas, elas são um sinal muito útil em termos gerais, não apenas para mentiras, já que não existe forma de simular a contração ou dilatação das pupilas. A regra é: pupilas dilatadas demonstram interesse, prazer. Pupilas contraídas denotam sentimentos negativos como medo, mentira e raiva. Eu particularmente gosto de avaliar discretamente a pupila dos homens quando estes são colocados diante de imagens de homens e mulheres nus ou com pouca roupa (hoje em dia isso é rotineiro em filmes, novelas e no lazer em geral). Já vi muito suposto “pegador” cuja pupila dilatava quando via homens com pouca roupa e permanecia intacta quando aparecia uma mulher nua. Mesmo sendo seu discurso no sentido de elogiar as mulheres e dizer sentir repulsa pelos homens com pouca roupa, suas pupilas os traíram. Fiquem de olho.

Cabeça. O movimento da cabeça pode dizer muito, ainda que discretamente. Por exemplo, assentir com a cabeça, concordar, ainda que sem dizer uma palavra, estimula as pessoas a falarem mais. Está querendo arrancar uma informação de alguém? Está querendo que a pessoa fale mais? Faça que “sim” com a cabeça lentamente, mesmo depois que a pessoa parou de falar e espere. É provável que ela retome a fala e continue se abrindo com você. Isto porque o gesto de curvar a cabeça para frente denota uma postura submissa, de concordância. Tem origem na reverência que se fazia para cumprimentar ou honrar pessoas importantes. Ao fazer este gesto você mostra que se curva aos argumentos do outro e lhe confere um status de maior importância. É um gesto tão espontâneo que até mesmo pessoas cegas de nascença costumam assentir com a cabeça quando concordam.

Evidentemente, fazer que “não” com a cabeça transtorna o interlocutor. É ótimo para desestabilizar alguém em palestras ou reuniões. Cabeça inclinada para o lado demonstra interesse mas também vulnerabilidade, você está expondo seu pescoço, uma grande prova de confiança e de intenções pacíficas. O contrário ocorre quando nos sentimos ameaçados, tendemos a “encolher” o pescoço por entre os ombros, estilo tartaruga, para proteger esta importante região vital. Observe uma pessoa que se assusta com uma explosão. A primeira coisa que ela faz é encolher a cabeça por entre os ombros e fechar a região do tórax. Tudo instinto, para proteger as regiões vitais. Se você falou algo e a pessoa encolheu a cabeça por entre os ombros, grandes chances dela ter se sentido ameaçada.

Falemos do corpo como um todo. Normalmente o corpo aponta para onde você quer ir, por mais que seu querer seja secreto. Se você está interessado em uma pessoa, a tendência é que se posicione de modo ao corpo (principalmente tronco, joelho e pés) apontarem para ela. Se está em uma reunião chata e está louco para ir embora, grandes chances dos seus pés estarem apontados para a porta. Na relação com outras pessoas, a posição do corpo também pode entregar as intenções. Pessoas que se aproximam com movimentos mais bruscos de frente para seu interlocutor denotam uma intenção de confronto, uma certa animosidade. Se você quer se aproximar de uma forma agradável e não ameaçadora, faça-o com movimentos mais lentos e com o corpo meio de frente, meio de lado (45°), sempre respeitando o espaço corporal dos outros, que costuma corresponder à pessoa de braços abertos: aproximou mais do que isso, começa a ficar desconfortável e inconveniente, sensação que experimentamos em elevadores e lugares lotados.

Falemos agora da linguagem corporal no flerte. Vamos esclarecer algumas coisa de uma vez por todas, para que homens não confundam cordialidade e educação com “ela está me dando muito mole”. Geralmente a coisa começa com uma troca de olhares. Mas a troca de olhar que denota interesse é aquela onde a mulher olha e quando o homem olha de volta ela desvia o olhar imediatamente ou poucos segundos depois, sendo que isto ocorre repetidas vezes. Se ela desviou o olhar uma vez e nunca mais olhou, esquece. Se a mulher olhou, você olhou de volta e ela continua te encarando, é mais provável que seja algo do tipo “eu conheço ele de algum lugar” do que um flerte. Se for flerte, o ritual vai se repetir: um vai olhar para o outro, os olhares vão se cruzar e a mulher vai desviar o olhar, mas com algum indício de aceitação dentro toda a linguagem corporal que já vimos: sorriso, postura aberta e descruzada, etc.

Como homem não costuma saber identificar os sinais de receptividade feminina, aqui vai uma pequena lista, sempre fazendo a ressalva do contexto, da peça do quebra cabeça que falamos no primeiro texto: sorrisos mais para discretos, mexer no cabelo, estufar o peito e manter os ombros eretos para valorizar os seios, deixar o pescoço à mostra, mover o quadril, empinar a bunda discretamente, mexer nos lábios, voltar o corpo em direção ao homem. Estes são os mais comuns, mas existem muitos outros. Percebeu que, dentro de um contexto, uma mulher está te passando estas mensagens? Pode se aproximar, as chances de sucesso são grandes.

Se a coisa já se iniciou com uma aproximação, por exemplo, jantares, festas e ocasiões onde você foi colocado na mesma mesa da pessoa, os sinais que devem ser observados são os seguintes: leves toques no braço ou nas mãos, propositados ou acidentais, mexer no cabelo próprio ou do outro, jogar a cabeça para trás e balançar o cabelo, boca levemente aberta (geralmente fazendo um discretíssimo beicinho), pulsos à mostra, acariciar objetos ou seu próprio cabelo, apontar o pé ou o joelho na direção da pessoa e, se isso implicar em deixar as pernas à mostra, cruzar as pernas pode ser considerado excepcionalmente uma coisa boa. Agora uma dica que vale ouro: repare na bolsa.

A bolsa para a mulher é praticamente uma extensão do seu corpo. O que ela está fazendo com a bolsa diz muito. Em certos casos os pertences mais importantes da vida da mulher estão em sua bolsa, é como se o homem pudesse levar seu carro no colo. Por exemplo, se ela está com a bolsa no colo, em posição de proteção, quer dizer que ela não está muito a vontade. Mas se uma mulher deixar sua bolsa de forma relaxada e casual bem perto de você, pode começar a comemorar (a menos é claro que seja uma amiga que o faz por intimidade e amizade e não por flerte, contexto, contexto). Se a bolsa estiver aberta então, tá facinho. Bolsa perto de você é sinal verde, bolsa distante é sinal de que ainda falta algum caminho para trilhar.

Uma regra geral, para fechar o texto, que por sinal já ultrapassou o limite de páginas: em ambientes formais, quando mais populacho a pessoa for, mais gesticula, quanto mais poderoso e refinado, menos gestos. Em ambientes informais, ocorre exatamente o contrário. Pense no James Bond. James Bond é foda, ele tem tudo sob controle, ele é o cara. Ele quase não faz gestos. Ele é confrontado, ameaçado e xingado por seus inimigos e apenas lança um olhar e frases curtas. Ser James Bond em um ambiente hostil ou competitivo passa a aparência de duro na queda, de fodão, de inabalável. Ele fala pouco, porque quase ninguém merece a honra de sua atenção. Diamantes são caros porque são raros, esteja muito disponível para todos e veja seu preço de mercado despencar. Sim, parece contraditório, a gente acha que quanto mais solícito e acessível, mais as pessoas vão gostar da gente. Spoiler: o ser humano é uma merda que respeita mais justamente quem não lhe dá moral. Em locais de trabalho, pouco gestual e pouca conversa.

Não confundir ausência de gestual James Bond com pessoa travada. Sabe quando você joga a pobralhada em um ambiente com 400 talheres e a pessoa fica dura feito uma estátua? Isso é desconforto, não segurança. A pessoa dá claros sinais de estar na defensiva e incomodada. James Bond não. James Bond é ombro relaxado, boca relaxada, andar natural, ele simplesmente não gesticula porque você não vale um movimento dele. Como eu disse, ideal para ambientes competitivos, mas ser James Bond no primeiro encontro vai fazer a mulher te achar um escroto, frio e egoísta. Os homens costumam entrar nesse modo “James Bond” e, ao ver que dá certo no trabalho, repeti-lo em todos os aspectos da vida. FAIL. Justamente o que vai fazer a pessoa que está ao seu lado se sentir importante é você lhe dar a honra de gastar com ela muitas palavras e gestos. Final da quinta página, serei obrigada a parar por aqui.

Se eu falar que ainda ficou faltando coisa, vocês acreditam?

Para não ler o primeiro texto onde tudo é contextualizado e me acusar injustamente de criar um manual equivocado, para tentar minhas sugestões tendo a pretensão de acertar tudo de primeira, se foder e me culpar, ou ainda para pedir que eu desenhe: sally@desfavor.com

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Comments (54)

  • Olá Sally!
    Adorei os dois textos sobre linguagem corporal,pois tenho muita dificuldade com isso e também com a compreensão de expressões faciais. Minha estratégia de sobreviência sempre foi a postura James Bond, coisa que eu copio da minha mãe até hoje,mas como vc disse, ela não é adequada para todos os contextos da vida.

  • Pra mim o mais curioso foi saber que a capacidade de fazer rir é um traço dominante e que mulher tipo comédia, a palhaçona da turma, pode não fazer muito sucesso com o sexo oposto devido à isso. Olha, que pena descobrir isso agora pq na minha época escolar eu SEMPRE fui a palhaça da minha classe, e de propósito pq eu curtia chamar a atenção desse jeito e era muito popular. Mas nos bailinhos ninguém queria dançar música lenta comigo!!!

    • Ao menos na fase inicial de flerte é bom se conter um pouco. Sejamos sinceros, ninguem é cem por cento sincero no começo…

  • OFF: Será que teremos na semana que vem a segunda edição do “reality show” mais troll da internet brasileira? No aguardo da presença da minha mãe lá, até porque me chamar de filho da puta é uma ofensa as prostitutas.

    Estou achando muito lindo o fato de que a ximbica dela deu problema na bateria (ou em algo que o valha) sendo que não faz nem dois meses que ela comprou a merda do “carro”. A vontade que deu foi dar um “Parabéns, Dona Geralda… Isso é o que dá ficar lambendo a buceta da Dona Helena. Porque você não faz o favor de voltar lá pro útero da velha e me deixa tocar minha vida, sua empata-foda. Larga do meu pé!”.

    Uma pessoa que fica chamando por LADRÃO o filho que bem ou mal está suportando a folgada na casa dele (e ainda assim, porque é forçado a isso na base da livre e espontânea CHANTAGEM) e ficava de mimimi porque queria macho de troféu pra tirar onda de boazuda pra parentaiada (em boa parte, tão podre quanto ela) não faz por onde merecer respeito.

    E sim, ela tem comportamento de intocável e é tratada como uma “coitada” por ser expert em vitimização barata. Vontade de tocar a folgada daqui (muito boa pra carregar saco de 60 Kg ou até mais de entulho pra dentro de casa pra ficar fazendo pose de trabalhadeira com o seu ateliêzinho farsesco) é o que não falta.

    Que fique bem claro que não quero pagar de santo ou de coitado aqui. Já considero uma vitória estar aguentando de pé essas questões que fazem os episódios da série Siago Tomir parecerem brincadeira de criança.

    • Livro para leigo eu gosto muito do clássico “O Corpo Fala” (Pierre Weil) e do “Desvendando a Linguagem Corporal” (Allan e Barbara Pease). Tem uns mais técnicos, mais da área de psicologia, mas acho que não são necessários, esses dois livros dão conta. O resto vai decorrer do poder de observação de vocês!

  • Eita, que essa da pupila vai botar muitos relacionamentos em risco! Principalmente dos evangélicos :-O
    É a única que não tem como errar, a não ser que a pessoa use aquele colírio quando vai fazer fundo de olho hahaha

  • Sally, dê mais dicas para nós mulheres. Nem todas têm capacidade de decifrar as intenções masculinas. Eu não tenho. Erro quase sempre. Com exceção do contexto de uma balada, ou quando o cara disse explicitamente que tinha interesse por mim, poucas vezes acertei e já levei foras por isso. Também queria pedir para que você dê dicas sobre os livros e os sites que leu para fazer esses dois textos tão seguros e com informações tão legais. Há muita bobagem na Internet, mistura de autoajuda e poder do pensamento. O seu texto é coerente, racional, útil. E, o mais incrível, o Desfavor é gratuito! :D

    • Marina, vou fazer um texto só para mulheres decifrarem homens então!

      O livro menos pior é aquele “Decifrando a Linguagem Corporal” (Allan e Barbara Pease) e de internet eu passei longe, porque só achei merda. Se quiser aprofundar mais tem bons livros técnicos na área de psicologia

    • Sally, e mais ou menos nesse sentido de homens x mulheres, o que tu tens (ou não tens) a me dizer sobre linguagem corporal para/em casais? Existem também “sinais” perceptíveis numa dinâmica de relacionamento com outra pessoa? Me refiro não ao ato da conquista como dito no texto, mas sim pra quem é casado/namora firme e tals…

  • Eu devo ser um desastre nesse departamento de linguagem corporal… Sallyta, comofas com os socialmente inaptos como eu não passar a mensagem corporal errada?

    • Observe, observe tudo e todos. Observando você vai ver o que NÃO fazer. Tire meia hora ou quinze minutos do seu dia para tentar “ler” as pessoas. Se puder, se filme falando e depois veja a gravação, isso ajuda também. Eu tenho horror a fazer isso, quando ouço minha voz e me vejo em vídeo me acho insuportável.

      • Sally, adorei essa dica e desde a publicação do primeiro texto tenho me atentado mais a essas características corporais das pessoas. Em reuniões de equipe, procuro me atentar à expressão corporal dos técnicos e claramente vejo o que não deve ser feito: corpo encurvado demais (acredito conotar submissão/falta de imposição diante dos outros), fala aceleradíssima (conota ansiedade e despreparo/inexperiência), risos excessivos (pode conotar falta de profissionalismo ou nervosismo em excesso – e até é algo que tenho me podar em alguns momentos, pois sou daquelas pessoas que ri histericamente quando está muito nervosa), expressão facial enrijecida demais (acredito que isso de certa forma não abra receptividade dos ouvintes daquela fala), etc…

        E isso que você falou de homem se portar como James Bond em encontros/conversas, nossa, é super comum! Homem acha que está se mostrando como macho alfa dessa forma, daí esquece que com mulher isso não cola, porque mostra desinteresse mesmo, não masculinidade (ou mostra, né, vai saber… tem mulher que gosta de ser tratada com rispidez). Quando é comigo, sinalizo para o homem dizendo que ele tá muito sério. Se ele estiver nervoso, talvez possa se permitir relaxar; se ele FOR assim, aí eu desisto, porque sei dos prejuízos que vou ter a médio e longo prazo.

        • Quando estiver sem fazer nada (almoçando, fazendo hora para encontrar alguém, passeando, etc) escolha uma “vítima” aleatória e comece a observá-la. Depois tente antever o que ela vai fazer ou como ela vai se portar. Você vai ver como com o tempo tudo fica muito fácil. Em poucos dias você já está “lendo” seus colegas de trabalho, em alguns meses vai achar o ser humano a coisa mais previsível do mundo! E olha… faz uma diferença a seu favor que você nem imagina.

      • Também não suporto ouvir minha voz gravada ou me ver em vídeo… Acho tão esquisito… Fico pensando: ISSO sou eu?

  • Como eu disse, muito completo esses textos. Ao longo desses anos um dos pontos que acho importante é sempre estar atenta as expressões faciais. Elas ajudam bastante.

    Isso que vou falar pode até ser meio contra o seu texto. Mas quando percebo algo do tipo: negativa com o rosto, por exemplo, em alguns casos eu confronto. Foi uma forma que arrumei de mostrar que talvez a pessoa esteja sendo desagradável. Não que me incomode. Mas tem gente que precisa se enxergar.

    Tem gente que faz isso sem perceber e vai criando antipatia. Tem gente que ao responder uma perguta já começa com uma negativa, desqualificando o que o outro diz, por exemplo: “- Coca-cola dá celulit…” “- Não! Não dá não. O que dá celulite é açúcar.” *quase tento um torcicolo de tanto não com o rosto…

    • Acho bacana confrontar, desde que não seja com alguém onde, no momento, você tem relação de hierarquia. Chefe só se confronta em último caso…

        • Lichia, você sabe indicar bons livros técnicos sobre o assunto? Digo, uma leitura avançada, de psicologia mesmo. O povo tá pedindo livro e eu estou com medo de indicar merda…

          • Não, Sally… :(

            Essas que vc tem indicado são bons. Em psi mais tecnico eu confesso que nunca vi. E tb nunca me aprofundei nisso, pois sou muito observadora, até demais… O problema foi aprender a prestar atenção de forma consciente. E tb diferenciar percepções de imaginação. A minha preocupação foi mais voltada pra comunicação verbal mesmo. Como vc disse em vários momentos aqui: é treino. Eu só acrescento: aprender a diferenciar o que é real, o que é imaginário e SIM…. O CONTEXTO.

  • Sally, teus textos sobre o assunto me estimulou a finalmente comprar livros que abordem a linguagem corporal. Comprei dos autores que tu havia referido, e também outro do Pierre Weil (O Corpo Fala). Se pensar bem, como a maior parte dos humanos é burro e preguiçoso. São coisas como o estudo disso que pode te ajudar em tantos aspectos da vida, e por relaxamento quase ninguém estuda.

  • “Tudo indica que a capacidade de fazer os outros rirem é visto como um traço dominante, justamente por isso mulheres piadistas não são tão atraentes para o homem médio, que dificilmente busca dominância como traço marcante da personalidade de uma mulher. A mulher que faz todo mundo rir acaba virando amigona. Dificilmente mulher comédia é vista como sexy.”
    Hm, eu já tinha lido isso em algum lugar. Certamente explica muita coisa. Mas antes só do que com um ~homem médio~ hahaha!

    • Nao deixa de ser um bom filtro se um homem provedor nao é o que voce procura. Eu, como gosto do perfil provedor (eu nasci para ser.mimada e presenteada, joguem pedras) nao faço muita questao de carregar nas piadas

      • Não é que eu faça questão de carregar nas piadas, elas simplesmente saem, às vezes em hora inapropriadas, inclusive. :P

        • Não tem que mudar quem você é, a menos que isso te incomode ou te atrapalhe. Eu já fui mais piadista, mas percebi que com isso afastava o tipo de homem que eu queria. Odeio ser eu o homem da relação…

            • Sorte sua. Eu não suporto homem que não me proteja, que não seja provedor, que não me mime e não me trate como uma princesa. Por mais que me super aceite como eu sou. Não tolero não ser mimada.

              • Pôxa, Sally… Agora você me surpreendeu. Sinceramente peço desculpas se eu entendi tudo errado, mas, pela impressão que tenho de você baseada no que leio aqui, não achava que você fosse assim. E pelo que vejo do Somir, ele me dá a impressão de ser um cara sem muito saco pra esse negócio de paparicar mulher…

                  • Mais uma vez peço desculpas humildemente se estiver falando besteira, mas achei que “paparicar” fosse justamente o que você descreveu: ser presentada e mimada e ser tratada como uma princesa. Pela forma como expõe aqui o que pensa e o que sente, eu achei que você não ligasse tanto pra gentilezas, galanteios e cavalheirismo ou então que já tivesse mesmo é desencanado dessas coisas devido ao nível da maioria dos homens de hoje. Digamos que, de certa forma, o homem “paparicar” a mulher é uma convenção. E o Somir, mesmo te tratando muito bem – com respeito e carinho – , não me parece ser alguém lá muito dado a seguir convenções.

  • Quando você falou em apontar o dedo, impossível não lembrar de briga de pobre “TIRA ESSE DEDO DA MINHA CARA!”, rsrsrsrsrs…
    Ótimas dicas, Sally!

  • Estava negociando com um vendedor de propagandas agora de manhã, e lendo o texto.
    (acabei de abrir meu escritório (porque consultório é feio))
    Consegui uma propaganda na capa e a possibilidade de escrever um artigo/mês pro jornal.
    E nem saiu caro.

  • Sally, os sinais femininos ficaram bem claros. Mas e os masculinos? Quais movimentos, reações, são mais particulares deles e o que querem dizer?

    Adorei a série! Bjitos!

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