Ele disse, ela disse: Omissão Nacional.

eded-omissaonacional

Imagine que você está visitando outro país, pode ser qualquer um, mas funciona melhor se você pensar num mais civilizado e desenvolvido (o que ainda permite várias possibilidades!). Imaginou? Agora lembre-se que você veio do Brasil. Sally e Somir discordam até que ponto é interessante ser honesto sobre essa informação. Fronteiras abertas para os impopulares que quiserem opinar.

Tema de hoje: É válido omitir ou mesmo mentir que é brasileiro quando no exterior?

SOMIR

Eu sei que normalmente eu fico com o lado da omissão e da mentira nessas discussões, mas dessa vez eu não acho que ela traga vantagens suficientes. Então… não, não é válido omitir ou mentir nacionalidade brasileira em viagens para países estrangeiros. Mentira dá trabalho, então é bom guardá-la para ocasiões melhores.

Até porque ainda existem vantagens suficientes para contar a verdade nesse caso. Tudo bem que esse papo de que todo mundo adora os brasileiros é um exagero ufanista que a maioria dos países aplica para o próprio povo. Todo mundo se acha simpático e especial por nascer em uma determinada localização geográfica (por puro acaso). Humanidade, primeiro semestre.

A verdade é que na maioria do mundo o Brasil é basicamente irrelevante. Não cheira nem fede. Exceção feita à internet, onde somos justamente desprezados… Mas estamos falando sobre turismo “presencial” mesmo: Você num país diferente convivendo com os locais. E isso faz diferença.

Na prática, o estrangeiro médio é meio brasileiro médio também. Poucos realmente se importam com algo além de seus parcos conhecimentos sobre o mundo. Dizer que é brasileiro vai desencadear significados tão “neutros” na cabeça do gringo que vai ser bem mais fácil conquistar sua simpatia. Países que são ou já foram relevantes em escala mundial incutem em seus cidadãos uma série de mensagens e conceitos na cultura coletiva do planeta. O Brasil não é nem nunca foi relevante assim.

Claro que você vai acabar encontrando cabeças pensantes que sabem mais do que o combo “futebol, praia e bunda” sobre o Brasil, mas não se preocupe demais: Em qualquer lugar do mundo, os imbecis são a maioria. Melhor ser norueguês médio do que brasileiro médio, mas esse tipo de média não costuma ser suficiente para passar de ano. Grande parte das pessoas não vai ter cultura ou interesse suficientes para saber mais sobre o Brasil do que o básico do básico.

Nós sabemos que o Brasil é um país perigoso e injusto, mas pro resto do mundo somos pobres e ponto. Um brasileiro fazendo turismo ou negócios em outro país subverte esse conceito sem perder a presunção de povo alegre e INOFENSIVO. Isso mesmo, nada gera simpatia mais imediata do que ser inofensivo. O Brasil não entra em guerras, o Brasil não tem brigas violentas com vizinhos… O Brasil é neutro e pacífico no que tange a geopolítica mundial.

Países como os europeus ricos, os EUA, Rússia, China, Japão… esses sim mandam seus filhos para outros países com uma série de informações extras absorvidas pelos locais. São culturas mais fortes e desenvolvidas no quadro geral das coisas. Brasileiro tende a ser no máximo… exótico. Sabem tão pouco sobre o país… Muitos estrangeiros ficam surpresos ao saber que o Brasil não é só o Rio de Janeiro e que muitos de nós temos horror a esse famoso cartão postal.

Pra gente mais simples de outros países, falar que é brasileiro desarma reações negativas. No máximo em alguns países mais vira-latas da América Latina vão te olhar torto, de resto… E se você for lidar com gente mais educada e antenada, sorria: Seu país é pobre e é politicamente incorreto baixar a lenha em você! Vão ser ainda mais simpáticos e tentar fazer pose concordando com suas visões sobre seu país natal. É uma merda ser irrelevante para o mundo, mas não vem sem algumas vantagens.

Lógico, se você estiver lidando com nacionalistas raivosos, não é bom dizer que vem do Brasil, mas… não é bom dizer que vem de nenhum país que não o deles mesmo. Elas por elas. Ah, brasileiro também se aproveita da presunção de “amante latino”, seja você homem ou mulher, pode ajudar bastante na hora de conseguir sexo internacional!

Se você resolver omitir ou mesmo mentir essa informação, tem que pensar em qual nacionalidade vai acabar se encaixando. Com raras exceções, as pessoas que falam uma língua a vida inteira percebem em poucos segundos quando a outra tem sotaque estrangeiro. E vamos concordar que a língua portuguesa não abre muitas portas nesse mundo… Você vai acabar falando pelo menos um inglês tosco para se comunicar. E todo mundo vai perceber que você não é um local.

E aí, como não é ofensivo perguntar se alguém veio de outro país (pelo menos na grande maioria das culturas), vão acabar te colocando na parede. Vai fingir um desmaio? Não dá, tem que responder. Se vai mentir sobre ser brasileiro, tem que entender o que significa dizer que vem de outro: Ou fala um igualmente irrelevante como Argentina (foi mal, Sally, mas é verdade), ou igualmente inofensivo como a Islândia (foi mal, Björk, mas é verdade) , ou se prepara para pegar todas as presunções automáticas sobre sua nova nacionalidade.

Vai nessa de achar que é melhor dizer que é americano, francês ou espanhol. Muitos desses países mais famosos tem rico histórico de interações internacionais, e não se acumula poder e dinheiro sem pisar na cabeça dos outros. Brasileiro sai do zero, mas pelo menos não se arrisca a começar qualquer relação estrangeira com saldo negativo.

Se NEM brasileiro médio se preocupa com o que acontece no Brasil, da onde que vocês tiraram a ideia de que estrangeiros médios vão?

Para dizer que até nossas vantagens são cagadas, para dizer que o certo é se declarar cidadão da RID, ou mesmo para dizer que prefere acreditar que é importante a ser realista: somir@desfavor.com

SALLY

É válido omitir ou até mesmo mentir que é brasileiro quando viajar ao exterior?

Sim, Meus Queridos. Infelizmente é melhor, no mínimo, não falar nada. Entendo quem não queira mentir, mas omitir é o mínimo que se espera se você quer ter tratamento digno, em vez de ser seguido dentro de uma loja para terem certeza de que você não vai roubar nada. Desnecessário viajar com uma bandeira do Brasil amarrada nas costas, deixando bem claro de onde você veio. Sejam realistas, não há muito para se orgulhar por ser brasileiro.

Eu compreendo que o brasileiro médio desconheça a realidade morando no Brasil, um local com uma imprensa vergonhosa que mente, manipula e distorce com toda a facilidade. O brasileiro médio é um ser sem cultura, sem poder de questionamento e sem ensino de qualidade. Mas a coisa muda de figura quando se vai para um país civilizado, onde ser bom em esportes não é lá grandes méritos e onde a imprensa tem compromisso coma verdade e divulga todos os vexames cometidos pelos tupiniquins. Por mais que o povo goste de ser enganado e de se enganar, a verdade é que a imagem do brasileiro no exterior é péssima. E com razão.

Em países onde não há “jeitinho”, onde a malandragem não é vista como esperteza e sim como crime, não costumam receber com bons olhos o brasileiro médio. Países com educação formal e de qualidade se envergonham com o comportamento do brasileiro médio. Países civilizados onde o cidadão se sujeita às normas concordando ou não com elas abominam a postura mal educada e egoísta do brasileiro. Isso você pode constatar mandando alguém que não seja brasileiro perguntar o que acham dos brasileiros. As respostas são surpreendentes.

Acredito eu que todos que estão aqui acham o brasileiro médio deplorável. Pois bem, vocês estão no mesmo saco que eles e terão a presunção de ser como eles até que possam provar o contrário. Como nem sempre há tempo ou oportunidade para operar esta prova, o melhor é omitir o fato e evitar que paire sobre suas cabeças essa presunção de malandro, ou pior, se você for mulher, de puta. Lamento muitíssimo informar, mas mulher brasileira tem presunção de puta no exterior. E não sem motivo.

Brasileiros são considerados inconvenientes. As normas de boa educação do Brasil deixam a desejar quando comparadas com o padrão de conduta de países civilizados. O que o brasileiro médio chama de “alegria, espontaneidade e energia positiva” os países civilizados chamam de macaquice, inconveniência e falta de educação. Salvo honrosas exceções, o brasileiro médio é apontado e ridicularizado lá fora, geralmente pelas costas, porque as pessoas são educadas. E ainda volta achando que foi super bem acolhido e querido. Não, não foi. Não é porque as pessoas foram EDUCADAS que se depreende que gostaram do visitante. Mas o brasileiro médio nunca vai ter essa noção, porque é um sincericida mal educado que quando não gosta de alguém “fala na cara mesmo”. E ainda acha que o resto do mundo é assim também.

Qualquer pessoa de bom senso vai te dizer que a imagem do brasileiro no exterior é queimada. Qualquer pessoa de bom senso não quer que paire sobre ela a presunção de brasileiro médio. Então, porque ostentar sua nacionalidade, quando claramente ela vai depor contra você? Só deve ostentar nacionalidade quem tem orgulho do seu país. O brasileiro médio tem orgulho do país, não pelos méritos do país, mas porque ELE nasceu. Sim, são arrogantes o suficiente para achar que o país merece defesa porque eles nasceram lá. Universo Umbigo. Se você não se acha tão importante, deve saber que atualmente o Brasil não merece essa moral toda.

Ostentar sua nacionalidade é ter orgulho do seu país. Se você tem orgulho do Brasil, sugiro um eletroencefalograma, só para confirmar se há atividade cerebral. Você ostentaria uma condição de ex-detento? Sairia na rua com uma camiseta escrito “Fui preso por matar uma pessoa”? Não, né? Não se ostenta algo que não se ache bonito, motivo de orgulho, exemplo. Amar o seu país não se confunde com ter orgulho dele. Quem ama de verdade o Brasil sabe que a situação está vergonhosa e é preciso trabalhar muito para, quem sabe um dia, poder ter orgulho deste país. Amar não é e não deve ser sinônimo de amar a qualquer preço, passando por cima de qualquer defeito. Antes de mais nada, é preciso ser consciente e não se portar como se a vida fosse um desenho da Disney.

É simples: curta sua viagem, passeie, não furte nada, não grite, não seja mal educado. Seja discreto, fale baixo, respeite as normas do país onde você está. Ninguém vai nem perceber que você é brasileiro e, francamente, ninguém está interessado. Qual é a necessidade de espalhar para o mundo a nacionalidade? Ninguém quer saber, você não é tão importante. Principalmente quando esta é uma informação que vai depor contra você.

Indo além, eu acho que mesmo perguntado não há necessidade de se dizer brasileiro. É feio renegar as raízes? Talvez. Mas mais feio é que paire sobre você uma presunção de brasileiro médio. Pergunta para o Somir se na internet ele admite que é brasileiro? Nem fodendo. Ele sabe que se o fizer vai ser enxotado de fóruns, o que ele fala vai valer menos e ele vai virar pessoa não confiável. O mesmo ocorre ao vivo e a cores, são as mesmas pessoas, só que olho no olho.

Não me venham com moralismos, todos nós escondemos nossos podres, nossos esqueletinhos no armário. Garanto que todos vocês mentem ou omitem algumas informações vergonhosas de suas vidas. O ato em si, todo mundo faz. A questão é: você acha vergonhoso ser brasileiro? Você acha que o fato de ser brasileiro depõe contra você em países civilizados? Se a resposta é SIM, não tem porque se queimar contando uma informação que depõe contra você. Não é pirraça, é autopreservação. Quando este país fizer por merecer, aí sim você ostenta seu orgulho em ser brasileiro em camisetas, bandeiras e tatuagens. Até lá, tenha amor próprio e faça o que for melhor para você!

Para me encher o saco com um discurso patriótico barato e receber um palavrão em retorno, para negar a realidade e dizer que o brasileiro é querido em todos os países do mundo ou ainda para dizer que não adianta esconder, a cara de gentinha entrega o brasileiro: sally@desfavor.com

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Comments (88)

  • Uma vez eu viajei para Nova York (é estranho escrever Nova Iorque) nas férias e nunca fui questionada sobre minha nacionalidade. Não sei se eu sou tão fluente em inglês a ponto de parecer nativa, mas pelo visto…
    Mas como eu também sou fluente em espanhol e intermediário em alemão por enquanto, tenho um pequeno repertório para quando eu escapulir do Brasil.

    Ah, e na época em que eu tinha Facebook havia postado um texto criticando o que está ruim no Brasil (Quase tudo) e surgiram umas pessoas usando o velho argumento de que apesar disso, pelo menos o Brasil “Não tem terremoto, tornado e vulcões”. Dá pra aguentar? Ficar superexaltando as “qualidades” do Brasil é o mesmo que tentar disfarçar cheiro de peido borrifando Glade: Não adianta e só piora as coisas.

    PS.: Mesmo com o terreno todo bugado, um país miudinho como o Japão ainda consegue ser melhor que nós, um pais enorme e “abençoado por Deus”. Vou chorar.

  • Outra coisa que depõe BM no exterior: Homens em idade adulta se vestindo como se tivessem 12 anos, tênis esportivos, combo luzes + bronze + batom rosa buceta, aquele jeitinho brasileiro de se vestir das mulheres.

    Ou seja, a breguice crônica e inadequação da nossa classe média.

    • Sim, se vestem de uma forma que, aos olhos de gringos (geralmente com mais classe e sofisticação) parecem putas velhas com complexo de adolescentes. Só no Brasil mulher com pouca roupa é sensual, em qualquer lugar do mundo mulher com pouca roupa é VULGAR!

    • Acho engraçado que até aqui no Brasil esse batom rosa buceta é discriminado. Até aqui, por que essas sem noção usam, caralho???

        • Sally, ser Nem já é uma puta discriminação. Pelo menos aqui no Rio, é completo demérito ser Nem (ó ar nem tudo se importano com isso…).

          • NEM é a forma como mulheres bregas, cafonas e sem classe se tratam no Rio de Janeiro: uma chama a outra de NEM, é uma espécie de “querida” de pobre.

            • Embora a Sally não goste do termo: ar favelada tudo. Elas tem um jeito próprio de se vestir, falar e agir, tanto é que viraram adjetivo. Juro que se estudasse antropologia, escreveria um artigo sobre ar nem tudo. Kdq Nem não usa plural, coloca tudo no fim da frase.

                • Se fosse só isso, seria básico demais… mas ainda tem “Craudio”, “bicicreta”, “coisando a parada do bagulho”, tatuar nome de parente no antebraço ou nas dobras dos dedos; usar Kolene, shorts Cia Fashion e sombra verde/prata/azul/rosa fluorescente… ou seje: ser Nem é um estilo de vida, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!

                    • kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, letra de convite de casamento!!! Sabia que conhecia aquela bosta de algum lugar, só não tinha feito a associação, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!

                    • Gente, o Jio me dá mais medo a cada coisa que eu leio sobre ele aqui! “NEM” quero ir… Imagina, nem! Eu lá? Credo! hahahah

    • O estilo girlie das avós brasileiras é mais do que ridículo. É indigno. Só se lembram de que são idosas na hora de usufruir dos privilégios dos intocáveis.

      • Coisa que me revira o estômago: mulher com mais de 60 anos que insiste em cabelos longos, e quando eu falo em longos, digo abaixo da linha do sutiã. Ficam todas com cara de bruxas ou de paquitas da terceira idade.

  • bem, tem algumas coisas no modo de agir que fazem o estrangeiro perceber pelo menos q vc não é brasileira/o média/o, gerando um pouco mais de respeito. já testei isso, e vai inclusive ao ponto da pessoa, ao tentar adivinhar qual seu país, chutar todos menos o brasil. uns exemplos : ser fluente em línguas, o jeito de falar (educadamente, sem gritar, sem escândalos) e principalmente o tal do sorrir. brasileiro ri de TUDO. isso é considerado uma atitude besta e de falta de seriedade. isso não é bonito nem simpático, soa falso.

    • Você falou uma grande verdade: quem não é brasileiro médio acaba tendo presunção de ser estrangeiro no exterior. Para que abrir mão desse maravilhoso trunfo vestindo uma horrenda camisa verde e amarela? Deixa pensarem que é uma pessoa de um país civilizado.

      Chamem de amarga, mas eu também tenho ódio dessa imbecilidade de sorrir de tudo, para tudo e para todos de brasileiro. Esse excesso de alegria esfuziante e carnavalesco me enerva ao ponto de ter vontade de partir para violência física. E quanto mais para cima do país se vai, mais excessivamente alegre fica o povo. Parece que colocam rivotril na água. Tão na merda e tão rindo. E todo mundo acha isso exemplo de vida, de força, de superação. Não! Quem tá na merda e tá rindo é um imbecil, porra!

      • Tem um padrão nessas coisas… Reportagem em lugares onde pessoas morrem de fome? Pode ter certeza que aparece o combo rivotril: muita gente “feliz” + dancinhas no meio da rua + panos multicoloridos + uma porrada de criança + religião + futebol. Vê bem onde vc acha isso: Salvador, Serra Leoa, Angola…

        Gente muito feliz = problemas internos… Até nas redes sociais: perfis de gente muito feliz me deixam pra lá de desconfiada.

      • tb ja fui taxada de séria, emburrada, etc
        foda tb é conviver com o entusiasmos de estrangeiros que dizem : ahhh vcs brasileiros são tão simpáticos e receptivos..
        NÃO! brasileiro tem síndrome de colonizado. é doença. ponto.

        • Sim, cachorrinhos bobo alegres, Blankas, povo Oba-oba que ainda acha isso mérito! Simpatia é uma coisa, macaquice é outra.

  • Vontade de perguntar se esse seria um tema para o “ele disse, ela disse” ou se haveria convergência de opiniões quanto a tal questão: “O que é pior? Ter de lidar com pregadores religiosos ou com gandaieiros (do naipe do Alicate por exemplo)?”

  • Se eu disser que nunca ouvi piadinhas idiotas qdo falei que sou brasileria estarei mentindo. Mas o meu consolo é que essas piadinhas infames eu escutei de gente bem ralé. Pessoas com um pouco mais de cultura e educação normalmente não abrem a boca pra tirar onda da nacionalidade dos outros.

    Qdo a pessoa vem com generalizações como “no Brasil tem muito pobre, né?” ou “samba um pouquinho pra eu ver, acho tão bonito”, eu tento desarmar com bom-humor, fazendo comentários também generalizados sobre a nacionalidade do meu interlocutor. Normalmente a pessoa entende o recado e para com as gracinhas. Esse que me pediu pra sambar era argentino e eu respondi que só sambaria se ele dançasse um tango caprichado pra mim. Eu não sei sambar e ele nunca dançou tango na vida, e então a gente só riu da situação.

    • Sobre a pergunta do texto, eu não acho válido mentir nem omitir sobre a minha nacionalidade. Nunca fiz isso. Não sou ostensiva com nada, geralmente passo desapercebida e gosto muito disso porque feio mesmo é gente espalhafatosa, seja da nacionalidade que for. Salvo em algumas ocasiões (copa do mundo, por exemplo, DURANTE um jogo do Brasil), não vejo nada demais em que todo mundo perceba logo de cara que se trata de um brasileiro. Faz parte do contextro naquele determinado momento. Mas fora isso eu não vejo razão pra pessoa tentar ao máximo esconder que é brasileiro, disfarçar sotaque, mentir na cara dura, etc. É uma atitude infantil.

  • Países realmente desenvolvidos (com educação elevada) o tratamento é igual. Mas fica aquele esteriótipo: pobreza + futebol + carnaval + puta.
    brasileiro não é importante internacionalmente. no máximo vão ignorá-lo.

  • Uma vez estive na Itália em um grupo de intercâmbio. Alguns do grupo estavam com a bandeira do Brasil, e como eu tava no meio, obviamente fui identificada como brasileira. Um italiano se aproximou?, me puxou pela mão e tentou me beijar. Dei um empurrão e saí fora. Isso foi nos anos 90, quando a imagem do brasileiro ainda não era tão queimada. Imagina agora.
    E pra piorar essa situação, já cansei de ver brasileira se orgulhando do tanto de gringo que pegou. Fora o turismo sexual, pelo que o Brasil é muito conhecido e visitado. Então, ser honesto pode ser fácil pros homens, mas nem tanto pras mulheres. Eu só não sei o que diria se me perguntassem, meu inglês é mais ou menos, e não hablo nenhuma outra língua :(

      • Diz que vc nasceu em XXXXXX e foi criada no Brasil, sendo XXXXX um país MUITO civilizado. Ou manda um país que as pessoas nem sabem onde fica: Zâmbia, Suriname (oê), Togo, etc.

        Ou diz que nasceu no Uruguai ou Chile, e se perguntarem porque vc não fala espanhol diz que nasceu numa cidade na fronteira com o Brasil. Ou fala na língua do P.

        Eu prefiro mentir / omitir. Primeiro que as pessoas ficam me perguntando COMO eu sou brasileira (se eu não sambo e não tenho o ‘shape’ da brasileira no imaginário internacional). Segundo que as pessoas querem saber o que tem aqui de bom (e normalmente estou falando com pessoas educadas, então fico extremamente sem graça de ter que meter o pau e quase os proibir de vir ao Brasil. Mas tb não vou mentir e incentivar o turismo pro Rio).

        Não fui maltratada, mas tem uma curiosidade sobre esse assunto que me incomoda. Prefiro não dizer nada…

        Se bem que na última vez que viajei disse que era de Sáo Paulo. Passou bem… Aparentemente as pessoas acham que Sáo Paulo é um país de negócios separado do resto do Brasil…

        E por fim: NÃO vá de Havaianas. Essa porra entrega de longe que vc é brasileira…

        • As pessoas não sabem que o único lugar do mundo onde se pode usar Havaianas em locais fechados sem ser ridículo é no Brasil…

          • E por falar em Havaianas. Sally, a minha está ficando gasta de tanto que uso… Aquela do prêmio. Eu sabia que ia dar nisso! Acho que vou mandar fazer outra, parar de usar essa pra guardar de lembrança… :D

          • Pois é… fora daqui não tem essa de praia-shopping-cinema-restaurante com o mesmo “figurino”…

            Normalmente eu não uso Habaianas pra ir ao shopping nem aqui, então nunca tinha reparado nisso. Na última vez que estive em cidade de praia no México, acabei tendo uma alergia no olho e fui da praia direto pro shopping comprar um colírio. Achei super estranho que todo vendedor ficava falando em portunhol e chamando “os brasileiros”. Só me liguei depois, quando estavamos voltando e olhei pra baixo…

            Testei no dia seguinte sem os chinelos e batata… ninguém gritou, chamou ou encheu o saco.

            • Mas isso é uma coisa que acontece até dentro do Brasil.
              A primeira vez que fui à Santa Catarina, fiquei em Balneário Camboriú, cidade praiana. E me portei como aqui (Rio de Janeiro), saia com o “traje de ir a praia”, de havaianas e tals… e percebia que me olhavam muito estranho ao passo que ninguém mais lá anda assim.
              No segundo dia enfie minha viola e uma muda de roupa na bolsa, para ir aos bares na beira mar e parar de passar vergonha. Me adaptei, né…
              Porém, apesar de odiar muita coisa que carioca médio faz, admito: adoro esse estilo de emendar a praia num bar e dali partir para a Lapa, tudo com a mesma roupa e de havaianas (não com uma saída de praia que mostre sua bunda, um short jeans e tals, um vestidinho mais bonitinho). Pra quem sabe fazer, acho que tem seu charme.
              Estou pronta para começar a receber as pedradas impopulares.

              • Diana, estou com voce!!! Amo esse estilo despojado do rio, de ir na praia e emendar outro programa (claro q nao to falando p cruzar meia cidade de canga ne, mas de vestidinho como voce falou). Mas emoutros lugares a gente tem que se adaptar mesmo, senao o povo estranha.

                • Ai, que legal!
                  Não chego ao ponto de fazer absolutamente tudo de chinelo, mas sou adepta desse estilo mais leve!
                  Quanto à adaptação… questão de educação e bom senso, né?!

    • Olha, sem querer tirar o demérito do brasileiro… Mas pelo que eu leio/ouço falar (nunca viajei pra Itália), os homens italianos por si já são nojentos e desrespeitosos.
      Quem faz esse tipo de coisa sempre será mais escroto que uma pessoa cujo único “crime” é “ter fama de puta”.

  • Lendo os textos de vocês, me lembrei dessa música:

    “A gente não sabemos
    Escolher presidente
    A gente não sabemos
    Tomar conta da gente
    A gente não sabemos
    Nem escovar os dente
    Tem gringo pensando
    Que nóis é indigente…

    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!
    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!

    A gente faz carro
    E não sabe guiar
    A gente faz trilho
    E não tem trem prá botar
    A gente faz filho
    E não consegue criar
    A gente pede grana
    E não consegue pagar…

    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!
    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!
    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!
    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!
    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!
    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!

    A gente faz música
    E não consegue gravar
    A gente escreve livro
    E não consegue publicar
    A gente escreve peça
    E não consegue encenar
    A gente joga bola
    E não consegue ganhar…

    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!
    “Inúteu”!
    A gente somos “inúteu”!
    “Inúteu”!
    “Inúteu”!
    “Inúteu”!
    Inú! inú! inú…”

    Seria o melô do brasileiro médio?

  • Não acho que teria problema em admitir minha nacionalidade no exterior. Mas me aborrece essa coisa de ter orgulho da terra em que nasceu. Nascer nesse ou naquele lugar é algo tão fortuito e fora do nosso alcance/controle/mérito que esse patriotismo babaca de uns e outros pra mim simplesmente não tem razão de ser. Prefiro me orgulhar apenas de mim mesmo e das coisas que faço.

    • Caráter não é determinado por nacionalidade, sexo, idade, cor da pele, etnia, escolaridade, nível sócio-econômico, orientação sexual, religião (ou falta de uma)… Essas coisas não me influenciam na impressão que uma pessoa que acabo de conhecer deixa em mim. O que me interessa é a pessoa, suas idéias e opiniões.

          • Sério? Porque você acha isso? E se a mulher quiser dar para todo mundo, até para o mendigo da esquina, ela não tem caráter?

            Para mim quem não tem caráter é quem faz isso estando em uma relação monogâmica, se a pessoa estiver solteira e quiser dar para todo mundo e até cobrar por isso, eu posso até discordar, mas achar falta de caráter???

            • Concordo plenamente.
              Não é a questão de ir numa “Marcha das Vadias”, mas assim como a homossexualidade, acho que a piranhagem deve ser deixada no canto dela. Se a mulher ta solteira e ta afim de distribuir (Bruna Surfistinha feelings), problema dela, ta dando o que é dela.

            • que machismo mais tosco, puta que pariu
              Por um acaso mulher que dá para quem quiser, muitos ou poucos, tem menos valor???

              aff

              • Não acho que uma mulher que se insinue de forma vulgar ostensivamente seja sem caráter. Não é o que eu faria para mim e, encaremos os fatos, vai sim ficar com fama de piranha, o que gera uma série de consequências negativas na sociedade em que vivemos. Mas porra… caráter?

            • Sally, acho que o meu conceito de piranha é um pouco diferente do seu. Piranha pra mim não é bem aquela que dá pra todo mundo. Aliás, se a mulher quiser dar pra todo mundo, que dê. A vida é dela, só dela e ninguém tem nada com isso. Se ela está sollteira, é maior de idade, vacinada, dona do próprio nariz, e esperta o bastante pra não ficar grávida sem querer e nem pra ficar mal falada – porque espanta homem – , que faça o que quiser. Piranha pra mim é aquela que faz questão de se insinuar de forma bem vulgar a torto e a direito – não só na roupa – pra toda a macharada em qualquer lugar, em qualquer situação, por mais inadequado que seja. E ainda fica se achando “a gostosa” porque um monte de homem cai nessa ou vira o pescoço pra vê-la passar… Tem uma na minha academia, por exemplo, que me dá a impressão de que o sonho da vida dela é ser panicat. Pior é que quando eu digo o que penso, alguns caras me chamam de viado e dizem que eu não gosto de mulher. Muito pelo contrário, justamente por gostar – e muito – é que não suporto ver uma se rebaixando desse jeito…

                  • Peço desculpas se me expressei mal ou se houve um mal-entendido, mas não vou alongar desnecessariamente a discussão. Gostou muito da Sally e de voc~e pra deixar que isso estrague tudo… E temo que, se eu ficar “remendando” muito, a cagada fique ainda maior e a merda feda ainda mais.

                • Sally, você nunca decepciona!

                  Eu também nao entendo isso, quer dizer…há níveis de piranhagem que são aceitáveis então. Fala sério né, ou enfia o dedo na cara da pessoa para julgar ou não, mas isso demonstra preconceito (porcamente) camuflado. E daí que a pessoa ostenta o corpo, onde que isso interfere no caráter de alguém se ela não tá prejudicando ninguém??

              • Defina “mal falada” por favor.
                “Espanta homem”?

                Cara, tu é um machista escroto isso sim.

                Não me entenda mal, não estou dizendo que acho bonito o que esta criatura faz, pelo contrário acho que denigre a imagem da mulher pois alguns homens simplesmente não sabem diferenciar estas mulheres daquelas que não querem dar pra todo mundo.

                O comportamento dela certamente não espanta homem não, pelo contrário. Mas se tu estiver te referindo que espanta aquele tipo de homem que daria um lindo anel de diamantes e a pediria em casamento, pode ser que este tipo espante. Mas e quem disse que toda mulher quer isto? Se ela quiser ser puta a vida toda, problema dela.

  • Olha, eu até entendo omitir a nacionalidade enquanto puder, mas se alguém perguntar fica feio mentir. Uma hora ou outra, a não ser que você fale a língua do seu suposto país de origem perfeitamente, vai ser desmascarado e aí sim vai passar uma vergonha do tamanho do mundo.

    Concordo com a Talento, como mulher dizer que eh brasileira é como um tiro no pé. Vai ser taxada de puta, fato!

    • Claro, ninguém vai passar vergonha mentindo de forma tosca e sendo flagrado na mentira, me refiro quando é possível mentir. Gringo é mal informado, diz que é da República Impopular do Desfavor, um país da América Central, que eles vão sorrir amarelo e te deixar em paz.

    • Exatamente, Meg.
      Não é questão de sair por aí com a camisa do Brasil (acho escroto), pra mostrar que é brasileiro, mas se perguntarem, tem que falar, fazer o que?
      Infelizmente as subcelebiscates daqui fazem questão de confirmar a fama de puta da brasileira, infelizmente é um peso que temos que carregar.
      Eu ficaria na minha, mas se perguntassem, diria a verdade. Com lágrimas nos olhos, mas diria.

      • Particularmente nunca tive problema em dizer que era brasileira, não tenho o biotipo esperado mesmo (morena, peitão, bundão) então acho que nunca associaram. Isso é só uma hipótese, tá..não sei como são as meninas aqui do desfavor para generalizar. Mas ja tive amigas com esse mesmo biotipo que se ferraram lá fora.

        Também já senti muita vergonha alheia de pessoas que falavam que eram de outros lugares na cara deslavada e depois eram desmentidas com louvor.

        Agora, Diana, essas subcelebridades são de lascar mesmo. Forçam uma barra sinistra, vão para Europa, EUA, querer enfiar goela abaixo dos gringos coisas como ‘musa da copa’ e similares pousando de fio dental na torre eiffel, times square e por aí vai. Gente, é ri-dí-cu-lo

        • Pois é, Meg!
          Por essas e por outras que brasileira lá fora é sinônimo de piranha. Vou fazer um intercâmbio na Europa agora em setembro, sozinha, e confesso e estou bastante preocupada com isso. Não vou sambar nem andar de biquíni pelas ruas, mas temo pela reação, comportamento que podem ter em relação a mim. Enfim, vou seguir conservando minha dignidade, já sabendo o que posso esperar lá fora.

  • Isso! Mentir dá trabalho e só deve ser usado em ocasiões sérias mas enquanto der pra omitir fatos ruins tipo ser brazuca vamos omitindo.

  • Nunca tive problemas fora ao dizer que sou brasileira. Nunca me pediram pra sambar nem dançar funk, nunca tentaram encostar em mim nem nada. E olha que já morei fora duas vezes, em lugares em que brasileiros adoram ir pra fazer ‘colônias’ e suas respectivas badernas. Muitas vezes só me falavam que conheciam Paulo Coelho ou (o filme) Cidade de Deus. E futebol, claro, mas isso nem chega a incomodar tanto.

  • Tenho sempre me apresentado ao mundo pelo meu nome que pra isso tenho um e bem longo. Não sei pra que esconder nacionalidade. Resolve ou melhora concretamente o que? Se bem que em meu caso já custam mesmo a acreditar que eu seja brasileira nata. O que pra mim é motivo para lisonja, mas não para mentira desnecessária e barata.

      • “Custam a aceditar que eu seja brasileira” não é absolutamente sinonimo de “deixo de me apresentar como brasileira”. Depois de esclarecida a minha nacionalidade, continuo sendo bem tratada.

  • Uma conhecida em Portugal me contou q era chamada de puta duas vzs. Ela tem aquele rosto redondo + olho claro + cabelo acinzentado, típico de quem é da Rússia, os maiores exportadores de prostitutas dos últimos tempos. Ai ela abria a boca e saia o sotaque brasileiro. FUDEU.

    OFF:
    pegadinha do malandro?
    http://oglobo.globo.com/rio/se-pessoa-gay-procura-deus-tem-boa-vontade-quem-sou-eu-para-julga-la-disse-papa-francisco-9255712

    (mas ainda assim me soou como o nojento: deus odeia o pecado mas ama o pecador)

    • ta, ele falou mesmo, saiu na Aljazeera (só confio neles e no TMZ)

      Esse cara é perigoso. Esses panos quentes, no lugar do dedo na ferida do Bentão, faz geral enxergar cor de rosa dentro da merda.

  • Podendo omitir, omito sim! Já basta o tratamento horroroso que se recebe na migração quando vc chega em qualquer lugar dos estados unidos. Quando estive na França foi muito comum turistas de outros países se aproximarem de mim e de meus familiares pedindo informação com se fossemos nativos de lá. Fiquei muito aliviada de aparentar essa neutralidade. Outra coisa, brasileirA só é respeitadA, na frança, itália, portugal,,, se estiver acompanhada de família ou outro grupo. Mas se vc fala FAMILY, ficam pianinho. Mulher sozinha é puta!

  • As vantagens apontadas pelo Somir talvez funcionem para homens. Como mulher, se eu disser que sou brasileira os gringos automaticamente pensarão que sou puta, e alguns são capazes de pedir para que eu sambe ou dance funk. Recentemente alguns intercambistas passaram pela cidade em que moro (que fica no Rio Grande do Sul, quase fronteira com a Argentina), e um polonês estava indignado que eu não sabia sambar nem dançar funk. Essa é a imagem da brasileira: funk e samba. Ou uma dessas ‘putas’ que vão ao exterior e resolvem se pelar para tirar um foto em algum ponto turístico da cidade (tipo aquela miss bumbum que tirou fotos em frente à Torre Eiffel trajando um biquíni fio dental). Acho válido mentir, eu minto. Porém, bairrista tosca, digo que sou da República dos Pampas, e se a pobre pessoa “não souber que país é esse” me faço de indignada (e só não minto ser argentina ou uruguaia porque meu espanhol é vergonhoso e corro o risco da pessoa querer arriscar algo em espanhol).

    • Uma vez estava na praia, no Rio, e um grupo de turistas espanhóis chegou me puxando pela cintura e passando cantadas grosseiras. Olhei indignada e respondi em espanhol. Eles arregalaram os olhos, ficaram chocados e pediram um milhão de desculpas justificando o que fizeram com a frase “Mil desculpas, pensamos que você fosse BRASILEIRA”

      Brasileira não gosta de ouvir isso, e até tende a negar, mas tem fama de puta fora do Brasil sim senhor.

      • Tem fama mesmo, Sally. Também, pudera, o que transmitimos é carnaval, dança, e ainda por cima temos a Gretchen, a Popozuda, e outras imbecis lá fora achando que mostrar a bunda é fazer show (não posso acreditar que tem algum público nisso. A plateia ou é de brasileiros, ou de gringos velhos que brincam de 5 contra um!).
        Eu tenho muita vergonha de dizer que sou brasileira. Minto sem um pingo de remorso!

      • Tem fama de puta, sim. E homem brasileiro tem fama de ladrão. Não poderia ser diferente dadas as nossas taxas de banditismo e dst.
        Não escondo minha nacionalidade nem por isso e nem por nada. Quem me tratar como puta vai ser tratado como vagabundo. E os vagabos espanhóis que te desrespeitaram o fizeram porque são vagabundos e não pq vc poderia ser brazileira.
        Chile, Peru, Equador, Bolívia, México, Turquia, Romenia, Grecia: ninguém me destratou antes ou depois de saber minha nacionalidade. Alguns até me trataram ainda melhor após dela saber. C
        COMECEM A VISITAR PAÍSES HABITADOS POR GENTE, E NÃO POR VAGABOS, QUE VCS TERÃO TRATAMENTO JUSTO INDEPENDENTEMENTE DE SUA NACIONALIDADE.

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