Sim Senhora: Clipes Brasileiros Médios.

sim-clipes

A postagem de hoje é uma punição pelo não cumprimento do prazo de segunda-feira passada, onde Somir não apenas não postou como também não me avisou sobre a impossibilidade de postar. Sempre que isso acontece, seja ele, seja eu, surge o direito de exigir uma postagem sobre qualquer tema à escolha do outro.

Vamos brincar de Marcos Mion, e comentar os piores clipes? A tarefa deve ser cumprida forma de dois textos, reviews de de dois hits musicais que prometem infernizar nossos ouvidos nos próximos meses. Os textos deverão conter obrigatoriamente:

– comentário sobre as letras e as imagens dos vídeos
– detalhes que mais chamaram a atenção que passariam despercebidos se não tivesse olhado o vídeo com atenção
– uma análise sobre os motivos que levarão estas obras a caírem no gosto popular.

Desde já deixo minha recomendação ao leitor para que NÃO VEJA os vídeos.

VÍDEO 01: Bigode Grosso
VÍDEO 02: Vai no Cavalinho

ANÁLISE VÍDEO 01: Bigode Grosso.

Eu odeio vocês.

Vamos começar a tortura: O vídeo já começa mostrando para o que veio. Um logo claramente feito por quem não sabe fazer logos estampa os primeiros frames do vídeo… Tom Produções. E logo em seguida, os créditos. Você sabe que vem coisa boa quando metade desses créditos são mera repetição do nome da “produtora”. Tecla SAP para “ninguém”. Menção honrosa para a assistente de câmera: Daiane Stefane. Quando a cidadã tem um nome desses, TEM que aparecer nos créditos mesmo que não tenha movido um músculo durante as filmagens. A partir de hoje eu sempre vou jogar um Daiane Stefane nos créditos de tudo o que fizer.

Mas voltemos ao foco: O vídeo. Dizem que o primeiro take de um filme qualquer deve estabelecer o tom que vai ser seguido por toda sua duração. E nesse ponto, palmas para a Tom Produções! O ser que aparece na cena logo de cara parece o filho bastardo do Alexandre Frota com o mascote da Michelin, já soltando um “caraaaalho” cujo áudio infelizmente foi suprimido na edição final. Classe! No fundo, um parque aquático chinfrim aleatório, com direito a famílias aleatórias e curiosos completando a cena. Pode-se ver também um Gol branco na cena. Ah sim, também tem um rebelde que se recusou a sair da piscina!

E a partir daí, começa a festa de milionário. Não são palavras minhas, é uma das 3 frases das quais a letra da música é composta. Começa com a chegada de pessoas a uma festa, em um local que elas parecem achar que é muito bacana, mas na verdade se resume a uma piscina provavelmente mijada e mato em volta. Toda a classe da mulher carioca também fica bem representada: O que falta em uso de produtos capilares sobra em pele exposta! Ótimo, mais pochetes e tatuagens de cadeia para deleitar nossos olhos.

A música se resume a repetir um refrão incoerente sete milhões de vezes, o que incentiva os distintos participantes da festa a se contorcer de forma ainda mais incoerente sob o pretexto de executar uma coreografia. Mas sigamos a letra: Aparentemente os participantes dessa festa chique acham que churrasco é um grande evento e que whisky com Red Bull é uma bebida fina que agrega valor. E fazem questão de ostentar essas escolhas na música. Também ostentam Amarula e Chandon, como se fossem as bebidas mais finas e cobiçadas do planeta. É até meio triste que uma festa de classe média tenha essa conotação para eles… Mas nada disso os abala: Gentalha fazendo pose de que vai beber muito no churrasco não é do tipo que pensa demais sobre o que está representando. Não contentes em achar que estão fazendo “o evento” por causa dessas bebidas, ainda acham bacana ostentar o cardápio: “300 kg de carne e o dobro de linguiça”.

E é claro que a linguiça está na letra por um motivo: “Vai ter muita picanha, para quem quiser, mas a linguiça toscana é só para nós mulher”. A cena das distintas funkeiras sensualizando com a linguiça vale o ingresso! Na parte seguinte não consegui identificar o que a filha do Pato Donald depois de fumar cinco maços por dia por vinte anos estava falando e tive que recorrer ao Google. Ao que parece, ela diz “Vai geral ficar louco, como de costume e o equipamento de som vai estar no último volume”. A pobralhada reforçando a ideia do abuso auditivo: quanto mais alto o som melhor a festa. Faz sentido… eu também não gostaria de ouvir o papo que rola numa festa dessas!

Em quase todas as cenas esse povo se amontoa e se esfrega usando roupas em cores e modelos que ofenderiam o senso estético até do Tiririca. Um palhaço fora de contexto aparece diversas vezes, talvez para simbolizar o espectador que está se sujeitando a ver uma merda dessas. O palhaço está lá porque ele “não respeita o moço”… Mas, podemos culpá-lo?

Mais para frente a cantora, ostentando o já famoso buço da mulher carioca (imagino que tenha composto uma música autobiográfica) diz que no tal churrasco não pode entrar mulher feia nem homem barrigudo, caindo em uma contradição sem precedentes. Bom, ela não disse que a regra começaria a vale DESSA vez. Pode-se perdoar.

Depois de ostentar no cardápio, achando que qualidade é quantidade e depois de ostentar no som, achando que volume é mérito, começa a ostentação errada no que diz respeito à duração da festa. A Bigode Grosso diz que a festa vai durar dois dias, que só fica quem aguenta. Mais uma clássica demonstração de como pobre não sabe ter sofisticação e acha que fartura, tamanho e quantidade são referência de algo bom.

A ostentação continua, dizem que é a melhor festa do ano e é festa de milionário enquanto a pobralhada em coro joga bebida alcoólica dentro da piscina. Tudo bem que depois de dois dias de festa na piscina a água já estaria com a mesma cor e o teor alcoólico do champanhe…

Sobre a “cantora”, ela parece um pouco com a Lindamàr, o que é sempre um ponto positivo. As tatuagens são todas muito escrotas e abundam. O cabelo dos homens é um mix de sertanejo com jogador de futebol. Não há NADA esteticamente agradável nesses três minutos de pobreza, que mais parecem 3 semans quando se assiste ao vídeo.

Aos exatos 2 minutos de vídeo, aparece uma cena com a pobralhada tentando copular com a água, se vocês repararem bem ao fundo aparece uma ponte que liga uma ponta da piscina à outra. Pois bem, nessa ponte tem um pobre com camisa vermelha tentando atravessar a ponte de quatro. Se não queria estragar a filmagem ou se estava muito bêbado jamais saberemos. Esse é o nível da coisa. Mais para frente, quando a pobralhada se aglomera em uma laje, eles empunham garrafas de whisky Red Label como se fosse o melhor whisky do mundo. Há pessoas de boné dentro da piscina por motivos desconhecidos. Sinceramente, acho que só não flagraram alguém cagando na piscina porque a bateria da TecPix© acabou antes.

Ainda estou tentando entender porque eles pulam tanto. Ou a água estava gelada pra cacete, o que é sempre uma possibilidade quando a produtora não sabe que sempre se filma esse tipo de cena quando o dia está amanhecendo ao invés de anoitecendo, OU, credito esse excesso de energia à falta de trabalho intelectual, pois como se sabe, trabalho intelectual cansa muito mais do que trabalho braçal. E pode acreditar, energia não faltou ali.

Só não torci para que caísse um fio de alta tensão na piscina porque aparentemente não faria diferença.

ANÁLISE VÍDEO 02: VAI NO CAVALINHO

Só gostaria de avisar que na sanha de me punir vocês todos perderam. Eu queria fazer uma análise cena a cena do vídeo anterior, mas vai faltar páginas. Deveriam ter me deixado só com um…

Vamos lá… Vai no cavalinho… Nem ao menos é o clipe oficial, é um viral de dois pobres (um macho e uma fêmea) bêbados dançando uma música horrorosa que eu nem ao menos sei classificar. Dizem que isso se chama “arrocha”. A pobre fêmea e o pobre macho contracenam no meio da rua disputando para ver quem se destaca mais, por horas encenando a letra da música, por horas improvisando com coisas como um cosplay de capoeira ou uma sensualizada mal feita. Se existe o Brasileiro Médio, esse é o retrato do Baiano Médio.

A pobre fêmea está com uma rouba amarelo-ovo e laranja. O cabelo, cagado como sempre. O pobre macho evidentemente está sem camisa, com óculos escuros e usando uma pochete preta, que de tão mimetizada quase passa despercebida. A pochete chacoalha cada vez que o pobre macho faz movimentos copulatórios. A certa altura do show, o pobre macho resolve fazer abrir as pernas no chão e se depara com sérias dificuldades na hora de desfazer o movimento, provavelmente pelo alto teor sanguíneo em seu álcool. Ninguém faz uma porra dessas de cara limpa.

A estranha dança do acasalamento continua. A pobre fêmea, apesar do corpo esculpido por anos de sedentarismo etílico, por diversas vezes levanta a blusa para mostrar a pança. É possível sentir o CHEIRO deles pelo vídeo, naquele misto de sovaco azedo e bafo de cerveja tão afrodisíaco para o BM. Começo a acreditar em histórias de possessão demoníaca depois de presenciar este balé profano. Aos dois minutos e vinte segundos é possível ver o pobre macho se retirando tal qual um siri, com o apoio de dois braços e apenas UMA perna. Essa imagem vai me perseguir até o dia da minha morte. Vira e mexe os pobres se coçam, o que também não é uma novidade, só para constar.

Mais para o final, um terceiro elemento se junta ao casal de pobres e interage com eles. A trama se complica. Pode ser impressão minha, mas ele está com uma camiseta com inscrições nas costas que me levam a crer ser um funcionário público em seu horário de trabalho.

A letra da música é basicamente uma reclamação de um homem dizendo que sua mulher quer montar nele como se ele fosse um cavalo, descambando para um refrão repetitivo e grudento que se repete à exaustão. Nada de novo. O curioso do clipe é que os pobres não parecem saber que estão sendo filmados, pois pobre quando é filmado não para de olhar para a câmera. Ainda assim insistem em protagonizar um show de vergonha alheia, com todo aquele típico orgulho de nada tupiniquim. Destaque para a cor azul calcinha da casa em frente onde os pobres estão dançando. Quem pinta uma casa dessa cor? Foi na Bahia, né?

Destaque também para os transeuntes que passam durante esse espetáculo bizarro. Em vez de repudiar, chamar o SAMU ou sentir vergonha alheia, eles entram no jogo e dão suas reboladas também. Aparentemente usar camisa nesse lugar deve ser crime inafiançável.

Aparentemente a música já faz sucesso no Nordeste. Espero que fique contida por lá, mas não vou esperar de pé… O pior: Estas pessoas dos dois vídeos votam e fazem filhos. Quem não tem vergonha de fazer ISSO vai ter vergonha de votar no PT?

Análise do porque estas duas músicas vão virar hits: Porque o ser humano médio gosta mais de dança do que de música. Evidente que QUALQUER DESGRAÇA com ritmo vai achar seu público. E como o brasileiro médio é um ser humano médio com sérias dificuldades de compreensão de textos, palavras e ideias em geral, letras simplórias e infantilóides encontram seu caminho para a única área capaz de compreender estímulos externos em seus corpos: A virilha.

E agora chega dessa merda porque cheguei nas quatro páginas. Vou ficar com essas aberrações sonoras na cabeça por algumas horas depois disso…

Créditos:

Tema: Sally
Texto: Somir
Vídeo 01: Tom Produções
Vídeo 02: Celular de pobre
Daiane Stefane: Daiane Stefane

Para dizer que não achou punição suficiente, para dizer que achou punição cruel e incomum, ou mesmo para falar que eu escrevi de má vontade (esse é o objetivo do texto!): somir@desfavor.com

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Comments (114)

  • hahah, eu achava que a recomendação para não ver os clipes era para não interferir no texto. Como a curiosidade é grande eu tive que assistir antes. Ruim é elogio.
    No primeiro vídeo já começa a pobreza com o aniversariante com um celular pendurado na bermuda. Quanto as bebidas eles devem achar que por ser caro é bom.
    Ui, elas querem a linguiça. Em 1:31 era um narguilé?
    A propósito, é “a EQUIPE de som vai tá no último volume”.
    O segundo vídeo não tem nem 4 min, mas pareceu uma eternidade. Mas…se ele é o cavalinho, o que estava fazendo com um chicote na mão?
    Agora já tem “vai no cavalinho” versão funk. Isso que é criatividade. Toda vez que eu ouço essa obra prima eu me lembro do Desfavor, afinal eu ouvi primeiro aqui!

  • Faz uma coluna somente com alguns comentarios daqui mesmo. Acredito ter bastante material interessante, e ainda pode criar intrigas mais ferrenhas. Caos.

  • oh my, oh my… porque teimei e fui ver esse malditos videos!!!!
    Devia ter seguido o conselho da Sally, só o texto já tava legal, mas nãããão…. tinha que ser masoquista e ver!

    Mas realmente o que mais me deixa puto e saber como funciona essa merda, em uma materia que li, explicando quanto cada maldito funkeiro desse ganha pra fazer “shows” e tocar uma bosta dessas!!! Como pode alguém ter coragem de pagar uma fortuna por isso!? Como o povo é tão sem cultura assim, que isso pra eles é música, sem qualquer sentido, sem qualquer noção de nada!!!! Aaaaaaah, fuck this shit!!

  • Assisti os vídeos depois de ler o texto, não me arrependo. Rendeu boas risadas.
    Fiquei preocupada com o “Bigode Grosso” ter mais de OITO MILHÕES DE VIEWS. Como assim? Em que planeta eu vivo?

  • “Aos dois minutos e vinte segundos é possível ver o pobre macho se retirando tal qual um siri, com o apoio de dois braços e apenas UMA perna. Essa imagem vai me perseguir até o dia da minha morte.”

    Depois de ler isso, eu tive que assistir, somente para poder rir. Apesar de ter me arrependido de assistir, eu ri muito…hahahahahahahahhaa

    E acredite, 80% do povo daqui é assim. E se tem um feriado, então, sai de baixo. Eu me tranco em casa, no quarto. Evito sair. Me deparo com isso direto..:-/

      • hahahahahaha, agora entende um pouco o meu sofrimento…rs

        E imagina o sofrimento ainda maior quando eu comento isso com alguém daqui, que eu ODEIO isso daqui… só não me crucificam pq sou gorda, a cruz não aguenta, senão, já tinham me crucificado…hahahahahahahaha

  • A pior parte de tudo isso: “Estas pessoas dos dois vídeos votam e fazem filhos.” Essas pessoas, em sua maioria, simplesmente não param de procriar e o governo banca isso. Eu desisto desse país, cada dia que passa sinto mais vergonha.

  • Não assisti os vídeos. Ainda tenho um pouco de amor próprio…
    E acho mais castigo ter que ver 2 vídeos desses do que escrever 4 páginas sobre um. A dor vem de ter que assistir essas coisas.
    Hj na academia ouvi um sertanejo que o refrão era algo assim: “se beijar dá sapinho então me joguem na lagoa”. Um total desprezo pela própria saúde e a dos outros cantada com orgulho.
    É sério, às vezes tenho vergonha de ser brasileira. Sairia do pai se tivesse a chance.

    • Pior do que assistir é ter que assistir prestando atenção, várias vezes, até conseguir captar toda a podridão e fechar um texto!

  • Não resisti, tive que ver os vídeos e os vi antes de ler o texto, para entender todo o contexto…meu deus, quanta escrotice!
    O carinha de quatro na ponte foi hilário, nunca teria visto este detalhe se o Somir não tivesse analisado o vídeo com tanto “carinho”, rsrs.

  • dançar axé não entra no mesmo critério do bm sally?

    Não vi os videos nem vou ver, mas ri muito com os comentários do somir.

  • Não tive coragem de ver os vídeos… Mas rachei dos comentários do Somir! Não estou com a menor curiosidade de ver essas merdas, pq da última vez q vi um vídeo de funk por curiosidade (a porra do quadradinho de 8[?????]), a merda demorou meses pra sair da minha cabeça!

  • E quando falo para alguém que não gosto da cultura musical brasileira sou crucificado. Para mim, axé, sertanejo, samba, pagode e funk não são estilos musicais e sim tortura aos ouvidos. Se quiser me causar maior dor de minha vida, me amarre e coloque um desses estilos musicais no ambiente e me obrigue a escutar por horas. Depois disso viverei chorando pelos cantos.

    Em relação aos vídeos… Não vi nenhum deles e não verei. É cada coisa que aparece por ai… Depois os autores dessas porcarias reclamam do fato de estarem sendo criticados. É que nem o caso da Vaca Leiteira… Se está no inferno, abraça o capeta.

  • Eu tentei não ver os vídeos, eu juro, mas a curiosidade foi maior! hahahaha

    Achei o segundo vídeo pior que o primeiro, mas o primeiro vídeo ganha na cara de pau de colocar um “telefone para contato”. E eu não entendi a moral do ‘bigode grosso’. No início até pensei que era referência ao pêlos da cara das mulheres, mas acho que me enganei… De qualquer forma, me sinto feliz em não entender esse tipo de coisa.

        • Essa merda desse clipe se popularizou quando, não faz muito tempo, Neymar comemorou um gol com essa coreografia, colocando os dedos sobre os lábios, imitando um bigode. Depois disso virou febre várias camisetas e acessórios com um bigode desenhado

          • E me lembrei de outra grande referência de bigode grosso… O jumento do presidente da Venezuela.

            Pra quem quer enfrentar o bigode grosso, vai na manha porque na força você não ganha.

          • Assim… na verdade, “Bigode Grosso” faz referência ao sexo oral feito na mulher (que não se depila, aparentemente). Jamais se enganem: funk carioca, sempre, de uma forma ou de outra, faz referência ao crime ou à putaria.
            Só não coloco o link da foto que explica isso realmente, porque é de muito, muito mal gosto.

  • Atenção Creuzeback, vamos lá que vai começar a baixaria!

    Primeiramente, devo concordar com isso: “Só gostaria de avisar que na sanha de me punir vocês todos perderam.” Sim, se não fosse vocês, eu JAMAIS teria visto tais vídeos, que são uma merda por sinal. Eu ignorei ao aviso da Sally :'(

    Em contrapartida, a análise feita pelo Somir ficou ótima, simplesmente hilária.

  • Mel Deos, nunca vi tanta bizarrice junta! No meu trabalho tem alguns BMS e eu ja tinha ouvido eles falarem bem desses videos mas nunca tinha assistido antes. Parabens a quem selecionou esta punicao. Esta terrivelmente sensacional!!!

  • Acho que essa deveria ser uma coluna fixa. Não consegui ver os videos até o final, mas ri alto em todos os comentários do Somir

    S2

    • Piores Clipes Desfavor. Eu também acho que deveria ser uma coluna fixa, considerando a asquerosidade que é a música brasileira

    • Adorei a ideia!!! E para ficar ainda mais apimentada, pq não faz essa coluna com os antigos da casa? Sei que já tem uma coluna assim aqui, mas poderia fazer uma coluna dupla, tipo: um da casa x Somir, ou um da casa x Sally. Ideias contrapostas sobre o clipe, como é uma coluna aqui de Sally e Somir (desculpem, ainda não sei direito os nomes das colunas, mas acho que é a coluna “ela disse, ele disse”).

  • Somir na boa… tu é ótimo! <3 <3 <3 haha
    O detalhe aos 2 min do 1o vídeo foi muito interessante! E poxa… whisky red label é coisa di pooobri! haha

    • Na verdade, só corrigindo: é como eu falei naquele meu texto lá sobre whiskyes… o red label é o whisky para “iniciantes”, tem um sabor até interessante e um ótimo custo benefício. Ele é muito elogiado por conta disso! Agora, quando tu passa a experimentar outros whiskyes mais velhos ou mesmo bourbons, tennesse e singles maltes tu vai meio que desencantando com os blendeds 8 anos…
      E como falei também lá: misturar whisky com qqr outra coisa é praticar um desacato com a bebida! Por isso que disse no comentário anterior – ok, com certo tom preconceituoso, me julguem o qto quiserem! – que misturar whisky com energético (como mostrado no vídeo) é coisa de pobre! De gente BURRA que não sabe jamais apreciar uma bebida! O pior de tudo é que esses playboyzinhos SE ACHAM só pq estão tomando whisky red label… bahh!

      • Certamente misturar whisky com energético é coisa de gente pobre, sem berço e sem noção do ridículo daquilo que está fazendo. E ostentar Red Label é derrota, tão vexatório quanto ostentar Absolut.

  • Achei bem fácil essa MSE. Ninguém espera algo bom de clip de funk , mas caralho esse não tem nada com nada. começando com o refrão e o resto da música. O tal Bigode Grosso era o dono da festa? Tem crianças no clube apesar da letra afirmar que é festa de adulto e criança não entra …dã . inclusive tem uma gatinhando em cima da “ponte” . Bigode Grosso in memorian , como não colocaram o tal protagonista no vídeo ? Era o óbvio , me surpreenderam. Era melhor a análise de letra de proibidão de traficante.

  • Toda vez que vejo alguém falar em agregar valor lembro do tiozão Rei do Camarote. E sabe o que é mais legal? Esses manos funkeiros da oxtentassaum são igualmente fúteis, só não tem o dinheiro pra esbanjar. A cabeça é a mesma, senão pior.

      • Se liga… No Brasil, ser “fanqueru” é estar no último level em termos de prostituição musical.

        No geral, esse meio é dominado por rappers wannabe que por algum acaso conseguiram ligar o tico e o teco, conseguindo o feito de sacar que aquela depressividade do rap “made in Brazil” não é lá muito convidativa para os negócios e que aquelas letras pretensamente conscientizadoras mais atrapalhavam do que ajudavam na hora da alavancagem nas paradas.

        Ai foram pegar um batidão que lembrava as paradas do axé e passaram ao estratagema do “menos é mais”, dando origem a essa aberração que chamamos por FUNK CARIOCA.

        Se você notar bem, tem um flerte com a batida do rap (que fica apenas alguns segundos no início do clipe) na parada do “bigode grosso”.

  • Rorschach, el Pistolero

    Hahahaha, talvez pro Somir não tenha sido uma experiência agradável, mas ler o texto dele valeu a pena pra mim.

    Outro dia eu peguei um táxi e ouvi uma dessas músicas de axé ou arrocha ou sei lá que estlio é esse, que periga ser o “hit do verão”. Era alguma coisa Lepo Lepo. Não lembro da poesia especificamente, mas tinha algo a ver com o eu-lírico do autor ficando desempregado e sem casa. Então ele começava a refletir sobre qual seria a reação da sua amada à isso e ele chega a conclusão que “se ela ficar comigo, é porque gosta do meu rã rã rã rã lepo lepo”.

    Fiquei refletindo por horas como a música nacional está construindo um kamasutra sonoro próprio. Tem tchu e o tcha, o tche re re re, o tchan, agora tem o rã rã rã lepo lepo…

    • Eu também sinto uma onda de música nacional baseada em onomatopeias. O Brasileiro Médio chegou a um ponto em que não consegue mais escrever nem ao menos palavras inteiras…

  • Não consegui assistir… Não consegui ler tudo que o Somir escreveu… Me deu vergonha alheia até dele comentar as cenas… Devo ser muito estranha, pq fiquei com dó do Somir.

  • Muito bom!
    Deveria virar coluna fixa no Desfavor, revesando a sexta com Descontos.

    Ainda não vi os videos, mas a curiosidade é grande…

  • Andreia Pereira

    Ahhhhhhhhh meus olhos!!!! Hahahaha não resisti à curiosidade de ver os vídeos mas não tive coragem de ativar o som! Fiquei com pena do Somir!

  • Gostei do resultado da punição. O clipe de funk ostentassaum foi de doer fisicamente. Talvez seja interessante um Processa Eu sobre essa merda radioativa.

    E todos os cantores (?) desse subgênero submusical usam aqueles óculos de sol Evoke estilo soldador de portão, é axioma! (Sim eu sou masoquista e adoro observar o comportamento do BM, praticamente um tratado psiquiátrico)

    • Observar o comportamento do BM é desagradável, porém útil. Ao conhecê-los melhor, podemos manipulá-los melhor no nosso dia a dia. Ainda vou criar um exército de BMs para me atender…

  • Qual vai ser o próximo texto do “Sim Senhora”? Ou a falta do texto do Desfavor da semana não é passível de punição?

  • Eckhart Bukowski

    Musicalmente, os baianos são totalmente diferentes do restante do Nordeste. O axé teve seu momento, mas já não comove ninguém nos outros Estados. O pagodão baiano ainda não se disseminou, nem acredito que o vá lograr. O arrocha tem tido certa penetração (no bom e no mau sentido), mas tende a conservar-se como ritmo marginal. O que move as multidões em qualquer lugar ao norte e ao oeste do Rio São Francisco (nosso mar) é o forró.
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    Existe o forró mais baianizado, que é o que não diz nada com nada, tem letras maliciosas, simplórias e repetitivas, e existe o forró mais clássico, das antigas. Alguns deles fazem as pessoas até chorarem por aqui. Eis alguns exemplos desse último grupo de forró, que surgiu no fim dos anos 1980 e foi substituído por esse forró mais “baianizado” insuportável:
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    http://www.youtube.com/watch?v=IlKJ5uJE8kk
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    http://www.youtube.com/watch?v=OQQNofHFL8Y
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    http://www.youtube.com/watch?v=2YmBEXBE0E0
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    http://www.youtube.com/watch?v=Si3j3ubz0LU

      • Eckhart Bukowski

        Você, que é uruguaia e culta, provavelmente não iria gostar. Mas mesmo os nordestinos mais cultos e eruditos não conseguem, lá no fundinho de suas almas, se desvencilhar totalmente de nossa “cultura” (sentido mais amplo possível, por favor). Sempre iremos gostar um pouquinho de São João (que é nosso natal, mesmo para os ateus), e sempre iremos nos, digamos assim, “sensibilizar” com esses forrós eletrônicos das antigas e os forrós mais clássicos (tipo pé-de-serra, por exemplo).
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        Eu fico refletindo: se o lugar onde uma pessoa nasce é miserável culturalmente (em termos de sofisticação estética e erudição), até que ponto a libertação pelo conhecimento e pelo esmero do próprio espírito consegue desvencilhar uma pessoa de suas origens telúricas?
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        Se o tango fosse um ritmo abominável como o arrocha, será que mesmo você conseguiria se libertar totalmente de qualquer emoção, ainda que saudosa, ao ouvir o seu conterrâneo Carlos Gardel? Isso me faz pensar também no tema da naturalização; até que ponto uma pessoa consegue aderir-se totalmente a uma cultura diversa do local em que ela nasceu?
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        Não conheço nenhum estudo sobre esses temas. Vou iniciar uma pesquisa a respeito.

      • Sou baiana, mas eu só posso ter genes de outro lugar. Porque eu odeio tudo o que começa com batuque. Digo novamente: Tenho certeza de que o repertório de música ambiente da antessala do inferno é composto por gente desta terra.

        • Gigner, você não pertence a esse lugar, como tantas outras exceções que eu conheço que tiveram a infelicidade de nascer aí mas estão doidas para morar em outro lugar.

  • Adoro… No frame congelado do primeiro vídeo o pobre de bermuda azul e coleira de cachorro tenta jogar bebida na boca da pobre ao lado, que espera de boca aberta, mas erra o alvo e acaba jogando no seu ombro!

  • Eckhart Bukowski

    FANTÁSTICA A CENA DO DERRAMAMENTO DE CHAMPANHA (SIM, EM PORTUGUES SE ESCREVE ASSIM) NA CAVIDADE ORAL DA MOÇA NO PRIMEIRO CLIPE. QUANTO AO MAIS, IRREPREENSÍVEIS OS TEXTOS.
    .
    MEU DEUS! MINHA MENTE FOI AFETADA POR ESTA CENA! SALLY, EU TE ODEIO! HAHAHAHHA

  • Parafraseando Lao Tzu, a gente só sabe o que é bom conhecendo o que é ruim, e vice-versa.

    Eu ainda acho que o problema não é o BM, é a Humanidade Média (HM). Basta ver o que passa na TV aberta do Japão, da Itália, da Inglaterra… Sem falar em Paulo Coelho, Cinquenta Tons de Cinza, Crepúsculo. Enfim, você diferenciar seu gosto só lhe joga mais pro ladinho da curva de Gauss.

    • Sim, existem programas ruins na TV mundial, mas também existem programas bons, basta saber o que escolher. Já no Brasil, a TV aberta é um amontoado de lixo de onde eu apenas excluo o “Agora é tarde”

      • Eckhart Bukowski

        Eu gosto do Provocações, da TV Cultura. O Roda Viva também tem algumas entrevistas memoráveis, como aquela feita com o Dr. Domenico De Masi, cujo livro “O Ócio Criativo” estou lendo neste momento. Gosto bastante do Observatório da Imprensa, com o Alberto Dines.

        • Não são programas ruins, mas não vão além. Não se comprometem, não emitem juízo de valor. Quero ver alguém chamar José Dirceu de BANDIDO sem ser no Agora é Tarde

          • Chamar Dirceu, o nosso querido “cosplay de tucano” de bandido é pouco… Muito pouco! É quase como chamar branquelinho torcedor do Vasco de PORTUGA.

            Aquilo lá é um playboy, um X9 cagão que vazou na braquiária lá pras bandas do Paraná. É aquele tipo que mente que nem sente, sendo que nisso faz dobradinha com o Olavo, suposto adversário e “delator” dele.

            O Dirceu é tipo o Eduardo daquela música do desfavor chamado Renato Suíço. De início era o “boyzinho que tentava impressionar”, mas depois que obteve sucesso nisso virou uma das cabeças no PARTIDO DOS TITERIZADOS.

        • Assisti duas palestras dele esse ano. Uma direcionada a estudantes e outra direcionada a empresários.
          Pqp. Esperei a vida toda para ter oportunidade de contestá-lo e quando pude, dei razão a ele.
          Maldito velhinho italiano! Mal pude contestar seus argumentos!

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