Des Cult: CBM – Alonga e Rebola

Não tem jeito, nos afeiçoamos ao Bonde das Maravilhas. É aquela mesma sensação de atração-repulsa que te obriga a olhar quando você passa por um corpo atropelado ou vê um bicho esmagado: você não quer ver, você sabe que se olhar vai se arrepender, mas seu lado masoquista te faz olhar. Quem nunca? Tentei lutar contra esse estupro auditivo que é o novo clipe, mas a curiosidade mórbida falou mais alto. Com vocês um DesCult sobre o novo clipe do Bonde das Maravilhas: “Alonga e rebola”.

Tive um primeiro momento de frustração ao perceber a ausência de Tom Produções e seus funcionários com nomes predominando consoantes. Aquela gente cheia de “w” e “y” no nome aquecia meu coração. Mas tudo bem, vida que segue, o resultado final é suficientemente tosco para merecer estas linhas.

O clipe começa com uma imagem aérea do Cristo Redentor, para que não paire qualquer dúvida de onde se origina esta obra prima. Espírito Santo? Não! Goiás? Não! É do Rio de Janeiro que sai esse tipo de atrocidade, que fique bem claro para o mundo! Depois dessa rápida detonada na imagem da cidade, vemos o que parece ser a chegada do Bonde das Maravilhas em seu habitat natural: a favela (spoiler: Turano). Escoltadas por algo que se assemelha a um segurança, que traja uma camiseta em cores cítricas muito semelhante a abadá de micareta, as moças são recebidas pela população local. Como sempre, todos muito feios, alegres e oleosos.

A imagem parece ter sido filmada de um drone. Várias tomadas aéreas mostram aquelas casas horrendas só no tijolo e aquelas pessoas com feiúra proporcional à alegria. Curiosamente, aos 16 segundos de vídeo, parece que o drone é abatido. Provavelmente uma bala perdida ou alguém com um surto de bom gosto. As filmagens continuam, desta vez com uma câmera no chão mesmo. Um close dos moradores “saudando” o Bonde das Maravilhas me fez sentir muito bonita. Tá com problemas de autoestima? Assiste o clipe do Bonde das Maravilhas!

Impressionante o grau de desconfiguração facial dos moradores locais. Parecem um quadro de Picasso. Se Picasso tivesse vivido uma fase marrom, teria pintado algo bem semelhante a essa gente. Guernica é uma visão harmônica e agradável quando comparada a essas imagens. Os pobres, como de costumem, estão em uma alegria neurótica incontrolável: sorriem, acenam e dão pulinhos. As Maravilhas se portam como uma Daenerys Targaryen tupiniquim, cheias de pose, fingindo que tem dignidade. Mas não se preocupe, isso dura poucos segundos, rapidinho a dignidade vai embora.

Corta a cena. Agora vemos uma praia carioca. E para comprovar que as praias cariocas estão realmente imundas, vemos as cinco integrantes do Bonde das Maravilhas caminhando na areia. São praticamente coliformes fecais embrulhados em lycra. Por algum motivo estranho, as criaturas estão trajando roupas de academia. Não quaisquer roupas de academia, roupas de academia de cariocas. E em se tratando de roupa de academia de cariocas, merece um parágrafo próprio.

Começa que são tão justas, mas tão justas, que parece que a mulher foi lacrada a vácuo. Como carioca não costuma ser muito magrinha, acaba marcando tudo, desde a pata de camelo até mancha de suor no cu. Uma indignidade. As cores são as piores possíveis, com uma predominância de fluorescência e combinações tão escalafobéticas que se você olhar por muito tempo pode ter uma convulsão. Daí tem as meias, ou melhor, os meiões, que vão até o meio da pena, estilo jogador de futebol. Para finalizar, há uma onipresença da barriga de fora: pode estar de calça e de manga longa, não importa, o umbigo tem que aparecer, o que é muito triste, pois umbigo de pobre é especialmente feio, não sei se vocês já repararam. Umbigo de pobre e de criança africana deveriam ser cobertos por lei.

Acho que ocorreu uma alteração na formação do grupo, porque tem algumas meninas que parecem mais brancas do que as originais. Mas, depois do que vem acontecendo com a cantora Anita, nada mais me surpreende. Brasileiro quando ganha dinheiro toma banho com Omo, só pode! Em todo caso, depois do trauma com Sbrubles (ver DesCult sobre o clipe “Quadradinho de Borboleta”) eu me recuso a tentar descobrir o nome destas pessoas. Pouco importa, com formação alterada ou não, o que importa é o que aparece a seguir: um ser humano de muletas e óculos com armação verde fluor rebola até o chão. É o Bonde das Maravilhas lutando pela inclusão: os manquinhos também tem o direito de perder a dignidade.

Acho que o último clipe não rendeu o esperado, pois é possível observar severas restrições orçamentárias que não existiam no clipe anterior. A vocalista, por exemplo, que no clipe anterior estava com cabelos sedosos e esvoaçantes, roupa incrementada (atentado estético, porém mais luxuosa) e maquiagem, agora aparece com um cabelo de miojo cagado, um megahair que parece ter sido feito usando fios de lã e uma base muito equivocada que faz parecer terem cimentado a cara dela com reboco. Não tá fácil para ninguém, a crise chegou no Bonde das Maravilhas.

Tudo caminha dentro da normalidade, entendendo-se por normalidade usar tênis na areia, até que em certo momento da música a coreografia nos mostra uma inovação. Em duplas, as Maravilhas se acoplam umas às outras em um 69 bizarro, onde uma delas planta bananeira enroscada com as pernas nas costas da outra e os braços na coxa. Ok, é todo um novo grau de baixaria, eu reconheço a inovação, mas convenhamos, ousado mesmo seria fazer isso com o manquinho, preferencialmente sendo ele pessoa que fica de pé.

Depois de acoplarem desta forma inovadora, as Maravilhas levantam as pernas e por último duas delas fazem um movimento que foi apotuguesado como “espacate” (e que os pobres chamam de “espaguete”) onde abrem a perna até encostar com a virilha no chão. Não contentes, ainda ficam “quicando” nesta posição, como quem quer deixar sua genitália à milanesa. A ciência ainda vai provar que o pouco estímulo intelectual afrouxa os ligamentos. Acredito com convicção que pobres tenham uma flexibilidade maior do que a média da população. Se tem duas coisas nas quais os pobres são mais bem dotados do que o resto do mundo são flexibilidade e fertilidade. Se espirrar perto de uma pobre ela engravida. E depois abre um espacate.

O refrão se repete milhões de vezes, como já é tradição. Breves frames dos glúteos das integrantes sendo usados como instrumentos de percussão pelas colegas dão um toque de sofisticação todo especial. Meu conceito de “visão do inferno” acaba de ser redefinido. Para fechar com chave de merda essa parte do clipe, vemos o aleijado, com suas perninhas de gafanhoto, tentando abrir espacate, ainda de posse de suas muletas. Os espartanos é que eram sábios…

Muda o cenário. Agora elas estão em uma laje xexelenta no meio da favela, provavelmente a casa da avó de alguma integrante. Aqui fui acometida por uma dúvida: mudou o figurino ou mudaram as integrantes? A vocalista continua com a mesma calça cor Smurf e a loirinha fofolete também mantém a mesma roupa, mas agora com um blusão. Porém, tem gente com roupa nova. Ou seriam pessoas novas? Não sei dizer, eu acho pobre tudo igual: cabelo cagado, pele cor de cimento, coxa grossa e panturrilha fina, estilo uma rã. Para confundir ainda mais minha cabeça, inseriram uma nova dançarina com cabelo vermelho-menstruação. Seria a mesma da praia que apenas pintou o cabelo e trocou de roupa ou seria uma nova integrante? Nunca saberemos. Na praia eram cinco, na laje são seis. Chamarei essa nova integrante de Sbrubles Vermelha. Fiquei me perguntando porque a Sbrubles vermelha não estava nas gravações da praia… deve ter perdido o ônibus.

O que se segue é ainda mais deprimente. As integrantes do Bonde das Maravilhas aparecem em uma A.T.I. Se você não é carioca, ou se é um carioca rico, não deve saber o que é uma A.T.I. É uma Academia da Terceira Idade montada em locais públicos (de pobre) pela Prefeitura. São uns aparelhos meia-bomba destinados a idosos, normalmente localizados em pracinhas. A moral do Bonde das Maravilhas está mesmo baixa, não teve uma academia “pedras e correntes” cedendo o espaço para a gravação do clipe em troca da divulgação! Elas aparecem supostamente se exercitando nos aparelhos dos idosos, mas se vocês repararem bem, em uma cena onde a Sbrubles Vermelha está no meio, a vocalista está fazendo corpo mole, está sentadinha no aparelho, nem se mexe.

Seguem-se flashes das Maravilhas dançando na laje, flashes de gente feia que habita aquele lugar e flashes das mocinhas roubando o lugar dos idosos na A.T.I. Fiquei na esperança de uma bala perdida acabar com tanta alegria antiestética, mas infelizmente nada aconteceu. Em um momento, a câmera mostra quase em close um ser humano que eu não soube precisar se é macho ou fêmea, de short jeans e camiseta vinho tremendo os glúteos de forma frenética. É aquele momento de desesperança onde a gente olha, reflete e percebe que de fato a raça humana deu errado.

O clipe termina como começou: uma porcaria. Me chamou a atenção que ainda reste quase um minuto de exibição após o final do clipe. Continuei a assistir intrigada. A explicação veio rápido: um texto de agradecimento de pobre que, como de costume, começa agradecendo a Deus e segue com uma série de erros crassos de português. Termina com o clássico “Deus é fiel!”. Fico me perguntando que tipo de divindade estaria de acordo com o conjunto da obra deste vídeo. Fico me perguntando também que fiel esfrega a buceta na areia, rebola com a perna para o alto, faz movimentos copulatórios, induz à sexualização precoce de crianças e fala em nome de Deus.

Não agradece a Deus não, porque se ele existisse, jogava um raio no cu de cada uma de vocês. Agradece ao Poder Público, que faz tempo se encarrega de piorar cada vez mais o nível de ensino, impedindo que o povo tenha o discernimento necessário para vomitar quando vê uma coisa dessas. Se o povo tivesse um pouquinho mais de cultura e discernimento faria o merecido bullying que essas ignóbeis merecem.

O vídeo continua. Aparecem dois elementos desconhecidos, uma versão tupiniquim de “O gordo e o magro”, discursando com uma dicção lastimável. O gordo agradece novamente a Deus e diz umas coisas que eu não consegui entender. O magro fica de papagaio de pirata, olhando para o horizonte com um olhar bovino que denota apenas um par de neurônios dentro da cabeça.

Reparem que os gênios fizeram questão de gravar ao ar livre e estava ventando bastante. O barulho do vento no microfone dá uma clara ideia do amadorismo. O gordo continua agradecendo e ao final coloca o indicador para o alto e agradece “ao Senhor” dizendo que “sem ele não somos nada”. Com ele também não, sinto informar. Esse tipo de coisa reforça cada vez mais meu ateísmo.

Para rir das piores maldades escritas aqui mas depois me acusar de preconceituosa, para dizer que eu pulei um clipe e cobrar que escreva sobre ele também ou ainda para dizer que acharia graça se elas não ganhassem em um show o que você ganha em um ano: sally@desfavor.com

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Comments (110)

  • É impressão minha ou há mesmo um sample de um trechinho de “What a Felling” na base da “parte instrumental” da “música” – as aspas são necessárias – no começo deste vídeo?

  • Se Deus existisse eu não ia gostar dele de qualquer jeito só por ter criado a classe c, acharia de uma incompetência sem tamanho. E pior que é bem nesse modelo mesmo. As mulheres usam coisas como saia jeans com legging branca, bota plataforma de camurça, brinco de pena, um mini lustre pendurado no umbigo e o cabelo ou é pingando Kolene ou é aplique de nylon. Os homens geralmente usam moicano descolorido estilo Neymar, bermudão com um palmo da bunda aparecendo, camiseta, óculos espelhado, e aqueles tênis da Nike cheio de mola. Sabe que até hoje vejo gente na rua usando aqueles tamancos de plástico e isopor da Djean (que foi moda em meados de 2003 e mesmo na época era feio)? Fico olhando poker face, deviam ser multadas.

      • Me identifiquei contigo de cara! Sinto um alívio tão grande quando vejo alguém falando exatamente o que penso, por um momento crio esperanças na humanidade.

        • A recíproca é verdadeira. Não pode falar mal de pobre, porque você vira uma pessoa escrota. Dá licença de eu achar um monte de coisas ruins? Dá licença de criticar? Passa longe da conta bancária, tem gente com muito dinheiro que espelha o que falamos e tem gente que ganha um salário mínimo e é muito elegante.

          • É exatamente isso que quero dizer. Quando falo essas coisas pra alguém sempre respondem “Por que tu fala mal dos pobres se tu também é?”. Mas quando falo de pobre não falo de dinheiro, mas sim da personalidade de pobre. Tem pessoas que que ganham uma miséria, mas são muito instruídas e educadas e pessoas que são ricas mas nem usando Chanel conseguem ter classe. Não é um raciocínio muito difícil de entender.

            • “quando falo de pobre não falo de dinheiro, mas sim da personalidade de pobre. Tem pessoas que que ganham uma miséria, mas são muito instruídas e educadas e pessoas que são ricas mas nem usando Chanel conseguem ter classe. Não é um raciocínio muito difícil de entender.”

              Adorei, Karina…

    • Tinha muito orgulho de ignorar o que realmente seria o tal Kolene. Aplique de nylon (pobre diz que é NAILON e é bem capaz de nomear algum rebento com esse nome) não seria o maldito “megarré”?

      Só pela combinação colocada pela Karina quanto as “mulheres” da classe C(agada), já fiquei imaginando mentalmente a bizarrice e inclusive imaginando combinações ainda PIORES. Os “homens” (tudo moleque) nem me permitiam lá muita imaginação, mas o gosto dessa turma é tão podre, mas tão podre que aparelho no dente (uma merda que só quem usa a sério sabe como é) é tido por símbolo de status.

      Pior é que tá cheio de “genérico” dessas sandálias a la Dijean, o que explica muita coisa. E pensar que as moçoilas vão lá e compram porque… É barato.

      • Megahair é um aplique feito com cabelos naturais de seres humanos. Megarré é a versão cagada, chamada assim por piada, quando é feito com material sintético ou artificial.

    • esquadrão da moda

      Se fosse só o layout dos cariocas que assustasse estaria do bom tamanho. O pior mesmo é a falta de educação é respeito, fumar na cara dos outros, levar o cão pra cagar na rua, mijar nos muros, falar/cantar/ouvir música alta , dirigir igual drogado (isso se realmente não for drogado), achar glamuroso ser bebum.
      Vós não acham que o povo carioca e o baiana são os representantes máximos de ser BM?
      São os cariocas com funnk e os baianos com o axe.

  • Credo, eu não me afeiçoei ao bonde não, a curiosidade só veio porque você botou o clipe aqui. Castigo para os leitores, né….hehe!
    Eu também estou pensando que mudaram as integrantes, elas estão diferentes, mas parece que ela está sempre cantando a mesma música. E quando eu achei que não podia ser mais pornográfico que o quadradinho de borboleta…. Talvez pela falta de dinheiro elas tiveram que deixar a Tom Produções.
    Pra mim aquilo não são casas: estão no alto do morro e tem a fachada permanentemente inacabada, são barracos. Estou curiosa para saber em qual praia foi filmado.
    Pô, o carinha também queria aparecer no clipe, depois de toda a favela fazer figuração ele não podia ficar de fora. Bons tempos onde não existia youtube e ninguém tinha que ver a cara feia do MC’s….

  • eu li nos comentários que alguém achou ”desfavor seja louvado”, sério, já vi notas com ”Deus seja louvado” rabiscado de caneta, aquilo me deu uma alegria…
    Sobre o clipe: só queria que jogassem uma bomba nessa gentalha e plantassem árvores no lugar.

    • Se todo ateu riscar “Deus” das notas, vai ser uma linda manifestação troll e silenciosa (quase ninguém vai reparar). Eu já estou riscando as minhas

  • A imagem que eu tinha do Rio ainda era dos anos 80. Quando voltei em dois mil (quem for velho como eu sabe), então fiquei chocado. O povo embarangou, antigamente tinha umas mulheres bonitas e não era só na zona sul, agora não sabem mais falar nem escrever, parece que usam um dialeto e fora que as mulheres mais horrendas andam seminuas. Já repararam que mulher bonita usa roupa e baranga anda mostrando o rabo, deve ser pra tirar a atenção da cara que assusta mais que o Chucky.
    Sally, vc que entende de esmalte (não sou gay nem pretendo pintar minhas unhas), o meu celular tá descascando a tinta prateada lateral e me disseram que passar esmalte dá jeito. Qual eu posso comprar marca e modelo baratinho cor de prata sem gliter?

    • Tanto a Impala como a Colorama tem prateado sem glitter, mas não ficam espelhados. Ambas as marcas tem vários “tons” de prata. Tenta procurar no Google Imagens o Prata Cromo (da Impala), o Starlet (da Impala) e o Prateado Metálico (da Colorama) e vê fotos de como eles ficam NA UNHA, pois na embalagem a cor sempre fica diferente. Espero que um deles seja parecido. Se não for a gente procura outros…

  • Legal é o povo acenando, gargalhando e sorrindo banguelamente. “Ooooiiiiêêê, eu tô nu vídio!” “Filma eu!”. Nem se deram ao trabalho de pelo menos passar um pente no cabelo, putz grilo. Acho que o pente deve ter quebrado
    Pobres brasileiros são naturalmente atraídos por câmeras? Câmeras possuem feromônios para pobres? Outra coisa para a ciência estudar…

    • O pobre brasileiro tem uma sede por quinze minutos de fama que o faz topar toda sorte de humilhação para aparecer, taí o BBB que não nos deixa mentir. Mesmo que não tivesse prêmio de UM CENTAVO, o povo ia se inscrever, ia topar cagar com câmera apontando para a bunda. O brasileiro tem no seu inconsciente coletivo essa vontade cafona de ser “artista”, de ser famoso e não consegue perceber que, em sua maioria, são feios e antiestéticos demais para serem suportados na frente de uma câmera. Gente oleosa do caralho, me dá vontade de pegar uma esponja e sabão de coco…

    • Hikaru, eu sempre tive um misto de pena e vontade de rir dos repórteres de esporte que fazem entradas ao vivo na porta dos estádios. O cara tentando trabalhar e aquele bando de gente feia, suada, mal-desodorada, banguela, com camisa de futebol pirateada ou de torcida organizada… Tudo macaqueando na frente da câmera e atrapalhando o jornalista…

  • Esse uuuuuhuhhhhuuuuuhhhhh que tem no início, parece aqueles documentários sobre costumes indígenas mostrando as tribos e tals

    • Brasileiro é isso aí: escravo + português + índio

      Daí saiu essa coisa maravilhosa que ilustra o clipe. Puta merda, maldito seja o fatalismo geográfico que me jogou neste país, viu?

  • Em primeiro lugar, a escrita corrigida é EspíritU Santo. Eu li no livro da escolinha dos meus 8 filhos. Segundo vc é sado masoquista de tá postando uma paródia de 50 tons de cin… fluorescência.
    Em terceiro toda leonina é escandalosa tipo Salim Sim ir e Rosana Hermann.
    Por último acredito em deus e faço ele de escudo.
    Rala, sua mandada!

    • Se eu fosse você, eu arrumava um escudo melhor tendo em vista o que aconteceu com filho de Deus. Se nem o filho ele protegeu… sei não

  • “Por algum motivo estranho, as criaturas estão trajando roupas de academia. Não quaisquer roupas de academia, roupas de academia de cariocas. E em se tratando de roupa de academia de cariocas, merece um parágrafo próprio.

    Começa que são tão justas, mas tão justas, que parece que a mulher foi lacrada a vácuo. Como carioca não costuma ser muito magrinha, acaba marcando tudo, desde a pata de camelo até mancha de suor no cu. Uma indignidade. As cores são as piores possíveis, com uma predominância de fluorescência e combinações tão escalafobéticas que se você olhar por muito tempo pode ter uma convulsão. Daí tem as meias, ou melhor, os meiões, que vão até o meio da pena, estilo jogador de futebol. Para finalizar, há uma onipresença da barriga de fora: pode estar de calça e de manga longa, não importa, o umbigo tem que aparecer, o que é muito triste, pois umbigo de pobre é especialmente feio, não sei se vocês já repararam. Umbigo de pobre e de criança africana deveriam ser cobertos por lei.”

    Quando li esse trecho, não pude deixar de lembrar de uma quarentona recém-separada que freqüenta a mesma academia que eu. Era tão descarado que chegava a constranger a mim e aos demais que estivessem por perto. Parecia figurino vulgar de início de cena pornô. A peça predileta dela pra “causar” são as calças coladas. Um dia, ele foi com uma azul-escura tão esticada que parecia estar esgarçando e ficando semi-transparente, revelando o fio-dental usado por baixo. Depois, foi a vez de uma dourada. Ela sempre me deu a impressão de que o sonho da vida dela era ser panicat. E, de tanto ela aparecer lá vestida desse jeito, um dia o proprietário da academia chamou ela de canto e pediu pra maneirar. Por enquanto, ela tem sido um pouquinho mais discreta, mas, com toda aquela vontade de aparecer, isso não deve durar muito…

  • A única coisa boa em Sbrubles é que o nome dela no “masculino” seria o elemento que na tabela periódica fica entre o Mercúrio e o Chumbo, tendo o número atômico 81.

    • É uma honra ser comparada à Rosana Hermann, ela é, na minha opinião, uma das cabeças mais inteligentes e coerentes do Brasil. E olha que arrancar um elogio meu não é fácil…

  • Esperando ansiosamente a hora do almoço pra poder ver este video no trabalho sem pegar (muito) mal.
    Não tem nada melhor do que debochar da gentalha que se acha a ultima esmeralda da Africa.

      • É gente… o planejamento passou longe, foi ofuscado pelo deslumbre.
        Ficaram famosinhas e tal, o clipe das borboletas teve helicoptero, figurino, produção de cabelo, maquiagem e o caramba. Já esse clipe de agora é a varzea da varzea.
        Podiam ter guardado uma graninha da vez passada pra pelo menos alugar uma sala de academia…
        Eu como boa pobre soberba que sou, afirmo: pior do que ser pobre é ter cabeça de pobre!

  • Repito: “Era isso que eu estava perdendo?!”

    Ps.: Dizer que os espartanos é que eram sábios foi de uma sutileza espartana.

  • Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, Sally, eu estava esperando que vocês escrevessem sobre esse clip que, de longe, é o mais escroto da carreira das nossas meninas!
    Sério, o que é aquele cara de muletas, desde o dia em que vi o clip pela primeira vez, isso não me sai da cabeça! E a barriga de x-tudo da vocalista, que ela insiste em deixar de fora?! A mulher manda malhar e me exibe aquela pança?!
    É muito bizarro! Achei sacanagem que a filmagem foi no Turano e não apareceu a feijoada da Tia Bety. Puta falta de Sacanagem!

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