Ele disse, ela disse: Amigos, amigos…

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DIA DO TROLL 2014: Sally e Somir discutem um tema como fazem todas as segundas-feiras, mas nenhum dos dois está defendendo mesmo seu ponto de vista. Os impopulares caem na armadilha. No final de cada um dos textos originais (e mentirosos), as opiniões reais e o balanço (previsto) do que aconteceu.

O BM adora usar “e se fosse com você?” como argumento nas mais diversas categorias, mas sempre pensando como vítima. Impopulares da gema, Sally e Somir levam a ideia para o campo oposto, com uma importante alteração. Ambos discordam sobre como agir quando uma pessoa querida comete um crime e só você fica sabendo. Os impopulares dão sua sentença.

Tema de hoje: O que fazer quando um amigo comete um crime?

TEXTO FALSO SOMIR

SOMIR (TEXTO FALSO)

Omitir. Omitir é diferente de mentir, omitir nesse caso seria uma extensão afetuosa do direito de não gerar provas contra si mesmo. Até por isso resolvemos fechar o tema mais em amigos mesmo. A lei entende que algumas relações anuviam o conceito de honestidade perante à Justiça e basicamente diz que não precisa ser feita de tonta. Num casamento nenhum dos dois é obrigado a testemunhar contra o outro.

Agora, amizades são relações que não gozam de legislação específica. Cabe a nós decidirmos se vamos ou não colocar o amigo nessa situação. Dada a escolha entre denunciar e calar, oras… calar! Responsabilidade é uma coisa boa, mas não devemos nos sobrecarregar com elas. Veneno e antídoto, questão de dose, certo? Evitar um problema não te parece a coisa certa?

Sinto estar numa batalha morro acima, a tentação de dizer que vai fazer a coisa mais nobre e moral (mesmo que não faça na hora da verdade) provavelmente vai inflacionar os números de concordância com a Sally. Aceito a pecha de vilão, mas não a de irracional. O que eu defendo aqui faz muito mais sentido.

A verdade é superestimada, e eu já falo disso há várias e várias colunas como esta. A verdade está lá desde o começo, codificada na omissão. O resto é apenas questão de percepção, questão de escolha. Se você fica sabendo que um amigo cometeu um crime, e você é testemunha única, em tese o correto é denunciá-lo. Ninguém está acima da lei, ninguém. Essa é a verdade (ou pelo menos uma excelente linha guia).

Mas dá para ficar abaixo dela e não chamar muita atenção. Em alguns momentos da sua vida você acaba obrigado a dar um passo para trás e analisar as coisas de forma mais fria. Você não está alterando a verdade, você não tem esse poder. Você está apenas a percebendo e escolhendo a omissão. Não temos esse direito?

E como eu sei que isso vai acabar nos comentários: Sim, omitir é diferente de mentir. Temos o direito de escolher o que vamos falar e para quem vamos falar. Mentira é afastar alguém da verdade, omissão é tomar uma posição neutra. Quem omite tem responsabilidades assim como quem mente e mesmo como quem diz a verdade. Elas vem de qualquer forma, mas é falta de maturidade achar só dizer a verdade é um caminho nobre.

Omissão é tão válida que é até direito inalienável do cidadão! Se você mora numa sociedade moderna, pode omitir informações de qualquer um. Desde, é claro, que se respeitem algumas condições. Temeridade pela própria integridade física como a maior e mais válida delas.

A máxima de “quem cala consente”, assim como todas as máximas, precisa de algumas exceções para ser válida. Você pode muito bem achar o crime de seu amigo algo muito errado, mas mesmo assim decidir não tomar parte na resolução dele. Afinal, é o tipo de situação em que quanto mais se mexe, pior fica. Denunciar o amigo é quase como criar um inimigo. Não precisamos desse tipo de atenção negativa na nossa vida, não? Gente que se sente traída – independentemente de mérito na acusação – tende a perder a medida da retribuição.

E sem querer ser um escroto mas já sendo: é amigo, mas cometeu um crime inconfessável. Não parece muito inteligente converter essa pessoa em adversária. Pela amizade prévia e por auto-preservação, omitir é a solução mais lógica. Que moral teria eu para falar sobre escolher suas batalhas se na hora do vamos ver eu pulasse de peito aberto na adaga? Se você sabe reconhecer o caminho mais seguro, faça bom uso da habilidade.

Eu sei que a sociedade não funciona se todos omitirmos, mas há de se pensar nas consequências de seus atos. Deixe a coisa seguir seu rumo natural. Se seu amigo for pego, não foi por sua causa; se escapou ileso, você tem terreno bem mais seguro para manter a amizade ou mesmo para afastar essa pessoa da sua vida, se assim o quiser. Mas com o cuidado típico de quem sabe colocar o “bom” antes de “senso”.

Você pode omitir sem consentir. Você pode se eximir de uma responsabilidade que julga pesada demais para carregar. Todos sabemos disso ao mesmo tempo em que não gostamos de encarar essa realidade. Mas apesar de parecer valorização de preguiça e covardia, meu argumento na verdade é mais uma crítica contra a hipocrisia. Dizer que não tem esse lado egoísta não te exime de exercê-lo, e quanto mais sabemos sobre nós mesmos, maiores as chances de fazer as coisas de forma bem pensada.

Eu omitiria, não acho exatamente bonito, mas pelo menos sei no que essa decisão está baseada. Escolher a via das vistas grossas me parece o mais razoável quando se coloca na balança amizade e justiça. Às vezes o melhor movimento é não fazer um movimento. Deixar os pratos equilibrados. A verdade surge no seu tempo, se quiser surgir. Existem outras partes envolvidas no processo.

Possíveis vítimas, funcionários públicos e privados pagos para esclarecer os fatos… e é claro, o próprio criminoso. Absurdo negar a alguém querido o direito de redenção. Seu amigo pode se arrepender e querer confessar. Talvez aí até um bom caminho para reforçar ainda mais essa relação. Pessoas erram, é a vida. Amigos ganham vantagens por serem amigos, até porque você os conhece bem o suficiente para fazer um julgamento mais bem informado sobre ele e a natureza do crime cometido.

Denunciar não é uma opção.

Para dizer que isso é muito pra cabeça num feriado, para reclamar que eu sempre acho um jeito de defender mentiras (hoje foram omissões), ou mesmo para me confessar um crime:somir@desfavor.com

SOMIR (TEXTO REAL)

FELIZ DIA DO TROLL!

Dia 17 de Abril é dia do Troll. Mas Jesus e seus ovos entraram no caminho. Como o feriado caiu no meio da Semana Anta, tivemos que empurrá-lo para a próxima data livre, excepcionalmente. Ei, estava na Constituição faz um bom tempo, em forma de emenda linkada no artigo original. Claro que poderíamos avisar, mas dia do Troll tem dessas peculiaridades.

Como vocês já estavam ficando espertos com a tática das primeiras letras, escondemos as dicas em lugares diferentes. A décima sétima palavra do quatro parágrafo do meu texto (17/04) começa a seguinte frase: “A verdade está lá desde o começo, codificada na omissão.”

Na prática isso quer dizer que esta parte do texto estava publicada desde o começo, escondida apenas por um código. Se alguém tivesse lido o código-fonte da página, teria visto esta parte. Sim, exige algum conhecimento nerd mais avançado do que vocês costumam usar, mas entendendo a dica, o Google te ensinaria como fazer isso em poucos segundos. Apertando uma tecla! A verdade estava codificada na omissão.

Bom, pelo menos desconfio que ninguém achou, estou escrevendo isso antes de publicar até mesmo a versão mentirosa e não vou mudar uma vírgula até a hora da revelação. Se alguém achou, parabéns! Essa estava bem mais difícil que as versões anteriores.

Mas chega de tapinhas nas costas. Mentimos e muitos de vocês caíram. A lição desta edição do dia do Troll é “Não deixe uma armadilha moldar sua opinião”. Trolls – pelo menos os trolls que se importam com a qualidade do que fazem – podem ser mortíferos se você acreditar que só pode responder uma pergunta de acordo com as condições dele. Isso leva a respostas que só fazem disparar novas armadilhas, prendendo a vítima num círculo vicioso de ter palavras colocadas em sua boca.

Percebam que a pergunta ficou aberta: ninguém disse que dar as costas para um amigo ou piorar ainda mais sua situação eram as únicas opções possíveis. Sally e eu concordamos – e foda-se o discurso moralista aqui – que se defende amigo até as últimas forças. Nem eu nem ela escolheríamos essas opções de verdade, ambos mentiríamos e faríamos o máximo possível para acobertar amigos. Amigos de verdade, faça-se claro.

Espero que pelo menos alguns de vocês concordem conosco mesmo sem apoio nos textos. Espero também que alguns de vocês tenham se decepcionado com nossas posturas mentirosas! Para quem nos xingou pelas escolhas (novamente, não sei o que vai acontecer e estou escrevendo antes), muito obrigado por ter expectativas tão altas! Foi um elogio. Amizade e cumplicidade são coisas realmente muito importantes para mim. Até mesmo quando cumplicidade está no sentido descrito no Código Penal.

E para quem concordou com algum dos lados de verdade: Que feio! Espero que vocês tenham apenas caído num truque e não sigam essas filosofias com seus amigos. E se não gostou de mostrar a carinha feia depois de uma trollagem, não volte sempre. Dia do Troll é dia de faxina por aqui.

Até ano que vem. E lembrem-se: Povo esperto conhece sua Constituição.

Para dizer que descobriu pelo texto da Sally já que acha que mentira sempre é realista comigo (eu levei isso em consideração), para dizer que foi seu primeiro dia do Troll e não volta mais (tchau!), ou mesmo para dizer que ler código-fonte é coisa de quem não tem amigos: somir@desfavor.com


TEXTO FALSO SALLY

SALLY (TEXTO FALSO)

Vamos supor que uma pessoa querida comete um crime e só você sabe. Vamos supor que você é chamado para depor no processo que apura o cometimento desse crime. Vamos supor que te é perguntado pelo juiz o que você sabe sobre o assunto. É melhor falar a verdade ou calar? Falar. Não porque você queira ver a pessoa querida presa, mas porque queira ver a coisa resolvida da forma certa.

Suponho que ninguém aqui anda com psicopatas que matam sem razão, pelo prazer de matar. Quero crer que se uma pessoa querida cometeu um crime, é porque teve fortes motivos para isso. E se teve fortes motivos para isso, dificilmente vai ser presa. Se foi um crime escroto sem motivo, apenas porque a pessoa é uma sádica, bem, desculpe, por mais querida que seja, essa pessoa tem mesmo é que estar atrás das grades.

Fora o fato de que falso testemunho é crime, ou seja, quem mente em juízo pode realmente se encrencar. Se a pessoa optou por não fugir, se ficou e decidiu responder ao processo, não faz sentido que ela peça para você se encrencar e cometer um crime mentindo em juízo. Já que a coisa foi parar no Judiciário, cabe a quem testemunha falar a verdade. Lei é lei, não se escolhe a lei que vamos cumprir. E eu ainda acredito que quando existe um bom motivo que justifique o crime, coisas como legítima defesa, ele não acaba em condenação.

Se a coisa chegou a esse ponto, se eu fui envolvida a ponto de me tornar uma testemunha judicial, eu vou falar a verdade. Mais: vou tentar convencer a pessoa de que a verdade é melhor. Porque se mentir e a mentira vier à tona, aí sim é condenação na certa. Como eu disse, crimes justificáveis não terminam em cadeia, crimes bárbaros devem ser punidos. Ou por acaso você livra a cara de um amigo seu que estuprou alguém? Eu não livro. Todo mundo é adulto e sabe que atos tem consequências. Quem os pratica deve estar preparado para as consequências. Isso é ser adulto.

Sou amiga, não sou babá. Não vou limpar a bunda de alguém que acabou de fazer merda. Cometeu um crime? Ok. Teve bons motivos para isso? Vamos falar a verdade que eu tenho conhecimento na área suficiente para saber que não haverá condenação. Não teve motivos para justificar um crime? Bem, então que tal pagar pelo que fez em vez de meter terceiros para limpar a sua barra? Se eu cometesse um crime eu assumiria e não colocaria ninguém na saia justa de tentar desfazer a besteira que eu fiz. Uma pessoa que te quer bem não te coloca em uma situação dessas.

Procuro me cercar de pessoas que admitam responsabilidade por seus atos. Iria de encontro a tudo que penso e admiro mentir para livrar alguém de um processo. Não me chamem para essa festa, porque eu não vou. Quer cometer um crime? Quer escolher qual lei você vai respeitar? Beleza, mas não me meta no meio disso, porque eu não vou limpar a bagunça que isso pode gerar. Cada um que arrume sua bagunça, e eu já tenho bagunça suficiente na minha vida para me preocupar.

Vai ter quem diga que um amigo de verdade ajuda o outro em momentos ruins. Pois bem, eu acho que um amigo de verdade não coloca o outro em uma situação complicada como essa, participando, assistindo ou de qualquer forma envolvido com o cometimento de um crime. Quer fumar um baseado? Beleza, só não carregue essa porcaria no meu carro, e muito menos me peça para mentir quando o carro for parado em uma blitz. Amigo de verdade não complica outro amigo assim. Se é para evocar o “um amigo de verdade não faz isso”, eu evoco em primeiro lugar.

Além disso, é preciso um sangue-frio que eu não tenho para mentir em juízo. Se falhar, você pode sair algemado de uma audiência. E se você responder a um processo criminal, sua vida se complica bastante, podendo inclusive fechar diversas portas, como por exemplo eventuais concurso público. Tudo isso para nada, pois se o crime foi justificável não haverá prisão e se o crime não for justificável, o lugar da pessoa é mesmo atrás das grades!

Você pode pensar que está ajudando se acoberta um crime cometido por uma pessoa, mas eu acredito que não ajude. Não ajuda a si mesmo, pois se coloca em uma baita situação de risco, não ajuda a sociedade, já que acaba obstruindo a aplicação da justiça e no fundo não ajuda a própria pessoa, que vai se sentir livre para repetir o erro, afinal, a sensação que fica é de impunidade, é a de que sempre vai ter um babaca de plantão para limpar a sujeira. Ajudar a pessoa é ajudar a provar que as razões pelas quais ela cometeu aquele crime são plenamente justificáveis.

E mesmo que tudo dê errado, que o julgamento caminhe para um desastre, a pessoa sempre tem a possibilidade de fugir. Ela se sentiu no direito de cometer um crime? Ótimo, que faça as malas e fuja em vez de te encrencar mais ainda. Contar com a mentira alheia para resolver seus problemas é feio e infantil. Foge, mas nem me conta onde está, que é para não me complicar mais ainda.

A gente ajuda uma pessoa querida até onde é possível. Quando a merda é muito grande, pessoas com autoestima pensam primeiro em si mesmas. Não vale a pena se ferrar todo para limpar a bagunça de outra pessoa, pois se essa outra pessoa fosse mesmo tão legal, ela nunca te colocaria nessa situação. Colocar o bem estar do outro em detrimento do seu é um erro que custa caro. Cuidado, se não vocês podem acabar como Siago Tomir, eternamente limpando a bunda do Alicate.

Para opinar de forma clara e justificada e aliviar meu sofrimento ao ter que ler e responder os comentários, para ficar discretamente em cima do muro e achar que não vamos perceber ou ainda para dizer que não sabe responder porque geralmente o criminoso é você: sally@desfavor.com

SALLY (TEXTO REAL)

Dia do Troll é um feriado nacional da República Impopular do Desfavor criado para comemorar a arte da trollagem. O termo vem sendo usado de forma muito leviana ultimamente: se chama de “Troll” qualquer um que consegue simplesmente enganar outras pessoas. Trollar não ser resume a enganar. Trollar é induzir a pessoa a falar algo que ela pensa mas acaba por não externar por hipocrisia. Um Troll não prega uma peça em alguém, ele remova a máscara de hipocrisia.

Este ano o feriado do Dia do Troll calhou de cair no também feriado da Semana Anta. Por isso, decidimos adiar sua data. Está lá na nossa Constituição, faz tempo, um aviso sobre a mudança da data. E como se isso fosse pouco, deixamos outras pistas para que uma mente atenta reflita e perceba algum erro ou contradição. Mas mentes atentas e questionadoras são uma raridade hoje em dia. Não sei ao certo quantos vão perceber a brincadeira de hoje, mas aposto que não serão muitos. Fica a lição, mais uma vez: estejam sempre atentos ao que estão lendo. Não aceitem ficar no “piloto-automático”. Não deixem de questinar nunca.

Sobre o tema, por favor, quem achou que eu deduraria uma pessoa querida que cometeu um crime me conhece muito pouco. Mentiria em juízo quantas vezes fossem necessárias, como de fato já fiz. Minto, minto o quanto for necessário para livrar a cara de um amigo ou uma pessoa querida. MINTO O QUANTO PRECISAR. Sou mais fiel às pessoas que amo do que a esse Judiciário, que de tão cagado e falido não quero mais nem como profissão.

Uma pessoa que mete o pau no Judiciário acreditaria que um crime justificável não seria punido? Jamais. Sabe-se lá o que pode sair de uma decisão judicial! Eu venho dia após dia apontando decisões bizarras, escrotas e injustas através de notícias e até mesmo de postagens inteiras e alguém ainda acreditou que eu confio no bom senso do Judiciário? Ou você acabou de chegar aqui, ou é preguiça mental. Fica o alerta: dessa vez vocês estão em um lugar seguro, onde esse tipo de “pegadinha” é feita para ser inofensiva. Mas amanhã ou depois, uma mentirinha dessa pode te custar uma limpa na sua conta bancária (confia e sai clicando em e-mail de banco para você ver) ou coisa pior.

Lembra quando nós, em 2012, dissemos que fecharíamos o Desfavor e que ele seria pago? Lembram da raiva que vocês ficaram por ter acreditado nisso? Lembra como vocês disseram que nunca mais cairiam em nada que a gente armasse? Lembram como a gente disse que com o tempo vocês iriam afrouxar, abaixar a guarda e serem enganados novamente? Pois é. Feliz dia do troll.

Fica o alerta: procurem incoerências em tudo que estão lendo, desconfiem de tudo, não se deixem convencer por afirmativas absolutas do interlocutor, ousem contrariar, contestar, afrontar. Nunca fiquem em uma zona de conforto de leitores passivos, sejam sempre ativos, desafiadores e nunca abaixem a guarda. Não se iludam, sempre vai ter alguém tentando enganar vocês.

Para nos xingar por mais essa, para dizer que teria pago pelo Desfavor ou ainda para dizer que sabia mas não quis falar nada para não estragar a brincadeira: sally@desfavor.com

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Comments (126)

  • Meu primeiro dia do Troll fui enganado direitinho. Só que eu caí por outra casca de banana: O comentário do Mark sobre a previsibilidade do texto de vocês. Foi ele mesmo que escreveu o comentário? Apesar de ter sido uma boa trollagem as contradições são menores do que o pensamento coerente que vocês seguem. Muito do que disseram vocês normalmente dizem, então foram mentiras envoltas por verdades, até por isso caí nessa cilada.
    P.S: Estava sumido por estar sumido, e não putinho….

    Off Topic: Sally o que você acha dos textos do blog do Casseta? http://www.casseta.com.br/
    Gosto muito dos textos e comentários ácidos nos posts do Agamenon e do Marcelo Madureira. O De La Pena embora alguns textos se vitimize é bem coerente também.

  • Capaz! Fiquei triste por não ter participado esse ano da trollagem! Tudo porque estava com problemas de internet! Mas fazer o que…

  • Bem que eu achei estranho quando dei uma olhada por cima, rs, mas daí veio o feriado, viajei e não ‘participei’ à tempo, rs. Estranhei a Sally colocar a lei (as nossas? bah!!) à frente de seus entes queridos. Bem se vê que não procede, rs. Família (não parentes…) e amigos (não os do face…) pra mim é igual máfia: faço tudo por eles, estando certos, errados, seja o que for. Se minha mãe matar um, ajudo a esconder o corpo, e por aí vai. É um grupo seleto de pessoas pelas quais faço tudo, da lei e fora da lei, pois farão o mesmo por mim, caso seja necessário. Com as barbaridades perpetradas pelo judiciário e os dinossauros que temos como juízes que garantia eu tenho? Sei que nenhuma.

    • Essa diferença é que confunde as pessoas: eu sou contra cometer crime, eu não cometeria um crime a menos que fosse por um motivo extremo e inevitável, mas acobertaria nesse esquema que você falou: se minha mãe matar alguém eu ajudo a esconder o corpo. Isso não quer dizer que eu concorde com o descumprimento da lei, quer dizer que ponderando os valores, família e amigos estão acima de tudo, inclusive da lei.

      • Não estou esnobando. Li a primeira linha do seu comentário e a primeira linha do comentário do Somir, sendo que eu não o li por não ter achado o tema desse “Ele disse, ela disse” tão pertinente assim.

        Meu comentário foi baseado na posição que vocês geralmente tomam e nesse caso, não foi uma coisa que tenha saído fora do script. Até ia falar da questão do dia do troll, mas já tinha passado o dia e estavámos no meio da Semana Anta, sendo que por isso mesmo resolvi “deixar quieto”.

  • O que me deixa ao menos tranquila, foi dizer no meu comentário que eu protegeria meu amigo, hahahahha!
    Ótimo, é bom pra ficar ligada!
    Mas vem cá: tem gente que fica putinho e deixa o Desfavor por causa disso?

      • Ah cara… é como se a pessoa parasse de falar com a mãe por ela ter chamado a atenção. A vida vai seguindo e entramos no piloto-automático, melhor alguém legal chamar sua atenção, do que ser atropelado pela vida sem nem perceber.

  • Que feio, todo ano… acho que sou burra mesmo…

    Mas Sally, apesar de você estar desapontada com o judiciário, você sempre defendeu que não podemos escolher qual lei seguir, que só no Brasil existe lei que não pega…

    Não sei se é porque não tenho nenhum amigo de verdade mesmo, mas eu continuo achando que toda ação tem uma consequência,

    • Sim, EU não escolho qual lei vou seguir, EU babacamente respeito tudo, até sinal de trânsito. Penso que todo o resto deveria se portar assim, mas infelizmente nem sempre acontece…

  • Pombas, nem prestei atenção no texto. Amigos de verdade eu acho que tenho uns dois, e por esses eu acho que faria tudo. Mas felizmente eu moro num comercial de margarina e nunca acontece nada de ruim por aqui. Só a margarina, claro.

    • Fernando, acho que isso não se aplica apenas a crimes.
      Já apoiei e defendi amigos em situações que não aceitaria em minha vida, mas que eram decisões deles e não saí do lado.

      • Concordo. O prontuário criminal dos meus amigos felizmente não existe, mas já apoiei eles em decisões das quais discordo até hoje…mas mesmo assim deixando claro que discordava. Uma vez quando eu era mais novo eu meti o pé na jaca numa situação dessas e por isso perdi uma grande amizade, acho que com isso fiquei meio escaldado. Pra mim ficou bem claro que amizade de verdade tem que ser incondicional.

  • Ah, que pena! Fiquei away envolvida com as pendências das coisas do trabalho. Não deu pra ler com profundidade, muito menos ter meu momento de reflexão que procuro ter cada vez que leio vcs. A bola dessa vez bateu no ombro e caiu no chão.

    Mas… Avaliando friamente. Lembro que uma vez, vc Sally, escreveu que sempre defende o amigo, por mais errado que ele esteja. E que nos bastidores, aí sim, vc daria a bronca necessária. Não sei se isso se aplica nesse caso, mas por favor, não é arrogância, por milésimo de segundos lembrei disso e achei incoerente com o seu texto. Mas logo fui tomada pelas minhas obrigações. Deixei pra lá, mas mesmo assim ficou a lição que vcs desejaram passar. Numa dessas, ler superficialmente as coisas, pode gerar problemas sérios.

  • Ano passado não contou… foi meu primeiro Dia do Troll aqui, mas esse ano foi vacilo… esqueci mesmo. Ano passado, se não me falha a memória, teve uma trollagem por trás de uma trollagem…

      • É bom que eu tenha esquecido sabe… Lição. Provavelmente algum outro leitor vai se identificar com o que vou dizer: As lições que aprendo aqui eu muitas vezes levo para situações práticas da minha vida, mas eu esqueço de usá-las justamente aqui!

  • Crime é crime, independente da pessoa que cometeu.

    Se a pessoa comete um crime, sabe que se for pego terá consequências. Não me vem pedir para mentir por ele, se queria se safar, não cometesse o crime.

    O máximo que faria seria avisar um advogado para que a pessoa possa se defender, mas mentir por bandido ? Não, obrigada.

    • Crime é crime… quer dizer, são todos iguais? O cara que mata para roubar é igual ao cara que mata para livrar a filha de um esturpo?

      • Não é a mesma coisa, mas não justifica encobrir, ou mentir pela pessoa, eu ajudo a achar um advogado, se for alguem da familia (mãe, irmã) ajudo a pagar, mas não mentiria por ninguém.

  • Quanto eu tava lendo a parte do Somir imediatamente pensei no Alicate. Ahahaha. Aí a Sally vai e termina a parte dela mencionando justamente isso. É, Somir, tem alguma coisa errada no seu conceito.

    Essa é uma das situações em que meu primeiro instinto é ir com a verdade, mas só mesmo colocada numa posição assim para saber o que eu iria fazer de fato. Mas aí entra o que a Sally falou: um amigo de verdade não me colocaria numa posição dessa…

    Mas, enfim, vai depender do amigo e vai depender do crime, e vai depender do quanto eu estou disposta a sujar minhas mãos por este alguém. E se, como diz o Somir, eu tivesse que me omitir por “medo” (autopreservação, whatever), vamos combinar que esse amigo é amigo só da onça e deve ir é para atrás das grades mesmo.

  • Não tenho amigo bandido não!

    A gente que se ferra todo pra fazer as coisas direito não tem que ficar ajudando quem só quer ficar no bem bom levando vantagem!!!

    CADEIA NELES PÔ!

  • Vcs são tudo uns amigos de m… Isso sim!! um bananão e outra que enfia a faca nas costas? Ainda bem que eu não sou amiga de nenhum de vocês

    • Queria tanto que você tivesse identificado seu comentário… Seria pedir demais? Por favor, diga seu nome. Prometo que nada de ruim vai te acontecer.

  • Sei que não tem nada a ver, mas tenho que comentar: No Domingo Espetacular (um Fantástico melhorado q passa na Record, pra quem não assiste) dessa semana teve uma matéria sobre bandas que fizeram muito sucesso nos anos 70/80 e hoje em dia ninguém mais lembra e falaram do Pilha. Claro que lembrei da Sally né kkkkkkkkk

  • SPOILER: Sempre que fica caído assim nos comentários do ED/ED é porque eu ganhei de goleada na argumentação. Quer dizer, eu normalmente ganho… mas dessa vez vocês entenderam. Há esperança!

  • Concordo com a Sally.
    Em uma situação dessas eu ficaria muito neurótico e ainda com remorso de ir contra o que acho certo só pra encobrir a cagada que um amigo meu me arrastou pra dentro. Nunca mais confiaria em alguém que fizesse uma coisa dessas, sou um pouco rancoroso nessa parte.

    E uma pergunta: o dia do Troll não foi adiado pra hoje?

      • Feito um patinho. Foi ainda pior porque eu sabia da data.
        Vou fazer que nem o Bart e escrever um monte de vezes no quadro negro:
        “O dia do troll é sagrado na RID”
        “O dia do troll é sagrado na RID”
        “O dia do troll é sagrado na RID”

        • Não precisa. Basta ter sempre um olhar crítico sobre o que lê e não importa para qual data a gente transfira ou qual mentira a gente conte, você vai detectar

      • Completamente previsíveis.
        Aliás, depois de um tempo lendo o Desfavor, raramente vocês surpreendem num ED/ED… pelo menos a mim.

          • Pela sua pergunta, imaginei que reagiria assim.
            Considero o contrário: acho bom que depois de um tempo, a linha de argumentação de vocês se torne previsível para os leitores assíduos. Porque além de comprovar o “vínculo” que formamos aqui na RID, tentaremos sempre imaginar como cada um vai defender o tal argumento.
            Que você Sally normalmente vai defender o lado legal e que o Somir vai sempre ter argumentos para sair pela tangente, é bastante óbvio. O que me agrada é ler como vocês desenvolvem esses costumeiros pontos de vista.

                    • Meu comentário ainda não foi aceito.. Vou complementar.
                      Duvido que a Sally largue um ‘foda-se’ a alguém, principalmente porque quando teve um Siago Tomir sobre um atropelamento/morte de uma vaca que valia não sei quantos mil reais, a Sally ficou pensando numa forma de fazer o Somir se safar.
                      Não falei antes porque pensei que teria mais dois textos, ou pelo menos algo mais longo, mais ou menos nos moldes daquele dia do troll épico em que vocês dois ficaram falando mó tempão sobre problemas financeiros…
                      Espero não estar pagando uma de babaca vendo cabelo em ovo.

                    • Parabéns, Priscila. Você foi a única a reparar na contradição!

                      Para salvar um amigo ou um parente eu não só minto, ajudo a ocultar crime como ainda roubo e mato se precisar. Eu defendo os meus a qualquer preço, achei que isso já tinha ficado claro… Vê lá se eu vou confiar em um Judiciário que, de tão nojento e injusto, me fez largar o direito!

                    • Obrigada.

                      Já estou ansiosa pelo próximo Dia do Troll! Vocês não me pegam mais hahahaha

                    • Eu fico cuidando a Constituição… Quando chegou dia 17 achei estranho nada ter mudado. No dia 21 eu fiquei quieta pensando que ia ter mais coisas, daí vi que nada ia mudar e mandei o comentário.

              • A opnião de vocês é condizente com a postura adotada pelo decorrer dos 5 anos de blog…

                A gente acaba “conhecendo” vocês e consequentemente acertando algumas opiniões…

            • Excelente argumentação, é bem essa a realidade, embora a repetitividade me faça respirar novos ares nos meus breves afastamentos.

      • É caro, Sally!

        O Somir é amigo do Alicate, qual a dúvida que a posição dele ia ser a omissão e a sua a condenação??? hahahaha!

      • Que comentário mais debochado/ irônico…. era bem previsível a linha que cada um iria adotar…. aliás geralmente todos os textos de vocês mantém essa coerência quase repetitiva de argumentação.

    • Feriado é pros fracos!

      Também acho. Não é à toa que SÓ O SOMIR seria capaz de aturar um amigo chamado Alicate no Cu!

      • Exemplos:
        Algo realmente sórdido (estupro, latrocínio, etc) fazia questão de eu mesma quebrar um cabo de vassoura na cabeça do meliante.
        Agora se um colega resolve passar a mão em um montante da empresa, que eu sei que ninguém vai descobrir quem foi o culpado (tipo o caixa 2) eu vou contar? É ruim… Leve mesmo, para essa raça super ambiciosa aprender.

      • É porque ele tem certeza de que homem que é homem acoberta as cagadas do amigo… Brasileiro Médio… a gente vê pelos comentários…

        • Isso…isso, exato!
          Dia desses ia ter festa na faculdade, minha namorada disse que não ia pq tinha que estudar e eu aproveitei pra pular a cerca e sair com outra. Como ela é ciumenta e ligou pro meu cel e eu obviamente não atendi, no dia seguinte ela foi checar se eu tinha ido a festa. Adivinha o que deu? Todos os caras falaram que tinham me visto lá e todas as mulheres negaram. Homem é amigo, mulher dedura mesmo!
          Por isso que não vi trollada nesse texto.

          • Se você acha acobertar traição prova de amizade verdadeira, então só reforça meu argumento: você desconhece o que é ser amigo de alguém, sabe apenas ser camarada. Todas as mulheres da festa foram muito amigas da sua namorada com essa atitude que você chama de “dedurar”. Ocorre que no seu mundo Universo Umbigo, jamais ocorre pensar no ponto de vista do outro, apenas no seu. Medíocre.

    • Aff essa lenda já deu né? Conheço um monte de homem traíra e tenho um monte de amigas de verdade até onde eu ja vi é homem que trai mais…..

  • Complicar a vida por conta de um (grande) amigo jamais, até porque vai que, mais para frente, você acabará denunciado ou se denunciando e, nisso, sua punição acaba sendo maior do que o crime pelo qual o amigo será eventualmente condenado. Sem dúvida, mais do que concordo com essa linha de pensamento.

    Nesse sentido, jamais me omitiria até mesmo por conta de filho, filha, irmão, irmã, pai, mãe, etc. Se a amizade, o casamento ou a vida em família ficar uma merda ou acabar por conta dessa postura, é que a amizade, o casamento ou a vida em família jamais foram o que se esperava no fundo.

  • O que fazer quando um amigo comete um crime? Fazer como o Compadre Washington: SABE DE NADA, INOCENTE!!! hahahahahaha

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