Desfavor Explica: Humor.

dex-humor

Vocês sabem que eu ainda acredito no estudo, apesar de tudo. E vocês sabem que eu acredito para TUDO existe estudo, até para as coisas mais banais, mais prosaicas e mais simples. Quer ver? Desfavor Explica: humor.

Humor é a capacidade de rir e fazer rir. É inata ao ser humano, até bebês cegos e surdos dão risadas. O humor é um mecanismo cerebral diretamente relacionado a aquele centro de recompensas que é ativado quando comemos uma comida gostosa, fazemos sexo ou até mesmo usamos drogas. Uma risada libera substâncias que provocam a sensação de bem estar. Uma pessoa que ri é uma pessoa com um sistema imunológico melhor, com metabolismo melhor e com qualidade de vida melhor. Mas, como fazer rir? Porque rimos? Porque não rimos? Vamos analisar com calma, porque com um pouquinho de estudo, até o humor se explica.

A arte de fazer rir é exclusivamente humana. Até onde se sabe, só o ser humano tem a capacidade de achar graça de alguma coisa. Não confundir sorrir com rir, algumas espécies de animais “sorriem” no sentido de mostrar os dentes, nem achar graça com rir, é possível achar graça sem gargalhar. O ser humano só acha graça daquilo que é humano. Explico: para que algo seja engraçado, tem que ser inerente ao ser humano: por mais que não seja humano, deve estar humanizado. Piadas com animais, objetos ou quaisquer outros componentes não-humanos tem que trazer consigo uma carga de algo presente no ser humano, um sentimento, uma característica, não importa. Se não tiver um componente humano, você não vai fazer ninguém rir. Um pôr do sol não faz rir. Uma nuvem não faz rir, a menos que tenha algum traço humano: uma nuvem no formato do Cumpadre Washington pode fazer rir. Ou chorar. Tchutchupááá!

Primeira regra de ouro: para que o humor surta efeito, é necessário que a emoção saia. Para que achemos graça em alguma coisa é preciso que tenhamos um distanciamento emocional dela. Por isso normalmente se espera um certo tempo depois uma pessoa morre para fazer piada com sua morte. Não é por respeito nem por luto, é porque enquanto as pessoas estiverem emocionalmente envolvidas, comovidas, não vão achar graça. Quando é um famoso, fica mais fácil, pois não o conhecíamos, já havia um distanciamento, mas a regra geral é que se ainda houver emoção envolvida, a piada não vai ter graça.

Então, sabendo que para que o humor entre a emoção tem que sair, você aprende que se quiser fazer uma pessoa rir, na hora de contar ou fazer a piada não deve apelar para seus sentimentos e sim fazer uma narrativa ou encenação que a distancie do ocorrido. Em países civilizados o humor com tragédia é inclusive considerado um “marco”, uma forma da sociedade dizer “ok, já cicatrizou, podemos brincar com isso, já superamos”. Só no Brasil certos assuntos ou eventos são sagrados e “imexíveis” para sempre, em países civilizados é um alívio quando algo já pode ser motivo de piada.

Grave essa lição e sua chance de erro cai pela metade: Humor e Emoção são inimigos mortais. Para que um exista o outro não tem que estar presente. Justamente por isso é tão difícil fazer obras que reúnam estes dois gêneros. Humor e emoção alternados podem coexistir, mas, na minha opinião, é uma das coisas mais difíceis de se fazer. Atualmente só vejo uma pessoa que saiba pular de um para o outro com leveza e facilidade, que é o Bill Lawrence. Ele o fez de forma magistral no seriado “Scrubs”, nunca vi humor intercalado com emoção de forma tão bem feita. Justamente por ser difícil é que normalmente filmes, livros, seriados e obras no geral escolhem ficar só no humor ou só na emoção. Daí o humor que vemos quase sempre é riso, riso, riso. Alguns chegam a ser cansativos. Quer se destacar? Aprenda a conjugar ALTERNANDO humor e emoção. Que eu saiba, NINGUÉM consegue fazer isso no momento no Brasil.

Vamos agora a uma tarefa difícil e perigosa. Tentar explicar exatamente o que causa graça na mente humana. Muita pretensão, eu sei, mas não quero estabelecer uma verdade absoluta, apenas uma teoria. Em um resumo bem grosseiro, a graça reside na quebra do padrão mental. A mente humana está constantemente depreendendo coisas. Por exemplo, se você vê uma foto com duas patas de um cavalo e uma parede cobrindo o resto, presume de forma automática que do outro lado da parede está a outra metade do cavalo. Fazemos isso o tempo todo, sem perceber, no piloto automático.

É uma herança dos tempos das cavernas, onde quem conseguia depreender que em tal lugar havia um predador ou comida sobrevivia e passava seus genes adiante. A habilidade humana em perceber padrões e classifica-los foi fundamental para nossa sobrevivência por séculos, pois ela ajuda a prever o que está por vir. Se por um lado isso é muito útil, esse depreender também tem um aspecto negativo: limita nosso pensamento. Pessoas que conseguem fugir desse “depreender” são as pessoas que pensam fora da caixinha e acabam tendo sacadas geniais. E uma das formas de tirar nossa mente desse vício de “depreender” é o humor. Isso mesmo, humor abre sua mente e te deixa mais inteligente. Tanto para fazer como para entender o humor inteligência é fundamental.

Quando você depreende uma coisa (que é uma forma de rigidez mental) e percebe que na verdade é outra, isso estimula a flexibilidade mental, que é de onde vem as ideias geniais. Por exemplo, na foto do cavalo que eu citei, se você virar a página e perceber que a parte da frente do cavalo é a Gracyanne Barbosa, talvez você ria, porque fizemos uma pegadinha com a sua mente: ela depreendeu imediatamente que era um cavalo, adiantou essa informação e depois percebeu que não era, era algo que, por mais que se pareça com um cavalo, foi inusitado.

Esse tempo que a mente demora para se ajustar à informação inusitada é o tempo que você acha graça, é o período que dura a graça no seu cérebro, depois que ele se adapta não tem mais graça. Sim, muitas vezes a graça reside no fato da mente humana não conseguir se adaptar à nova realidade imediatamente. Por isso, quanto mais se induz a mente do seu interlocutor para o caminho “errado”, mais efeito vai ter a sua piada. Quanto maior a discrepância entre o que a mente espera e o que vai realmente acontecer, mais graça. E mais você abre sua mente, se torna uma pessoa criativa, flexível e inteligente. Humor bem feito não é coisa de bobo da corte, é coisa de pessoas inteligentes.

Sempre que você começa a contar uma piada, o cérebro de quem te escuta se adianta, mesmo sem a pessoa perceber, e começa a tentar perceber qual será o final. Quanto mais você conseguir enganar o cérebro humano na preparação, ao contra a piada (papo técnico: setup), melhor será o resultado quando o final inesperado for jogado (papo técnico: punch). Se sua piada não tem graça, uma das coisas que você tem que revisar é se está fazendo uma boa preparação, um bom setup, na hora em que começa a contar, dosando as informações que está passando (o suficiente para induzir ao erro mas não para que cheguem ao resultado). Quanto menos intelectualizado for o público, maior deverá ser a preparação (mais informações). Por isso muitos (e muitas vezes eu mesma) não entendem as piadas do Somir, ele não faz a menor questão de caprichar no setup, quem entender entendeu, quem não entendeu é burro e foda-se. Um exemplo prático:

Piada contada por mim: Uma criancinha se aproxima da outra com uma das mãos fechadas e diz “Adivinha o que eu tenho nessa mão?”. A outra responde “Uma bolinha de gude?”. A criancinha diz que não, mostra a mão fechada novamente e pergunta mais uma vez: “Tenta mais uma vez! Adivinha o que eu tenho nessa mão!”. A outra pensa, calcula o que caberia ali dentro e diz “Um chiclete!”. Impaciente, a criancinha diz que não, balança a mão na frente do coleguinha e desafia mais uma vez: “Anda! Adivinha o que eu tenho nessa mão!”. O coleguinha desiste, e a criança responde: “Paralisia infantil!”

Somir contando piada: “Vocês sabem o que é isso? (mostrando um punho fechado por alguns segundos). Paralisia Infantil”

Então, quando você conta uma piada, você aposta uma corrida com o cérebro do interlocutor: quem chegar primeiro no resultado vence. Se você descobriu no meio da minha piada que a criancinha estava com a mão fechada por causa de paralisia infantil, eu perdi e você não vai rir. Mas se você embarcou no meu setup, na minha preparação, foi para o lado que eu tentei te conduzir e imaginou algo engraçado que poderia estar dentro da mão da criança, eu ganhei, porque eu cheguei no resultado final antes do seu cérebro. A piada do Somir é mais precisa, mais inteligente, menos maternal, contada para pessoas com agilidade mental suficiente para pensar em uma frase no que caberia em uma mão.

Importante frisar: nem sempre a graça da piada está no final. Monty Python, que para mim são os Papas do Humor, tinham um quadro na TV chamado “E agora para algo completamente diferente”, onde as piadas NÃO TINHAM FINAL, no meio do esquete entrava alguém e falava “E agora para algo completamente diferente”. Ainda assim eram muito engraçadas. O próprio setup pode ser engraçado, a graça vai acontecendo ao longo da piada ou do quadro. Claro que isso não é para qualquer um, é algo bem difícil de conseguir, principalmente no Brasil.

Esse é o humor que EU gosto, com o qual me identifico. Mas não é o humor predominante no Brasil. Aqui, geralmente a surpresa não está no que vai acontecer, e sim no QUANDO, porque as pessoas tem muita dificuldade de cognição, então, por melhor que seja o setup, não dá tempo ou neurônios de induzir a pessoa por um caminho errado para pouco depois surpreendê-la. A solução é humor de bordão, onde não se precisa de raciocínio, já se sabe o que vai acontecer e a expectativa fica apenas no QUANDO vai acontecer, quando será dito aquele bordão. Não acho a menor graça, mas é preferência nacional.

Por incrível que pareça, o riso tem a função social de censura. Se alguém riu de você, é porque você fez uma coisa ridícula que não deve ser repetida. O comediante se utiliza dessa função social do riso e expõe ao ridículo quem ele quer. Isso não necessariamente é uma coisa ruim, porque ele pode expor ao ridículo a si mesmo. É isso que uma piada faz: expõe uma pessoa, um grupo, uma atitude ao ridículo. E, pasmem, isso OFENDE no Brasil. Sabe porque? Porque as pessoas são inseguras, tem medo de passar pelo ridículo. Querem sempre ser os fodões, os espertões, os melhores. Por essa insegurança vemos essa legião de ofendidos, que são um prato cheio para humoristas.

Como eu disse, a piada reside em expor ao ridículo. Logo, a piada só tem graça se o alvo da piada é exposto ao ridículo. E isso só acontece se o alvo da piada resiste a ela, se ofende, a leva a sério. Se o alvo da piada se assume como piada, a graça acaba. É o clássico “Não alimente o troll” revisto: “Não alimente o humorista”. Experimente rir junto com todos quando rirem de você e você vai ver que desarma quem está contando uma piada, porque o ridículo acaba. Oponha-se, ofenda-se, leve isso a sério e todos rirão dobrado da sua cara. Se ser ridicularizado te ofende, só tenho um conselho para te dar: psicanalista.

Piadas, assim como religiões, tem o poder de estabelecer um grupo. Com a diferença que humorista não cobra dízimo. Foi feito um estudo que indicou que piadas internas são umas das formas mais fortes de manter um grupo coeso. Por exemplo, se eu chegar aqui e falar “KKKKKKK GRIPE SUÍNA”, vocês vão entender, mas quem está de fora não. Praticamente todos os nossos textos tem piadas internas, o que nos dá essa cara de “nação”, de unidade cultural, de elite. Isso une um grupo e deveria ser exercitado em grandes empresas.

Por incrível que pareça, uma piada também pode ter uma função social. Exemplo: foi piada durante muito tempo que o metrô do Rio anunciava a estação e sugeria que o passageiro tomasse cuidado ao desembarcar com “o vão entre o trem e a plataforma”. Logo depois, o nome da estação era anunciado em inglês, mas nada se falava sobre o vão. Isso gerou mil piadas, desde um “foda-se, os gringos que caiam” até um “não sabem falar vão em inglês”. Não é que depois delas o metrô se corrigiu? Como estes, muitos outros casos onde discrepâncias foram apontadas através da ridicularização renderam bons frutos, às vezes muito mais do que quando apontadas com raiva ou revolta.

Se você é um fracasso contando piadas, não se preocupe. A forma mais difícil de fazer humor é a piada. Pode parece fácil, mas não é. A piada é a menor célula do humor. Um programa de televisão de humor, por exemplo, de meia hora de duração, deve ter no máximo umas 10 ou 15 piadas, o resto é diálogo, preparação e história. Sem contar que tem cenário, iluminação música e mil recursos para te transportar para aquela situação. Até uma simples história em quadrinhos te permite mais recursos, ao menos visualmente há um apoio. Na piada não, é você, sozinho, com suas palavras, tentando fazer rir o interlocutor. Na piada escrita então, é a morte quase certa, porque não tem nem ao menos caras, bocas, tom de voz nem linguagem corporal. Quem faz rir por escrito é um abençoado.

Justamente pela piada ser a forma mais cruel e difícil de humor eu acho o StandUpComedy algo louvável, já que consiste basicamente em uma piada após a outra. Queima-se cartucho muito rápido, é preciso ter um repertório enorme e, quando a piada emplaca, não é mais do que sua obrigação, mas quando não emplaca fica um tremendo constrangimento.Você pode emplacar dez piadas, se não emplacar a décima primeira, a plateia já te ouve com uma certa má vontade e você tem que reconquistá-la. Não é um leão por dia, são cerca de cem leões por dia fazer um show de StandUp.

É também o gênero mais arriscado aqui no Brasil, pois seu princípio é fazer você rir de você mesmo, coisa que o brasileiro ainda tem muita dificuldade. Basta observar o IDH dos países para constatar que quanto mais desenvolvido o país, mais apreciado é o StandUp. Para conseguir emplacar no Brasil, o gênero teve que se prostituir um pouquinho: piada de português, de japonês, de argentino… mas dificilmente entrando de sola no brasileiro. Hoje, por sorte, está melhorando. Já se pode brincar com o cotidiano do brasileiro, ainda que com sérias restrições.

É por isso que eu dou tanto valor a comediantes de StandUp. Fazer rir em um esquete de cinco, dez minutos, com cenário, música, é muito mais fácil do que estar sozinho em um palco com um microfone na mão tendo que contar uma piada atrás da outra. A média de um bom show é de uma piada a cada 15 segundos, vocês tem noção do que é levar um show de mais de uma hora nesse ritmo? Muito difícil, tanto que o StandUp é o gênero mais democrático que existe: só precisa de um microfone, o custo pode ser muito baixo, qualquer um pode fazer, e, ainda assim, poucos se arriscam. No Brasil acho que temos 10 ou 20 bons comediantes de StandUp. E dificilmente vemos mulheres se saindo bem nessa empreitada.

Lembra quando eu falei que se a emoção entra o humor sai? Pois é, a emoção não é o único vilão do humor. Regra de ouro numero dois: O erotismo também mata o humor. Se entra o erotismo, o humor também sai. E na terra das bundas mulher acaba virando erotismo, ainda que de forma involuntária, por isso mulheres tem mais dificuldade em fazer rir. Deixa eu me explicar melhor: uma piada pode ser sobre sexo, pode ter conteúdo erótico, mas quem a conta não pode ser sexy, porque se é sexy, não é engraçada. Uma mulher gostosa de lingerie contando uma piada NÃO VAI FAZER RIR, os homens vão se distrair com seu corpo e as mulheres vão achar ela uma piranha. Infelizmente, é assim que as coisas são no Brasil.

Por causa disso, as poucas mulheres que se aventuram na comédia e principalmente no StandUp, acabam usando de artifícios caricatos para afastar o erotismo de si: inventam uma “persona” não sexy, chamam a si mesmas de barangas, se vestem com roupas nada atraentes e caem sempre nas mesmas piadas homem/mulher, piada envolvendo rituais de beleza, filhos, tarefas doméstica e etc, vestindo um estereótipo que se espera delas. Porque uma mulher não pode pegar em um microfone e fazer uma piada política? Sabe porque? Porque humor é considerado uma forma de poder, de dominação e no Brasil ainda assusta uma mulher ter poder.

Quando você faz uma pessoa rir, você a desarma, a domina: você enganou o cérebro dela, lembra? E o Brasil é um país machista onde homens relutam em serem dominados por mulheres. Por isso só riem de piada de mulher quando elas se atem ao universo feminino – nesse ponto se admite que elas enganem seu cérebro, porque você desconhece, mas no resto não. Isso é resquício da cultura brasileira, pois na Argentina existem mulheres lindíssimas, como Natalia Carulias, que fazem StandUp há anos, abordam todos os temas e arrancam risadas de homens e mulheres. Ser humorista mulher no Brasil é ingrato, ou você cai para peitos e bunda zorratotalizados, sendo mera coadjuvante da piada, ou tem que vestir um estereotipo. Mulheres querem homens engraçados e homens querem mulheres que riam das suas piadas. Mulher engraçada periga virar a amigona.

Para fechar, uma curiosidade: um pesquisador inglês fez um estudo envolvendo mais de 40 mil piadas via internet, com um milhão e meio de eleitores, tentando determinar qual seria a piada mais engraçada do mundo. O resultado? Leia abaixo:

“Dois caçadores caminham pela floresta, quando um deles cai no chão e para de respirar. O outro caçador pega o celular, liga para o serviço de emergência e diz: “Meu amigo morreu! O que eu faço?” Com a voz pausada, o atendente explica: “Mantenha a calma. A primeira coisa a fazer é ter certeza de que ele está morto”. Vem um silêncio. Logo depois, se ouve um tiro. O caçador volta à linha e diz: “Ok. E agora?””

Para pedir que eu faça um Stand Up, para não rir mais das minhas piadas com medo de se sentir dominado ou ainda para dizer que eu estraguei o humor racionalizando as coisas: sally@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Etiquetas: , ,

Comments (96)

  • Anônima mente

    Leio o Desfavor já há algum tempo e me alinho com boa parte das posições defendidas aqui, também quando o assunto é humor. Entretanto, também gosto de entrar em contato com outras opiniões quanto a esse tema, inclusive as do “politicamente correto”. Essa semana, conversando com um amigo, ele me disse que faz alguns anos que seu professor de gramática usou a frase “o professor mandou ela ajoelhar no milho” para demonstrar um conceito e disse que essa frase demonstra que as escolas no passado eram muito melhores (pela possibilidade de punição) e que se hoje um professor mandasse uma garota ajoelhar no milho, ela provavelmente o comeria, já que são todas galinhas. Toda a sala riu, menos ele, que não achou muita graça. Ainda, esse professor tinha um histórico de piadas machistas, embora seja alguém muito solícito. Quando meu amigo foi questionar o professor, este disse que a piada é um elemento de cena, que contribui para deixar a aula mais animada, mas que não revela características sobre a índole de quem a faz, que os preconceitos já estão na sociedade.
    Pensando sobre isso, concordo com o que o tal professor falou, mas, por eu ter ouvido opiniões diferentes (como no documentário “O riso dos outros”, que tem inclusive a participação do Danilo Gentili, e que está no youtube), me pergunto se a piada do milho foi realmente engraçada, e se ela não serve para reforçar preconceitos e coisas assim. Não tenho uma opinião muito sólida sobre isso, e queria pedir ajuda dos Impopulares.

    • Mas aí o que tem que ser questionado não é o conteúdo da piada e sim o CONTEXTO. Local de trabalho, principalmente um trabalho que demanda uma certa formalidade, como o ensino escolar, não é lugar de piada. É uma pessoa paga para ensinar, não para fazer piada. Quando eu fico repetindo que humor não tem que ter limite é com HUMORISTAS. Não quer dizer que todo mundo deva sair fazendo piadas o tempo todo. Velório não é lugar de piada, missa não é lugar de piada. Bom senso.

      • Anônima mente

        Concordo quanto à ideia do contexto, acho válido usar todo tipo de conteúdo quando se trata de um ambiente informal, como entre amigos em um bar.
        Mas, em casos de pessoas que possuem grande influência sobre a população, que tem sua imagem como referência para muitos (claro, aí entra na questão da capacidade de discernimento que o público possui…) não seria a piada uma forma de fortalecer estereótipos já cristalizados?
        Quem critica essas piadas afirma que não há nenhum tipo de transgressão ou inovação no fato de reafirmar preconceitos, dizendo também que esse é o tipo de humor mais “baixo”, que o bom humorista faz piadas com os “opressores”, consigo mesmo e com qualquer outro assunto, se arriscando e não precisando denegrir um aspecto como raça, gênero ou classe social, inclusive sendo capaz de se colocar ao lado dos “oprimidos”.
        Embora eu acredite que haja muita vitimização, muito coitadismo por parte dos “intocáveis”, não sei até que ponto uma piada pode afetar alguém, pois ainda que eu já tenha sido vítima de piadas, nenhuma foi grave a ponto de me ofender. Aí, me pergunto se essa minha capacidade de ignorar piadas não se deve unicamente ao fato de eu estar em uma posição “privilegiada” (boa educação, boa família, boa casa…), o que suplantaria meus defeitos que foram alvos de brincadeiras. Não sei como um negro/deficiente/gay/qualquer outro que seja estigmatizado pelo imaginário coletivo realmente se sente, se eles que são mal resolvidos com suas condições ou se falta (muita) empatia na hora de fazer piadas.

        • Minha percepção: piada não reforça estereótipo, muito pelo contrário, essa proteção exacerbada é que reforça. “Não brinca com ele que ele é aleijado”. Sei lá, parece que a pessoa é fraca, não vai suportar uma brincadeira. EU, pessoalmente, me sentiria muito mal se fosse excluída de ser objeto de humor.

  • Piada que eu li hoje:

    A seleção da Inglaterra aproveitou a folga nos seus treinamentos pra Copa do Mundo pra ir visitar um orfanato no Brasil.

    “É de partir o coração vem o rostinho sem esperanças deles”, disse José, de 6 anos.

    É meio bobinha, mas eu cuspi café dando risada quando li e lembrei do seu texto, Sally. É muito do que você falou sobre enganar o cérebro e acho que grande parte do sucesso da piada foi que ela estava escrita como se fosse um artigo de jornal mesmo, então até o “disse José, de 6 anos” eu estava achando que a frase era de um jogador deles. Quando meu cérebro fez a ligação entre da Copa e do time ruim da Inglaterra, deu uma sensação boa de “ser enganado”. Enfim, gostei desse texto.

    • Clássico exemplo simples, bom, bonito e barato de como induzir o cérebro para um erro e depois obrigá-lo a lidar com uma mudança de planos abrupta. Curioso que a gente ache graça em provocar um bug mental em nós mesmos, né?

  • Sem demagogia, acho genial uma pessoa conseguir fazer outro rir apenas com a palavra escrita. Isto acontece muito aqui no Desfavor. Dou gargalhadas em TODOS os Siago Tomir. Sally, tem coisa pior do que rir das próprias piadas? Noto isto com aquele homorista do Altas Horas, nao sei escrever o nome dele. Ele imita o Felipão.

    • Fico feliz em despertar riso apenas escrevendo, é algo realmente muito difícil.

      Gente que conta piada e ri da própria piada é um horror, principalmente quando SÓ a pessoa ri da própria piada

      • Zaq(o cachorro!)

        Numa determinada rua havia uma criançada do barulho! Era uma molecada muito unida e que brincava junta todo dia! Porém, dentre eles havia um mudinho! Meio retarda e tal, mas muito querido! A gurizada sempre estava disposta a protegê-lo!
        Certo dia, esbaforido, chega um dos meninos e diz:
        — Vocês não sabem!! Acabei de saber que lá perto do rio tem um homem que faz mudo falar!! Por $50 a aula!
        Outro responde:
        — Pronto!! Tá resolvido! Vamos levar o mudinho lá!
        No dia seguinte uns 10 meninos passam na casa do mudinho e o levam para a primeira aula! O mudinho não acreditava!! Soltava grunhidos de alegria!! Iria, enfim, conseguir falar!!
        Chegando lá, batem palmas!!
        Pela porta da frente, aparece um negrão! Feio. Ele abaixa-se um pouquinho, segura com as duas mãos os batentes, como se estivesse se apoiando, e sai porta afora!
        — Pois não…?
        — É aqui que tem aula para mudo? Diz um dos moleques. Todos já cagados. Menos o mudinho, contentíssimo.
        O negrão dá uma fitada na molecada e responde:
        — É aqui sim! Quem é o aluno?
        Toda a molecada aponta para o mudinho, mas esse já havia levantado o braço, sorrindo. $50 na mão erguida.
        — Por favor. É por aqui… Emenda o negrão.
        Pega o dinheiro da mão do mudinho e sem olhar para a molecada espalma a mão, a seguir aponta para o chão. Mas, nenhum moleque ousaria entrar mesmo.
        Dentro da casa o negrão vira para o mudinho e rusticamente diz:
        — Abaixe as calças e fique de quatro!
        O mudinho, arregala os olhos, sem entender vai abaixando as calças… E mal vai agachando o negrão tira o pau para fora e vai contornando o mudinho…
        Quando cai a ficha do mudinho o negrão, malandro, já dá-lhe uma travada na cintura e manda AQUELA estocada no mudinho!!!
        O mudinho solta o maior berro!
        — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!
        A criançada lá fora se apavora!
        Na mesma hora o negrão abre a porta!
        O mudinho sai cambaleante, com as calças pelos joelhos!! Cara de choro…
        E o negrão:
        — Tragam ele amanhã!!!

        — Eu vou ensiná-lo a falar o “B”!!!!

        kkkkk

          • Adoraria trabalhar em um portal de nóticias para publicar artigos como esse:

            Jonathan Demme, diretor do filme “O Silêncio dos Inocentes” (Silence of the Lambs), fará no final desse ano um filme sobre o julgamento de Oscar Pistorius, atleta paraolímpico sul-africano acusado de assassinar a namorada trancada em um banheiro com quatro tiros.

            De acordo com a assessoria do atleta, o filme tem o título provisório de “Silence of the Limbs”, ou como já chamaram em Portugal, “O Silêncio dos Deficientes”. Daniel Day-Lewis, que foi o protagonista do filme “Meu Pé Esquerdo”, é favorito ao papel de Pistorius.

        • Quem conta piada pra mim deve passar vergonha pois até entorto os lábios, nunca vejo graça mesmo.
          Acho ridículo quem conta piada.
          Essa da mão é um porre.
          As vezes uma cena em um filme ou seriado me faz chorar de tanto rir, prova que senso de humor eu tenho,
          não tenho é saco pra piadas.

  • Ótimo texto Sally! Eu sempre tive muita curiosidade sobre o humor humano.
    Me permita compartilhar questões que ainda me intrigam:
    Qual o limite para uma piada ser racista/machista/homofóbica e engraçada? Sim, tem o fato do distanciamente emocional, mas vc não acha que uma piada com esses temas tira a seriedade do assunto e o coloca em lugar comum? a pessoa já acha engraçado, ou seja, já tem uma reação à situação, então nunca irá refletir sobre isso, já que seu cérebro já deu uma resposta.
    Também tem o fato de que o humor perdoa. Por exemplo, se eu sou esnobe mas consigo fazer piada sobre isso, deixa de ser uma coisa vergonhosa e passa a ser algo engraçado e que eu posso livremente cultivar.
    E ainda : e quanto as piadas “indecentes”? São muito diversas as reações de quem acha muita graça e quem não acha a menor graça, e eu sempre fiquei curiosa pra saber o que estaria por trás disso. Mas eu tenho a impressão que é mais em relação ao tipo de humor (geralmente é aquele bem fácil e BM) que ao assunto em si.

    • Para mim não existe limite algum para machismo, feminismo,politicamente incorreto, indecente nem nada disso (desde que o público seja composto por adultos, claro). Justamente por ser piada, justamente por se estar zombando, ridicularizando ou rindo de algo, acho incompatível com qualquer carga ofensiva. Aliás, não só eu, como qualquer país evoluído não coloca limites em piada, justamente por ser piada. Quem se incomoda com piada deve procurar um psicanalista urgentemente pois é muito inseguro e mal resolvido.

    • Interessantes seus questionamentos Li! As vezes são os mesmos (ou parecidos) que faço. Acho que tudo depende neste caso: depende da pessoa, do que ela considera como humor ou não, do que e como o objeto toca nela conquanto humor ou não, do valor que ela atribui a isso, do contexto onde está inserido, enfim…
      E sobre o limite da piada racista/machista/homofóbica, é aquela coisa: pra você pode não ser, mas para outros pode não parecer ofensa necessariamente, mas parecer que tu está reproduzindo esses tais “discursos de ódio” e coisa parecida que os “ativistas pentelhos” vivem insistindo em combater. É o que eu sempre digo: ponderação é essencial. Tem lá certo valor sim a luta deles, mas virar patrulha do humor e do politicamente correto também é um saco.

  • Sally… Então você é abençoada… Eu já , literalmente, chorei de rir lendo o desfavor. Incontáveis vezes!!! humor inteligente assim é tão difícil de encontrar!

  • Ahh o humor e o riso… questão intrigante e complexa. Lembro-me da leitura daquele livro “l’histoire du rire et de la dérision” do George Minois, em que ele em mais de 600 páginas faz um traçado de toda a história do riso ocidental, mostra como o riso é e foi considerado por diferentes povos em diferentes épocas e tals, bem como faz uma análise sobre os diferentes tipos e razões pelo qual sentimos graça nas coisas. Mais ainda, tem uma parte lá bem legal que eu acho, que ele reflete sobre a função do riso: as vezes o riso não serve só para diversão, mas também como forma de ofensa e até mesmo estratégia de retórica.

    Sobre piadas ter o poder de estabelecer um grupo: é a mesma coisa que acontece com a ironia bem como outras estratégias discursivas: é através da partilha da “linguagem” e do contexto em comum, que se “segrega” os participantes interlocutores naquela situação. Quem não “pega” a coisa no contexto acaba que ficando de fora do “grupo”.

    No mais, acho interessante também as leituras psicanalíticas sobre o tema: a literatura diz por aí que o riso é uma espécie de “descarga de energia” desencadeada no consciente… interessante!

    • Esqueci de comentar, brevemente: o tipo de riso/humor que gosto se aproxima muito ao do Somir: gosto daquela coisa meio Dostoievskiana ou Balzaquiana ou OscarWindeana em que tu tens um contexto um tanto tenso, e aquela entrelinha profunda e a ironia do negócio está lá no fundo provoca uma espécie de “riso sério” que poucos compreendem. Coisa parecida acontece as vezes com algumas exposições de artes plásticas.

  • Sally, você que está – bem – mais por dentro do assunto do que eu, poderia explicar qual é a diferença entre “humorista” e “comediante”?

    • Normalmente são sinônimos. Tecnicamente o humorista é aquele que ESCREVE textos de humor e o comediante é aquele que os interpreta. Nem sempre quem escreve interpreta e quem interpreta escreve. Mas é um preciosismo bobo, no uso cotidiano da palavra são a mesma coisa!

  • Eu acho que a gente ri quando se identifica com algumas situações, eu por exemplo ria muito com o Rui e a Vani(Os normais) e ri muito com a Sally no “Siago Tomir: Aquela do telefone…(eu faria o mesmo com o Alicate).

    • Sim, mas em todo caso, rimos do inusitado: não é normal bater o telefone na cara de uma pessoa que está sendo presa. É o que muitos temos vontade de fazer, mas não é o normal.

    • Nunca usamos tags, era proposital para não rankear o Desfavor no Google. Mas como os leitores tem reclamado que está difícil achar algumas postagens antigas (tem muito conteúdo), resolvemos passar a usar.

  • Texto muito interessante. E sim, Sally e Somir são ótimos em fazer humor apenas escrevendo.

    Eu gosto de piadas curtas, tontas e que não tem desfecho óbvio, tipo piada de nerd. Umas das minhas preferidas:

    Por que Napoleão engordou?
    Porque ele acabou com o antigo regime.

    Gostei dessa da paralisia infantil.

  • “Humor bem feito não é coisa de bobo da corte, é coisa de pessoas inteligentes”

    Nossa, o Danilo Gentili deve ser um retardado então.

  • Não entendo desse tema, mas fiquei buscando uma forma de linkar às pessoas que são engraçadas naturalmente, até quando está contando uma situação trágica. O que é um problema pra mim em algumas situações, tenho que muitas vezes fazer muito esforço pra não rir. Seria pura e simplesmente a forma de contar as coisas? Ou em algum momento elas fazem esse corte no raciocínio?

    Conheço uma pessoa que toda vez que conta do divórcio baixaria que sofreu, não tem uma pessoa que não cai na gargalhada. E é triste a história…

    • Talvez a pessoa não coloque uma carga emotiva na história e isso permita que todos tenham um distanciamento para rir. O mau humor, para mim, é o humor mais engraçado que tem. Eu rio demais de gente mal humorada, acho que essas pessoas, movidas pela putez, tem as melhores sacadas, porque perdem o filtro e falam verdades muito interessantes. Pode ser isso.

    • Acho que é a forma, não o “roteiro” (Sally, me corrige, não deve ser esse nome).

      “Os Intocáveis” trata disso… O assunto é “pesado”, a história do protagonista tetraplégico é muito triste (acidente, morte da mulher, parentes que querem que ele morra, etc), mas a forma com que a história é contada transforma o drama em humor.

      Aquele outro “A Vida é Bela” também. É um baita drama, mas a forma com que o protagonista lida com aquilo transforma momentos bem dramáticos em cenas engraçadas.

      • Sim, a resposta dos personagens ao que lhes acontece é o que dá o tom. Eu vi uma entrevista com um roteirista do The Big Bang Theory onde perguntavam a ele porque ele achava que as pessoas gostavam tanto do Sheldon mesmo ele sendo um chato. Daí ele respondeu que quando eles escrevem o roteiro sempre se preocupam que todos os personagens que interagem com ele o levem na brincadeira ou sejam piedosos com ele, sem sentir raiva ou ficarem magoados. Isso dita o tom do público em relação ao que vai ser mostrado.

        Outro exemplo: um mesmo Siago Tomir que eu reescreva dizendo que depois do que ele fez eu chorei, fiquei magoada, fiquei triste, provavelmente não vai ter muita graça. A forma de contar e principalmente a forma como os personagens reagem dita a reação dos espectadores.

  • “Monty Python, que para mim são os Papas do Humor, tinham um quadro na TV chamado “E agora para algo completamente diferente”, onde as piadas NÃO TINHAM FINAL”

    Ah, os ingleses são primorosos. Aqui a melhor piada até agora foi um quadro em que um agente de talentos, na procura de um ator para fazer o papel de Tarzan, acaba se deparando com um candidato sem uma perna, que entra na sala pulando todo animado. Uma situação sem qualquer clímax, pois o impasse já havia sido mostrado de cara, mas a graça era ver a abordagem e quais argumentos o agente usaria para tentar convencer o candidato a desistir do papel…

    • É como aquele famoso quadro onde um cliente (John Cleese) entra em uma Pet Shop com um papagaio MORTO. Todo mundo vê de cara que o papagaio está morto e o vendedor da pet shop fica tentando convencê-lo de que o papagaio está vivo.

      • Sem dúvida, pois eles expõem a situação totalmente absurda logo de cara, e você fica na expectativa de saber como eles vão desenvolver a piada. Como no caso das Olimpíadas do Monty Python, em que havia provas de 100 metros rasos para surdos, natação para quem não sabia nadar e a maratona para pessoas com incontinência. Ou ainda a partida de futebol dos filósofos. E você ri todas as vezes que assiste.

        Mas, convenhamos, é algo intelectualizado demais para o BM, que prefere piadas bobinhas como as do meme do gatinho que infesteia o facebook.

        • Eu já estou babando com a reunião que eles vão fazer esse ano… Infelizmente essas piadas mais elaboradas não agradam por aqui e não há a menor perspectiva que isso mude. O negócio do BM é bordão, torta na cara e caretas estilo Leandro Hassum ou Fábio Porchat. Se ambos contassem a piada sem as caretas ninguém ria, eles não estão rindo das piadas e sim das caretas.

          • Quanto menos letrado o público, mais rasteiro o humor, né? Outro tipo de comédia que eu não suporto é aquela que apela gratuitamente pra peidos, cocô e mijo. Escatologia pode ser engraçada sim, mas esse recurso sozinho e usado de qualquer maneira não sustenta um progama ou um filme e acaba sendo apenas nojento.

          • Confesso que não conheço muito do Monty Python – e adoraria cohecer -, mas ri bastante do pouco que consegui ver até agora…

            • É bem antigo, você pode sentir os efeitos do tempo, mas ainda continua bom. Recomento o filme Monty Python em busca do cálice sagrado. Mas se puder, não veja dublado…

            • Procure “Monty Python Flying Circus” no site kat.ph

              Não que eu esteja fazendo apologia à pirataria (cof cof), mas o Blue Ray é caro, e é capaz da receita segurar sua encomenda por uns dois meses.

            • Esse do cálice que a Sally indicou foi o único material deles que já vi (até hoje). NUNCA ri tanto com um filme! Assino embaixo!

              • Ahhh… a grande besta branca que habita aquela caverna… Eu sinto INVEJA desse filme, queria ter sido eu a escrever aquilo!

                  • Ahhhh… sim. O inesperado da última me fez rolar de rir! E o “Bravo” Sir Robin? Amo quando o menestrel dele canta como ele fugiu bravamente. Mas talvez minha cena favorita seja a daquela luta onde o cara corta os dois braços e as duas pernas do rival e o rival não se entrega e diz que vai mordê-lo…

          • Não acho graça nenhuma no Leandro Hassum. Aqueles gritos, aquele gestual exagerado, aquelas caras e bocas, aquele jeito histérico… Me fazem mudar de canal em vez de rir.

            • Mas agrada ao grande público. Ele é quem, no momento, mais leva brasileiro ao cinema. Também não gosto, acho excessivo, cansativo, tipo um Fábio Porchat acima do peso. Mas o povo gosta. E se você reparar, ele fala as maiores barbaridades, coisas que na boca do Danilo ou do Rafinha virariam processo, mas como gostam dele, passam em brancas nuvens.

  • Não sei contar piadas mas adoro ouvir. Pra ter uma ideia eu ri até de imaginar uma nuvem parecendo o compadre Washington.

  • Adorei o texto!
    Sobre a piada do caçador… Não foi a mais engraçada que eu já vi, mas eu ri um pouquinho.

    Se uma pessoa é abençoada por fazer rir por escrito… Sally e Somir são abençoados pra caramba, sério. Já ri muito lendo o Desfavor.

  • Então Sally deve ser abençoada, porque eu vivo rindo por aqui. Já Scrubs eu acho chatinho.
    Gostei da piada com a Gracyanne, mas a paralisia infantil demorei para entender (devo estar com paralisia cerebral) Quanto ao caçador: que burro, dá zero pra ele!
    Mulher de calcinha? Mas nem em anúncio para venda eu gosto de ver.
    Uma curiosidade: Sally, quando você era professora suas aulas eram sérias ou mais animadas?

    • Eram animadas. Eu jogava chocolate para quem sabia responder as minhas perguntas. Fiquei putona quando vi isso em Grey´s Anatomy muitos anos depois… achei que era a única a tratar aluno igual a cachorro.

  • Eu sempre pensei que a piada mais engraçada do mundo era aquela desenvolvida na guerra para derrotar os alemães, que foi fragmentada para evitar que os tradutores morressem de rir.

    “Wenn ist das Nunstück git und Slotermeyer? Ja! Beiherhund das Oder die Flipperwaldt gersput.”

  • Como a patricinha sai do motel?

    Não sabe? ora…a patricinha…motel…como ela sai de lá?

    Toda metidinha.

    hahahahahahahahahahahahahahaha (claque)

  • Li a piada mais engraçada do mundo e a achei, francamente, uma merda. Sem graça mesmo! Acho que vou morrer logo…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: