Comments (26)

  • O Dinamarquês

    Gos to muito dos textos do Somir, principalmente os filosóficos. Já pensei e mudei muita coisa no meu modo de pensar. Acho que esse tipo de texto deveria ganhar uma maior frequencia.

    • Vou te dizer, mesmo quando não mudo de ideia, me acrescenta só pelo fato de me tirar da minha zona de conforto e me obrigar a refletir. Só isso já é um ganho!

  • É cada vez mais simples saber o que queremos consumir e nos dar exatamente isso.
    Isso talvez não pareça assustador o suficiente, até a gente lembrar que no futuro descrito por Orwell em “1984” existiam máquinas que produziam novelas e letras de músicas, que serviam pra manter a massa entretida. Não é como se já não existisse um grande mercado pra músicas que fazem a gente pensar se talvez um computador, mesmo com a tecnologia de hoje, não teria feito melhor.

    Quanto à tecnologia herdar nossos objetivos, como limitação, acho que isso não vai acontecer. Se, como diz o texto, “as máquinas não estão nem um pouco interessadas em se fechar numa série pré-definida de características“, também não temos por que achar que vão estar interessadas em se fechar numa série pré-definida de objetivos. A partir de certo ponto, se os cientistas deixarem, talvez a tecnologia possa evoluir a si mesma sem precisar de nossa ajuda – muitas obras de ficção já tentaram imaginar o que pode acontecer nesse caso, geralmente não é bom, mas aí só vamos ter certeza quando (e se) acontecer…

  • Alguns textos do Somir fazem com q eu me sinta tão estranha
    Algo como uma ressaca moral um tapa na cara ou um chute no cu

      • Engraçado, eu não acho os textos do Somir isso tudo de dificuldade que vocês falam não! Não sei se sou eu que tenho facilidade em leituras mais complexas e abstratas mas… vejo que a única coisa em especial que há no texto dele é em relação ao tratamento léxico, e à semântica da coisa: o modo como ele expressa, como ele coloca a ideia é diferente do da Sally; ela é mais simplista e didática, já ele é mais “direto ao assunto”, parte do princípio que tu já domine determinado vocabulário/conceito, e linke com outros.

        • Relativo ao que você disse sobre “direto ao ponto”: costumo ficar com a impressão de que já falei o que queria falar lá pelo meio da segunda página de quase todos os textos. O mais difícil é graduar de confuso para complexo… Mas eu ainda chego lá.

  • É difícil assumir isso (doloroso, diria). Mas já fiz isso… Já discuti por uma ideia, por uma tag que me definia. Me escorei na forma com que a outra pessoa expôs o assunto (falácias, falácias) e discuti insistentemente. E ainda era a “dona da bola”, não foi difícil “ganhar” (inclusive com os “seguidores de perfil”).

    Mas não foi bom, não acrescentou nada para mim e ainda “quebrou o brinquedo”. Aquele assunto passou a ser chato. Ser tag é confortável, mas não é bom.

    • Bem vinda ao time. No começo do desfavor eu passava metade do tempo brigando com uma ou duas pessoas diferentes nos comentários. Não me tornou um ser humano melhor…

  • “Quanto mais vivemos em função da estrutura social vigente, maiores os riscos de virarmos “tags” como no exemplo do início deste texto.”

    Ótima análise Somir! É realmente um problema quando a pessoa não tem “identidade própria” e acaba construindo-a pelo viés de “tags” e classificações outras alheias e externas a si próprio. Isso realmente provoca certa “desumanização” como foi dito no texto. É preciso estar atento a isso, a esses processos que regem nossa experiência subjetiva em nosso status quo social.
    Entretanto, um contraponto em seu texto: ainda sou um tanto céptico em relação à inteligência artificial e ao fato dos computadores começarem a ter vida própria de modo a substituir a nossa, e de modo que sejamos “espectadores” destes.

    • Ookay, queria ter brincado aqui com o código html pra citar o trecho do Somir que achei interessante, mas acho que deu alguma coisa errada! hehe
      De qualquer modo, o trecho era: “Quanto mais vivemos em função da estrutura social vigente, maiores os riscos de virarmos “tags” como no exemplo do início deste texto.”

    • Não se apegue demais a esse ceticismo. Computadores já decidem praticamente sozinhos os rumos do mercado de ações… e isso tem muito impacto na nossa vida cotidiana.

      Nada de Skynet, é claro, mas que eles vão se integrar no nosso processo de comunicação, possivelmente tomando conta dele, disso eu não duvido nem um pouco.

      • É fato, também não dá pra ser totalmente céptico neste sentido. É inegável que computadores hoje conseguem fazer coisas do tipo “adivinhar” com bastante precisão algo que tu queira de antemão. Não precisei de visitar um datacenter com vários octacores funcionando junto e processando terabytes de informação pra averiguar isso. O que sou céptico é em relação a certo exagero fantasioso disso: essa coisa de achar que robôs e máquinas poderão pensar sozinhos de maneira a até se rebelarem contra humanos e coisa e tal.

  • Meu cerebro deu alguns nós, tive de ler duas vezes cada parágrafo mas consegui assimilar o ponto central do texto (que coincidentemente completa muita coisa que foi deixado nos comentários do texto de ontem).

    Somir: Gênio ou louco? Só o tempo dirá.

    Brincadeira, acho você genial mesmo. Minha impressão é que inconscientemente seus textos complexos também são uma forma de amenizar a falta de tempo para responder os comentarios e evitar ignorar os impopulares (não é qualquer um que se arriscaria a deixar um comentário em um texto seu correndo o risco de parecer um idiota).
    Você não sente falta de um espaço maior pra divulgar textos como esse? Não por causa de fama e sim por ter potencial de ser um missionário do E.T bilu e espalhar conhecimento. Em lugares (portais/blogs/revistas/jornais) muito mais visados que o Desfavor nunca sequer leio algo semelhante, é meio frustrante ver pessoas com grande reconhecimento por poucas palavras e você “preso”. Tenho quase certeza que você não tem frustração alguma quanto a isso, mas acho seus textos acima da média pra serem lidos só por gente que tem afinidade de pensamento, são textos que fariam diferença na arte de reflexão desse mundo contemporâneo.

    • Saber que tem gente lendo é um dos grandes baratos de escrever os textos. Mas uma grande plateia não me fascina tanto assim… Sinto-me fracassado quando alguém não entende o que tento comunicar. E quanto mais se aumenta o público, maior o ruído.

      Prefiro que continuemos nesse lento e estável processo de recrutamento de impopulares do que as luzes cegantes de um palco maior. O desfavor não é um projeto de curto prazo…

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