Passagem para o inferno.

Se você não anda de ônibus, provavelmente não vai achar graça no texto de hoje. Se você anda de ônibus em lugares civilizados, também não. Mas se você passa pelo inferno de utilizar a versão podre deste transporte público, pode ler que em algum momento você vai se identificar. E se você anda de ônibus no Rio de Janeiro, Amigo, tamo junto.

Vamos começar pelos motoristas. Geralmente motoristas de ônibus são psicopatas mal remunerados e com déficit de sono. Perigoso, muito perigoso. Eu discuto com assaltante mas não discuto com motorista de ônibus carioca. São pessoas putas da vida por estarem ali sobrecarregadas por uma jornada exaustiva. Some-se a isso um trânsito estressante e teremos um resultado medonho.

Pobre (entenda-se, de espírito) com poder (entenda-se, com um veículo grande nas mãos) dá nisso. Talvez para tornar aquela jornada exaustiva mais divertida, eles dirigem de forma cinematograficamente perigosa. Mais de uma vez já me ocorreu ser a Sandra Bullock a estar dirigindo o ônibus, pois parece que se reduzir a velocidade uma bomba vai explodir.

Curvas em alta velocidade (quem mora no Rio sabe que tem ônibus no qual as duas rodas de uma lateral se descolam do chão nas curvas mais acentuadas), fechadas violentas e freadas bruscas. As freadas são tão repentinas que você, passageiro, faz cosplay de Smooth Criminal naquele tranco para frente. Se o ônibus estiver cheio, Leis de Newton são desafiadas. Já passei por situações onde dois corpos couberam no mesmo espaço.

Tudo isso é em condições normais de temperatura e pressão. Quando o motorista se emputece, a coisa piora. Pode ser por causa de uma barbeiragem de outro veículo, pode ser pelas vozes na cabeça dele que o mandam acelerar, só sei que uma das ocasiões na vida onde mais sinto falta de ter fé e uma religião é quando um motorista de ônibus se emputece. Passar por isso sem acreditar que uma força maior te protege é duro, muito duro.

Falemos agora do ônibus em si. No Rio de Janeiro existem duas categorias de ônibus: o Morra de Calor e o Morra de Frio. Ou é um ônibus sem ar condicionado onde você sente até o seu cu suar, ou é um”frescão”, que na verdade deveria se chamar “geladão” ou “congeladão”, porque a temperatura é polar e irregulável. Não sei se faz parte da psicopatia dos motoristas ou se é verdade, mas eles costumam dizer que não tem como regular a temperatura do ar condicionado – e as janelas não abrem.

Quer dizer, o homem pisa na lua, fazemos bebês em laboratório, curamos o câncer mas um ar condicionado de ônibus com termostato é pedir demais. Tem que aguentar aquele frio mesmo, apesar de passagens custarem mais de dez reais para te levarem de um bairro ao outro. Parabéns a todos os envolvidos nessa sensacional empreitada de criar geladeiras com rodas.

Tudo fica ainda mais legal quando chove, porque daí você entra molhado na geladeira. É tipo um Jogos Mortais profissional, você tem que querer muito ir trabalhar para se prestar a isso. Talvez seja um complô com os farmacêuticos para aumentar as vendas de remédios para dor de garganta e febre.

Não importa se é o Morra de Calor ou o Morra de Frio, é fato que dentro do ônibus sempre vai ter alguém fedido. Não necessariamente cecê, apesar de que este é bestseller. Pode ser também cheiro a cachorro molhado, fedor de perfume excessivo e outros estupros olfativos. A pessoa que fede nunca percebe que fede, porque o odor, seja ele qual for, irrita o bulbo olfativo e a pessoa simplesmente para de senti-lo. Infelizmente a mãe natureza, essa sacana filha da puta, não delegou o mesmo benefício a terceiros. Daí você fica cheirando aquela desgraça durante todo o percurso.

Gostaria de pontuar que isso independe de classe social. Pego ônibus com algumas mocinhas abastadas que me fazem passar mal. Acho que a Victoria’s Secret vomitou nelas antes delas saírem de casa. O cheiro é tão forte que eu consigo identificar o BodySplash no qual elas se banharam antes de sair de casa: “Lá vem a Pêra… agora subiu uma Morango…”. No final das contas me encontro rodeada por uma salada de frutas dos infernos, certeza que eu serei o primeiro caso de diabetes adquirida por vias respiratórias.

Não contentes em molestar o olfato, alguns passageiros decidem estuprar também sua audição. Escutam música alta no celular ou assistem TV em volume alto no celular, ou cantam, ou conversam aos berros pelo celular ou com colegas (ou com estranhos) evadindo sua privacidade. Eu não sou obrigada. Tem algumas mulheres que me despertam vontade de costurar suas bocas com arame farpado, porque falam tanto, mas tanto, que só podem ter respiração cutânea: não há pausas. Gente que fala demais é uma das mazelas da humanidade que mais me aflige. Prefiro conviver com canalhas silenciosos.

Tem também os encoxadores. Os amadores, aqueles que te encoxam deliberadamente do nada e ficam roçando em você na maior cara de pau com cara de paisagem e os profissionais, aqueles com senso de oportunidade, que esperam uma freada ou algum fator externo como álibi que justifique a proximidade de quadril. Em ambos os casos, uma tremenda covardia, pois em ônibus cheio não há como escapar deles. Em ônibus cheio, nos padrões Rio de Janeiro, você só consegue mexer os olhos. E se reclamar em voz alta, te chamam de maluca, dizem que você está inventando e até te ameaçam.

Tem também os vendedores ambulantes, pedintes ou “artistas” que invadem o ônibus para te empurrar amendoim, pedir dinheiro para o trote da faculdade, para tratamento médico ou apenas te “presentear” com um solo de cavaquinho. Vão todos à merda, e vai mais à merda ainda quem os defende dizendo que “estão trabalhando”. Vão trabalhar sem importunar terceiros, como todo o resto da população faz!

Diante desse quadro, fica clara a impossibilidade de ler, escrever ou desempenhar qualquer atividade que não seja respiração e batimentos cardíacos dentro do ônibus. É tempo perdido, tempo improdutivo. Se você conseguiu sentar, já tem que ser muito grato, porque poderia ser pior, você poderia passar por tudo isso de pé. Talvez por essa falta de opção, o tempo não passe nunca dentro de um ônibus.

Tem também o emocionante capítulo dos assaltos, sempre uma possibilidade em qualquer linha de ônibus carioca. Se antigamente eram bandidos em busca de dinheiro na forma clássica do crime de roubo, hoje é pior. Em sua maioria são viciados em busca de qualquer merda para trocar por pedras de crack. Pessoas que não tem noção do risco nem da consequência dos seus atos, totalmente drogadas ou pior, surtadas em síndrome de abstinência. Cooperar com o assaltante não é mais garantia de sobreviver, porque o assaltante tem a estabilidade emocional do Rafael Pilha.

Até no momento de despedida do busão o perrengue se apresenta para um último adeus: tem sorte quem solicita a parada do ônibus e é atendido com normalidade. Alguns não param naquele esquema Capitão Bruno “Porque eu quis”, outros abrem a porta em movimento e vão parando aos solavancos, de modo que se você não se segurar bem, cai rolando para fora do ônibus.

Mas a história mais sensacional de parada diz respeito a uma determinada linha de ônibus do Rio de Janeiro onde o motorista simplesmente se recusa a parar, apenas reduz a velocidade e fica gritando para você “DESCE! DESCE! VAMBORA! DESCE!” e você tem que pagar de Indiana Jones e descer do ônibus em movimento, pois apesar de todas as reclamações, ele nunca para. E se for homem a solicitar a parada, o motorista ainda faz um adendo caso a pessoa fique com medinho e hesite em descer: “DESCE, VIADO!”

Feliz daquele que não precisa do busão. Feliz daquele que não mora em uma cidade onde preço de estacionamento parte de vinte ou trinta reais e aumenta um real a cada meia hora. Feliz daquele que mora perto do trabalho e vai trabalhar a pé.

Para compartilhar suas histórias de ônibus, para compartilhar a alegria de não morar no Rio de Janeiro ou para compartilhar a alegria de não morar no Brasil: sally@desfavor.com

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Comments (183)

  • Bruna K. de Souza

    Hahahahahahhahahahaahhahahahahahahaa ri demais com os textos e os depoimentos.

    Eu morei 2 anos no RJ e vi quase tudo o que foi mencionado. Já senti as rodas de um dos lados do ônibus levantarem, voltando de Botafogo depois das 23:00 com o 296, se não me engano, num viaduto que faz uma curva. Fiquei olhando lá pra baixo torcendo pra não ter ninguém andando a pé, pro caso de o onibus tombar, ninguém ser esmagado. Já fui ameaça por crackudos que entraram no busão no jacarezinho pedindo dinheiro pro crack. Me atrevi a dizer que só usava cartão então eles pediram meu cartão do busão. Já senti o onibus flutuar no asfalto indo pra Barra. Já caí da escada ao descer, porque o motorista fechou a porta e meu pé ficou preso. Já vi velha bengalar as pessoas por não deixarem ela sentar e olha que ela queria sentar em qualquer banco, não só no preferencial. Teve uma vez que eu peguei um motorista que fazia questão de passar em cima de todas aquelas tartarugas que dividem a rua. Ouvi ele falando pro cobrador: TEM QUE MATAR ENQUANTO TÁ PEQUENA! O.o

    Mas a pior sensação que eu tive, que supera tudo que eu passei andando de onibus, foi pegar metrô linha 2 em horario de pico. Eu não conseguia fazer os movimentos respiratórios suficientes pra oxigenar todo meu corpo. Começou a adormecer tudo e eu passei mal pra caralho. Fora que não consegui sair na minha estação porque tava cheio pra porra, e me vi obrigada a descer uma depois, porque foi onde a maioria desceu e eu parecia peixe morto na correnteza. Deixei me levar pelo povo todo. Aí peguei um trem de volta. Depois disso nunca mais andei de metro. Só usava o onibus e se pudesse e meu dinheiro desse, pegava um taxi.

    Dias difíceis.

    Estou livre. Tenho dívida, mas tenho um carro.

    • Metrô em horário de pico você vai com a massa: se o povo sai, você “é saído” junto, se o povo não sai, você não consegue sair!

  • Olha, Sally, vc descreveu CERTINHO como é ônibus aqui em VALSADOR! É igualzinho! Se eu conto minhas histórias aqui… Já passei por tanta coisa… É criança de colo que coloca os pés no MEU colo(já me afastei, para o pai ou mãe se tocar que o filhinho deles está me incomodando), gente que senta com as pernas abertas(especialmente homens que na certa pensam que têm o pau do Kid Bengala), gente que se levanta do meu lado pra CUSPIR pela janela(mal de baiano: Cuspir no chão TODA HORA não importa se estejam nas ruas e façam isto na frente dos outros), DJ de onibus(desde fukeiro até crente mal-educado que acha que vai converter os outros na base da “música” gospel)… Me deparei também com gente que se acha “cantor”( cantando do meu lado DESAFINADO PRA CARALHO – e nestas horas, meus ouvidos músicos sofrem pra cacete), gente puxando papo comigo do nada(mais homem, mas aí eu já parto pra ignorância e digo na cara que não quero conversa de jeito algum), etc… Enfim, toda sorte de atrocidades típicas de BM mal educado e escroto!

    • Me explica PORQUE o baiano cospe e urina em locais públicos? Sério, ME EXPLICA porque cospem no chão do shopping mais chique de Salvador e porque urinam nas lixeiras de cinemas? POR FAVOR. Me explica, porque no tempo em que morei lá tive que conviver com essas lhamas bípedes cuspindo em tudo quanto é lugar como se fosse normal!

  • Faz pouco mais de três meses que voltei de Portugal, faz pouco mais de um que estou trabalhando em Fortaleza, mas já odeio andar de ônibus com todas as fibras do meu ser.

    Posso me identificar com quase todas as mazelas aqui descritas: já apanhei gente fedida, ônibus supermegalotado, motorista louco, vendedores pé-no-saco, mulheres (e aqui cito mulheres mesmo) tagarelas, e um empurra-empurra do cão tanto na hora de subir quanto descer da bagaça. Se fosse partilhar as histórias que já vivi nesse curto tempo, nunca mais acabaria de escrever.

    Mas aqui deixo outra mazela que me irrita profundamente: quando o motorista resolve exibir seu “espetacular” gosto musical (leia-se estuprar meus ouvidos). Já é foda quando um passageiro retardado esquece o fone de ouvido mas escuta as músicas merdosas dele mesmo assim… agora, em inúmeras ocasiões, já apanhei ônibus onde o motorista dirige ouvindo atrocidades como essas pegadinhas idiotas do Mução, música de Deus, forró de merda, pagode de merda, axé de merda, até brega dos mais toscos também já fui forçado a ouvir. Desisti de tentar ouvir minha música por cima, porque o barulho do motor e do trânsito não deixam.

    Todas essas coisas me fazem passar o percurso inteiro imaginando as piores coisas de todo o mundo à minha volta…

    • Certa vez eu peguei ônibus e tinha algumas meninas ouvindo alguma coisa escrota sem fones de ouvido no fundo do ônibus, perto de onde eu estava.

      Cheguei perto e elogiei a música que estava tocando falando que era muito bacana e perguntei se ela não tinha um heavy metal ou algum rock pesado pra colocar pra gente… Ela respondeu que não. Que não gostava e não ouvia esse tipo de música.

      Então disse que eu adorava, e perguntei o que e la acharia se eu entrasse no ônibus tocando heavy metal que ela não pediu pra ouvir.

      Ela não soube responder, e e já estava pra descer. Mas me arrependo um pouco da tentativa de educação, visto que ela não captou nad da mensagem. Talvez fosse mais efetivo usar um “desliga essa porra sua vagabunda, senão vou quebrar essa porra!”, dado o grau cultural de quem faz esse tipo de coisa num espaço público, mas nunca saberei.

      • Certamente. No mínimo, ela te achou um maluco que falou umas coisas sem sentido. Com gente baixo nível só existe diálogo possível baixando o nível. Taí uma coisa que eu digo para você e para mim mesma, porque eu cometo o mesmo erro que você.

  • O coletivo é muito bom para sarrar
    Pois o povo aglomerado sempre tende a se esfregar
    Com as nega véia é perna aqui perna acolá
    E se a xereca é mal lavada faz a ricota suar

    Se é nos calombos ou nas freadas
    Se é nas curvas ou nas estradas
    São situações propícias para o ato de sarrar
    No coletivo o que manda é a lei do pau
    Quem tem, esfrega nos outros
    Quem não tem só se dá mal

  • Tinha cobrador que ficou conhecido por 50 Cent. De cada parada de ônibus ele dava troco errado sempre embolsando 50 centavos. Era ate engraçado o pessoal passava e sempre voltava um pra reclamar. Ele era tão cara de pau que nem disfarçava. Quando alguém voltava ele já ia devolvendo a moeda. Meus colegas pra sacanear já passavam na roleta cantando Candy Shop. Não tenho mais visto a figura, ou foi demitido ou geral ta usando cartão e ele deixou de ter lucro então mudou de ramo.

  • Quando eu morava no Rio, precisei andar de ônibus com uma frequência maior que atualmente (suspiro aliviado). Então já vi muita coisa: uma mulher com n filhos (bolsa-família?) ocupando quase todos os assentos e, como se não fosse piorar, ainda ficaram todo o percurso cantando aquelas músicas de pobre; um senhor de meia-idade discutindo com a esposa pelo celular (vergonha alheia); um cara tocando pandeiro; um outro cara com uma mesa dobrável; uma mulher com os braços oleosos de protetor solar/perfume ruim/suor/hidratante, que infelizmente encostou em mim. Ah, e uma vez eu estava em pé e o ônibus passou num quebra-molas tão delicadamente que eu bati a cabeça no teto.

  • Sally e seus momentos de relogiosidade…Muito engraçado o texto!

    Lembro de um assalto, onde um dos vagabundos hiper-drogados portava uma faca do tamanho do meu antebraço (tenho 1,81m de altura). O cara não sabia nem pular a catraca, quase se estapelou no chão. E gaguejou, ao dar a voz de assalto!

    Também tive que aturar, certa vez, por mais de quarenta minutos, uma turma de adolescentes evangélicos que fizeram o maior sambão de Gezuis no fundo. Tava vendo a hora de destruírem a lateral do buzú…Que excelente exemplo de cristãos, hein moçada!

    Semana retrasada, um passageiro foi preso aqui, por encoxamento: tirou a arma e começou a lustra-la por trás da gestante que, pelo visto, nao tiveram a gentileza de dar o lugar.

    E por falar nisso, quando meu filho era de colo, carreguei-o, em pé, durante uma viagem de cerca de uma hora. Disso eu lembro com indignação e vergonha. Minha esposa, reclamou em voz alta, mas tal atitude só pareceu piorar as coisas.

    E pra fechar: você viu o vídeo que anda circulando pelas redes sociais, onde uma jovem entra pedindo ajuda pra sua mãe doente e, de repente, a coroa se levanta de seu lugar, revoltada, repreendendo e esbofeteando a filha?

  • Moro no interior do Paraná e ando de busão, mas por sorte as linhas que uso no cotidiano são tranqüilas. O trajeto é relativamente curto (coisa de 20~30 minutos) e não vai para nenhum ponto muito popular, então não lota.

    Mas eu já passei um ano pegando uma linha pra um bairro de periferia e MEUA MIGO… era uma merda lotada dos infernos, uma negralhada sem noção de espaço alheio, fedida, com celular no pescoço tocando pagode e funk, motorista já tinha até perdido a humanidade por ficar naquele meio por tanto tempo e pisava fundo com cara amarrada…

    Mas enfim. Das experiências que tive, meus maiores incômodos eram os DJs de busão e aquelas tiazonas vacinadas com agulha de vitrola que ou estão em grupo ou sozinhas com um celular do tipo “fale ilimitado de X pra X”. Elas são capazes de passar uma hora falando e falando e falando… até que as vozes começam a baixar. Você estranha o sussurro, percebe que as cabeças delas estão juntas numa rodinha, quando de repente elas viram pra trás simultâneamente numa gargalhada doentia: “HIÁHIÁHIÁHIÁHIÁHIÁ!” e continuam falando mal de alguém ou alguma coisa. Às vezes é um espetáculo engraçado, quando uma das mulheres do grupo desce do coletivo e vira o assunto da conversa das senhoras remanescentes.

  • Lembro de uma vez que um hare krishna entrou no ônibus e foi falando do incenso a 2 ‘real’, do ‘livrão da sabedoria’ a 10, e por ai vai.

    Eu estava sentado perto do cobrador na frente do ônibus e perto do ser iluminado.

    Então ele coloca um incenso no colo de cada um indo da frente até o fundo do ônibus; quando ele volta ele simula que eu entreguei o dinheiro pra ele, tirando a mão perto do meu colo e revelando a nota para as pessoas de trás. Faz isso com mais umas 2 pessoas da frente, pra estimular a manada a relmente comprar o incenso e tal.

    Quando ele volta pra frente de novo e vai pegar o incenso que havia posto me meu colo, o seguinte diálogo se segue:

    Eu não havia te dado 2 reais?… – Eu
    Éh…que a gente faz isso porque… – monge careca sussurrando
    Bem…eu te dei 2 reais e então o incenso é meu, certo?
    Ok. Certo. Pode ficar.

      • Oxente, Sally! Nesse caso, o 171 foi quem questionou a malandragem, ora!

        ps: O cifrão foi de ousado. Mas eu deixei ele ai. Pensando bem…

        • Não foi 171. Eu não ganharia efetivamente nad com um incenso que eu nem gosto.

          Vejo mais como uma medida socio-educativa.

          • Sem duvia. E possivel que esta tenha sido a ultima vez que ele fez isso. Hugor, quando digitei o seu nome, sem querer cliquei na tecla do $, mas dai, editei o comentario e removi seu nome.

            Sei que vc nao foi 171. Mas, minha intencao era so fazer uma piada.

  • Moro em Manaus e pego ônibus com certa regularidade

    Talvez por eu ter pouco tempo de uso (não faz nem 10 anos que uso ônibus) ou pq de fato, Manaus é a melhor cidade do Brasil… rsrs… mas eu nunca presenciei tais eventos citados no texto e nos comentários.

    Ônibus em Manaus em bem tranquilo. Não tem ar-condicionado… mas nunca suei em um ônibus. Acostumado…

    Acredito que deva ser pq pego muitas linhas centrais. Ônibus na periferia deve ser diferente.

  • Perfume feminino e de frutinha fica mesmo tão enjoativo! Ainda bem que de perfume masculino ninguém reclama. A minha namorada não usa essas tosqueiras.

  • Cada vez que leio aqui relatos sobre o Hell de Janeiro, me dá menos vontade de conhecer essa cidade (embora tenha conhecido umas três ou quatro do estado, sempre a trabalho e na fronteira com SP). Me parece uma Cabul só que com AFRODESCENDENTES em lugar daquela arabalhada maluca de túnica, que corta cabeças em nome de alá pelas esquinas com a mesma facilidade com que um feirante corta uma melancia ao meio. Num tem nada de bom nessa cidade não? (ignoro completamente o que a mídia tenta vender a respeito!)

  • Na moral, eu desconheço o que vcs tão falando. Moro em Vila Isabel e só pego ônibus de manhã por volta de 8 hs pra ir pro trabalho, sempre o 434, 435 ou 222 e depois volto às 16 hs no ônibus da tarde e ainda não tive oportunidade de presenciar essas bizarrices, até porque nesses horários há tanto engarrafamento que o ônibus mal anda!
    Eh… trabalhar como telemarketing ganha pouco mas tem suas vantagens, como por ex. trabalhar só 6 hs por dia e não pegar ônibus em horário de guerra. Tem um plus que eu nunca fui assaltado.

    • Nunca ter sido assaltado na região Tijuca/Vila Isabel é algo surreal. Joga na Mega-Sena que você é uma pessoa abençoada!

  • Levo 20 minutos de casa para o trabalho (a pé). Mas tenho uma história triste com o “dito cujo”. Eu e meus irmãos estudávamos em uma escola que era apenas para filhos de funcionários da empresa “X”.
    Como criança descobre de tudo no mundo, alguns colegas do meu irmão descobriram que a duas ruas da minha casa parava um ônibus com funcionários desta empresa e que era possível ir até a escola junto com os funcionários. Não deu outra, todos os alunos que moravam naquela região começaram a usar o ônibus.
    O problema foi que como era ônibus de transporte de funcionário, alunos iam em pé. Existia uma cadeira de cobrador (sem a parte da gavetinha), ela era mais alta do que as outras e tinha uma coluna ao lado, perfeita para segurar. Os adultos não gostavam de sentar nela, então era uma festa para a pirralhada. Um dia consegui a proeza de sentar (com a ajuda do meu irmão, claro) e fiquei toda feliz por sentar na cadeira alta do ônibus… Pra quê? O motorista pouco se importava com a pivetada e voava nas ruas. Não deu outra, em uma curva mais acentuada fui parar no meio do ônibus, de bunda para cima, com a calcinha à mostra e a minha saia branca de pregas toda suja. Só parei de chorar quando cheguei na escola. Nunca mais fui de ônibus.

  • Sou de BH/MG, e achava (bom, agora que voltei ainda acho) o transporte coletivo carioca BEM ruim (e não, aqui não é bom. Mas no Rio é pior). Quando morei no Rio, era um inferno total. As pessoas não podiam ajudar – porque ninguém sabia pra onde o busão ia. Google? Nem pensar! Nem ele sabe o número da porra do ônibus (ah, morei no Rio em ano de Rock’n’Rio, mudei justo na semana do grande evento (sou tão pobre que dava pra ouvir de casa). Imaginemos o inferno! Eu não conseguia chegar em casa!, saindo de lugares básicos tipo o Barra Shopping. [Ah, e eu fazia o favor de morar na ~~Curicica~~ juro que não era culpa minha!) Voltar do aeroporto de busão? Bom, você escolhe seu bem-estar ou o da bagagem (Tijuca no meio. e todos os acidentes geográficos que o motorista do busão não notou).

    Eu ia na cara e na coragem mesmo, se estivesse sem carro. Aliás, carro no Rio. Meus seis meses de Rio foram de carro (emprestado, com GPS não servindo mas sendo melhor que nada), com o cu travando de medo de bater o carro alheio nessa cidade que pode ser maravilhosa mas todo o trânsito, e não só o transporte público, é cu. Me perdendo em Ayrton Senna, Américas, o escambau. Isso que eu não ousava ir pra Zona Sul. O medo (de ônibus, de carro) reinou enquanto (sobre)vivi lá.

    Olha, o Rio até dá de metrô. Saiu das linhas, se mata, sério. Só desejo pro inimigo (pq sou ruim).

    Só moro nessa cidade se for na Vieira Souto e de motorista calibrado. O resto não há salário que pague.

      • Não defendas o metro RJ por favor…Uma linha que custa 3,20, tem 10 estações que não cruzam nem 5% da cidade e mesmo assim 60% da população do estado é obrigada a entrar ali no mesmo horário não merece nenhum tipo de defesa… No RJ TODA forma de locomoção é um lixo

  • Eu pegava um trajeto de 10 minutos de carro que de ônibus virava 30-40mins e eram os minutos mais tenebrosos da minha vida. Na volta eram 02 diferentes o 2º era o pior! Fim do expediente… odores que matariam o vírus do ebola. Imagina quem mora do outro lado da cidade e enfrenta horas dessa merda. Tenho dó de verdade!

    Me rebelei me emputeci e dei um jeito de comprar um carro.

  • Só uma curiosidade: aí no Rio há aqueles ônibus bi-articulados também, em que você tem que escalar vários degraus para sentar no fundo depois de passar pela catraca?

    Recentemente uma conhecida se acidentou em um ônibus desse.

    Ela estava no topo dessa escadaria, de pé, quando o ônibus, voando no corredor, brecou repentinamente para não acertar um taxi que entrou na frente. Ela voou por cima catraca, bateu o rosto numa pilastra dentro do ônibus e caiu de mau jeito, sofrendo várias fraturas no rosto, algumas no corpo e quase perde a visão de um dos olhos. Além de ser mãe solteira, é autônoma. Que beleza…

      • Ah..Uma vez eu peguei trem. E estava absurdamente lotado. Era uma coisa surreal; esse lance de só poder mexer os olhos como a Sally falou. Então como se nada. Alguém apertado no meio de uma turma, tira um cavaquinho não sei como e de onde, e com o instrumento apertado ao peito e a mão com um espaço mínimo para balançar começa uma roda de pagode que dura todo o resto da viagem.

        Nunca me esquecerei.

  • Nunca vou me esquecer do dia que estava andando de ônibus (trajeto Copa-Ipanema, dentro do bairro) e o motorista passou sem brecar na lombada em alta velocidade. Eu estava sentado na última poltrona.
    Eu saltei, quase bati a cabeça no teto, mas o pior foi quando voltei a sentar. Foi de uma truculência tão grande a queda que senti meus órgãos internos doerem. Pensei até que tivesse rompido algo por dentro. Fiquei alguns minutos em choque. Achando que teria que sair dalí direto para o hospital. Com o tempo a dor foi passando, mas nunca me esqueci.
    Esqueceu dos estupros que acontecem dentro ônibus no RJ.

    • Os estupros (com direito a platéia) não entraram no texto porque não tive muita vontade de fazer piada com isso…

      Olha, se na linha de IPANEMA tem esse tipo de motorista, imagina nas linhas menos nobres!

  • Credo! Me lembrem de jamais pegar ônibus no Rio, se um dia eu tiver a infelicidade de ter que ir pra lá… Porque, pra ir num lugar desses, só sendo obrigado. Ah! E tem também o clássico discurso receitado pelo pessoal que vende bala dentro de ônibus: “Eu poderia estar matando, eu poderia estar roubando… No entanto, estou aqui, pedindo uma colaboração…”, dito em tom mocórdico e declamatório…

  • imagina eu, japinha baixinha e de aparencia fragil, o pessoal no onibus nao me levava a serio!
    alem de encochadas tenho muitos outros traumas, tipo ouvir uma longa conversa em telefone viva voz sobre a cunhada de fulana que fez histerectomia e desde entao so mijava sangue, velhotes tocando pandeiro e cantando repentes xingando um ao outro, uma gordinha que suava tanto que poderia virar fonte epra piorar eu sou bem leve, entao quando o onibus passava por um quebra-molas minha bunda saia do assento e eu meio que flutuava.
    respiro aliviada por nao precisar mais andar de onibus.

    • Essas pessoas que berram ao telefone ou falam sem parar me tiram do sério. E eu sou para-raio de maluco, sempre tem um(a) imbecilóide que puxa papo comigo do nada. Começo a contar histórias escabrosas até a pessoas pegar repulsa de falar comigo!

      • haha, mas você não deve sentar na janela, não é? Eu faço questão de sentar na janela, e fico olhando lá pra fora.

      • Sally já pegou a velhinha evangélica que convida para conhecer a igreja dela??? Na baixada deve ter alguma igreja que recruta velhinhas pra esquema em pirâmide da igreja, só sso explica… Sempre me livro escolhendo a pessoa mais feia do onibus e mandando um “ta vendo aquela/e é feia/o pra caralho mas tem cara de que chupa como ninguém”

    • Agora me lembrei da vez que eu estava no ônibus e entrou um velho e começou a cantar aquela música “Alma Gêmea” do Fábio Jr. no banco bem atrás de mim. Quase meia hora ouvindo aquela bosta, e o pior é que o infeliz só sabia o refrão. Até hoje tenho trauma dessa música, me segurei muito pra não xingar porque aí é que ele cantaria mais.

  • Paula Lemmertz

    Conheci você hoje e já te adoro, Sally! Muito bons os seus textos. Li os dois mais polêmicos, eu acho: sobre a gravidez e sobre o politicamente incorreto. Daí, como meu horário de almoço já acabou faz meia hora, pulei pro mais atual e aqui estou.
    De uns anos pra cá só ando de metrô porque não tem ônibus direto de onde eu moro para o local onde trabalho, mas já vivi muitas aventuras e, principalmente, desventuras dentro de ônibus no Rio. Só pra me solidarizar com vc, vou dividir uma pérola: na Central do Brasil, zil anos atrás, o Gentileza (é, o verdadeiro, o falecido) bate na janela onde estou e começa a gritar: “Pecadora! Você é pecadora! Se arrependa, pecadora!” E o ônibus ali, parado, esperando o fiscal liberar. Também nunca entendi essa porra desse fiscal. Fiscaliza o que, que os ônibus do Rio não tem horário? Enfim, fiquei ali, uns 5 minutos mais ou menos, com cara de bunda, morrendo de medo do louco, que virou poeta e sábio, depois de morto, por conta dos rabiscos feitos nos viadutos da cidade. Sério, ninguém merece.
    Parabéns pelos seus textos.

    • Obrigada, Paula! Espero que fique com a gente!

      Olha, dependendo do horário, o metrô do Rio é um trem-fantasma: gente feia, mal educada e espemida. E nem é possível abrir as janelas. O transporte público do Rio está calamitoso!

  • HAHAHAHAHA. Caraca! Mas em São Paulo o transporte não é tão diferente, como: O motorista não parar no ponto quando você solicita a parada, o povo fedorento (nossa como eu odeio), e os meus queridos funkeiros que escutam esse lixo que eles chamam de musica no ultimo volume. Aqui eles apostam corridas, isso mesmo eles apostam quem chega no final da linha primeiro. E se por um acaso algum motorista ir “devagar” eles xingam os cara.
    Fora os barracos que tem dentro do ônibus uma certa vez eu estava dormindo e derrepente voou uma bolsa na minha QUASE INFARTEI, tomei um susto era duas mulheres se estapeando kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    • Pelo visto o ônibus “trem-fantasma” é padrão Brasil. O único ônibus decente que peguei foi em Curitiba, que andava devagarinho enquanto os nativos locais reclamavam de como estava correndo. Coitados, se vierem ao Rio ou a São Paulo morrem do coração!

  • “Acho que a Victoria’s Secret vomitou nelas antes delas saírem de casa.” Alguém explica pra essa galera que ostentar VS é brega?
    Sally, essa linha que o motorista só reduz é a Caxias-Freguesia (um clássico da pior linha já existente) ou o “39alguma coisa”, que vai pra Zona Oeste?
    Não vou ficar aqui esfregando a minha alegria por não morar mais nesse inferno de cidade, porque sou solidária com quem ainda não conseguiu sair…

    • SIM, É ESSA MESMA. Você já foi vítima dos psicopatas que te fazem descer em movimento?

      obs: Não é possível fazer os pobres entenderem que VS é brega. NÃO ENTRA. NÃO ENTRA.

      • Sally, o Caxias Freguesia é A PIOR LINHA DE ÔNIBUS PARA SE ANDAR NO RIO, já virou lenda entre os cariocas!
        O que mais se vê no facebook são montagens dele participando do “Velozes e Furiosos”, hahahahahahahhaahhaha! E pior, passa pelo subúrbio inteiro VOANDO! Dá muito medo, ele é pior que o 639 e todos os 300 que fazem linha para a Zona Oeste.

  • Já presenciei aí essa estória das rodas do ônibus saírem do chão ao fazer uma curva, quando fui ultrapassada pela direita por um ônibus, que entrou à esquerda bem na nossa frente, em cima de um cruzamento perto do Clube Naval. O curioso é que o taxista sequer se assustou, nem soltou a menor reclamação da manobra…

    Já peguei sozinha trem da Central do Brasil para a Baixada Fluminense, em visita a uma tia, mas ônibus aí não tenho coragem.

    • Provavelmente o taxista já está acostumado a esse tipo de coisa. Se fizerem isso comigo quando eu estou dirigindo choro três dias em posição fetal!

  • Também já passei por várias dessas que você mencionou nos ônibus de Campinas. Mas o que me mais me irritava, além de gente que despreza essa novidade tecnológica chamada desodorante, eram aqueles “manos” ouvindo funk ou pagode no último volume e os bunda-moles dos motoristas e cobradores que não faziam nada pra impedir, sendo que tem até um aviso no ônibus dizendo que é proibido por lei. Aí me pergunto, será que custa muito pro ~cerumano~ colocar aqueles benditos fones de ouvido?? Porque não basta ter mal gosto, tem que obrigar o povo inteiro a escutar essa excrecência… Eles não têm noção de limites, espaço alheio, bom senso, nada! Ai, que vontade de socar!!! Tem horas que penso que deve ser aquele povo que vive num cômodo de 10 m² com mãe, pai, padastro, irmãos, sobrinhos, cunhados, gato, cachorro, vizinho e papagaio, onde todos compartilham de todos fazendo de um tudo, e aí a pessoa perde mesmo a noção de público e privado, só pode!!

    Agora a melhor (ou pior) história foi quando subiram no ônibus dois cidadãos cheirando a pinga se gabando dos “feitos” pelos quais foram parar na cadeia… juro, achei que não sairia viva daquela viagem… A cada curva, era um comentário do tipo: aqui que o Zezinho foi esfaqueado pelo Biriba, ali que o Francisco foi pêgo depois de assaltar uma mina… isso tudo no centro da cidade! Em seguida, começaram a conversar sobre a “vida amorosa” de cada um, com detalhes sórdidos dos rala e rola com moradoras de rua numa fonte da região central. Quando vi que iam descer no mesmo ponto que eu, esperei e saí no próximo!

    Tem também aquelas mães com crianças insuportáveis chorando, e os benditos idosos que te fazem dar o lugar às 7 da noite depois de um dia inteiro de trabalho/estudo. Engraçado, força pra bater perna na rua tem, agora pra ir em pé no ônibus, não tem. Ódioooooooo!!!

    • Gente fedendo alcool é a decadência personificada! Nem me fala desses tipos…

      Criança eu acho menos pior, porque são chatos mas vira e mexe caem e se machucam com os solavancos do busão, proporcionando alguns momentos de diversão. Rio por dentro quando uma criança rola no ônibus!

      • HAHAHA somos duas..uma vez presenciei uma cena hilária..uma criança gordinha (e bunduda)foi passar por debaixo da catraca do ônibus, apesar de ser visivelmente maior de 6 anos e pagar passagem,e não deu outra : Ficou entalada na catraca…todos os passageiros,sem exceção, deram gargalhadas enquanto a mãe berrava pra alguem ajudar. E no fim,ainda culpou o motorista por andar rápido demais e entalar a criança..vai entender.

    • Adorei a expressão “gente que despreza essa novidade tecnológica chamada desodorante”. Essa cambada também me irrita muito… E também os gordos que atravancam o corredor, as famílias numerosas que entram inteiras no ônibus carregando badulaques e compras estilo retirante no pau-de-arara, as crianças malcriadas que choram/gritam/não param quietas/vomitam/lambuzam tudo com doce/ comem salgadinho barato-e-fedorento…

      • O gordo tem que saber que ele fecha a passagem. O gordo que fica prostrado na porta do ônibus havendo espaço de sobra merece ser obrigado a assistir dez horas seguidas de Fábio Porchat. Porque tem dessa: a pessoa vai sair do ônibus trinta pontos mais para frente, mas tem um siricotico ansioso e fica ali na porta…

      • Final do ano, o pessoal vai naqueles locais de comércio popular comprar presentes e voltam cheios de tralhas, já vi até cesto de roupa sendo trazido no ônibus. Mas o pior mesmo foi da vez que entrou um cara com um CANO DE PVC e enfiou por cima da barra para as pessoas se seguraram. Só estava vendo a hora que cairia na cabeça de alguém.

    • Criança gritando em ônibus dá vontade de matar, parece que ecoa mais lá dentro. Pior é horário de saída de escola pública, aquele bando de pivetes entra gritando, comendo, aí seguram no ferro, jogam embalagem pela janela. Às vezes o motorista se irrita e não deixa entrar todo mundo não.
      Uma vez, antes das 7 da manhã, micro-ônibus lotado, entrou um velho. Aí ninguém quis levantar e tinha uma mulher (que devia ser parente dele) lá atrás pedindo, por favor, para alguém ceder o lugar. O que ele tinha de tão importante para fazer essa hora que não podia esperar outro mais vazio? Esse ônibus sai de 5 em 5 minutos nesse horário.

  • Caramba, se tudo isso é verdade, o transporte público carioca consegue ser PIOR que o de São Paulo, e isso já é um feito incrível hahahaha
    Acho que o pior problema pelo qual eu já passei em ônibus foi o excesso de gente e uma única vez de um cara escutando funk no último volume. Gente fedida eu só encontrei no metrô e teve uma vez que um cachorro (sim, levaram cachorro no metrô) vomitou perto do meu pé e respingou um pouco (bem pouco, felizmente) no meu tênis. Quanto a motorista correndo eu nem ligo, e nem é tão feio quanto parece ser aí no Rio, e não ligo pra gente conversando porque andar de ônibus cheio já é um saco, e sem ter uma distração é pior ainda. E pra terminar, aqui os motoristas respeitam ponto de parada; só quando tem muita gente pra descer que às vezes o motorista quer sair antes de descer todo mundo, mas normalmente é só gritar “Vai descer!” ou variantes que o motorista espera mais um pouco.

    PS: Obrigado por me dar mais um motivo pra nunca querer morar no Rio hahaha

    • UM CACHORRO vomitou em você? HAHAHAHAHAHA

      Eu ligo para excesso de velocidade sim, tenho muito medo de morrer dentro de um ônibus no Rio de Janeiro. Morte DE POBRE, INDIGNA. Eu mereço uma morte melhor!

      • Felizmente não vomitou em cheio hahaha…é o que eu disse, vomitou perto do meu pé; se meu pé tivesse uns 5cm a mais pro lado teria pego em cheio. Deu até um pouco de dó, porque era um filhote então era bonitinho e ele ficou enjoado com o movimento do trem.

      • Eu já vi gente tentando entrar com cachorro em ônibus com a desculpa de que “é filhotinho”. Chovendo, ônibus cheio e a mulher insistindo. Ainda bem que o motorista não deixou, vai que ele resolvia fazer suas necessidades ou morder alguém. Acho que nem taxi estava querendo levar.

  • Tem também o momento vergonha alheia, pessoa vai descer do ônibus e cai, discussões de relacionamento, mas o pior são as crianças, incrível como neguinho não tem autoridade com os filhos.
    Quando você está em um ponto ou terminal muito cheio, quando abre a porta parece aquele brincadeira, dança da cadeira (acho) a briga pra sentar se torna competição.
    Eu passo por muita coisa, mas correr atrás de ônibus pra mim não da, vejo gente correndo e gritando igual louco pro busão parar, parecendo que tem um dinossauro atrás pessoa.

      • Verdade, onde moro tb são absurdo de caro. Só uso carro pro dia a dia pois tenho a sorte de morar perto do serviço e lá eles têm umas vagas para funcionário. Se vc para na rua é “assaltado” pelos flanelinhas e os faixa azul, isso quando acha vaga!

          • Adiantou NADA! Motorista é babaca mesmo. Mas mais babaca que motorista são os trocadores. Uma vez estava escutando musica e não ouvi muito bem o que o infeliz me disse e passei a catraca, de repente ele começou a me xingar de todas as formas possíveis e eu só olhei para ele com cara de superior e não respondi nada (7:00 da manhã não tenho energia nem para piscar). Os passageiros indignados (parecia que ele já tinha xingado uma outra passageira antes), começaram a xingar ele de várias coisas e se instalou um barraco gigante!

  • Sally reciclando temas antigos… adoro! Haha
    Olha, lá em Uberlândia – MG, ônibus é um tanto precário também, mas eles não costumam correr. Aqui em Curitiba estou achando tudo uma maravilha até agora: ninguém faz barulho dentro do ônibus, eles não correm e ainda param na estação certinha!

  • Passam sinal vermelho como se nada. Sabem que são os mais fortes no trânsito e os outros é que tomem cuidado e parem para eles passarem. Moro em uma avenida e os motoristas de ônibus são os que mais avançam sinal, todos os dias…

    Sally vc voltou a morar no RJ?

  • Isso foi no Rio. Van assassina sobe o viaduto do Maracanã a 100 por hora. Porta danificada abre, passageiros começam a gritar loucamente e se seguram pra não cair pra fora da van (alguns se abraçam). Pertences saem voando até o carinha que cobra as viagens conseguir passar pra parte de trás e bater a porta como se não houvesse amanhã. O motorista não diminui a velocidade em momento algum.

  • Isso foi em São Paulo. Torcida do timão entra ensandecida no ônibus, cantando e berrando, xingando todo mundo. Um cara na calçada de casa xinga o pessoal do busão. Os caras mandam o motorista parar e vão até a casa do cara, que se esconde dentro, quebram tudo e pegam o cachorro dele. Levam pra dentro do busão, espancam e judiam do bicho, depois jogam pela janela. Passageiros normais quietos.

  • Sally,

    O ar condicionado dá pra ajustar sim. Eu pego o ônibus 610A todos os dias em direção a Infernopaguá (Jacarepaguá) e sento logo atrás do motorista. Eles tem um termostato logo acima da cabecinha deles.

    Alguns malditos motoristas psicopatas colocam a temperatura em 16ºC quando a temperatura do lado de fora é 30º~32ºC.

    E pior, eles vão trabalhar com o máximo de agasalho possível, mesmo com o inferno de 30ºC ou mais do lado de fora, sabendo que vão botar pra foder com a nossa saúde.

    Mas se vc dá um esporro no FDP, porque você tá congelando, ele vai e diminui a temperatura.

    • Claudio, já tentei e eles juram que não tem como. Mas agora que sei disso, vou fazer o Dado Dolabella: levar uma machadinha na bolsa e se não quiser regular essa porra eu quebro uma janela para o ar quente entrar!

    • Paula Lemmertz

      Mas eles não vão trabalhar com o máximo de agasalho possível só por causa do frio. Eles vão assim porque pobre adora botar casaco! É impressionante a quantidade de gente que, quando chove, bota aquele casaco de lã, que nunca combina com a sandalinha rasteirinha e o shortinho enfiado na bunda. Pobre só sente frio da cintura pra cima.

  • Isso foi no Rio. Onibus atropela e mata senhora na frente da Igreja de Santo Afonso, Tijuca. Retiraram o veículo para não atrapalhar o trânsito. O corpo ficou horas na sarjeta, vida que segue. Cobriram com um plástico preto. Eu nunca tinha visto isso e fiquei chocado.

      • kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
        (Tô rindo muito, será que vou pro inferno)
        kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      • haha, Sally, sua má…tem um sinal bem em frente a igreja, não quer dizer que ela estava saindo de lá. Pode ser que o ônibus tenha ultrapassado o sinal…

  • Isso foi em São Paulo. Linha Pedreira-Vila Gomes. O onibus para no ponto, sobem quatro caras gritando, puxam um passageiro pra fora, atiram nele na calçada, deixam o corpo no chão e saem correndo. O ônibus ficou parado alguns momentos em silêncio, ninguém sabia o que fazer. Aí o motorista continuou a viagem. Todo mundo quieto até o final.

  • Nunca andei de ônibus na minha vida, acredita? Digo, de transporte público, só no micro-ônibus da faculdade quando vamos a visitas técnicas, aqui na minha cidade não tem transporte público. Dá próxima vez que eu for a alguma cidade que disponha de transporte público vou experimentar.

    P.s – Que porra de tanto “transporte-público” hahahhaah não sei o sinônimo de certas palavras.

  • vem pra campinas (eu ainda vou te convencer huar huar huar)

    aqui os ônibus também são uma bosta e os motoristas psicopatas, mas se você não morar no cu do judas, provavelmente não irá precisar pegar um

    dá pra fazer tudo de bicicleta ou a pé (como é o meu caso). mesmo assim, quando pego ônibus, sempre consigo sentar (a não ser em horário de pico)

    campinas não é o paraíso, mas perto do rio de janeiro isso daqui é a glória!

  • E eu que achava andar de ônibus em Fortaleza era tão ruim. Não reclamo mais (não tanto quanto de costume). Indiana Jones foi a melhor kkkkkkkkkkkkkkkkk.

      • Pois é, pra ter ideia agora é que estão tentando aprovar a instalação de ar-condicionado nos coletivos. Porra! Se chover em Fortaleza um período de 3 meses ao ano é muito. O sol aqui não dá descanso.

  • Algumas considerações sobre andar de ônibus no rio de janeiro

    1. nunca seja o último a descer, bem provável que o motorista a)feche a porta antes da hora e prenda algum membro do seu corpo, b) não espere você descer para arrancar e você saia rolando pela rua.
    2. ônibus com ar condicionado, um motorista já me contou que fica frio daquele jeito por que na frente onde ele tá a temperatura é sempre maior, logo, ele não se importa. Alguns bonzinhos ligam e desligam o ar periodicamente para não matar todo mundo de frio.
    3. Sempre que passar na Central e ver que o seu motorista se recusou a deixar algum cracudo entrar, abaixe a cabeça que 99,99% de chance do ônibus começar a ser apedrejado e você levar uma pedra portuguesa na testa.
    4. nunca, jamais, pegue um ônibus na zona oeste de madrugada. O motorista vai correr tanto, mas tanto, que em algum momento você vai sentir que as 4 rodas saíram do chão e o ônibus simplesmente está planando.

    Só para constar, outro dia fiquei perto de um cara cujo cc fedia a saco.

  • Teve una vez q peguei um motorista q não parava nos pontos. Toda parada geral tinha q gritar. Resolveram dizer q iam filmar e quebrar a porta aí ele começou a parar. Certas pessoas so na violência. Não pode ter medo. São vários contra um.

  • Olha..faz muitos anos que ando de onibus que ja me aconteceu de(quase) tudo,fora as classicas que voce mencionou : Crianças ja vomitaram em mim,bebados ja vomitaram em mim, jogaram ovos na janela,do lado de fora,e adivinhem? Respingou em mim,motorista ja apostou corrida com um caminhao pra ver quem saia da pista prineiro, motoristas que querem mais que voce adquira um bico de papagaio e passam por todos os quebra-molas em alta velocidade…olha,quem anda de onibus deveria aposentar mais cedo. Acho que voce se cansa tanto so de andar de onibus que ja chega ao trabalho cansada.

    • Essa do quebra-molas eu senti em um ônibus de viagem naquela rodovia conhecida como “estrada da morte”, de apelido “Regis Bittencourt”. É uma faixa indo e uma voltando, e o filho da puta não tá nem aí. Ultrapassagem em lugar proibido, velocidade BEM acima do permitido, racha com caminhão, ignorar quebra-mola são constantes.

      Uma vez eu resolvi dar uma cochilada e deitei meio de lado usando o banco inteiro que estava vazio. Quando eu conto as pessoas não acreditam, mas o motorista passou numa lombada com tanta velocidade que eu acordei “flutuando”, nenhuma parte minha encostava no banco. Só deu tempo daquele pensamento “putaqueopariufodeu” antes de cair e quase arrebentar o quadril. Fiquei toda roxa, uma semana mancando. Mas acham que eu sou exagerada…

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