Tempos modernos.

Escutamos idosos repetindo à exaustão como os tempos mudaram, mas com advento da internet, esta mudança foi acelerada absurdamente. Hoje mesmo gerações jovens podem sentir uma mudança radical em apenas uma ou duas décadas. Sim, o tema já está batido no campo da abstração, não vou ficar teorizando sobre mudanças sociais. Hoje quero falar da parte prática.

Me peguei pensando no que aconteceria se fosse possível deslocar no tempo e inserir hoje, de forma inédita, alguns programas, personagens ou obras de arte. Como será que as pessoas reagiriam hoje, em tempos de patrulha ofendida, de opressão politicamente correta, a grandes sucessos da cultura pop do passado? Porque uma boa obra é atemporal: um livro, um filme, o que quer que seja. Isto está se perdendo.

O primeiro exemplo que me veio à mente foi o seriado Chaves. Como será que o público reagiria se, sem qualquer precedente, um seriado assim fosse exibido? Um homem que não paga o aluguel, bate em crianças e declaradamente não gosta de trabalhar provavelmente receberia uma calorosa recepção nas redes sociais: um péssimo exemplo para as crianças, que deveria ser silenciado. Crianças cometendo furtos, violência constante entre os adultos, bullying com uma idosa e com um obeso… Tudo viraria motivo de indignação. Provavelmente Chaves seria cancelado no seu primeiro mês de exibição, isso se o piloto fosse aprovado.

Pensei também no grande sucesso de público, o filme “Quem vai ficar com Mary”. Maus tratos a animais, bullying com deficiente mental, mulher em condição inferiorizada. Boicote certo. Ofendidos por todos os lados. Provavelmente o roteiro nunca teria saído do papel, como de fato centenas de filmes como este estão em algum canto empoeirado não sendo filmados por causa do impacto negativo que gerariam no grande público.

O que dizer de Silvão, meu herói? Silvio Santos, o cara que joga dinheiro para a pobralhada da platéia e assiste eles se estapeando para pegar, enquanto os ridiculariza. Ok, ele faz até hoje, mas de forma mais light e coberto pelo manto da intocabilidade da terceira idade. Se ele fosse um rapaz jovem e tivesse a iniciativa de começar se portando assim HOJE, sem nunca ter feito isso antes, o que será que estariam falando dele em Twitter ou Facebook? Certamente de tudo. Desde o desrespeito com os menos favorecidos até um discurso político raivoso acusando-o do combo reacionário/elite branca/burguês. Se fosse HOJE, Silvão não teria prosperado.

Lembro de um quadro onde ele pedia que os populares digam que o “tenis Montreal PROtege os pés CONTRA os MICRóbios”. Evidente que era pedir demais, e vinha um show de POtrege e MICÓbrios. Silvão ria nos cornos da pobralhada, debochava do erro, abanava as notas de dinheiro na fuça da pessoa e as guardava no próprio bolso na sua frente. Se fosse hoje em dia, tinha campanha no Twitter mandando bater nele ou prendê-lo. Políticos oportunistas questionariam a manutenção da sua emissora e Luciano Huck lançaria um bordão #SomosTodosAnalfabetos.

Tom & Jerry, Pica Pau e outros desenhos da mesma época provavelmente nunca chegariam a ser animados. Estelionato, má influência, incitação à violência e outras dezenas de acusações causariam um boicote que os tornaria inviáveis comercialmente. Ninguém gostaria de anunciar/vincular seu produto a um desenho onde um gato e um rato se perseguem com um facão, se explodem, se batem. E onde não há anunciante, não há programação.

Nosso amado idolatrado mestre Alborghetti não duararia um suspiro no ar. Seu humor de mau humor, seu humor involuntário, seria imediatamente calado. Homofóbico, violador dos direitos humanos e coisas piores seriam imputadas à sua pessoa. O programa Cadeia seria objeto de ações judiciais por partes de militantes de todas as causas de todas as ONGs e ele seria execrado em redes sociais. Talvez tivesse sua casa incendiada por justiceiros com tochas. Não que você tenha que gostar e aplaudir, jamais, viva à diversidade de opinião. O querer calar o que você não gosta é que me incomoda.

Nem mesmo a Globo, a maior endossadora dessa opressão polticiamente correta (ainda que de forma passiva) ficaria impune. Os Trapalhões, um dos seus programas de maior audiência na história, seriam acusados de racismo, homofobia, mau gosto e muito mais. O negro sempre visto como um alcoolatra, como o sacaneado, como o vagabundo. Isso daria um problema enorme, certamente o Ministério Público falaria em tirar o programa do ar. O programa e os filmes. Sim, se fosse hoje em dia, não passaria de um programa.

Eu poderia passar páginas e mais páginas citando exemplos da década de 80 e 90, que eram e SÃO perfeitamente aceitos até hoje, mas se tivessem seu começo atualmente seriam sumariamente abortados. Mas não vou, porque vocês são plenamente capazes de lembrar ou pesquisar este conteúdo sozinhos. Aproveito as páginas que me restam para fazer uma breve análise desde estranho fenômeno.

No direito existe uma coisa chamada “direito adquirido”. Significa que quando um direito seu está consolidado, quando você alcançou todos os requisitos para adquirir esse direito, não pode vir uma lei e suprimi-lo do nada. Essa lei que suprime direitos vale apenas para aqueles que ainda não os tem. Por exemplo, hoje todos tem o direito de ter filhos. Se amanhã ou depois surgir uma lei que multe a pessoa por cada filho, ela só vai poder ser aplicada às mulheres que ainda não engravidaram.

Acredito que algo similar aconteça com o humor. Existe um “humor adquirido”, ou seja, um humor que, destacado do contexto, ofenderia profundamente nos dias de hoje e seria boicotado. Mas como em algum momento da história teve um “aval social”, ele é tolerado. Isso, a meu ver, é de uma burrice infinita, coisa de gente que não sabe fazer juízo de valor, apenas olha em volta e se o bando diz que sim concluí que pode, se o bando diz que não, entende que não pode e aproveita a ocasião para linchar com força (seja física ou moralmente) quem ousou destoar do socialmente instituído. Os medíocres sobre os quais vivemos falando, que não tem interesse em empurrar as fronteiras, em conquistas, apenas tem interesse na segurança social.

Da mesma forma que todos os exemplos citados não seriam viáveis hoje em dia, fico me perguntando quantos projetos geniais com potencial de divertir, agradar e cair no gosto do povo estão sendo arquivados neste exato momento por não se adequarem ao politicamente correto. Muitos. Assim como a Igreja Católica queimava valiosos livros repletos de conhecimento na idade média, fazemos uma versão pós-moderna disso “queimando” (ou não permitindo que venha a público) obras nas quais provavelmente há um conteúdo que em muito divertiria e acrescentaria, faria questionar.

O grande lance de romper barreiras, de puxar a linha do permitido mais para frente, é essa: faz pensar, faz refletir, faz questionar. Mas não pode, isso é quase crime no Brasil. O povo não sabe e não quer fazê-lo.

Isso tudo já seria motivo para lamentar, afinal, quanta coisa bacana, genial, está sendo sonegada por causa da mesquinharia histérica do politicamente correto? Mas, na minha nunca humilde opinião, eu acho que o pior não é isso. O pior é as pessoas não se darem conta do mecanismo de dois pesos e duas medidas: aceitam uma piada de negro nos Trapalhões, aceitam Jerry cortando Tom no meio com um facão, aceitam Seu Madruga batendo no Chaves mas se isso é reproduzido em outra escala que foge à familiaridade deles, é combatido fervorosamente.

São hipócritas burros, quase que involuntários, pois falta algo em suas engrenagens cerebrais para detectar a contradição: o mesmo que eles aceitam eles repudiam. Isso ocorre porque sua aceitação é formada não por um juízo de valor de um cérebro pensante, e sim pelo movimento da manada. A manada autorizou Pernalonga dando tiro no Hortelino? Ok, então pode. A manada não autorizou jogo de videogame onde dá tiro? Então não pode, esse jogo cria assassinos, deveria ser censurado e é a causa de um crime que foi cometido.

Não compreendo qual é a falha cerebral que os impede de PENSAR, de relacionar um fato ao outro e ter coerência. Talvez a resposta esteja no texto do último sábado. O fato é que as pessoas condenam ou absolvem de acordo com a manada, criando um mix cultural incoerente. Um híbrido onde Chaves (o seriado) é cultuado enquanto que qualquer peido onde uma criança possa eventualmente estar perto de apanhar na ficção é motivo de histeria. E ninguém percebe a incoerência, apenas a perpetram sem pensar, no piloto automático.

Quantos Chaves, quantos Alborghettis, quantos clássicos que divertiriam o povo e o faria pensar teríamos se tivessem o aval social? Estamos perdendo muitos deles nesta década cagada de patrulhamento. Muitos. Uma pena que as artes, o legado para gerações futuras seja essa bostinha pasteurizada que vemos hoje. Estes “Chaves” que estão se perdendo ficarão esquecidos, desconhecidos, a menos que façam como a gente e corram para o último refúgio de território livre que é a internet. Ainda assim, a hostilidade será grande, a missão será árdua e terão que trabalhar de graça se quiserem ser donos da sua escrita.

Ou seja, estamos matando não apenas o humor, a cultura e o entretenimento desta geração, como ainda sonegando uma amostra disso para as próximas. Como é que uma criança nascida HOJE vai ter acesso a piadas politicamente incorretas para que, querendo, tome esse caminho? Não vai. Vai ter acesso sempre a mais do mesmo, ao que a sociedade considera aceitável. Por não conhecer a diversidade, a contrariedade, não será capaz de contrariar com eficiência. Medo de que chegue um ponto que o ser humano perca a capacidade de ser politicamente incorreto e que os valores sociais engessem tudo que ele faz, fala ou escreve.

Pensem nisso. Quantos “Chaves” estamos perdendo porque essas pessoas não tem voz? Se os meios de comunicação “normais” não dão voz a nada que destoe do socialmente delimitado, é hora de procurar fontes alternativas. Não deixe uma massa burra te dizer do que você pode e do que você não pode gostar.

Um minuto de silêncio pelos milhões de projetos, roteiros e ideias jogadas de lado em emissoras por não compactuarem com o socialmente aceito. Muitas delas minhas.

Para sugerir que eu fique rica e compre uma emissora de TV, para pesquisar sobre projetos e roteiros rejeitados ou ainda para dizer que é mais fácil quando os outros te dizem do que gostar pois assim não tem que pensar: sally@desfavor.com

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Comments (397)

  • O próprio ser humano cria o problema, ele divulga o problema e “TENTA” solucionar o problema.

    Ótimo texto, estava precisando ler uma matéria dessas!!

  • Ótimo texto!

    Vim parar aqui pelo link do Gentili no facebook. O texto é longo, mas consegui ler quase tudo e concordo 100% com o que li.

    Vou visitar mais vezes este blog, e sinto que provavelmente irei concordar muitas outras vezes contigo.

    Parabéns.

    • Seja muito bem vinda, Letícia. Quando tiver um tempo, dê um passeio pelo Desfavor. Espero que goste e fique com a gente.

  • Muito bom!
    O efeito manada consegue persuadir uma grande parcela da população!
    Acho que vivemos numa época tão propícia à mudança constante de “modas” que hoje não consigo ver nada de realmente novo.
    Temos o Porta dos fundos… que já está caindo, duvido que daqui 2 anos esteja vivo. Os “Vlogs” já não atraem o público, os “Vines” foram tão passageiros e importados dos EUA… Muito fraco.
    Humor diferente está fadado ao fracasso graças ao “POLITICAMENTE CORRETO”.
    Vejo gente fazer algo novo, como o Daniel Furlan… mas ele não tem um ” efeito manada” para atrair a grande massa e instaurar um novo tipo de humor. Resta a nós, procurarmos materiais diferentes por conta própria.

    • O grande problema é que não se dá voz às pessoas que apresentam propostas diferentes, porque o povo já está devidamente (des)educado para um certo tipo de humor e vivemos em um país onde quem inova é hostilizado e visto como ameaça em vez de ser prestigiado e incentivado. A internet ajuda a dar voz para quem quer inovar, mas… até quando?

      • Concordo.
        A cada dia que passa com a maior acessibilidade as tecnologias vejo os materiais produzidos na internet com o mesmo “engessamento” dos materiais da televisão.
        A criatividade não é mais aceita pelos donos das emissoras.
        São aceitas pessoas sem talentos que têm influência no meio artístico e a arte vai sofrendo massificação em tudo… um merda!

        • Porque hoje todo mundo quer fama, quer dinheiro. Mesmo quem vem para a internet, vem atrás de cliques, de notoriedade, de rendimento. Daí se rendem a aquilo que o povão quer, para ter audiência. É bem raro encontrar quem recuse patrocinadores como a gente e escreva apenas por amor.

        • De novo eu faço uma leitura Foucautiana e Althusseriana do processo: mídia é uma das tantas formas de controle de massa. E para tanto, para manter a “ideologia dominante” e o “aparelho ideológico do Estado” funcionando, dalhe meter qualquer ideologia barata: ideias poucas e ruins, proliferação em massa contingente. É o que acontece com a TV hoje (e também com a questão do humor e do “politicamente correto”): para continuar mantendo o povo burro e alienado (movido por interesses próprios daqueles que detém o poder do Estado hoje) não se aceita que o telespectador pense e reflita. É uma merda isso! E é por isso mesmo que eu vejo que a “mudança” teria que começar de dentro para fora: fazer certo tipo de “alarde” para que as pessoas realmente passem a pensar a questionar sobre as coisas, para assim promover alguma mudança no processo. É um trabalho difícil, por um lado, eu diria, pra não dizer sob certa perspectiva utópica. Mas por outro lado, acho que qualquer tentativa neste sentido seja válida.

    • Interessante que estava refletindo sobre esse aspecto outro dia: hoje em dia a gente tem as ditas “modinhas” efêmeras e passageiras, mas não mais vanguardas como tínhamos antigamente. Digo vanguardas mesmo, aqueles movimentos artísticos/intelectuais que duravam décadas. Fico me perguntando se isso é só mais um dos tantos mal estares da pós-modernidade.

  • Olá.
    Assim como outros, vim parar aqui através do Danilo xP

    A primeira coisa que eu gostaria de deixar registrado aqui é: Parabéns! Parabéns por essa ótima postagem e também pelo blog. As opiniões de vocês condizem e muito com as minhas opiniões, tanto politicas, quanto sociais, quanto em outras áreas. Além disso, sua escrita é ótima. Só terminei de ler esse texto e já fui explorar o blog, quando tiver tempo essa semana vou procurar ler as publicações antigas e com certeza vou seguir o blog a partir de agora.

    Sobre essa postagem, ta aí uma coisa que eu nunca havia parado para pensar sobre. Realmente, como esses programas antigos são “antiquados” e “malintencionados” se considerarmos esses aspectos. Acredito também que a maioria se não todos seriam ofensivamente censurados se estivessem sendo produzidos hoje em dia.

    Sobre o “Politicamente Incorreto” do Danilo Gentili… Acompanho esse cara tipo assim, desde o início da carreira dele na TV. Via ele até no Comedy Central Apresenta xD. O que ele está fazendo hoje com o The Noite e principalmente agora com o Politicamente Incorreto é algo realmente de se admirar, são obras primas com significados e interpretações quase “não-finitas”. São tantas críticas ocultas, daquelas que você percebe parando pra refletir, e quando percebe, solta aquele sorriso verdadeiro… Não sei explicar isso shuahsuahu. Só sei que ele estar vencendo toda essa pseudo-ditadura em relação a censura que está acontecendo ‘hoje’ é quase que como uma vitória para as pessoas que compartilham da sua opinião, como eu e muitos outros.

    Não, eu não tenho pensamentos e conclusões para deixar aqui, só estou mesmo comentando pra deixar esses comentários vagos sobre essa postagem e agradecer e elogiar vocês por esse blog. Até as próximas postagens.

    • Seja muito bem vindo, Pedro. Sei que nossos textos são enormes (é uma forma de filtrar o tipo de leitor que queremos), mas quando puder dá um passeio pelo Desfavor. Tem muitos textos sobre o assunto, é provável que você goste.

  • Essa situação colocada no texto, também está ocorrendo na justiça.
    No meio jurídico existe uma frase(adaptada) que diz: “o meu direito termina quando começa o seu”. Não digo que o acesso à informação(direitos e deveres) criou esse monstro chamado politicamente correto, mas a maneira que se deu esse acesso é o que está gerando toda essa confusão, me refiro principalmente na questão da qualidade desse acesso, que não existe ou que se existe é insuficiente.
    Continuando a puxar para o lado da justiça, hoje se leva tudo para lado pessoal(diga-se, dano moral), pois nem se pode chamar mais alguém de feio que é bem provável que você leve um processo. Parece que vivemos numa ditadura pseudo-moralista, onde tudo é ofensivo e o que você diz certamente será usado contra você. Claro que existem casos que onde isso realmente é justo (o direito ao pagamento por conta do dano), mas já vi tanta coisa que se poderia resolver com uma boa conversa e um pedido de desculpa, que tenho a impressão que gostam mesmo de abarrotar o judiciário.

    • O politicamente correto está reduzindo o limiar de tolerância à frustração das pessoas. Não pode mais falar NADA. Daí crescem adultos que nunca ouviram nada negativo a seu respeito, e quando escutam, já na vida adulta, ficam indignados e reagem com desequilíbrio emocional. Muitos correm para o Judiciário, como se ele fosse seu “papai” que vai defendê-los. Acham que se eles se ofenderam, então é crime, então eles tem razão. Só que ofensa não é motivo para processo e a lei não é feita levando em conta faniquito de ninguém. A lei é feita para coisas muito mais importantes… Mas essa cambada de idiotas que não sabem IGNORAR uma ofensa preferem dar uma enorme importância a quem os ofende e processar, abarrotando o Judiciário e deixando causas realmente importantes na fila de espera para julgamento.

  • Estava pensando em algo parecido com isso e vejo seu texto…
    Meu primeiro melhor amigo, foi um neguinho, filho de um sapateiro que vivia perto de minha casa… pais amorosos e maravilhosos… Meu professor de inglês, foi um bicha declarado… sêr fenomenal que nunca sequer tentou impor suas preferências sexuais a ninguém… da mesma forma uma das melhores amigas de minha ex-esposa, sapatona assumida que sempre frequentou minha casa acompanhada de sua(s) companheira(s)… rsrsrsrs… e tinha o maior carinho pelos meus filhos… um casal… Amigos sinceros, tive muitos, que como eu apanharam com chinelos e cintas quando errávamos em nossa infância… e nunca fizemos nada além de chorar de bronca pela dor que sentíamos… nem meus filhos, apesar que fui muito mais comedido que meus pais nessa área… amigos de todas as cores e todas as raças… e os chamava de neguinho, negão, japa, china, botocudo, entre outros apelidos… eu mesmo sempre fui o “gordo” da turma… e nunca me senti infeliz por isso… era mesmo, uai… rsrsrsrs… e para finalizar… minha grande atual paixão é minha neguinha pequeninha que gosta de gordos… será que erramos por toda nossa vida???

  • Bajirao Maratha Singham

    Se Salman Rushdie lançasse ‘Versos Satânicos’ nos dias de hoje , ele não seria protegido depois das juras de morte de algum líder religiosos iraniano . E digo mais , os ”progressistas” estariam de acordo com a caçada lançada em cima dele . Talvez , algum esquerdista o matasse antes mesmo de algum fundamentalista islâmico

  • Realmente Chaves,Quem vai ficar com Mary, e Silvio Santos humilham um lado,os desfavorecidos!
    Chaves uma série,de sucesso! Porém se analisarmos, discriminação e preconceito de Dona Clotilde, Seu Barriga e Iyoyo..Sem falar de Seu Madruga que é um pai irresponsável, bate em Chaves, Chiquinha e Kiko, não paga seus devidos deveres,não gosta de trabalhar..e Dona Florinda? uma mulher que se acha,que acha que é da Elite e vive em um cortiço, nojenta! Humilha os pobres com Gentalha! gentalha!
    E Silvio Santos, por mais que ele é um grande ídolo meu, eu realmente concordo com você.Ele tem dinheiro agora, mas mais tarde pode ser que não tenha mais, e se torne algo do que ele era antes, as vezes não vejo a humildade nele, que bom que ele melhorou.
    Ele está velho, acho que tomou um pouco de semacol, mas ainda continua..

    Enfim, Você diz tanta coisa no inicio, dando a idéia de que é contra! e Depois fica com raiva por você não consegue vender suas criações?? Que de fato tem essas mesmas características??

    Não podemos mudar, o que foi no passado..Se podessemos, o Chaves obviamente não seria exibido!!

    E graças a Deus que a Série “Politicamente Incorreto” não foi censurado,ou coisa assim.Mesmo sendo uma história fictícia, parece tão real..E está lá em Brasília.
    É dificil, e entendo o seu lado! Ás vezes se você tiver um Peixe,você consegui! Eu realmente, te dou minha sorte, mas que mude esse conceito! não vai pro lado,que a mídia quer.

  • Putz, esse texto caiu como uma luva pra mim hoje. Além de excelente tive uma discussão com um esquerdopata que esse texto veio bem a calhar.

  • Sally, gostei do texto mas, a crítica que ele recebeu faz um pouco sentido. Não seria o aumento da maldade humana o surgimento do “politicamente correto”. Pq os tempos eram, com certeza, outros, se voltarmos então para a década de 60 e as músicas de Beatles, penteados e danças como a do Elvis que, hoje, são inocentes mas na época escandalizavam. Cada época tem uma forma de se olhar as coisas e, o fato é que a maldade humana vem aumentando sim e, como hoje temos mais meios de nos defender, acabou por aumentar desproporcionalmente o “cuidado” com piadas, brincadeiras e ademais. O único problema que vejo nisto é o “2 pesos e 2 medidas”, pois se muitas minorias se sentem agredidas com racismo ou homofobia, muitas vezes estes mesmos atingidos atacam outros que pensam diferente deles. Que possamos abrir este debate hoje no país de forma madura, mas acho muito difícil. Bom conhecer este blog, grande abraço!

    • A maldade humana vem aumentando? Nao acho. Acho que só agora, com a agilidade dos meios de comunicaçao é que estamos tomando conhecimento da maldade humana.

  • Aquele momento em que você está pelo facebook e se depara com:
    Danilo Gentili
    6 h ·
    TEMPOS MODERNOS
    Recomendo esse texto, muito bom
    http://www.desfavor.com/blog/2014/09/tempos-modernos/#comments

    Tempos modernos. | desfavor
    18/09/201418/09/2014 Sally 0 Tempos modernos. Escutamos idosos repetindo à exaustão como os tempos mudaram, mas com advento da internet, esta mudança foi acelerada absurdamente. Hoje mesmo gerações jovens podem sentir uma…
    http://WWW.DESFAVOR.COM

    Danilo Gentili + Desfavor.
    Desde Laka+Oreo eu não fico tão entusiasmada com uma combinação.

  • Falta de bullying está criando uma geração de histéricos que não sabem lidar com contrariedade e correm para o Judiciário quando qualquer coisa os incomoda…

    Essa foi a melhor frase… Sally, você disse tudo aqui. O protecionismo excessivo está acabando com as defesas naturais. É como uma criança que não pode brincar no chão, não pode mexer na terra. Como vai criar os anticorpos naturais? Vive doente e os pais superprotetores não sabem o porquê. Mesma coisa psicologicamente. Poupam tanto que quando tiverem de enfrentar a realidade da vida, os desafios que existem no mundo em que estamos inseridos, e disso não tem como se proteger e nem quem os proteja, não terão proteção natural e surtarão. Resultados: histerismo, depressão, fuga nos remédios, drogas e bebidas, etc, etc… se o bullying é ruim psicologicamente, piores são os efeitos colaterais do protecionismo excessivo.

    • Tem um outro texto meu só sobre isso. Pesquisa aqui no blog que voce acha. Se nao achar me pede que eu te passo o link.

  • Coincidência ou não, ontem assisti aquele filme “O doador de Memórias” que de certa forma compactua com o seu texto, nele é mostrado uma “sociedade perfeita” onde as pessoas perdem todas suas emoções e vivem em um lugar “perfeito” e “harmonioso”, não existe diferença de raça, cor, religião SQN. Não entrarei em mais detalhes para não dar uma de spoiler.
    Parabéns pelo texto, também acredito que as mídias de grande massa realmente querem ditar o que devemos gostar ou não e as pessoas se deixam levar e acabam sendo alienadas. Vou mais fundo, acredito que essa censura a informação, ao fazer pensar está ligado diretamente aos outros problemas que o país vive, como a educação, saúde e todos os outros de discursos clichês, pois uma pessoa sem conhecimento se contenta com pouco e não corre atrás dos seus direitos.

    • Certamente. Interessa a muita gente que tudo continue como está. Pessoas que mexem com a estrutura vigente, que induzem ao questionamento e reflexão, são um perigo e devem ser silenciados. Na porrada não dá mais porque pega mal, então silenciam com reprovação social induzida.

  • Excelente texto e reflexão! Concordo plenamente! O triste é que a maioria das pessoas não contestam mais nada, apenas repetem atitudes que aprenderam que são bonitas, e se vestem na armadura de politicamente corretos; hipócritas! Espero que esse tempo sem graça passe bem rápido.

    • Eu já sinto uma pequena mudança. Pessoas como o Danilo Gentili estão ajudando a abrir portas que antes estavam fechadas, a alargar limites. Espero viver para ver o pêndulo virar.

  • Ambos os comentários são válidos … o próprio entretenimento de tempos antigos possuía uma pá cheia de critica social. Ainda que a sociedade não fosse tão liberal naqueles tempos, os métodos humorísticos e artísticos retratavam de forma cômica a tragédia diária …

    A bola da vez é a serie “sexo e as negas”. Adivinhem qual o mimimi?..

  • concordo com tudo que você disse,não vejo esperança para esse falso moralismo e o patrulhamento do politicamente correto,viraremos uma nação paranoica e conservadora como os estados unidos,nos que eramos antes liberais nos tornamos conservadores e o mais bizarro de tudo conservadores de esquerda

    • Olavo, eu vejo esperanças. A história é composta por movimentos pendulares e eu sinto que o pêndulo está virando…

  • A humanidade está aí para progredir. Quem é você para dizer que, na verdade, Chaves, Quem vai ficar com Mary, Silvio Santos ou qualquer outro são as partes boas da História Social? Qual o critério que usou para definir isso? Como você dá a entender que o “politicamente correto” está matando a pau sendo que produções de 2014 como novelas, seriados e filmes contêm cada vez mais cenas de sexo e outros temas polêmicos? Sua tese nem sustentação tem pois, simplesmente, não condiz com a realidade. Certamente você é a favor do politicamente incorreto pois nunca deve ter sentido na pele alguma ofensa de injúria, difamação, racismo ou sexismo. Nem ao menos tem ideia do que é sofrer bullying ou ser obeso, ou ser gay, ou ser qualquer coisa que não seja “como você quer que seja”. Certamente não sabe nem o País que vive. Quer escrever, escreva, mas com embasamento e não com ignorância.

    • Quem sou eu para dar a minha opinião em um texto assinado? Sou a dona deste blog. Em momento algum pretendi ser a dona da verdade, é a minha opinião, apenas isso.

    • Márcio, a história não tem lado bom ou ruim, é história. As guerras, perseguições a etnias, são hoje exemplos importantes a não se repetir. As pessoas adultas tem que ter o discernimento para ler, ouvir, assistir o que lhes faz bem sem que ninguém interfira nas suas decisões. As crianças tem que ser educadas pelos pais segundo os próprios conceitos. Isso faz parte da formação do caráter. Justamente pela interferência do “politicamente correto” na TV é que hoje temos programações de péssima qualidade, falta de conteúdo e temas esdrúxulos que atraem a audiência. E quais são os temas polêmicos que você diz se o que mais se fala na TV é justamente sobre gays, racismo, difamação e tudo o que você cita como preconceitos sociais? A patrulha do politicamente correto não existia no século passado e nem por isso seus pais ou avós deixaram de transmitir para você conceitos de comportamento social. Cresci com “atirei o pau no gato”, com Tom e Jerry, com Pernalonga e Patolino, com Pica-Pau e não sou uma sociopata tampouco assassina de animais. Todos fomos discriminados de alguma forma na infância ou na adolescência: os CDFs, os “quatro olhos”, os gordinhos, os “efeminados” e nem por isso você vê uma geração de velhos traumatizados porque isso faz parte da infância! Aliás, o problema está no “ofendido” que se assume como inferior e aceita a ofensa como verdade. Quando alguém te chama de analfabeto e você tem plena convicção de que é uma grande mentira, você ignora o infeliz. Da mesma forma, provavelmente a Sally deve ignorar seu comentário ciente de que a opinião é dela, o blog é dela e ela escreve o que quiser já que justamente por conhecer o pais que “estamos vivendo”, ela deve saber que ainda temos um pouquinho de liberdade para isso.

  • Acredito também no poder da internet, mesmo você dizendo que a população média faça isso ou aquilo desperdiçando os recursos trazidos pela web, e eu concorde com o que você diz, o indivíduo terá o direito de discordar e decidir por si só.
    Pela primeira vez o leque de opções é ofertado a todos e cabe a cada um decidir para si o que é e o que não é divertido, engraçado ou inspirador. Eu, você ,ou qualquer um que julgue sua própria opinião mais destacada em relação as outras, nunca terá o direito de censurar qualquer conteúdo.

    • Você sabia que hoje as escolas ensinam uma versão politicamente correta dessa música? Sim, mudaram a letra alegando que ela incitava maus tratos a animais!

      • Não atire o pau no gato-to
        porque isso-so
        Não se faz-faz-faz
        O gatinho-nho
        é nosso amigo-go
        Não devemos maltratar os animais!
        Miau!

      • Pra q ensinar a criança à atirar o pau no gato com uma musica dessa? Eu n ensinaria p minha filha pq so a letra ja é estupida. Parabéns as escolas q estao adaptando a letra. So pq alguem inventou essa porcaria d musiquinha a mil anos n significa q temos q gostar, aprovar e engolir do geito q veio.

        • Uhhh! pra fora! pra fora!
          A nova versão ficou uma bosta. Tem que ser muito problemático pra querer matar um gato pois ouviu numa música. É só uma música, não está ensinando nada. Bom é o que então, Xuxa cantando “mosca sai daqui”, galinha pintadinha com “mariana conta ….”?

            • Sempre esse mimimi de influência. Particularmente, acho que pais que educam bem não passam por esse medo. Cresci ouvindo e vendo músicas e desenhos “politicamente incorretos” e não cresci assassina, psicopata, drogada, bêbada nem maltratando animais.
              Agora quando coloco crianças no mundo sem responsabilidade, “crio” de qualquer jeito, jogo as coitadas na frente da TV ou de um computador pra me livrar, realmente é algo pra se preocupar.

  • Nossa, parece até que sou falando com meus amigos…
    Cresci na geração mortal combate onde quanto mais brutal e mais sangue melhor, cresci na geração onde o pica pau aprontava e cometia os piores crimes entre outros desenhos onde violência era o que mais fazia parte dos roteiros.
    E não via tanta violência quanto hoje, na era do politicamente correto, vivi na era onde a palmada não só era permitida quanto era incentivada, nem por isso cresci revoltado nem deixo de respeitar meus pais, que aliás são tudo em minha vida.
    A geração de hoje não respeita ninguém, a criminalidade cresce entre os jovens e com politicamente correto que há hoje deveria ser diferente, já que fazem por que essas coisas politicamente incorreta seria incentivo por isso censuram.

    Abraço, adorei a página.

    • Falta de bullying está criando uma geração de histéricos que não sabem lidar com contrariedade e correm para o Judiciário quando qualquer coisa os incomoda…

      • Olha eu concordo com seu texto.
        A influência dos meios de comunicação só acontece até certo ponto, além disso, vários fatores nos influenciam. E sim, os meios de comunicação podem gerar discussões sociais de várias formas. É claro que a pessoa que está inserida em um grupo alvo da piada tem mais chances de não gostar; e quem somos nós para culpá-los.

        Não sou a favor do proibir que se faça isso ou aquilo, mas a favor que se mostre vários lados do mesmo assunto. “Sexo e as Negas” não me incomoda, é até bem real. O que não impede a Globo de mostrar mulheres negras de outras formas. Ao meu ver, o problema é o excesso de estereótipos. Batidos e rebatidos, ecoando ano após ano.

        E só uma ressalva: bullying não é uma mera zoação, é algo bem mais sério e sistemático. Respeito e limites combatem o bullying.

        • Autoestima combate o bullying. A partir do momento que voce sabe seu valor e nao se importa com o que os outros acham, o bullying nao incomoda

  • Quando vejo essas análises, temo que a patrulha do politicamente correto tente usurpar mesmo nossos humorísticos de direito adquirido!

  • Maria Luiza Oliveira

    Boa tarde, Sally como foi citado no inicio do artigo, com o advento da internet nos encontramos no interior de um território sem estado e o direito, a nova geração de extremos e minorias descobertas. Convivo com a hierarquia formada, a difusão do mundo digital com seus computadores mais acessíveis e Smartfones a mão permitiu que toda a massa já difundida na sociedade entrasse aqui e enxergasse o vale dourado, de liberdade de expressão e anonimato. A rede está em hierarquização, os formadores de opinião estão migrando da TV/Radio para o YouTube, Facebook, toda rede social popular, as propagandas constantes de eletro domésticos milagrosos encontramos agora nas lojas onlines que se divulgam a partir de ilimitadas pop-up’s hiper coloridas que poluem mais que panfleto.
    As mídias estão perdendo a guerra, o físico esta se moldando em imaginário, o homem é um produto do meio e o capitalismo voraz, como uma velha admiradora do instituto internet sou saudosista quando abordada e questionada por não ser um membro ativo nas redes sociais. Sou minoria no momento que relaciono a internet a um meio de acesso a pura informação (textos, musicas, filmes, etc.) não a manchete “Determinado artista foi visto e fotografado saindo de supermercado onde foi comprar sorvetes com amigo”, depois de toda minha dissertação sobre mudança de mídia lhe questiono, a revolução esta se formando onde a internet deixara de ser um território livre e se tornará a nova televisão da sala ao lado da família? E uma geração menos fútil e mais pensante, permanecera sendo uma utopia?

  • Sally, gostei muito do seu texto. Eu sou dos anos 90 e sinto essa total falta de coerência no pensamento da ‘manada’. Espero que como futuros pais/tios/padrinhos etc possamos passar essas experiências vividas em nossa infância e juventude para a geração futura.

    • Espero que gente como a gente ensine os filhos a simplesmente não dar importância a aquilo que os outros pensam deles em vez de se ofender. Espero que ensinem a ignorar e viver sua vida em vez de correr para o Judiciário!

  • Realmente, a verdade é que o socialismo está acabando com o futuro. O capitalismo selvagem ensina como se vive a vida, o socialismo bonitinho só passa a mão na cabeça. Tenho nojo dos tempos atuais, não é à toa que estamos cada vez mais recorrendo a nostalgia.

  • É incrível como a patrulha do politicamente chato vem estragando coisas ao redor do mundo.
    Um exemplo é que não sabem se tratam Sacha Baron Cohen como gênio ou louco.

  • Muito bom, com o tempo as coisas andam mudando de forma muito rápida. As coisas que se diziam boas antigamente hoje já estão a ser vistas por outros olhos. Creio eu que antigamente havia mais pessoas sendo felizes com coisas simples, com brincadeiras e até mesmo com programas e piadas que muito dizem ser de “mal gosto”. Essa super proteção que temos não é nem um pouco legal, visto por mim, é claro.
    Penso que, Chaves só é valorizado ainda hoje pois foi lançado a um tempo atrás, tempo aonde se assistia para se entreter e não procurando o que acusar e ao que difamar. Apenas se vivia, já hoje, seguimos o roteiro de como viver.

  • Concordo com seu texto, porém o que temos que pensar é do lado do ofensor e do ofendido.
    Antes uma criança que sofria bullying não podia fazer nada além de absorver crescer e torcer para achar alguém pior que ele para ser zuada. Hoje essa mesma criança cresceu se tornou um Juiz e está fazendo das leis sua defesa.
    As oportunidades trouxeram essa realidade, é a revolução NERD que sempre era falada nos mesmos filmes dos anos 80, estamos vivendo ela. É bem chata, mas não deixa de ser justa.

    • Quem sofria bullying SEMPRE teve a chance de fazer alguma coisa: não se importar, não se incomodar, fazer piada, rir de si mesmo, não se deixar abalar. Mas tem gente que só consegue ver seu valor pelos olhos dos outros. Judiciário não existe para tutelar ofendido, isso é caso para psicólogo!

    • Seja muito bem vinda! Tá difícil de achar leitores que pensem como a gente. Pessoas como você valem ouro. Continue conosco.

  • Livia Honorato

    ainda bem que é mentira… e nem mesmo deve ser ” quem me dera” ! Alimentar de forma a suprir às necessidades de um sistema orgânico saudável deve ser o primeiro objetivo, mas não nos esqueçamos que não só de pão vive o homem. por isso, o alimento também deve ser fonte de prazer. Equilibre as duas equações e viva feliz!

    • Livia Honorato

      Não penso que somos ” burros” ou estamos inadequados neste novo paradigma social vivenciado.
      É o que precisamos no momento.
      Sim, ainda vivemos uma cultura de rebanho, mas não é burrice coletiva, é antes ainda escravização dos corpos!
      Será mesmo que vivemos uma abolição?
      Ou seria mais adequado pensar que assalariar um ser humano com média mensal de 700 reais é roubar-lhe o direito à proporcionar uma vida digna pra si e sua família?
      Hipocrisia social?
      Ou hipocrisia de uma minoria que teve a oportunidade de viver dignamente, honestamente, mas escolheu corromper-se para manutenção do seu orgulho, ganância, e egos inflados?
      Vejo acadêmicos arrogantes, exibindo canudos e comportamentos vis.
      Vejo meu povo sofrido, em filas de hospitais, embaixo de pontes, em barracos prestes a cair…
      Hipocrisia passando fome?
      Sinto muito, meu caro, hipocrisia pra mim tem outro nome – corrupção!
      Qual político imerso em interesses pessoais tem interesse em investir em educação e trabalho digno?
      Então, sim, sou assumidamente burra e espero mesmo que o MP e qualquer outra entidade proteja minha ignorância.
      Ser ignorante é, essencialmente e juridicamente falando, ser incapaz.
      E quem é incapaz, precisa que haja terceiro que assuma a responsabilidade por seus atos.
      Colocar-se contra uma maioria pode ser, muitas vezes, a maior das burrices, pois, em regra, essa postura tende a simbolizar (às vezes, inconscientemente), quanto nos sentimos superiores!
      Se somos de mesma espécie (humana), só temos duas escolhas válidas:
      Ou possuímos todos vocação para inteligência
      Ou possuímos todos vocação pra pertencer a outra espécie – burros!
      Uma invalida a outra.
      Abraço fraternal.

  • Por isso q eu jah troquei a tv pela internet ha muito tempo!

    Eu costumo dizer q se Os Trapalhões fossem produzidos hoje, o Mussum beberia leite!

    a tv morreu!

  • O ser-humano deixou de ser humano a tempos,está cada vez mais alienado e incoerente,estamos fadados ao fracasso se não mudarmos isso,numa era tão digital,estamos deixando de viver pra o que está o lado,mas sim,pra quem nem ao menos conhecemos!!!

  • Tomara que a Internet fuja desse caminho, que seja um lugar democrático, quem não quiser ver mude! Viva a liberdade! Tanto se criticou a censura dos militares e a maioria desses críticos hipócritas, hj estão a nos censurar e querem controlar o que queremos consumir!

  • E complicado as coisas, pra mim tudo e uma questão de manipulação, cada ano passa as pessoas se moldam como a tv quer,e como agora estão todos voltados para internet,a tv aproveita isso.Para mim e eles fazem as pessoas fazerem oque eles querem,claro que nem sempre funciona,mas a maioria das vezes da certo. Não sei o porque que a mídia quer as pessoas falando e fazendo coisas que são desprezíveis,mas boa coisa não é no futuro as coisas so irão piorar se não haver mudanças,bom senso e incentivo para as coisas melhorem.

  • Concordo plenamente com esse texto, pois a hipocrisia predomina neste país, fico muito triste em saber que roteiros, que programas criativos são dispensados porque não atende o politicamente correto….francamente ate quando isso vai durar?

  • Captei a ideia, gostei. Mas, o mundo precisa de moralistas para existir os insatisfeitos, quando o politicamente correto oprime a sociedade. É uma balança saudável e acredito que vc esteja no caminho certo, mas só tome cuidado para não cair na própria armadilha, onde diz que não se deve tentar calar o que odeia.

  • Entendi o sentido do texto: afirmar que o policamente correto é exagerado, mas desculpe discordar um pouco.
    Acredito que se nossos avós tivessem pensado desse jeito, hoje não teríamos tanta violência nas ruas.

  • Não sou de comentar em blogs, mas adorei o texto. Algo extremamente claro, elucidativo e MUITO bem escrito, Parabéns! Sobre o conteúdo, basta ter mais de 20 anos para saber que tudo que você falou é real, e o pior, apenas me dei conta do conteúdo dos antigos programas televisivos, a partir dessa dissertação sua. kkkkk . A 20 anos atrás, o mundo era infinitamente melhor que é hoje. Aí que fica a famosa e impetulante pergunta, será que esses desenhos, e programas “infantis” eram tãããão prejudiciais para nossas crianças?? Nunca pensei em deixar de trabalhar, pelo fato do Sr Madruga não ter um emprego. Muito menos praticar o famigerado Bullying contra ninguém (nem era comentado isso na época). Por essas e outras venho parabenizar pelo texto! Passarei adiante!

    • Seja muito bem vindo. Esse é o espírito deste blog: induzir à reflexão e depois debater nos comentários. Espero que goste e volte sempre.

  • Quando era pequeno tambem pensei que (por exemplo) pica-pau era muito violento, roubava as pessoas etc., e minha mãe nao deixava eu jogar jogos violentos, mas deixava eu assistir…
    Agora percebo que nao é so minha opiniao.
    Muito bom texto:)

      • Quando eu era criança também percebia que pica pau, tom e jerry, frajola e piu-piu (entre outros) eram violentos. O que eu fazia? Mudava de canal pois achava monótono aquela eterna repetição de brigas, onde somente 1 sempre se dava bem… Simples assim!

        Exemplos em casa, convívio diário com violência e ausência de EDUCAÇÃO é muito mais preocupante que programas de TV.

        • Com certeza! Mas fica muito mais fácil delegar para a TV ou para terceiros a responsabilidade por não ter conseguido colocar limites ou educar um filho. No Brasil a culpa é sempre de todo mundo, menos de quem realmente tem culpa.

  • Entendo o aspecto nostálgico que o seu texto tenta resgatar, mas você se perdeu logo no início do mesmo. Você fala das mudanças sociais e de como elas ocorrem de modo acelerado com o advento da Internet, mas esquece da importância de tais mudanças na produção de qualquer tipo de conteúdo, seja humorístico ou não. A sociedade não é mais igual a sociedade dos anos 70, 80 e 90. Minorias como as mulheres, os negros, e os homossexuais ganharam mais direitos e vozes ao longo desse tempo. O conteúdo daquela época já não atende mais as necessidades dos novos tempos. A sociedade está mais exigente. Ninguém gosta da “ditadura do politicamente correto”, mas também já deu no saco o “humor da polêmica”. Será que não dá pra criar humor sobre outros temas além das minorias? Ou sobre espancar crianças?
    Você pode achar que esse é o fim da liberdade, mas a verdade é que esse tipo de conteúdo perdeu espaço. A sociedade só vai comprar aquilo que interessa. Esse tipo de humor tem todo o direito de ser criado, mas também tem todo o direito de ser rechaçado ou boicotado. Vivemos em um ambiente livre para criticar e/ou aplaudir.
    O mercado da publicidade também teve de passar por essas mudanças e não acho q eles estejam tão ruins assim. Existem outras maneiras de cativar o público além da denigração de grupos sociais diferentes do seu.
    Acredito que agora seja a hora do novo humor inteligente. Não é à toa que as piadas daquele tio do fim de semana já não fazem mais sucesso há muito tempo.

    • Minha crítica não é à internet e este não é um texto nostálgico. É um texto onde expresso meu pesar por constatar que gênios dos tempos modernos estao com as portas fechadas, nao tem voz, por causa da opressao politicamente correta.

      • Acho que direito de não gostar desse tipo de humor, todo mundo tem, e até de rechaçar, mas de boicotar não. Não é porque você não gosta que deve ser abolido, calado e ninguém mais possa ouvir.
        Além do mais, negros, mulheres, homossexuais, crianças e tudo o mais também fazem merda, também julgam os outros, também são politicamente incorretas quando querem (principalmente crianças, nossa hahah). Porque são mulheres, negros, gays, etc? Não, porque somos humanos e humanos fazem, dizem e pensam merda. Então vamos fazer piada SIM contra essas merdas que são ditas, feitas e pensadas.
        Sou mulher e quero viver num mundo em que piadas com mulheres possam ser feitas, mesmo que eu não goste da piada. Até porque gosto é subjetivo. Não é porque não gosto de funk que vou exigir que todos os funkeiros sejam silenciados, por mais ofensivas que algumas letras sejam, então tirem as patas das minhas piadas e me deixem rir em paz.

  • Danilo compartilhou o texto de hoje no Facebook e no Twitter.

    Estou torcendo muito por um final feliz para a saga da Melly…

  • Veja por exemplo um dos meus filmes favoritos,”Breakfast at Tiffany’s” ou “Bonequinha de Luxo” .O síndico do prédio é interpretado por Mickey Rooney,um ator branco,mas o personagem é japonês,caracterizado,e sua personalidade é de uma pessoa invocada e reclamona.O filme está disponível no Netflix e um numero grande de pessoas dão uma avaliação ruim porque consideram o filme “racista”.Onde já se viu colocar um branco para interpretar um japonês? Onde já se viu esse Japonês ser um reclamão que se irrita cada vez que Holly toca a campainha? Essa é a cidade de Nova York em 1961.Ah! A personagem de Audrey tambem fuma inúmeras vezes,e não tem muita ética quando se trata de tentar se casar com um homem rico.
    Como esse filme racista que dá mal exemplo pode ser um clássico?
    Isso me aborrece imensamente.Vamos transformar clássicos em filmes censurados muito em breve assim.

    • Censuraram Monteiro Lobato. Daqui a pouco vão querer colocar uma calça no Davi do Michelangelo alegando atendado ao pudor…

  • Li, pensei, refletir…Cheguei a conclusão que o grande problema é a Hipocrisia do ser humano. Um professor disse o seguinte: as pessoas falam o que querem (ele estava falando de um comediante/humorista, que estava processando alguém por ter feito piadas com ele) e depois reclamam dos mesmos atos. O politicamente correto de hoje, vai até ao segundo parágrafo, pois só é correto aquilo que eu quero. Não ofende ser chamada de índia, pretinha ou qualquer adjetivo dessa forma, ofende-me que as pessoas acreditem que o que é feito para divertir alguém, seja inteiriço de verdade, cresci nos anos 80…vi e ri muito com os programas que você colocou, mas sempre tinha uma pessoa ao lado para me informar, isso é só um programa de TV, e, eu, entendia, não é uma verdade que deve ser levada para a sua vida…Dona Bela do Professor Raimundo, ESTAVA LÁ para mostrar isso…

    • Concordo muito com você. As pessoas apontam e criticam coisas que elas mesmas fazem. E o fazem para posar de boazinhas. Quando você joga pedras em quem é impopular, você vira automaticamente uma boa pessoa na cabeça do povão.

  • O problema é que não são os “tempos” que estão mudando. Esse pessoal socialista que faz essa patrulha quer justamente isso: que as pessoas pensem que os tempos mudaram. Sendo que na verdade eles estão implantando ideias na cabeça das pessoas e fazendo elas pensarem que tudo isso é natural e espontâneo. Não é! Pelo contrário. Toda essa baboseira do politicamente correto é algo forçado a ser aceito, porque esses “idiotas úteis” julgam que estão contribuindo com a humanidade ao impor essas canalhices. Se julgam “iluminados” e quem sair de dentro da cartilha deles, merece ser excluído, julgado e ser mostrado como um mau exemplo. Não são os tempos que mudaram. É tudo armado em torno de uma ideologia.

    • Não vejo a questão como política. Acho que a patrulha está na cabeça do arrogante, daquele que não admite uma discordância da sua opinião, seja ele de direita, de esquerda, japonês ou árabe.

  • Belo texto!!! Como eu ando dizendo, o mundo está ficando chato!! Pessoas tomadas por um falso moralismo, apenas para não se “queimar”.
    Me agrada saber que ainda existe gente que segue com opinião!
    E carrego comigo sempre esta frase: “A unânimidade é burra”.

  • Como o mundo é cíclico, será que teremos um momento de revolta em que tudo o que está sendo tolido agora será permitido? Ou será que vai ficar tudo na lembrança dos anos 80 e 90?

    • Eu acho que a tendência é cair para o extremo oposto, como uma mola comprimida. Acredito que quando a mola “descomprimir” chegaremos a um exagero no sentido contrário, que eu também seria contra e combateria. Sim, eu acho que vai virar modismo ser polticamente incorreto e todo mundo vai fazer até estragar, até popularizar, até perder a mão.

  • Srta. Sally, tão bem colocado quanto vosso artigo foi seu comentário: a internet está aí, uma fonte abundante e inesgotável de informações. Mas as internet é uma ferramenta e, como tal, muitas vezes não é bem utilizada. Triste realidade, infelizmente. Enfim, ótimo texto! Continue assim! :)

  • Concordo com muita coisa, mais ainda quanto a Silvio Santos. O problema não é ele e sim as pessoas que se submetem a isso, a serem ridicularizadas em rede nacional. É o tal de topa tudo por dinheiro. Ser pobre não justifica esta atitude.

  • Sally, Danilo divulgou também esse texto no Facebook!

    Danilo, para de enrolar e leva a Sally pro The Noite, os populares exigem. :-)

      • Quando eu era criança também percebia que pica pau, tom e jerry, frajola e piu-piu (entre outros) eram violentos. O que eu fazia? Mudava de canal pois achava monótono aquela eterna repetição de brigas, onde somente 1 sempre se dava bem… Simples assim!

        Exemplos em casa, convívio diário com violência e ausência de EDUCAÇÃO é muito mais preocupante que programas de TV.

        • Você iria mesmo Sally? Sairia do anonimato, ou iria sem se revelar como sendo a “Sally”?
          Adorei ver no FB alguns impopulares comentando sobre você.

          (O comentário que fiz acima foi errado, pode apagar!)

  • Não acho que haveria mais gente indignada com o chaves do que gente que achou legal. Sempre foi assim. Sempre existiram moralistas. A diferença está na internet permitir que os poucos que reclamam tenham atenção.

  • Tem razão, concordo com tudo. Também acho que a Internet é uma forma alternativa, desde que não tenha interferências externas, tais como o Marco Civil.

  • Isso tudo acontece porque não aprendemos mais a pensar, nas escolas ensinam somente a decorar, não somos estimulados a sermos críticos, argumentar, pensar por si próprio. Em casa os pais transferiram a responsabilidade de educar para as escolas que por sua vez estão perdidos e ultrapassados.

  • Danilo Gentile publica um tweet recomendando um texto. Você pensa “Nossa, hoje o Desfavor publicou um ótimo texto que também deveria ser recomendado, acho que vou passar pra ele”, aí você clica no link e vem exatamente no texto de hoje e sente uma felicidade enorme por cabeças pensantes estarem divulgando um blog tão bom.

  • Fato é que internet para a grande massa conectada se resume em redes sociais, que não leem textos com mais de dez linhas. Com o avanço de redes sociais de imagens isso piora.
    Não sou contra as redes, ao contrário, são ótimas fontes de informação, pra quem quer.

    • Concordo com você. Nada contra um momento de lazer, futilidade ou fofoca. Mas quando o uso se resume SÓ a isso, acho um problema.

  • “São hipócritas burros…”

    É assim o brasil, com “b” minúsculo mesmo. Literalmente o país sem limites, onde se confunde ficção com realidade, democracia com fazer o que se quer e assim por diante. Não se sabe o limite de parar e nem os limites que separam uma coisa da outra coisa.

  • Interessante, só ficou grande d+, uma dica é diminuir o texto para chegar no final e não ficar enjoativo.. D=

      • hahaah!! Depois de ver o nome da criatura eu não me aguentei e vou ter que zoar…. Poxa, Sally, o que você esperava de um ser com um nome escroto desses? Não, aumenta a quantidade de páginas aí, parece que nem a carinha ele conseguiu fazer do lado certo. Jonathan nem é um nome feio, mas isso aí…cruz credo.

  • A liberdade da internet está em risco com o tal do marco civil estamos muito perto de perder o pouco de liberdade que temos.

    • Concordo plenamente, Marcio. E as pessoas parecem não se incomodarem com isso. Sabe porque? Porque a maioria usa internet só para postar selfie e fofocar a vida alheia.

  • Sou totalmente adepto do politicamente incorreto e liberdade de expressão, mas pensando mais além, será que muito dos problemas que temos hoje (violência, discriminação, baixa auto-estima, etc) não são de certa forma fruto de toda essa bagunça feita no passado? Não etaria a reação do politicamente correto sendo apenas umas reação (embora desproporcional) à opressão desses discursos agressivos ditos normais no passado?

    • Cristiano, dá uma estudada sobre a Idade Média, Ordálias e outras coisas para você ver que a maldade do ser humano antecede em muito a televisão e a cultura atual.

  • Muito bom o texto. Terminei de ler e tirei um peso dos ombros.
    Pensava que só eu enxergava por essa ótica. Muito obrigado pelo ótimo momento de reflexão!

    • Não, a gente pensa assim também. Se puder, dá um passeio pelo Desfavor, tem muitos textos nesse sentido, principalmente na coluna “Flertando com o desastre”

  • Há também o absurdo de querer mudar ou boicotar obras do passado, por serem “racistas”. Fizeram isso com o Monteiro Lobato.

  • Thats have NO NAME

    Com 19 anos eu escrevi e desenhei uma HQ de 30 paginas para mostrar a ideia do que poderia vir a ser uma série em quadrinhos, mas fui descartado por vários lugares por ser “uma HQ muito violenta” mesmo não sendo, nem de perto, tão violenta quanto eu queria que fosse. A história dizia respeito a um assassino francês que anda por ai em uma Scooter com uma parceira que não fala uma palavra nunca, ela se comunicaria por expressões faciais e os dois tentariam destruir o crime organizado em favelas… era uma série violenta e bem humorada no melhor estilo humor negro para adultos, não era pra crianças lerem, mas foi descartado…
    Hoje eu escrevi um livro que pode vir a ser o primeiro de uma série de 6 ou 7 no estilo Fantasia, porém tenho medo de ser descartado novamente pois o protagonista vive apenas com seu pai e o desobedece no decorrer da história… tenho medo de mais essa ideia não ser aceita por absolutamente ninguém, isso sem falar das outras HQ’s e histórias escritas que foram descartadas por ai… eu estou perdendo a vontade de gerar conteúdo novo e é assim que a cultura se limita a violões broxantes tocados no pior estilo MPB, histórias escrotas a respeito de “critica social” e quadrinhos que se limitam a Turma da Mônica (nada contra) sem nunca existir nada realmente brasileiro e bom, só esse patriotismo broxante de ter orgulho “das origens” e ser politicamente correto com relação a tudo.
    Isso é realmente triste, sinto-me traído por ter me dedicado tanto por algo que talvez não gere nada nesse país hipócrita enquanto coisas muito piores são lançadas por ai aos baldes.

    • Olha, a gente tem uma coluna aqui chamada “Siago Tomir”, onde eu conto as bobagens que meu ex-namorado (que também é meu colega de blog) fazia comigo quando a gente namorava. Não é nada de mais, briga boba de casal, confusão de relacionamento. Sugeriram que eu transforme em roteiro. As respostas que ouvi: muito complicado, muito complexo, o brasileiro médio não vai entender, muito difícil para a classe C e etc.

      Realmente desanima. Não apenas pelo politicamente incorreto, como também pelo nível intelectual.

  • Um bom exemplo disso é a nova série do Miguel Falabela, Sexo e as Negas, os politicamente corretos já estão metendo o pau…

  • Felipe Espinosa

    Simplesmente sensacional o texto, compartilho da mesma opinião. Estamos na época em que tem que pensar em uma piada só depois de ver todas as linhas e palavras, e ter certeza de que nada está ofendendo ou “difamando” determinado seguimento. Onde só negros podem falar de negros, só homo pode falar de homo, só gordo pode falar de gordo, senão taca-le processo no marcos. É ridículo nos dias de hoje (principalmente) ter isso, pois tem mil canais (sendo tv ou youtube, ou qualquer outro meio) para que a pessoa possa ver, se não gostou de determinado “canal” é só sair e não acompanhar mais, dar um belo foda-se, mas dai a pessoa vê e quer processar ou se mostrar a vítima da história. Esses nossos tempos modernos é foda.

    • Concordo totalmente. Se a pessoa não gosta daquele humor, porra, NÃO ASSISTA. Mas não, ela quer calar a boca daquela pessoa, pois se ela não gosta, o resto da humanidade não pode gostar nem pode ouvir.

      Se ofender com piada é vergonhoso, é de uma insegurança, de uma burrice humilhante. É deixar exposta uma ferida na autoestima, provando que você precisa do olhar de terceiros para saber seu valor. Muita vergonha alheia de quem se ofende com piada.

  • Joyce Gabrielly

    Concordo plenamente com tudo! Cresci assistindo todos os desenhos, seriados e filmes citados, e nem por isso me tornei uma psicopata, homofóbica, racista ou adquiri qualquer um desses tais “desvios de conduta moral”. Pelo contrário. O politicamente incorreto me serviu (e serve) quebrar os paradigmas sociais, de uma geração hipócrita e sem o mínimo de senso humor.
    Pobre das gerações futuras, que não saberão como é bom fugir a regra do praticamente correto e chato.

    Muito bom o seu texto, Sally. Parabéns.

    • As gerações futuras terão que garimpar para achar politicamente incorreto, assim como a minha geração tinha que garimpar para achar pornografia. Tomara que encontrem Danilo Gentili, Murilo Gun, Leo Lins, Murilo Couto, Daniel Duncan e outros.

  • Ricardo Pereira

    Esses dias eu assisti um desenho da turma da mônica… Clássico!
    Cebolinha e Cascão atormentando de todas as maneiras possíveis a menina gorda, feia e dentuça, chamando-a de “rolha de poço” pra baixo. E a Mônica não ficou melindrada nem fez chororô politicamente correto. Ela sacou o indefectível Sansão e espancou os moleques folgados.
    E eu ri alto! Saudades…

    • Ricardo, esta semana uma mãe me falou que quando seu filho era pequeno o proibiu de ler a Turma da Mônica porque o Cascão era um mau exemplo e faria com que seu filho não quisesse tomar banho. Esse é o ponto de imbecilidade ao qual chegamos!

  • Texto ótimo Sally, as pessoas na maioria das vezes nao percebem e vao na onda da midia, acabam caindo no jogo da mesma, vejo isso pelas pessoas ao meu redor, e será muito dificil fazer com que essas pessoas enxerguem a realidade!!

    • Com essa educação que temos hoje em dia, impossível. Escolas são máquinas de idiotizar crianças. Muita coisa tem que mudar.

  • carlos eduardo brasil pereira

    voltamos ao tempo da inquisição, onde qualquer um por qualquer interesse denunciava qualquer coisa, e o final desse tipo de comportamento, já conhecemos, hoje em dia, até para cumprimentar alguém, temos que pensar antes, a espontaneidade acabou, temos que ser artificiais para sermos aceitos. algumas vezes temos que defender o que não acreditamos para não sermos execrados. é isso aí. obrigado.

  • O mundo está bem hipócrita, pois os mesmos filhos da puta que te lincham na rua por chamar um goleiro de macaco, num churrasco entre amigos soltam: TINHA QUE SER PRETO MESMO” (para exemplificar uma cagada feita por Negros). Os mesmos ecochatos que te execram por comer vaca, pisam na primeira barata que aparece na frente. O mesmo conservador que te chama de puta porque faz sexo antes do casamento, provavelmente vê filme pornô escondido.

  • Acabei de ler comentários em uma postagem da Neca Setubal, em que narrava seu cv como educadora. Sabe qual é o motivo da maior parte das críticas? O uso da palavra “denegrir”.

    Outro dia vieram me “corrigir” dizendo “gordo não, obeso”.

    Imagina um livro ou programa citando uma palavra proibida… estamos em um nível ai5. Não é necessário nem fazer a piada para ser censurado.

      • Pior: tem gente tão chata que implica com a palavra só por ela existir, já repararam? Certas palavras já estão proscritas, independente do contexto. Em alguns casos, chega-se ao ridículo de até mesmo o que há cinco minutos era eufemismo – já usado para substituir um termo considerado “pesado” – também virar “algo de alto potencial ofensivo”. Basta alguém se incomodar… E assim a gente vai, de eufemismo em eufemismo, até o ponto em que nem vai dar mais pra dizer nada.

        Aliás, não poderia rolar um texto de ficção sobre isso? Sabe, criar-se uma situação onde algum “Departamento de Ordem Social” regule tudo e os personagens fiquem o tempo todo se interrompendo mutuamente pra advertirem um ao outro de que esse ou aquele termo não pode ser usado. Seria uma coisa mais ou menos assim:”‘Anão’ não pode. Vamos usar ‘baixinho’. ‘Baixinho’ também não pode. Vamos dizer ‘pessoa pequena’. Não dá! ‘Pessoa pequena também está proibido. Que tal ‘verticalmente desfavorecido”?” E por aí vai…

        • Eu acho mais rude falar “escurinho” do que falar NEGRO. Porra, se a pessoa é NEGRA, não é demérito, não precisa usar um eufemismo!

          • Concordo. Eufemismos assim sempre têm um carga de preconceito – talvez velado – embutida, ainda que a própria pessoa que o use nem tenha às vezes intenção de demonstrar esse preconceito.

    • Sim, mas apesar da grande disponibilidade de conteúdo que ela gera, o brasileiro médio continua usando para evadir privacidade, para stalkear celebridade e para fazer fofoca. Não aproveita a diversidade de conteúdo que tem nela. Desperdício.

      • A internet potencializa coisas boas e ruins nas pessoas. Muita gente que era só alienado pela TV, vira alienado 2.0 na internet.

      • Até na internet tem patrulhamento. Vide o rebuliço que alguns vídeos do Porta dos Fundos causam. Não que eu goste de todos, alguns acho que sequer são caso pra essa histeria toda, mas ela está lá, principalmente pelos religiosos.
        Pastor estuprar mulher dentro da igreja, padre abusar de crianças e ambos roubarem o povo tá ok. Mas piada com Deus não pode.

        • A tendência é que a patrulha e a censura cheguem à internet. Eu tenho colegas que já tiveram seus blogs tirados do ar por ordem judicial. Não duvido nada que mais cedo ou mais tarde aconteça com a gente.

      • Acho que a maioria das pessoas simplesmente ainda não entendeu direito o que é a internet, como funciona e para que serve…

      • Muito bom!!! Muito, muito, muito bom, Sally!!! Cada frase que eu lia era uma arrepio de coerência e consciência! Gratidão! Gratidão por compartilhar sua percepção, engasgada na goela de muitos, que ilustra essa triste realidade do “politicamente correto”… Gratidão.

      • Miguel Beirigo

        Muito bom!!! Muito, muito, muito bom, Sally!!! Cada frase que eu lia era uma arrepio de coerência e consciência! Gratidão! Gratidão por compartilhar sua percepção, engasgada na goela de muitos, que ilustra essa triste realidade do “politicamente correto”… Gratidão.

      • Concordo….. Se eu desbloquear as pessoas do meu feed do facebook (em sua grande maioria familiares e conhecidos que foram bloqueados por floodar meu feed com coisas inúteis) eu vou saber mais da vida de pseudo-celebridades e novela do que da minha própria vida!

      • Isso é muito fóda, imaginar que tudo aconteceu de supetão.

        Todo tipo de ideologia, brincadeira, piada, etc;
        pode ser e esta sendo intitulada como atitude racista, homofóbica, bulling, apologia…

        E normalmente a pessoa que aponta para dizer do preconceito do outro, não olha para si mesmo. – Não tem atitudes de amor ao próximo -.

        Não creio na melhora e/ou evolução desse quadro.
        Eu creio na bíblia e temos muitos relatos que apontam o momento atual.

        Tudo virando estatal, ataque as ideologias, ataque as religiões e em seguida a proibição de tudo que favoreça o ser por ser!

        Obrigada pelo texto, que parece um preságio da nova ditadura.
        Obrigada ao Danilo Gentili pela indicação.

        At,

        Jéssica Vieira Fraga.

        • Qualquer coisa que desagrade à pessoa encontra um rótulo politicamente correto para ser repelida. A verdade é que não se pode criticar ninguém sem que a pessoa se esconda atras de um suposto preconceito (por sexo, cor, religião, etnia, etc). Deve ser muito mais fácil acreditar que estão te criticando por preconceito do que porque realmente você fez alguma besteira.

      • Exatamente, e o termo é esse: “O Brasileiro”. Utilizando isso devemos destacar a massa, a “manada” como utilizou. Problema cultural, como nas últimas décadas a evolução se tornou quase que “instantânea” espero estar vivo para ver meu povo evoluir!

      • Não gosto de usar esse termo, mas o que você disse é o famosos “Complexo de vira-latas”. Com base em que você afirma que somente brasileiros evadem privacidade e espiam celebridades? Isso acontece em TODOS os países, não é uma exclusividade do brasileiro. Pessoas fúteis e ignorantes existem em todas as culturas. Os responsáveis por guiar essas pessoas são os país e escolas através da educação.

        • Camila, acontece em todos sim. Mas é privilégio do Brasil usar internet APENAS para EVADIR sua privacidade ou INVADIR a das celebridades.

      • Maurício Matos

        O humor e temas polêmicos apresentados em vídeos e canais de qualidade são atacados da mesma forma por comentários e redes sociais. Ou seja, mesmo os que usam para propagar conhecimento e conteúdo são influenciados a diminuir ou mesmo parar o conteúdo. Mesmo a internet é bastante afetada.

      • Como dizem: a maior vantagem da internet é também sua maior ruína: por um lado, ela dá voz a todos; por outro, ela dá voz a todos. Entende? E é incrível como os detentores dos cérebros mais medíocres são os primeiros a achar que “sua opinião” (da manada) é suficientemente relevante pra ser pronunciada e difundida. Enquanto que blogs, websites (e afins) que teriam algo a acrescentar a esse “intelecto” mediano – que muito carece de (in)formação – permacecem ocultos para todo o sempre, soterrados sob uma imensa montanha de lixo.

    • Eu já acho q a internet é uma das principais responsáveis por esse “jogo”, todas essas correntes do politicamente correto atualmente nascem e se difundem pela internet, e depois atinge o resto da sociedade aos poucos.

      • Jeann, muita coisa nasce pela internet e nem por isso se espalha. A sociedade tem um ganho secundário nefasto com esse “coitadismo”, por isso o propaga.

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