Nossos desfavores.

Seis anos de desfavor: Comemorando o aniversário da República Impopular, Sally e Somir passam a semana toda analisando a história da nação.

São milhares de postagens. Seis anos quase ininterruptos postando diariamente sobre os mais variados temas. Sally e Somir concordam que já construíram uma história aqui, mas não quando tem de escolher A postagem que mais nos definiu até hoje. Os impopulares escolhem as suas.

Tema de hoje: Qual a postagem que definiu o desfavor?

SOMIR

Flertando com o desastre: Holocausto.

Estamos escolhendo uma postagem, sim. Mas também estamos tentando encontrar o momento onde o desfavor se solidificou no que é. Quem nos conheceu no meio desse caminho pode até achar que as coisas sempre foram do jeito que estão, mas alguns de vocês nos viram amadurecer não só como proposta mas como pessoas.

2009 foi um ano importantíssimo para sedimentar o jeito desfavor de ser. Para quem não sabe, o desfavor nasceu de eu e Sally largando o blog de uma comunidade feminina do Orkut que ela mesma criou e resolvendo fazer um vôo solo por divergências com o resto do pessoal que escrevia o blog original. O desfavor nasceu para continuar aquela ideia sem as amarras do mimimi.

E o que eu fazia num blog feminino? Bom, eu acompanhava a Sally. Não era minha casa, eu era um convidado meio mal educado bancado pela dona. Até criei a Somira para não destoar muito. Quando a (hoje fica claro que inevitável) desavença entre nós e a turma do blog chapa branca comercial ficou insustentável, mudamo-nos eu e Sally para nossa própria casa.

E por um tempo, seguimos no automático. Sally ainda focada num público essencialmente feminino, eu ainda me sentindo um pouco o convidado bancado pela dona. Era o público dela, e especificamente o público dela quando escrevia Sally Surtada. Muitos impopulares da gema que ainda nos acompanham como Suellen e Deja são dessa época, e sabem bem que a pegada era outra.

Sally concentrada em fazer seus Sally Surtada cada vez mais atraentes, eu tentando achar um ponto comum com o público. Se alguém tiver a curiosidade, fica evidente o meu esforço para parecer mais acessível nos textos de 2009, mas só até aquele Flertando com o desastre. Porque depois daquilo, não era mais o blog da Sally ou do Somir, era o desfavor.

Foi numa das nossas primeiras semanas temáticas, talvez a primeira delas. Semana do Avesso. Nossas colunas eram fixas, ela fazia Sally Surtada e Processa Eu!, eu fazia Flertando com o desastre e o Deleta Eu!. Invertemos. Naquele momento, Sally tinha muito o que dizer, mas só uma coluna para falar mal de homem e de celebridades para dar vazão. Quando ela saiu completamente do script e mandou ver um texto falando sobre a Segunda Grande Guerra e o Holocausto, pegou muita gente de surpresa.

Ela ficou insegura com o desvio do hábito. Por vezes Sally é modesta demais sobre suas capacidades. Eu sabia que ver ela escrevendo algo mais abrangente seria a porta de entrada para algo muito maior do que o que estávamos fazendo até ali. Ela me escolheu para esse projeto, mas eu também a escolhi e sabia do potencial. Se ela não viesse junto e mostrasse para o público a extensão de sua capacidade de escrever, acabaríamos repetitivos. Ainda bem que ela encarou o desafio.

Foi a postagem desatou de vez as amarras do ‘blog anterior’ do seu material. Ela adorou escrever a coluna, eu adorei ver ela escrevendo a coluna. Faz tempo que eu digo pra ela que essa é minha coluna preferida dela no desfavor, não porque ela não escreveu coisas ainda melhores depois, mas pelo momento. Sally é a força motriz do desfavor: quando ela bota as coisas em movimento, todos vamos juntos.

Foi nesse momento que eu senti que tínhamos construído uma coisa nossa e que o desfavor tinha uma cara. Não demorou muito para abolirmos essa coisa de coluna fixa e começarmos a escrever não para segurar um público ‘importado’, mas para conversar com o nosso. Daquela semana temática para frente, era o nosso projeto, o nosso desfavor.

É o momento definidor da nossa nação porque eliminou quaisquer fórmulas de manutenção de leitores e colocou o conteúdo em primeiro lugar. Só está aqui para ler Sally Surtada? Azar, só vai ter quando a Sally quiser escrever um. Ou tem capacidade de lidar com temas diferentes, ou está no lugar errado.

Hoje em dia essa nossa proposta está clara, mas antes desse momento, estávamos flertando com a ideia de nos tornarmos caricaturas de nós mesmos. Tirar as amarras das colunas e transformar hits como Sally Surtada e Processa Eu! em conteúdos esporádicos filtrou o público. Quem só queria mais do mesmo foi procurar outras paragens, mas quem queria mais assim como Sally e eu ficou.

Talvez a minha escolha seja um pouco pessoal, confesso. Como foi essa postagem que me fez sentir em casa de vez por aqui, guardo-a com um carinho maior. Mas o desfavor sou eu, é a Sally e são os impopulares. Mexeu comigo, mexeu com ela que passou a escrever sobre tudo o que queria ao invés de ficar pajeando gente monotemática… e mexeu também com nosso público, que começou a se definir a partir dali.

Sei que é mais comum escolher o troféu mais brilhante na prateleira, mas como essa casa também é minha, eu conheço as histórias de cada um deles. Essa postagem pode não ser a mais chamativa, mas é uma das com mais história entre todas elas. Às vezes está nos detalhes. Sally, obrigado por dividir a casa comigo.

Para ser egocêntrico e dizer que foi a que você viu primeiro, para pedir a volta das colunas fixas, ou mesmo para dizer que quem vive de passado é museu: somir@desfavor.com

SALLY

Ano: 2009. Coluna: Deleta Eu. Somir fazia críticas de blogs sofríveis na mesma linha que eu sigo na coluna Processa Eu e o blog escolhido foi o “Homem é tudo palhaço”. Este momento foi um marco definidor para o Desfavor.

Além de ser nossa primeira polêmica significativa (90 comentários em 2009 era coisa pra caralho) deixou bem clara a intenção do Desfavor e fez uma bela peneira de público. Muita gente deslumbrada com a coluna Sally Surtada cismava em jogar o Desfavor no mesmo saco de qualquer blog feminista de esquina. Foi ali que perceberam que não era bem assim.

Não digo que foi ali que começaram a entender a proposta do Desfavor, porque essas pessoas até hoje não entenderam porra nenhuma. Na verdade, foi a partir desse texto que as pessoas passaram a NÃO ENTENDER o Desfavor. Não fechava, não encaixava na classificação tradicional. Como pode um mesmo lugar com textos falando mal de homem e falando mal de um blog que fala mal de homem?

A maior parte das pessoas ainda não compreende a proposta do “nada é sagrado” do Desfavor. A proposta de falar de assuntos sem levantar bandeiras. Se falava mal de homem, então era um blog feminista. Oi? Só que não! Descobriram isso com um choque de realidade nas palavras ácidas do Somir. E ficaram com raiva!

Foi aí que o Desfavor se desvinculou de vez dessa ditadura da classificação: um blog de feminismo, um blog de culinária, um blog de fofocas, um blog de… Não dá para classificar. Somos tudo, somos nada. É preciso alguma sutileza mental para entender que se pode falar sobre um assunto sem se tornar aquele assunto ou tornar seu blog amarrado a aquele assunto. Desfavor não é blog temático, Desfavor é sobre o mundo.

Quem não conseguiu fazer essa passagem mental foi embora. Pessoas se sentiram traídas porque um blog que uma ver por semana, toda terça feira, tinha um texto metendo o pau em homem publicou um texto metendo o pau em blog “feminista”. Quem entendeu e gostou, ficou. Sem amarras, sem esperar que seja um blog “de alguma coisa”. Sem esperar aquele modelo padrão temático.

Daí começou a grande peneira de leitores. De uma tacada só, Somir enxotou os limitados e os ofendidos. Quem ficou sabia que poderia abrir o blog no dia seguinte e ter postagem falando bem ou mal de qualquer coisa, inclusive de nós mesmos, como de fato já teve. Um pacto com o imprevisto, com a falta de classificação, de categorias. Sem amarras, nada é engessado, nada é sagrado.

Uma proposta complicada, pois as pessoas no geral gostam de certezas na vida. Precisam de certezas, de regras, de grupos para se sentirem seguras. O preto e branco sempre são mais confortáveis que o cinza, pois o cinza tem vários tons (favor não fazer trocadilhos com o livro), tons às vezes desconhecidos, inesperados, que, justamente por isso causam mal estar. O que não pode ser classificado, enquadrado, não pode ser controlado.

E se tem uma coisa que o BM não gosta é perceber que não tem controle de tudo, que não sabe de tudo. Um texto que faça ruir suas certezas, que abale suas convicções, pode causar um tremendo mal estar se a pessoa for limitada. E foi isso que o texto do Somir fez. Mesmo sendo um dos seus textos mais superficiais (normalmente ele escreve difícil sobre assuntos difíceis), acabou abalando a certeza dos leitores sobre o que seria o Desfavor.

Firmou-se um pacto, aqui é assim: sem classificações, sem restrições e sem preocupação hipócrita de não desagradar. Pessoas com o “foda-se” ligado, escrevendo sem preocupação. Era um momento que o Desfavor estava dando o primeiro boom de expansão, poderíamos ter cativado o público feminino com o Sally Surtada (que era semanal) e conseguido um patrocínio qualquer, uma permuta ou sei lá que tipo de benefício as pessoas tiram com internet.

Mas não. Resolvemos cacetar o público pagante, a massa, a maioria, os consumidores que os patrocinadores tanto querem, e, em troca, pensar fora da caixa.Acho que posso dizer que ali também se definiu o caráter não-lucrativo do Desfavor. Isso sempre esteve muito claro entre Somir e eu, mas ficou bem claro para o mundo quando mandamos embora um público enorme que poderia, direta ou indiretamente, nos render lucro.

Um recado bem dado: não queremos quantidade, queremos qualidade. Podemos nos dar ao luxo de ser um dos únicos blogs diários que NÃO PRECISA de nada além de duas pessoas para existir, duas pessoas que trabalham e se sustentam sozinhas, sem permuta, sem desejo de fama, sem nada que não seja a legítima vontade de estar aqui escrevendo. Mandar aquelas pessoas histéricas embora foi um marco no estilo “Eu escolho meus leitores”.

Ali começou nosso elitismo intelectual. Nossa peneira. Ali começamos a nos dar ao luxo de escolher quem vai participar de forma ativa do Desfavor. Já fizemos várias “peneiradas” por aqui ao longo desses seis anos, mas a primeira a gente nunca esquece, até porque a primeira é a que mais causa surpresa e indignação. Lembro até hoje de pessoas me mandando e-mails revoltados, dizendo que tratando leitoras dessa forma não chegaríamos a lugar nenhum. Pois é, o que essas pessoas não sabiam é fazer isso é exatamente onde queríamos chegar.

Seis anos de postagens diárias, de domingo a domingo. Postagens de conteúdo, não fotinho com piada, não meia dúzia de frases ou achismos. Seis anos de tudo: temas científicos, escatologia, temas culturais, fofoca, culinária, contos, humor, política… seis anos de tudo, sem cair em estereótipos ou classificações, sem maquiar conteúdo por medo de patrocinador e sem fazer uma única concessão para agradar qualquer pessoa que não nós mesmos. Parabéns para nós. Não creio que mais alguém tenha conseguido o que nós conseguimos.

Realização não se limita à parte financeira ou a status. Me sinto profundamente realizada com o Desfavor e o acho um blog muito bem sucedido dentro do que se propõe. Sucesso não é dinheiro e não é audiência, espero que o Desfavor inspire todos a perceberem isso. Sucesso é alcançar o que você deseja, foda-se o que o mundo acha do que você deseja.

Obrigada, Somir, por esses seis anos, que só nós sabemos o quão difíceis foram em alguns momentos e o quanto nos custou manter o Desfavor funcionando. E obrigada por abrir as portas com essa primeira grande peneira. Obrigada aos leitores, que assim como em um casamento, nos aturam nos bons e nos maus dias. Vamos tirar a semana para comemorar!

Para nos parabenizar, para ter pena da gente ou ainda para deixar as suas impressões sobre o Desfavor: sally@desfavor.com

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Comments (65)

  • Menos de um ano de Desfavor. Insuficiente para destacar o post que o definiu, mas suficiente para me tornar assiduo leitor.

    alguem comentou que sente medo de o Desfavor acabar. É justamente assim que me sinto. Espero que dure muitos e muitos “seis anos”. Afinal, como seria a vida fora da RID?

    Voces ensinam a pensar, refletir, questionar, fazem rir…Parabens pela sua coragem, sinceridade, desprendimento, bom humor, dentre outros atributos. Voces me inspiram diariamente.

    Continuem realizando este formidável trabalho.

    Faço votos de sucesso!

  • Acompanho vocês desde que, por algum motivo bem obscuro, vocês eram um “fã clube” do João Kleber em 2011. Não sei como vim parar aqui, mas lembro que pesquisava sobre ele no Google, porque eu nunca mais tinha ouvido falar nele desde o fim do “Teste de Fidelidade”. Enfim, cliquei em algum link e li: “FÃ CLUBE DO JOÃO KLEBER”… No momento eu pensei: “Puta merda, isso é sério?”, “Deixa eu ver essa bosta com meus próprios olhos.”.

    Gostei do que vi, achei o conteúdo inteligente. Na época eu era editor do site de humor Desciclopédia e o formato ácido e peculiar da escrita de vocês me atraiu muito, pois posteriormente me inspirou a escrever alguns artigos no site.

    Não vou dizer que acesso vocês diariamente, nos primeiros 2 anos, eu até entrava aqui todos os dias, mas aos poucos a vida foi me tomando o tempo e atualmente acesso de uma à duas vezes por semana e consigo ler o que foi escrito durante o período. Raramente eu comento nos posts, mas eu sempre leio os comentários.

    Enfim, vocês estão de parabéns por conseguir manter um site assim, sem o menor retorno financeiro e sem estarem presos a lógica da panelinha nacional de blogueiros mercenários. Já me perguntei várias vezes se Sally e Somir são “personagens” criados por alguém que consegue manter 2 alter egos tão discrepantes. Mas isso não importa.

    Boa sorte, felicidades aos dois, obrigado pelas risadas e reflexões que vocês já me proporcionaram. Que o site dure várias décadas sob este ou qualquer nome que ele vier a ter novamente.

    Fica aqui a ideia de que vocês publiquem um livro, nem que seja um e-book, uma coletânea, reunindo todos os textos já publicados por vocês. Eu compraria :).

  • Descobri o Desfavor quando uma amiga postou no face o texto sobre “gordinho de merda”. Adorei , dei crise de riso e comecei a ler outros textos. Entre eles o lado negro da gravidez. Aí gostei e fui ficando, isso ocorreu há pouco tempo , mas já virou hábito ler o desfavor.

    Fico muito feliz pelos 6 anos, só lamento não ter conhecido antes. rs
    PARABÉNS Sally e Somir!
    Pelos 6 anos de CONTEÚDO de qualidade!
    E acho estranho quando dizem que o RID é um blog. Não é! Meu conceito pessoal de blog se aproxima do que é o HTP e definitivamente o DESFAVOR é muito mais (e melhor) do que um “blog”. Soa até ofensivo…kkkk
    Desfavor é uma República Impopular. Desfavor é Desfavor, não se encaixa em modelos. Quem conhece, sabe. Parabéns de novo! Vida longa ao Desfavor e aos impopulares! Tim-tim!

    – Ah, mudei meu apelido aí pra que não me confundam com a JANA que já é uma impopular aqui.

  • Nota bene: confesso que de uns meses pra cá ando meio sumido, comentando menos e tal – até porque desde que me formei e entasquei com a ideia de fazer mestrado minha vida anda uma loucura! Se bem que tem valido a pena o esforço, já que andei passando nos 1os lugares aí nas etapas! hehe – mas sempre quando sobra um mínimo tempinho eu venho aqui e dou uma “conferida suculenta” nos textos e comentários só pra ver o que tá pegando.

    De todo modo, mesmo que esteja um tanto ausente, não abandono isso daqui não! Não só porque já tive participações nos desfavores convidados, mas aqui é meio que uma “família de amigos” pra mim! Me sinto acolhido e adoro debater com a galera aqui! Mais uma vez, parabéns ao Somir e à Sally por todos esses anos, e vida longa ao desfavor!

  • Cheguei aqui por conta do texto sobre Blogueiras de Moda, mas o que me conquistou foi o texto falando mal do Luciano Huck. Sempre o odiei e me senti compreendida quando, pela primeira vez, li um texto que descrevia tudo o que me causava asco nele.
    Infelizmente, não consigo mais ler diariamente como fazia, mas estou sempre por aqui, sinto falta.
    Parabéns! Longa vida à RID!

  • Acesa o Desfavor desde internet discada, desde Orkut. Lembro das baixarias SSV (Somira, sua vadia)
    Curto quando o Tomir desce do salto e camba pro povão tipo aquele do discurso da Dilmona.

  • Desfavor pra mim se define em aprender e rir. Por causa disso eu adoro as postagens do Desfavor Explica, primeiros socorros, sobre avião etc e adorava as estórias bizarras de dar banho no gato, da viagem a Portugal, Alicate, Navalha, Jigsally e cia.

  • Parabéns Desfavor!!!!
    Cheguei aqui no começo de 2010 e não sai mais. Gostei e gosto até hj dos textos e dos comentários impopulares, que são boa parte de toda a criatividade, diversidade de opiniões e inteligência do blog.
    Mas Somir e Sally levam o NOBEL DESFAVOR, parabéns com todos os méritos.
    Abs.

  • Parabéns a vocês! Desfavor é meu café da manhã há apenas 1 ano… mas já li TANTOS posts antigos que me sinto “das antigas”. Nunca encontrei nada semelhante para ler… o cuidado e o respeito são incríveis. Sejam quem vocês forem fazem um trabalho belíssimo. Só não comento todos os dias pois seriam elogios rasgados e cansativos (puxa-saco!)…

  • As semanas estão mega complicadas, mas passei rapidinho só pra parabenizar vocês pelo blog e agradecer pelas postagens que nos abrem os olhos, que nos informam, nos divertem e até aquelas em que recebemos tapas na cara pra acordar pra vida. Aprendi muito por aqui.
    Vida longa ao Desfavor S2

  • Sally e Somir, vocês são o Oba e Eba da minha leitura diária, o Tiba Tuque e Esquindim o Tom e o Vinicius…. um complementando o outro.

    Sacanagens a parte só me resta dar os sinceros parabéns por conteúdo tão bom e espontâneo. Parabéns!

  • Não sei qual postagem definiu o Desfavor, porque cheguei aqui muito depois, por causa do texto “O lado negro da gravidez”. Foi esse o texto que me ganhou. Depois dele, eu nunca mais consegui ir embora.

    Mas li os dois textos que vocês escolheram.
    O do Holocausto é excelente.
    “O Deleta Eu!: Homem é tudo palhaço.” é ofensivo e atrevido.
    “O pior burro é aquele que se expressa.”

    Parabéns pelos 6 anos!

    Mesmo nos dias ruins, o Desfavor é melhor do que qualquer outro blog que eu conheço. Mesmo que eu discorde, eu quase sempre gosto.
    Fico impressionada com a disciplina e o comprometimento de vocês. Não sei como conseguem escrever TODOS os dias textos de tamanha qualidade. Fico imaginando se vocês são só dois mesmo. Se o Somir é um personagem da Sally. Se vocês existem mesmo…

    Foi muito difícil entender o que levou vocês a se dedicarem a algo sem receber nada em troca: nem fama, nem dinheiro, nem afagos e elogios por serem os autores dos textos, já que estão no anonimato absoluto… Claro que essa dificuldade revela apenas a limitação da minha própria visão de mundo. Mas há um mundo de possibilidades além de mim e do que eu entendo. É isso que falta hoje na Internet, nesses tempos de redes sociais e evasão da privacidade. Falta um sentido diferente (nem sei se maior ou menor, melhor ou pior) do que o desespero eterno: “Apareço, logo existo.”

    Com o tempo eu fui compreendendo isso que a Sally falou hoje:
    “Sucesso não é dinheiro e não é audiência, espero que o Desfavor inspire todos a perceberem isso. Sucesso é alcançar o que você deseja, foda-se o que o mundo acha do que você deseja.”

    Sim, o Desfavor me inspira exatamente por isso. E me inspira muito. Jamais serei como vocês, mas eu gosto de saber que vocês existem, que escrevem sem patrocínio, sem se venderem pela fama e pelo dinheiro…

    O Desfavor é um pouco de liberdade neste mundo de aparências.

    Obrigada, Sally e Somir por todos os textos gratuitos que tive o prazer de ler. Nem sempre concordei, mas quase sempre gostei muito do que li aqui. De verdade. Vocês são bons demais! Parabéns pelo talento, pela coragem, pelo desprendimento e por essa adorável loucura lúcida sempre presente nos textos de vocês.

  • Viva ao não conformismo do Desfavor!
    Não é todo lugar que se tem tanta liberdade pra falar sobre tudo.
    Além, é claro, de uma sintonia incrível, a forma como vocês escrevem e mostram seus pensamentos se encaixa como uma luva na minha fala e pensamento.
    Amor a primeira lida.

    Vida longa ao Desfavor.

  • Além da postagem do infeliz que se enforcou na encenação religiosa, bem como a do Lado Negro da Gravidez, as postagens que mais marcaram foram as do Desfavor Convidado. Fiz algumas apenas e parei, primeiro porque não teria a disciplina e conteúdo para escrever no mesmo ritmo e, principalmente, para ver como é levar pedrada por conta do que se escreve, tal qual aconteceu com o irrecuperável (e quase mítico) texto da soja. Por essas e outras, e pela atual falta de tempo, que o melhor é limitar-se a emitir uma opinião aqui e ali, mesmo que não agregue muita coisa.

    De resto, fica a enorme satisfação de constatar que, de certa forma, os que acompanho aqui tenham também melhorado a pegada ao expressar suas opiniões ao longo desses seis anos, sendo totalmente irrelevante o que cada um de nós seja aí fora, por mais ou menos importante que sejamos, possamos parecer ou que nossos egos imaturos nos levem a pensar.

    E, nessa postura despretensiosa e cagando para a fama, ter atraído a atenção de pessoas como o Gentili, Skylab, até mesmo de Leôncio, o distimido.

  • Eu honestamente não posso afirmar qual texto definiria o momento divisor de águas da Rid. Acredito que quando me adentrei, a coisa já estava bem definida e o trabalho foi o meu de descobrir que terreno estava pisando.

    Me encontrei logo, apesar do estranhamento inicial. Pra mim a prova de que estava em casa foi a aproximação e a identificação imediata com a Sally, acho muito doido isso, e uma profunda admiração com as coisas que Somir escreve. Vcs agregam e muito na minha vida, seja profissional ou pessoal. Passei por fases e grandes mudanças em minha vida durante esses anos e posso afirmar sem dúvidas que vcs fizeram parte disso.

    Outra questão que quero pontuar aqui é que a Sally disse tudo ao afirmar que fazer o que gosta, plenamente o que gosta sem ter a necessidade do aplauso e aprovação… É o resumo do que está sendo minha vida hj. É libertador, tenho a sensação de pagar diariamente uma divida comigo mesma. Libertador porém tem um preço amargo que é o de bancar o sonho sozinha sem depender de ninguém, não se permitindo contar com o suporte do outro pq no fim da contas é necessário se bancar sozinha emocionalmente.

    Fico feliz por fazer parte disso, minha eterna admiração,
    Lichia Saad

  • Minha primeira leitura de postagem aqui foi daquela vaca leiteira cor de rosa da uniban… foi engraçado, comecei a ler a anterior, a anterior da anterior… passei um bom tempo assim. Não me recordo de ter tido a identificação que tive com vocês em qualquer outro grupo ou comunidade. As vezes assusta perceber que tenho mais respeito pelo que é dito aqui, por vocês, que pela grande maioria de meus amigos.

  • Nossa, o nível dos cometários do post do HTP é de fazer os comentaristas do Lado Negro Da Gravidez candidatos a uma cadeira da ABL.

    P.S: Visitei o HTP…Argh! Elas foram no programa da Fátima Bernardes! Rede Globo provando por A+B que televisão não é lugar de gente inteligente… tem gente burra nesse meio também… e como tem.

  • Hoje vai ser uma festa...

    Eu gostava da Somira, bem que ela podia voltar…
    Eu tb gostava das historinhas com Alicate e Satanás hahaha

  • Tão bom ver que nossos ditadores escrevem com amor faz tempo.
    Somir já usava a tecla SAP desde 2009… Hahahaha… Amo quando ele faz isso!
    Sallyta, mas não é sempre assim? Quem tem dinheiro é quem manda. Se os “nazi” fossem os vitoriosos da guerra a história contada seria outra.
    Esperando os próximos posts com muita ansiedade.

  • Desfavor é lindo e melhor que todos os sites/blogs que já li na vida. Digo que é até melhor que MUITOS livros por ai.

    Até chorei com esses textos de vocês hoje, pois me sinto parte disso tudo desde o meu primeiro contato (2010?) que fiquei sem entender direito, mas só de ler seus textos ácidos fui cativada <3;

    Sally, sonhei com você esta noite. Nunca te vi, mas sonhei com você e logicamente não conseguia te ver só conversar e foi ótimo!

    Parabéns para vcs!!!!!

  • Difícil escolher somente uma postagem.
    O conjunto é muito amplo e muito maravilhoso.
    Ninguém perguntou mais aqui vai a lista das postagens mais memoráveis pra mim:
    Sally Surtada: Não
    Deleta Eu: Fisiculturismo Brasil
    Flertando com o Desastre: Descasamento
    Somir Surtado: Videos adultos japoneses
    Processa Eu: Malu de Loliveira

    A semana ao avesso foi muito legal, deviam fazer de novo. Sério.

    Obrigada aos dois pelos 6 anos maravilhosos e que venham muitos outros.

  • Parabéns Desfavor!
    Apesar de quase nunca comentar, todo dia passo por aqui, Desfavor me deixa mais inteligente! Sou fã de vocês genteee!!
    A postagem que pra mim marcou o Desfavor foi Deleta Eu do blog Homem é Tudo Palhaço. Na época eu estava do lado de lá da força, tanto que vim aqui e comentei que a postagem era um Desfavor e que eu nunca mais iria voltar, tipo revoltada mesmo, até cheguei a tirar o site dos meus favoritos hahahahaha, mas minha curiosidade foi maior e graças a GG acabei voltando e ficando. Foi um lindo dia! :)

  • Eu já disse uma vez que cheguei aqui por meio do texto sobre lagartixas, de 2010, por isso não sei o que exatamente aconteceu em 2009. Ler o texto só me faz ter uma ideia do que se passou, mas não vou ter o mesmo sentimento de quem vivenciou.
    Não consigo apontar um texto como marco inicial, porque minha personalidade foi se moldando ao jeito do desfavor (isso pode ser pro bem ou pro mal hahaha). Mas entre as duas colunas citadas, achei que a Deleta Eu! tem mais a ver com o desfavor atual.

  • Que dia mais feliz.

    Quero deixar meus parabéns para o Desfavor!!!
    Não acompanho desde o inicio, sempre que posso vou lendo os textos mais antigos.
    Mas todos os dias eu entro aqui, leio todas as colunas. Já começo meu dia bem depois de passar aqui, tenho até medo de um dia o blog acabar. Posso dizer que o Desfavor mudou minha vida e me fez refletir sobre várias certezas.
    Sempre procuro coisas significativas para ler na internet e até hoje não encontrei nada que se compare ao Desfavor.

    Parabéns Sally e Somir, vocês não sabem o que significa para mim poder correr para cá depois de ter que lidar todos os dias com um bando de BMs escrotos.

  • (Vai parecer puxa-saquismo mas escrevo com bastante sinceridade)
    O diferente incomoda quem vive de aparências e imagens prontas e mastigadas. Quando encontrei o Desfavor, fiquei bem surpresa com o que vi. Após ler vários e vários sites rasos cheios de propagandas, patrocinadores e uma visível preocupação em agradar a todos, não ofender nem ser polêmico, o diferencial do Desfavor me atraiu. Aqui eu não apenas ri até achar que meu diafragma (o músculo, tá?) ia pedir demissão, também aprendi coisas novas, compreendi outras visões sobre o mundo e encontrei pessoas e opiniões interessantes.
    O que mais posso dizer? Adoro este site e sem dúvida é o meu favorito de todos. ♥

  • Eu tiro minha sunga para o Desfavor! (erguendo a taça, em um brinde).
    Minhas homenagens a: Sally, Somir, Deja, Suellen, Daniela B. (no plano em que ela estiver), Lichia, Hugo Muhammad (após conversão), Daniele, Cherry B., W.O.J., Harison, Rorschach, Mary-RJ, Marina, Maradona, Gê, Chester, Lindamàr, Carol Souza, Larissa, Lilith, Diana e os mais recentes membros (e membras, agora que a presidenta se reelegeu) Ivo, Krismorte, Hikaru Mizuki, El Bigodón e os comentaristas bissextos. Enfim, brindo a toda essa galera que tem a coragem de se manifestar nos comentários, tornando o Desfavor de fato uma R.I.D. Em algum lugar, Marciel, Lex Luthor, Coringa e o Macaco Louco se retorcem em desejos de vingança.

  • Eu conheci o desfavor na postagem do Processa eu: Quer O Tchan (05/03/2009) e foi amor a primeira lida rs. Mesmo comentando raramente, desde então passo por aqui diariamente.

    Quanto as postagens escolhidas por vocês, acho que o holocausto é a mais expressiva. Falar de grupos “intocáveis” sempre gera polêmica.

  • Lembro de leve do tempo do Orkut. Mas flertei de leve. Apenas fazia parte da Panela mais odiada e assemelhados. E cheguei a brigar 2 vezes com a Sally (quem imaginaria que hoje em dia nos ‘daríamos tão bem’!) numa comunidade em que era moderadora.

    Depois deixei de lado tudo… As vezes lia um outro blog chamado ‘Homem é tudo palhaço’. Achava engraçado. Mas as vezes era bem sem noção também, e nestes momentos eu enchi o saco por lá.

    Um dia, os autores do HTP estavam chorando as mágoas por existirem uns desocupados, e um ‘moleque’ que ficava zoando com eles, mas que não iriam nem dar o link pra não promover o blog.

    O pessoal foi em massa para procurar e ver o que acontecia e cada parcela de leitores tomou um lado para defender. No fim da ‘guerra’ quando baixou a poeira, entre mortos e feridos muitos mudaram de lado.

    Eu, de minha parte achei muito mais interessante de encher o saco de gente inteligente e nesse meio tempo ainda ter uma visão de assuntos vigentes fora do eixo hegemônico da midia em geral. Sempre um ponto de vista que ou era diferente do que imaginava ou algo que apenas no fundo eu também pensava.

    E cá estou eu. A quase 6 anos, ignorando um xingamento aqui, uns stalkers acolá e me aproveitando da boa vontade de um trabalho quase filantrópico que Sally e Somir executam, sem entender exatamente como e porque fazem isso.

    Vida longa ao Desfavor.

  • Um. A postagem do holocausto foi a que me fez pensar que esse blog era um blog que eu queria frequentar. E bem to a 5 anos aqui…
    mas a postagem que mais me marcou foi a do aquecimento global. Ate hoje lembro do começo dela onde a sally estava toda com medo . Falando que o conteúdo não tinha nada a ver com o somir e achando que o desfavor ia acabar depois dela… Rs
    desfavor é o meu café da manha.
    obrigado dally e somir . Por todas as postagens que eu não entendi e pelas que me ofenderam

    • Sério que alguma te ofendeu? Até hj não consegui me sentir ofendido. O Desfavor me ajudou a trabalhar um lado que, por falta de oportunidade, eu nunca exercitava, o contraditório. Chegar aqui com a certeza de um assunto e sair com dúvida, ou convencido do contrário. E sem brigar com ninguém, na base dos argumentos. As vezes, argumentos escritos daquele jeito que só a Sally sabe, pra BM entender. Mas separando o bagaço do suco, argumentações geniais. E tenho certeza que em algumas nós, leitores, também mudamos a opinião deles.

      • Tenho o mesmo pensamento que vc, adoro pensar sob outro ponto de vista. Mas as vezes esse pensemos começa meio indignado ou ofendido porque vai contra alguma coisa que acreditamos / adotamos como valor. A diferença e que ao invés de gritar que “nem leu e não concorda”, lemos e pensamos como aquilo pode ser agregado ao que pensávamos antes. Acho linda essa transformação.

        Sobre as postagens, acho a da Sally do Holocausto o divisor de águas entre a continuação de bons textos de humor e o país desfavor. Vida longa a rid, impopulares e ditadores!!!

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