Currículo.

Você sabe fazer um currículo decente? Se não sabe, nós vamos te ajudar.

Reparem que eu usei a palavra CURRÍCULO. Aquele título de “currículo vitae” não se usa mais, não escreva essa porcaria se não vai parecer obsoleto e desatualizado. Aliás, não coloque título nenhum, ninguém precisa ser cientificado que se trata de um currículo, todo mundo vai perceber. Comece pelo seu nome todo, com algum destaque. Seguido por informações pessoais e o objetivo ou área onde pretende atuar.

A fonte deve ser Times New Roman ou Arial. Não invente. E que nem se passe pela sua cabeça usar a hedionda Comic Sans (ou similares) para apresentar um currículo. Como bem disse o Somir uma vez, ela é o “macaquito” das fontes. Ela está para as letras assim como Romero Britto está para os quadros. Comic Sans só serve para uma função: rechear balões de histórias em quadrinhos. Nunca usa Comic Sans para nada na sua vida, e se você gosta dela, procure terapia.

A cor da fonte deve ser preta. O tamanho da letra deve ser algo legível, nem gigante, nem pequeno. Algo entre 12 e 14. Se você quiser “ousar”, vá até o azul marinho ou o cinza escuro. E tudo sempre monocromático, a menos que você esteja pleiteando uma vaga de carnavalesco, por gentileza, o documento todo na mesma cor. E tudo em letras maiúsculas é motivo para apanhar com um gato morto até o gato miar.

Para começo de conversa, você deve colocar seus dados pessoais relevantes para ser encontrado pela empresa. E esses dados não devem depor contra você. São eles:

  • Nome completo
  • Idade
  • Nacionalidade
  • Estado civil
  • Endereço com CEP (caso algum contato via correios seja necessário)
  • Telefones para contato (o ideal é que sejam pelo menos dois, para assegurar que você seja encontrado com facilidade)
  • E-mail pessoal
  • Objetivo ou área de atuação

O que se vê no cotidiano: gente que coloca como estado civil namoro, abrevia seu sobrenome, omite nacionalidade (mesmo que seu nome seja João da Silva, pode ser relevante a confirmação de ser brasileiro), deixa um único celular para contato (e se por uma infelicidade ele der fora de área na ocasião em que tentam contatar acaba perdendo uma oportunidade) e e-mail sem noção. O ideal é que o e-mail seja nome + sobrenome (tudo junto, separado por um ponto ou _) @provedor. Por exemplo, sally.somir@gmail.com (este e-mail não existe, é mero exemplo).

Mas não. Bom senso está em extinção. As pessoas colocam renatinhasafadinha83@embratel como e-mail de contato. Gente, NADA pessoal, nem o provedor, nem o apelido. Rafaelgostoso@gmail também não pode, por gentileza, realmente precisa dizer que isso mina a credibilidade do candidato? A menos que o cargo seja para stripper, NOME + SOBRENOME @ PROVEDOR. E verifique esse e-mail com frequência, ninguém mantém uma porta aberta por muito tempo em um mercado abarrotado.

Dependendo do que se pleiteia, algumas informações extras podem ser necessárias. Porém, só deve ser inserido o que for indispensável. Por exemplo, quando se pleiteia uma vaga destinada a pessoa portadora de necessidades especiais (haja saco para essas designações) é útil colocar sua deficiência ou o código dela. Usem o bom senso: se a informação não for útil para decidir sobre sua contratação, por mais legal que ela seja, deve ser omitida. Guarda para falar na entrevista. Quanto menor o currículo, maiores as chances dele ser lido até o final e menores as chances de algo que depõe contra você ser encontrado.

Numero de documentos também são desnecessários como regra. Se, para exercer a função que você postula, a lei exige um documento especial, ele deve sim ser inserido (brevê, OAB, CRM…). Caso contrário não. Também não é necessário citar o nome dos pais, a menos que você queira pleitear uma vaga em um filme e seu sobrenome seja Jolie-Pitt, isso não vai te ajudar em nada.

Uma foto geralmente é bem vista quando se pleiteia uma vaga para a qual a aparência é importante, como por exemplo no setor de vendas, moda ou qualquer situação que se lide com público/imagem. A foto tem um único objetivo: mostrar que você é uma pessoa minimamente agradável aos olhos (se precisar de mais do que isso, vão te pedir um book, e não uma foto). Para isso, uma foto simples basta. Fotos em festas, fazendo biquinho, descontraídas demais, sensuais, com muita maquiagem, com decote, com óculos escuros ou com mais destaque para o fundo do que para a sua pessoa são furada. Foto de biquíni então nem se fala. A menos que a vaga seja para Angel da Victoria’s Secret, use uma foto bem básica. Gente que coloca foto de óculos escuros em curriculum merece câncer no cu.

Cuidado, o uso indiscriminado da foto pode dar a entender que o melhor que a pessoa tem a oferecer é sua aparência. Para não errar, eu só colocaria foto quando isso estivesse especificado na exigência da empresa para contratar ou quando a aparência fosse realmente determinante para o cargo.

Dependendo daquilo que se pleiteia, pode ser interessante colocar um objetivo. Eu abomino, mas sei que não é socialmente mal visto. Só não pode ser um objetivo genérico como “integrar esta empresa e desenvolver um trabalho de qualidade dentro dela”. Não, porra. Onde, exatamente, você quer trabalhar? Na Coca-Cola? Em qual setor? Quer fazer o refrigerante? Quer fazer a propaganda do refrigerante? Quer vender o refrigerante? E, por mais redundante que pareça, não sejam idiotas de colocar um objetivo que implique em foder com quem está avaliando o currículo. Sim, eu já recebi currículos onde a pessoa pleiteava meu cargo.

Eu pessoalmente não gosto do objetivo por achar que ele elimina outras possibilidades, restringindo muito a contratação. Se alguém me diz que seu objetivo é vender bananas, eu descarto a pessoa para vender qualquer outra fruta e qualquer outra coisa, mas se a pessoa me diz que sua área de atuação é trabalhar com vendas, eu posso pensar em aproveitá-la para vender qualquer coisa. Área de atuação > objetivo. Se nada for especificado, dê preferência à área de atuação, mas, novamente, sem deixa-la muito genérica.

Depois dessa parte, começa uma nova etapa, que deve ser devidamente espaçada. É ela que o avaliador vai olhar em primeiro lugar. Grandes chances dela ser o primeiro e maior filtro: o histórico profissional.

Uma das partes mais importantes do currículo é descrever suas experiências profissionais anteriores. Mesmo que não sejam diretamente relacionadas à área que se pleiteia uma vaga, podem ser avaliadas como positivas pelo empregador. Novamente, bom senso para detectar a pertinência: ter feito um curso de primeiros socorros pode acrescer em quem pretende trabalhar com crianças, já ter sido caixa do Carrefour não ajuda quem quer ser cantor em um coral. Se a execução do trabalho anterior gerar qualquer benefício para a prática do cargo ao qual você se candidata, pode colocar. Eu não recomendo inserir curtos períodos ou períodos de experiência que não se tornaram efetivação, pois leva a pensar que o funcionário fez algo de errado e por isso não ficou na empresa.

Estas experiências deve estar datadas, da mais recente para a mais antiga (a mais recente deve vir primeiro) informando o período que você trabalhou em cada local e em qual função. Se não for algo notório, uma breve sinopse das atividades pode ser colocada, mas apenas se não for notório. Coisas como “Caixa do Mc Donalds – funções: mensurar o valor econômico dos pedidos, receber pagamentos, dar troco” depõe contra.

Eventual formação acadêmica, cursos ou qualquer investimento que realmente acrescente valor ao seu passe devem ser colocados, mas sempre com detalhes suficientes para que quem recebe o currículo possa verificar sua veracidade ou referências. E tudo com data também.

NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGUM corte e cole aquelas apresentações prontas (nem crie uma) no estilo “sou uma pessoa extrovertida com bom relacionamento interpessoal, aprendo rápido, comprometida, pontual e cago cheiroso”. NINGUÉM QUER SABER suas características psicológicas ou comportamentais, a hora disso é na entrevista, não no currículo. Fora a vergonha de precisar cortar e colar algo, denotando a total incapacidade de criar três linhas com seu próprio cérebro. Quem avalia seu currículo está cansado de saber que é corta-cola, já viu centenas desses no mesmo dia. Você vira automaticamente “mais um”.

Não fale de características pessoais suas, isso vai fazer seu currículo ir parar na lata de lixo de qualquer empregador sério. Eu jamais colocaria nada de “habilidades e competências”, acho que os trabalhos, cargos, empregos, funções e formação dizem exatamente quais são as habilidades e competências de alguém. Salvo situações muito excepcionais, eu pularia essa parte que soa como mentira e bravata. Me lembra aquele vídeo do Murilo Gun sobre o estagiário.

Ninguém quer saber características da sua personalidade nesse momento. Ninguém quer saber da sua vida pessoal. É SEM NOÇÃO inserir estas informações. Prova que a pessoa é bosta o bastante para precisar ficar se auto-elogiando. “Sou uma pessoa alegre”. Vai ser alegre e desempregado, o que se procura é qualificação e não alegria de viver, a menos que o cargo seja para palhaço de circo. E nem sonhe em citar hobbies no currículo, ninguém quer saber. Rechear um currículo pequeno com essas baboseiras é o que mais elimina chances de contratação. Não tem experiência? Coloca onde estudou mas não coloca que gosta de escutar música, ver novela e ir ao cinema.

No máximo, o que vale é um apanhado das suas qualificações profissionais: exatamente o que você sabe fazer, como você contribuiu para os outros lugares onde trabalhou. Ex: ninguém quer saber se Bill Gates é bem humorado e alegre, mas pesa citar que ele desenvolveu o Windows.

Eu não colocaria pretensão salarial, a menos que fosse uma exigência expressa para a vaga. A pretensão salarial te elimina se for muito acima ou muito abaixo do que pretendem pagar, ou seja, as chances dela depor contra você são bem maiores do que as de ajudar. Se não perguntarem, não fale. Negocie na entrevista.

Currículo também não é lugar para colocar referências, nomes de ex-empregadores e telefones. Novamente, se pedirem, entrega-se em separado. Jogar no mundo nome e telefone das pessoas é deselegante.

Idiomas. Todo mundo mente. Justamente por todo mundo mentir, todo mundo sabe que todo mundo mente. E por todo mundo saber que todo mundo mente, todo mundo testa. Pense bem na vergonha que você vai passar se começarem a conversar com você em inglês, espanhol ou francês e você ficar com cara de bunda, respondendo truncado. Melhor não. Se eu contasse o numero de vezes que dei uma calça arriada em Zé Ruela que botou no currículo que tinha “espanhol básico”…

É sempre bom informar até que ponto de informática você domina. Mas, novamente, todo mundo mente, então, todo mundo verifica. Não minta, na dúvida diga que tem noções básicas sem especificar muita coisa (a menos que o cargo exija).

Um currículo deve estar datado (afinal, a experiência, cursos e bagagem de um profissional muda com o passar dos meses) e assinado. Deve ser entregue preferencialmente em mãos.

Nada de anexos, adendos ou súplicas contando história triste, pedindo chance ou tentando convencer a pessoa a te contratar. É vergonhoso e depõe contra.

Um currículo deve ter, preferencialmente, UMA PÁGINA. Isso mesmo, UMA FUCKIN’ PÁGINA. Se tem mais do que isso e você não é um puta profissional experiente, você está errando na otimização das informações. E mesmo para puta profissionais experientes, não deve passar de duas ou três páginas. Menos é mais, se preciso for, selecionar os cursos mais relevantes e pertinentes a aquela vaga e omitir outros. E faça uma boa revisão do português, é um documento pequeno demais para tolerar erros, mesmo que sejam de digitação.

Acredite, só de atender aos requisitos formais mínimos e respeitar um patamar básico de bom senso você já passa na frente da maior parte dos candidatos. Faça a experiência e constate.

Para me advertir que o Brasileiro Médio também contrata e por isso bom senso pode ser um tiro no pé, para dizer que sempre mentiu no idioma e nunca foi desmascarado ou ainda para dizer que não precisa de currículo pois tem filhos o suficiente para não ter que trabalhar: sally@desfavor.com

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Comments (56)

    • Como alguém que já leu muitos currículos, posso te dizer que brevidade conta muitos pontos. Eu colocaria o cargo mais alto como atual e deixaria a evolução como tópico de conversa.

  • Olá, gostaria de uma opinião sobre o nome no currículo. Eu tenho um segundo nome feio, mas sempre coloco meu nome inteiro no currículo, o nome causa alguma impressão no recrutador? Será que poderia abreviar meu nome?

    • Nina, depende do cargo para o qual você está se candidatando. Na dúvida, eu abreviaria ou até suprimiria o nome feio…

  • Ei Sally, estou fazendo um novo currículo com as suas dicas que são incríveis. Me bateu uma dúvida. Trabalhei em uma mesma empresa duas vezes. A primeira foi como aprendiz, por 11 meses e quase 02 meses depois de meu contrato ter encerrado como aprendiz, fui contratada pra ser funcionária efetivada. No meu currículo coloquei isso bem específico, as duas experiências separadas, mas já veio gente me dizer que estava errado, que era pra colocar tudo junto. Me ajuda! Ponho essas informações separadas ou juntas?

  • Li suas sugestoes, fazendo anotacoes. Nao existe coincidencias. Estou preparando/revisando um curriculo e o que encontro aqui?

    Nao se trata de bondade Sally. Você é mesmo genial!

    Continue…

  • Ei, tia e se for currículo pra telemarketing, eu já trabalho numa empresa de manhã e quero conciliar pra tarde em outra. Isso se põe no currículo? No objetivo ou em outo lugar? Porque tem empresa que não aceita quem já trabalha e isso me pouparia de ir a processo seletivo à toa.

    • O que eu faria: não colocaria e não falaria que trabalho em outro turno, diria apenas na entrevista que minha disponibilidade é para o turno da tarde/noite. Se você for muito bem na entrevista, pode ser que abram uma exceção para você.

  • Então seria melhor não botar os cursos que fiz por ex em 2000 Informática por ex ainda era Windows antigo, Office antigo etc
    Poeque eu até boto, mas sem data, daí não sei se prejudica maia que ajuda. Vc me confundiu!

    • Depende da área para a qual você pleiteia uma vaga. Eu colocaria como habilidade o domínio dos programas em questão sem citar curso

  • Gratíssima pelas dicas, Sally! Fiquei muito feliz com elas, são muito boas! Eu já seguia de certa forma algumas delas, mas vi neste texto uma oportunidade de melhorar, pq sempre é bom melhorar. :)

    E já que vc fala tanto no BM – brasileiro médio – eis aqui a mais nova vítima da inquisição virtual facebookiana: Ed Motta, que desceu a lenha no BM e um monte de BM ofendidinho tá “tirando satisfação” na rede. Eis aqui uma das reportagens a respeito do que ele disse e do bafáfá que isso gerou:

    http://g1.globo.com/musica/noticia/2015/04/nao-falo-em-portugues-no-show-diz-ed-motta-sobre-tour-na-europa.html

  • No meio academico a gente usa o Curriculo Lattes, um curriculo padrao do CNPq. Mas as dicas que você dá são muito boas, vou ver se dá pra melhorar o meu com elas. Obrigado!

  • Não lembro em que programa vi esses dias uma matéria sobre as maiores cagadas que as pessoas fazem no currículo. Tinha currículo com foto da criatura na praia, com o cachorro no colo e o meu preferido: o sujeito colocou a foto dele com um amigo e entre parênteses “(sou o da direita)”. Hahahahaha

    • Hahaha, foto com cachorro e amigo foi top! Rachei tb com estado civil namorando e emails bizarros. Lembro que um colega meu tinha o email em vez de botar o nome dele, botou de um jogador de futebol que ele era fã.
      Sal, vc podia fazer um sobre bizarrice em entrevista de emprego. Tem umas bem divertidas!

  • O que mais me fode em currículo é o fato de eu não ter tido experiências. Procuro emprego desde os 17 e com 22 ainda estou aí correndo atrás, com estágios e outros pequenos serviços. Minha cidade é pequena e a maior área de contratações é mesmo o comércio, mas não tenho as habilidades necessárias, então nem me arrisco e fico tentando noutros setores.
    Mas sempre vem a pergunta “tem experiência na área?”. Foda-se se eu conseguiria aprender as coisas rápido. É sempre o “ok, qualquer coisa a gente liga de volta”, mas nunca ligam rs.
    Enfim, obrigada pela ajuda, Sally. Algumas coisas eu já sabia e aplicava, mas me tirou umas dúvidas. Isso é bem BM supersticioso, mas cruzo os dedos para que finalmente funcione comigo HAHAHA

    • Michele, o que eu faria se fosse você é adquirir experiência na marra, nem que você se ofereça para trabalhar de graça como estagiária, auxiliar ou trainee por um tempo para aprender e aquecer seu curriculum.

      • Michele, entendo vc, também moro em cidade pequena onde o foco é o comércio. Não tive alternativa a não ser começar por ele mesmo, no fim das contas até me ajudou pois aprendi a lidar com o público, o que é útil em meu emprego atual no qual algumas vezes ministro eventos. Uma boa dica complementando o que a Sally sugeriu, é procurar oportunidades de benchmarking/visitas técnicas em sua área. Se importaria em me dizer qual estado mora e qual é o seu setor?

    • É o Teorema de Tostines. A pessoa não tem experiência pq ninguém dá chance e não dá chance pq não tem experiência. Tem lógica isso q os BMs empregadores fazem?
      Isso de se ofertar em estágio sem cobrar, só pra aprender achei sensacional. Eu tb nunca tinha pensado nisso. Só a RID mesmo pra nos orientar.

      • Já passei muito por isso, de porta se fechar por não ter experiência. Até que decidi trabalhar e dar de graça meu trabalho para algumas pessoas por um tempo e depois secar a fonte. Pode não dar certo de imediato, mas ao menos, se você for uma pessoa capaz, o empregador vê que mesmo sem experiência você faz mais bem feito do que muita gente meia boca cheia de experiência.

        Sabe que eu até prefiro gente sem experiência? Posso moldar do meu jeito. Gente com experiência NO BRASIL vem cheia de vícios, malandragens e truques. Os empregadores deveriam repensar esse corte por falta de experiência. Já tive ótimos resultados de pessoas sem experiência que descobriram caminhos novos, criativos, por não estarem cheias de vícios, no pilto-automático.

  • É o que já foi escrito de melhor sobre isso, vou recomendar – começando pela minha irmã – esse problema acabou, “@” ! // Não mudou tanto desde quando tive isso em aula de 6 ou 7 anos atrás. Já começa pela parte do título de nem ter que haver mesmo, porque ouvir que “currículo vital” era correto como “curriculum vitae” pu simplesmente “currículo” era “tão BM” por parte daquela tão excelente professora… :/

  • Não é exatamente no curriculo, algumas empresas te fazem preencher uma ficha adicional em que é perguntado o nome do pai e da mãe, alguns perguntam até em que cidade nasceram.
    Alguém sabe pra que isso serve?
    Não tenho certeza, mas acho que é pra fazerem algum tipo de busca em algum órgão público pra ver se você tem antecedentes negativos, por exemplo se ficou algum tempo amparado pelo INSS, essas coisas.Alguém mais tem um palpite?

    • Sim, tem empresas fdp que vão fuxicar se tu ou teus parentes tem nome sujo, no meu caso eu já entrei na blacklist de empresas pq meu pai era advogado trabalhista e já tinha atendido ex funcionários e fodido com várias empreasas fdp. Pra quem não sabe, a blacklist existe na hora de contratar. Não sei como exatamente essa merda é feita, se há um banco de dados, se há filtros customizavel, etc…

  • Já ouvi muito sobre essa de ser 01 página só. Fiz isso no meu, apesar que já era bem enxugado. Dá resultado!

    O bom que na minha área o currículo é o de menos, o que importa é portfólio.

  • Gostei muito das dicas.
    Vou anotar para nunca esquecer.No meu caso, principalmente a parte do “MENOS É MAIS!!!!”

    PS: Uma curiosidade boba: Você escreve o que na nacionalidade? Argentina ou brasileira? (creio que você deve ser brasileira naturalizada)

  • Que idade o que! Que peçam data de nascimento, mas idade não. Essa gente não sabe que é feio perguntar idade de uma dama? haha!

    • haha

      Enquanto possível escolher muito melhor data de nascimento – se é para a idade ser um critério, especialmente se a intenção “da PJ” neste sentido chegue a parecer saber se entre “recém-completada”, “na metade / idade e meia” ou “quase na seguinte / idade incompleta”…

  • Pela glória dos orixás minha área não precisa de currículo, mas sim de um demo reel. Demo reel é uma mídia que contenha seus trabalhos em vídeo, artes, finalizações, reportagens e etc. Mesmo assim é um artigo raramente pedido, já que o que vale mesmo é a indicação e o network. Até hoje não sei como me dei bem na área, já que sou antissocial e avesso a puxar o saco de figurões….

  • Em alguns sites eles ensinam a preencher só as 3 últimas experiências e só as que tem a ver com a área pretendida. Em outros sites ensinam a não colocar idade porque isso geraria preconceito e foto só se o recrutador pedir. O Google é uma salada mista. Eu acho importante preencher idade pra evitar perda de tempo de ir a entrevista à toa. Achei esse texto o mais explicativo, vou repassar…

    • Eu acho idade importante sim.

      Sobre as experiências, é como eu disse: UMA PÁGINA. Se a pessoa trabalhou em 40 lugares, não vai dar para colocar em uma página e apenas as últimas devem ser colocadas.

      Também concordo que foto só cabe se for pedido, a menos que seja um cargo onde aparência seja preponderante, como por exemplo vendas. Todo currículo de vendedor tem que ter foto.

    • Houve uma vez em que fui OBRIGADO (como participante daquela seleção horrível !) a usar o pior formato de todos, de outro site sem ser o “deles” – então eles realmente queriam (?!) até fossem sejam listadas características pessoais, o (abominável e ridículo mesmo, concordo !!!) objetivo, a (odiosa !!!) pretensão salarial e nem sei o que mais – eram umas três páginas pelo menos, pqp ! Tempos difíceis esses meus de “recém-universitário” (3 a 4 anos atrás)…

      -__________-

      • Mas aí não é currículo, é preencher um formulário deles. Acho péssimo, tem coisas que não adianta perguntar por escrito que a pessoa vai mentir e ninguém vai saber depreender isso

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