Relacionamentos terminam, mas muitas vezes deixando algo mal resolvido. Não é raro que um ex tente uma reaproximação depois de algum tempo, mesmo com a outra pessoa estando numa nova relação. Sally e Somir acreditam no direito das pessoas de tentarem, mas não se bicam quando falamos do lado da pessoa que recebeu essa proposta. Os impopulares reconciliam suas opiniões.

Tema de hoje: Contar para o(a) atual que o(a) ex tentou dar em cima?

SOMIR

Não. Quer dizer, não se você não for do tipo que gosta de ver o circo pegar fogo ou não estiver considerando um ‘revival’. Como já mencionei várias vezes aqui, não acho omissão um crime tão grave quanto mentira, desde, é claro, que a omissão seja bem intencionada. Vulgo não criar confusão ou chatear alguém que você gosta.

E embora o parágrafo inicial vá espantar muitos possíveis simpatizantes do meu ponto de vista, insisto no argumento: o conceito de honestidade é tratado de uma forma irreal na criação da maioria das pessoas. Somos ensinados que sincericídio é a única forma nobre de lidar com as informações que temos, sendo que na prática cansamos de ver situações onde omitir ou mentir são as soluções mais humanas. Como ninguém explica honestamente quando controlar a verdade, as pessoas tendem a ficar presas numa espiral de hipocrisia, cada vez mais vocais sobre sua pretensa honestidade, cada vez mais afeitas a mentir. Isso só joga contra a verdade.

Se você for racional sobre suas necessidades de controle da verdade, a tendência é reduzir sua prevalência. Uma omissão bem colocada evita que a situação escale negativamente. A verdade no momento errado pode te empurrar para uma situação complicada, talvez te incentivando ainda mais a mentir para escapar. As pessoas tendem a ser muito ruins nisso de negociar confrontamento: muita gente entra em pânico e tenta de tudo para se livrar da briga. Ou pior, entram com todas as armas na discussão, o que só faz estragar a relação.

Se uma ex aparece para mim com segundas intenções (e eu não estou interessado em perseguir essa relação – como é evidente para este texto), o correto é cortar imediatamente e não permitir que o assunto siga em frente. Nada nessa vida funciona tão bem para afastar alguém do que isolamento total. Isso significa fechar o canal de comunicação e matar toda a história numa pancada só. Não vai para frente.

Porque contar para a parceira atual é dignificar aquele contato indesejado com uma extensão de importância. Fui suficientemente válido para cair na sua relação atual? Se não foi nada e você fez a coisa certa bloqueando na hora, você resolveu o assunto. Não vai poluir o relacionamento que está funcionando. A sua parceira atual vai fazer o quê se você já fez tudo? Por que colocar esse fantasma na vida de alguém que você gosta?

Por mais racional que seja uma pessoa, essa pergunta vai surgir na cabeça dela: “Por que ele me contou isso?”. Nunca tive que lidar com homem nesse tipo de caso, mas mulher tende a entreter esse tipo de assunto na cabeça por MUITO mais tempo do que o aceitável. São dois bilhões de neurônios a menos, mas, cacete… os que estão lá tem um poder de retenção e escrutínio assombroso! Ela vai ficar encanada. Ela vai dizer que não, como boa parte das nossas leitoras vão dizer se tocarem nesse assunto, mas ela vai criar um universo paralelo de possibilidades negativas com essa pergunta na cabeça.

Se ela for mais barraqueira e hormonal, vai descer a lenha em você na hora, te culpando pelo contato. Você vai explicar que não tem culpa, ela vai achar uma forma de te culpar. Spoiler: elas normalmente ganham. Você fez a coisa certa e ele te puniu. Outra possibilidade: se ela for mais introspectiva e insegura, vai começar a enxergar o fantasma da ex em qualquer canto e você vai ser punido por isso. Vai ser como se você tivesse dado motivos para ela desconfiar de você. E com certeza vai ter aquela que vai te acusar na hora de estar fazendo um ‘leilão’, como se sua honestidade fosse um aviso para ela ficar mais esperta, novamente transformando algo nobre numa forma de te punir.

Se ela não for mala assim, ainda vai guardar tudo naquele compartimento da memória que eu chamo de “baú da reversão”: é onde ela guarda todas as informações sobre você que podem e serão usadas numa discussão para te desequilibrar se você estiver ganhando. Vai ouvir um “volta para sua ex, você não fez questão de me contar?” na hora que menos esperar. E eu duvido que tenha um homem aqui que não tenha levado uma invertida espetacular de uma mulher usando o baú da reversão, e é incrivelmente eficiente. As mulheres mais histéricas e as mais racionais usam desse artifício igualmente. Quanto mais vazia essa porcaria estiver, melhor. Omita para seu próprio bem.

Homens piram por motivos ridículos também, tenho certeza. Aposto que as mulheres temam uma “fúria vingativa” neles. Dá vontade de enfiar a porrada em homem que dá em cima da sua mulher, é a natureza. E homens com características parecidas de desconfiança e insegurança também vão apresentar os comportamentos que eu mencionei anteriormente. O ideal é encontrar alguém que não se preste a esses papéis, mas a maioria das pessoas não tem paciência para ficar procurando tanto assim. A tendência é que seu(sua) parceiro(a) tenha algum problema para lidar com esse tipo de revelação.

E mesmo que você esteja com alguém que recompensa honestidade (ha!), ainda tem um ponto importante: não se garante, é? Tem que pedir ajuda para cortar contato com uma ex com segundas intenções? Assuma a própria responsabilidade e resolva sozinho. O que a atual tem a ver com seu passado amoroso? O problema não é dela e é uma medida de carinho e atenção não passá-lo para ela. O seu passado é passado, e se ele quer virar presente, azar dele… se você faz sua parte, continua sendo irrelevante na relação atual.

Aceito que omissão sobre coisas que afetam a atual seja algo ruim, mas sobre o que não interfere em nada com ela? Aí é sua informação, você a controla. Mas, ei, cada um que cave sua cova. Se quer continuar com uma visão idealizada e impraticável do que configura uso ético das suas informações, divirta-se. Mas saiba que está dando murro em ponta de faca.

Para me chamar de mentiroso, para dizer que aposta que eu sempre me ferro por excesso de confiança, ou mesmo para dizer que não conta e ainda pede umas fotos sacanas para soltar na internet depois: somir@desfavor.com

SALLY

Comunicar a seu parceiro que algum ex seu te procurou ou entrou em contato com segundas intenções? Sim, é uma questão de lealdade e ética, mas, acima de tudo, é minha paz de espírito que está em jogo: não vou omitir algo que, se descoberto, vai me gerar dor de cabeça e despertar desconfiança.

Semana passada falamos sobre contar ou não a respeito de uma proposta de emprego do concorrente para o seu patrão. Eu disse que não, que pareceria uma autopromoção barata. Hoje o assunto meio que se repete, mas na esfera pessoal. Como para mim amor é diferente de trabalho, minha opinião muda: se um ex meu entra em contato de alguma forma com segundas intenções, eu primeiro dou um corte, depois comunico a meu atual. Prefiro que saiba por mim, pela minha boca.

Atenção para aqueles que acham que existe a opção “nunca vai saber”: é meio gato de Schrödinger. Pode saber como pode não saber. Mesmo as coisas mais “indescobríveis” podem voltar para te morder na bunda, aprende desde já essa lição e vai se poupar de muito aborrecimento na vida. Quem parte da premissa “impossível descobrir” já começa errado, com um plano medíocre e com grandes chances de falhar. Trabalhe sempre com todas as possibilidades, esteja preparado para o pior. Não, não é pessimismo. Espere pelo melhor, mas esteja preparado para o pior.

Eu trabalho com a premissa que mentiras e omissões sempre podem ser descobertas. No meu conceito de relacionamento, uma mentira ou omissão envolvendo este tema é grave o bastante para provocar uma quebra de confiança que abalaria seriamente a relação. Então, meus amores, por mais dor de cabeça que me dê falar que um ex está dando em cima de mim, eu meto bronca e falo, pois prefiro ter algum aborrecimento do que colocar em risco algo que me é precioso: a confiança, o relacionamento. Relacionamento é composto de bons e mais momentos, quem quer o bônus tem que encarar o ônus. Não existe só bônus em nada na vida.

E tem mais: esse papo de não falar para evitar problema é o maior causador de problemas do universo. Não falar adia o problema, em um efeito bola de neve que o potencializa. A pessoa vai te encher o saco se você falar a verdade? Vai te perturbar muito? Bem, queridos, cabe a vocês colocar limites. Se é uma pessoa tão chata que vai te encher tanto o saco a ponto de você precisar mentir para ela para ter paz, desculpa mas… o que você está fazendo ao lado de uma pessoa assim? Reflita. E não, não são todas as pessoas que são assim, você é que está escolhendo errado.

Eu gostaria de ser cientificada se uma ex entrasse em contato com um parceiro meu com segundas intenções. Eu consideraria, no mínimo, suspeito, que isso me seja omitido. E se fosse por covardia, por medinho de ter dor de cabeça, pior ainda, pois não acharia a pessoa infiel, mas acharia um bosta sem culhões, sem coragem de falar as coisas. Um cuzão protelador que topa tudo, inclusive magoar a pessoa amada, só para não ter que lidar com uma situação desagradável.

A partir do momento que um(a) ex liga se declarando ou fazendo qualquer movimento pela retomada da relação (ou coisa do tipo), aceita: você se fodeu. Faça o que faça, você se fodeu, isso É dor de cabeça por qualquer ângulo que você olhe. É como ver a esposa do seu melhor amigo traindo ele. Você está fodido. Se falar pode dar merda para você, mas se não falar estará sendo desleal e a merda pode ser maior ainda se ele descobrir.

Então, como a coisa vai feder de qualquer forma (não seja arrogante de se achar o mestre da mentira, cedo ou tarde a verdade bate à porta), eu prefiro colocar tudo às claras, para ter certeza que a pessoa ouviu a versão verdadeira. Sabe-se lá como isso vai chegar no ouvido da pessoa no futuro. A minha parte eu fiz, eu fui sincera, eu fui honesta, eu contei o que tinha para contar. Não quer acreditar? Quer ficar me enchendo o saco? Tá joinha, vai tomar um fora. Foda-se, a minha parte eu fiz e fui correta. Não pauto minhas decisões na reação do outro, pode me encher o saco, eu vou fazer o que eu acho certo.

Sempre tem um hippie para dizer que isso não diz respeito ao parceiro. Oi? Se é uma relação monogâmica onde existe um compromisso de fidelidade recíproca, é claro que isso diz respeito. E mesmo que você ache que não, a outra pessoa pode achar que sim. Não vai respeitar a opinião alheia só por discordar dela? Vai sujeitar o outro a mágoa só porque VOCÊ acha que isso não é motivo para mágoa? Francamente, passe a verdade adiante e deixe o outro decidir o que ele faz com essa informação, se é importante, se é relevante. Na dúvida, sempre fale. Omissão é, além de desleal, feia e covarde.

Omissão também é mentira, e mentira nos consome muita energia, atenção, atividade cerebral. Sustentar uma mentira a longo prazo em um relacionamento parece fácil, parece “piloto automático”, mas não é. Te consome capacidade cerebral mesmo que você não perceba. Me recuso a viver refém de uma mentira, ainda uma mentira boba como essa. Negar que você matou alguém é questão de sobrevivência mas negar que tal pessoa te mandou um Whatsapp no meio da madrugada escrito “ainda te amo” é covardia.

É sem importância? A pessoa estava bêbada? Você não gosta mais da pessoa? Foi irrelevante? PARA VOCÊ. Deixe seu parceiro mensurar o valor disso, pois afeta a ele também. Não fale pelos outros, não pense pelos outros. Não imponha seu achar, seu valores e sonegue a verdade, impedindo o outro de tomar decisões de posse de todas as informações. A menos que, em algum ponto, o outro tenha te dito “não me conte, não quero saber”, a coisa ética a fazer é contar.

Até para evitar que eventualmente a pessoa saiba disso por terceiros e fique com cara de idiota. Horrível saber das coisas por terceiros. Por mais inofensiva que seja a informações, é humilhante saber algo que te diz respeito através da boca de terceiros, quando seu parceiro já sabia e não se dignou a falar. Poupe a pessoa amada disso. Sério mesmo.

Vamos ter culhões, uma vez na vida? Vamos falar a verdade, mesmo que isso gere um aborrecimento? Vamos, só para variar, valorizar a verdade e perceber que se o parceiro não sabe lidar com a verdade, a solução digna é trocar de parceiro em vez de omitir? Vamos?

Para dizer que eu só defendo esse absurdo por não namorar mulheres, para dizer que não sabe opinar pois você é sempre o ex que entra em contato ou ainda para dizer que ex é fichinha e está mais preocupado em que uma esposa não descubra a outra: sally@desfavor.com

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Comments (37)

  • Tenho lido muito pouco dos conteporaneos, exceto os eximios escritores Somir e Sally e alguns juristas. Mas quando a dica vem da Marina, anoto imediatamente. Ela tem bom gosto!

    Bem, quando começo um relacionamento, a primeira coisa que digo é: “Nao encare isto como uma ordem. Este tempo ja passou. Mas, se voce puder atender meu pedido…Gosto de jogo aberto, prato limpo. Portanto, serei candido e honesto com voce.”

    Uma namorada me contou que o ex (pai de sua filha), convidou-a pra sair. Admirei-a muito por sua coragem e honestidade. Considerei a informação e descartei.
    O cara convidou de novo. Fiquei irritado. Ela me persuadiu a evitar problemas. Mas, certa vez, acabei encontrando o cara. Gostei dele, ele tambem gostou de mim. Bom, agora acabou. Parece que ele nao acreditava que ela tinha outro.
    Depois de ter me conhecido pessoalmente, nao houve mais convites. Caso haja, nao havera tolerancia. Nem vou conversar.

    Ela foi honesta comigo, como tinhamos combinado. Nao houve problema algum entre nos por causa disso.
    Contudo, é necessario pensar se vale a pena afrontar o ex, pois se houver tragedia, a mina se sente culpada e nao conta mais. Quanto a mim, o unico inconveniente (alem dos ja citados pelo Somir) é que, sendo honesto, a menina fica na cola mesmo (atitude compreensivel). Mas, assim é melhor PRA TODO MUNDO.

  • O Somir, pra variar, sempre argumenta bem; mas eu tendo a concordar mais com a Sally nessa: acredito que, em um relacionamento, para que haja fidelidade e reciprocidade a pessoa deve saber o máximo possível sobre mim: me conhecer bem, meus gostos, meus gestos, como eu ajo, como eu penso, bem como meu passado, e isso inclui obviamente os exs. Melhor ter a ficha limpa e dizer na cara do atual as coisas do que omitir uma coisa dessas e acontecer qualquer coisa pior depois. Sinceridade é fundamental num relacionamento. Sempre!

  • Sally e Somir, sei que não é exatamente o assunto do texto mas gostaria de saber como vocês lidam com a amizade após o término do relacionamento de vocês, principalmente como agem com os respectivos novos namorados (as). A maioria dos comentários e o pensamento geral é que “Ex bom é ex morto” mas como agir quando não se tem a intenção de ter um relacionamento amoroso, apenas amizade verdadeira?

    • Primeiros seis meses = Não dá para ter qualquer contato. NÃO DÁ. NÃO DÁ, se não a dor não passa.

      Depois, reaproximação gradual, se ambos estiverem na mesma página. Para mim, o ciclo de luto completo só se fecha depois de um ano. E mesmo assim, é muito estranho ver a pessoa com outro. Somir e eu nunca nos expusemos a isso, simplesmente não queremos saber da vida pessoal do outro. O fato de morarmos tão longe ajuda, não tem o menor risco de um encontrar com o outro no restaurante da esquina jantando com terceiros. Não sei se morando próximos funcionaria, grandes chances de estarmos brigados e separados se fosse na mesma cidade.

      • Olha, eu tendo a discordar um pouco: acho que é necessário sim um tempo de distanciamento da pessoa, mas esse tempo varia de pessoa pra pessoa. Acho que seis meses é lá muita coisa. Eu, com uns um ou dois meses já estou de boa em relação a isso. E acho legal quando a relação termina bem e tu consegue alimentar uma amizade com a pessoa, sabendo separar bem as coisas, e não sentindo mais nada por ela. É um exercício psicológico meio hard, mas… costuma funcionar.

        • Engraçado, eu acho que quando termina mal é mais fácil, pois raiva passa mais rápido do que amor, carinho, admiração ou outros sentimentos positivos. Quando acaba com raiva eu penso “foda-se, esse problema não é mais meu, azar de quem encarar isso” e fica mais fácil.

        • Pois é Ge, às vezes a relação vira amizade mesmo, não existe mais desejo ou atração física por exemplo. Mas isso só ocorreu em um caso onde eu era amiga dele antes de namorarmos e temos muito mais tempo de amizade que tivemos de namoro, nos outros tomei raiva e prefiro manter distância. O problema é que por mais bem resolvido que esteja esse sentimento entre os dois sempre tenho problemas nos novos relacionamentos por isso quis saber como a Sally e o Somir lidam com isso.

            • Invi, posso discordar? Dizer que as pesosas “estão cada vez mais superficiais ou falsas” é ter certeza de que antes elas eram confiáveis. Antigamente quanto? Há 100, 200 anos? Como ter nostalgia de um tempo que você não viveu? Ou você quis dizer há poucas décadas, quando você e seus amigos eram crianças? Quanto mais novos somos, mais sinceros somos. Pode ser por isso que você tem essa impressão.

              • Se me permite a réplica…

                Dizer tal coisa não é “ter a certeza de que”, mas sim, “implicar dizer que…”. Talvez Invi tenha dito isso não baseado na experiência do passado, do que ela viveu ou não viveu, ou mesmo em relação à “pureza” da infância. Talvez ela tenha dito isso baseado na análise de padrões, depois de ter observado o comportamento de várias pessoas há muito tempo. Eu mesmo faço isso as vezes. Tudo bem que a fala dela implica uma generalização, mas também não dá pra levar ao pé da letra.

                Para além de questões técnicas de argumentação, eu realmente acredito que as pessoas hoje estejam mais superficiais e falsas. O que não implicar dizer que elas eram menos superficiais e falsas no passado, não tenho lá capacidade para falar com certeza, então…
                Mas, de fato, sentimento verdadeiro hoje anda raro viu? Não falo nem em relação a amor/paixão, mas um mínimo de cuidado em relação ao outro, um mínimo de amizade, respeito, consideração pelo outro… Isso realmente anda raro hoje em dia.

          • Omitindo que já fomos namorados no novo relacionamento? Omitindo O DESFAVOR inteiro no novo relacionamento? hahahaha

  • Também conto e principalmente nos casos em que o ex é um desequilibrado. Pra não deixar nenhuma brecha de dúvidas. Conheço altas historias de gente que o ex, tentou criar uma situação constrangedora para a namorada. E não colou pq a namorada contou tudo para o atual.
    Acho que tudo se resume em confiança e vc mostrar pro namorado que vc não está pra brincadeira acho positivo. Ninguém suporta sentir a insegurança do outro. Sempre é bom saber em que terreno se está pisando.

    • “…mas acharia um bosta sem culhões, sem coragem de falar as coisas. Um cuzão protelador que topa tudo, inclusive magoar a pessoa amada, só para não ter que lidar com uma situação desagradável.”

      Adorei essa parte! É o mesmo perfil do cara que fica matando na unha a namorada esperando que a mesma tome a iniciativa de terminar. Um bundão…

    • fantasma do lençol

      Isso! Teve uma vez que a vadia da ex ficava me ligando direto e minha namorada claro que ficava puta. Eu combinei de deixar meu cel com ela pra vadia achar que a gente tava morando junto. Avadia ligou um dia e quando minha namorada atendeu ficou muda. Em seguida lugou de novo e antes da minha namorada dizer alô ela foi dizendo pra tentar intriga “Oi, amor” Por isso eu digo pra manter distância dos ex.

      • “A vadia”

        Lamentável. Mais lamentável ainda esse teatrinho ao qual você se prestou. Francamente, você e sua namorada são dois babacas idiotas que dão importância demais a essa ex. E digo mais: se você não gostasse dela ainda não fazia esse circo todo.

          • Esse é o tipo de pessoa. Alicate inclusive chama as ex de vadias, nem se dar conta que isso é mais um auto-esculacho do que uma ofensa à ex. Vadia ok, ruim, mas pior ainda quem pega/namora vadia, não? Quão difícil de ver é?

  • fantasma do lençol

    Tem que contar pra deus e o mundo que o ex bom é ex morto ou ex morta veio assombrar. Eles fazem de sacanagem mesmo, só pra minar o novo relacionamento! Dou troco jogando lama na reputação, espalhando que veio me piranhar.

  • Cada vez que leio um texto sobre relacionamentos aqui no Desfavor vou ficando mais contente por nunca ter tido um. Sério, ex ligando atrás? Que mundo essa galera vive? Se separou e está com outra já era não? Pra que chutar cachorro morto……

    Enfim, sobre o assunto do texto, não sei, mas talvez eu contaria um contato desse, mas de um jeito que mostrasse como eu realmente não gostei do contato, no melhor estilo, “nossa, cê nem sabe a merda que passei hoje cedo, sabe a fulana, minha ex, aquela (adjetivo negativo) sabe? Então ela (forma do contato), tava querendo voltar, nossa, nunca que eu ia te largar para voltar com aquela (adjetivo negativo diferente)”

    Isso seria suficientemente eficaz Sally?

      • “Sabe aquela maluca da minha ex, a fulaninha? Pois é, me procurou querendo voltar. Nem me dei o trabalho de responder, vesti a roupa e fui embora. Nunca na vida que eu volto com aquela biscate!”

    • Complementando o raciocínio do Guto, ao partir da premissa de suprimir da memória (tanto interna quanto externa) todos os contatos dos ex-alguma coisa (exceto ex-marido para cobrar algum dever legal), sim, se alguém do passado fizer contato de alguma forma, sim, faço questão de contar, justamente por ter enfatizado ao parceiro atual jamais ter dado a menor abertura para o passado como postura. Questão de coerência.

  • Não. Jamais falaria.

    Omissão não é mentira.

    Concordo com o Somir: “O que o atual tem a ver com nosso passado amoroso?” NADA.

    Lealdade é sermos honestos em relação aos nossos próprios sentimentos, desejos e atitudes. Só isso.

    Se o ex demonstrou querer voltar e eu não tiver nenhum interesse e cortá-lo, por que isso deveria ser relevante para o meu atual parceiro??

    O que ele tem a ver com o interesse dos outros em mim? NADA.

    E daí se o atual descobrir, por outras bocas, o interesse do ex por mim? E daí? Se eu não fiz/desejei/senti/quis nada, em que eu teria sido desleal ao atual?

    Se formos rígidos demais, vamos cair naquele abismo maluco dos evangélicos, que acham que “Pecar em pensamento também é traição.” Ou seja, ver um filme pornô, sentir desejo pela pessoa que está nua na capa da revista, sonhar que está pegando o Will Smith ou a Angelina Jolie, olhar duas vezes para um cara ou moça bonita na rua… tudo é traição! Se houve desejo, ainda que só no pensamento, ainda que jamais concretizado, houve PECADO!

    Mas a Sally foi ainda mais radical que os evangélicos, porque considerou que o interesse de terceiros não correspondido por nós deve que ser exposto como prova de lealdade e ética.

    Você acha mesmo que não contar sobre o desejo/interesse de um terceiro que não foi correspondido por nós é falta de lealdade e ética com o parceiro atual? Mesmo? Sério? Não apenas discordo: não compreendo o porquê de dar tanta importância a algo tão desimportante.

    PS: Impressionante como tendo a concordar com seus textos sobre qualquer tema que não envolva relacionamentos amorosos. Sally, sei que é uma informação irrelevante e também sei que a recíproca é verdadeira, mas eu jamais namoraria alguém como você. Não apenas por este texto, mas por todos os outros sobre relacionamento. Acho você rígida demais. Sally surtada.

    • Concordo, acredito que ficar informando a atual sobre a ex tentando ressuscitar a relação antiga possa ser desgastante para a atual relação, não vejo o que a atual poderia fazer em termos do meu passado amoroso, a não ser criar um tipo de “estado de alerta”, triplicando a vigilância pra ver se não vou “cair na tentação” de reatar com uma ex que, por razões óbvias, já se chama ex (ou seja, ficar preocupada com a volta daquilo que não quero mais, puro stress desnecessário).

      Acredito que as relações não deveriam se misturar, cada relacionamento cria uma fase diferente nas nossas vidas, e um(a) ex chiclete pentelhando o atual relacionamento é um empecilho dos infernos para a paz e estabilidade do mesmo. Se uma namorada minha ainda fica recebendo sms/whatsapp/whatever do ex, me reservo ao direito de perguntar se ela de fato terminou e sepultou a relação. Imagino que ela venha a pensar o mesmo se eu continuo sendo assombrado por alguém que deveria ter me esquecido e não o fez.

      Se uma ex minha me mandasse mensagem no face ou no whatsapp, sequer daria conversa, apaga tudo e bloqueia. Não se trata de mentir, mas de poupar sua relação de um desgaste profundo, e de algo que não parte de você, mas será você o único a ter de descascar o pepino.

  • Não conto e não acho necessário contar.
    Nem tudo em um relacionamento tem que ser partilhado e caso eu consiga resolver o problema sozinha com o ex não vejo motivos para falar. Isso revive uma coisa chata na pessoa que está com você… Já me contaram de ex peguete vindo com segundas intenções e etc. e preferia nem ficar sabendo, mas achei digno que preferiram falar.

    Só acho necessário contar no caso de ameaças, e insistências que podem gerar um desconforto futuro para o casal.

      • Neste caso unilateral não vejo onde o atual é afetado. Não falo. Se a pessoa perguntar se rolou um contato direi a verdade.

        • Não é o tipo de coisa que se pergunte rotineiramente, né?

          Afeta o parceiro a partir do momento em que está desrespeitando-o, tentando ficar com você, ué!

  • Depende do jeito de contar não parece autopromoção. Já aconteceu e eu comentei em to de zoeira: Imagina que aquele sem noção do fulano…
    Quando um namorado ou namorada vê o atual com ex pode começar a pensar coisas e fora comentários de terceiros. Melhor contar sim.

  • Se eu for contar para meu namorado toda vez que um ex me chama para sair estou ferrada. Só contaria se ele insistisse. E se descobrir não vejo problema.

    • Suellen, também adoro Luis Fernando Veríssimo!!!!!!!!

      Esse conto da Regininha parece de humor, mas eu o considero trágico. O final é bastante revelador da personalidade humana. Precisamos da segurança de um relacionamento estável e cheio de regras rígidas de monogamia engessada (e sofrida!) para nos sentirmos adequados socialmente. Mas o nosso desejo é teimoso, inconsequente, desobediente e livre. Livre como nunca seremos.

      Outro conto dele que eu amo: CONTO DE VERÃO Nº 2 BANDEIRA BRANCA. Já leu? Leia! É maravilhoso.

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