O numero mundial de suicídios hoje é maior do que o numero de mortes em função de violência, guerras e desastres naturais, todo juntos. É isso mesmo que você leu. Mais pessoas tiram suas próprias vidas voluntariamente do que são mortas, seja por assassinatos, seja por algum tipo de desastre.

Os dados são da Organização Mundial da Saúde. O suicídio está aumentando progressivamente, inclusive em países mais evoluídos. Discute-se pouco o que está causando essa “epidemia” mundial de suicídios, é um assunto tabu.E, na minha nunca humilde opinião, a pouca discussão que existe está acomodada, monótona e simplória. Estão apenas arranhando a superfície.

Há quem culpe a crise econômica, mas isso não explica o suicídio de pessoas em ótimas condições financeiras, que é uma realidade. Há quem diga que é o estresse: em 2010 aconteceu uma virada importante e a maioria da população mundial passou a viver em grandes cidades, onde o estresse é maior. Há quem culpe a solidão. Estudos indicam que nos EUA 40% dos adultos se sentem sozinhos, uma taxa alarmante. Em resumo, se culpa o “mundo moderno” e suas mazelas.Óbvio que a questão social interfere (e muito) no suicídio, mas… será que é só isso? Talvez estejamos deixando passar algo.

Houve um tempo e que tudo era explicado pela ciência, por dados concretos, por exames médicos. O psicológico não importava, era um mero adendo. Nessa a medicina errou de montão, por ignorar uma parte fundamental e indissociável do corpo: a mente. O pêndulo virou e entramos em uma era onde tudo é psicossomático, inclusive um tumor do tamanho de uma laranja, quando os médicos não encontram uma resposta imediata.

Agora tudo está na sua mente, tudo é psicológico. E nessa também continuam errando de montão. Todos os excessos são ruins, seja pensar que o psicológico não influencia sempre, seja afirmar que ele é o motivo sempre. Hora de equilibrar essa balança. Acredito que aí esteja a resposta para essa epidemia mundial de suicídios.

Um caso famoso no Brasil me chamou a atenção e me fez pensar numa teoria. Um município da zona rural gaúcha chamado Venâncio Aires bateu recordes mundiais de suicídio, intrigando especialistas a ponto de organismos internacionais cobrarem explicações. Lá não tem o estresse das grandes cidades, tem agricultores, e ainda assim era a cidade do mundo todo onde mais pessoas se matavam. Mercado financeiro? Internet? Solidão? Não. Durante muito tempo ninguém conseguia entender de onde vinha aquilo, os “culpados” habituais não estavam presentes.

Não havia poluição, mercado financeiro, estresse de grandes centros urbanos. Mas a cobrança de explicações obrigou um estudo a fundo. Descobriram um denominador comum nos suicídios: o uso de organofosfatos como pesticidas. Começaram a pesquisar na literatura mundial sobre seus efeitos e descobriram que, inalados quando se pulveriza plantações, os organofosfatos entram diretamente no organismo e podem sim gerar um desequilíbrio bioquímico no corpo capaz de induzir ao suicídio.

Os suicidas eram, em sua maioria, agricultores. Muitas famílias relatam que eles não pareciam deprimidos e que inclusive estavam felizes. Bem, até aí, subjetivo demais para ser levado em conta como uma verdade, a família pode não reparar. Mas um dado curioso nos ajuda a seguir pelo caminho certo: os safristas. Safristas são agricultores de ocasião, contratados temporariamente no período de safra, onde a demanda é maior. E justamente nesse período de safra ocorria um aumento de mais de 80% nos suicídios, envolvendo os safristas.

A relação é evidente e existe uma explicação científica: os organofosfatos inibem a produção de uma enzima chamada “acetilcolinesterase”, que regula (controla) um neurotransmissor chamado“acetilcolina”, crucial para nosso humor. É como se a acetilcolina fosse a coleira que mantém um cachorro feroz preso. Enquanto o cachorro estiver com a coleira, está tudo bem, ele dorme, ele não fere ninguém. Mas os organofosfatos cortam a coleira do cachorro e ele ataca sem aviso. Em termos técnicos, inibindo a produção dessa enzima, se aumentam os níveis de acetilcolina, gerando um estado depressivo de origem química.

A culpa não era da família, do casamento ou do filho ser homossexual, era predominantemente químico. Era uma entrada violenta, repentina e em grande quantidade no organismo de uma substância que bagunça com substancias cruciais para a harmonia do corpo, gerando um desequilíbrio bioquímico forte o bastante para induzir o suicídio.

Evidente que por lidar diretamente com os pesticidas os agricultores sofrem um efeito mais rápido e devastador, mas, se você pensar com calma, vai perceber que eles chegam até nós. Em doses menores, sem dúvida, mas diariamente, várias vezes por dia, na nossa comida e em outros produtos que consumimos. O efeito é acumulativo no organismo. Spoiler: a maior concentração de organofosfatos está na lavoura do fumo. Boa sorte colocando mais isso para dentro do seu pulmão, direto na sua corrente sanguínea. Então, será que a longo prazo os organofosfatos também não estão soltando lentamente nosso cachorro da coleira? Esse é um denominador comum no mundo: todo mundo come.

Por um caso atípico, conseguiram detectar que havia uma culpa específica dos organofosfatos. Quantos outros fatores químicos inerentes ao mundo moderno não podem estra minando nosso equilíbrio químico? Certamente existem outros que ainda não foram detectados: brinquedos chineses com plástico de qualidade duvidosa, alguns alimentos congelados e até alguns produtos para cabelo já estão na mira de cientistas. Talvez os suicidas estejam sendo bombardeados com uma saraivada de química tão forte que qualquer conflito social gerasse essa consequência nefasta que é o suicídio.

Atenção e contexto: não quero fazer dos pesticidas os vilões do mundo nem descartar os sofrimentos da alma como componente do suicídio. Só estou colocando um foco na química por achar que ela vem sendo erroneamente ignorada. Hoje existe uma tendência a ter tudo é explicado pelo sofrimento, pela angustia e pelos “males do mundo moderno”. E eu acho que não é só isso.

O mundo já esteve pior do que está hoje. Você se sente estressado por trabalhar demais? Bem, já tivemos épocas de guerras sangrentas, de fome, de violência extrema, bem piores do que nos dias de hoje. Mais dor, mais morte, mais sofrimento, mais isolamento. Por algum motivo extra que não as dificuldades sociais o ser humanos se mata muito mais, proporcionalmente, nos dias de hoje. Evidente que nós, que estamos passando pelo perrengue hoje, achamos que o mundo atual está muito mais difícil de viver, mas a verdade é que se der uma lida nos livros de história com imparcialidade, você vai ver que não é verdade. Tem mais coisa aí.

No Brasil, cerca de 25 pessoas cometem suicídio por dia. O assunto não é muito discutido pois existe um pacto silencioso na imprensa de não falar nele. Acreditam que falar de suicídio estimule suicídio. Como a gente não faz parte do mainstream, podemos dizer que nos últimos 20 anos o suicídio cresceu cerca de 30% entre os jovens no Brasil. Curiosamente, apesar de se dizer o país mais feliz do mundo em pesquisas, o Brasil emplaca o oitavo lugar mundial em suicídios, só perdendo para países realmente muito cagados com opressão, tortura e ditadura.

Hoje, no mundo, uma pessoa se mata a cada 40 segundos. Desculpa mas isso não pode ser apenas (eu disse APENAS) solidão, internet distanciando as pessoas nem estresse pelo trabalho. Estresse todas as gerações viveram, algumas muito mais do que a nossa. Hora de pensar maior. Enquanto continuarem creditando tudo ao estilo de vida, ao emocional, o quebra-cabeça não vai fechar e o suicídio continuará aumentando e sendo tratado como culpa da sociedade e da família.

Não me parece que campanhas contra suicídio sejam a resposta. É hora de focar na causa, fazer uma pesquisa séria e científica sobre a interferência no organismo humano do estilo de vida moderno: menos horas de sono, tipos de substâncias que estamos colocando para dentro do organismo e outros fatores. É preciso compreender a totalidade do mecanismo que está causando essa epidemia silenciosa e, mais do que nunca, começar a falar sobre ela. Não falar não está dando certo.

Os hábitos de vida do ser humano mudaram muito nas últimas décadas. É hora de lançar um olhar científico sobre os impactos disso na depressão e no suicídio em vez de ficar apenas culpando os deprimidos, pedindo que tenham força de vontade e que sejam mais felizes. O fato social existe e influencia mas… e se o fator principal for externo e de origem química?Considerando os efeitos devastadores que causa, acredito que mereça uma investigação mais cuidadosa por parte da comunidade médica, nem que seja para acabar por desmentir essa teoria.

Obs: quão mal está o mundo para uma leiga levantar essa questão?

Para dizer que a culpa da depressão é da coluna A Semana Desfavor, para perguntar se organofosfatos no cérebro podem fazer alguém votar no PT ou ainda para questionar por qual motivo os sertanejos não se suicidam: sally@desfavor.com

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Comments (22)

  • Olá Salky e Somir. Olá desfavorecidos! Saudades…

    Embora já tivesse alguma informação sobre a doença celíaca, foi elucidativo o texto relacionado sobre o suicido.

  • Sally, outro texto fantástico. Você nunca decepciona. Meus dois centavos: desde os 14 anos, sofro de depressão. Exceto por alguns períodos de melhora, sempre tive pouca energia, muita sensibilidade e oscilações terríveis de humor. Cheguei a seer diagnosticada como bipolar. Tentei uma miríade de remédios psiquiátricos e terapias para tratar o problema, apelando até para algumas religiões, mas nada adiantou. Fiquei desiludida com a medicina tradicional, virei agnóstica e passei a pesquisar alternativas naturais, fazendo experimentações diversas em minha dieta: tive a fase da soja, a vegetariana, a vegana, a mediterrânea, a paleo e o que mais você possa imaginar. A única coisa que resolveu meu problema completamente foi abrir mão do glúten, além de diminuir drasticamente os laticínios e o açúcar (pretendo abandoná-los completamente em breve). Estou em uma dieta à base de legumes, follhas, frutas, um pouco de arroz e feijão, ovos, sementes e todos os tipos de carne. Os únicos laticínios são um pouco de iogurte e manteiga muito eventualmente. Caminho 1h por dia e pedalo nos fins de semana (antes eu nunca tinha energia para me exercitar). Meu sono melhorou, minha concentração também e eu me sinto tão forte que não sei o que é uma gripe há tempos. E sobre essa coisa de depressão: faz parte do passado somente. Hoje eu tenho orgulho de dizer que alcancei meu equilíbrio. É uma pena que nenhum médico nunca tenha me alertado sobre a toxicidade do trigo e do leite, e que eu tenha levado tantos anos para descobrir que toda aquela tristeza poderia ser resolvida de uma forma tão simples. Isso me leva a questionar a qualidade dos cursos de medicina no Brasil, que não têm uma disciplina sequer sobre o papel dos alimentos na prevenção e cura de muitas doenças que roubam do indivíduo a capacidade de viver de forma plena.

    Se algum de vocês se sente cansado, depressivo ou irritado sem motivo aparente, faça um teste e suspenda o glúten e o leite da alimentação por duas semanas. Não é garantido, mas foi o que funcionou para mim e para muita gente. Não custa nada tentar.

    • Pois é, como não somos celíacos, eles simplesmente ignoram os efeitos no nosso organismo. Não tem alergia? Então pode comer. Uma pena, mesmo sem ser alérgica, me faz mal em varios aspectos.

    • Tina, eu como psicóloga não abro mão de uma parceria com a nutrição funcional. Exatamente por tudo isso relatado e também por ser vítima dessas intolerâncias alimentares. Sei tb na pele o que é, e sim, a nutrição tem uma ligação intima com a saúde mental.

      Posso te falar que há médicos sim com essa abertura e essa nova visão, e há tb os que estão formando agora, estão mais ligados nesse tema.

  • Texto interessante, (apesar de ter me feito relembrar minhas tentativas de suicídio) e me mostrou uma perspectiva interessante sobre o assunto que eu provavelmente nunca imaginaria sozinho, obrigado Sallyta.

  • Sally, tem um estudo muito sério nesse sentido que até virou um livro chamado barriga de trigo. Basicamente fala de como o trigo original foi sofrendo mutações por conta de tratamento com glifosato a fim de aumentar a produção, até tornar-se um grão completamente dissociado do original. Pior: passou a produzir uma enzima que conhecemos como glútem.
    Muito pouco é divulgado a respeito dos efeitos negativos dele, porém vai muito além do dano causado às pessoas portadoras de doença celíaca, causando também sérios distúrbios no humor, aumento considerável de peso e induzindo até mesmo ao suicídio.
    Nos EUA é mais divulgada essa guerra contra as grandes corporações agrícolas, no sentido de banir técnicas que acarretem mutações nas plantas.
    Existem ações contra a monsanto e afins para que divulguem as técnicas de transgenia (nem todas são nocivas).
    O grande vilão do mundo nesse sentido, é o trigo e seus derivados.
    Aqui tem um link que dá uma ideia sobre o assunto: http://natugood.com/barriga-de-trigo-resumo-e-download/

    • Mas tem também estudos contrários, dizendo que isso é histetia e modismo. Na Argentina ostentam embalagens de CONTÉM GLUTEN e afirmam que não comer gluten é nocivo.

      Falo por mim: gluten faz mal ao meu organismo, vivo melhor sem ele

  • Há alguns estudos no campo da suicidologia, que afirmam que a questão poderia começar a ser respondida a partir de estudos epigenéticos, ou seja, de que não se trataria propriamente de genes que tenham sofrido alguma normalidade ou mutação, mas sim alguma influência do ambiente na produção das proteínas, tal como uma experiência de vida estressante precoce, que redundaria em um processo chamado de metilação, que seria a ligação de um grupo metila aos genes envolvidos no estudo do suicídio. Partem da premissa de que o suicida tenha sofrido algum dano (bem como stress ou abuso) quando pequeno (ou mesmo no útero).

    Um artigo publicado pela revista de psiquiatria do Rio Grande do Sul mostrou que ratos criados em um ambiente simulado de maus tratos apresentaram menores níveis de uma proteína chamada BDNF no córtex pré-frontal, ao passo que não havia diferença genética alguma entre os ratos mal tratados e os demais roedores.

    Demonstraram que roedores submetidos a maus tratos tinham genes mais “metilados”, o que afetou a produção do BDNF. Tratadas com uma substância antimetiladora, houve uma restauração dos níveis de BDNF. Ou seja, uma experiência de vida estressante poderia levar a alterações moleculares nos genes do indivíduo “não herdadas e não herdáveis.”

    A partir daí, aventam hipóteses de crianças que sejam prematuras, tenham tido uma gestação atribulada, ou então que tenham sofrido abusos dos mais diversos tidos na infância seriam mais propensas a esse tal processo de metilação…

    Já outros estudos incipientes apontariam que esse suposto processo de metilação poderia ocorrer a partir da captação no ambiente de venenos como pesticidas. Não sei, foi o que pude compreender, dentro das minhas limitações cognitivas e intelectuais, a partir de alguns artigos lidos.

    Mas ainda assim, como leiga, fico pensando: e aquelas pessoas que, apesar de terem passado por essas mesmas circunstâncias, estão aí, firmes e fortes? O que as fizeram resistir?

  • Olha Sally, considerando o pacto silencioso que existe em torno do assunto, acredito que isso seja estudado sim, apenas não divulgado/alardeado.
    Mas foi uma ótima questão levantada!

  • Spoiler: a maior concentração de organofosfatos está na lavoura do fumo

    A Souza Cruz, a fabricante de cigarros, fica em Santa Cruz do Sul, a 30 km apenas de Venâncio Aires.

  • Acho muito interessante e válido esse questionamento. Em toda a minha formação em psicologia da saúde foi sempre colocado o risco em psicologizar tudo. Diante disso, faço questão de sempre, sempre, me fazer valer de outros profissionais de outras especialidades. Psiquiatra, endócrino e nutricionista funcional, principalmente.

    Estou adorando que esse tema fique em discussão, ADORANDO!!! Pq é muito fácil responsabilizar familiares, profissionais, cônjuge, cachorro… pelo ato da pessoa. Sempre há o risco do jogo da vitimização. Sensacional, Sally!

    Outra coisa… Que talvez eu seja crucificada aqui hj. Mas antes de mais nada já aviso que não sigo nenhuma instituição religiosa, mas acredito na importância de se ter sua consciência de uma conexão espiritual. A espiritualidade e experiência religiosa vai muito além da instituição religiosa. Vejo pessoas que se dizem ateias com essa consciência muito maior que muitas pessoas que se dizem de tal e tal religião. Então, não coloco isso na conta de ter ou não religião…

    Eu percebo uma desconexão muito grande das pessoas, a cada ano pior, e quando falo dessa conexão, pode ser também essa consciência do autorrespeito e valores profundos, que vai além de uma instituição religiosa. Enfim… percebo as pessoas desanimadas, descrentes, sem motivação… Desculpe Sally e Somir, mas eu não podia ignorar e deixar de falar sobre esse aspecto.

    • Eu acho que uma pessoa pode ser espiritualizada sem ser religiosa: respeitar seu corpo, respeitar os outros e procurar o bem coletivo sem que o faça por uma doutrina religiosa. Aliás, as pessoas que eu conheço que melhor o fazem são aquelas sem religião, que o fazem por escolha e não por medo do inferno.

      Acredito muito que gente egoísta, materialista e imediatista tenha sim uma desconexão com o mundo e seja menos capaz do afeto e bem estar que nos ajuda a sobreviver nos dias de hoje.

    • Eu já fui um pouco religioso, nasci e cresci numa família cristã, mas as minhas experiências de vida me tornaram em um agnóstico extremamente cético. Eu acredito que podem (ênfase nisso, na possibilidade ao invés da certeza) existir deuses ou criaturas sobrenaturais, mas nunca tive evidência concreta alguma deles. O curioso é que eu não consigo simplesmente acreditar no espiritual. Me tornei alguém com uma mentalidade fortemente científica: se não existe evidências, acho impossível acreditar ou fazer qualquer afirmação. É como se dentro de mim um “interruptor mental” tivesse se desligado e emperrado, de modo que eu não consigo mais voltar a acreditar nessas coisas.

      Mesmo essa “conexão espiritual” sendo tão importante como você diz, como alguém com a minha mentalidade conseguiria acreditar nisso? Eu me considero incapaz de acreditar em espiritualidade sem evidências, de verdade.

  • Acredito que alguns seres humanos e até animais já nasçam com carga genética propensa à depressão e consequentemente ao suicídio. Em conjunto com esses tóxicos, ou situações tensas da vida este gente se torna ativo e começa a inibir as substancias “boas” para o humor e felicidade. É apenas uma especulação, mas é alguma coisa.

    Pesquisei um pouco sobre o assunto, pois nunca tinha parado para pensar sobre suicídio (Desfavor é sempre cultura) e li algumas dicas de psicólogos para perceber se alguém próximo está com sinais de que vai cometer suicídio:

    “– falar explicitamente que quer morrer, por exemplo – alguns sinais indiretos também podem ser percebidos.”
    “A pessoa começa a se despedir de parentes e amigos, pode apresentar muita irritabilidade, sentimento de culpa, choros frequentes. Também pode começar a colocar as coisas em ordem e ter uma aparente melhora de um quadro depressivo grave, de uma hora para outra. Muitas vezes, isso significa que já se decidiu pelo suicídio, por isso fica mais tranquila. É a falsa calmaria”, diz. Comportamentos de risco desnecessários podem ser observados nesse período”

  • Eu me surpreendi com a linha de argumentação que você seguiu. Estou condicionada a associar suicídio com problemas psicológicos, disfunção cerebral, problemas de hormônios desequilibrados, doenças psiquiátricas, miséria, pobreza, solidão, crise, falta de dinheiro, fatores sociais… Tudo envolvendo a mente e questões psicológicas…

    Sinceramente, nunca havia pensado na possibilidade de desequilíbrio bioquímico provocado por organofosfatos. Essa possibilidade é assustadora porque coloca em dúvida se temos realmente escolha, livre arbítrio, controle de nossos pensamentos e ações.

    Não gostei dessa teoria. Tive medo dela e espero que esteja errada. Mas… Se ela se comprovar, será que alface, por exemplo, vai virar vilão da boa saúde? Se até comer alface for um risco eu desisto de… tentar ser saudável. (De viver não desisti. Ainda!)

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