Tentando além.

Por mais que tenhamos avançado muito na área, a medicina ainda encontra duros limites sobre o que pode fazer. Quando se pensa num caso onde seus esforços não parecem mais frutíferos, Sally e Somir discordam sobre as alternativas. Os impopulares fazem suas opiniões sobreviverem.

Tema de hoje: Quando a ciência falha e não há mais nada a perder, vale a pena buscar a cura no paranormal ou sobrenatural?

SOMIR

Mantenho a consistência antes ou depois da ciência ficar sem respostas: não. Não foi o sobrenatural que resolveu nenhum dos problemas de saúde recorrentes na humanidade, não faz sentido acreditar que ele tenha função prática. Algumas curas ainda não existem, gostemos ou não. Temos que saber lidar com a decepção e o desengano, não porque é agradável, mas porque é um fato da vida.

Muita gente acredita que conhecimento útil e aplicável para a humanidade possa ser simplesmente intuído por alguém excepcional, seja em inteligência ou mesmo em fé. A noção romântica do cientista gritando “Eureka!” ou mesmo do sábio mestre que conhece os atalhos para uma espécie de sabedoria cósmica… eu sei que isso é agradável de se pensar, mas é uma ideia errônea. Quanto mais cedo você se livrar dela, melhor.

As doenças que mataram nossos antepassados não foram curadas por ideias que surgiram num estalo, muito pelo contrário: só desenvolveu esse tipo de conhecimento quem estudou a fundo o assunto, quem utilizou métodos científicos (mesmo que rudimentares) e quem trabalhou com a noção que esse universo segue padrões. Até por isso é justamente a era da popularização da ciência que responde por… 99% da nossa qualidade de vida atual. Conhecimento utilizável e reprodutível!

Pesa muito contra o “sobrenatural” o fato de não ter nenhum método eficiente de curar doenças mesmo com milhares e milhares de anos de popularidade entre as pessoas. Quando a fé cura uma pessoa, é um milagre! Quando a medicina faz, é só mais um dia. Isso diz muito sobre o que realmente está acontecendo: o sobrenatural é análogo a não fazer nada e torcer para ter sorte. A ciência, por sua vez, cria soluções práticas que podem ser repetidas de forma consistente.

Se a ciência ainda não é capaz de te curar, só resta a sorte. O corpo humano tem uma grande capacidade de se regenerar e combater corpos estranhos, mas ele tem limites práticos. Um milagre pode curar um câncer, que é algo que com uma sorte astronômica também pode ser curado pelo próprio corpo. Um milagre NUNCA vai fazer nascer uma perna de volta, porque isso o corpo humano não é capaz de fazer sozinho.

Se cura sobrenatural fosse algo real, não seria mais sobrenatural. É uma questão lógica muito simples, me espanta que tanta gente deixe isso passar batido: o sobrenatural não lida com ciência de ponta, ele é normalmente baseado em estudos capengas feitos por amadores ou em obras de ficção religiosas. Se houvesse algum conteúdo nessa baboseira toda, já seria de conhecimento público. Acham o quê? Que a “indústria dos remédios” está escondendo os poderes dos cristais por medo de perder seu negócio? Não funciona. É a mesma coisa que não fazer nada, estatisticamente.

Só é sobrenatural o que não guarda relação com o mundo real. Buscar a cura no sobrenatural é que nem buscar a cura num livro de ficção. É muita dificuldade de compreensão da realidade achar que alguém tem uma solução para um problema de saúde sério e que isso não é conhecido de forma absolutamente pública! Curas são provavelmente a moeda mais valiosa do conhecimento humano. E não estou falando só de dinheiro, de satisfação pessoal também: essas coisas não ficam escondidas. Não tem como.

Se a cura ou o tratamento existem DE VERDADE em qualquer canto do mundo, deixa de ser sobrenatural ou paranormal. Vacina nunca foi sobrenatural. Não é óbvio que só está nesse campo de mágica porque não venceu o teste da realidade? E é aí que eu monto meu argumento além de desacreditar curas mágicas: há um risco em ignorar o funcionamento da mundo, mesmo se você esteja numa situação de desespero.

Quando chegamos na situação limite na qual se baseia a coluna de hoje, quando a ciência simplesmente não tem mais nada para te oferecer, talvez seja a hora de lidar com isso. Ao invés de passar o pouco tempo que resta – seja da sua vida ou de alguém que você gosta – numa corrida em vão, não é melhor tentar fazer o máximo que puder com o tempo que resta? Esperança por ilusão pode atrasar ou até evitar todo o processo de lidar com o fim da vida. Se o filme está acabando, é melhor ter uma conclusão.

Vejam bem, não é um argumento derrotista, é realista. O que não pode ser tratado pela ciência vai depender de sorte mesmo. Por mais que eu deteste isso, tem horas que você tem que admitir que perdeu o controle da situação e deixá-la desenrolar. O “milagre” não é baseado em mérito, ele vem pra qualquer um por ser baseado em probabilidade pura. Não precisa correr atrás de charlatões e iludidos para ter sua chance, basta ter um corpo humano que eventualmente se cura de coisas inacreditáveis. Se sair o seu número, ótimo. Se não sair, bom, pelo menos você gerou alguma conclusão para essa vida que se vai.

A cura fora da ciência é mais rara que dentro dela, o que significa que ela pode existir fora, mas não criemos um falso positivo: existem explicações bem melhores para os milagres do que intervenção mágica ou regras desconhecidas do funcionamento do universo. Temos muita história na humanidade para perceber que o sobrenatural e o paranormal são um fracasso em tudo o que se propõem na vida real. Tanto que, não são ciência.

Pode parecer que buscar essas alternativas é fazer alguma coisa, mas não, não é. É perder tempo, e pior: perder tempo com quem não tem mais tempo a perder. Leva o doente para uma viagem bacana mas não enfia ele na mesma sala que gente que prefere inventar suas próprias regras de funcionamento da realidade. Não é assim que funciona, infelizmente.

Para dizer que não há poder maior do que o poder da auto-ilusão, para contar diversos casos que não provam nada, ou mesmo para dizer que finalmente entendeu que a ciência é TUDO o que temos: somir@desfavor.com

SALLY

Quando a ciência já não oferece respostas ou soluções, é válido apelar para a paranormalidade, caso não se tenha nada a perder, em questões de saúde?

Sim. Quando tudo que existe em matéria de ciência foi esgotado, acho válido tentar aquilo que não compreendemos. Eu tendo a pensar que, no geral, é embuste, mas seria bastante arrogante da minha parte pensar que todas as pessoas do mundo que alegam alguma habilidade desconhecida pela ciência estejam mentindo. Essa certeza eu não tenho, então, pagaria para ver.

Atentem para o fato que a proposta de tema de hoje tem a importante ressalva “caso não se tenha nada a perder”. Ninguém aqui é maluco de arcar com um risco, tipo permitir uma cirurgia mediúnica com um garfo enferrujado. Estamos falando daquelas situações onde, se não funcionar, não agrava a situação. Já dizia o grande sábio Romário, só perde quem bate.

É da minha natureza tentar sempre o máximo possível. Exaurir todas as tentativas, todas as possibilidades, para assim poder colocar a cabeça no travesseiro tranquila sabendo que o que eu podia fazer, fiz. A dúvida sim é nociva. A eterna pergunta se poderia ter feito mais, essa faz mal, muito mal. Felizmente essa pergunta eu deixo para os outros, minha desistência sempre veio acompanhada de uma plena consciência de que fiz tudo (às vezes até mais) do que podia. É meu passaporte para a paz de espirito.

É fundamental saber que aquilo que você acredita e aquilo que é real são coisas diferentes. Não somos oniscientes, nos enganamos o tempo todo. Acreditamos em coisas que não existem ou desacreditamos de coisas que existem. Logo, devemos ter a grandeza de perceber que o fato de não acreditarmos em algo não quer dizer, necessariamente, que isso não exista. Quer dizer que nós escolhemos acreditar que não existe, por uma série de evidências que coletamos ao longo da vida e convergem para esse sentido. Mas nossa visão é contaminada, ela não necessariamente traduz a verdade.

Pois bem, para me fazer desistir de algo tão grave (questões de saúde são graves), o meu mero achar é pouco. Como eu disse, eu só desisto quando tenho certeza que tudo que PODE funcionar foi tentado. Não tudo que vai funcionar, tudo que PODE funcionar, pois uma chance já me basta para tentar. Perde-se tempo? Talvez, mas é um risco que me parece valer a pena. Eu troco um pouquinho de tempo da minha vida por uma cura inesperada.

E, não se enganem, isso não significa necessariamente se iludir. Quando se TENTA (esse é o verbo: tentar) alguma coisa, sabe-se ser uma tentativa, que pode ou não dar certo. Não é uma certeza de solução, é apenas uma tentativa para eliminar todas as chances que existem e ter paz de espírito para entregar os pontos sabendo que tudo que podia ser tentado o foi.

Certamente todos aqui já presenciaram coisas ao longo da vida que não sabem explicar. A explicação existe, certamente, mas nós (ou até mesmo a ciência) ainda não a conhece. O fato de não conhece-la não quer dizer que sejam fantasmas, Deus, espíritos, macumba ou o diabo. Quer dizer apenas que a explicação é desconhecida. Portanto, este texto não defende a existência de nada “mágico” ou divino, defende a possível existência de algo que, por ainda não compreender, não controlamos. Assim como um raio que incendeia uma árvore já foi considerado um ato de Deus, muitas coisas que acontecem com uma perfeita explicação científica ainda desconhecida o são até hoje.

Se desconhecemos a explicação, não controlamos seu funcionamento. Se não controlamos seu funcionamento, só pode ser experimentado por tentativa e erro. Pode gerar erro para uns e sucesso para outros. Como saber? Tentando. Tentar não é sinônimo de acreditar, de endossar, de divulgar ou de se enganar, tentar é apenas sinônimo de tentar. O resto está na cabeça de cada um de vocês.

Existem pessoas que lidarão com essa tentativa de uma forma nociva? Sim. Falsas certezas, esperanças com efeitos devastadores se não forem confirmadas, ilusões. Mas também é possível lidar de forma saudável com essa mesma tentativa, tratando-a como o que ela é: uma tentativa.

Gente que joga a toalha sem se superar, sem ir além de onde acha que pode, sem tentar tudo, tende a se arrepender e perder coisas importantes na vida. Ir até onde todo mundo vai me parece medíocre, eu vou além. Eu quero ser a pessoa que vai além. Eu gosto de ser a pessoa que vai além.

Nada menos matemático do que questões de saúde. A própria comunidade médica admite que casos inexplicáveis acontecem com uma certa frequência. Pessoas totalmente desacreditadas que acordam do coma anos depois e relatam que estavam lúcidas, vendo e ouvindo tudo que se passava, enquanto os médicos atestavam que eram meros vegetais. Casos como o de Martin Pistorius, que foi diagnosticado com morte cerebral e submetido à tortura de ser deixado em um quarto ouvindo Barney, o Dinossauro por pensarem se tratar de um vegetal. Bem, 12 anos depois ele acordou, do nada, e disse o quanto odiava Barney.

Só aceito “não” como resposta depois que EU tentei tudo que EU quero. Não é a ciência que vai me dizer onde está esse limite, principalmente uma ciência que já se mostrou falha (inclusive comigo). Não é a religião. Não são as outras pessoas. Não é nada nem ninguém que não seja EU. E eu tento tudo que estiver à disposição, conhecido ou desconhecido, explicado ou inexplicado. Uma coisa eu não vou passar nessa vida: aquela angústia de saber que se tivesse tentado mais poderia ter conseguido.

Para dizer que prefere morrer do que viver ouvindo Barney, para pedir um texto só sobre gente desacreditada que voltou ou ainda para tentar me vender alguma cura milagrosa: sally@desfavor.com

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Comments (13)

  • “A própria comunidade médica admite que casos inexplicáveis acontecem com uma certa frequência.”

    Apenas discordo que esses “casos inexplicáveis” tenha alguma relação com o sobrenatural…

    Marina, fiquei feliz por você ter superado essa experiência! No que se refere ao texto, minha situação foi parecida com a sua: concordei com os argumentos do Somir, só pra depois ler a seguinte observação sensata e lógica:

    “É da minha natureza tentar sempre o máximo possível. Exaurir todas as tentativas, todas as possibilidades, para assim poder colocar a cabeça no travesseiro tranquila sabendo que o que eu podia fazer, fiz. A dúvida sim é nociva. A eterna pergunta se poderia ter feito mais, essa faz mal, muito mal. Felizmente essa pergunta eu deixo para os outros, minha desistência sempre veio acompanhada de uma plena consciência de que fiz tudo (às vezes até mais) do que podia.”

    Só desistir depois de esgotada a última chance. Este lema, Sally, eu também carrego comigo, e refletir sobre ele, me motivou a ‘estar seguro, não de ter opiniões, mas de tê-las e poder mudà-las’.

  • “Me espanta que tanta gente deixe isso passar batido…”

    Também me surpreendo ao constatar que muitas dessas são pessoas esclarecidas. Acredito que, não o milagre, mas a FÉ que o doente exerce no suposto milagre pode levar à cura.

  • eu participo de curas espirituais e em momento algum os espíritos impedem que as pessoas procurem também os médicos da terra… na faculdade fiz uma reportagem sobre o assunto e já trabalhei em hospital por algum tempo como jornalista. muitos médicos, mesmo ateus, defendem que ciência e espiritualidade, quando trabalham juntas, costumam dar um resultado mais benéfico ao paciente do que procurar apenas a ciência ou a religião… se existe, se funciona, não sei, mas se a pessoa estiver disposta a tentar, acho que vale a pena sim procurar métodos alternativos… contanto que ela não gaste absurdos de dinheiro com isso….

  • Tratamentos alternativos? Simplesmente acredito que não funciona. Acredito no cientificamente comprovado, seja pra mostrar que determinado tratamento efetivamente funciona, seja pra provar que aquele outro tratamento é balela. Mas se eu enfrentasse um problema como o proposto (ter as vias da ciência esgotadas para a cura), talvez eu focasse mais em correr e aproveitar o que é real na vida, do que correr atrás de curas não comprovadas. Talvez eu simplesmente não queira correr em direção a uma miragem no deserto, me iludir e acabar não me curando.

    Se essas curas sobrenaturais funcionam? Pergunta pro Steve Jobs…

    • Guilhereme, não se engane, eu também não acredito que funcione. Mas eu tenho a humildade de saber que não sou a dona da razão e eventualmente uma coisa que eu não acredito ou que não foi provada cientificamente pode sim existir.

      Steve Jobs se fodeu, mas te dou uma lista de pessoas que de forma inexplicável estão aí.

    • Guilhermes, te entendo.

      Eu me sentiria da mesma forma: correndo feito boba atrás de miragens. A minha natureza é não acreditar. Deveríamos duvidar até do que vemos. Você já tomou anestesia? Eu já. Vi as luzes se desprenderem do lustre e rodarem pelo espaço . Eu vi, mas não acreditei, pois sabia que estava sob efeito de drogas fortes. Também não precisamos ver a gravidade para sabermos que ela existe. É só jogar uma caneta no chão.

      Mas se um dia a Medicina não me der esperança, talvez eu, como a Sally, não consiga desistir de tentar. Não sei. Não é porque algo não faz sentido até o momento que podemos afirmar que não existe.

      • Não digo necessariamente que nunca acreditarei. Como você citou, é da nossa natureza não acreditar. Mas reforço minha tese de que acho necessário ver para crer, ao invés de crer para ver. Existem pessoas que já vivenciaram essas curas inexplicáveis? Sim, existem aos montes. Seria arrogante da minha parte negar que elas viveram algo além da nossa compreensão. Na verdade, acredito que mesmo com os últimos séculos de avanço geral da ciência, ainda há um caminhão de coisas que vivenciamos e não conseguimos explicar.

        A princípio, minha posição, caso recebesse um “prazo de validade” de um médico, seria de correr e aproveitar pra fazer o que ainda não fiz e gostaria de fazer.

  • Não descarto alternativa alguma. Até porque, nessa longa vida, já presenciei coisas tidas antes como paranormais que acabaram tendo suas curas explicadas pela ciência. Logo o que hoje parece ser fantasioso e tolo, amanhã poderá não ser…

    Nesse sentido, recomendo o trabalho do Dr. Andrew Weil.

  • Ah, depois que a ciência te deixou na mão, vale tudo. O corpo tem muitas formas de lutar pela vida que só acordam se devidamente cutucadas. Não interessa se o cutucão vem da sugestão, de energias misteriosas ou da fé, o que vale é o resultado. Essa birra de querer estar certo sobre o mundo a qualquer preço não me serve, é só arrogância. Só que a ordem de prioridades que eu sigo é essa: primeiro o comprovado, depois o que estiver à mão. E, se nada funcionar, aí paciência.

  • Eu tinha certeza de que concordaria com o Somir hoje só de ler o tema. Mas o texto da Sally me fez repensar.

    Há coisas que só dá pra dizer no anonimato: Em 2011 fui diagnosticada com câncer de tireóide. Por ser muito nova e nunca ter passado por nada grave na vida, tive uma reação agressiva: não permiti visitas com exceção de familiares e amigos extremamente próximos e não quis falar sobre o assunto.

    Mas o tumor maligno da tireoide tem cura. Dificilmente mata. Eu tive que fazer duas cirurgias e um tratamento chato de radioiodoterapia, mas superei.

    Não fiquei carente, não senti vontade de rezar, não aceitei os tratamentos alternativos que me indicaram… Cheguei à infantilidade de jogar na pia a água benta que uma tia me trouxe. Não na frente dela, claro. Agradeço, mas quando ela foi embora joguei tudo fora. E cheguei a dizer a familiares que, se fosse um câncer incurável sem esperanças médicas, também não faria nenhum tratamento alternativo. Meu pai me perguntou: “Será?”

    Enfim, tinha certeza de que concordaria com o Somir. Melhor ajudar o doente a aproveitar os dias que restam em vez de sair numa corrida desenfreada rumo à ilusão.

    Mas, como a Sally disse: “É fundamental saber que aquilo que você acredita e aquilo que é real são coisas diferentes. Não somos oniscientes, nos enganamos o tempo todo. Acreditamos em coisas que não existem ou desacreditamos de coisas que existem. Logo, devemos ter a grandeza de perceber que o fato de não acreditarmos em algo não quer dizer, necessariamente, que isso não exista. Quer dizer que nós escolhemos acreditar que não existe, por uma série de evidências que coletamos ao longo da vida e convergem para esse sentido. Mas nossa visão é contaminada, ela não necessariamente traduz a verdade.”

    É isso. Não temos certeza. A própria ciência é aberta para novas respostas que geram novas perguntas que geram novas respostas… A Ciência não se fecha em certezas. Quem sou eu pra saber, sem conhecer, quem são os iludidos e quem são os ilusionistas???

    Quem garante que a minha interpretação do mundo está correta só porque me parece ser a mais plausível?

    Por mais que eu tenha sofrido com o stress do tratamento, no fundo me agarrei ao fato de que a medicina cura o carcinoma que tive na maioria dos casos. Se tivesse mesmo morrendo, teria desprezado os tratamentos alternativos que desprezei? Provavelmente sim. Mas sem certeza absoluta. Como me disse o meu pai: “Será?” Não tenho como saber.

  • Eu não sei se sou a única impopular que crê em Deus, milagres e essas coisas, mesmo sabendo que aqui, a maioria (não sei se todas) das pessoas, não acredtita… Mas eu já presenciei muitas coisas inexplicáveis em minha vida, que a ciência não conseguiu explicar… Veja bem, não estou dizendo que desacredito da ciência tampouco! Muito pelo contrário! A gente recorre à ciência todo tempo, principalmente em questão de saúde, e acho super válido tentar de tudo depois que a ciência já não consegue mais… Na MINHA opinião, milagres existem! Aliás, a ciência para mim, tmb é parte disso…

  • Eu não tentaria, mas não culparia outra pessoa que tentasse, tendo TODOS os recursos conhecidos pela ciência esgotados. Pode não ter nada a ganhar, mas perder também não.

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