Festas de Casamento

Festas de casamento, para mim, sempre se resumiram a uma coisa: um ótimo lugar para comer. Não bebo e odeio gente, por isso faço da comida meu motivador social. Tal qual um cão, acabo fazendo muitas coisas que não quero só por causa da comida. Se você ama festas de casamento e acredita na santidade do matrimônio, passa amanhã, porque provavelmente este texto, apesar de ser em uma pegada de humor, vai te ofender.

Casamento é um evento brega por sua essência. Duas pessoas são idiotas o bastante de ostentar um relacionamento que tem mais probabilidade de acabar do que de durar para sempre e vão documentar o tamanho do seu erro com direito a troca de juras de amor eterno filmado. Que modo cafona de implodir sua credibilidade! Pior: muitas vezes a pessoa não tem nem mesmo casa própria mas gasta cinco ou seis dígitos em uma festa que dura apenas uma noite e que ela nem mesmo vai aproveitar direito, para passar o resto do ano pagando aluguel!

É muita falta de racionalidade. É um sonho? Meus bens, eu tenho muitos sonhos que não vou realizar por saber que, racionalmente, existem prioridades. Quem não sabe priorizar não realiza um sonho, apenas se porta como uma pessoa idiota, mimada, incapaz de uma frustração. Não sei que faniquito é esse que bate em mulher que querer ser noiva por uma noite. Me parece coisa de gente mais ou menos, que nunca brilhou e tem por sonho se o centro das atenções uma noite. Sei lá, quem sai na rua e vira o pescoço de 5 ou 10 não costuma sentir essa necessidade. Partindo dessa premissa, só podia ser um evento cagado!

A festa nasceu para ser brega. A premissa é essa, ainda mais em se tratando de um país que confunde romântico com brega. Se paga caro por um capricho de mulher carente, por uma ilusão vazia. A começar pelo vestido. Não tem coisa mais hipócrita do que casar de branco. Meninas que já deram até o buraco da orelha se valendo de um simbolismo desses é patético, além de ser um desserviço para as mulheres ostentar a beleza de supostamente casar virgem. E branco engorda.

Mas não basta ser branco, tem que ter renda e/ou babado e/ou volume e/ou Swarovsky e/ou ser tomara que caia. Anotem uma coisa, para a vida: pouquíssimas pessoas no mundo podem usar tomara que caia com dignidade (e metade delas são travecos, com seus braços durinhos, sarados e tonificados). Braço gordo, braço flácido, braço peludo (spoiler: descolorir não faz os pelos irem embora), enfim, qualquer braço que não seja fino e sequinho, fica um horror no tomara que caia! Não vou nem falar do véu, me recuso.

Daí neguinho vai entrando na igreja, o noivo, os padrinho, sei lá em que ordem. Eu evito ao máximo ir na igreja, pois na igreja não tem comida. Colocam uma criança vestida de merengue para entrar como dama de honra e a criança chora, não entra, entra errado. Ainda não perceberam que não rola de botar criança para fazer isso? Não, não percebem, pois estão pouco se fodendo para o bem estar da criança, a demente quer realizar seu “sonho” e foda-se o mundo, inclusive você, que está ali desconfortável naquele banco duro de igreja.

Daí entra a cabocla de branco brega com uma maquiagem na cara que mais parece uma gueixa. E chora. Entra parecendo uma Gueixa, sai parecendo o Coringa. Isso quando as filhas da puta não decidem casar em locais sem ar condicionado. Sério, qual é o problema dessas pessoas? Não tem dinheiro para fazer uma festa digna? Vai no cartório e não enche o saco dos conhecidos! Quando a noiva entra você já está de saco cheio, com calor e com fome. Mas não, não, não, não. Não vai pensando que vai acabar rápido, a palhaçada vai ser demorada.

Um padre faz um discurso tradicional-engraçadinho se achando “o inovador”. Os noivos trocam “votos”, uma série de mentiras bregas que eles acham românticas e que não serão cumpridas. Quem faz uma porra dessas, nunca fala com o coração, então, escreve a mentirada em um papelzinho e lê. Tudo filmado, que é para ambos ficarem bem desacreditados alguns anos depois e se sentirem bem ridículos de terem falado tanta merda.

Acaba o casamento na igreja e é aquela confusão para ir até o local da festa. Tem disso, neguinho dificilmente facilita e faz ambos no mesmo lugar. Trânsito, dificuldades para chegar até o carro ou conseguir um táxi, estresse. Tudo com um salto alto, bem alto, e um vestido longo que me obriga a andar como um pinguim.

Você acha que vai melhorar quando chegar no local da festa, afinal, tudo que envolve religião tende a ser brega. Só que não. Começa pelo bolo. O que são aqueles bonequinhos imitando os noivos? GENTE. Só fui a uma festa de casamento em toda a minha vida onde tiveram o bom gosto e bom senso de não colocar esses bonequinhos no topo do bolo. A decoração costuma ser sofrível também. Excessos, excessos por todos os lados.

Daí os noivos dançam uma primeira dança ou sei lá o que. Geralmente ao som da “música do casal”, que é sempre uma música brega, já que é escolhida pela mulher, pois homem caga baldes para tudo isso. É visível na cara do noivo que ele só está ali para compor o cenário, o sujeito não fazia questão de nada daquilo. A noiva sempre está sorrindo, com uma cara quase que vingativa, do tipo “eu consegui, eu casei!” como quem esfrega algo na cara da sociedade, da família do noivo, do próprio noivo ou das inimigas. Parabéns, você jogou fora uma boa quantia em dinheiro para mostrar algo para alguém. Você é foda!

Começa a parte boa: a comida. Entradinhas que seguem modismos começam a ser servidas. Isso me dá forças para continuar. Pessoas normais começam a beber, porque sóbrio é muito difícil aturar uma festa tão brega. Não importa quão bem feita seja a festa, as pessoas sempre saem falando mal e criticando, e no dia seguinte dizem aos noivos que estava tudo perfeito, que amaram tudo. Você tem a certeza de que seus convidados se divertiram genuinamente na sua festa? Faz o seguinte exercício mental: se não tivessem servido bebida alcoólica, teria sido igualmente divertido? Então não foi divertido, neguinho é que bebeu para suportar mesmo.

Sobre comida, quero dizer algumas coisas. Parem de servir comida a céu aberto, cheio de bichos, inclusive com mosquitos picando. Fila para servir jantar é coisa de bandejão não de casamento, levem pratos já servidos a cada mesa. Que tenha bastante comida, pois, sendo bem sincera, é o que move a maioria das pessoas, inclusive eu, a aturar essa chatice que é uma festa de casamento padrão.

Os próprios noivos não aproveitam muito a festa. A noiva está estressada com todos os preparativos que foram necessários, o noivo ou está bêbado para poder suportar aquilo ou está igualmente estressado pelo estresse que a noiva despejou nele. Estão exaustos, é visível. E, graças a esse circo, não vão fazer sexo na noite de núpcias. Parabéns pelas prioridades, viu? Ainda assim ainda obrigam (sim, obrigam, pois ficam putos se você não vai) as pessoas a participarem, mesmo sem gostar, mesmo achando um saco. Pior do que obrigar a participar, obrigam a mentir.

Seguem-se rituais idiotas, tipo o buquê. Não há indignidade maior nessa vida, nem mesmo limpar a bunda com folhas em um acampamento, do que se estapear para pegar um buquê. As mulheres ficam loucas, se agridem, se empurram. É tipo um Futebol Americano feminino, só que sem os protetores. A vergonha alheia não cabe em mim quando vejo a pancadaria para pegar o buquê. Não bastasse isso, ainda jogam outras coisas, como sapos de pelúcia ou o que quer que o modismo dite. Se amem, amigas. Não se prestem a isso.

O mais assustador é o numero de casamentos que começam falidos, pelos motivos errados: o noivo não tem coragem de desistir, a noiva deu o golpe da barriga,e tantos outros. Pessoas se casam sabendo, no fundo, que não estão se casando pelo único motivo que poderia explicar essa babaquice toda, o amor. Se casam por outros motivos. E mulheres ainda continuam achando que casamento é prova de amor e que melhor que ele falte ou não seja dos mais saudáveis, tudo vai mudar depois da troca de alianças. E nós, pobres convidados, que também sabemos que já estão casando falidos, temos que participar como cúmplices disso. Desagradável.

Mas as mulheres não são santas. Elas também casam pelos motivos errados. Se casam pelo status de serem casadas, ainda que com um idiota que as trata mal, com desamor, desconsideração e não raro as trai. Casam para se afirmarem perante a sociedade, passarem um recibo de “normalidade” e ostentar felicidade. Não casam para celebrar a união nem como um rito de passagem, casam para sambar na cara da sociedade e acabam gastando rios de dinheiro em um mix de egolatria e ostentação. “Vejam, vejam como sou amada”. Eu vejo, eu vejo sim, mas me dá comida, porra!

Olha, a festa de casamento é uma coisa tão cagada que já tive vontade por mais de uma vez de fazer uma festa de casamento só para debochar da festa de casamento. Sei lá, contratar um padre falso que faça um strip no meio do discurso, qualquer coisa que ridicularize esse evento sacal. Querem fazer? Façam, mas porra, pensem um pouquinho mais no bem estar dos convidados, já que ficam ofendidinhos se a gente não vai. Como está, a festa de casamento é um verdadeiro cu para quem não bebe. Vamos melhorar isso aí?

Para dizer que sou eu que tenho que começar a beber, para dizer que eu preciso ir a um casamento gay ou ainda para não me convidar para o seu casamento e me poupar dessa chateação: sally@desfavor.com

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Comments (60)

  • Oi Sally, encontrei seu texto em pleno 2021, pesquisando o sobre fazer um casamento “não tradicional”. Concordo plenamente com o texto, e me sinto feliz por refletir e ver que eu e meu noivo iremos nos casar pelos motivos certos. Nós temos uma amizade e conexão inexplicável, namoramos a 5 anos e alguns meses, nunca brigamos. O casamento é uma daquelas coisas muito tradicionais e impostas, não sei ao certo até onde eu quero me casar comemorando esse momento com as pessoas que amamos e que nos amam também, ou até onde queremos isso por estar no roteiro da vida. É um bom questionamento kkkkkk vou refletir mais a respeito. Sei que acho terrível o corte da gravata, e já avisei minhas amigas que serão madrinhas que não tem nada a ver com presente, quem for convidado para ser padrinho, será por ser extremamente importante e próximo de nós, pessoas que queremos continuar próximos e dividir momentos ao longo dos anos. De qualquer forma, nosso casamento sera um momento focado em comida boa, muita bebida e um momento gostoso de se estar, queremos que tenha o estilo de um encontro de amigos em um happy hour. Sem grandes focos nos noivos, valsa, e tudo mais que chame muita atenção.

    • Fico feliz que você tenha gostado do texto, Camilla!
      Avalia bem se vale o risco de fazer uma festa no meio de uma pandemia…

  • Procurando um texto para ter certeza de que não sou um E.T por odiar casamentos, chás de bebê e de cozinha. Estou me sentindo melhor agora kkkkk.

  • Sally do ceu kkkkkk caramba concordo com muita coisa no texto! Diria que quase tudo. Eu quero me casar pq sempre quis formar uma familia, porém festa eu dispenso total! Outro dia tava lendo num forum de noivas (serio ajuda no tédio! você lê cada coisa que, juro é melhor que stund up e de graça!)

    Agora a mulherada resolveu aderir a moda estadunidense (me recuso a falar “americana” eu tbm sou americana já que nasci no continente americano) de exigir cor das madrinhas… Não satisfeitas vem querer exigir cor do sapato e presente… Eu me divirto (ok tem vezes que da vontade de dar umas porradas pra ver se a pessoa acorda pra vida!)

    O que mais vejo é noiva preocupada com a “festa dos sonhos” e não fala sobre viver junto, sobre os desafios de construir uma familia e por ai vai…

    Eu tbm detesto essas festas e sempre que vou é pela comida (e pela bebida pq como você falou não da pra suportar aquelas danças e discursos sem uma boa dose de vinho ou espumante – ieeebbba de graça-) A bola da vez é meu pai que mau separou da segunda esposa (menos de um ano) e já vai casar… E pior ainda quer que eu “entre com ele” AHHHHHHHHHHHH NEM VEMMMM ! Já to fazendo esforço de ir, pagar de “filha que abençoa a cagada, digo, felicidade do pai” não da… Já to pensando na desculpa…

  • Eu acredito na santidade do casamento. Até curto as festas (mais pela comida do que por qualquer outra coisa). Mas gostei do texto. Ri à beça, e concordo com muito do que foi escrito.

  • Eu acabei de ter uma briga feia com o meu marido (como sempre temos antes de cerimônias desse tipo). Eu não fiz festa de casamento e penso igualzinho a tudo o que está nesse post (a não ser pela parte dos pelos, que acho um preconceito enraizado na sociedade. Se é algo natural, não temos que ter vergonha e sair arrancando ou escondendo). Mas, enfim, fui chamada de egoísta, ele me diz que preciso de tratamento para aprender a amar as pessoas. hahaha! Tenho que partilhar de suas frescurites para mostrar que as amo, senão elas não vão entender, poxa, a cada dia que vivo em sociedade mais tenho nojo. Enfim, estou puta da cara, brigada com o marido por causa dessa porcaria, e daqui a 2 horas terei que enfiar um sorriso no rosto, dar as mãos para ele como se estivesse tudo bem e aturar algo que abomino por horas (sem contar o tempo que estive me martirizando por não conseguir planejar minhas aulas ou limpar a casa, por ter que pintar unhas, tirar sobrancelhas, blablabla…isso que nem vou fazer penteado no salão). Faço isso por meu marido, por ele pensar que é assim que se ama as pessoas, e pela sensação de reclusão pela qual já tenho passado há anos devido às críticas de amigos dele, que me chamam de anti-social por não partilhar dos mesmo rituais que eles.

  • Adorei o post!
    Minha irmã é meio Sally (na verdade, ela é IGUALZINHA nesse tópico), e por isso ela e o marido fizeram um casamento do jeito deles. Conclusão: todo mundo amou a festa! Aconteceu em 2010 e até hoje é muito lembrada.

    Termino esse comentário compartilhando o ódio de passarem gravata e sapato, além do ódio de noivas sem noção e noivos que preferiam estar em casa comendo pizza e jogando playstation…

  • Puta que pariu, Sally! Você é uma filósofa!

    George Orwell já escreveu que as melhores obras são aquelas que lhe dizem o que você já sabe. Tudo que você colocou nesse texto é o que eu penso e o que eu escreveria se minha mente fosse tão poderosa, sistemática e corajosa como a sua.

      • Eu escrevo com certa frequência (também tenho um blog) e sei que não sou dos piores mas, pelo que vejo por aqui, eu estaria me enganando se pensasse que escrevo tão bem como você. Eu tenho consciência que se trata de um processo contínuo e não é do dia pra noite que se chega nesse estágio. Procuro ir me aprimorando.

        Pra mim o mais foda na sua escrita é sua capacidade de insultar de forma cômica. Por mais que eu tente, não consigo deixar meus textos divertidos como você deixa os seus. Sempre fica meio pesado.

        Seu estilo me lembra muito o H. L. Mencken.

  • Parabéns por este tipo de iniciativa, a falta de cultura é geral, compactuo com o texto inicial e muitos comentários, fico sumamente contente ao perceber que pessoas tem meus princípios, pensão e agem de acordo com a verdade.

  • Tenho 62 anos, com filha que fez 15 anos, grande festa, realizada pela mãe, tias e tios, não gastei nem tempo nem um real no evento, agora, um sobrinho casa dia 6 ou 7 de novembro, meu comportamento será igual, tenho terror dessas comemorações, bem exposto no texto principal, somente bem bêbado, como não o faço mais, sorrio hipocritamente, e quando quero ir embora o faço.
    Nada é feito pelo coração como li nos comentários, meus parabéns por este tipo de iniciativa, a falta de cultura e informação é assustadora.

  • Já que o sujeito q criou o decote tomara que caia claramente não tem bom senso, pelo menos devia ter uma lei proibindo mulheres com mais de 50 quilos de usar isso.

  • A mulher, na maior parte das vezes, planeja festa, bolo, música e o escambau enquanto o homem só se enfia num terno e acabou.

    Eu gostaria de salientar que muito do que foi dito também se aplica em festa de 15 anos (embora esta parece estar se extinguindo).

    • Conheço algumas pessoas que trabalham com som, filmagens, essas coisas, e segundo o que dizem parece ser uma tendência as gurias não quererem festa de 15 anos, mas as mães e avós querem e até exigem.

  • Obrigada por esse texto! Sempre bom saber que não estou sozinha na minha angústia ao ter que enfrentar festas bregas de casamento.

    O foda é que alguns convites são irrecusáveis. O corpo vai, mas a alma se recusa. É uma merda suportar horas de tortura sem alma.

  • Não Quero Magoar Minha Irmã

    Sempre, desde a minha mais tenra infância, achei as cerimônias de casamento um terror. Eu ia obrigada, claro. Como era uma peste de criança e estava fazendo algo contra a minha vontade, aproveitava as festas para trollar o máximo q eu podia, fazendo coisas como roubando os docinhos da mesa, metendo o dedo no bolo, brincando com outras dezenas de crianças – igualmente insatisfeitas – embaixo da mesa do bolo e dos docinhos, fazendo bagunça no banheiro, correndo no meio do salão, fazendo chifrinho na hora das fotos, etc.

    Qdo virei adulta decidi evitar ao máximo ir à esses eventos. Nem no da minha própria irmã eu fui. Aproveitei q moro no exterior e dei todo o tipo de desculpas para não ir. Não estava nem um pouco a fim de gastar rios de dinheiro em tickets de vôo para mim e meus filhos, roupas para nós todos, pedir férias no trabalho pra isso, etc. só pra ir assistir a minha irmã e meu pobre cunhado começarem suas vidinhas de oficialmente casados com dívidas até 2016 (eles se casaram em 2011).

    Aqui na Europa a breguice em casamentos não é menor, acreditem. Só alivia pq pelo menos o clima é mais favorecedor, mas só vale se não for no sul. Gregos, espanhóis, portugueses e italianos devem se foder igualmente com o calor se decidirem se casar no verão.

    • As pessoas não aceitam que uma boa parte dos seres humanos ODEIAM essas fesras bregas. Preferem acreditar na falsidade… mas muitos dos que elogiam e abraçam falam mal depois. Melhor nao ir do que se prestar a esse papel

  • Eu tbm gosto de ir pela comida. Nao odeio a festa de casamento em si, mas sinto uma vergonha alheia na maioria das vezes que vou. Vergonha da noiva que geralmente está emocionada/eufórica entrando na igreja enquanto o noivo exibe aquela cara de “estou aqui pra cumprir tabela, por mim eu nem casava”. Sério. Acho triste demais. Só fui em 1 casamento que se notava uma empolgação do noivo, uma vontade verdadeira de casar. Nos demais a expressão dos homens é sempre falsa alegria. Será que as mulheres não percebem? Ou fingem não ver?

    Eu não sonho com casamento como meta de vida. Se rolar de encontrar alguém bacana e essa pessoa realmente quiser casar, se fizer questão…. eu caso. (Pouco provavel homem fazer questão disso) mas se não acontecer de casar…ótimo tbm. Não sentirei falta nenhuma…

    • Eu me pergunto isso: será que as noivas são tão vaidosas ou carentes que não percebem o quanto o noivo está cagando? Depois mulher reclama quando o homem sugere coisas que não vão ser divertidas para ambos dizendo que é desconsideração pedir sem pensar nela…

      • Homens que estão no próprio casamento pra cumprir tabela: quem são? onde vivem? do que se alimentam? Só aqui no desfavor! Bora fazer uma postagem sobre isso.

        Meu sonho ainda é fazer um documentário só com esses momentos, o nome até já tenho: Bocó.

  • “Não sei que faniquito é esse que bate em mulher que querer ser noiva por uma noite. Me parece coisa de gente mais ou menos, que nunca brilhou e tem por sonho se o centro das atenções uma noite.”
    E digo mais, solteirona virgem quando quer dar é um caso sério… Meu avô já dizia: Mulher só não casa com sapo porque não sabe qual é o macho.
    Exemplo: Final de semana passado houve casamento de uma colega de trabalho. Em conversas anteriores perguntei se estava ansiosa pelo casamento (eu não me referia à cerimônia, mas o fato de morar junto). Ela passou a tarde falando no vestido, no bolo, no cabelo, na maquiagem, etc… Em nenhum momento ela falou sobre os medos de dividir a vida, de ter que ganhar a sogra pendurada (a sogra doente vai morar com eles), de aturar a filha pequena dele, da esquizofrenia dele, do histórico de maus-tratos dele para com a ex. Enfim, um noivo que é um “sonho de consumo”, mas ela só pensava no personagem noiva e no fato de finalmente dormir com um homem.
    Ficamos arrasadas, pois sabemos que logo teremos que consolá-la pelo fim do casamento.

  • Irei colocar esse texto como favorito, e encaminha-lo para todos que me convidarem para festas de casamento.
    Sally, você descreveu tudo o que penso sobre as festas, com exceção da bebida, pois sem ela não consigo aguentar essa convenção social. E isso faz com que eu tenha uma crise existencial no meio festa, e o resultado é eu ficar sentada sozinha pensando na pergunta para a vida, o universo e tudo mais.

  • Para mim, fazer uma festa de casamento, ou qualquer outra festa é o mesmo que pegar o dinheiro e jogar dentro da privada! Eu não consigo entender um gasto tão desnecessário.
    Eu não fiz festa de casamento porque eu não quis, além de gastar dinheiro para impressionar os outros, tem o estresse do vestido, da igreja, do salão, da lista de convidados, da sogra que quer levar todas as “comadres”. Vi pelas minhas amigas que fizeram festa, irritadas e brigando com o noivo meses antes do evento. Não dá para começar um casamento assim, fora as dividas. Uma prima do meu marido fez uma festa que cair o queixo, dois anos depois o casal se separou ainda pagando a tal festa. Uma amiga fez empréstimo no banco para pagar a festa por que não podia dar uma “festinha de nada”, meses depois estava separada, o marido tinha uma amante.
    No nosso caso, nós pegamos esse dinheiro e passamos um mês viajando pela Europa, o que sem duvida foi o dinheiro mais bem gasto das nossas vidas, e não voltamos para casa com dividas até o pescoço. E teve gente que criticou hein, “ como assim não vai fazer festa? Tem que fazer”. Tem que fazer porra nenhuma, gastar meu suado dinheirinho por algumas horas de ostentação e babaquice, to fora!

    • Também acho uma imbecilidade, mas cada um faz o que quer. O que nao pode é se chatear se os amigos não quiserem participar…

  • Quando vou a casamentos eu penso: parem – repito- parem de reproduzir o gesto de pedir dinheiro nas festas de casamento.

    Passar sapato da noiva e gravata (quando os convidados já gastaram com o traje, com o presente do chá – sendo que hoje em dia homem e mulher fazem o tal chá, com comidas para o chá onde cada um leva um pratinho – , com táxi, salão de beleza e com o presente do casamento propriamente dito) é o cúmulo da falta de respeito!

    Se não querem que seus convidados se escondam no banheiro, ou se retirem da festa nesse momento, onde os noivos e seu séquito fazem escândalo gritando “pão duro” e batendo com garrafas pet para fazer barulho na cabeça de quem deu pouco ou nenhum dinheiro… parem enquanto é tempo!

    • Essa da gravata é um desfavor… Que pobreza! Olha Sally já pode deixar engatilhado a parte II, com as minhas sugestões:
      – Gente que manda a lista de casamento em lugares que quase ninguém pode pagar ou que EXIGE que você compre algo totalmente fora do teu orçamento.
      – Quem faz página na internet especialmente sobre o casal
      – Mulher que casou e que como não tem assunto, só sabe falar de casamento, principalmente pra quem é solteira. (tive essa experiencia em primeira mão quando fui mesária)
      – Mulher que fala sobre as “vantagens do casamento” (tô supercuriosa pra saber quais são porque eu só vejo vantagem pros caras)
      – Os brindes (principalmente quando são com fotos dos noivos)
      – Gente que é residente no BR e quer casar no exterior, convida trocentas mil pessoas mas não quer bancar os gastos dos convidados com a viagem, achando que estes tem a OBRIGAÇÃO de te ver casar no caribe ou na Europa. E ainda se gabam que “muita gente não foi porque não tem nem onde cair duro”, e os raríssimos que vão, geralmente se enchem de dívidas depois.
      – A reação masculina… Todo mundo sabe que só os gays homens tem esse tesão em casar, porque o hétero tá cagando e andando. Tô pra ver um cara que realmente esteja a fim de casar… Uns casam só pra virarem “homens de familia”, outros porque a mãe mandou, outros pra provarem que não são gays, tem aqueles que querem ter uma empregada na faixa (a esposa)…

      • Festa de casamento é um estresse para todo mundo, inclusive para os convidados, que tem que gastar dinheiro com presente, roupa e outros. Um inferno.

    • (…)quando os convidados já gastaram com o traje, com o presente do chá

      Sem falar dos gastos quando o casamento ocorre em outro estado…ou mesmo em outro país.

  • Eu curtiria se minha noiva casasse de vermelho, decote bem pombagira gostosona e no bolo em vez dos noivinhos, deveria ter enfetinhos de sex shop.

  • O mundo é gay

    Porra, eu ia te dizer isso de tu ir num casamento gay. Gays são fodas, estilosos, a musica é top e tem comida de todo jeito. Muuuita comida!

  • Acho uma desgraça ter que ficar passando fome por causa da enrolação. Vai se fuder. E a falta de pontualidade? As noivas ficam enchendo o saco a vida toda pra casar e no dia do evento ficam dando crise, dando choradeira no salão, e fazendo os convidados passarem fome. E não pode servir petiscos antes não. Todo mundo tem que esperar os noivos paus no cu resolverem logo a vida. Odeio.

  • ”Colocam uma criança vestida de merengue” – hahahahahahahaha! Rindo alto!

    *sonho: colocar gêmeas siamesas de damas de honra (pronto, me processem BMs).

  • Ja fui madrinha de alguns (infelizmente não pude recusar) e acredite : É pior, muito pior. Voce tem obrigaçao implicita de gastar rios de dinheiro em um presente caro, e vai desfrutar da mesma festa de merda que restante dos convidados, que deram de presente um jogo de copos e faqueiros . Sem contar os tais “ensaios” que me recuso a participar. Haja sofrimento…
    Estou me preparando pra outro final do ano..já sofrendo por antecipação. Eu não bebo,mas nessas horas acho que vou abrir uma exceção.

      • Isso que eu pensei também. O horror. Os caras querem satisfazer o ego com esse evento e ainda outras pessoas são obrigadas a gastar por tabela! Não basta se ferrar tem que levar uma meia dúzia junto. Ainda bem que no meu círculo de amizades ninguém tem essas firulas.

        • Ainda bem que pelo menos esse tipo de “bad plus” eu nunca vou ter – nossa, se além da minha quase e frequente certeza de futuros “contras” aos “pombinhos”, nem me imagino nessa piora sendo padrinho…muita firulagem em nome de tão duvidosa(s) vitória(s) !

    • Ainda que não queira ler, você não foi obrigada a ser madrinha: no máximo achou melhor não recusar o “convite”. A questão real é porquê se viu obrigada a tal papel.

      • Olha só, em alguns casos a pessoa é obrigada sim, pois as consequências de uma negativa implicam até em demissão.

          • Você pode recusar, mas quando um colega de trabalho ( superior imediato) te chama pra ser madrinha na frente de toda a empresa, me senti praticamente coagida a aceitar. E nos outros casos,são parentes do meu marido que nos convidaram, fazendo discurso de como seria importante que fizéssemos parte dessa alegria e blá blá, além desse parente doar sangue para o meu marido certa oportunidade. Se fossem meus parentes eu inventava uma desculpa e dava um jeito de não ir. Mas bateu a crise de consciência e meu marido não recusou.

        • E eu me sentindo culpada porque odeio cerimônia de casamento ( não gosto de ser convidada ) vou obrigada! E Ainda tem gente q inventa de casar as 10:45 da manhã nesses restaurantes no meio do mato em pleno verão de janeiro! Eu n bebo, nem conheço os convidados muito bem, já que o noivo é amigo de trabalho do meu marido, entào todos se divertem enqto vc tenta se enturmar com pessoas q vc nunca vê na vida! ( coisa mais idiota ) não vejo a hora de vir embora! Af!!

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