Eu te amo.

Atendendo a pedidos (sim, no plural!), vamos falar sobre “eu te amo” e a paumolescência, o medinho e a insegurança masculina em tudo que envolve esta frase. O que para os homens é um plus, um acidente de percurso ou algo sem importância pode ser essencial para muitas mulheres.

Esta frase tem um peso enorme na atual sociedade. Se você é hippie, fala o que quer sem se preocupar com o que os outros vão pensar ou sentir, vá fazer gnomos de madeira ou pulseiras de miçangas e vender na beira da estrada, pois vivemos em sociedade e pessoas com semancol adequam o que vão falar por uma questão de educação. Esse papinho bizarro de não se render à sociedade acaba no momento em que você cobra dessa pessoa atos coerentes com isso, tipo se desfazer do celular.

Mas, voltando ao assunto… o grande problema com o “eu te amo” é que o timing para que ele seja dito da forma adequada é personalíssimo, cada pessoa tem o seu. Na dúvida, mulheres falam ao mesmo tempo em que, na dúvida, homens calam. Isso gera um descompasso, um delay da verbalização do sentimento, que tumultua as relações. Como saber se a hora em que você sentiu é a hora certa de falar?

Bem, não dá para falar em prazos fechados, mas dá para citar algumas regras gerais, baseadas em experiência e bom senso, para ajudar as criaturas que estão passando por essa fase. Um “eu te amo” dito muito cedo espanta e gera presunção de descontrole/imaturidade/loucura e, dito muito tarde, pode causar desânimo/desistência/mágoa. Já vi idiotas perderem parceiras bacanas das quais verdadeiramente gostavam por não verbalizar “eu te amo”.

Regra geral. Mulheres: nunca digam que amam primeiro, esperem a outra pessoa dizer. Homens: digam assim que sentirem, pois podem estar prestes a levar um fora por não dizer. Vamos desenvolver isso. Aliás, homens, tirem dez segundos do seu dia para reparar nos seus sentimentos, às vezes amam e nem percebem, só percebem quando perdem, e aí ficam enchendo o saco da mulher quando já é tarde demais. Não é vergonha ter sentimentos, vergonha é ser frágil a ponto de precisar enterrá-los.

Tem que dizer. TEM QUE DIZER. Não me interessa se você acha desimportante, se você acha ridículo ou qualquer outra coisa proveniente de achismo. Nós mulheres achamos desimportante um pênalti do seu time e nem por isso desligamos a tv na hora. A grande dificuldade masculina costuma ser essa, não entender que FODA-SE o que eles acham, algumas coisa são assim e ponto final, há necessidade de adaptação.

Vivemos em uma sociedade onde o grau máximo de gostar se traduz nessa frase (por mais banalizada que ela esteja). Não quer viver de acordo com as regras da sociedade? Faz um mochilão e vai morar no Xingu com os índios. Enquanto viver nessa sociedade as regras são essas. Se não vai segui-las, explique à pessoa seu pensamentopseudo-rebelde-babaca, para que ao menos ela saiba que você não diz que ama por ser um cuzão revoltadinho em vez de simplesmente não seguir uma convenção massificada calado. Ninguém tem bola de cristal para adivinhar que o Sr. é rebelde apenas quando lhe convém.

Se quiser viver em sociedade, aceite que a regra é essa. Não dizer “eu te amo” quando a coisa já está em um certo patamar, significa, por tabela, externar não gostar tanto assim da pessoa. Significa isso, querendo você ou não, aceitando você ou não, concordando você ou não. Tomara que um dia isso mude e que atos tenham mais valor do que palavras, mas até lá, deixe de ser filho da puta orgulhoso e pronuncie três palavras que ninguém morre por causa disso.

E nisso eu sou radical: homem tem que falar primeiro. Homem cresce levando milhões de foras, sofrendo milhões de rejeições, está devidamente calejado para a não reciprocidade. Mulher não, mulher não passou uma vida se fortalecendo levando toco, fora e porta na cara. Mulher tem menos estrutura para lidar com um sentimento não correspondido do que homem. Então, honrem essas calças que vestem e façam o favor de tomar a iniciativa, pois homens tem muitas vantagens por serem aqueles socialmente autorizados a atirar para todos os lados.

Apesar de cada um ter seu timing em matéria de “eu te amo”, existem regras extremas que são um consenso. Situações onde não se diz “eu te amo” pela primeira vez porque seria totalmente doentio. No primeiro encontro, por exemplo, não. Nunca. Acabando de conhecer ou conhecendo faz pouco tempo, não. Sem nunca ter efetivamente consumado nada com a pessoa, nem ao menos um beijo, não. Bêbado, não. Por escrito, não (tenha cu de fazer olho no olho). Na frente de terceiros, não, principalmente se a frase for direcionada aos terceiro (“eu amo ela”). Estas são situações onde o “eu te amo” mais prejudica do que te ajuda. Passa atestado de maluco, de pessoa disfuncional ou sem noção.

Tem Zé Ruela que o faça, viu? Não por sentir, mas por achar que a mulher vai gostar. E de fato, tem mulher que goste dos atos descritos no parágrafo acima. Mulher carente, maluca, neurótica. Agindo assim, o homem estará atraindo esse tipo de mulher. Depois reclama que “só tem” mulher maluca no mundo. Não, querido, você é que atrai para si esse tipo, pois as normais fogem diante de uma conduta dessa.

Também não é muito confortável fazer do “eu te amo” um evento. Tem que sair natural. Essa coisa de “Vamos jantar, tenho uma coisa para te dizer” é meio stalker psicopata. Da mesma forma, introduzir a frase com um “Posso te dizer uma coisa?” é cagado. Nada de bom começa com “posso te dizer uma coisa” ou “posso te perguntar uma coisa”. Sem circo, sem hora marcada, sem artificialidade. Apenas diga casualmente, em algum momento de intimidade.

Regra de ouro para “eu te amo”: mulheres tendem a dizer muito cedo, homens tendem a dizer muito tarde, geralmente apenas quando pressionados, ainda que sutilmente. Por isso, a melhor saída para que estas duas raças diferentes cheguem a um equilíbrio é mulher contendo seu impulso de falar e homem contendo seu impulso de calar, como é por sinal a grande regra de ouro geral de qualquer relacionamento.

Não custa tirar alguns minutos do seu dia para refletir sobre os seus sentimentos. Vai por mim, o “eu te amo” a destempotem desdobramentos ruins, que não compensam a ninguém. Se for dito cedo demais, coloca a mulher em uma situação de merda na hora de dar qualquer resposta. Se for dito tarde demais, já causou algum desencanto ou mágoa por toda a ansiedade sofrida querendo uma verbalização que não vinha. Já fica a certeza de que é uma pessoa que adia, protela e não tem culhões.

E, atenção homens, por mais razoável que seja pensar o contrário, ato algum neste mundo substituí a pronúncia da frase “eu te amo” para uma mulher. Para algumas por ser um estereotipo romântico, para outras, pela filhadaputez de saber que aquilo é um parto para o homem e ver se realmente gostam delas a ponto de se violentar e passar por esse constrangimento. Não importa o tipo de mulher que você tenha ao lado, vá se preparando para dizer que ama se não quer ver começar uma guerra fria. Sim, temos prazer em ver homem passando por esse mau momento, nós passamos por tantos…

Quando passa o prazo do “eu te amo” aparece um elefante branco no meio da sala, que é visto, sentido, mas ninguém fala nele. É o efeito bola de neve, quanto mais demorar a falar, pior será, pois mais grave a coisa parece, mais peso a frase ganha. Se você simplesmente não se preocupa com isso, bem, pense duas vezes. É um rito de passagem socialmente exigido, e, novamente, se não quer viver em sociedade, vai pro meio do mato viver com os símios. O pacote é esse. O lado bom todo mundo quer, né? Na hora de pagar o preço dizem “não se render a convenções sociais”, mas as que lhes convém são belamente acatadas.

Onde, como e quando dizer são questões complicadas. Vai do feeling de cada um. Existem formas não-bregas de dizer que ama uma pessoa, mas no geral, as mulheres preferem as bregas mesmo. Só não seja babaca de falar na forma de enigma ou deixar subentendido. Tem que ser expresso. E claro.

Podem ficar bem tranquilos que ninguém aqui vai se mudar para a sua casa, querer casar nem colocar uma coleira no pescoço só por ter ouvido um “eu te amo”. Spoiler: mulheres escutam centenas desses na vida, sabemos que não vale tanto quanto a sociedade faz parecer. Sabemos lidar muito bem com essa frase. Não vão “nos iludir” nem nos enganar, nem nada. É apenas uma prova de gostar, na qual o homem supera uma situação horrendamente constrangedora e coloca sua dignidade em risco para mostrar que gosta da mulher. Tal qual tribos onde para conquistar mulher o homem enfia a mão no formigueiro para provar sua macheza, nossa sociedade impõe esse mal estar. Encarem com masculinidade e coragem.

Falou “eu te amo” e a reação não foi lá essas maravilhas? Beleza, toca a vida e deixa o assunto morrer. Provavelmente você não é correspondido. Decida se quer ou não ficar com essa pessoa internamente, sem interroga-la ou cobrar nada. Seja digno. Se achar que pode fazer melhor e conquistar a pessoa, melhore. Depois de algum tempo repita o “eu te amo” e avalie.

Agora vamos à pior parte. Como responder quando você escuta um “eu te amo” e não ama a pessoa de volta. Atenção homens: quando alguém te diz “eu te amo”, a única resposta decente é “eu também”. Sendo mentira ou verdade. De um jeito ou de outro, você está com problemas se a pessoa decidiu verbalizar que te ama e você não a corresponde. Cabe a você decidir como vai lidar com esse problema: com humilhação ou sem humilhação. Se quiser humilhar, não retribua a frase.

Qualquer ato, por mais bacana, carinhoso ou bonito que seja, é humilhante. Retribuir com um beijo é humilhante. Fingir um desmaio é humilhante. A única coisa que não humilha uma mulher nessa situação é um “eu também”. Agradecer nem pensar. Fazer piadinha dizendo “Eu também me amo” é motivo para agressão física. Fingir que não ouviu justifica homicídio.

É rude, é grosseiro, é inaceitável não dizer “eu também”. Tenham a decência de não humilhar uma mulher dessa forma. Mulheres não tem a casca que vocês têm para rejeição. Mulheres não levam foras sucessivos de homens desde seus 14 anos nem tem experiência de abordar dezenas deles, rir de uma negativa e partir para outro. Ouviu um “eu te amo?”. Diga “eu também”. Depois você lida com esse problema, de outra forma onde não precise humilhar a mulher.

O fato de dizer um “eu também” não te obriga a ficar com a pessoa, a casar com a pessoa nem a amar a pessoa. É apenas apagar um incêndio. Depois, como o tempo, com os atos, com muito jeito e conversa, você vai deixando claro que quer desacelerar as coisas, ou, se for o caso, até pula fora. Você não é tão especial, uma mulher não vai grudar em você só por ter ouvido um “eu também”. Mais: é provável que ela saiba a verdade e esteja te testando. Cada vez mais o “eu te amo” vira um teste postural do que uma prova de sentimentos.

Dizer “eu também” é uma mentira? Sim, é uma mentira, mas a outra opção me parece ainda pior. O que você prefere, mentir ou humilhar alguém que está em situação de vulnerabilidade? Sem contar que o fato de não corresponder à frase vai causar tanta dor de cabeça, mas tanta dor de cabeça, que fica muito mais barato um “eu também”.Win/win.

Amor não é um sentimento que demande grandes elucubrações: ou você ama, ou você não ama. É como se alguém te perguntasse se você está com fome. Você precisa pensar por semanas para perceber se está com fome? Então, faça um favor e se pergunte se ama a pessoa. Se ama, diga, que seu cu não vai explodir por causa disso não.

Medo da mulher “pisar” em você por ter dito que a ama? Meu Amigo, se esse é o tipo de mulher que você tem ao lado, mais um motivo para falar e descobrir logo, assim se livra dessa furada…

Larguem de ser pau no cu, dizer que ama é uma convenção social para mostrar que aquela mulher é um pouco mais que a cambada de periguete que você pegava na esquina de casa. Larguem de ser cagões, inseguros ou adolescentes pseudo-rebeldes e façam uma mulher feliz com esse ato simples, é de graça! Se você ama a pessoa, diga porra!

Para dizer que me ama, para dizer que vai mandar este texto para a pessoa que talvez te ame ou ainda para trocar experiências sobre o nefasto delay em dizer que ama: sally@desfavor.com

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Comments (25)

  • Eu já disse te amo pra uma mulher e ela mandou na lata que também me amava como amigo. Imagina se a quenga me manda um ” eu também”? Eu ia ficar exultante, soltar fogos, fulana me ama lalala, pra depois saber que falou só de pena. Não seria muito pior? Ainda bem que ela foi sincera!

  • Muito errada essa estória de “eu também” Só faz dar falsa esperança pra o coitado/a. Depois vai me falar: MAS VC DISSE QUE TAMBÉM ME AMAVA! E agora? Sai dessa! O máximo que faço é desconversar e se a pessoa insiste muito, dizer que preciso pensar sobre o assunto.

    • Não acho que dizer um mero “eu também” seja levado a sério. Só se a pessoa for bem débil mental. Entendo que é questão de educação. É possível provar das mais diversas formas ou até esclarecer tudo em uma conversa bem aberta sem precisar fazer essa grosseria de não retribuir na hora.

  • Sempre esperei o outro vir me falar. É uma regra minha assim como não dizer “eu te amo” muitas vezes por mês.

    Eu sempre achei que responder “eu também” era indício de não ter certeza do que diz. Na minha cabeça a resposta teria que ser completa “eu também te amo”. Talvez eu seja paranoica, mas “eu tbm” soa como aquela resposta forçada. Como quando alguém pergunta se você gostou do presente e não podendo negar a resposta é “aham”.
    Quando você responde de forma completa demonstra CERTEZA de que quer dizer aquilo.

    Ps.: Óbvio que a forma como responde, se a pessoa te olha nos olhos, se ela hesita, se gagueja revela muito também.
    Se você chegou a ponto de dizer que ama supostamente você conhece a pessoa pra perceber se foi um “eu tbm” que vale a pena acreditar.

    • Concordo com você. Um “eu também” simples deixa clara a falta de reciprocidade, uma resposta social apenas para não humilhar o outro. O que me transmite mais certeza é outro “eu te amo” de volta.

  • Eu não falo e não espero mais que me falem isso. Não é ser amarga, juro. Se a coisa vier num momento de ápice emocional, será muito bem vindo.

    Mas eu prefiro sentir a conexão emocional com essa pessoa e perceber que ela sente o mesmo. Por sinal, conexão emocional, algo tão difícil de criar nos dias de hj, não é tão fácil ser mascarada assim. Tem gente que até tenta mimetizar essa conexão com vc, mas basta ficar atenta aos sinais (o que é difícil para que tem a mente cor de rosa) e vc perceber que a conexão não existe.

    As atitudes falam muito. Aprendi com muitos murros da vida, que não importa o que a criatura fale, é pra sempre estar atenta ao que o outro faz.

    • Sim, atitudes falam mais do que palavras, sempre. Concordo muito com você.

      Mas eu encaro o dizer “eu te amo” como uma atitude. É meio arriscado, constrangedor, é um passo importante. Independente do valor dessas palavras, acho que dar o passo de verbalizar é um ato a ser observado…

      • Com certeza!! Mais um ponto o fato de ser verbalizado.

        Eu dei ênfase a essa questão pq foi uma coisa que ao longo da minha vida foi difícil de ser compreendida por mim. É fácil a gente compreeder a premissa básica “atitudes valem mais que palavras”, o difícil é levar isso no âmbito da conexão emocional, pois é preciso observar certas sutilezas, entender uma mentalidade totalmente diferente da sua, comunicar de uma maneira diferente para ser compreendida e não ser taxada como louca (pq reações emocionais os desnorteiam). Homem pede para que sejamos mais objetivas e racionais, e nós os desafiamos a entrar no campo das emoções. Hj entendo pq brigamos tanto.

        • Se todas as mulheres focassem nas atitudes em vez de focar nas palavras, teríamos menos mágoas e cobranças. As mães deveriam ensinar isso às crianças.

          • Essa tb foi uma conclusão que tive. Estudamos, buscamos conhecimento pra tudo, e deixamos de nos informar sobre isso, sobre essas coisas.

    • Lichia!

      Que bom “ouvir” isso de uma voz feminina!

      Eu me sinto tão deslocada nesses assuntos de romantismo. As opiniões são tão unânimes… Também sinto que a conexão emocional é quase impossível de tão rara. Eu queria tanto sentar numa rodinha e reclamar da falta de sensibilidade dos homens! Queria tanto, mas não dá… Porque eu também não consigo.

      Nunca disse “eu te amo”, nunca tive vontade de dizer e acho tão constrangedor ouvir…

      Eu gosto de palavas, mas é por isso mesmo que sei que elas não valem nada diante das atitudes. Uma conexão verdadeira simplesmente é. Enfim, adorei seu comentário! Adoro quando alguém fala por mim.

  • Vou me referir a um ponto texto do qual discordo.
    Não acho que não dizer também te amo seja humilhar. Prefiro a “pancada” de ter em troca um silêncio e não ouvir um “eu também te amo” do que ser iludida.
    É preferível que a pessoa não diga nada ou verbalize não estar nesse nível de sentimento.
    Até porque dizer eu te amo e posteriormente começar a sinalizar desinteresse para cair fora do relacionamento pode gerar uma confusão enorme, e até um sofrimento maior. Acho ainda mais detestável tal atitude.

    De fato, como Sally falou, não somos mesmo acostumadas a tomar a iniciativa, e por isso não estamos calejadas com as possibilidades de tomarmos um fora, o que pode sim causar um pouco mais de constrangimento. Mas talvez seja essa a oportunidade de aprendermos a lidar melhor com a situação e criar uma rede de “auto proteção”, resumindo, se fortalecer e aprender como agir para caso ocorra novamente.

    Então, quanto ao restante, não há como discordar, se ama, verbaliza criatura. Não vai cair pedaço!

  • Tá, agora depois de ler o texto…
    Bom, por um lado concordo que é melhor dizer sim o que sente, o que pensa, diante de um parceiro do que ficar escondendo sentimentos. Isso só prejudica, amarga as coisas. Por outro lado, acredito que seja problématico também dizer que ama, mesmo não amando de fato. Isso pode causar lá mal entendidos bem tensos, ainda mais se a pessoa for pau no cu, ou mesmo não saber discernir bem as coisas.

    Há que se considerar também que o conceito de “amor” varia pra cada pessoa. Tão logo, o dizer que ama alguém está diretamente vinculado ao juízo de valor que se emite sobre o conceito. Nesse aspecto, eu sinceramente e particularmente só diria que amo alguém depois de algum tempo, depois de perceber e conviver bastante com a pessoa. Amor, a meu ver, não é paixão (coisa que muita gente confunde), e está acima dela; é um sentimento que vai além do desejo carnal momentâneo, e do aspecto da amizade.

    O que eu vejo particularmente é que tem muita gente aí que confunde as coisas, que não tem bom discernimento do que sente pelo outro, daí acaba mesmo dizendo “eu te amo” na hora errada, ou querendo dizer outra coisa, como bem comentei anteriormente, querendo dizer mais um “eu amo transar com você porque estou apaixonado e rola uma química intensa entre a gente” do que “eu amo você porque você é uma pessoa amiga, companheira, tem grande significado pra mim, e existe um laço forte entre nós dois que nos une.”

    • Não tenho como fazer juízo de valor sobre os sentimentos alheios mas… se passou um bom tempo e a pessoa não ama quem está ao seu lado, está fazendo o que ali? Acomodado?

      • Sally Surtada tem tom exagerado e engraçado pra falar mal de homem e tal, mas amor nem sempre é possível, então muitas pessoas se contentam como o que “tem pra hoje” e ficam juntas para não ficarem sós, para terem com quem postar fotos com coração nas redes sociais ou porque o sexo é razoável na maioria das vezes. Mas o “eu te amo”, nesses casos, seria constrangedor e forçado.

  • Antes de ler o texto, deixa eu comentar uma coisa: homens costumam dizer “eu te amo” querendo dizer “eu amo transar com você.” HAM!

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