Filhos da puta!

Todos tem seu lado… perigoso. Há algo em cada pessoa que a habilita a controlar, manipular ou mesmo prejudicar outros. Sally e Somir se conhecem o suficiente para ver esse lado “filho da puta” um do outro, mas discordam quando é para escolher quem tem o mais acentuado. Os impopulares se arriscam a opinar.

Tema de hoje: Quem é mais filho da puta (perigoso)? Sally ou Somir?

SOMIR

Não me importaria de “ganhar” essa. Até gosto da ideia de me acharem mais perigoso, mas tem chão entre o grau de “filhadaputice” que eu consigo demonstrar e o da Sally. Sally é pior. Bem pior. Mesmo que eu seja mais frio e calculista, eu sou mais… previsível. E nesses anos todos de desfavor, isso foi provado seguidas vezes. Não precisa nem conhecer a gente ao vivo para perceber que para cada um que saiu daqui puto comigo, dez o fizeram cuspindo fogo contra ela.

E isso tem um motivo principal: ela se importa com essa coisa de toda de interações humanas em geral. É muito mais humana, no final das contas. Sally chega muito mais perto antes de bater. Alguém com o interesse que ela tem pelo ser humano – seus sentimentos, motivações e sonhos – vai entrar pelas suas defesas casualmente e descobrir seus pontos fracos. Sem gerar alarmes de qualquer tipo. Quem é mais filho da puta? Quem te bate depois de você abrir a porta de casa pra ela ou quem joga uma pedra na sua janela?

Eu sei que ela não faz isso com esse objetivo, mas raras são as vezes que ela começa uma briga sem estar exatamente no melhor lugar possível para ferir o adversário. Eu? Eu mal vou me aproximar mesmo de quem eu gosto muito, então grandes chances de eu depender de lógica e presunção para definir onde te bater. É aquela velha máxima de “conheça o seu inimigo”. Sally vai conhecer bem melhor, na imensa maioria das vezes.

Eu já vi ela no modo ofensivo. Não é uma coisa agradável para a vítima. E só para situar, mesmo nas vezes que ela foi mais escrota com alguém aqui dentro do desfavor, não chega nem perto do que eu já vi acontecendo com gente paunocu que causava problemas na vida real dela. Que eu sei que Sally pode ser muito mais filha da puta do que eu, eu sei. A questão aqui é só convencer vocês mesmo sem terem visto o pior. Ela vai na veia, direto nos maiores medos e inseguranças do adversário, afinal, ela sabe quais são por ter insistido muito em aprender.

E outra diferença: eu enjôo, Sally não. Meu interesse por outros seres humanos acaba muito mais rápido, inclusive quando eu estou puto da vida com eles. Eu vou te bater por algum tempo, mas logo não vou ter mais paciência. Sally é diferente, Sally não vai parar até ver o corpo estendido no chão. Ela insiste, fica monotemática, sangue nos olhos. Vocês não viram isso muito na prática porque eu instalei o botão de banir por aqui. Se não tivesse, ia ter muita gente apanhando todo dia, sem falta, até hoje. Sally não enjoa de nada, ela nunca vai parar por cansaço de ser filha da puta. É a cruza do Coelhinho da Duracell com Chucky, o Brinquedo Assassino.

E a safada é esperta. Muita experiência prática de vida, muito conhecimento de seres humanos. Isso faz ela reagir numa velocidade incrível, e baseada em conhecimento sólido sobre como a sociedade e as pessoas funcionam. Eu vivo me ferrando por prever ações lógicas nos outros, ela já considera o espectro todo antes de tomar suas decisões. Eu dependo de lógica pra te ler, ela não. Reações rápidas e precisas tornam uma pessoa muito mais filha da puta quando ela quer. Eu preciso pensar sobre o assunto, ela pode só reagir.

Não bastasse isso, Sally é passional. Passionalidade é um combustível poderoso que pessoas como eu não conseguem manter queimando por muito tempo. E se ela ainda fosse uma anta genérica que só fecha o olho e bate, menos mal. Mas não é, Sally se amarra em dizer que não é inteligente para despistar os outros, mas é, muito. A putez muito mais visceral que ela consegue alcançar tira limites morais e éticos do caminho. Em último caso, ela consegue pegar muito mais pesado que eu. É até aquela coisa de homens e mulheres: um homem puto te enfia a porrada, uma mulher puta destrói a sua vida. Sally consegue ficar tão furiosa com seus inimigos que para de enxergar as consequências de seus atos. Eu sou a pessoa que eventualmente para se cobrir de merda o outro significar me cobrir de merda, ela, muito pelo contrário: vai até o Inferno se isso significa levar quem ela quer sacanear junto.

Sally também não tenta se portar como perigosa. Eu sim. Eu até uso como mecanismo de defesa prévia, essa pose de vilão que ficou tão famosa aqui no desfavor. Eventualmente as pessoas sabem o que vai acontecer quando me provocam, e há algumas vantagens consideráveis nisso: tomar um soco quando se espera um soco presume a chance de bloquear. Sally não quer essa pecha de perigosa, então ela não tenta dar motivos. Se mostra próxima, atenciosa, carinhosa até… não tem defesa pra quem te bate a partir dessa presunção de inofensividade.

E outra: ela explode. Quem explode consegue quase sempre dar a primeira porrada. Eu quase sempre vou esperar até ter levado uma pancada considerável antes de revidar, ela tem muito mais tendências a começar. Encha o saco dela e o dedo vem na sua cara, ao contrário de alguém como eu, que muitas vezes vai decidir sozinho que você não vale a pena e simplesmente se afastar. Muito mais perigoso quem não leva desaforo pra casa e se importa de verdade com o que está acontecendo.

Além disso, ela é mulher. Ela pode dar a primeira porrada, e se alguém revidar, sempre tem alguém pra tomar o lado dela. Mulheres podem fazer as maiores atrocidades e fingir que não, porque já tem presunção quase que automática de não serem perigosas. Basta uma carinha de inocente que a maioria dos marmanjos e mulheres vão acreditar piamente que ela é a vítima. Eu não posso me fazer de vítima com o meu layout. Eu sempre vou ter a presunção de quem está na “justiça da briga”. Ela não é de ficar se fingindo de santa, mas eu sei que consegue. O instinto de preservação é forte ali. Ah, inclusive: Sally não tem pudores de pedir ajuda para amigos e amigas quando quer lutar, eu simplesmente não consigo. Quase sempre eu vou ser filho da puta sozinho mesmo.

Imagina alguém que te conhece bem, não enjoa, fica extremamente motivada por raiva e ainda por cima consegue formular planos e estratégias bem mais complexas que a média? E eu que sou perigoso?

Para dizer que o perigo são os dois juntos, para dizer que vai nos chamar de filhos da puta hoje porque tem uma desculpa, ou mesmo para dizer que concorda comigo, mas me acha mais filho da puta: somir@desfavor.com

SALLY

Pergunta simples, fácil e direta: quem é mais filho da puta, no sentido de “perigoso” (e não de mau caráter), Somir ou Sally?

Eu não tenho duvidas que o mais perigoso aqui é o Somir. Eu posso ser explosiva, irritadiça e até intolerante, mas eu sou transparente. Mostro o passo a passo do que estou sentindo, ao contrário do robô aqui de cima, que está sempre com a mesma cara e nunca se sabe o que se passa na sua cabecinha.

Somir é frio, calculista, premeditado e manipulador. Ele não transparece suas reais intenções, vai comendo pelas beiradas até chegar onde quer. Vai te convencendo que você deseja aquilo, que vai ser melhor para você aquilo. Estrategista, ele é capaz de se preparar e executar um plano durante muitos meses. Eu não, se eu quero algo e não consigo, dou meia dúzia de gritos dizendo o que eu quero e as cartas estão na mesa. Minha impaciência me torna menos perigosa.

Somir tem uma quase-psicopatia que lhe permite afirmar os maiores absurdos da face da Terra com serenidade e convicção. Se ele quiser, ele te convence que o céu é vermelho. Ele causa um constrangimento intelectual na pessoa com essa sua tática “se você não concordar é burro” ou então confunde o interlocutor com dezenas de argumentos relacionados que o direcionam para um inevitável caminho errado. Um desperdício que ele não seja pastor, estaria muito rico. Eu não tenho essa habilidade, até porque, eu respeito a opinião alheia.

Somir é extremamente inteligente. Não que eu seja burra, mas por escolhas pessoais de vida e talvez um pouquinho de genética, ele é sim mais inteligente do que eu. Posso até ser mais esperta do que ele, mas ele é mais inteligente e os inteligentes sempre terão um trunfo frente aos espertos: a capacidade de antever.

Não se deixem enganar pelo jeito pacato do rapaz, quando ele conversa com você, ele joga xadrez: já está antevendo pelo menos três movimentos seus no futuro. Sim, ele só conversa com você se ele quiser algo de você, pois ao contrário da babaca que vos fala, ele não tem curiosidade pelo ser humano, ele despreza as pessoas democraticamente.

Somir é muito mais controlado do que eu. Ele não altera o tom de voz em uma discussão, nem as expressões faciais, salvo se estiver muito incomodado, coisa que raramente acontece, já que ele despreza pessoas no geral. Um interlocutor que não esboça reação é uma desgraça e desestabiliza. Você não consegue depreender absolutamente nada dele, seja ao conversar, seja ao discutir. Ele tem uma cara de “Somir te depreza” que é extremamente irritante. Sempre será mais perigoso aquele que não dá pistas sobre o que está pensando ou sentindo. Eu não, eu sou tão transparente que qualquer pessoa sabe dizer quando está doendo, quando não.

Somir não age por impulso. Isso o torna ainda mais filho da puta, pois ele espera pacientemente até que a guarda da pessoa esteja baixa. Dias, semanas e até mesmo meses. Ele é basicamente um predador oportunista, enquanto eu sou uma predadora de combate, que parte para cima se qualquer pudor. Ele é tão filho da puta que muitas vezes nem te deixa perceber que há uma situação de conflito. É o rei da guerra fria, do dito pelo não dito.Além disso tem total controle dos seus sentimentos, racionalidade acima de tudo, exceto quando se trata do Corinthians.

E mente que nem sente, o filho da puta. Eu minto mal, mas mal de verdade. Mal nível criança, de olhar para o chão. Ele não: elegante, não altera um músculo da face quando mente e te olha nos olhos. Certeza que os batimentos cardíacos continuam inalterados. Somir enganaria até um detector de mentiras. Eu fico nervosa quando minto, ele não, pois, o que quer que seja, ele está cagando. Somir sempre está cagando para tudo e todos, é um estado de espírito.

Você pode até estar se perguntando se ele é um psicopata. Não, não é. Ele tem a capacidade de se colocar no lugar do outro e perceber o que o outro está sentindo – só que ele simplesmente não se importa. Se ele achar que o sentimento do outro é idiota ou injustificado, ele o desacredita e o desrespeita. Eu não, por mais absurdo que me pareça o sentimento alheio, se eu percebo que o sofrimento é real, nasce uma trava. O sofrimento alheio me dói, pelo simples fato de existir. E isso faz de mim uma otária muito menos perigosa.

Somir sabe ser egoísta. Ele prioriza seu bem estar, seus desejos. Faz as coisas no tempo dele, quando quer, como quer. Acho que isso fica muito claro nesses sete anos de Desfavor. Eu não, eu me agarro à minha palavra, pois para mim a credibilidade é meu bem mais sagrado: disse que vou fazer texto todos os dias? Eu faço. Nem que fique acordada até mais tarde. Somir não, Somir pensa “Não deu? Não deu… foda-se”. Prioridades do Somir: Somir.

Somir fica de boa sem relacionamentos humanos. Somir poderia se isolar no alto de uma montanha e viver ali, se houvesse comida, água e internet. Isso o faz se apegar menos às pessoas, a qualquer pessoa, pois ele sabe internamente que a qualquer tempo pode ficar muito bem sem elas. Uma pessoa que não tem grandes apegos é muito mais perigosa, pois além de te descartar com mais facilidade, não sente a trava do medo de perder quem está ao lado.

Somir tem a capacidade de estar putíssimo e aparentar normalidade, quem sabe até felicidade. Além de não transparecer o que está sentindo, o filho da puta ainda emula sentimentos se isso lhe foi útil de alguma forma. Conviver com Somir é constantemente se pergunta o que ele deve estar pensando, ou se perguntar se ele respondeu a verdade quando perguntado sobre o que estava pensando.

Em resumo, pelo total desprezo e desapego dele por outros seres humanos, Somir é muito mais filho da puta do que eu, pois não possui certas travas, amarras e medos que normalmente nos impedem de cruzar certas linhas.

Para se assustar com o quanto nenhum de nós dois presta, para dizer que o mais filho da puta é o Alicate ou ainda para dar aquela opinião cagada em cima do muro ponderando ambos os lados: sally@desfavor.com

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Comments (100)

  • Somir

    Hipoteticamente eu seria amiga da Sally, mas não conseguiria ser amiga do somir. Esse estilo “não me importo com as pessoas” pode ser bem mais perigoso.
    Tem outra questão : SALLY pode até conhecer o ponto fraco e usar isso contra você, mas como é movida por raiva ela não demoraria a fazer isso. Ja o SOMIR aparentemente poderia ser aquele fdp que se vinga depois de muito tempo… Depois que você já esqueceu. Pq? Ele não se importa muito e talvez não teve uma oportunidade antes.. mas quando tiver (mesmo séculos depois) ele usa.

  • Sally, vc tem razão. Eu conheço uma pessoa com personalidade somiresca que moraria fácil baa montanhas. Esse gênero realmente não se abala, não se apega e tem potencial pra ser perigoso se houver necessidade.

  • Por causa das características descritas aqui – frieza, desapego, estoicismo e ações calculistas – , considero o Somir pior. Com gente com perfil como o dele, deve-se sempre esperar o inesperado e nunca se sabe o que ele pode fazer, sem que a gente se dê conta. Como a própria Sally disse sobre o Somir: “quando ele conversa com você, ele joga xadrez: já está antevendo pelo menos três movimentos seus no futuro”. Isso me deixaria em apuros numa hipotética “treta” com ele. No que diz respeito ao trato com pessoas, sou muito ruim quando se trata de “ler nas entrelinhas”; o que considero um grave defeito meu. Por isso, lidar com alguém como o Somir em uma situação de conflito seria pra mim quase que como andar num campo minado no escuro. E entrar numa situação sem saber como sair é um dos meus dois maiores temores, o outro é ser o centro das atenções.

    Quanto a mim – não que isso tenha lá muita importância – , posso na maioria das vezes ser desapegado e estóico como o Somir, mas também posso ao mesmo tempo ser transparente e explosivo como a Sally. Já fui mais intempestivo e muitas vezes já quis burramente sair no braço logo de cara, mas com a idade, fui ficando mais controlado e ando “estourando” menos. E algumas vezes também, possesso e cego de ira, também já botei algumas pessoas abaixo do chão disparando palavras muito duras.

    • É uma coisa que concordo muito: entendo a Sally em certo sentido, já que a frieza, bem como demonstrar a indiferença, além de irritar a outra pessoa dói também. É horrível tu estar afetivamente envolvido em alguma coisa, ou pedir opinião sobre alguma coisa e o outro fazer aquela cara de indiferença, de “to nem aí”.

  • Eu acho que parte do pessoal aqui idealiza demais os autores.

    As vezes quase como se fossem mais que humanos. Tanto pro bem ou para as qualidades como para os defeitos. Como seres infalíveis ou no mínimo aptos a serem definidos de modo simplista -limitando todo mundo a personagem de si mesmo.

    Sally, Somir, Alicate, Deja, Tender, etc.

    As pessoas podem pontos específicos acentuados aqui ou ali, mas no fundo todo mundo é mais ou menos igual tentando levar suas vidas, alcançar seus objetivos, e se frustrando ou não no processo.

    Não perco mais tanto tempo com este tipo de divagação ou especulação.

    Mas…cada um, cada um…

    • Hugo,

      Por que quem não perde tempo com algo precisa perder tempo afirmando que não perde tempo com algo?
      Eu não sei. Mas sou meio confusa para entender as coisas, como você sabe.

      E que ditado interessante, esse, hein? “Cadum, cadum” serve pra tudo mesmo.

    • Discordo em um ponto: aqui já não há tempo nem espaço para frustrações muito menos para atingir objetivos, velha que sou.

      Na média, vocês têm uns 25 anos de lambuja em relação a mim para tentar levar suas vidas a algo ou algum lugar. Internet chegou tarde aqui. Não terei tempo sequer de acessar meus mais de cem mil livros em pdf.

      De resto, não posso criticar quem idealiza: conheci ambos pessoalmente, logo seria covardia tripudiar os outros, assim como seria inadequado rir de alguns raciocínios, por mais ridículos que soem.

      • Suellen me expressei mal. No caso “objetivos” a atingir, não seriam AQUI no Desfavor; e sim na vida particular de maneira geral.

        Minha ideia é que alguns ficam tentando idealizar pessoas ou ídolos, como se no fundo e no particular, eles não fossem iguais a nós na vida cotidiana, apenas com um ou outro ponto acentuado.

        E criticar, eu critico mesmo. Assim como podem fazer comigo., O ônus da ofensa está no ofendido.

        • Hugo,

          Eu idealizo muito o Bill Gates, acho que deve ser um cara interessantíssimo! Idealizo, também, o Will Smith. Imagina como ele deve ser incrível na cama? Acho que a mulher dele é uma sortuda! Idealizo também a Angelina Jolie (aquela mulher é um espetáculo da Natureza!)

          Mas… como é isso de idealizar anônimos??????? Meio confuso para meu cérebro lento entender…

          • Olha,. eu disse QUE EU não faço isso. E expliquei o porque.

            Se serviu a carapuça, repito, ‘a ofensa está no ofendido’. Não vou ficar batendo boca por causa de uma opinião minha com quem se doeu por ela.

            E esse lance de “como é isso de idealizar anônimos”… Também não sei.

            Não sou a melhor pessoa pra responder, pois como disse, NÃO SOU EU quem faz isso.

            Abraços.

            • Sério que tem gente que idealiza anônimos?

              Sério que tem gente que se ofende com anônimos?

              Que estranho, gente!

              Como é isso de se ofender com anônimos?

              “Cadum, cadum”

            • Peraí, que eu sou lenta pra entender as coisas…

              Algum anônimo desconhecido se doeu com a sua opinião anônima em um blog de anônimos desconhecidos?

              Que gente estranha…

              • É que você chegou ontem querendo já saber tudo.

                A tônica aqui tem sido justamente essa: anônimos que se ofendem com opiniões anônimas e perdem o senso do ridículo com isso. Ou mesmo o amor próprio.

        • Você se expressou bem. Falei também da vida particular. No caso, o “aqui” a que me referi sou eu mesma, fora do blog.

      • Suellen,

        Será que você é realmente mais velha do que eu???

        Tenho 86 anos, mas com corpo de 75.

        Não sei o nome real de nenhum dos autores deste blog. E acho que a graça está nisso. Ao contrário do resto da Internet, em que todo mundo quer aparecer, lacrar e sambar pra ganhar likes, aqui são todos anônimos que podem exagerar e especular à vontade, sem levarem nada muito a sério. Um dia o tema é profundo, no outro é escatologia.

        É um refúgio de liberdade de expressão num mundo de aparências.

        • Marina, se sou ou não mais velha do que você, isso é irrelevante, concorda? Só citei a idade para contrapor o que o Hugo disse sobre o pessoal daqui quanto a pretender alcançar objetivos, ante uma presunção minha da idade média aqui ser entre 30 a 35 anos.

          • Suellen,

            não é a primeira vez que você me diz isso sobre tempo de casa como se tivesse alguma importância. Cheguei aqui na época do Lado Negro da Gravidez e a primeira reação, depois do espanto de não ter entendido a gritaria no Twitter, foi rir muito dos comentários.

            Aí conheci Siago Tomir, Sally Solir, DR Forever, Eu desfavor e vários textos de humor bizarro, que existem em todas as colunas. Li a Constituição e interpretei que não importa quem somos, mas sim o que dizemos. Adorei! Humor de primeira qualidade e anonimato? Perfeito!

            Mas e daí? O que importa isso de quando chegamos? Todos mentem o tempo todo (menos eu, que realmente já passei dos 80). Os autores não se levam a sério. Por que eu me levaria?

            Não somos importantes, somos anônimos leitores. Só Eu acho que ninguém se leva a sério por aqui. E acho que você está me trollando com esses comentários aparentemente sérios. Certeza que está rindo como estou. Talvez tenhamos todos alma troll.

            Eu não entendo quem se ofende no anonimato, nem como seria possível ter orgulho ferido ou perder o amor próprio no anonimato. Tanto, que acho que muitos fingem se ofender, como numa eterna piada interna “The zoeira never ends”. Trolls trollando trolls.

            PS: Mas você bem que podia dividir seus livros em PDF com sua coleguinha aqui da terceira idade! Fiquei curiosa para conhecer sua biblioteca virtual!!!

            • É que você apareceu em uma fase leve aqui, e suas percepções se baseiam em cima dessa fase light.

              Antes, bem antes de você aparecer, houve gente que quis pagar de gostoso aqui, teve a vida toda exposta, foi banido e ainda tenta voltar. Houve nazistas, crentes, Evelyns, que causaram transtorno e até humilhação para alguns e problemas nos bastidores. Sem qualquer espaço para fingimentos. Acha frívolo? Talvez, não passou por isso. Rindo de você esse tempo todo? Quem me dera…

              Uma vez escrevi aqui um texto atacando a soja e veio tanto gente da Embrapa me defender quanto empresários do setor me ameaçarem, alguns até de morte por e-mail. Pena que o texto se perdeu quando o blog passou por uma de suas reestruturações.

              Enfim, a meu ver, para a percepção de cada um importa sim quando entrou aqui. De novo, você pretende dar uma visão definitiva em cima de algo que você conhece parcialmente por um lado e, por outro, lança perguntas tão ingênuas, para não dizer idiotas, ao olhos de quem está aqui desde o começo. Uma contradição bem atual.

              Fiquemos por aqui. De resto, um amigo me passou esse link aqui: en.bookfi.org
              Milhoes de livros. Divirta-se.

              • Suellen,

                Muito obrigada pelo link!!!!!!!!! Obrigada mesmo! Te indico o site “Projeto Releituras”. É um charme! Tem o que há de melhor de cada um dos autores brasileiros (famosos e desconhecidos).

                A nossa percepção é contrastante na interpretação da relevância da identidade anônima. Você se apega aos rótulos e aos nomes falsos de quem acredita estar aqui desde o início, porque se sente segura em um ambiente conhecido e acha que tem todas as informações necessárias para compreender o que se passa. O que é muito natural.
                Veja bem, você afirma que eu pretendo dar uma visão definitiva em cima de algo que conheço apenas parcialmente. E tem razão, porque somos todos escravos da limitação dos nossos sentidos. Mas… e você? Como você sabe se eu estou mentindo ou não? Como sabe se eu não sou fake do fake de alguém? Como? Se você não tem as informações privilegiadas que os donos da RID tem, não tem como saber.

                Se eu nunca sei com quem estou falando, minha atenção pode se voltar apenas para o que é dito. Como você lida com isso? Como sabe com quem está falando quando dialoga com anônimos?

                Você vê ingenuidade em mim? Ou idiotice nos questionamentos? Eu poderia dizer que te falta sutileza para perceber o meu cinismo, mas a verdade é que fiquei emocionada! Acho ingenuidade muito melhor do que cinismo, sabe? Esse cinismo que vai nos roendo por dentro ao longo dos anos (daqui a pouco chegarei aos 90 e é bom saber que ainda há leveza). O frescor da ingenuidade é elogio para mim. E “idiota” não me ofende, não. Aliás, acredite: nada me ofende aqui. Nada. Nem é só pela proteção do anonimato. “Idiota” não me ofenderia nem mesmo pessoalmente. Acredito, sinceramente, que o mundo é dos idiotas. E dos que, compreendendo o que os idiotas querem, porque vivem sob a mesma pele, conseguem antever o que eles vão consumir e ficam ricos, são promovidos, gozam de uma vida melhor do que a dos atormentados por crises existenciais.

                Não caio nessa de “impopularidade”, de ser especial, de pertencer a um clubinho dos que entendem melhor o mundo do que os brasileiros médios. Não! Eu mal me entendo dentro da desordem da minha ignorância, como vou mensurar o tamanho da ignorância alheia? Eu não parto do princípio de que sei sem conhecer o todo. O exercício do anonimato na linguagem escrita nos coloca sempre de frente para o indizível. E a primeira lição de trollagem é nunca subestimar a trollagem alheia. Nunca. Eu não subestimo a sua, por isso acredito que essa “seriedade” pode esconder alguém rindo dos que se levam a sério. Mas há golpes em que só os espertos caem. Como anônimos, mentimos ainda mais do que ao vivo. Mas também dizemos mais verdades do que quando estamos vestidos com as nossas roupas sociais. São essas verdades que se revelam no anonimato que me surpreendem. São elas que busco. São elas que eu quero. São elas que eu temo.

                • Pelo que você falou agora, pelos seus textos enormes, além de sua presunção de chegar aqui ontem e tecer julgamentos em cima de pessoas e situações que se desenrolam há mais de sete anos, se você pode ser um fake de um fake…diria que o Marciel melhorou muito.

                  • Ah, eu conheci o Marciel, sim. Se eu sou ele melhoramos pelo menos na capacidade de nos manter dentro do contexto do tema proposto, né? E sem ficar falando coisas da nossa cidade (Ribeirão Preto) e da mãe. Também creio que resolvemos nosso ódio contra comediantes.

                • Tenho 86, sim, Ge.

                  Duvida por quê?

                  Ah, já sei! Acha que eu tenho uns 78, 79? Obrigada pelo elogio! Minha alma é jovem…

        • Ei , desculpa eu me meter, mas vcs realmente tem essas idades?
          Eu achava minha mãe moderninha porque passou dos 70 lendo o Desfavor…
          Achei legal! Eu tenho só 40

    • Gostei de seu comentário, Hugo, e também percebo isso. A Sally escrevia o Processa Eu justamente para desidealizar os ídolos ( ou pelo menos é a minha interpretação), mas quando leio alguns comentários no Desfavor fico imaginando um pedestal com a Sally e o Somir (principalmente a primeira) no alto. Gosto muitíssimo do trabalho dos dois, mas para algumas pessoas um dia isso vai virar seita.

      E gente praticamente diagnosticando o Somir como beirando a psicopatia? Não sabia que tinha tanto psiquiatra por aqui…

      • Eu acho que idealizar e/ou idolatrar pessoas, ídolos, ou qualquer outra coisa pode ser bonitinho’ ou fazer parte de um aprendizado lá pela adolescência, juventude.

        Admirar alguém por seu trabalho, por sua inteligencia, por suas qualidades e conquistas é até encorajador. Mas para por aí.

        Quando vejo uns marmanjos idolatrando por exemplo o Somir e a Sally, colocando num pedestal mágico como pessoas acima de tudo quase infalíveis, acho idiota e muita falta de amor próprio.

        Ter de ler comentários conjecturando como o Somir seria um sociopata frio e calculista, que um filho dele com a Sally seria o anti cristo, ou mesmo acatar como verdade absoluta qualquer coisa que um dos dois diga, só porque disseram…. mesmo que não se possa levar totalmente a sério este tipo de coisa – que pode vir carregado de bom humor, mostra nas entrelinhas como o pessoal vai contra tudo o que o Desfavor ensinou nestes anos: amor próprio, crítica, embasamento.

        As vezes a realidade de que os dois possam ser pessoas normais com problemas comuns – apesar de suas qualidades, parece ser duro demais pra alguns.

        Triste de quem precisa de ídolos…

        #prontofalei #coraçãovalente #odeiohashtag

        • Hugo,

          Concordo com a essência da sua argumentação. Endeusar pessoas é falta de amor próprio. E é perigoso para os idolatrados, porque geralmente o fanatismo está mais próximo do ódio do que do amor.

          Mas discordo da aplicação disso no Desfavor. O contexto daqui faz qualquer semente de idolatria secar em vez de brotar. Alguém que fala “que um filho dele com a Sally seria o anti-cristo” não está falando isso a sério. E o humor? Às vezes o humor é só humor. Nem sempre tem algo secreto nas entrelinhas. Nem sempre tem “fundo de verdade”.

          E há todo um contexto da trollagem que é o alicerce desse blog. Eles não se levam a sério. Não mostram a cara e não descontam a vaidade aqui. Ademais, são ateus! Os ateus são trolls por essência! Nesse contexto, só dá para ser leitor se houver identificação com as ideias.

          Enfim, “cadum, cadum”. É tudo uma questão de interpretação de texto. Eu interpreto o “SOMIR” de Sally e de Tiago como um anagrama de RIMOS.

  • Achei o Somir, pela descrição, mais perigoso do que a Sally. Com ela a gente sabe aonde está pisando e basta tratar com o devido respeito. Já o Somir parece não demonstrar, e é aí que mora o perigo. Deixamos o ataque entrar e circular em um ritmo calculado, até nos derrubar de vez sem que percebamos quando começou…

  • Acho que pessoas com esse perfil do Somir são mais FDP sim, embora tenha algumas coisas nas quais eu me identifique, é MUITO difícil lidar. Ainda mais pisar no calo de alguém assim…

  • Sogra, cunhada, ex esposa, Sally…
    Homem não se liga muito nessas paradas, mas eu acho que quem sacaneia merece levar o troco.
    Cadê exemplos práticos do Somir? A Sally já educou o Alicate e foi bem merecido.

  • Mais perigoso é quem for mais inteligente. Houvendo empate a mulher leva vantagem, tem toda aquela facilidade que o Somir citou. Mulher pega muito mais na ideia fixa. Sally, vc é a Jigsally! Todo mundo sabe e curte isso.

  • Essa questão é bem complicada para mim.

    Eu possuo um pouco de Somir, muita gente já me falou que eu sou muito discreta/calada/sangue frio/inexpressiva/tranquila. Até curto, já que detesto chamar a atenção. Porém, eu não desprezo todo mundo, há pessoas que gosto bastante e provavelmente ficaria chateada se sumissem da minha vida. Demonstro carinho de vez em quando.

    E não faço a menor questão de ficar pagando de perigosa, especial, diferente, nem nada. Eu sou assim simplesmente porque sou assim, não tenho uma história de vida sinistra nem nada e (ainda?) não tenho motivos pra manipular/intimidar ninguém. Apenas sou “a caladinha”. Até aqui eu não comento muito, pois nem levo tão a sério meus comentários e nem sempre tenho algo interessante pra dizer.

    Não sei se o que me assusta mais é alguém que possui frieza para fazer qualquer coisa (embora não faça questão, pode fazê-lo a qualquer momento, inclusive no pior) ou alguém que sabe atacar bem no ponto fraco de qualquer pessoa (embora os sentimentos possam atrapalhar) e até faz análises para executar com precisão. E prefiro evitar dar uma opinião neutra (“ambos são perigosos à sua maneira”). Em suma, hoje eu não vou pra nenhum lado.

    Melhor ficar por aqui na internet mesmo, desfrutando um dos poucos lugares da rede que valem a pena ler e não esquentar a cabeça com a identidade de quem posta e comenta. Porque sinceramente, não é o que mais importa. Pelo menos pra mim.

    É isso.

  • Eu não quero briga com nenhum deles. No máximo, discussões pela RID. A Sally poderia causar maiores danos morais/ psicológicos; o Somir poderia ferrar de um modo mais pragmático, com informática e engenharia social.

  • Caralho, que escolha de Sofia, quem é mais filho da puta, o publicitário ou a ex-advogada?

    O publicitário.

  • Nem ia falar no assunto, em cutucar uma ferida recente, maaaaaas…

    Quando a Sally virou suas armas contra mim, fui pego de surpresa, imaginei que receberia pelo menos um aviso por e-mail. Um belo dia simplesmente abri o blog e pá, uma história de minha vida estava lá abertamente pra vocês.

    Pior que sempre que to meio passado no álcool eu divulgo o blog, até já causei saias justas pro Somir por falar daqui com clientes e amigos em comum. Agora vivo me policiando para que isso não ocorra novamente….

    Considero a Sally mais imprevisível e com um humor mais facilmente alterável. Afinal de contas, como eu iria imaginar que uma pessoa que tem opiniões polêmicas sobre gravidez e crianças se irritaria porque eu, um mero mortal, tenho alguns leves desvios morais?

    Por isso, ela é sim mais perigosa. Acho que mulheres no geral são mais perigosas que homens. Só por terem TPM já se sabe que você dorme do lado de uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento. Homem não, homem é mais previsível. Homem só explode quando tem sua masculinidade ou seu senso de disputa afrontados.

    Entretanto sou uma pessoa que gosta do perigo, que vira e mexe se infiltra em lugares polêmicos e que convive em paz com sociopatas. Sally você pode ser mais filha da puta (no bom sentido), mas mora no meu coração S2

    • Quer dizer, no seu pequeno cérebro de caroço de uva, conseguir ver o lado ruim de uma gestação ou não querer ter filhos se equiparam a um desvio moral?

      Faz o seguinte, continua aconselhando o Somir a reatar amizade com aquele merda do Alicate, que eu continuo virando minhas armas contra você…

        • É, eu me lembro da história da camisa preta, num Reveillon em que todos deveriam ir de branco, em que um certo alguém escreveu, com o esmalte branco da própria Kitsune: “100 por cento branco”.

          Uma santa mesmo…

            • se nao fosse pela kitsune e pelos pandinhas, provavelmente ja teria colocado videos meus no youtube… aí sim hj eu seria mais um na fila dos desempregados… às vezes tenho medo de mim mesmo….

              ela está por aqui sim, não escondemos nada um do outro…. kitsune S2 para sempre….

              poxa vida sally, eu sou quase normal…. só um pouquinho bipolar…. só um pouquinho virado pra esquerda…. mas no geral, normal…. eu jamais, JAMAIS, reataria a amizade entre somir e alicate…..

              • Pelo contrário! Se você colocasse vídeo seu no Youtube seria mais um na lista dos Youtubers que poderia estar fazendo muito sucesso falando besteiras.

                Fora que os fofos José, Hugo, Luiz, Mary Kate e Ashley iriam fazer o maior sucesso aprontando todas nos vídeos. O público adora criança (dos outros) bagunceira!

  • Mil vezes o temperamento estourado e sincero da Sally do que o frio e calculista do Somir, até porque conheço bem a espécie de ambos na vida real, viu? O tipo do Somir é bem mais difícil de lidar, o da Sally dá pra controlar um pouco. Frieza é foda, viu? Muito!

  • Sally sei que você não gosta de opiniões encima do muro, mas não consigo decidir qual dos dois pode ser pior, Sally é pura passionalidade enquanto Somir é quase um psicopata de tão frio, o Somir só se da ao trabalho de ser filho da puta quando tem algo a ganhar já a Sally se guia pelas emoções e o objetivo é prejudicar outra pessoa, não me arriscaria a pisar no calo de nenhum dos dois, o que determina a periculosidade nesse caso são os limites morais quem seria mais flexível e iria mais longe pra defender os próprios interesses ?

  • Bato o martelo na minha certeza: eu ACHO que gostaria de conhecer a Sally pessoalmente um dia. O Somir, não. Claro, nem ele ia querer, a questão é hipotética. (…) Contra o medo não há argumentos

      • Sim, mas…e se…eu estiver exagerando, já que antes da “LariCa” me chamar até de mongol houve a façanha dela ter me confundido com ele ? Será, Marina, que nós ainda não tenhamos, “por tabela”, aquela “cisma por herança” de desconfiar meramente a mais de gente com essa (auto-)reserva / (de quando há) expressividade ?

        • DSVS,

          Conhece aquela frase: “Quando Pedro me fala de Paulo sei mais de Pedro do que de Paulo”?
          A psicologia diz que o que nos incomoda muito nos outros é nosso.
          Em geral a gente teme o espelho. A gente projeta no outro o que assombra em nós. O que não queremos reconhecer em nós.

          O que isso quer dizer?

          Quem tem mais medo da Sally se identifica mais com o modo de agir dela e se incomoda com essa revelação? E quem teme o Somir se identifica mais com ele? (Deus me livre me identificar com aquilo!)

          Não sei, não sou psicóloga. Só sei que a frase “Toda crítica é uma confissão” deveria fazer parte de nossas reflexões cotidianas.

          • Acho que conheço alguma versão…

            Concordo, longe de me identificar com “Siago” (!) e sempre disponível às “áreas cinzentas” de vários tipos de panoramas.

  • Levando em conta os dois textos, o Somir deve ser mais perigoso. A Sally parece ser majs impulsiva e pessoas assim são as mais previsiveis do mundo. Às vezes já sei o que ela vai falar antes de ler todo o texto. Mas tenho medo de gente muito quieta pkrque a gente olha praquele olhar enigmatico e não sabe se a pessoa ta planejando o nosso assassinato.

    PS.: Acho que eu ia me dar bem com a Sally em off. Leio a coluna Siago Tomir e agora o texto de hoje e percebo que sou uma versão feminina do Somir.

  • Não sei, mas acho que deve ser a Sally. Eu, pelo menos, tenho mais medo dela. Exatamente por o Somir não se importar com os outros e Sally se mostrar mais próxima. Fiquei imaginando o que os amigos de vocês não devem sofrer…

    • Eu trato meus amigos muito bem, muito melhor do que trato namorado. Com meus amigos sou mais compreensiva, tolerante, cobro menos…

    • Leona,

      você tem razão: quem é mais perigoso: quem se importa ou quem é indiferente? Deveria ser quem se importa, pois quem é indiferente não perde tempo com a gente nem pra trollar…

      Mas tem uma peça que não encaixa no Somir. Não sei, mas eu acho um alívio ele nos considerar insuficientes. Sinto que ele é mais perigoso, mesmo isso não fazendo sentido lógico.

      • Não estava muito ‘prolixo’ pela manhã.

        Mas agora posso desenvolver um tanto mais.

        Somir é mais racional e justamente seu maior defeito – o egoismo, o torna menos propenso a se importar com os outros tanto pra fazer bem, como pra fazer mal e ser ‘filho da puta’.

        Já vc, as vezes é impulsiva e explosiva com doses de vingança pessoal travestida de justiça. O que pode levar a ser mais ‘filha da puta’.

        ;)

          • Idem. Mesmo porque essa sua noção de justiça, ira, etc também pode ser pra coisas boas.

            Claro que ainda guardo ressentimentos por depois do ‘concurso de mister desfavor’, vc nem ter mandado uns nudes das supostas interessadas no Hugo.

            Mas passou… :)

  • Essa é muito muito muito MUITO difícil. É fato que os dois são perigosos. Eu leio muito o que escrevem (leio muito mais do que comento) e muitas vezes uma luzinha vermelha acendeu e eu ponderei se estava louca de me expor diante de gente que flerta com a psicopatia.

    Mas a verdade é que vocês devem ser muito mais perigosos pessoalmente. Usam a Internet como cobaia, mas não acredito que se ofendam por aqui. Ninguém tira vocês do sério pela Internet. Acho que riem o tempo todo dos que tentam. Não acredito que iriam destruir a vida de alguém que provocou virtualmente um personagem de vocês, porque estão protegidos pela esperteza e pelo anonimato. A gente só sabe o que vocês querem que saibamos e pode ser tudo mentira. “Nada é sagrado”

    Acho os dois perigosos. Mas eu não vou ficar em cima do muro porque tenho CERTEZA da minha resposta. Certeza absoluta, aliás, que pode estar errada, mas é baseada no que leio. Imagino que, na vida real, Somir seja MUITO pior. Claro, estou falando de achismo, mas o que mais podemos depreender de anônimos como vocês além de achismo?

    Sally, se for tão humana como demostra aqui, explicitamente ou nas entrelinhas do que escreve, tem mais empatia e consideração. Não que não seja filha da puta mentirosa, isso não garanto. Mas é MENOS pior que alguém que a gente não conpreende, é muito inteligente, pouco humano e descarta pessoas como se fossem brinquedos.

    Bato o martelo na minha certeza: eu ACHO que gostaria de conhecer a Sally pessoalmente um dia. O Somir, não. Claro, nem ele ia querer, a questão é hipotética. O fato é que, mesmo admirando muito o escritor que ele é, nunca me aproximaria. Mas eu não iria mesmo! Por quê? Não sei. Contra o medo não há argumentos: Posso não saber explicar direito o porquê, mas sei que o Somir, seja lá o que ele for, é muito pior que a Sally.

      • Será que vai? Será? Ele insiste muito nisso de “Adoro a minha fama de mau!”

        Eu acho vocês perigosos, porque podem estar mentindo completamente e estão numa posição privilegiada em relação a nós (sabem onde moramos, nossos IPs, alguns dados confidenciais, etc). Individualmente, me incomoda que sejam muito mais espertos do que eu (fui convencida agora, hein? Mas não é isso…) Geralmente as pessoas não são mais espertas do que eu no sentido de se protegerem num nível mais profundo. As pessoas leem pouco, observam pouco, são muito voltadas para elas mesmas. Já fui atingida muitas vezes, mas nunca ninguém conseguiu me quebrar por dentro. Nem perto disso.

        Eu consigo me proteger em diversas camadas. Dificilmente eu minto, o que me faz coerente e confiável. Dificilmente eu brigo ou tenho interesse em prejudicar. Não tenho interesse em manipular, mas sim em não ser manipulada. Minha raiva esmorece fácil e geralmente eu busco compreender o que projetei nos outros para eles me incomodarem tanto e acabo não me vingando. Pensando bem, nunca me vinguei de verdade, nem comprei briga.

        Só que isso não faz de mim boazinha. Eu aprendi a usar o escudo da verdade com o foco errado e isso já me protegeu muito nessa vida (vocês não fazem ideia do quanto!) e manteve as minhas reais fraquezas escondidas. Como não tenho interesse em revelar as hipocrisias alheias a não ser que me sinta ameaçada (nunca foi preciso!) e nunca bato (nem quando era criança, segundo familiares, eu batia em primos menores.) eu acabo apanhando pouco, geralmente de gente que não precisa de motivos para agredir os outros. Gente sem noção. Ogros. Mas nunca fui pega pelos inteligentes.

        O ateísmo e o ceticismo inatos talvez tenham esse impacto na minha vida: sou só mais uma entre os 7 bilhões, vou morrer MESMO e vou ser esquecida. Não sou importante. Nunca entrei na onda da Legião dos Invejados, não sou impopular, ninguém, até hoje, me manipulou explicitamente com afagos, elogios e críticas do nível “boba-chata-feia”. MAS o fato de eu ser só mais uma entre 7 bilhões faz com que os outros também não sejam tão importantes para mim. Podem ser ricos, famosos, brilhantes: Foda-se! A longo prazo estarão tão mortos e esquecidos quanto eu.

        Não é assim que se chega em minhas fraquezas. Mas, igualmente, não acho os outros tão importantes assim. Tenho dificuldades em ter relacionamentos sérios, canso fácil das pessoas, preciso mais de liberdade do que de afeto e, se fico chateada com alguém, em pouco tempo já esqueci a pessoa. Mas eu tenho pontos fracos profundos que poderiam me destruir se descobertos (quem não tem?), por isso faço o impossível para esconder. E até hoje ninguém percebeu nem se importou. A insignificância é o melhor dos escudos.

        Sally, de tudo o que li nesses últimos anos, você parece ser menos perigosa para MIM. Não é por ser mulher. Até porque, na média, as mulheres são bem mais inteligentes. Os homens são toscos violentos que podem nos quebrar externamente (estupro, agressão física, assassinato) muito fácil. Mas são ogros monstruosos de quem vamos aprendendo a tentar manter distância, nos protegendo com chaves, cadeados, conhecimento, atenção, rede de proteção. São violentos e tenho medo deles, mas eles são burros. Podem me matar, me ferir, me estuprar e eu faço o impossível para me proteger deles, tenho muito medo mesmo, mas eles só tem o caminho da violência dos bárbaros. Só vão me pegar se eu tiver azar, se tiver na hora errada e no lugar errado, o que num país violento como o nosso é sempre uma possibilidade. Mas são burros demais para me quebrarem internamente. Inclusive, eu uso meus recursos para me proteger dos ogros bárbaros. Dos sádicos inteligentes é só manter distância e continuar sendo insignificante.

        Somir não é perigoso por ser homem… é uma outra coisa que ele tem (e eu não consigo identificar direito) que o faz assustador.

        Uma mulher inteligente pode nos quebrar por dentro mais facilmente, com menos violência óbvia. Mas aqui no Desfavor as coisas não são óbvias assim. A delicadeza com que você trata as pessoas desarma quem se entrega em troca de atenção. Você parece ter calor humano, o que parece te dar a vantagem de manipular melhor, de ofender melhor e deve te ajudar a descobrir segredos e hipocrisias. Na média, você ganha. Deve arrancar segredos e confissões com muito mais facilidade que ele. Deve enganar, em quantidade, melhor. Talvez você com esse jeitinho meigo consiga manipular com mais facilidade do que o Somir, mas não o tipo de gente como eu.

        Intuitivamente, acredito que se eu conhecer você, vamos nos identificar em um monte de aspectos da vida, mas eu tenho quase certeza de que você, por mais esperta que seja, e se for como se mostra aqui, jamais perceberia qual é a minha fraqueza real. Não posso dizer o mesmo sobre ele (MEDO!) e não sei o porquê.

        O Somir já se coloca como vilão, fecha a porta e insiste muito em dizer que não se importa. Insiste e demonstra isso com assustadora coerência. Mas ele bate tanto na tecla do “eu não me importo” que isso gera um incômodo. Será que não se importa mesmo? Não no sentido de gostar dos leitores, mas no sentido de usar as pessoas para alimentar algo que não temos conhecimento para saber o que é. E ele não usa qualquer tipo de pessoa. Não sei explicar. Tem algo nele que pisca: “Alerta!”

        Se você for como aparenta ser, a passionalidade te fragiliza. Se ele for como eu acho que ele é, não pelo que fala diretamente, mas pelo que deixa escapar quase que de forma imperceptível, é o tipo de pessoa que eu evitaria chegar perto. Não vou dizer o motivo exato, porque sou paranoica o bastante para temer revelar algo além do que seria seguro, mas o Somir tem uma sombra, um “não-sei-quê” assustador que me faria correr se ele se aproximasse.

        Por que estou aqui? Porque adoro a Sally, porque aprendo demais com os textos, principalmente a não ser manipulada. E porque escolhi acreditar que ele nunca vai querer se aproximar. Ufa!

        (Mas coitados dos que atravessam o caminho real de vocês! Ainda bem que nos cruzamos só pela Internet!)

        • Eu te conto o que voce nao consegue identificar: Somir é uma criatura constantemente indifetente a tudo, salvo raras exceções que o atraem. Ele tem uma capacidade/intensidade de gostar menor e linear por causa dessa eterna indiferença. Gente assim dificilmente se apega a algo com a força necessária para manter um vínculo que fale mais alto que o egoísmo…

            • Quem não consegue sentir amor, carinho apreço e afeto com uma certa intensidade não tem trava para não fazer muito mal…

              • Mas também não tem muito interesse, né? Vai perder seu precioso tempo voltado para si mesmo com gente insignificante pra quê?

                Salvo raras exceções que o atraem na Internet (tipo você nos tempos do Orkut) ele parece ser inofensivo no contexto do Desfavor.

                Eu jamais ia querer contato real com ele. Por aqui é de boa, porque ele se interessa pelas ideias mas não parece dar a mínima para pessoas.

                Tenho pena de quem cruza o caminho dele na vida real e o faz se sentir ameaçado. Pena mesmo.

                • São uma dupla que se complementa na filhadaputice. Sou uma vaca velha que não vale a grama que come, mas sou café-com-leite, uma santa, comparada aos dois.

                  Agora, para não ficar em cima do muro, Sally seria mais filha da puta por um motivo: faz as pessoas esquecerem do amor-próprio. Tanto que algumas pessoas que foram ridicularizadas e humilhadas por ela aqui não aguentaram e voltaram. Ou, pior, tentam voltar até hoje.

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