(Olim)Piada Pronta!

+Após a delegação australiana dizer que proibiria seus atletas de visitarem favelas cariocas, Eduardo Paes, prefeito da cidade, falou sobre os depoimentos da Federação . “Ainda há muitos desconhecimento do Rio e do Brasil. Há uma certa dramatização. Normal, enfim. O Brasil tem, infelizmente, ao longo de sua história, não demonstrado essa capacidade de entrega”, afirmou, para completar.

Bônus:

+Taiwan satiriza Brasil e mostra Cristo com diarreia.

E a gente achando que não podia ficar mais feio, faz merda e se ofende quando apontam. Desfavor da semana.

SALLY

Tá feio, tá vergonhoso. Ainda faltam vários meses para as Olimpíadas, mas o vexame já começou a bater forte!

Eduardo Desfavor Paes está fazendo e falando merda sobre merda. Depois de assegurar ao mundo que grávidas não correm risco de contrair Zika e ser desmentido publicamente pela OMS, ele deu mais bola fora esta semana. Tem gente que realmente não sabe quando calar a boca.

A delegação australiana proibiu seus atletas de visitarem favelas e Paes chamou isso de… DRAMA. Disse que estavam fazendo drama. Favela no Rio é perigoso ponto. Qualquer pessoa que te diga o contrário é um idiota ou um inconsequente. Pacificação é uma grande piada, e mesmo em comunidades onde há trégua, a qualquer momento facções criminosas podem começar a brigar entre si ou policiais que não receberam o devido “arrego” (= suborno) podem subir metendo bala. Graças a um misto de incompetência do Poder Público e brutalização do cidadão, favelas são barris de pólvora.

Quem é do Rio sabe que nem polícia nem bandido se incomodam com quem está à volta. A bala come e ponto final. Mas Paes se ofendeu. Depois daquela vergonhosa manifestação do “babem de inveja”, um dos atos mais vergonhosos do seu currículo, ele disparou que “Cá entre nós, o comitê da Austrália tem sido uma fonte de agressões ao Brasil”. Não sei se rio ou se choro. O pior é que essa opinião dele está sendo repetida em coro pelo carioca médio. Ah… o carioca médio… Merecem um texto só para eles!

Imagino que Paes realmente não esteja preocupado com violência contra gringos, afinal, quem foi a público neste momento histórico dizer que “Terrorismo não é uma preocupação nas Olimpíadas” depois de defender a entrada de geral sem visto por quatro meses, não vai se intimidar com uns pipocos em favela. Normal, a distribuição de balas nas comunidades carentes sempre foi uma realidade. Não é o Rio que é violento, não são as favelas que são perigosas, é a Austrália que se dedica a agredir o Brasil. Então tá.

Quem vê, pensa que a Austrália escrotizou, chamou o Brasil de zona, o povo de macaco e Paes de filho da puta. Não. Segue a recomendação que tanto agrediu Eduardo Paes: “Nossos atletas, certamente, vão se enturmar com os moradores do Rio e se divertir na praia de Copacabana, mas as favelas são áreas onde não podemos controlar. A segurança pessoal dos nossos atletas deve vir em primeiro lugar”. É, definitivamente, brasileiro médio se sente agredido por muito pouco. O mesmo idiota que agressivamente gritava “BABEM DE INVEJA” se diz agredido.

Calma que teve mais ofendidos. Uma animação com evidente intenção de humor também causou revolta. Em uma animação estilo The Sims, o Rio é mostrado de forma burlesca com águas sujas. O clima de piada é tanto que o Cristo Redentor aparece tendo diarreia. Vale lembrar que para que o Rio ganhe o direito de sediar as Olimpíadas, firmou o compromisso de despoluir 80% das águas, meta que até órgãos oficiais brasileiros admitem não ter cumprido. Então, o vídeo tem uma crítica, uma razão de ser, não é algo gratuito e invejoso. Mas os ofendidos não raciocinam, os ofendidos estão sempre à espreita de algo para se vitimizar: revolta, comoção, sentimento de injustiça e essas coisas de gente que se ofende com humor.

Eu ri, juro que eu ri. Em uma parte, quando dois atletas estão prestes a pular na água para uma prova de natação, um brasileiro fica na sua frente e começa a cagar dentro d’água. É um site que só faz isso: animações de humor satirizando a bola da vez. Mas foi considerado super ofensivo. O mais legal foi o argumento de “autoridades” organizadoras dos jogos discursando de forma séria, dizendo que o que está no vídeo “é mentira”. Mythbusters! Jura? Eu achava que o Cristo Redentor de fato tinha diarreia! E não tem como deixar de citar: um dos argumentos recorrentes foi bater na tecla de que Taiwan se acha melhor do que o Brasil por falar mal da cidade. Porque parece que é assim: se você faz humor e ri de algo, você se acha melhor. Socorro.

Mais uma: se tem uma coisa que o povo brasileiro gosta é aparecer. O carioca então, nem se fala. Fazem tudo por dez minutos de fama. E não é que, nem nesse contexto social conseguiram voluntários suficientes para as cerimônias de abertura e encerramento dos jogos olímpicos? Neguinho simplesmente não quer participar! Estão desesperados atrás de gente, ou seja, pegando qualquer desqualificado. No começo faziam seleção, agora, chegou entrou. Vai ser lindo de ver, gente tosca fazendo coreografia errada! Mas não tem problema, a solução já estádesenhada: se alguém falar mal do resultado final risível, é inveja, é agressão e a pessoa se acha superior. Estamos combinados assim.

Para fechar a semaninha de ouro, Paes deixou escapar, assim como quem não quer nada, que a linha 4 do metrô, justamente a que levaria as pessoas para o local onde acontecerão a maior parte dos jogos, não vai ficar pronta a tempo. O resultado nós já sabemos: obras emergenciais, que significam dispensa de licitação, que significa contratação de parceiros superfaturados e divisão desses lucros, enquanto a obra é feita com material de quinta qualidade e poucos anos depois está desabando. Quem se dedica a agredir os brasileiros, minha gente, é Eduardo Paes.

Ele disse que se o metrô não ficar pronto, não tem problema, tem o BRT. Para quem não sabe, BRT é um ônibus que, no dia a dia, já anda feito uma lata de sardinha e vive causando acidentes. Vai ser lindo ver os gringos se espremendo no BRT, sendo assaltados, tendo mão passada na bunda, presos no trânsito sem conseguir chegar a tempo no evento. BRT não pega trânsito? Vai do Leme até a Barra pegar o BRT das Américas e me conta se foi rápido. Paes mora na Zona Oeste, manda ele ir de BRT para o trabalho e vê se ele vai.

Como sempre, o Brasil segue um padrão: faz bosta, bosta, bosta, bosta ao quadrado, bosta ao cubo, passa vergonha, é incompetente, é cara de pau, age de forma burra, sem planejamento e desonesta e… quando surgem as críticas, se revolta. Os brasileiros médios alegam inveja, agressão, arrogância. Se fazem de vítimas, cooptando a opinião popular através de uma manipulação infantil de reescrever a história para parecer que quem os critica é um filho da puta. Tudo para não se responsabilizar pela merda que fizeram. Estão de parabéns.

Essas Olimpíadas serão ainda piores do que a Copa. Não serão 32 seleções com 22 atletas, serão mais de 200 delegações, algumas com mais de 100 atletas. Enquanto a Copa era distribuída por cidades, as Olimpíadas serão concentradas no Rio. Enquanto jogos da Copa aconteciam de 15 em 15 dias, serão quase 20 dias seguidos de Olimpíadas. Enquanto na Copa era um evento único, em um estádio, nas Olimpíadas dezenas de delegações se deslocarão pela cidade para vários eventos simultâneos. Vai dar merda. É tão óbvio… se já está dando merda agora, vai dar muito mais merda quando começar.

Durante muito tempo eu me esforcei para não estar mais aqui quando essa palhaçada começasse. Quer saber? Agora faço questão de estar, para contar em detalhes a vocês o que mais ninguém vai contar. Me aguardem.

Para dizer que Paes is the new Pelé, para dizer que nem terrorista vai querer vir para essa zona ou ainda para dizer que lamenta por mim mas que vai adorar que eu fique aqui durante o evento: sally@desfavor.com

SOMIR

Como local, Sally está muito mais habilitada para descrever a situação. Então eu fico livre para pensar em outra coisa: qual o tamanho do desastre que tem que acontecer para as Olimpíadas não acabaram com nossos governantes e cidadãos vira-latas alardeando como tudo deu certo? Porque na Copa foi uma vergonha, mas quase ninguém mais fala disso. Na memória popular, a Copa foi um sucesso.

E talvez esse problema seja ainda mais sério do que a cara-de-pau de gente como o Paes de ficar dizendo que tudo vai dar certo, que as críticas são inveja, preconceito e todo o arsenal de besteiras típicas de povo vira-lata. O evento vai acontecer, e se não metralharem o Usain Bolt na final dos cem metros rasos, provavelmente a vida vai seguir. As pessoas não vão lembrar da vergonha que foi apresentar para o mundo competições aquáticas no esgoto, dos problemas terríveis de infraestrutura, do comportamento do brasileiro… não, vai ser lembrado como uma Olimpíada que começou e terminou, e só por ter seguido seu rumo básico, já vai ser motivo de orgulho.

Em 2018 Lula e cia. vão falar do sucesso que foi nos seus programas eleitorais, o brasileiro médio vai querer tirar onda porque “conseguimos”… e a questão central vai continuar não sendo abordada: quem se compromete a fazer um evento dessa magnitude não pode ganhar troféu por participação. Ou faz direito, ou não era pra ter tentado pra começo de conversa. Outros países se mataram para fazer tudo do jeito mais perfeito, os chineses tentaram até criar tecnologia para evitar chuvas! O Brasil só viu a chance de (super)faturar algumas coisas e fazer o mínimo possível.

E quando sair esse mínimo possível, esses momentos de vergonha que não signifiquem exatamente um impedimento para a realização do evento, vão tratar como vitória! Olhando para gente como nós e enchendo-se de uma empáfia indevida para dizer que “deu certo apesar do pessimismo”. Foi a mesma merda na Copa. Mas a Copa foi feita nas coxas, colada com cuspe na organização. Primeiro mundo nem nos valores astronômicos dos estádios, porque no primeiro mundo obra que é orçada em 10 não acaba em 1000.

Dois anos depois, a mesma história. Promessas quebradas, superfaturamento, críticas internacionais… e esse mesmo orgulho de nada no brasileiro. Olimpíada não é obrigação, é escolha. Se escolheu fazer e fez só o mínimo necessário para funcionar, falhou terrivelmente! E é isso que não vejo comentarem por aí. É como se depois dessa zona toda, o simples fato de sediar um evento sem muito mais mortes de atletas que em Munique já está de bom tamanho. Gringo que é fresco. No Brasil as coisas são assim.

E são mesmo. Mas quem tem uma pilha de merda no meio da sala deveria saber que não é para trazer visitas. Se o padrão de qualidade tupiniquim é esse, motivo de medo e piada mundo afora, não é compatível com o que se propuseram a fazer. Voltando no exemplo da China, eles se prepararam muito pra isso, não pouparam despesas e quiseram dar um show de força e desenvolvimento para o mundo… bom, fizeram. Não vamos nos esquecer que a China é tão terceiro mundo como o Brasil. País majoritariamente pobre, povo pouco “cosmopolita” e um festival de corrupção e desigualdade. E eles saíram dos jogos com uma imagem muito fortalecida. Compraram uma briga e brigaram!

O Brasil é tipo uma criança birrenta, que chora e chora pelo brinquedo, mas quando ganha, perde o interesse em poucos segundos. Vergonha e revolta com isso que está acontecendo. Que o mundo todo aponte o dedo para esse bando de incompetentes, porque não tem desculpa ter tanto tempo pra organizar um evento que pediu pra organizar e chegar na última hora com tudo no mínimo possível.

E olha que tinha algo pra aprender, pelo menos. Mas a postura arrogante e o complexo de perseguição que até as figuras públicas adotam garantem que no final de tudo, vamos gastar uma nota do nosso dinheiro, entregar algo que vai só reforçar a imagem de merda que temos, e sequer sentir-se constrangido por isso. Ganharam construtoras e pessoas bem relacionadas, porque nem mesmo o esporte vai se dar bem: o governo enfiou dinheiro no esporte de alto desempenho, cagou pra base. E periga do país ir ainda pior do que foi em Londres, porque tem poucos desses grandes atletas no auge da forma. Não resolve agora, não deixa nada pro futuro.

Porque mesmo se torrasse uma nota preta com algo desnecessário, poderia pelo menos fazer algo tão bacana que inspirasse esse país a levar as coisas mais a sério e mexer um pouco na cultura do “qualquer jeito está bom”. Vai ser mais do mesmo, padrão Brasil “não nos ofenda, somos pobres”. No final das contas, acho que só ganhamos mesmo se der uma merda tão grande, mas tão grande, que ninguém mais consiga fingir que deu tudo certo depois de tudo acabado. Estado Islâmico, a bola está com você!

Para dizer que o pessimismo venceu, para dizer que eu estou babando de inveja do Rio, ou mesmo para dizer que era tudo previsível: somir@desfavor.com

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Comments (33)

  • Sally, já cogitou tirar férias no mesmo período das olímpiadas e escapar pra alguma cidade do interior? Olimpíadas não tem o mesmo efeito (em termos de popularidade) do que a Copa, então no interior em teoria vai ser muito mais tranquilo.

  • E, pedacinho de castanha na bosta, as próximas Olimpíadas serão em Tóquio. Não poderia haver parâmetro melhor em termos de vexame…

  • BM adora dizer “Entre, a casa é de pobre mas somos limpinhos”. Vão ter que mudar o discurso, o Brasil é pobre e está muito sujo.

    • Todo imundo se acha limpinho. Sujos são os outros. Brasileiro Médio nunca vai se admitir imundo. Paga propina ao policial, ao DETRAN, joga lixo no chão, mas acha que sujos são os outros.

    • E ainda ficam falando que “europeu não toma banho” enquanto que em termos de modos e limpeza, em todos os aspectos, o BM é “hors concours”

  • Sim, eu vi este vídeo e pensei logo em desfavor da semana. E claro, o mimimi típico de brasileiro médio também. O que vi de comentário acusando o vídeo de “preconceituoso” (what? Como assim, falar em preconceito quando se aponta a realidade nua e crua? Simples, é porque pra esta gente, apontar as verdades inconvenientes virou “preconceito” e discriminação, o politicamente correto veio a calhar com a idiotia tupiniquim), de “arrogante” e tudo mais nos comentários dos compartilhamentos, gente acusando também de “exagero”… E ao invés de usar este vídeo, que prevê um solene vexame de proporções devastadoras, para se unir para brigar pelo cumprimento da meta da despoluição, para que parem de tratar praia como se fosse aterro sanitário, para brigar por tantas outras coisas, não… Preferem se entregar ao mimimi e ao chororô contra quem mostra a realidade. Depois reclamam que tudo está uma merda, mas perdem oportunidade de mobilizar por uma causa nobre só para tentar negar a realidade. Por estas e outras que o Brasil vai demorar pelo menos mais 500 anos para começar a ser um país civilizado. Enquanto isto, já estou me enfiando em evento da minha área (música) no exterior, procurando oportunidades pra me picar desta joça.

  • Não entendo como o brasileiro médio consegue viver nessa eterna negação afirmando pra Deus e pro mundo que está tudo bem e que tudo vai dar certo.

    Não me acho uma pessoa pessimista, e até gosto de assistir às olimpíadas mas do jeito que ta, concordo com o Somir, é necessário uma merda muito mas muuito grande pra quem sabe esse bando de mula se dar conta do que ta acontecendo nesse país de bosta.
    Não aguento mais lidar com tanta coisa errada. Onde aperta pra fugir pra Austrália?

  • Estou querendo mesmo que aconteça algo de MUITO grave nessa OlimPIADA – de preferência algo inesperado, inescondível e bem feio já durante uma provavelmente tosca cerimônia de abertura transmitida ao vivo pro mundo inteiro – pra daí, quem sabe esse pessoalzinho acabar com essa mania de dizer que toda e qualquer crítica “é enveja”. Torçamos.

  • Concordo com o Somir: precisa dar uma merda tamanho GG durante o evento pra não ter que ver esse povinho bunda gabando um evento realizado nas coxas de maneira medíocre. Mas acho que nem assim vai resolver a questão da real imagem do “antes-durante-e-depois” das OlimPiadas, graças à força da grande mídia do país. Na Copa, teve turista assaltado a rodo nas cidades-sede, e obras que simplesmente não saíram do papel. Mas um misto de negação do povão e pouco destaque na mídia apagaram os problemas. Mesmo que um merdão voe no ventilador das olimpíadas, não veremos muita coisa a respeito, a mídia vai fazer seu papel(ão), a serviço do (des)governo

    • Guilherme, o que quer que aconteça de ruim, o brasileiro vai sempre tentar esconder, contornar, abafar. Mas se for uma merda muito enorme, entra a imprensa internacional, que não vai ter pena. Aí veremos muita coisa a respeito.

  • Somir,

    Eu estou tão perto de você!
    A vida não é irônica?

    Mas não se preocupe. Há espaço bastante para nós nesta cidade imensa!

    Beijos anônimos,

    :)

    • E pensar que eu sempre achei que a Sally que ia ter um stalker… mas vai ver que o segredo é não se importar: quem não está nem aí vira tela branca para pintarem o que bem entenderem. Mas, pelo menos na minha casa, os muros vão ficar limpos. Trollagem ou não, banimento!

  • [Charles D.G. surtado]

    Pela primeira vez (será? Acho que não, mas tudo bem!) achei o texto do Somir melhor que o da Sally, embora o dela também seja bom. Somir foi feliz principalmente ao dizer que a China é tão terceiro mundo quanto o Brasil. Sim, é e sempre será. É essa mistura de comunismo e capitalismo que só dá certo lá (comunismo na proibição das liberdades de qualquer tipo e manutenção da pobreza crônica como mecanismo de controle e capitalismo agressivo ao botar até cachorro e rato pra produzir coisas para o mundo em troca de um prato de arroz amarelo como eles todos) que os torna mestres em fazer parecer que são desenvolvidos ao resto do mundo (mais ou menos igual à Coréia do Norte, só que com menos glamour!) quando, na verdade, são tão escrotos quanto o Sudão.

    CM (carioca tipo), esse subtipo de BM, é algo tão devastador na fauna brasileira que concordo plenamente com a Sally no sentido de merecerem um texto só pra eles. Pior que eles, só o SM (soteropolitano médio), mas, se for ver bem, é tudo mais ou menos igual, tanto étnica quanto culturalmente.

    E, quanto a esse papo de olimpíadas, tudo isso é uma putaria pra todos: a gringalhada vem aqui com a desculpa de competir, mas vão tudo atrás das faveladinhas menores de idade, nas quais seria impossível meter “com consentimento” em seus países de origem (menos no leste europeu, mas lá é tudo louco igual aqui, com a diferença que são mais bonitos). E se não pegarem faveladinhas pra meter, meterão entre si, num grande gangbang multi-étnico, que é pra que serve tudo que é encontro internacional de qualquer coisa (seja para esporte, seja para um reles congresso estudantil). Ter o Hell de Janeiro como pano de fundo excita ainda mais a lascívia da galera, essa que é a terra da orgia institucionalizada (e salve a família imperial filha da puta, que deveria ser toda pendurada pelos pés depois de ter as nobres gargantas cortadas).

    Observação: foi mal pelo surto, meus caros, mas ler sobre a escrotice carioca atiçou minha ira!

  • “ou ainda para dizer que lamenta por mim mas que vai adorar que eu fique aqui durante o evento” – fico com esse comentário!

    Sally, irei pro Rio em novembro (primeira vez) e vou te dizer que seus textos me assustam de leve! Hahaha! Acho que preciso de mais dicas!

    • Sem problemas. Se me mandar email, avisa por aqui, pois nao consigo mais abrir email.

      Quando a hora chegar, a gente se encontra e toma um café.

    • hahahahaha, pois é !

      Então : qualquer viela (passagem estreita de favela, consequentemente) é encrenca mesmo (!), e ainda tem disso que depende até da rua (!) onde vai ficar / passar, uma vez a própria Sally convidou “gente na tua situação” (HÁ…) a perguntarem, aproveite !

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