O lado negro do amor.

Amor, esse grande mal entendido que não paramos de deturpar. Uma abstração que, de tão romantizada, tem um conceito fluido que cada adapta de acordo com as suas predileções, fantasias e neuroses. Já parou para pensar no que é o amor para você? Pois deveria, isso diz muito sobre a sua pessoa e, melhor ainda, sobre o que deve ser revisto na sua pessoa. Amor não é só coisa boa, linda e colorida, tem um lado negro no sentido de ser um lado sofrido, incompreendido.

Nessa sociedade mimada, infantilizada e imediatista, quem nos ama é quem atende às nossas necessidades, nossos desejos, nossas neuroses. Quem nunca ouviu uma namorada que reclama que “se você me amasse, preferia ficar comigo do que sair com seus amigos”. Amor está banalizado, virou condição de chantagem para tudo. O pior é que funciona, as pessoas cedem para mostrar que amam, seja por insegurança, seja pela burrice de se deixar ganhar no grito.

Mas amor, caros Impopulares, não é só coisa boa não. Atos de amor verdadeiro podem gerar extremos sofrimento, para o próprio bem da pessoa amada. Entendi isso muito pequena, assistindo “Lassie”. Em uma simplificação da trama, o menino que era seu dono descobre que alguns malvados estão indo atrás dele para encontrar a Lassie e mata-la. Para salvar a Lassie ele grita com ela, diz que não gosta mais dela e a manda embora. Quando a Lassie vai embora ele chora copiosamente. Isso, meus caros, é amor. Se sujeitar a um tremendo sofrimento pessoal pensando no bem da pessoa amada.

Amor é fazer o que é melhor para a pessoa amada, e não para você, mesmo que isso implique em um sofrimento seu. Na mãe natureza, a mamãe passarinho joga seus filhotes para fora do ninho, para que aprendam a voar. Isso é amor, não ficar superprotegendo e passando a mão na cabeça de quem erra, erra e erra. Isso é ser enabler, facilitador, pessoa com tão pouca autoestima que não tem culhões de confrontar a pessoa amada para que ela cresça e se torne alguém melhor. Mais fácil estar ao lado de uma pessoa problemática, que está com você por dependência ou porque não consegue mais ninguém, do que de uma pessoa inteira, que está com você por opção e pode sim ser cobiçada.

Parece que hoje só se vê amor em atos imediatistas que trazem bem estar. Estamos desaprendendo a depreender amor de atos inicialmente dolorosos, mas que geram um ganho a longo prazo. Uma pena, pois essa é uma das formas mais genuínas de amor, já que implica um baita sacrifício de seu autor. Isso mesmo. Fazer coisas boas, que te fazem sentir bem e que fazem a pessoa amada se sentir bem é bem fácil. Aumenta seu status social, você é A Pessoa Bacana que só leva alegria. Quero ver meter o pé no pântano para tentar salvar a pessoa amada.

Não gerar exclusivamente alegria à pessoa amada é tão estranho aos olhos da atual sociedade, que nem mesmo cogitam que alguém o faça pelo bem do outro. Não. Se gerou sofrimento, é uma pessoa filha da puta que não gosta de você e não te merece. Ponto final. Assim, aqueles que dão a mais genuína prova de amor, ainda acabam vilanizados e tendo que sofrer em silêncio, sem nenhum conforto ou consolo, muito pelo contrário, às vezes vem até umas pedradas.

Todo mundo se solidariza com o lado que está sendo “vítima” desses atos, no caso, com a Lassie. Ninguém, absolutamente ninguém, se solidariza com quem está fazendo a coisa realmente difícil, o dono da Lassie. O saldo final é ter que seguir por um caminho extremamente difícil e doloroso com o mundo contra você e a pessoa amada sentindo que você não gosta dela. É um caminho tenebroso.

Lassie sofre, está sendo rejeitada em público. Normal que todos corram para confortá-la. E, nesse mundo polarizado, simplificado e medíocre, só podem existir dois lados: o que sofre, e o que faz sofrer. Se uma pessoa está sofrendo, bem, ela é a vítima e a outra, que por exclusão, é a escrota que está causando o sofrimento. Dificilmente alguém levanta o nariz para compreender a Big Picture e, talvez, compreender que esse sofrimento é necessário, que seria ainda mais cruel deixar a Lassie ali, feliz de imediato, mas morta em questão de horas. Raramente alguém olha mais para frente e percebe o bem que pode haver no aparente mal. Assim, pessoas valiosas se perdem, descartadas como se fossem meras escrotas que fazem sofrer.

Por isso hoje decidi homenagear quem toma decisões difíceis por amor, na tentativa de salvar a pessoa amada e tem que lidar com a dor em si do que está fazendo e com a escrotização social de pessoas que estão de fora, que não sabem o contexto mas se metem a julgar. Tem que lidar também com a incompreensão da pessoa amada, que quase sempre se sente sacaneada e não consegue entender que a intenção é o seu próprio bem. Por fim, tem que lidar sozinha com o medo e o risco de perder a pessoa amada, que certamente ficará carente nessa jornada de ser jogada à força para fora do ninho e poderá facilmente encontrar conforto no ombro de alguém que tope alimentar seus erros. Parabéns aos poucos que tem força para seguir nessa jornada sem jogar a toalha no caminho e fazer o que é mais fácil.

Amor virou sinônimo de não poder causar sofrimento. Tá errado. Os desdobramentos desse amor incondicional, dessa ideia errada de que quem ama não pode e não deve infligir um sofrimento à pessoa amada, estão gerando relacionamentos doentios. Estranho, pois parece haver um consenso em aceitar amigo não é só aquele que passa a mão na sua cabeça, é também aquele que te come no esporro quando você faz uma merda que te prejudica. Mas a mesma lógica não parece se aplicar ao amor. A pessoa amada só tem que gerar um bem imediato, se não é escrota e não te merece: “esquece, não vale a pena”.

Quando foi que não bater palmas para atitudes nocivas virou não apoiar a pessoa amada? Em parte, eu culpo as mulheres. Mulheres são enablers profissionais. Por insegurança, deixam de confrontar homens. Muitas tem medo de “perder o homem” (na verdade, o relacionamento), outras por estarem contaminadas desse ideal romântico de que amar é bater palmas para tudo e algumas por não ter estrutura para comprar a briga emocional que é se sujeitar e sujeitar o outro a um sofrimento para um bem maior futuro. Porque sim, bater palmas para tudo é o caminho mais fácil. E hoje em dia, é sabido que dá certo e que é a forma mais garantida e segura de manter uma pessoa a seu lado.

Desafio qualquer um aqui, especialmente mulheres, que no geral são mais empáticas e afetuosas, a gerar voluntariamente uma situação de sofrimento para a pessoa amada pensando no seu bem a longo prazo. Não é apenas sofrido, é um sofrimento solitário, incompreendido e não digno de consolo. Todo mundo consola a Lassie, que foi mandada embora, ninguém vê que seu dono está chorando em posição fetal, mortificado pelo que teve que fazer e pensando na Lassie sem parar. Então, quem segura o maior rojão é o dono da Lassie, por, além de tudo, arcar com o peso e a responsabilidade da escolha. E ninguém vê. Ao não ver, ninguém ajuda, consola ou conforta.

Sabemos que hoje dificilmente as pessoas tenham motivação para fazer algo que não gere um reconhecimento social. Muito menos se isso gerar um sofrimento para a própria pessoa. Assim, pessoas que amam e fazem o que tem que ser feito para a pessoa amada evoluir, melhorar ou até mesmo se salvar estão entrando em extinção. O que temos é gente dizendo ou achando fazer o bem afundando a pessoa amada para ficar bem na fita. Meus mais sinceros parabéns se você tem força e coragem para arriscar o que tem de mais precioso na sua vida, a pessoa amada, em nome do bem estar dela. Isso é amor, o resto é perfumaria. Só sabe o quanto é sofrido e solitário quem já o fez.

Quando eu digo que essas pessoas são raras, não é exagero. Até em amores permanentes, como é o caso do amor dos pais pelos filhos (ninguém deixa de ser filho de alguém, não tem divórcio de mãe e filho) a insegurança está matando esse ato de amor. Pais transtornados porque mandam o filho largar o brinquedo e ir tomar banho e acabam escutando um “eu não gosto de você!”.

Ora, faz parte da dinâmica do amor de verdade que eventualmente a pessoa fique bem puta da vida com você e não goste de você em muitos momentos. Para ser amor, não precisa ter harmonia e felicidade full time. Não pode ter medo disso, isso passa e, se a pessoa tiver cérebro, um dia percebe que aquele sofrimento foi por um bem maior. Não pode ser inseguro de achar que o amor é tão pouco, tão frágil ou tão pequeno que vai morrer por causa dessa contrariedade. Se morrer por causa de uma contrariedade, bem, não era amor. Ao menos não do tipo saudável, que vale a pena.

Não se ajuda uma pessoa que está se afogando em si mesma com tapinha nas costas. Se você vê uma pessoa engasgada, sufocando, você pode tentar ajudar com delicadeza, mas sabe que existe um prazo para isso, pois se esperar muito a pessoa pode sufocar e morrer. Pode chegar um ponto onde seja necessário dar um tranco para que a pessoa cuspa o alimento, mesmo que para isso ela acabe machucada. Melhor uma costela quebrada do que morte por sufocamento. Mas hoje, a maior parte das pessoas deixa sufocar, por não querer ter o trabalho nem o peso da costela quebrada.

Normalmente o que se deseja e se espera de um amor é que ele não te faça sofrer. Erro. Spoiler: todo mundo vai te fazer sofrer, essa não tem que ser a base da escolha. O que devemos escolher é por quem vale a pena sofrer. Nosso desejo deveria ser um amor que não nos faça sofrer de forma desnecessária, pois nem todo sofrimento é ruim, nós é que temos dificuldade de ver as coisas a longo prazo. Nosso imediatismo vincula sofrimento a algo sempre irremediavelmente ruim. Dor ensina, dor faz crescer – mas gera riscos, e aí ninguém quer.

Se você não for muito forte, muito inteiro, cede à pressão. Cede à putez da Lassie por ter sido expulsa, cede à pressão social te chamando de monstro por ter mandando a Lassie embora. Só vejo uma forma de ter forças para levar isso adiante: amor. É o momento em que você coloca a pessoa amada acima de você e se deixa trucidar socialmente, passa de vilão e tira forças do cu pensando que está fazendo isso por amar a pessoa e foda-se se ninguém vê isso (nem a própria pessoa), você vai aceitar que joguem lixo em você e levar adiante, porque no final das contas, o bem estra da pessoa é o mais importante, mesmo que para isso você acabe perdendo-a para alguém que, dentro dos moldes do socialmente aceitável, passa a mão na sua cabeça.

Não digo que deva ser uma forma de vida colocar a pessoa amada acima de você, mas em situações trágicas, emergências e severas (ninguém vai fazer a pessoa amada sofrer por bobeira, né?) um “Wake up call”, um “se liga” pode fazer com que, temporariamente, se coloque a pessoa amada acima de tudo. E aí entramos no ponto mais doloroso do processo: por mais contraditório que seja, ao fazer um grande sacrifício pessoal e colocar a pessoa amada como prioridade, abdicando do seu bem estar e gerando uma situação dolorosa, em vez de reconhecimento, você gera para si risco.

Colocar em risco a pessoa amada é uma das maiores dores inerentes a relacionamentos, não apenas pelo processo em si e sim pelos desdobramentos que isso gera. Quando se leva um fora, dói, mas é uma dor sem dúvidas, é uma decisão à qual você tem que se sujeitar, não há escolha, o outro é o responsável. Já quando é você quem bate o martelo, é você quem decide algo para o bem da pessoa que coloca em risco o relacionamento, o risco está em você.

Se der errado, é você que vai passar o resto da vida se perguntando se realmente deveria ter feito isso. É uma dúvida diária, que te acompanha o dia todo e que você não tem nem ao menos com quem discutir ou encontrar conforto, pois além de ser o escroto que mandou a Lassie embora, poucas pessoas alcançam a sutileza de que esse processo é uma das formas mais contundentes de amor.

Aprendi no filme Proposta Indecente que se uma coisa é sua e você a deixa ir e ela volta, então é porque realmente é sua e será sua para sempre. Aprendi com a vida que essa porra não é verdade. Quando você deixa ir, é como soltar um porquinho da índia em uma floresta cheia de corujas. Por mais que você fique por perto, é um risco do caralho, em um segundo você perdeu. É um aperto no peito full time, até que a situação se resolva, é um sofrimento do cão que dificilmente pode ser comparável a qualquer outro em matéria de relacionamento. Pior: tudo isso tendo a pessoa amada ao alcance da mão, podendo acabar com isso a qualquer momento, mesmo sabendo que a longo prazo vai ser nocivo, ou até destrutivo. A tentação do bem estra imediato é poderosa.

Dificilmente quem está sendo colocado em uma situação de sofrimento percebe que é para seu bem e todos os mecanismos que isso envolve. Até porque, se perceber que é nada mais do que uma medida motivacional, grandes chances que “roube”, manipule e simule o que tem que ser feito para colocar fim ao sofrimento. Não pode, tem que ser realístico, a pessoa tem que ter medo das consequências. Você não expulsa um filho drogado de casa “de brincadeira” para ajuda-lo a se curar do vício, você quer é dar um belo susto e que a pessoa se perceba sozinha para que reflita e mude de postura. Perguntem ao Pilha.

Ficar atrás da moita, na torcida, sem poder ajudar é uma tortura. Dá vontade de dizer à pessoa o que fazer, de mandar uma carta anônima, sei lá. Mas não pode, se ela não descobrir sozinha e não tirar forças de dentro dela sozinha, o que temos é uma mera relação de dependência com você. E onde entra a dependência, o amor sai. Amor e dependência são como dois irmãos gêmeos, um bonzinho e o outro malvado, que se odeiam. Quando um entra o outro invariavelmente sai mas como são gêmeos, muita gente não sabe dizer exatamente quem está no quarto. Por isso, se você quer manter o amor como fio condutor do seu relacionamento, faça o que for necessário para colocar a dependência para fora antes.

Um brinde a nós, guerreiros, que tiramos força do cu para fazer o que precisa ser feito, apesar do trucidamento social, apesar do ataques de birra e raiva da pessoa amada, apesar do doloroso risco de perder aquilo que nos é mais importante. Meu mais sincero respeito aos que tombam no caminho, a jornada é ingrata mesmo, compreendo. E meu vai tomar no cu para você que se mete a julgar o relacionamento alheio tendo ouvido apenas um lado da história.

Amor não é sempre apoiar, sempre passar a mão na cabeça, sempre limpar a bunda. Amor é, eventualmente ser duro, fazer o que for preciso para que a pessoa pare detonar a si mesmo, aos que o cercam e à relação. Amor é não permitir que o Pilha que existe dentro de todos nós saia para brincar. Amor é fazer o que for preciso, com a maior doçura e cuidado, para que a pessoa evolua, mesmo que para isso seja necessário coloca-la em uma situação de sofrimento.

Se você está passando pro isso hoje, saiba que não está sozinho. Todo mundo passa por isso um dia. Seja forte, prossiga, se acreditar que com isso ajuda, apesar do sofrimento que está causando na pessoa amada e em você mesmo. O sofrimento não deve ser motivo para desistir no meio do caminho, resista à tentação de fazer o fácil. Mudanças de atitude, de mindset, de postura é o que devem redimir a pessoa e não seu sofrimento.

E se você encontrou uma pessoa disposta a te dar essa prova máxima de amor que é se colocar em situação de sofrimento e até colocar em risco o que vocês tem para que você melhore, agarre essa pessoa e não largue nunca mais, ela é uma em um milhão.

Para dizer que o texto não faz o menor sentido, para dizer que prefere ceder antes da mulher começar a chorar ou ainda para me mandar parar com esses textos e fazer um Siago Tomir: sally@desfavor.com

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Comments (22)

  • Este amor descrito é o amor verdadeiro. Não o retratado nas novelas Globo. Aquilo é pura fantasia. Amor é sacrifício. Parabéns pelo texto.

  • Não faz nada não, gente! Deixa o Somir cuidar dele, vai ser mais engraçado!

    *anotando o endereço e telefone do Marciel

  • De novo esse cara? Achei que ele tinha desistido

    Toma aí o endereço dele, faz alguma coisa, ele não vai parar de te ameaçar. Se quiser eu mesmo tomo uma providência:

    Rua Juvenal Guimaraes 1019 Ribeirao Preto CEP 14031-370
    (16) 2908-0134
    +55 16 993955444

    Por nada

  • Sally é autista

    Não preciso dizer que Sally Somir é ansiosa pra caralho e tem problemas sérios com isso. Tenta manter relações sociais, mas se sente pisando em ovos com isso. Interioriza o sofrimento e tende a apresentar problemas de saúde por conta disso. Se cuida!

    • Minha saúde está ótima, Marciel. E eu tenho muitos amigos e uma vida social bacana. Mas não precisa se preocupar comigo não, eu me cuido sim.

      Tem que se preocupar com você, que foi banido e esculhambado aqui e continua voltando. Prefere a dor de ser agredido do que aceitar que está excluído. Ser excluído dói em você, né Marciel? Por causa da sua infância. Tô sabendo. Para seu azar, temos conhecidos em comum, o que me ajudou muito a entender seu comportamento.

      Cuida você da sua autoestima, de não ficar frequentando lugares onde não é bem quisto, isso não é saudável. Agora que sua mãe foi embora, você corre o risco de se afundar de vez, pois não tem ninguém te dando uma trava. Sem contar com aquele outro probleminha você está tendo, você sabe do que eu estou falando, né? Pois é, pode piorar. Aliás, vai piorar…

      Estou sem falar com você ou de você há mais de um ano, ainda assim você insiste em vir aqui me agredir diariamente, às vezes mais de uma vez por dia e quando alguém cita seu nome, você pede para ser deixado em paz. Se quer ser deixado em paz, pare de vir aqui me agredir, me ameaçar. Pode comemorar, hoje eu te dei um minutinho da minha atenção. Tá feliz? Conseguiu o que queria? Pode me deixar em paz agora?

      Pelo menos desta vez foi apenas uma diagnóstico cheio de certezas vazias (como é sua vida inteira, você tem certeza de tudo sempre, característica típica de pessoas que tem seu problema mental, o qual você insiste em não aceitar o diagnóstico nem se medicar).

      Pelo menos desta vez não foram as habituais ameaças de morte, mutilação e aquelas outras coisas que você insiste em direcionar a mim… Não entendo como alguém pode colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz depois de ameaçar esfaquear, estuprar e outras coisas ainda mais bizarras que você vem fazendo comigo diariamente.

      Marciel, vou pedir pela última vez: por favor, não venha mais ao meu blog, você não é bem vindo, não me mande mais e-mail, pare de me ameaçar com as coisas horríveis que você me fala há anos. Por favor. Você, que tem um histórico de uma vida de agressões, está se tornando o agressor que tanto te fez mal. Apenas pare. Obrigada.

    • Ansioso estou eu pra essa nova fase, Marciel. Estudei bastante sobre a sua doença, sobre a sua vida, sobre as pessoas que você gosta (acho que alguém vai voltar do túmulo…). Agora isso vai escalar, seu merdinha. Isso vai escalar bonito. Pensa bem em cada comentário, em cada ameaça que você deixar a partir de agora. Porque elas vão começar a definir a escala das retaliações.

      Você queria uma guerra, você vai ter uma.

    • Leitora Revoltada

      Sally, Marciel foi diagnosticado com Síndrome de Aperger, que é uma forma mais branda de autismo. Esse tipo de agressão não passa de projeção, é como ele se sente.

      É difícil para pessoas com essa doença manter relações, eles não se conectam bem com o mundo e com outras pessoas. Além disso são cheios de manias, se sai uma coisa do lugar eles surtam. Esse jeito de falar cheio de certezas que você apontou, é para esconder essas fragilidades.

      Trabalho com psiquiatria e psicologia. Infelizmente pessoas com essa doença tendem a ficar obcecadas, se você não colocar a polícia no meio, ele não vai parar. Fica a dica.

      • Só quero uma coisa: parar de ser ameaçada várias vezes por dia.

        Não desejo mal, não quero briga, não quero confusão, apenas quero que me deixe em paz e pare de usar meu blog e meu email para ficar me ameaçando. Se isso não parar, vou começar a publicar as ameaças para vocês verem o nível do que eu estou falando. Não queria fazer, porque acho que é algo que transtorna e causa mal estar, mas se continuar eu vou publicar.

  • Ótimo texto! Por isso a importância da amizade no relacionamento. Aqui em casa os dois podem vir a ser duros um com o outro por amor, são as nossas “pedaladas” de amor. Temos nossa piadinha interna nessas horas. O autor do esporro pergunta: “você me ama?” e o outro responde: “nesse momento não” e bola pra frente. A gente pode ficar puto mas entende que foi um esporro “de amor, de crescimento pessoal, emocional e até mesmo profissional”. Não é fácil, tem que treinar muito, principalmente o foda-se em relação a opiniões alheias que incluem a sua família ou a do parceiro.

    • Sim! Apensas passar a mão na cabeça e fazer as vontades não é sinônimo de amor! Porque as pessoas não entendem isso?

  • Texto maravilhoso. “Amor é não permitir que o Pilha que existe dentro de todos nós saia para brincar. ” e verdade maior, não há. Se a pessoa ao seu lado não permite que esse Pilha interior saia, cuide dela.

  • Amei o texto!! Tudo verdade !!As pessoas tem uma idéia muito deturpada de amor, talvez porque elas não saibam o que é amor de verdade ou nunca tenham vivenciado, recebido de alguém. Amor não é aquilo que massageia o ego, o nome disso é bajulação. Amor de verdade nos torna pessoas melhores, mesmo que cause dor.

    • Acaba tendo, ao contrário do que as redes sociais nos induzem a presumir, tudo na vida, até mesmo o amor, tem em algum momento permeado por sofrimento e isso não quer dizer que não seja amor. Além disso, eventualmente temos o dever ético de causar um sofrimento à pessoa amada, seja ela filho, irmão, marido, para seu próprio bem a longo prazo.

  • Belíssima reflexão e belíssimo texto. Meus pais fizeram isso por mim quando eu era adolescente e fiquei no chão. Mas quando me levantei, amadureci muito e conquistei tudo o que queria na época. Os frutos disso ainda me trazem coisas boas hoje em dia. Sinto uma gratidão infinita para com meus pais, e gostaria que todos enxergassem o quanto um sofrimento imediato pode fazer bem pra gente…

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