Cultura da barbárie.

+Os atendimentos a mulheres vítimas de violência sexual, física ou psicológica em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) somam por ano, 147.691 registros – 405 por dia, ou um a cada quatro minutos. A maior procura por serviços de saúde após casos de agressão se dá entre adolescentes de 12 a 17 anos, faixa etária das duas vítimas de estupro que ganharam repercussão na semana passada, no Rio e no Piauí.

A tal da cultura do estupro vai entrar e sair de discussão, e os números vão continuar sendo esses. Pouca gente vai notar… desfavor da semana.

SALLY

Acredito que todos estejam sendo bombardeados com o desfavor da “cultura do estupro”. Sinceramente, eu não aguento mais ouvir falar uma palavra sobre a “cultura do estupro”. Graças a esse maravilhoso serviço de histeria massificada, algo realmente importante está em vias de banalização e simplificação, fazendo com que a sociedade aponte suas armas para o lado errado.

Ontem mesmo estava lendo as notícias e vi um estúdio de cinema se desculpando por um dos cartazes para o filme X-Man Apocalipse, pois no cartaz, Apocalipse (do sexo masculino) está enforcando a vilã Mística. Um dos argumentos foi sensacional: “Imagine se fosse um homem negro sendo estrangulado por um homem branco ou se fosse um homem gay sendo estrangulado por um hetero?”. Bem, se a gente foi começar a impor censura imaginando vai ficar complicado.

Mística não é uma mulher, é, antes de tudo, uma mutante, com força descomunal, maior de que a de qualquer homem. São personagens ficcionais não humanos. É esse grau de histeria que compromete uma causa realmente importante. Como esta, dezenas de notícias assustadoras e críticas descabidas travestidas de feminismo contribuíram a semana toda para enfraquecer uma causa realmente importante que merece atenção.

Talvez a cultura do estupro realmente exista no Brasil. Talvez no interior do interior maridos se achem no direito de fazer sexo com suas esposas por estarem casados com elas, quer elas queiram, quer não. Mas tudo isso está dentro de um pacote muito maior e na nossa opinião, é nele que deve estar o holofote. Não é um problema meramente cultural.

Por isso escolhemos essa notícia como desfavor da semana: “Violência leva ao SUS uma mulher a cada quatro minutos” no Brasil. Isto é, as vítimas de violência representam um numero muito maior, estamos falando apenas daquelas que precisam ser hospitalizadas. Uma mulher tem necessidade de ser hospitalizada a cada quatro minutos no Brasil por causa de violência, seja ela sexual ou não. Isso não é cultura, é barbárie. É falta de educação, falta de subsídios mínimos para se tornar um ser humano, gerando animais que causam dezenas de danos sociais, alguns deles contra mulheres.

Sim, estupro é péssimo. Sim, estupro é tenebroso. Sim, estupro é uma das piores coisas que podem acontecer na vida de uma mulher. Mas ele vem dentro de um pacote muito maior que o próprio estupro. A violência à mulher não pode ser resumida a isso. E sua causa está longe de ser apenas cultural. Se simplificarmos o problema da mulher ao combo cultura + estupro estamos perpetrando um tremendo desfavor. Essa definição é aceita em larga escala pois conforta “personificar” o problema: isso acontece por causa da cultura do estupro, ponto final. Ótimo! Temos um inimigo definido, e apenas um, para combater! Bem mais fácil!

Além de tudo, incoerente. Quem reclama da cultura do estupro não pode de forma alguma tolerar objetificação da mulher. Vejo muita gente histérica colocando homens como estupradores em potencial, reclamando da cultura do estupro mas defendendo as piores letras de funk como legítimas reconhecendo seu valor cultural. Não dá para aplaudir funk, carnaval, ou qualquer outra manifestação que objetifica a mulher e depois dizer que o problema é cultural, sob pena de se colocar como corresponsável. Dá faniquito em rede social contra a cultura do estupro, mas na festinha dança “Baile de Favela”.

Não é apenas por causa de cultura que uma mulher vai parar no hospital a cada quatro minutos. Não simplifiquem assim, fica feio, soa ignorante. Não vai resolver modificar apenas a parte cultural, será preciso muito mais do que isso para que a situação melhore. Porém, sabemos que o povo gosta desse maniqueísmo de ter um mocinho e um bandido, o bandido da vez é a “cultura do estupro”. Vão gastar tempo e energia em algo que não vai funcionar.

Antes de partir para requintes como a cultura, é preciso que exista uma base muito bem estruturada. Não dá para falar em cultura de nada com quem não tem educação nem condições dignas de existência. É falar com uma parede. Não há possibilidade de mudar a cultura de quem não a tem, não a entende e não a reconhece. Também é preciso revisar seriamente todo o Código Penal brasileiro e também a legislação cível que trata de indenização por danos morais, ou melhor, todo o Judiciário, para que ele consiga efetivamente prestar socorro a quem o procura.

Só depois dessas e muitas outras providências de caráter primário é que podemos começar a tentar mudar uma cultura ou mentalidade de forma efetiva. Começar pela cultura é como primeiro costurar uma ferida para só depois desinfetar e limpar o local. Não adianta.

Mas, virou a bola da vez: a “cultura do estupro” como culpada por todos os males contra a mulher e, consequentemente, a salvadora. Se você se diz contra ela, paira sobre você a presunção de ser a favor do estupro, machista e outras coisas tenebrosas. É uma medida ineficiente, mal pensada e baseada em modismo. Foge às prioridades do que realmente pode ajudar a mulher na sociedade. Mas não há espaço para contestá-la. Estão todos muito felizes por ter identificado “o inimigo” e empenhados em combate-lo sem antes de dar ao trabalho de questionar se é realmente esse o problema.

Não é proibindo uma música que se muda uma realidade, é educando as pessoas para que essa mesma música não tenha mercado e acabe extinta sozinha. Já cansei de repetir essa frase aqui: se você olha no espelho e não gosta do que vê, não adianta chutar o espelho. A tal “cultura do estupro” não é causa dos males contra a mulher, é apenas uma consequência deles, um reflexo. Besteira continuar chutando o espelho, não é assim que se operam mudanças profundas em uma sociedade.

Essa ideia de vilanizar algo ou alguém, como agente único causador de um mal precisa acabar. A “cultura do estupro” pode ser um entre muitos motivos para que a situação da mulher esteja desfavorável, mas certamente não é o único. Em um país de culpados únicos, onde quando o time perde a culpa é do técnico ou do juiz, vai ser difícil mudar essa mentalidade.

Vivemos em uma barbárie de violência contra o ser humano, em um desrespeito social crescente que reflete em diversas áreas, sendo uma delas a violência contra a mulher. Deve ser combatido de forma global, com educação e dignidade para todos. Qualquer outro caminho é ineficiente, é paliativo.

Para me acusar de machismo, para me acusar de feminismo, para me acusar de qualquer coisa: sally@desfavor.com

SOMIR

Normalmente quando discute-se estupro eu dou um passo atrás e não tento julgar muito o mérito da questão de acordo com a minha visão de mundo. O próprio fato de ser homem e viver numa realidade de relativa baixa preocupação com violência em geral tende a me deixar à vontade demais para enxergar as áreas cinzas envolvidas. A chance minúscula de eu ser vítima e até mesmo a segurança de que eu jamais seria perpetrador de tal crime criam uma “bolha de civilidade” ao meu redor.

Uma bolha que tende a modificar minha percepção até mesmo sobre as outras pessoas. Nos círculos que eu frequento, no meu dia-a-dia, até mesmo as mulheres gozam de uma segurança e liberdade que não condiz com a média de um país tão bárbaro feito o Brasil. E, pra não dizer que eu só estou contemporizando, argumento também que a grande maioria das pessoas com articulação suficiente para falar de cultura do estupro (a favor ou contra) beneficiaram-se de alguma bolha parecida para até mesmo conseguir desenvolver a ideia.

Ideia de que uma sociedade onde a mulher seja vista como mero objeto sexual, sem direito à escolha, é aberrante. E é. Se pararmos pra pensar, mesmo que a mulher objetifique-se abertamente e tenha todos os comportamentos que façam as pessoas ao seu redor acharem que ela está “pedindo” para ser usada de acordo com o querer alheio, mesmo no pior dos piores casos de área cinza, quando falamos de direito à integridade física e sexual, ninguém consente de forma presumida. O consentimento só existe no momento do ato sexual, não é prévio ou posterior.

Portanto, sim, eu consigo entender a preocupação de vários setores da sociedade com essa ideia de cultura do estupro, com tanta gente tendo dificuldade de entender algo que deveria ser simples como a ideia de consentimento. E lá vou eu argumentar de dentro da bolha: mesmo que essa simplicidade não seja exatamente instintiva. Dá sim pra imaginar situações onde o conceito de consentimento que deveríamos usar não é algo natural para o animal humano, mas o ser social deveria entender a regra da soberania do “não”, seja em que etapa ele ocorrer.

Ok, dito isso… a cultura do estupro é um problema secundário. E isso não é um ranqueamento de importância, é um temporal. A cultura do estupro, seja lá a forma como ela exista na sociedade, é consequência de outra cultura muito mais primal: a cultura da barbárie. A cultura do estupro só existe quando a cultura da barbárie cede o suficiente. É uma lógica de causalidade, método científico até: enquanto vivemos num país violento, pouco educado e efetivamente incapaz de combater comportamentos bárbaros da sua população, a amostra está contaminada.

Como saber se o caso da menina carioca, por exemplo, é resultado de uma percepção errada sobre o direito à dignidade e liberdade de uma mulher ou se é resultado do mesmo erro, mas direcionado ao ser humano em geral? Parece a mesma coisa, mas não é. Porque quando falamos de cultura do estupro, estamos isolando um comportamento de acordo com a vítima dele. Como se quem abusa da mulher tivesse que aprender que ela também tem os direitos que um homem teria. Como se já houvesse algo lá na cabeça da pessoa que pudesse ser aplicado a elas.

Só que quando falamos de cultura da barbárie, não tem nem o que aplicar a um grupo ou outro. Não tem nada lá que possa beneficiar a mulher quando pensando nela. Se a pessoa não entende nem que existem direitos, como é que um conceito como liberdade sexual feminina vai entrar ali? Saiu outra notícia essa semana que pouquíssima gente se preocuparia: um suposto ladrão que foi pendurado de ponta cabeça por populares e espancado ali mesmo. Um povo que acha normal e justificável linchamentos tem mentalidade para digerir cultura do estupro?

Então, quando vemos dados como os que ilustram a coluna de hoje, precisamos entender a raiz do problema: um país brutalizado onde qualquer diferença considerável de força vira uma “oportunidade”. Abusaram e filmaram a menina carioca, espancaram e filmaram o homem acusado. Não importa como você veja os “cinzas” de ambas as histórias, a ideia é que numa cultura de barbárie, a violência é basicamente o único curso de ação percebido pelo povo. Por uma série de problemas que não dependem apenas da boa vontade do brasileiro, mas reconhecível e quantificável da mesma forma.

Mulheres e homens são vítimas dessa cultura. Se a cada quatro minutos uma mulher é hospitalizada, de cada 100 homicídios no país, 94 tem homens como vítimas. Se olharmos para as estatísticas terríveis do Brasil e tentarmos achar uma forma de proteger as mulheres, vamos olhar para a barbárie ou para a cultura do estupro? O Brasil, como um todo, não pode se dar ao luxo de ir para uma preocupação secundária enquanto a primária está correndo solta, por mais importante que ela seja. E nem é questão de achar injusto que se cuide das mulheres primeiro, é prático: não é sobre o fato de ser mulher, é sobre a mentalidade violenta e animalesca.

A cultura do estupro vem à tona, os protestos e medidas acontecem… e os números vão continuar os mesmos. Não adianta mudar o mundo de dentro da bolha… até porque o que muda é a bolha. A cultura do estupro vai calar a boca de quem fala coisas que os ativistas não gostam, e mesmo assim, só em público (e em redes sociais). Precisa ter ALGUMA cultura pra cultura do estupro ser um problema tratável. Olhemos para os dados: a violência é quem tem que ceder, em geral.

Para me chamar de machista, para me chamar de feminista, ou mesmo para dizer que eu deveria ter seguido o meu conselho do primeiro parágrafo: somir@desfavor.com

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Comments (5)

  • Sally,
    quando se fala de cultura de estupro, se refere a uma série de práticas que minimizam não somente as violências praticadas contra a mulher com uma série de justificativas, mas regras sociais que permitem com que a mulher continue sendo alvo de críticas sobre a sua aparência, comportamento e modo de se vestir/comportar. Isso faz parte da sociedade como cultura sim, cultura de que a mulher tem que se encaixar dentro de determinado padrão para ser considerada correta e digna de direitos sem que ninguém aponte o dedo.
    Eu acho muito interessante que o tema tenha tomado essa visibilidade e comoção até para que excessos (como o caso do pôster do X-men) sejam ridicularizados e combatidos. Pela primeira vez, falo a partir da minha experiência, vejo uma mobilização contra o estupro desse tamanho e acredito sim que isso possa mudar o pensamento de várias pessoas e trazer estudos sobre gênero e participação feminina em todos os setores da sociedade. É claro que o estupro reflete outros problemas da sociedade brasileira, pobreza, violência geral, falta de educação da população (pobre e rica), mas isso não anula os benefícios da discussão, principalmente para as crianças e jovens em formação.
    Um desdobramento interessante dos acontecimentos após o caso ir para a delegacia foi a rejeição sonora da tentativa de trazer o histórico da menina estuprada e filmada como contrapeso para amenizar o que tinha acontecido. Claro que vi muitos comentários do tipo “nada justifica estupro, MAS…”, mas a maioria foi em defesa de que independente do passado o estupro é inaceitável.

  • Propagar essa tal cultura do estupro é um desserviço, ou melhor, desfavor.

    Primeiro porque cria pânico com um problema maior do que é (ver ranking mundial estupros), e uma histeria coletiva em que a pessoa passa sentir o que repete.

    Segundo, porque como a Sally frisou, banaliza e coletiviza a culpa, criando um inimigo genérico, invisível e indefinido. Pode-se apontar pra qualquer lado e qualquer um, ao mesmo tempo que se ponta ninguém. E ao criar o problema, já mostra a solução igualmente difusa: o feminismo.

    Mesmo quando culpa vítima, aponta a situação que facilitou aquele fim, mas nunca inocentando o agressor. Seria como eu deixar a porta do carro aberta e ser furtada. Eu ouviria: “É…mas vc não devia ter deixado a porta aberta.” E eu retrucar: “Mas eu posso deixar a porta aberta como eu quiser, o ladrão é que tem de ser educado pra não roubar. vc está culpado a mim?!”

    Vivemos uma cultura da impunidade, do crime, provavelmente do assédio, mas ninguém em uma sociedade ocidental aplaude, estimula ou aceita o estupro.

    Pra ilustrar o problema vamos pegar alguns dados estatísticos como por exemplo o número de assassinatos em quase 70 mil ano. Vamos esmigalhar os números, e apontar que a maioria dos assassinatos são cometidos por pardos e negros. Agora vamos criar uma campanha:

    “No Brasil ocorre um homicídio a cada (use um número aleatório qualquer), a maior parte cometida por pardos e negros. Vivemos uma cultura do assassinato e todo negro/pardo é um potencial homicida.”

    Viram como fica lindo?

    E no formato meme, pra quem não gostar de ler.: https://www.facebook.com/reacaprogressista/photos/a.1060255507348243.1073741828.1056849281022199/1190120701028389/?type=3&theater

  • Sally, gosto muito dos seus textos, parabéns! Sobre a cultura do estupro, ela não deve ser entendida de modo restritivo, como sendo consequencia das músicas ouvidas ou dos bailes funk frequentados, ela deve ser entendida de forma ampla, como uma mentalidade ou conjunto de valores (desvalores, nesse caso) embutida nessa sociedade tão desigual, na qual todos nós estamos sujeitos. Além disso, entendo que cultura é algo que se prática todos os dias, e apesar das classes menos favorecidas não possuirem um grau de instrução elevado ou educação formal, ainda sim suas manifestações são culturais sejam elas quais forem.

  • Semana (ainda mais) pesada (e, a aqui, genialíssima) !

    ( Parabéns – como sempre – “mas muitíssimos” ! )

    Mística não é uma mulher, é, antes de tudo, uma mutante, com força descomunal, maior de que a de qualquer homem. São personagens ficcionais não humanos. É esse grau de histeria que compromete uma causa realmente importante. Como esta, dezenas de notícias assustadoras e críticas descabidas travestidas de feminismo contribuíram a semana toda para enfraquecer uma causa realmente importante que merece atenção.

    [OFF ?] E para mim, “outras vezes (ainda) mais impressionante” (!) : há alguns anos, reflexão sobre X-Men – para mim – era a aula que relacionava (seriamente) essa obra com (tantos) itens do movimento futurista e apesar do “tanto” que ~as enfraquecedoras~ disseram que repreendiam a Sarah Winter ainda no auge dela…pois “bem” (mal) : mais “máscaras” caindo – e faz tempo (!) que sem essa desculpa (e priorizando “o voltei à evidência” – como sabíamos (e você também lembrava), do teu nível “se contam nos dedos”…

    Um povo que acha normal e justificável linchamentos tem mentalidade para digerir cultura do estupro?

    (Não esqueci do teu “Tendências”, pelo contrário, só agora que consegui palavras sobre tudo desse assunto !)

    E, na minha versão, “se nem entendem como cultura da violência mesmo quando ficam dizendo que tá grande, como vão…”

    E, finalmente : algumas pessoas próximas pelo menos até que esperaram para mencionarem sobre, mas nem disseram o que achavam de quando falei “cultura da violência” …

    DSVS

  • Educar o povo direito, assim a desigualdade social e a mentalidade linchadora sumiria/diminuiria aos poucos (essa história de aniquilar gente ruim que ataca a pobre população de corações puros é papo de desenho japonês…) e a igualdade de gênero e indices de segurança pública também melhorariam a longo prazo.

    (Dizem também que o capitalismo brasileiro é cagado e que se fosse implantado direito, seríamos uma Alemanha ou Estados Unidos da vida. Não é minha área. Se alguém quiser esclarecer, deixo aberto…)

    Mas quem disse que alguém quer soluções a longo prazo? Isso não gera passeatas vândalas/escatológicas pseudo-revolucionárias e não gera conteúdo pro blog ativistinha prolixo de condomínio fechado. Essa preocupação com o futuro é da boca pra fora.
    Aliás, quem disse que alguém quer pensar num caminho pra melhora? Vejo muita problematização, mas não vejo criação de soluções.
    Será que a cultura do jeitinho, de sempre passar rasteira em outro, vai permitir essa evolução?
    Ah, e quem disse que políticos se interessam por isso? Eles querem mais é gente burra, mesmo que mais cedo ou mais tarde a burrice se volte contra eles mesmos.

    *suspiro*

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