Efeito Just In Case

Você já sentiu medo de coisas nas quais, racionalmente, não acredita? É comum, é explicável e não, não é contraditório. Seu cérebro faz isso com você, contra a sua vontade. Não quer dizer que sua não-crença seja falsa ou fraca, quer dizer apenas que você é humano. Muita gente se preocupa em disfarçar esse sentimento supostamente contraditório, talvez por insegurança. Besteira. Leia o texto de hoje e se permita sentir o que todo ser humano sente, independente de crenças racionais.

Milhões de anos atrás, nossos ancestrais levavam uma vida difícil. Um mundo hostil com escassez de comida e muitos predadores fez uma seleção natural de respeito. Aqueles que sentiam medo, sobreviviam para contar a história. Um barulho, um movimento estranho ou uma sombra indo na sua direção: poderia não ser nada, poderia ser um predador. Quem pagava para ver geralmente acabava morto, quem tinha como primeira reação acreditar que havia um perigo, mesmo sem ter provas cabais disso, fugia, sobrevivia e procriava passando esse comportamento adiante. Somos todos crias de ancestrais “medrosos” (na verdade, precavidos), que sobreviveram graças a essa peculiaridade de, na dúvida, acreditar no perigo, sentir medo e se proteger.

Isso está no nosso DNA. Por mais inteligente, fodão e poderoso que você seja, carrega isso dentro de você. Até hoje nosso cérebro funciona conectando informações em busca de padrões para tentar antever informações, e ele não precisa de certeza para dar um alerta. Estamos programados para acreditar e temer algo diante da simples dúvida, remota possibilidade ou mínima chance de que seja verdade. Basta um “e se existir?” para que um medo involuntário tome conta de você.

Assim, você pode não acreditar em fantasmas, espíritos, ETs ou qualquer outra entidade paranormal. Se não acreditar de coração, é provável que não sinta medo deles como uma constante na sua vida. Mas, certeza absoluta de que não existem, ninguém tem. Tudo indica que não, mas ainda não foi provado. Logo, a ideia está plantada no seu cérebro, por mil histórias, filmes e relatos que ouvimos em nossas vidas.

Não acreditamos, mas os relatos estão lá, armazenados. Se, um dia, houver qualquer indício de que essas histórias podem ser reais, você vai, inevitavelmente sentir medo. Por exemplo, se te levam para uma casa dita como mal assombrada e à noite você escuta barulhos estranhos, mesmo que racionalmente não acredite, seu cérebro vai disparar o sinal do medo, just in case. É o mesmo comportamento precavido dos nossos ancestrais, mas que, infelizmente, não possuí um nome específico, então, não é muito popular. Vou passar a chama-lo de Efeito Just In Case.

Sempre tem um mal resolvido que tentar disfarçar e fingir que não está com medo, querendo posar de racional e de que tem controle de tudo. Cuidado, essas são as pessoas que menos controle tem, as mais mal resolvidas e as mais frágeis. Gente bem resolvida não precisa posar de nada. Repito: é perfeitamente normal e explicável ter medo de algo que, racionalmente, você não acredita. Se houver algum indício, (por mais bobo que seja), de que aquilo pode ser verdade, seu cérebro vai te trair e disparar reações físicas para tentar salvar sua vida. Se não houver uma prova cabal de que aquilo não existe, seu cérebro vai se portar como se existisse se entender que você está diante de uma ameaça. Just in case.

Assim, é possível dizer que somos uma espécie “crente”, evolutivamente moldada para acreditar em caso de “não certeza absoluta”, como mecanismo de sobrevivência. Além de acreditar quando um sinal se apresenta, nosso cérebro também procura por esses sinais para tentar antever o perigo (ou recompensas) e tenta entender os padrões relacionados a eles: o que levou aquilo a acontecer? Entender o que levou aquilo a acontecer nos ajuda a evitar ou a repetir o evento.

Um exemplo clássico são pessoas que atribuem sucesso ou fracasso a peças de roupa. Sim, uma camiseta de futebol ou um vestido que dá sorte ou que dá azar. A coisa se desenvolve da seguinte forma: há uma experiência positiva (ou negativa) que marca a pessoa. O cérebro imediatamente tenta encontrar padrões, justificativas, motivos que sejam causadores daquilo (para evitar que a experiência ruim se repita ou para tentar repetir a experiência boa). Supondo que pela confluência de fatores ele cogite que a sua roupa concorreu para o fracasso ou sucesso do evento: essa informação fica guardada, ainda que como forma de dúvida, muitas vezes nem que você sequer tenha isso claro na sua cabeça.

Se, alguma vez na sua vida, você usar esta roupa e a experiência se repetir, bingo! Seu cérebro encontrou um padrão, foda-se as 967 vezes que você usou a roupa e a vida transcorreu na mais absoluta normalidade. O cérebro é viciado em padrões e quando acha um (ou acha que acha um) ele solta fogos. Se você for uma pessoa esclarecida, sente esse “soltar fogos” na forma de uma tremenda descarga de substâncias que geram bem estar e entende que é um padrão evolutivo pensado para sua sobrevivência, seguindo sua vida normalmente. Se você é um pouquinho mais carente, pensa que aquela roupa é um amuleto da sorte e passa a usá-la em situações importantes. O sentir é o mesmo em ambos os casos, é o que se faz com o sentir que determina o tipo de pessoa que você será.

E daí a pessoa usa a roupa da sorte quanto tem eventos importantes. Obviamente, nem sempre a roupa da sorte garante seu sucesso. Mas isso não desfaz o padrão, pois nosso cérebro está focado em criar padrões e não em desfazê-los. Para cada 99 vezes que a roupa da sorte não gerar nadinha de sorte, haverá uma vez que, por pura lei da probabilidade, ela estará presente em um evento feliz. Bingo! O cérebro reforça aquele padrão de que a roupa dá sorte. O mesmo vale para uma “roupa do azar”. Nosso cérebro coloca um holofote, uma lente de aumento, naquilo que estabeleceu como padrão, nos fazendo apontar e dizer: “Tá vendo como minha roupa dá sorte?”, ignorando as outras 99 vezes nas quais não deu. É apenas humano. Não faz o menor sentido, certo? Mas quem disse que nós, seres humanos, fazemos sentido?

Depois dessa rápida e simplificada introdução, vocês já podem imaginar o inferno que é para nossos cérebros viver em um universo onde impera a aleatoriedade. É, literalmente, um desconforto constante. Gera uma sensação primal de desamparo e perigo, pois o que não pode ser previsto, não pode ser prevenido. Esse desamparo gera angustia, medo e uma grande sensação de vazio, que podem ser maiores ou menores, dependendo do histórico de vida e estrutura emocional da pessoa. Isso cria um prato cheio para religiões e crendices no geral. Elas acalmam nosso cérebro, fornecendo padrões e explicações, que, em tese, ditam o melhor comportamento para se preservar.

Vou além: existem estudos que indicam (eu disse “indicam”, ainda não é conclusivo!) que um componente genético teria influência na propensão de uma pessoa a acreditar em religiões e sobrenatural. Claro que outros fatores como o meio ambiente e criação influenciam, mas é bem possível que parte disso seja físico. Essa teoria ganhou até um apelido, olha só que bonitinho: o “Gene de Deus”. Alguns de nós podem ter o cérebro mais viciado em acreditar do que outros, a ponto de ser uma necessidade.

Então, por mais que uns sejamos mais céticos que os outros, lamento informar-lhes: o ser humano não é cético. Todos nós eventualmente reagimos a algo como se fosse verdade, mesmo sem querer racionalmente acreditar. O sentimento oriundo de algo em que racionalmente não acreditamos é inerente ao ser humano, não tem que ser motivo de vergonha ou presunção de fraqueza. É um mecanismo preventivo, Just In Case.

Quem nunca se cagou de medo de apagar as luzes para dormir depois de ver um filme de terror ou presumiu alguma presença paranormal após algum estímulo totalmente explicável como o vento bater uma porta? Quem nunca passou correndo e se cagando depois de apagar a luz em um corredor da sua casa, mesmo sem acreditar racionalmente em paranormalidade? É seu cérebro fazendo o que ele acha ser melhor para você. E deve dar certo, afinal, chegamos onde chegamos. Por isso muita gente que já rompeu com religião faz tempo guarda um medinho secreto do inferno dentro de si, um temor de “e se for verdade mesmo?”. É um mecanismo cerebral que não se desmonta com racionalidade.

E, quanto mais na merda estamos, mais o cérebro aguça esse lado, para tentar nos preservar, nos salvar do perigo, nos ajudar a sobreviver. Quanto mais fodida a pessoa está, mais vulnerável fica, pois o cérebro entende que ela está em uma situação de risco e precisa sobreviver. Então, em momento de sofrimento (por exemplo, após a perda de um ente querido) ou em momentos de medo (depois de um grande atentado como o de 11 de setembro), pessoas ficam mais místicas. O cérebro acha que assim a pessoa estará mais preparada para sobreviver. O Just In Case fica ainda mais necessário, pois o cérebro entende que é o Case.

O fator social também influencia: quanto maior o desamparo (e, consequentemente, o risco que a pessoa corre), mais o cérebro fica ávido por padrões para tentar preservar a pessoa. Isso explica o motivo pelo qual em países com população totalmente desamparada, maltratada e exposta à violência há uma grande propensão a crenças místicas e religiosas. No Brasil, por exemplo, quase 90% da população tem uma religião ou alguma crença mística. Além disso também são mais propensos a acreditar em charlatanismos como astrologia e homeopatia, graças a uma junção disso com algo chamado Efeito Forer. Em contrapartida, em países que amparam sua população, o índice de religiosidade cai, países como Japão, Suécia, Holanda, Reino Unido, Alemanha.

Nosso cérebro está constantemente tentando antever o futuro para salvar nossa vida. Just In Case. Assim, qualquer coisa que supostamente anteveja seu futuro tente a ser muito bem aceita pelo seu cérebro, que baixa a guarda no questionamento e no desconfiômetro. Ainda mais se você estiver em situação de perigo ou estresse. Nessa, videntes e similares faturam aos montes em cima de um mecanismo evolutivo pouco compreendido. O ser humano tem essa mania boba de confiar cegamente no que sente. Não pode, às vezes o cérebro nos prega peças. Preencher lacunas do desconhecido com alguma explicação da sua cabeça gera conforto, pois compreender tudo nos dá a falsa sensação de que temos mais controle da situação, mas também pode ser muito limitante. Repare: quanto mais certezas uma pessoa precisa, mais despreparada ela é.

Por isso, é importante que você saiba que nosso cérebro gosta de acreditar e nos dá pistas falsas sobre a veracidade e sobre padrões. Vivenciar um sentimento não quer dizer que aquilo seja de fato verdade. O grande cagaço que você sente eventualmente quando apaga a luz é real, mesmo que os motivos não sejam. Então, é importante ter a consciência de que não é por você estar sentindo que aquilo é real e embasado. Não tem nada a ver com o racional.

Mas, ao mesmo tempo, também é importante que você não passe a vida lutando contra seu cérebro, tentando ser o racionalzão, pois isso também é nocivo. Pessoas que não se permitem respeitar os sentimentos “enviados” pelo cérebro tendem ao extremo oposto, duvidando de tudo, até mesmo daquilo que deveriam ter certeza. Além disso, quanto mais você briga com seu cérebro, mais força ele faz para te dar o recado. Isso pode virar um cabo de guerra realmente cansativo, um desperdício da sua energia.

Como tudo nessa vida, o segredo está no equilíbrio. Permita-se receber o recado do seu cérebro, vivenciar o medo ou o que quer que ele esteja te dizendo, e depois analisar racionalmente. Não decida com base no impulso mas também não o desacredite por completo, por algum motivo ele está ali. Esse é o cérebro que você tem, faça as pazes com ele, entenda como funciona e extraia o melhor que ele pode te dar. E pare de ser um pau no cu apontando contradições, é perfeitamente normal e explicável não acreditar que algo exista e, ainda assim, eventualmente ter medo daquilo. Todo mundo sente isso, inclusive você. Não é demérito, é mecanismo evolutivo.

Para dizer que é pouco democrático ficar dando nomes em inglês, para perguntar se achar o tempo todo que seu namorado está te traindo é Efeito Just In Case ou ainda para contar medos idiotas que você já sentiu por causa do Efeito Just In Case: deixe seu comentário.

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Comments (27)

  • “…Você pode não acreditar em fantasmas, espíritos, ETs ou qualquer outra entidade paranormal…Mas, certeza absoluta de que não existem, ninguém tem. Tudo indica que não, mas ainda não foi provado.”

    Ora, se não existe, não preciso provar. Não existe e ponto.

    • Não temos certeza de que não existem, ninguém visitou todo o espaço para saber se tem ou não mais alguém. Como ainda não comprovamos a existência, trabalhamos com a premissa de que não existe, mas ela pode deixar de ser verdadeira a qualquer momento.

  • Verdade, eu só tenho medo de demõnios de noite e depois de filme de terror, mas ET existe sim! Lá no sítio do meu avô costuma aparecer umas luzes sinistras no céu de madrugada.

    • Luzes não necessariamente são ETs. Cuidado para não arrumar explicação para o desconhecido apenas por não conseguir lidar com o desconhecido.

  • Interessante isso. Adoro viajar, mas é só eu me programar, ou ver meu marido ou família se preparando pra uma viagem, que começo a pensar em acidente e morte. Fico tentando me lembrar dos sonhos pra ver se tive alguma premonição, fico tensa, ansiosa, enquanto eu ou os meus não chegam no destino não consigo me acalmar.
    Uma vez perdi um grande amigo num acidente, e na época tive um pressentimento muito ruim. Tanto que estava na casa do meu tio no interior e adiei meu retorno. Não me lembro se foi a partir daí que comecei com isso.

    • Nosso cérebro, coitado, trabalha dia e noite exaustivamente tentando antever problemas. É um puta desafio saber até onde ouvi-lo e até onde ignorá-lo, se erramos a mão depois ainda nos sentimos culpados pelo evento mesmo sem ter culpa alguma.

  • Tenho toda uma lidinha dos meus medos. Sou uma CAGONA.

    Para dormir preciso pegar no sono assistindo TV, YouTube qualquer coisa. Quando apago tudo depois de um tempo, preciso de pequenas luzinhas acesas, como leds. Quando fico no breu, acordo e perco sono totalmente (por medo de espíritos)

    Quando ando na rua evito andar em locais descobertos (se possível), porque tenho um medo ABSURDO de alguma coisa cair de alguma janela e me esmagar.

    Para atravessar a rua olho até pro lado que é contramão, porque tenho pavor de ser atropelada. Evito andar em calçadas estreitas demais, principalmente se estiver de salto, pq acho que vou cair na rua e ser atropelada.

    Não vou nem entrar em assuntos de altura e chão de vidro. Que para mim é.uma máquina assassina disfarçada.

    E o fmoso preconceito: quando vejo a km de distância um sujeito MALACO eu me enfio em qualquer buraco perto para poder fugir. Já nem acho preconceito pq realmente já me safei de assaltos assim.

    Medo de cair no box: só entro no banho de chinelo e com tapete antiderrapante. Quando não tem o tapete fico estática no lugat tomando banho.

    É uma lista interminável :(

  • Lembro-me da primeira vez em que fui abrir uma conta no banco, para meu primeiro emprego. O filho da puta que me atendeu disse que eu teria que adquirir um daqueles títulos de capitalização para abrir a conta. Imediatamente a minha intuição começou a esmurrar a minha cabeça, me dizendo que aquilo “não tinha nada a ver”, que “não fazia sentido”, que “tinha coisa errada”. Mas eu, com toda a minha inocência, com toda a minha ignorância, acreditei no desgraçado e ignorei a minha intuição, me convencendo de que aquilo deveria ser paranóia minha.
    E aí. Sou burro ou não sou?
    Mas enfim, como você bem colocou no texto, nós temos que saber lidar com essas sensações e não apenas descartá-las como um “medo bobo”.
    Fica aí a lição!!!

    • Não descartar nem ser dominados por elas. Ao entender o mecanismo que as regem fica mais fácil encontrar um equilíbrio.

  • Sempre evito ficar em sacadas de apartamentos ou na beirada de outros lugares mais altos, pois sempre tive uma vontade inexplicável de pular quanto estou nesses locais. Uma vez, passei uma festa inteira em uma cobertura situada no 26° andar ridiculamente sentada no chão, bem no meio, para não ter que chegar perto dos cantos em que não havia muros, somente vidros…

    Pensei que fosse suicida, até que almas penadas estivessem por trás dessa sensação, mas a ciência tem explicação e até um nome para isso: fenômeno dos lugares altos.

    Segundo essa hipótese, o cérebro por um momento fica confuso diante do choque de forças entre a reação primitiva de preservação que nos joga para trás e a parte do cérebro, o córtex pré-frontal (que trata da memória de longo prazo e da memória operacional), que interpreta ter algo nos empurrando para frente, o que nos faria ter a sensação de ter algo que nos impelisse a pular…O que me trouxe um certo alívio, pois, paradoxalmente, jamais tive medo de olhar para baixo quando minha saúde ainda permitia fazer escaladas, ao passo que a vontade de pular ocorria quando me encontrava estática em qualquer local alto ou exposto à altura (como elevadores panorâmicos)…

    Mas, ainda assim, mesmo tendo consciência de que é seja apenas uma peça que o cérebro nos prega, jamais conseguirei superar esse “medo de altura” e fico muito mal se for obrigada a passar muito tempo tendo que lidar com a altura…

    • Já tinha escutado falar disso, mas com o nome de “atração pelo abismo”, é um bug cerebral mesmo, que não tem nada a ver com falta de vontade de viver.

    • Esse texto dá Sally é muito bom! Tenho medo de algumas coisas, mesmo sem acreditar nelas, como monstros e espíritos. E um enorme constrangimento por isso.
      E o comentário da Suellen, que incrível! Não sabia dessa explicação científica. Quando estou em lugares altos imediatamente me imagino me jogando, mesmo não sendo suicida, e em seguida me dá um medo enorme de cair. Evito lugares altos sem proteção.

      • Não tem que sentir vergonha de ter medo do que não acredita, é só um mecanismo cerebral, acontece com todo mundo!

  • Tenho uma calca que usei tres vezes e em todas elas cai e me machuquei toda. Nem preciso dizer que atribui a essa peca de roupa uma carga negativa e nao uso mais. (desculpa pela falta de acento, mas meu teclado esta com problemas)

    • A menos que ela fique arrastando no chão e por isso você tenha pisado nela e caído, é bem provável que seja o Efeito Just In Case.

      Quando eu passo mal depois de comer alguma coisa, seja culpa ou não da coisa (pode ser algo nada a ver, como uma cólica renal) eu fico com nojinho daquilo e não como mais. São todas tentativas desesperadas do nosso cérebro de nos preservar.

      • Nao! A calca eh justa e fica bem acima do sapato, mas todas as vezes alguma coisa ruim aconteceu, seja um tombo que me arrebentou toda no chao ou uma enxaqueca terrivel.
        Eu tenho esse sentimento em relacao a comida exatamente pela enxaqueca, alguns alimentos me fazem passar mal e, mesmo que numa refeicao eu nao saiba exatamente o que provocou isso, eu evito todo aquele grupo de alimentos so pelo medo.

      • Isso de não comer mais aconteceu com o meu pai há alguns anos depois de experimentar os “pasteizinhos de Belém” do Habib’s. Ele passou mal no dia seguinte e agora não pode nem com o cheiro. Aliás, ter um doce português servido por uma rede de fast-food de comida pretensamente árabe é dose…

    • Igual minha história com um certo perfume. No dia que eu ganhei ele já aconteceu algo ruim e continuou até o vidro acabar. De vez em quando compro me achando forte e recomeça toda a maré de azar, absolutamente tudo dá errado! Será que a aromaterapia dele faz mal pra minha mente e por isso eu causo azar sem saber?

      • É mais provável que seu cérebro reforce cada experiência negativa quando você está usando o tal perfume e por isso elas fiquem bem marcadas na sua lembrança.

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