YouTube Pornô?

O YouTube é um dos maiores sites do mundo, e concentra uma quantidade incrível de vídeos. Mas há limites do que pode por lá, principalmente conteúdos pornográficos. Sally e Somir discutem se isso realmente faz diferença. Os impopulares expõem suas opiniões sem censura.

Tema de hoje: o YouTube deveria liberar pornografia?

SOMIR

Sim. Mas antes de argumentar, vamos estabelecer algumas bases: a pornografia de internet não é o gigante que convencionou-se pensar nas últimas duas décadas. Se eram os sites com os maiores tráfegos da rede há uns 15 anos atrás, a realidade já mudou totalmente. Hoje são as redes sociais que concentram o movimento da internet. A “fase de ouro” da pornografia já veio e já acabou.

Não que não seja um conteúdo que ocupa uma grande parte dos bits e bytes trocados pela grande rede a cada segundo, mas principalmente nós que vimos o começo da internet ainda estamos sugestionados pelo sensacionalismo de uma mídia notando que pornografia gerava muito interesse. Oras, isso desde sempre. O que mudou foi o acesso facilitado. Estúdios e talentos da área conseguiram fazer muito dinheiro no mundo todo, mas hoje em dia mudou a escala do lucro no mercado. Muito cuidado com a ideia de que a única coisa que nos separa de um apocalipse pornô é a censura que plataformas de distribuição de conteúdo fazem atualmente. Não dá mais tanto dinheiro como outrora, e todos estão rebolando (nem tão metaforicamente) para se manterem viáveis no mercado.

Existem vários motivos para isso, e um deles é justamente o excesso. Quando houve a corrida do ouro pornô no final do século passado até mais ou menos o final da década passada, a internet foi sim entulhada com conteúdo quase que interminável na área. E o material mais genérico e acessível possível, afinal, dava dinheiro. Oferta e demanda. Pornografia teve uma oferta tão insana que perdeu quase todo o valor. Quando eu entrei na internet pela primeira vez, era uma ginástica computacional achar uma mulher com os peitos de fora, que fosse. Tudo muito bagunçado, tudo muito perdido por aí. Nessa época, quem quisesse muito acesso ao material estava melhor pagando por ele mesmo. O modelo de mensalidade e de pagamento por acesso estava no seu auge.

Mas a internet ficou mais organizada, as coisas mais fáceis de achar e tudo isso com um estoque inesgotável de conteúdo pornográfico produzido enquanto o modelo de assinatura era viável. Quando os clones pornôs do Youtube tomaram de assalto o mercado, roubando material das produtoras e entregando de graça para quaquer um, o mercado pornô entrou em colapso. É que é algo tão marginalizado que provavelmente ninguém resolveu fazer matérias sobre isso. Mas houve um extinção em massa de produtores. Os que sobreviveram reduziram sua escala ou começaram a focar cada vez mais em nichos. Você ainda acha que a internet está abarrotada de pornografia infinita sendo produzida porque ainda não acabou o estoque dos tempos áureos.

Depois dessa aula de história sobre pornografia virtual, defendo meu ponto: o ideal é o Youtube soltar as amarras desse tipo de conteúdo de uma vez por todas e dar o golpe de misericórdia na maioria das produtoras. Porque o resultado do colapso do mercado foi o aumento exponencial da exploração de atores e atrizes (principalmente atrizes) dentro de um modelo ultrapassado. Complicado cobrar para mostrar suas partes pudentas se tem gente fazendo isso de graça em qualquer rede social.

O mundo não vai abrir mão do seu vício nesse tipo de material. Pornografia é cada vez mais perigosa para a sociedade moderna, pela falta de controle que muita gente tem no seu consumo. Anda destruindo relações e alienando pessoas com frequência cada vez maior. E enquanto pornografia for mantida falsamente às margens da sociedade, ninguém vai realmente botar o dedo nessa ferida. O modelo atual de manter o material isolado do fluxo comum do cidadão na internet é um convite ao consumo compulsivo por culpa e vergonha, o que por sua vez mexe com os desejos de conteúdo das pessoas e incentiva a indústria, agora desesperada, a pegar cada vez mais pesado e explorar cada vez mais as pessoas que trabalham nisso.

Sem contar que o Youtube, com seu modelo de incentivar produtores de conteúdo, poderia criar várias estrelas e astros da área que não precisariam se prostituir mais do que o aceitável para se manterem viáveis economicamente. Seria mais ou menos como aconteceu na indústria fonográfica: mais independentes fazendo o que gostam. Em qualquer documentário sobre o mundo pornô vemos que na média quem trabalha na frente das câmeras paga um preço alto e acaba muito explorado. O pornô “autoral” para públicos menores e mais de nicho é a tendência do mercado, e ao invés de deixar produtoras inescrupulosas continuarem seu modelo com outra roupagem, liberar no Youtube aumentaria muito a chance de quem quer viver disso poder fazer por conta própria e definir seus limites.

E quem está preocupado com menores vendo esse conteúdo, saiba que eles já estão vendo. O Youtube tendo esse material não tornaria mais fácil do que já é, talvez só economizaria um clique entre o vídeo do vlogger favorito e um vídeo de baixaria explícita. Censura etária não existe na internet, não conseguiram nenhum modelo funcional até agora. E, mesma coisa que eu sempre digo com aborto, por exemplo: não é só porque é permitido que fica obrigatório. Ninguém precisa ver pornografia no Youtube. Coisa mais simples manter o filtro etário que JÁ existe por lá.

Acredito que esse movimento tiraria o pornô dessa falsa margem da sociedade e o colocaria numa posição onde poderia ser analisado e cobrado. Não só o elefante na sala que as pessoas estão ficando cada vez mais viciadas em pornografia, mas também a verdade inconveniente dos abusos e da exploração galopante no setor. Não dá pra lidar com problemas sem jogar alguma luz em cima deles.

Já está lá mesmo, bota num servidor melhor e ajuda quem quer se expor a fazer isso sem pagar um preço tão escroto… e deixa o moralismo fora disso. Não é mudar nada na nossa sociedade, é só deixar mais honesto.

Para dizer que eu não preciso estragar o seu Youtube por ser punheteiro, para dizer que detesta como meus argumentos fazem sentido, ou mesmo para dizer que o assunto te deixa travado: somir@desfavor.com

SALLY

O YouTube deve liberar pornografia?

Não. Não é essa a proposta do YouTube e acho bom que não seja, pois mantém um certo nível. Quem vai postar vídeo lá sabe que tem uma trava mínima a seguir e se vê obrigado a produzir conteúdo respeitando essa trava mínima, o que, a meu ver, eleva um pouco o nível dos vídeos, ao menos dos nacionais, que provavelmente se tornariam um completo desastre e baixaria se ficassem ao critério dessa gente bronzeada mostrando seu valor. Brasileiro, em sua maioria, quando quer mostrar valor mostra o cu.

Para que alguém coloque vídeos seus no YouTube, no mínimo, a pessoa tem um prazer em se expor, em aparecer, em algum grau de fama. Sabemos que pessoas em busca de fama ou visibilidade não costumam ter bom senso nem bom gosto neste país tropical. Via de regra, a pessoa faz o que for preciso para ficar famosa, vide todas as atrocidades cometidas por subcelebridades. Então, imaginem o conteúdo que passará a ser produzido de forma majoritária se campeão de cliques for pornografia.

Sabemos também que pornografia rende bem, sobretudo em uma época de homens cuzões, disfuncionais e infantilizados, que fazem da pornografia seu porto seguro para não ter que lidar com a taquicardia que é chegar perto de uma mulher. Logo, haverá muito público e muita demanda por pornografia, aumentando um ciclo vicioso que já está bem ruim. Infelizmente é a demanda do público que dita o conteúdo, logo, uma tsunami de pornografia do mais baixo nível vai invadir o YouTube, matando boa parte do conteúdo que existe hoje. A demanda por pornô seria tão grande que muita gente abandonaria outro tipo de produção (que não daria audiência) ou então cairia para esse lado.

Não é moralismo. Existem locais específicos para pornografia, como o RedTube. Assim como eu não acho que filmes dublados deveriam invadir a TV a Cabo, pois baixa o nível e já existe um meio exclusivo para eles (a TV aberta) eu penso que a pornografia canibalizaria todo o conteúdo a seu redor. Porra, um local para produção de conteúdo sem pornografia foi muito bem sucedido, por qual motivo vamos querer sujar o que nasceu limpo? Mesmo que tenha muito conteúdo ruim (e como tem), existe um conteúdo bom que fatalmente vai ser ofuscado pela baixaria que vai se instaurar.

E quando falo em pornografia, meus amigos, quero me certificar de que vocês entendem o que estou falando. Será que estamos todos na mesma página? Não digo aquele pornô papai e mamãe, e sim um pornô que atenda ao anseio dos brasileiros. Vocês tem ideia do que isso implica? A maioria provavelmente não tem. Infelizmente eu sou pós-graduada nisso após anos analisando as buscas do Ei Você, onde metade do conteúdo é pornográfico. Não seriam coisas bonitas de se ver. Eu nunca escolho essas frases para ilustrar minha coluna Ei Você, pois acho que geram mal estar em vez de provocar risadas, mas hoje eu quero compartilhas algumas das buscas mais recorrentes, para vocês terem uma ideia do que povoaria o Youtube.

Disparado os campeões de buscas são cenas de estupro e sexo com animais. Estupros com espancamento, estupros que terminam em morte, mas acima de tudo sexo não consensual com menores de idade, muitas vezes com crianças. Sexo com animais que também terminam com a pessoa matando o bicho (geralmente procuram por cães e gatos) são comuns. Depois tem pedidos de cenas de abuso sexual doméstico, tipo padrasto estuprando menina de nove anos, cenas de abuso sexual com bebês, cenas de abusos enquanto as crianças estão dormindo em suas camas. Brasileiro tem uma coisa com incesto que eu nunca vou entender.

Travestis também são hits, mas, é claro, com uma bela pitada de raiva e falta de respeito: espancamento de travesti seguido de sexo, um grupo de homens fazendo sexo com uma travesti contra sua vontade, coisas do tipo. Quase todos os pedidos envolvem crianças, incesto, animais ou travestis, com alguma pitada de violência. Essa é a audiência que o brasileiro dá quando acha que ninguém está vendo o que está pesquisando. Tem certeza que você quer que isso vá para o YouTube?

Duas coisas me surpreendem: 1) Por qual motivo essas pessoas acabaram sendo direcionadas para o Desfavor pelo Google e 2) Como preferências tão socialmente reprováveis são tão recorrentes. A coluna Ei Você é um estudo antropológico sobre o brasileiro, e que me faz ter cada vez mais ressalvas com ele. Não sejam inocentes, a pessoa que pede pornografia no YouTube não está almejando ver uma loira de peitos grandes gemendo artificialmente. A probabilidade indica que ela queira ver um padrasto abusando de uma menina menor de idade, um animal sofrendo violência sexual ou uma cena violenta de estupro. Esse é o raio-x de um povo brutalizado. O que o brasileiro consome em termos de pornografia é uma grande letra de funk. Você não é o brasileiro médio, não pense que suas preferências são as preferências nacionais.

Eu quero que essas pessoas tenham voz? Que tenham representatividade em um site de compartilhamento de vídeos? Não, eu não quero. Eu quero que fiquem bem longe de mim e dos locais que eu frequento, de preferência afundados nesses sites pornôs deprimentes de punheteiro fracassado com mulher ou na Deep Web. Isso mesmo, não quero essas pessoas perto de mim. Não quero correr o risco de dialogar com elas. Não quero que o gosto deles, que eu considero doentio, dite as regras para produção de conteúdo no YouTube.

Não se engane, não tem esse papo de “tem espaço para todos”. Clique é dinheiro, quem consegue muitos cliques consegue muito dinheiro. Se algo começa a render muitos cliques, a tendência é que todos caiam para esse lado. Será que se houvesse ampla pornografia disponível as pessoas produziriam ou assistiriam outros conteúdos bacanas que hoje assistem? Provavelmente não. O mau uso da internet é notório no Brasil. Essa vibe Nelson Rodrigues, essa pegada baixaria violenta, criminosa ou incestuosa domina a fantasia sexual do brasileiro. Se querem se portar como animais e se divertir vendo uma criança ser abusada pelo padrasto, bem, que fiquem na sombra, em sites específicos para isso, sem contaminar o conteúdo de grandes sites.

Já repararam que na cabeça do Somir tudo sempre vai dar certo? Sempre tem um plano, um pensamento positivo irreal, um achismo só seu que não reflete a realidade? Somir faz uma gincana mental para adequar seus desejos e achismos a uma argumentação supostamente racional que prove sua afirmativa como verdadeira. Não entendo se vocês engolem por medo de serem chamados de burros ou por ser mais legal acreditar em coisas fantasiosamente boas. Chega, né minha gente? Chega de vocês engolirem achismo só por ver a pessoa afirmando com convicção. 2017 é o ano da virada, é o ano em que vocês vão superar esse ranço, tenho fé. Em 2017 quero ver vocês com culhões e raciocínio para questionar as certezas fantasiosas do Somir. Resolução de ano novo, vamos lá!

Basicamente o que se está perguntando não é sobre liberdade de expressão. Não quero censurar essas pessoas (vontade não me falta, mas vai contra meus princípios), elas podem se expressar em locais onde não sejam formadoras de opinião que me imponham conteúdo. O que se está perguntando é se você quer trazer essas pessoas para seu convívio, para grandes sites, os lugares onde frequenta. Você quer? Eu não quero.

Para pedir um Ei Voce Proibidão, só para ter ideia da baixaria que é, para dizer que já tem merda suficiente no YouTube ou ainda para dizer que todos os Siagos Tomir provam como Somir é ruim em antever consequências: deixe seu comentário

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Comments (22)

  • Já tem merda demais no you tube tem que por limites nessa gente sem noção. No face a vitima do momento é uma gordinha que postou foto pelada e um monte de adolescente zoaram a criatura. Nada de pornô e nudes minha gente. O mundo fica melhor sem essas merdas que não servem pra gozar, no máximo rir.

  • Olha, eu acho que num primeiro momento ia ser uma zona (haha) desgraçada, mas depois o fluxo iria se ajustar e entrar num equilíbrio.

    PORÉM eu também acho que, visto a grande notoriedade do youtube e por ele ser uma empresa “Google produções” ele seria sumariamente bloqueado em quase todo o mundo, começando pela europa, que há muito faz pirraça com o Google, seguido pelo juridicamente moral Brasil. Talvez o Trump não bloqueasse, mas ia levar marretada de tudo quanto é jeito.

    Infinitos SJW falando que isso é imoral, estimula a hiperssexualização da mulher, capitalismo é absurdo, etc…

    Muita dor de cabeça pra pouca bosta, tem o redtube aí (se bem que prefiro o pornhub) e tá tudo bem

    • Vamos pensar na TV aberta. O fluxo se ajustou gerando equilíbrio ou só tem lixo na programação?

      Sério, por favor, me ajudem a ter esse otimismo que vocês tem. De onde vem a ideia de que algo vai se ajustar e melhorar com o tempo? Olhe bem para o país onde você está, onde pessoas procuram por vídeos de padrasto estuprando criança, o que te leva a crer que isso vá melhorar?

      • Ué, mas lixo por lixo o youtube tem aos montes, visto os problemas que youtubers estão enfrentando com vídeos lixo (de aventureiros) com chamadas “atrativas”. E outra, a tv aberta, seja daqui, dos estados unidos, da arábia que seja, nunca foi feita pra ser boa, foi feita pra entreter a massa (e isso ela faz com certa “qualidade”, apesar da tv brasileira ter perdido a mão há algum tempo). E isso vem desde o tempo do rádio, não é coisa normal.

        Agora, uma coisa é certa, se isso fosse liberado, no começo ia dar uma merda tremenda, mas o youtube ainda assim iria continuar com seus recantos de intelectualidade.

  • Desculpa aí, mas achonque o Somir esqueceu por um momento que estávamos falando de brasileiros. Em algum país civilizado talvez não fosse má ideia, mas nesse país aqui, o YouTube levaria poucos dias pra se tornar uma versão tamanho GG de um grupo de putaria de Whatsapp. Não só por existir a rodo sites pornô por aí, tem que lembrar que brasileiro tem um gosto muito questionável pra pornô

    • O Somir nunca na vida foi bom em prever o desdobramento das coisas, vide todas as histórias de Siago Tomir contadas. Ele sempre acha que as coisas descambam para um lado, e na vida real descambam para o outro.

    • Acho que nem em países civilizados funcionaria. O Japão é civilizado, mas os japoneses tem umas taras bizarrísimas (o Somir não escreveu ou ia escrever um texto sobre isso?).

  • Não, o conteúdo no youtube já não anda bem das pernas, agora liberar pornografia seria multiplicar por mil a merda que já tem por lá! Pensa… brasileiro vai pra um programa de televisão que passa na rede aberta e faz sexo!!! Imagina o que eles não fariam pra render um click e ganhar dinheiro com isso! Deixa essa galerinha marota no cantinho dela…bem longe de quem ainda tem sanidade mental que tá bom viu. E tempo, diga-me o porno que assistes que eu te direi quem és…

    • Sim, não duvido nada que mães explorassem sexualmente suas filhas menores de idade para obter visualizações. Tenho muito medo do que essas pessoas ignorantes fariam.

  • Não vai liberar e não teria nem lógica de liberar pornografia. Tem trocentos sites de putaria já. Não chega?

  • Não né! Já tem vários sites específicos pra isso, sério que precisa facilitar ainda mais o acesso? Brasileiro é doente da cabeça, muito medo dos vídeos que seriam postados caso fosse liberado!

    • A forma como brasileiro usa pornografia é doentia. Precisa de cada vez mais estímulos para se excitar até chegar a um ponto em que uma mulher de verdade é pouco, aí broxa. Sabe? Sinceramente? Enfia o dedinho no cu e rasga até a nuca…

  • Não é moralismo. Existem locais específicos para pornografia, como o RedTube.

    Ainda mais que já (há muito tempo que) existe até…um YouPorn.

    Isso mesmo, não quero essas pessoas perto de mim. Não quero correr o risco de dialogar com elas.

    Realmente, ainda mais nesse país “de forçarem (cada vez mais) assuntos, pseudoassuntos e pseudodebates”…e nos vários outros.

    Já repararam que na cabeça do Somir tudo sempre vai dar certo?

    Eu sempre vou lembrar que ele praticamente “defendeu 2016 em relação a 2015” [ e já (também) “fez (no mínimo dois) anti-alarmismos sobre evangélicos” ]…

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