As pedras do meu caminho – Parte 14

CAPÍTULO 26 – TRÊS ANJOS: A POLICIAL, A MESSIÂNICA E A PROSTITUTA

Neste capítulo a gente faz uma pausa para respiro, já que os últimos (e os próximos) são um pancadão de emoções. Nele vemos o relato de três mulheres que foram muito importantes para a vida do Pilha.

A primeira foi uma policial chamada Kate Mahoney, nome inspirado no seriado “Dama de Ouro”. Ela conheceu o Pilha dando uma dura em drogados que estavam debaixo de um viaduto e, quando foi revistá-lo, o reconheceu. Era fã dele e do Polegar. Na mesma hora se apiedou da situação dele e o levou para sua casa, onde cuidou dele como um filho. Quem não faria o mesmo? Eu, inclusive, faria além. Até hoje, se eu vejo o Pilha no meio da rua, mesmo saudável, eu saco da bolsa na hora uma silver tape e ele vem comigo para a minha casa, por bem ou por mal! Apesar de todo o carinho e cuidados de Kate, ele acabou voltando para as ruas por opção.

A segunda foi Nara, esposa de um reverendo da Igreja Messiânica. Ela também o levou para sua casa e cuidou dele como um filho. Pilha, igualmente fugiu de lá para voltar para as ruas, mas desta vez eu super entendo. Prefiro mil vezes dormir debaixo de um viaduto do que ouvir pregação religiosa o dia todo no meu ouvido.

A terceira foi Alessandra, uma garota de programa que trabalhava em um puteiro de um amigo do Pilha. Ela se apaixonou por ele, o acolheu em sua casa, cuidava dele. Mas Pilha não correspondia, sumia só a procurava quando estava muito na merda ou muito drogado: “Quando usava muita cocaína e não tinha para onde ir, eu ia para lá”. Amor sincero.

27 – SEPARAÇÃO, PERDA DA CLÍNICA E DEPRESSÃO PROFUNDA

Agora sim um material bacana de se trabalhar. A gente gosta é de fortes emoções, se fosse para pegar leve a gente lia a biografia da Sandy.

Situando vocês no tempo: Pilha tinha acabado de lidar com a morte do seu amigo e funcionário da clínica (ocasião na qual foi preso por porte ilegal de armas depois de esfregar uma arma com numeração raspada na cara de um policial) e logo depois preso por sequestro (após acharem sedativos, instrumentos para imobilização e uma moça berrando e espancando ele).

Após duas prisões caras e midiáticas por crimes graves, Pilhão ficou chocado quando Fabiana decidiu se separar, em um evento que foi classificado como “do nada”. Foi sim, foi bem do nada: você é preso duas vezes seguidas, o Jornal Nacional abre com a frase “Rafael Ilha dá um passeio pelo Código Penal” e assim, DO NADA, em uma prova cabal de falta de comprometimento, sua esposa decide te largar. Tá vendo, Pilha? Tivesse casado comigo eu não tinha te largado, só tinha te dado uma surra corretiva!

Relato dele: “Um dia, quando voltei normalmente para casa depois do trabalho, o porteiro me avisou que, devido a uma ordem judicial, eu estava proibido de entrar no condomínio a partir daquele dia. Dei meia volta, fingi que ia embora, e pulei o portão”. Senhoras e Senhores, isto é Rafael Pilha. Fuck the police! Cagou para a ordem judicial. Pilha quer entrar? Pilha entra! Azar o das pessoas se, do nada, elas surtam e pedem divórcio e proteção judicial. Ninguém manda no Pilha. Regras: não há regras. Achei proativo, achei corajoso, apesar do que invejosos dirão.

O que mais fascina no nosso herói é a capacidade que ele tem de ir além. Você pensa “poxa, que cara ousado, estava judicialmente proibido de entrar no condomínio e foi lá e pulou o muro na cara de pau!”. Mas com o Pilha, meus amores, sempre melhora. Deixo ele mesmo contar: “Não consegui entrar no meu apartamento, a fechadura havia sido trocada. Aí meti o pé na porta para arrombar, mas a Fabiana já havia se mandando com as crianças”.

Vejam como esta mulher é escrota, do nada pede divórcio, do nada sai de casa com as crianças. Tem gente que não sabe dialogar. Pilha lá na maior boa vontade arrombando a porta para bater um papo camarada e a mulher simplesmente foge. Para piorar, DO NADA, Fabiana achou que estes comportamentos todos eram um pouco estranhos e ficou com medo de deixar o Pilha ver seu filho, um golpe que nosso astro do rock não suportou.

A vida do Pilha se deteriorava. Ele entrou em depressão por não conseguir ver o filho e teve que ser internado. Enquanto isso, como bem disse Dona Sylvia à imprensa, a Biscate de 50 da Fabiana fechou as clínicas do Pilha e “vendeu” os pacientes para uma clínica vizinha (ela recebeu uma boa comissão por cada paciente que levou para lá), uma clínica de merda onde se praticavam maus tratos, cujo dono acabou preso por isso.

Só para variar, a internação para tratar a depressão não adiantou nada. Pilha resolveu se dar alta com isso se emburacou de vez. Sem tratamento, ele chegou a um ponto onde não queria ver ninguém, fazer nada, ficava trancado chorando boa parte do seu dia. Daí para pensar em suicídio foi um pulo: “Coloquei um revolver na boca, disposto a acabar com tudo. Quando o pessoal viu, tentou me fazer mudar de ideia (…)”. Pausa para dar um minuto de atenção à palavra “pessoal”. Pilha enfiou uma arma na boca na frente de um “pessoal”. Só isso que eu queria destacar.

Pilha ficou com a arma na boca fazendo birra e, não sei com que dicção, disse que só falaria com um sujeito chamado Pastor Jarbas: “Ele ficou uma hora e meio comigo ao telefone e eu só chorando, sem tirar o revólver da boca”. Deve ter sido um diálogo memorável. O Pastor falou pra caralho e acabou convencendo Pilha a largar a arma quando falou no seu filho. Pensando no filho, Pilha desistiu de se matar e resolveu se tratar. Se internou novamente e decidiu tomar a medicação.

Ainda assim, a Biscate de 50, DO NADA, não queria permitir que ele veja o filho. Nem ela, nem o Judiciário. Pilha foi chorar as pitangas em programa de TV, com direito a mandar recado para o filho e ter crise de choro na frente das câmeras. Sabe, francamente, muito injusto Fabiana dizer que ele estava descontrolado.

A batalha judicial para poder ver o filho estava destruindo o Pilha. Dona Sylvia, mãe presente que é, com o celular sempre ligado, achou que seria uma boa interditar o Pilha judicialmente. Ou seja, se Fabiana alegava que ele não estava bem de cabeça para ver o filho, foi lá Dona Sylvia e providenciou o laudo que ela precisava. Parabéns, Dona Sylvia, arruinando a vida do Pilha mais uma vez!

Ela explica: “Precisei fazer isso para protege-lo do domínio total que a ex-mulher exercia sobre ele. Quando ela o ameaçava com alguma coisa referente ao meu neto, ele fazia tudo que ela queria, tudo! Mas, a partir do momento em que passei a ser curadora do Rafael, ela teve que se entender comigo!”. Deu certo, Dona Sylvia? Ou acabou com o Pilha enfiando um garfo no pescoço dentro do elevador?

No dia em que assinaram o divórcio, Fabiana estabeleceu termos muito restritivos para as visitas do Pilha ao filho. Dona Sylvia não aceitou e entrou com um pedido de guarda da criança. Fabiana e Dona Sylvia, que sempre se detestaram, passaram a se odiar ainda mais e a brigar abertamente em uma guerra onde o Pilha ficava no meio e ainda saía prejudicado. Parabéns para as duas.

Para voltar a ver o filho direito, era preciso que se chegasse a um consenso dos termos da visita. Sylvia queria uma cláusula onde ela pudesse fazer as vezes de pai e ter todos os direitos que o Pilha tinha, segundo ela, para o caso dele ter uma recaída. Fabiana não queria, dizia que o direito era apenas do pai, não dela. Enquanto as duas brigavam, Pilha continuava sem ver o filho como queria, cada vez mais no fundo do poço. Fabiana dizia que se não assinasse o acordo que ela queria, ele nunca mais veria o filho. Ele implorava para Dona Sylvia assinar e ela se recusava, pois os termos não estavam do seu agrado.

A pressão de ambos os lados e a saudade do filho fizeram o Pilha surtar de vez, o que acabou em uma tentativa de suicídio midiática, contada em detalhes em junho. Até lá!

Para dizer que está com uma overdose de Pilha, para dizer que eu deveria repensar esse desejo de casar com ele por causa da sogra que ganharia ou ainda para relembrar que o próprio Pilha disse que tentou se matar por ter parado de tomar os remédios “porque deixavam broxa”: sally@desfavor.com

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Comments (7)

  • Parabéns. Com essa biografia de vida não é qualquer Ze Ruela e buceta face que irá intimidar nosso astro!

    Impopulares participem do programa do Pilha através dp tuiter logo mais a noite.
    Sim, porque não fosse Pilha, o programa seria um fiasco.
    Hoje tem mais desconstrução de falsidade. Pilhao jogará mais merda no ventilador. Irá mostrar quem manda la e nos nossos corações.
    Será que o casal mendigo será eliminado?
    Se for. Conto com vcs para junto comigo enviar email para Record pedindo desclassificação da Lorena e Diego Cristo por falarem o que ia acontecer no programa. Desclassificação para caso haja repescagem.
    Obrigada paz no mundo gente paz
    @powerpilha apoiem essa causa.

  • Antes de apedrejar dona Sylvia (como eu tenho vontade de fazer), vamos lembrar que ela pode ter tido uma criação igualmente ferrada que a transformou neste ser humano maravilhoso.
    Por isso, sugiro à equipe da Sônia Abrão (medo – digitei Sônia e o celular já sugeriu Abrão!) uma espécie de spin-off esmiuçando a vida desta nobre senhora desde seu nascimento.
    Poderia se chamar “As pedras nunca rolam para longe da montanha”.

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