Lacre do Lacre.

Durante muito tempo voltamos nossas críticas para um grupo que apelidamos de “Intocáveis”, minorias que se faziam de vítima se recebiam tratamento igualitário, que clamavam por igualdade mas se ofendiam com ela, buscando, na verdade, privilégios. Tem um texto apenas sobre eles.

Os Intocáveis evoluíram, ficaram mais bélicos, agressivos e destemidos. Normal, uma sociedade politicamente correta ao extremo, sem qualquer bom senso, acaba fomentando que as presas de ontem sejam os predadores de hoje. O sonho de todo oprimido medíocre é e sempre será se tornar opressor. E foi isso que aconteceu.

Muitos dos grupos Intocáveis migraram para esta nova categoria, os Lacradores. O nome vem de uma gíria que eles mesmos usam achando que são descolados: quando alguém diz algo empoderador em rede social, que atende aos anseios daquele grupo, sempre surgem vários membros que ficam dizendo “LACROU! LACROU!”, como uma forma de dizer que a pessoa arrasou, mandou bem, fez bonito.

Ao contrário dos Intocáveis, esta nova geração de Lacradores fazem questão de confronto. Porém, sem qualquer coerência. Gritam que Aécio é cheirador e fazem muitas piadas e trocadilhos com isso, porém, quando Fabio Assunção faz merda cheirado e alguém faz piada, pagam esporro dizendo que é feio rir de dependência química, pois é doença. Quando mandam fezes em uma carta para congressista corrupto, lacraram, é disruptivo, é contestador, mas quando Danilo Gentili esfrega uma notificação sem valor no saco é machismo e estupro remoto. Quando Seu Fulano chega encachaçado em casa e dá uns tabefes na mulher, é macho opressor criminoso que tem que apodrecer na cadeia, mas quando Freixo é acusado de coisa similar, não é bem assim e tem que ver o lado dele.

Enfim, na Lacreland não há coerência, nem bom senso, nem paridade. E nem ao menos se dão ao trabalho de fingir que há. É declarado. Lojas de departamento podem vender camisetas com frases como “I bath in male tears” (eu tomo banho com lágrimas masculinas), que é lacre, é empoderamento feminino. Realiza se uma loja lança a mesma camiseta, mas em versão masculina: “I bath in female tears”. O que aconteceria?

A narrativa do lacre não se sustenta. Não querem igualdade, não querem nem mesmo se vitimizar, agora eles querem é oprimir mesmo. Trump está na presidência graças a eles, como um grito desesperado das pessoas por socorro, por dar poder a quem abertamente combate as Lacrianes: “por favor, mesmo sendo um maluco da porra, nos socorra destas pessoas raivosas”. O rolo compressor do lacre vem para cima de qualquer pessoa que os incomode, ainda que seja uma presunção. Em função de simples características físicas, eles já te privam de direitos, já partem para agredir. Quem aqui não se lembra da história da menina com câncer que foi hostilizada na rua por usar turbante, por ser apropriação cultural?

No começo, as Lacrianes me incomodavam demais. Foi mais de uma década aturando Intocáveis cagando o mundo e principalmente o humor. O humor ficou politicamente correto, chato, infantil. Mas, o mundo muda cada vez mais rápido e esta nova Geração do Lacre não vai sobreviver tanto tempo. A ficha me caiu esta semana, e queria compartilhar com vocês a minha teoria: eles são tão agressivos, intolerantes e pau no cu, que vão se canibalizar entre eles.

Esta semana pude observar em diversas situações um fenômeno que eu apelidei de “O lacre do lacre”. É quando uma Lacriane (homem ou mulher, eu chamo assim) ataca outra Lacriane. Há um lacre dento do mundo do lacre.

Vamos analisar a cena que eu presenciei: uma Lacriane do movimento negro + feminista, atacou outra Lacriane apenas feminista, porém branca, de forma voraz, desqualificando totalmente a moça por sua cor da pele (oprimido/opressor, lembram?) dizendo que era um saco ter que escutar essas “feministas brancas” falando, pois por mais que ela já possa ter sofrido por ser mulher, ela nunca sentiu o verdadeiro sofrimento, que apenas quem é mulher + negra passou.

Como estas pessoas fazem do lacre seu estilo de vida, nenhuma delas sabe argumentar de forma racional, trocar uma ideia, escutar o outro. Não. É sempre uma artilharia voltada para destruir o outro, onde não se escuta, onde não se reflete. A meta é clara: convencer o outro, ou destruí-lo e desqualifica-lo. Então, a Lacriane branca e a Lacriane negra começaram a brigar violentamente. A briga chegou nas vias de fato e elas se agrediram fisicamente. Eu, muito cidadã que sou, pedi para que, por favor, não separem, mas acho que ninguém ia separar mesmo. Pra que? Para ser acusado de racismo? Ou seria de machismo? Periga dizerem que só homens estão socialmente autorizados a brigar. Na real, são tão chatas que todo mundo ali estava querendo que se matem mesmo.

Este UFC Lacre me fez perceber que o complexo de inferioridade, a baixa autoestima e todos aqueles problemas que a gente já sabe que as Lacrianes tem, impede que elas fiquem em paz um minuto. Tem que estar sempre combatendo algo ou alguém, de forma inflamada. São pessoas que não estão preparadas para felicidade. Elas tem que transtornar a própria vida de alguma forma, se metendo sempre em briga e confusão. Assim, a tendência é que cada vez mas, as Lacrianes briguem com as Lacrianes.

Nós, os seres humanos fúteis, brancos, heteros, classe média desprezíveis, estamos quietos faz tempo. Desde o tempo dos Intocáveis, na verdade. Não tem muito como brigar com a gente, pois a gente meio que se acostumou a deixar estas pessoas falando sozinhas. Agora sabemos bem que não adianta nada discutir com quem só quer gritar e oprimir. É perda de tempo e energia. Uns poucos românticos como a gente ou o Danilo Gentili ainda tentam falar o que pensam e foda-se a reação, mas, no geral, as pessoas apenas desprezam em silêncio.

É pressuposto, para que o lacre exista, que ele seja voltado contra alguém. Para que você possa lacrar, você precisa dar uma bela lição de moral em alguém, colocar a pessoa no seu lugar, esculhambar uma conduta, um grupo, criticar algo. Assim como o humor, que as Lacrianes tanto criticam, o lacre tem sempre um destinatário. E, como nós, classe média desprezível, desistimos de bater boca faz tempo, o círculo está se fechando e as Lacrianes estão começando a brigar entre si.

E não vão parar não. São pessoas com uma programação mental de funcionamento voltada para embate, agressividade, julgamento e preconceito. É muito difícil mudar isso, um jeito de funcionar tão reforçado por tanto tempo. As lacrianes vão brigar até se matarem, tal qual Pit Bull de rinha, que não larga o outro cão nem mesmo quando está morto. Alias, seria divertido uma rinha de Lacrianes. Fatalmente vai acontecer quando manifestações, marchas e passeatas se cruzarem. Tomara que filmem.

Vai ser bom, assim as Lacrianes se distraem lacrando umas nas outras e deixam a gente, classe média desprezível que não sabe o que é sofrer, em paz. Façam suas apostas, qual grupo será o vencedor do Lacre Tournament, o Lacre do Lacre? Petachatos? Feminazi? A Brigada Contra o Humor? Os Afrodescendentes?

A derrocada do lacre já está acontecendo, inclusive socialmente. O lacre é falso, é só para inglês ver, é só para ostentar esse status. O lacre não consome o que prega, e, ao não consumir, não vira um grupo que mereça o respeito do mercado. Cada vez menos o mercado endossa o lacre, muito pelo contrário, quem consome é a classe média desprezível, que esta caladinha olhando as Lacrianes fazerem barulho. Essa classe média, com novas necessidades, novos desejos, é um campo até então pouco explorado, pela atenção que o Lacre tomou, pelo estardalhaço que fez. As marcas que estão focando nessa classe média quietinha estão se dando muito bem, mesmo em tempos de crise.

A realidade da vida é dura: se você não é mercado consumidor, bem, você vai perder sua relevância social, pois você não movimenta dinheiro. Quanto mais relevância social perdem, mais precisam gritar e brigar para serem notadas e, neste ponto, só quem tem saco para brigar com as Lacrianes são outras Lacrianes, assim, vão se canibalizar e se matar. E nós, classe média desprezível, que não sabe o que é sofrer, vamos assistir a tudo comendo pipoca com azeite aromatizado com ervas finas.

Claro que o círculo da vida continua, e outro grupo acabará tomando o lugar das Lacrianes, mas, poxa, vai ser bem divertido ver o Império do Lacre cair, né? Observem. Apenas observem. Está começando, muito sutil, muito devagar, mas vai deslanchar. E vocês poderão dizer que acompanharam a derrocada do lacre desde o começo, saboreando cada passo. Não queremos descobrir só depois que aconteceu, né? Queremos aproveitar cada segundo.

Enjoy.

Para compartilhar indícios que o Lacre está decaindo, para dizer que tem medo que venha uma onda hippie em resposta ou ainda para dizer que isso tem que acabar logo antes que gere Bolsonaro Presidente: sally@desfavor.com

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Comments (30)

  • Outra demonstração de lacre do lacre: universidades dos EUA estão abertamente discriminando matrícula de asiáticos pra dar espaço a minorias “de verdade”.
    Os lacradores tem até um termo depreciativo pra asiáticos: minoria-modelo. Isso porque em vez de choramingar, se meter em confusão e cometer crimes, eles estudam, trabalham, cuidam da própria vida, têm foco e dedicação e se tornam bem sucedidos apesar dos preconceitos. Isso é ofensivo pra minorias preguiçosas.
    Enquanto isso quem chilica domina as cadeias americanas.

  • Lembrei ontem que 1) o “movimento do lacre negro” adora dizer que os egípcios eram negros (maravilhosas pirâmides, bela rainha Nefertiti, e quetais); 2) a desculpa para esse lacre todo é o período de escravidão e as consequencias sociais do mesmo (sim, é errado escravizar e tratar mal outro ser humano por causa de cor de pele/etnia/crença/nacionalidade/conta bancária etc); mas 3) os egípcios também não andaram escravizando os povos dominados quando estavam no auge? Especialmente o caso dos hebreus? Cadê a compensação social do movimento negro em relação aos povos que os egípcios escravizaram no passado?

  • É. Subiu pra cabeça. Chegou ao nível da incoerência.

    E esse racismo inverso não é o cúmulo do cúmulo?

    A pessoa é negra de pele branca, defende a causa negra e hostiliza os brancos. Vai entender.

  • Excelente texto.

    Sally, BTW: I bathe in male tears.

    Ops, tinha achado que vc tinha escrevido errado, mas o erro é da própria C&A. Além de feminista lacradora empoderada, é ruim de inglês.

  • Eu acredito piamente que todos têm o direito de ter a opinião que quiserem – por mais imbecil e infundada que seja – mas ainda me deixa profundamente irritada como os movimentos sociais e derivados (os lacradores) e sejamos honestos, a Direita Pai Ausente™, são pessoas que possuem 0 capacidade de autocrítica e nenhuma capacidade para argumentação inteligente, racional. É completamente decepcionante.

  • Essas lacrianes são tão burras e agressivas que tem hora que eu acho que estão fazendo isso de propósito pra atrapalhar a seriedade que os movimentos sociais tiveram um dia. Agora as pessoas tolerantes e sensatas estão putas com as barbaridades das lacrianes, os conservadores estão mais putos ainda e tudo o que era útil e necessário foi pro saco, o importante é disputar pra ver quem sofre mais e tentar fazer o resto do mundo se ver como “lixo opressor”.
    Sally, não sei se você viu uma galerinha feminazi alegando que todo relacionamento hétero é abusivo porque o sexo com homens é um agressor e blá blá blá. Essas mesmas pessoas dizem que a homossexualidade masculina é misógina por excluir as mulheres e que a bissexualidade é fútil, o correto é ser lésbica e não nascer homem. Eu não sei se o pior é ter gente falando isso a sério ou ter tantas pessoas achando bom e aplaudindo.
    Um dia, eu me disse feminista por ser a favor de direitos iguais. Hoje vou me ofender muito se disserem que sou feminista. Virou sinônimo de transformar frustrações e vitimismo em discurso agressivo contra quem é bem resolvido.

    • Paula, eu ouvi esse papo sim, de que todo relacionamento hetero é abusivo. Inclusive chegaram a argumentar que a penetração é, por si só, uma violência contra a mulher. Não tenho nem como começar a argumentar com gente assim…

      • Talvez se possa começar dizendo a essas lacrianes que, se não fosse por essa “violência” cometida um dia pelo pai delas contra suas mães, elas sequer teriam nascido. Afinal, já dizia o velho refrão daquela música brega de duplo sentido: “Se minha mãe não tivesse me tido, eu não estava aqui…”.

    • Pior que esse papo de sexo hétero ser “opressor”: uma das teorias que fundamentam o feminismo radical é que todo sexo hétero é estupro. É MUITO idiota pqp.
      100% a favor das mulheres serem respeitadas e poderem provar seu valor mas isso aí é demência

      • Bacana… Gente que prega o respeito por diferentes opiniões dizendo que todo sexo hetero é estupro. A que ponto chegamos!

  • Bem lembrado dessa questão de que lacrador não movimenta dinheiro.

    A Marvel chegou meio atrasada pra festa mas nos últimos anos, tentou capitalizar em cima do lacre. Além de lançarem um pequeno exército de heróis lacradores (mulheres e representantes de minorias cujas histórias eram principalmente voltadas para mostrar como eles eram especiais por se tornarem heróis numa sociedade que menospreza mulheres e minorias), mas descaracterizaram histórias (os X-Men sempre se lamuriando de como eles eram hostilizados por serem “diferentes”), aposentaram heróis (Tony Stark passando o manto de Homem de Ferro para uma menina negra e pobre, Thor perdendo o direito sobre o Mjollnir e quem o recebe é uma mulher definhando de câncer), e a cereja do bolo, transformaram o Capitão América num nazista em alusão ao Trump.

    Resultado? Vendas despencaram, N séries canceladas e os PRs estão se contorcendo pra explicar da maneira mais didática possível que o público que tanto elogia os novos heróis e novas histórias no Facebook não compra revistas porque não se interessa por elas. E enquanto isso acontece, os leitores tradicionais abandonam as séries.

  • Que suas palavras sejam bentas e que eu assista tudo de camarote, comendo a pipoca aromatizada e tomando uma coca cola (CAPITALISTA) bem geladinha

  • Venho aqui agradecer não apenas por esse texto de que gostei tanto, mas pela existência do Desfavor como um todo. Descobri o blog há pouco tempo e tenho me sentido bastante instigada pelos textos de vocês. Tenho me questionado, pensado bastante… algo fantástico! Recentemente ingressei em uma universidade pública e mais do que nunca tenho encontrado posicionamentos intransigentes, incoerentes e bastante violentos. Em tempos difíceis como esses, o Desfavor é um verdadeiro bálsamo! Obrigada!

  • Não sei o que vai sair disso. Minorias dentro de minorias. Até a narrativa está divergindo entre eles. Agora não tem como negar que a lacração ganhou ares “pop” e que com isso sofra também com a pulverização, discurso binário, etc. E é bem eterno retorno mesmo, vão acabar atrás do próprio rabo.

  • Para o dia internacional da mulher estavam marcadas duas marchas/manifestações feministas em São Paulo, uma na praça da Sé e outra na Paulista. Um dia antes saiu a informação de que um grupo não apoiaria mais o outro porque as organizadoras de ambas marchas haviam brigado.

    Agora até dentro do grupo LGBT o povo tá se atacando. É lésbica acusando gay de misoginia, é trans achando ruim falarem “parada gay”, é gay falando que as lésbicas e trans pegaram carona na luta deles… Enfim, um show de horrores.

    E eu só observo.

  • “[…]a baixa autoestima e todos aqueles problemas que a gente já sabe que as Lacrianes tem, impede que elas fiquem em paz um minuto.”

    A minha conclusão é que, na verdade, o que ofende essas pessoas, o verdadeiro “inimigo” delas, é gente que consegue estar em paz consigo mesmo. Não falo em ser alienado, dá pra ter consciência dos problemas do mundo e conseguir tocar a vida, tentar não levar tudo a sério demais, sabe. Faz bem pra sanidade.

    Como grande parte dos lacradores vem de famílias disfuncionais e/ou foram alvos de humilhação em algum momento da vida, dá bug mental ver gente que nunca sofreu nada disso ou se sofreu, conseguiu superar melhor que eles, sem se apoiar na bolha lacradora. Não produzem e não conquistam nada na vida, tropeçou no asfalto e culpam a entidade Sociedade. Sua única arma é o papel de sofredor, por isso disputam entre si quem é mais oprimido que o outro, em vez de se juntarem pra tentar acabar com qualquer opressão.
    A sororidade acaba quando a fulana é branca, magra e gosta de se arrumar. Soltando um veneno desnecessário aqui, eu acho é que no fundo 99% dessas lacradoras queriam era estar no lugar da fulana.

    Enfim, imaturidade emocional e baixa autoestima disfarçados de “luta”.

    • Concordo muito! Rejeição, Daddy Issues e amor não correspondido pancam a cabeça da pessoa se ela não for muito inteira!

  • Imagino que qualquer pessoa sensata, independente de cor, sexo ou orientação sexual, queira distância dessa vertente rancorosa dos movimentos. Porque é impossível conviver com pessoas que metem o dedo na sua cara e tentam lhe empurrar goela abaixo o que eles querem; sem diálogo; sem tolerância; não se pode fazer uma objeção à causa que defendem que você já é tachado de machista/homofóbico. É o tipo de coisa que gera desunião: um lado é intolerante com o outro, e o outro passa a ser intolerante também porque sabe que não existe tolerância do lado de lá.
    Bom, mas tomara que aconteça isso que você disse que vai acontecer mesmo, que as lacrianes se matem. E tomara que eu, Homem Branco Hétero Capitalista Filho De Uma Puta esteja lá, para filmar esse momento com meu celular!

  • Ahh a histeria coletiva dos tempos modernos, e a anulação do Ego em função de um certo masoquismo… Talvez Marcuse estivesse mesmo certo naquele ensaio do passado sobre a obsolescência da psicanálise.

    Poxa, ok que não dá pra mensurar/medir/julgar a dor do outro, julgar necessariamente o que o outro passou em relação à opressão ou humilhação sofrida, mas fazer disso um motivo de agressão gratuita por aí contra tudo e contra todos? Realmente, tem algo muito errado aí.

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