Lidando com DRs.

Discussões de Relacionamento, popularmente conhecidas como DR, são improdutivas, levam a mágoas e mais problemas. Um casal inteligente esclarece e alinha as coisas antes de chegar ao ponto da discussão. Mas, infelizmente, inteligência emocional não é o forte do brasileiro.

Por isso resolvi reunir minha vasta experiência em relacionamentos com retardados emocionais, aleijados afetivos e descompensados em geral e compartilhar com vocês um pouco do que pude observar. Não é receita de bolo, não é regrinha milagrosa para resolver sua vida, são só alguns achismos meus atraves dos quais pretendo te guiar a uma resiliência necessária para se relacionar com um imbecil emocional (spoiler, quase todos são). Se te servir pegue, se não servir, descarte. E se tiver alguma dica para me dar, por favor, deixe um comentário.

A primeira regra de ouro é que, salvo relações muito especiais, daquelas que acontecem com um em um milhão de pessoas, você deve usar muitos filtros em uma DR. As pessoas estão cada vez mais “sensíveis”, e por sensíveis, eu não quero dizer sensíveis, eu quero dizer adultos com maturidade emocional de uma criança despreparadas para ouvir uma verdade abrupta, uma crítica ou serem contrariadas. Adultos são, em sua maioria, retardados emocionais que implodem diante de conflito e se comportam da maneira mais infantil, ridícula e patética possível. Então, vamos botar na conta da “sensibilidade” para não exasperar ânimos. Use filtros para não magoar pessoas… “sensíveis” (despreparados de merda, fracos e frouxos – eu não me aguento).

Não precisa mentir. Não precisa omitir. É pior do que isso, muito pior, pois mentir e omitir são coisas fáceis. O que você vai ter que fazer dá um trabalho do caralho, que é dourar a pílula, enfeitar o pavão, botar panos quentes. Você vai ter que fazer uma verdadeira gincana gramatical para dizer coisas ruins de forma atenuada, pois as chances de que a pessoa que está na sua frente ser uma debilóide emocional despreparada são enormes, já que é esse o tipo de adulto que povoa o Brasil nos dias de hoje: crianças que fazem sexo e pagam suas contas.

Um recurso ótimo é o plural aliviador. É uma forma de dividir a culpa de algo que é um erro exclusivo do outro, de modo a que, ao apontar, fique suavizado. Talvez você não esteja ligando o nome à pessoa… Sabe quando a enfermeira diz: “Vamos TOMAR uma injeção?”. Pois é, a enfermeira não vai tomar injeção alguma, você, sozinho, somente você, vai tomar a injeção. Entretanto, o plural dá uma aliviada no peso da afirmativa e quando se coloca essa ideia de equipe, de grupo, de união, pode ser que faça nascer algum resquício cooperativo na pessoa demente que está te jogando em uma DR.

A seguir, alguns exemplos de plural aliviador e sua correspondente verdade, que não deve ser dita: 1) Vamos tentar abordar o assunto de outra forma, não estamos nos entendendo (Você não está entendendo, pois é burro, por isso vou ter que explicar ainda mais esmiuçado, haja saco!), 2) Temos que conversar mais, nos conhecer melhor para evitar esse tipo de discussão (Você é um débil mental que não entende os próprios sentimentos e eu não tenho bola de cristal para adivinhar, se nem você se entende, seu retardado, como eu posso entender?); 3) Estávamos nervosos, por isso a conversa não foi produtiva (Você é um chiliquento do caralho que dá ataque de bichisse quando é contrariado e não dá para conversar com tamanha viadagem comendo solta, tenha vergonha e mantenha a compostura).

Compartilhe a culpa, para, quem sabe assim, algo entrar na cabeça do outro. Algo é melhor do que nada. Até hoje quando falo com o Somir abro a conversa com “Como estamos?”, em deboche a esta tática que tanto foi utilizada entre nós. É justo? Não, não é justo dividir uma culpa que não é sua, mas, depois dos 30 começamos a querer ser felizes e não ter razão. Faça o que for preciso para sair de DRs. Não tem nada que deixe pessoas inseguras (spoiler: só pessoas inseguras fazem DR, pessoas seguras e bem resolvidas se conhecem e resolvem a coisa antes de chegar nesse ponto) mais histéricas do que sentirem que tem o dedo apontado contra si.

Pode ser um simples feedback, um comunicado que algo te incomoda. Não, você não tem esse direito. A pessoa insegura vai chilicar. Vai fazer disso, da sua mágoa, algo sobre ela. Pessoas inseguras precisam concordar com você para validar seus sentimentos, não existe respeito sem concordância. Pessoas inseguras discutem para ter razão, para convencer, não para resolver. Quando uma pessoa realmente gosta de você e é inteira, você comunica que X coisa te magoou e ela diz “desculpe, não queria te magoar, o que podemos fazer para que isso não aconteça mais?”. Pessoa insegura: “EU sempre sou o errado, né?”. Por isso, tire forças do interior do seu furico e, seja você “o errado” junto da pessoa na hora do discurso. Calma, tenha fé, um dia uma pessoa bem resolvida cruza sua vida e isso não será mais necessário. Força aí.

Uma outra tática que consiste igualmente em mitigar culpa (pois as pessoas são emocionalmente fracas, cagadas e deficientes para ter a verdade esfregada na cara) é lançar o enfoque para você. Não é o outro que é um arrombado filho da puta sem noção que fez uma bosta infinita, é você que se incomodou com isso. Sim, um saco… mas mais saco ainda é aturar DR. Não é um texto sobre como aprofundar relações, é um texto sobre como fugir a qualquer custo de uma DR.

Seguem alguns exemplos, para fins didáticos: Quando você diz que vai chegar em uma hora e chega muitas horas depois e não avisa EU fico preocupada pois EU fico achando que aconteceu alguma coisa com você (Seu filho duma puta, deixar uma pessoa plantada não se faz com ninguém, nem com entregador de pizza, por uma simples questão de educação, coisa que você não tem, antes você tivesse realmente morrido, meu desgosto seria menor). Ou ainda: Quando você aponta essa arma para a minha cabeça EU me sinto um pouco ameaçada (sei lá, vai que mais alguém aqui se relacionou com miliciano, pode ser útil).

Após anos dando aulas, aprendi uma coisa: gente burra só entende com exemplos, se deixar as coisas no campo da abstração, entendem errado. Entender errado é pior do que não entender, pois a pessoa que não entendeu pergunta e esclarece. Já a pessoa (burra) que entende errado, armazena uma informação incorreta e isso gera novos transtornos no futuro, com direito a ela jurando de pé juntos que você pediu isso a ela. Então, sempre dê exemplos, no plural, mais de um, pois quando a pessoa é burra e está na defensiva, ela fica nervosa, descompensada mentalmente e só entende o que quer. Muitos exemplos. Exemplos exagerados, para destacar seu ponto, exemplos do dia a dia. Exemplos com pornografia, com humor ou com qualquer outro recurso para que fixe na cabeça do animal.

Caso, além de burra, a pessoa seja egoísta, obrigue-a a se colocar no seu lugar, dando exemplos onde você inverte a situação: você fazendo algo correspondente com a pessoa, que seja equivalente ao que ela está fazendo com você. Pois é, por incrível que pareça, as pessoas não exercitam se colocar no lugar dos outros: é EU, é MEU sofrimento, é um egoísmo contumaz. Tive um namorado que saía puxando o cachorro na rua enquanto ele tentava fazer xixi e cocô, até que um dia disse a ele: “Você gostaria de estar cagando e que um gigante te arrastasse?”. Totalmente absurdo e descabido, mas ele nunca mais fez.

Como eu disse, as pessoas são incapazes de se colocar no lugar do outro, você tem que obriga-las, primeiro com palavras, se não adiantar, faça com atos. Não é vingança. É pedagógico. Por isso, se você precisar fazê-lo com atos, seja minucioso, perspicaz e discreto, tipo um serial killer. A pessoa nunca, nunca, nunca, eu disse nunca, pode saber que você fez o ato para lhe dar uma lição. Foi casual. Foi o destino. Se for uma pessoa religiosa, por favor, por uma questão de cidadania, diga para a pessoa “Tá vendo? Foi DEUS”. Você>Deus, mas a pessoa não precisa saber disso. Deus perdoa, você não, mas a pessoa não precisa saber disso.

Não discuta culpa. Foda-se de quem é a culpa, isso não é relevante para colocar fim a uma DR. O relevante é resolver. O foco tem que ser em resolver o problema, o impasse, o desentendimento. É certeza que o outro sempre vai acabar caindo na vala comum da culpa, pois é assim que o brasileróide discute nos dias de hoje, nessa argumentação de ativista político que acabou se tornando um modo de funcionar babaca, bélico e improdutivo. É um exercício de paciência ficar retirando a pessoa da estrada da culpa e colocando na da solução, se prepare. Faça como Dexter, faça parecer acidente.

Brasileróide não quer resolver o problema, ele que provar que não tem culpa e provar que tem razão. Se ofendem! Como ousa você apontar um defeito ou um erro? ABSURDO! #VemPraRua. Mesmo que ele tenha dado dez tapas na cara da mulher, podem ter certeza que o argumento é que aquela mulher fez algo que o tirou do sério. A culpa está sempre no outro. E quando tentam apontar sua parte na história, ele jamais reflete ou assume uma parcela de erro, ele aponta de volta os erros do interlocutor, tal qual um chimpanzé jogando fezes nos visitantes do Zoo. Assim não se resolve nada, muito pelo contrário, vira uma troca de acusações de onde apenas saem mágoas e ressentimento. A questão é: como quebrar algo tão enraizado? Não são um ou dois, é uma esmagadora maioria da população.

A resposta é desagradável. Desarme-se. Caia naquela lenga-lenga lugar comum clichê nojento do cacete de que quando ocorre uma situação assim ambos cometeram erros (mentira, muitas vezes um só erra, por ser um completo retardado emocional que não sabe ter um relacionamento saudável, pois nunca o teve na vida, desde a primeira infância). Assuma sua parte do erro e diga o que você pode e vai fazer para melhorar. Seja criativo, invente algo se não tiver errado, o outro não vai perceber, tamanho o deleite de te vez admitindo um erro – pessoas tem orgasmos quando o erro é dos outros. Depois, convide a pessoa a fazer o mesmo: “E você, qual você acha que foi a sua parte no erro? O que pode fazer para melhorar?”.

Já te adianto que dificilmente as pessoas sabem olhar para dentro, refletir e perceber sua parte no erro. Não se conhecem, não tem ideia de si mesmas, do que as incomoda e dos motivos. Apenas explodem como porquinhos da índia de quermesse quando você os liberta da caixinha e partem para cima, sem nem sequer entender muito bem o que incomodou. Então, dificilmente um filho da puta retardado emocional desses vai saber admitir sua parte no problema quando você lhe passar a palavra, mas, ao menos, este exercício pode fazê-lo pensar nisso nos dias seguintes. Algo vai florescer, né? Com tanto adubo na cabecinha, algo tem que florescer! Se a pessoa falar que não tem parte alguma naquele problema, que a culpa é toda sua, corra para as montanhas, essa pessoa não vale à pena e está fora do alcance da sua mão.

Mais uma dica chata, porém útil: escute mais do que fala. E escutar é um saco, pois as pessoas são prolixas, confusas, não tem poder de síntese, não se entendem e não sabem se expressar. É extremamente desinteressante escutar uma pessoa divagando, se perdendo no que estavam falando, narrando detalhes irrelevantes para a história. É impressionante como partem de premissas erradas, como estupram a lógica chegando a conclusões que em nada se relacionam com a premissa. Chega a ser assustador. Você olha e se pergunta como aquela pessoa não enfia o garfo no olho quando tenta comer.

Eu sofro, EU SOFRO EM CAPS LOCK tendo que ouvir sem interromper, pois meu tempo é muito muito muito precioso. Confesso, de todas as dicas, essa é a que sempre me custou mais seguir. Sinto cólicas cerebrais. Enquanto a pessoa fala eu escuto minha própria voz dizendo “Eu podia estar dormindo, eu podia estar escrevendo um texto, eu podia estar lendo um livro, mas estou aqui ouvindo esse aterro sanitário verbal!”. É duro, é muito duro, mas escutar é preciso. Não vai te acrescentar em nada, pois a pessoa que faz DR é uma pessoa sem clareza mental, sem bom senso e sem racionalidade, mas, ainda assim, aceita este conselho de coração: mesmo sem te acrescentar em nada, em absolutamente nada, tem que deixar a porra da pessoa falar.

Não para compreender a pessoa, pois, como já foi dito, as próprias pessoas não se entendem, pois não fazem autorreflexão, não olham para dentro, não priorizam intelecto e tem a profundidade de uma colher de chá. Então, mesmo que você escute o que a pessoa arrombada à sua frente está falando, não esclarece nada: será um infindável discurso sobre como ela se sente, como ela sofre, como ela, ela, ELA. A solução do problema, não vem. Porém, falar acalma, ser ouvido gera uma sensação de acolhimento, então, você fica lá de palhaço bancando a carência e confusão mental da pessoa.

Se você não escutar a pessoa, ela se emputece mais ainda: você é intolerante, arrogante, escroto (não, na verdade você sabe que aquela pessoa tem o cérebro do tamanho de um caroço de uva e não é capaz de concatenar ideias quando se trata de sentimento). Tem que escutar as divagações egoísticas sem sentido e sem profundidade para a pessoa se cansar e, só assim, com ela cansada, tentar argumentar.

Pessoas se sentem gratas por quem as escuta (ninguém escuta mais ninguém hoje em dia!) e partem para uma conversa com mais boa vontade depois disso. É como dar uma Razz Berry para um Pokemon antes de tentar pegá-lo. Só que essa Razz Berry te mata um pouco por dentro, Gezuiz de sunga, como é sacal ter que ouvir gente que não é objetiva e racional! Se você beber, meu amor, BEBA. Nesta hora, beba. Beba até cair, até voltar de quatro para casa, eu te absolvo. E te invejo um pouco também, já que eu sempre tive que aturar esta caralha de cara limpa.

E, quer saber de uma coisa engraçada? Se você não prestar um pingo de atenção do que a pessoa está falando, apenas olhar para ela e emitir uns feedbacks de vez em quando (Uhum, sei, ahãn, entendi…), serve. As pessoas só querem falar. Se deixar as pessoas falarem, tudo vai ficar bem. Lógico que os feedbacks tem que ser concordando, né? Finja prestar atenção e força na peruca! Muitas vezes eu cantei “American Pie” na minha cabeça enquanto a pessoa falava uma saraivada de bosta. Outras a gente apenas sente uma saudade silenciosa daquele ex que era bem resolvido e não fazia esta merda com você. Uma vez, vejam vocês, eu até cheguei a contar quantas pessoas eu beijei na vida mentalmente, o que foi interessante, fazia tempo que eu queria ter essa estimativa mas, por ser uma coisa inútil, nunca priorizava essa contagem. Busque refúgio dentro da sua mente, no seu happy place, e tolere esse mau momento.

Sim, foda, são horas da sua vida que não voltam mais, porém, recomendo que encare como um “Loading”. Ao deixar a pessoa vomitar esse estrume verbal confuso e sem sentido, essa mágoa de caboclo inseguro, em você, está carregando a versão apta para uma conversa mais racional. Infelizmente nos relacionamentos modernos o parceiro é lixeiro do outro, catalisador de angustias mal resolvidas e válvula de escape, via de regra, temos que fazer esse papel. Achar um relacionamento bem humorado, divertido e descontraído é tão raro quando achar um unicórnio. Mas não desistam, o unicórnio de vocês está lá fora em algum lugar. Enquanto ele não chega, façam cara de paisagem e escutem as divagações confusas do outro.

Agora uma dica difíííícil… Não levante a voz. Pois é, nesta merda de sociedade quem grita é desqualificado e, por motivos que eu desconheço, ganha o status de “perdeu a razão”. Nunca vou entender, gente irritante me faz ter vontade de gritar (talvez assim algo entre no vácuo que existe entre as duas orelhas…) mas não pode. Não pode e ponto. Não é negociável, não é argumentável, não é nem conversável. Se você gritar, você perdeu. Não me entra na cabeça o conceito de que alguém que tenha razão perca a razão. Razão não é virgindade, a gente não perde, a gente tem ou não tem. Elevar o tom de voz não muda o fato originário.

O mesmo vale para meus amados palavrões. Não pode, é “falta de respeito”, apesar de existirem formas muito piores de faltar com o respeito a alguém que são toleradas por não conter palavrão. A sociedade é hipócrita, adaptem-se. Nesse momento, cabe o maravilhoso recurso do Palavrão Mental. A cada imbecilidade nonsense que a pessoa solta, eu vou respondendo mentalmente. Não satisfaz muito, mas é necessário nesse mundo de pessoas frescas que medem respeito pela forma e não pelo conteúdo.

Generalizar também é injustamente vilanizado. Frases como “você sempre” ou “você nunca” não são bem vistas, pois estes mesmos imbecilóides que fazem DR se encarregaram de banaliza-las. Obrigada por mais esta merda! Sabemos que tem gente que “sempre” e tem gente que “nunca”, mas não pode, pois se convencionou dizer que generalizar é ruim. Aliás, não apenas em DRs, mas na vida. Troque o “você sempre” e o “você nunca” pelo asqueroso “EU em sinto que” e leve o foco para você. Chegando em casa, espanque um João Bobo, malhe pesado ou jogue um jogo de videogame bem violento para extravasar, se não você vai ter um AVC. Eu pessoalmente abro o jogo The Sims, faço um Sim com a cara da pessoa e removo a escada da piscina quando ele está do lado de dentro. Não é nada, não é nada, mas são uns segundos de plenitude.

Para finalizar, gostaria de deixar um último ensinamento que aprendi: o segredo para um relacionamento harmonioso é pedir desculpas mesmo quando se tem certeza de que você está certo. Foda-se, pedido de desculpar é aquela carta de saída livre da prisão do Banco Imobiliário. Durante muito tempo eu pensei que se me desculpasse por algo que não concordava, abriria as portas para que a pessoa fizesse as mesmas merda comigo novamente, afinal, eu admitir o erro. Hoje eu sei que DR não é sobre erro ou culpa, pode se desculpar sem medo. Só não faça como eu, que peço desculpas e quando deligo o telefone fico gritando “DESCULPA É O CARALHO QUE EU ESTOU MAIS DO QUE CERTA, FILHO DA PUTAAAAA”, porque às vezes o telefone não é desligado da forma correta em momentos de forte emoção. Já deu merda mais de uma vez.

Depois, quando a poeira abaixar, você retoma o assunto em outro tom, como um pedido, sinalizando para a pessoa o que você não quer mais que ela faça, de forma discreta, sem que ela perceba o que você está fazendo. Com esse tipo de pessoa, gente que faz DR, não dá para conversar de forma aberta, são bélicos, reativos, inseguros. É preciso plantar uma ideia e esperar que ela floresça, assim eles acham que tiveram a ideia sozinhos. Se a pessoa não teve a presença de resolver os problemas antes de virar uma DR, sinal que ela não tem capacidade emocional nem autoconhecimento para um jogo limpo. Plane a ideia discretamente.

Existem pessoas que sabem conversar, e não transformam divergências em DR, e existem pessoas que não sabem conversar, não se conhecem, não conhecem a pessoa que está a seu lado e acabam fazendo de divergências ou de descontentamento um evento, um embate, horas (às vezes dias!) de encheção de saco. Se a pessoa é tão disfuncional emocionalmente (e, a maioria das pessoas é), não será você a consertá-la. Nem tente. Faça o que tem que fazer para tornar sua vida mais fácil, para fugir dessa bosta de situação, como se estivesse lidando com uma deficiência mental alheia, e seja feliz!

Para dizer que com este texto eu ofendo todos meus relacionamentos presentes, passados e futuros (I don’t care), para dizer que quem faz DR é inimputável ou ainda para dizer que está em busca do seu unicórnio: sally@desfavor.com

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Comments (12)

  • Hahahahahahaha! Nada a adicionar! Pra mim as dicas supremas são: pedir desculpas e ouvir (as vezes a DR acaba só da outra pessoa vomitar horas de bla bla bla).

    Mas agradeço imensamente por isso:
    “Eu pessoalmente abro o jogo The Sims, faço um Sim com a cara da pessoa e removo a escada da piscina quando ele está do lado de dentro. Não é nada, não é nada, mas são uns segundos de plenitude.”

    Hahahahahahaha! Como eu NUNCA pensei nisso??? Só mudaria o método da morte, meu preferido sempre foi soltar um fogo de artifício num quarto com carpete e sem porta!

    • Eu fazia um treco mais trabalhoso de construir, mas divertido de ver o resultado: construía um labirinto (ou estrutura parecida, como um ziguezague gigante), e colocava o Sim com uma máquina de café numa ponta, e o banheiro na outra

  • Sou péssima em dr. Tudo que você usou como tradução eu falo. Não tenho a minima paciência pra pisar em ovos numa treta. Depois até me arrependo de umas verdades que jogo na cara e peço desculpas. Obrigada pelo texto, vou aprender a DRzar decentemente.

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