Como se tornar o pior jornalista da Folha.

Não demorou nada para aquele discurso sobre liberdade artística propagado para defender exposições em museu criticadas pelo público conservador ruir. Conforme escrevemos aqui semanas atrás, estas pessoas não queriam liberdade de expressão e sim liberdade para os que pensam como elas se expressarem sem críticas. Esta semana, já mudaram de ideia e estão pensando diferente.

Um rápido resumo do que aconteceu: estreou o filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, baseado em um livro do Danilo Gentili. Como qualquer artista faria, ele deu diversas entrevistas para divulgar o filme. Em uma delas, para o jornal Folha de São Paulo, que sempre o criticou com um viés político, o jornalista Diego Bargas conduziu a entrevista de forma escrota e destrutiva. Beleza, direito dele. O problema é o título que ela recebeu: “Questionado sobre piadas com pedofilia, Danilo preferiu não responder”. Pesou a mão na mentira e deu merda.

Os tempos mudam. Já houve um tempo onde era possível bater assim em alguém e se safar, pois a histeria popular calava a voz de quem tentava se defender. Hoje, felizmente, isso não acontece mais. Danilo só teve um trabalho: postar o vídeo da entrevista, que havia sido filmada abertamente, com a concordância do jornalista Diego Bargas, na principais redes sociais. Pronto. O assunto estava esclarecido. E com este esclarecimento, veio a reação. A diferença básica é que Danilo apenas mostrou um vídeo, filmado com o conhecimento dos envolvidos, ao contrário dos anos de perseguições baixas que sofreu, suportando todo tipo de acusação e agressão, que variaram desde processos falsos até tentativas de agressão física.

O que se vê é uma entrevista feita com a clara intenção de detonar o filme, o Danilo e tudo que os cercam. Até aí, não vejo problema, liberdade de expressão, critique quem você quiser. O problema reside na difamação, quando para acabar com a reputação de alguém você usa do seu poder e atribuí a essa pessoa coisas que ela nunca disse ou fez. Todos temos o sagrado direito de achar tudo uma merda, bater no peito e dizer em voz alta. Não recriminaria alguém que acha uma merda uma coisa que eu gosto. Mas mentir? Bom, aí a coisa começa a ficar reprovável.

Depois de passar mais de uma década na “lista negra” do PT, Danilo já conhece bem o modus operandi destas pessoas. Está mais esperto e aprendeu com os erros, afinal, pessoas inteligentes evoluem. O mesmo não se pode dizer do jornalista, também militante do PT, como fica bem claro em suas redes sociais. Este pobre jornalista achou que ainda detinha algum poder e que poderia bater em quem ele encara como uma ameaça por discordar de sua ideologia.

Jornalismo é uma profissão, que supostamente deveria ser levada a sério. Quando um jornalista pergunta pelo motivo de não ter colocado Alexandre Frota e Rachel Sheherazade no filme, vemos uma pessoa que usa de sua profissão como oportunidade para debochar e desacreditar o trabalho alheio. É bobo, é infantil, mas acima de tudo é burro, pois mostra que é um mau jornalista. Diego Bargas (sim, eu vou escrever o nome dele o máximo de vezes que puder) foi muito burro de não perceber que os tempos mudaram e o linchamento que eles costumavam promover está perdendo força. Parece que máquina de moer reputação está trocando de mãos, e Diego Bargas descobriu isso da pior forma possível.

Diego Bargas, o mesmo que uma semana antes defendia a liberdade artística de uma criança acariciar um homem nu em museu, atacou abertamente Danilo Gentili, tentando intimidá-lo e constrange-lo sobre fazer humor com pedofilia. Não é como se Danilo tivesse pego um caso real e rido da vítima, estamos falando de um filme de ficção, onde o personagem é retratado como vilão, mostrando a todas as crianças que assistirão ao filme que quem faz isso é mau e que se deve manter distância de pessoas assim. Seria como dizer que quando o Papa Léguas joga uma bigorna no Coiote ele estimula violência.

Curiosamente, os mesmos que aplaudem Almodovar em “Fale com ela”, filme onde um enfermeiro faz sexo com uma paciente em coma, portanto, estupro, encobrindo a história com um manto sentimentalóide, tiveram um surto moralista ao ver traços de psicopatia ou pedofilia em um vilão ficcional. Os mesmos que reclamam de censura a qualquer tipo de arte e ao questionamento sobre tal coisa ser ou não ser arte, não demoraram uma semana para se contradizer. Os mesmos que aplaudem Caetano Veloso, que, com 40 anos de idade, fez sexo com Paula Lavigne, com apenas 13, portanto, tecnicamente, estupro. Os mesmos que aplaudem Woody Allen, que teve um caso com a própria fila adotiva na cama em que dormia com a esposa. Não é moralismo ou conservadorismo: é questão de coerência. Quem aplaude tudo isso pode se chocar com o humor (ficcional, diga-se de passagem) do filme?

Felizmente, como já foi dito, os tempos mudaram. Não posso dizer que o PT saiu do poder, pois este termo não seria correto: eles foram escorraçados, saíram humilhados pela porta dos fundos. Seu chefão, aquele que se diz o Homem Mais Honesto do Brasil, que entrega recibo de pagamento datado de 31 de setembro e sua capacha que adorava se dizer Mãe das Olimpíadas, um dos eventos mais corrompidos dos quais já tivemos notícia, estão com seus nomes na lama, sem prestígio e bem próximos da prisão. Parece que o jogo virou, não é mesmo? A tal lista negra não tem mais efeito. Queimar artista em praça pública bradando sobre limites do humor não surte mais efeito. Muito pelo contrário, parece que agora é o lado de lá que está chamuscado e, obviamente, não está gostando de ser vítima do que vinha fazendo na última década.

E foi esta percepção que faltou a Diego Bargas, quem mandou não ler o Desfavor? Nós estamos avisando isso faz tempo. Diego Bargas achou que ele ainda tinha autonomia para fazer este tipo de covardia e calar quem quer que fosse, intimidando, jogando a opinião pública contra. De fato, anos atrás não teria adiantado nada que o Danilo divulgue o vídeo da entrevista, as pessoas sequer veriam, o linchariam sem parar para escutar seu lado. Porém hoje a coisa é diferente: além dos comandantes dessa máquina de moer reputação estarem na lona, as pessoas estão ficando de saco cheio do discurso contraditório dos lacradores.

O que aconteceu? As pessoas viram a entrevista e tiraram suas próprias conclusões. Quais foram as conclusões? Bem, foi a comédia nacional que estreou no menor numero de salas de cinema e também foi a comédia nacional que estreou com maior número de público. O que, em outros tempos, teria sido um linchamento para o Danilo em redes sociais, abandono de patrocinadores e imagem arranhada, acabou sendo uma verdadeira promoção para o filme. Não, Danilo não foi demitido e seu filme não foi boicotado. Todo mundo quer ver, todo mundo que opinar, todo mundo quer entender sobre o que é o assunto do momento. Quando você não sofre de cegueira ideológica, esse tipo peculiar de emburrecimento, é bem óbvio perceber que isso iria acabar acontecendo. Burrinho demais esse Diego Bargas.

Além disso, teve mais um detalhezinho no desdobramento deste caso: Diego Bargas foi demitido. Isso mesmo, DE-MI-TI-DO pela Folha de São Paulo, graças à sua falta de profissionalismo durante a entrevista. Alguns descompensados mentais chegaram a cogita que o Danilo tenha ligado para a Folha e pedido sua cabeça, algo que certamente não aconteceu, uma vez que a Folha nutre o mais sincero ódio por ele, jamais fariam qualquer coisa que ele pedisse, muito pelo contrário, é possível encontrar diversas matérias e colunas marretando o Danilo com força.

Diego Bargas, burro e inocente, foi para aquela entrevista com o aval da Folha, que tem o maior prazer e detonar a reputação de quem compactua com uma ideologia diferente da sua. Só que deu errado e, quando a corda arrebentou, a Folha jogou Diego Bargas aos leões para se salvar. Então, mesmo que você simpatize com a Folha, há de convir que o que fizeram é muito, muito feio. É assim que essa gente opera, descartando seus soldados que não são mais úteis. Já vi o Danilo dar a cara para defender colegas, mesmo indo para a lama junto com eles. Uma pena que não se possa dizer o mesmo da Folha. Que esta seja uma valiosa lição para Diego Bargas: quando você não é mais útil para estas pessoas, é descartado como uma fralda suja, é assim que eles são. Aprenda e escolha melhor como se posiciona daqui para frente.

E que fique de lição para todos os outros que se guiam por esta ética de detonar aqueles com que discordam: o pêndulo virou, esse incentivo ao linchamento, à histeria popular, não funciona mais. Muito pelo contrário, vejam o que aconteceu com o coleguinha: pode se voltar contra vocês. Muito mal acostumados, na hora de bater e linchar sabem e gostam, mas na hora em que apanham, choram e se fazem de vítimas. Vocação para pedra? Lamento, agora vocês são vidraça. Onda reacionária? Onda conservadora? Tempos negros? Não, não, meus queridos, já está acontecendo faz mais de uma década, só que quando vocês eram os carrascos nessa máquina de moer reputação isso não era mal visto.

Em uma postagem vitimizada, Diego Bargas diz que Danilo o esmagou “como uma barata”, “só porque ele pode” e se definiu como um “típico brasileiro pagador de boletos”. Ora, o vídeo deixa bem claro que Diego Bargas faltou com o profissionalismo, foi incorreto mas, acima de tudo, foi amador e burro. Tentou esmagar o Danilo como uma barata, achando que seu tamanho era maior, mas acontece que subestimou a pessoa que estava à sua frente. Não foi vítima de um ataque covarde, foi apenas um idiota que errou o cálculo, que não percebeu que os tempos mudaram. O “pagador de boleto” que adorava detonar, moer reputações, incitar linchamentos online provou de seu próprio remédio.

Reparem que em momento algum estamos incentivando ir até Diego Bargas, xingá-lo, agredi-lo ou sequer hostiliza-lo de alguma forma. Muito pelo contrário, achamos que ele foi inocente acreditando que poderia repetir a mesma velha conduta e ter sucesso, achando que o jornal que o ensinou a agir assim lhe daria suporte e achando que o pessoal do lacre é maioria. Não são. Os tempos mudaram, o jornal está cagando e o lacre é apenas uma minoria barulhenta.

E, para terminar, algo que repetimos desde 2009: falar mal é divulgar. Se o filme já estava indo bem em bilheteria, agora explodiu de vez. Parabéns à Folha e a Diego Bargas que, usando uma tática ultrapassada tentaram detonar mas acabaram promovendo de forma impagável. Não quer entrevistar a gente não, Diego Bargas? Divulga eu!

Para comemorar mais esta tomada de cu do povinho do lacre, para dizer que não ia ver o filme mas agora faz questão de ver ou ainda para dizer que Diego Bargas deveria aproveitar o gancho e escrever um livro chamado Como Se Tornar o Pior Jornalista da Folha: sally@desfavor.com

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Comments (26)

  • O melhor foi o Diego Bargas ter dito que o Danilo divulgou um vídeo com o jornalista sem que ele tivesse dado o consentimento. O tal vídeo é o da entrevista, publicado pelo próprio Bargas.

  • A regra é clara: lacrou, dançou!

    E eu não tenho a menor pena! Foi panfletar ideologia em entrevista e se deu mal! E na boa, quem é que se preocupa com “mensagem” em filme de COMÉDIA? Por isso que falam tão mal do cinema nacional! Tudo pra eles tem que ter uma “crítica social foda”! Acham que filme deve ser uma extensão das novelas da Globo, coisa mais insuportável!

  • Nem tenho opinião formada pelo Danilo Gentili e, sinceramente, não iria ver o filme porque pelo trailer deu a impressão de ser ruim mesmo. Mas, acredito fortemente na liberdade de expressão e foi nessa tecla que bati na outra postagem sobre a exposição com o cara nu.
    A intransigência está indo para os dois lados e nenhum quer ouvir o outro, isso é muito mau, principalmente numa sociedade que se mostra cada vez mais conservadora. Enquanto um esperneia, o lado das minorias quer ir também pelo grito e só perde com isso.
    A gente já sabe que o lado conservador não abre mão para nada e é aí que deveria estar a diferença de quem luta por um mundo menos tochas e mais aceite as diferenças. Se for pelo grito e pela radicalização as pessoas que estavam em cima do muro começam a pegar ranço, mas um ranço tão grande que podem até pender para o lado conservador. Ao invés de agregar estão afastando quem poderia contribuir.

      • Essa coisa do “você tem o direito de ser obrigado a concordar comigo”, alimentada pelos dois lados – sendo que a vida real tem muito mais do que só dois lados – , já deu no saco…

  • Será que se tratou mesmo de um erro de cálculo?
    Fiquei com a sensação de que o jornalista queria os holofotes, fosse na base do “lacre” para a turminha dele, fosse correndo o risco de uma repercussão negativa em cima do seu trabalho.
    E ele foi bem sucedido. Conseguiu ambos. Há meios falando bem e defendendo o trabalho dele (sim, são de gosto duvidoso, tipo Catraca Livre) assim como há aqueles que apontam que ele fez uma entrevista mal conduzida.
    De qualquer forma, alcançou uma fama que provavelmente com o trabalho que vinha fazendo não alcançaria e ele, provavelmente, veja benefícios nisso.

    • Olha, a polêmico deu bons frutos para o Danilo, mas para o jornalista? Sei lá, ele perdeu o emprego e depois foi fazer desabafo magoado em rede social por ter perdido o emprego…

  • Sei quase nada sobre o Danilo, não o acompanho. Porém, fico surpresa com a forma como ele é “pego pra Cristo”: a toda hora ele é criticado. Fico pensando se o que ele faz é tão absurdo para ser tão execrado assim.
    O jornalismo brasileiro é bizarro: preocupa-se mais em moldar as mentes das pessoas e tentar implantar ideologias do que em transmitir informações de forma imparcial.
    Já a lacração desvaloriza o protesto bem fundamentado. As pessoas estão tão cansadas dos discursos vitimistas das minorias que as reclamações genuínas que deveriam ser atendidas são colocadas para escanteio.

    Em tempo: se é comédia, quero ver. Tô precisando rir.

    • Larissa, se ele fosse esse demônio todo não conseguiria manter um programa na TV aberta e ainda ser campeão de audiência em seu horário, muitas vezes batendo todas as outras emissoras, inclusive a Globo, que por quatro décadas teve total hegemonia no formato Talk Show.

      • Ah, sim. Dizem que o Jô Soares ficou bem contrariado quando a Globo mudou seu programa de horário (para começar bem no fim do The Noite) por causa das derrotas no ibope. Depois que ele se revelou um fã da Mandioca ele se queimou ainda mais.

        • Sim, o mesmo Jô Soares que previu o fracasso do Danilo como apresentador, alegando, entre outras coisas, que ele era muito novo, levou um pau na audiência. Com um ego daquele tamanho, deve ter doído bastante.

  • Os donos de jornais, revistas, TV e publicações diversas estão descobrindo da pior maneira possível o que comunicadores como Sílvio Santos ou gente esperta como Roberto Marinho sabe desde muito tempo atrás: ninguém lê, vê ou procura conteúdo para formar suas convicções. Nisso, as pessoas já “nascem feitas”.

    Todo mundo já tem uma opinião formada sobre a maior parte dos assuntos, fundamentada pelo convívio com pais, amigos e a “coletividade” em que vive. Se você, dono da “mídia”, insiste em achar que o povo ao seu redor é que tem que concordar com tudo o que você fala, vai acabar com uma pilha de papel inútil nas mãos e um monte de contas a pagar, perto da merecida falência.

    Quanto ao filme, parece ter potencial para ser o “Curtindo a vida adoidado” brasileiro – mas sem passar na conservadora “Sessão da Tarde”. Dá vontade de ver, só para sentir saudade dos tempos de “Porky´s” e dos “hot dogs” de porta de faculdade – os legítimos, não esses gourmetizados que se vende em “food truck”.

    • O que me fez querer ver foi o número de críticas dizendo ser um filme “vazio” e “sem mensagem”.

      Quais seriam as mensagens de ótimos filmes de humor como “Apertem os cintos o piloto sumiu”? Na boa? Humor é para me fazer rir, me divertir, me distrair. Que exigência pau no cu de mensagem é essa? Chatos pra caralho!

      • hoje em dia eles cobram que todo filme tenha “mensagem” leia-se a mensagem da narrativa deles. o foco deles é destruir, veja que qualquer crítica é sempre negativa, eles nunca recomendam nada, nem mesmo filmes lacradores, pois sempre falta algo.
        povo amargo que não consegue se distrair por um tempo, nunca sorriem, catam pelo em ovo e quer transformar todo mundo em gente amarga e neurótica igual eles. como disse alguém em algum lugar da internet: não vão ficar satisfeitos enquanto não transformarem o mundo numa distopia bizarra com a população separada e segregada em grupos, tipo Divergente.
        por isso que eu nem me importo mais, ignoro. se eu debater ou me irritar estarei fazendo o joguinho deles.

        • Parece que você só é um bom crítico se encontra defeito em tudo, muito lamentável. Um bom crítico é quem consegue informar ao público exatamente o que o filme tem a oferecer (assim cada qual decide se vale ou não a pena ver) e dá sua opinião. Os críticos de hoje apenas demonizam as coisas detonando e criticando não apenas o filme como também quem decide vê-lo e gostar dele. Uma vergonha essa ditadura da agressividade.

      • Vi ontem o filme, e me diverti bastante.
        Quanto a mensagem, entendo que existe ao menos uma e foi bem explícita porque se traduz em uma fala da personagem do Danilo sobre o bullying.
        Engraçado que lembrei do Desfavor nesse momento do filme, porque é algo que se argumenta muito por aqui.
        Mas como é falada uma verdade inconveniente, acho que os críticos em questão fingiram não ver.

  • nem curto o danilo gentili, mas não é essa a questão.
    outro peão da esquerda foi derrubado, porém a caaba ainda está longe de cair. ainda tem muita água pra rolar. esse diego é só mais um coitado manipulado pela narrativa venenosa espalhada por um grupinho de poderosos, entre eles artistas e intelectuais de esquerda que cada vez mais emigram pros EUA com a família (tradicional, vê se algum deles tem filho trans não-binário) são espertos, já estão abandonando o navio e vão assistir esse experimento social lá de longe. lacração é só da porta da mansão blindada pra fora.

    e pra vocês verem como a internet e a vida real se chocam: lacradores parecem muitos nas redes sociais, impulsionam uns aos outros, se agrupam pra gritar e linchar o alvo da semana, mas fora do círculo social só tomam porrada.
    ter 10mil retweets na sua lacração não significa mais nada, floquinhos. cresçam!

    • Nem sei se a motivação deste jornalista foi política, acho que é o modo de funcionar destas pessoas: tentar desqualificar, tentar desmoralizar, fazer ataques pessoais a quem pensa diferente. Podia ter sido qualquer outro que não o Danilo, basta não pertencer a esse grupinho que se acha dono da razão.

      E quando não conseguem detonar a reputação de alguém que apenas pensa diferente, ficam choramingando, dizendo que “tempos negros” (não seria afrodescendentes?) estão chegando, com censura e etc. Como se Lula não expulsasse jornalista do New York Times, não pedisse cabeça de humorista e não tivesse praticado censura em suas mais diversas formas.

      São hipócritas, são covardes: batem e esconde a mão. Se não dá certo, se fazem de vítimas. Pois, adivinha só, agora chegou a vez de apanharem um pouco. Muita arrogância querer detonar na maldade uma pessoa que tem mais de 20 milhões de seguidores em redes sociais, né? A vida ensina.

      • Bom, militantes petistas em posição de formador de opinião (como o Diego Bargas, um representante da Foice de São Paulo) são agraciados pelo partido quando seu trabalho rende frutos… sendo recompensados financeiramente, sendo alojados em um cargo comissionado ou um emprego indicado. Provavelmente a intenção do Bargas era agradar o partido pra conseguir uma recompensa. Como era um militante de longa data, provavelmente vai conseguir um prêmio de consolação. Não duvido que ressuscite como um homúnculo, na posição de colunista do Brasil 24/7 ou Diário do Centro do Mundo.

  • De fato, esse jornalista foi bastante amador na entrevista. Mas não posso acreditar nessa história de “máquina de moer reputações”. Acho que quem está sendo bastante vitimista é o Danilo Gentili. A tal “lista negra do PT” não perdeu o efeito, porque nunca teve efeito. Foi uma lista elaborada pelo vice-presidente do PT de pessoas que eram contra a agenda do partido, o que é verdade. Nunca foi secreta – foi divulgada no site do PT – e não servia para perseguições do governo. Isso foi um exagero, inclusive do próprio Gentili que dizia que o PT estava “pedindo sua cabeça”. Danilo nunca sofreu censura e nem seu filme. As notificações do Senado tiveram tanta importância que o próprio Danilo rasgou as duas e nada aconteceu. Sobre processos, de fato, ele foi processado. Mas processou também, o jornalista Trajano (perdeu) e até mesmo o facebook, pedindo dados de 16 pessoas que o criticaram na rede social (perdeu também). O filme foi autorizado a captar 8 milhões de reais (somando lei do audiovisual, ancine e lei rouanet).
    Na mostra do Santander, o queermuseu, um quadro com uma representação de um homem fazendo sexo com uma cabra foi tachado de apologia à zoofilia. O Roger, que toca no The Noite, publicou no twitter uma imagem da artista com um pênis desenhado e chamando-a de puta. Um ano e meio atrás, para celebrar o dia dos namorados o Danilo posou nu com uma cabra e nada aconteceu. Não teve nenhum escândalo.
    Sim, o pessoal do lacre tem um viés altamente autoritário. Mas não consta que tenha havido pichações às salas de cinema que exibem o filme do Danilo, nem abaixo-assinado com mais de 80 mil assinaturas pedindo o fechamento dos cinemas, nem reclamações contra o uso de dinheiro público, nem Alexandre Frota com megafone na porta do cinema, nem representação ao Ministério Público, nem membros do MBL invadindo a sessão, filmando os espectadores, sem sua autorização, enquanto pergunta “Você gosta de pedofilia?”
    Me parece que há sim uma onda conservadora e que eles são bem piores que a turma do lacre.

    • Danilo perdeu patrocinadores, propostas de trabalho e teve até ameaça de tirar concessão de emissora de TV que o contrate, o que refletiu de diversas formas na sua carreira. Teria muitas histórias dele para contar, que ele mesmo não conta justamente por não gostar de se vitimizar, mas me atenho a uma: Até sua mãe pagou por perseguição política, sendo acusada criminalmente de algo que não fez (que depois se provou falso e também se provou o interesse político da acusação). Você tem ideia do que é perder seu pai e sua irmã em um intervalo de seis meses e ainda tentarem jogar sua mãe na cadeia por interesses políticos? Eu sinceramente acho que o Danilo expõe até pouco as baixarias que fazem com ele.

      Sobre nudez, pedofilia e etc, nossa posição sempre foi a mesma: consome aquela forma de arte quem quer. Ninguém está autorizado a dizer o que é ou o que não é arte, apenas a dar sua opinião.

  • Não só quero como vou ir ver esse filme. Só oa reviews azedos da galerinha do mimimi e da problematização já são um belo atestado que esse filme é muito bom.

    Sally e Somir, já foram assistir o filme? Se sim, o que acharam?

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