Harvey Weinstein

Uma onda de denúncias de assédio hollywoodiano estourou esta semana, boa parte deles acusando Harvey Weinstein, um influente produtor americano, das mais diversas atrocidades: desde grosseria até estupro.

A forma como o caso se desenrolou foi típica: começou com um ou dois comentários tímidos, seguidos de um silêncio, até que a “opinião pública” se posicione e diga ao resto do mundo como o assunto seria encarado. E quando digo “opinião pública”, não me refiro ao povo no geral, e sim a uma pequena elite de influenciadores que define o que é ou o que não é indignável. Ficou estipulado que era hora de linchar Harvey e, a partir desse momento, todo mundo que tinha qualquer ressalva contra ele pegou o microfone e começou o linchamento. A partir desse momento, uma série de desfavores nasceram.

Começa pela cobertura do caso e pelas opiniões jornalísticas. Provavelmente Harvey fez sim muita merda desrespeitosa e merece toda a punição que lhe será aplicada, acredito que isso ninguém discute. Porém, acho lamentável quem faz textos ou declarações para reforçar o quanto ele agiu errado. É bastante óbvio. Esse tipo de texto não acrescenta absolutamente nada ao leitor, é apenas um ato de vaidade de quem o escreve, em busca de aplausos e presunção de ser uma pessoa boa e correta. Perdi automaticamente o respeito por quem se ateve a criticar Harvey Weinstein e ressaltar o quanto é errado tudo que ele fez. Me sinto chamada de débil mental ao ler coisas desse tipo.

Que tal ir além? Complicado, né? Quem vai além se arrisca. Pode ofender, pode se queimar, pode ser mal interpretado ou apenas apanhar por estar destoando do mainstream. Quando se convenciona implicitamente que o certo a fazer é bater no “monstro da vez”, grandes chances de que se você não aderir a essa convenção sofra represálias, inclusive a clássica invertida de ser acusada de estar a favor do monstro. E é aqui que entra a delícia de não ter patrocinador, de não tirar seu sustento do seu blog e de não se importar com o que os outros pensam: a liberdade de ir além.

Sim, Harvey Weinstein foi um escroto, babaca e provavelmente criminoso. Mas será mesmo que ele é responsável, sozinho, por todos esses anos de abuso e escrotidão? Chegamos em um ponto tão histérico, com uma preocupação tão frenética em não culpabilizar as vítimas de abuso, que não é mais permitido que se impute qualquer crítica ou questionamento a respeito de suas condutas. Francamente, como mulher me recuso a tratar mulheres como crianças que, invariavelmente, não sabem/não podem se defender. Ponderar os dois lados não é culpabilizar a vítima, é ter senso crítico, fazer uma análise do caso.

Existe uma diferença enorme entre o que deveria ser e o que é. Em um mundo ideal, uma mulher poderia entrar em um Uber bêbada, com uma saia e uma micro-calcinha à mostra, sem nem conseguir andar e chegar em casa em segurança. Em um mundo ideal, eu deveria poder andar nas ruas do Rio de Janeiro, qualquer rua que eu queira, à noite, usando todas as minhas joias e chegar em casa com elas. No mundo real, eu sei que se sair à noite usando joias, por mais injusto que seja, chegarei em casa sem elas. Qual seria a atitude sensata: não usar joias em becos perigosos à noite ou tentar combater a criminalidade me cobrindo de joias e saindo às ruas de madrugada para “peitar” os malfeitores?

Nesse ponto, é preciso fazer uma escolha: me preservar e sai de casa sem joias ou, se usá-las for indispensável para minha felicidade, não frequentar determinados locais, cidades ou até países. Porém, se eu insisto em usar joias, sou assaltada, me digo traumatizada com o ocorrido e saio novamente usando joias nos mesmos lugares, nos mesmos horários, o que vocês diriam de mim?

Atrizes de peso como Angelina Jolie, Reese Witherspoon,  Gwyneth Paltrow e AshleyJudd fizeram as mais terríveis acusações, que variam desde assédio a estupro. Porém, muito cuidado com as manchetes, o que rende clique neste caso é violência contra a mulher, em uma mensagem nociva e venenosa que pretende fazer acreditar que você e eu temos a mesma vulnerabilidade de Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, afinal, somos todas mulheres, somos todas vítimas em potencial. O caso está sendo tratado como um manual de doutrinação, onde mulher é vítima, homem é agressor e não há como escapar disso. Mais: o caso está sendo tratado com uma dose histérica de exagero.

Um exemplo: abri esta notícia cuja manchete é: “Lena Headey, a Cersei, conta tudo sobre quando Harvey Weinstein tentou estuprá-la”. A Cersei, do seriado Game of Thrones, conta duas experiências ruins que teve com Harvey. Leiam e tirem suas conclusões, acredito que as mulheres que sofreram uma tentativa real de estupro confirmarão que o que foi narrado foi apenas um evento desagradável e constrangedor. E acredito também que se isso for considerado estupro, todas nós já fomos estupradas. Então, soa leviano usar a palavra “estupro” em eventos como esse, uma pena, é um desrespeito com aquelas que realmente foram estupradas.

A grande pergunta é: por qual motivo estas mulheres passaram por essas situações horríveis e continuaram ali, continuaram nesse meio, continuaram trabalhando com essas pessoas e se calaram? Quando acontece com a Dona Maria, mãe solteira, que trabalha na Empresa Tralalá, que depende do seu salário para sustentar seus três filhos, eu consigo entender a sujeição. Mas agora estamos falando de mulheres que 1) tinham sua independência econômica por serem muito bem pagas ; 2) tinham voz e 3) estavam totalmente cientes de que no meio em que escolheram trabalhar as coisas funcionavam assim.

A coisa é tão escancarada que pessoas comuns como você e eu sabemos que no meio artístico a putaria come solta. Todo mundo aqui conhece o mecanismo, tem até gíria para isso: “teste do sofá”. A coisa é tão escancarada que estava escrito no contrato de Harvey que ele poderia assediar mulheres no exercício de suas funções. Não estamos falando de eventos imprevistos, inesperados, estamos falando do modo de funcionar de uma indústria que nunca escondeu seus valores.

Estou dizendo que é justo e que a pessoa é obrigada a aturar? Claro que não! Não pode fazer, não pode assediar, não pode estuprar. É e sempre será errado, muito errado. Mas jogar estas mulheres no mesmo saco que empregadas com subordinação e vulnerabilidade econômica é sacanagem.

Soa cruel de se ouvir, mas estas mulheres estavam lá por escolha, não tinham uma vulnerabilidade econômica que as fizesse depender daquele trabalho. Gwyneth Paltrow conta que, em um dos eventos do suposto assédio, desabafou com seu namorado, Brad Pitt. Se o seu namorado é o Brad Pitt, desculpa, você não é uma mulher comum, muito menos uma vítima indefesa. Estamos falando de atrizes que recebem mais de 20 milhões de dólares por filme (fora contratos publicitários, aparições em eventos, etc) e que se relacionam com homens muito poderosos. Nada as prende a esse meio, a não ser a vontade de serem estrelas, famosas e aplaudidas. O primeiro assédio pode até ter sido surpresa (apesar de que, não deveria, é bem público que isso acontece). Mas, e o segundo? Por qual motivo voltaram a trabalhar com Harvey?

Desculpa, mas não estamos diante de uma covardia, como estão pintando. Estamos diante de um homem muito, muito, muito escroto e babaca que foi canalha e usou de seu poder para tratar mulheres como lixo, mas eram pessoas perfeitamente capazes de se afastar. Estamos diante de uma opção que cada uma delas fez de continuar nesse meio em troca de fama, dinheiro e reconhecimento. Isso torna aceitável tudo que Harvey fez? De maneira alguma, é um escroto e deve ser punido por tudo. Mas pintar estas mulheres como vítimas indefesas, aí não.

Entendo que abrir a boca e falar não era uma opção. Mulheres que fazem esse tipo de denúncia são esmagadas pelo sistema. Elas seriam desacreditadas, ridicularizadas e provavelmente excluídas do meio. Porém se afastar era sim uma opção. Atrizes que possuem casas no valor de 80 milhões de dólares não podem se valer do argumento de que precisavam do emprego. Precisavam é daquele status, da fama, e para isso se sujeitaram a esse tipo de coisas. Agora parecem surgem furiosas por terem sido “obrigadas” a aturar esse tipo de assédio por anos. Quer saber? Eu apostaria que boa parte dessa raiva é com elas mesmas.

Além disso, o linchamento a Harvey é burro. Não é aquela pessoa, é o sistema. É Hollywood. Não adianta personificar tudo de ruim nele, quando havia uma indústria acobertando-o. Indústria esta que, por sinal, o jogou na fogueira para se salvar. Se for para banir, vamos banir todos os que foram coniventes, não apenas o único merdeiro que foi flagrado. Mas as pessoas tem essa necessidade de personificar um vilão…

Outras atrizes como Felicity Huffman e  Sienna Miller contam ter sofrido outro tipo de pressão, como por exemplo, serem obrigadas a usar vestidos da grife da esposa de Harvey em premiações. Ah, vá! Levante a mão a mulher que nunca sofreu uma pressão um pouco pior do que usar uma roupa de determinada marca em seu ambiente de trabalho! Por favor, usar determinadas marcas faz parte da regra do jogo, querer lacrar em cima disso, querer se colocar como oprimida, chega a ser ofensivo.

Mas, hoje, ser assediada é cool, é pertencer a um seleto grupo que recebe afagos sociais e tratamento mais cuidadoso. Estão eclodindo dezenas de casos de assédio de mulheres famosas todos os dias. Eu francamente teria vergonha de reportar um caso de assédio nessas condições, pois tendo voz, tendo muito dinheiro e tendo ciência do que se passa no meio, me sentiria mais como cúmplice do que como vítima. Eu teria medo de ter que responder a pergunta: “não se afastou por qual motivo?”.

A atriz Mayim Bialik, feminista declarada que interpreta a Amy no seriado “The Big Bang Theory”, escreveu um artigo muito interessante no The New York Times, contando sua experiência e a forma como ela foi criada, desde pequena (11 anos de idade) nos holofotes de Hollywood. Mayim, que além de atriz tem um doutorado em neurociência (logo se vê que é diferente da média das colegas), toca em questões delicadas, como os limites (geralmente poucos) que as mulheres impõe naquele ambiente, a escolha de passar uma imagem de mulher cobiçada sexualmente e principalmente sobre ter a inteligência de se preservar, pois o mundo não é um lugar ideal, o mundo é cheio de perigos. Obviamente ela apanhou um monte depois do texto, inclusive de suas colegas atrizes, que disseram que ela prega ser feia para evitar assédio.

Mayim está certa. É tudo uma questão de escolha. O que aconteceu com essas mulheres foi uma troca: entraram em um meio onde era de conhecimento geral que assédio acontecia em troca de glamour, fama e dinheiro. É uma forma anômala de prostituição. As regras do jogo sempre foram claras, joga o jogo quem quer. Por muito menos do que isso eu me afastei de meios nocivos onde ocorriam coisas das quais eu não queria participar. Eu sou rica? Não, muito pelo contrário. Meu rosto estampa comercial de cosméticos? Não, nem vai. Eu namoro o Brad Pitt? (pausa para rir). Foi onde minhas escolhas me trouxeram, e apesar da danação que elas eventualmente causaram e ainda causam, estou feliz com elas.

O que quero dizer, basicamente é: mulher não é, por definição, um bichinho indefeso, inocente e incapaz de mudar sua realidade. Existem graus de responsabilidade no que diz respeito às coisas que te acontecem. Sim, em algumas circunstâncias as mulheres são apenas vítimas e não tem força alguma para se defender e nem para antever o assédio que está por vir. Em alguns casos ocorrem covardias grotescas e não há nada que aquela mulher possa fazer. Mas em outros, ser vítima é uma escolha, uma troca. Estas mulheres não são vítimas indefesas, são pessoas que assinaram um contrato implícito e se arrependeram na hora de pagar sua parte, porém não tiveram culhões de romper esse contrato.

Harvey Weinstein é um criminoso escoto e covarde, desejo não apenas que ele seja preso e desmoralizado, mas também que seu pau apodreça, fique verde e caia. Porém me ofende que estas mulheres posem de coitadas, de pessoas em posição de fragilidade, que não tinham outra opção. Uma coisa não se diz da outra: para que Harvey Weinstein seja um criminoso escroto estas mulheres não precisam ser vítimas indefesas. As regas do jogo eram essas, jogou quem quis. Vítimas sim, indefesas não.

Para, em nome da defesa das mulheres, atacar agressivamente uma mulher, para dizer que concorda mas jamais poderá dizer isso em público ou ainda para dizer que esta semana está sendo cruel para as mulheres no Desfavor: sally@desfavor.com

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Comments (21)

  • E agora, que posição as supostas feministas vão tomar em relação a Mayim, já que pra elas é tudo 8 ou 80?
    Por um lado, ela é a vitrine de que, para ter sucesso, não precisa seguir “o padrão de beleza vigente”.
    Por outro, ela “sugere” que sendo feia/humilde/discreta/whatever você não terá esse tipo de problema (foi mal interpretada, mas ok).
    Do amor ao ódio em um artigo.

  • Ai pessoal , vocês vão me desculpar, mas não consigo pensar que uma mulher que é assediada tem culpa em alguma coisa, para mim a culpa é sempre do agressor, olha o que estamos discutindo gente, o erro está na mulher ou no homem que agride, que rouba, pelamor!!!! Não acho que temos que pensar que “ahh mas se saiu com essa roupa a essa hora, esperava o que?” Temos que continuar nos indignando quando alguém é agredido, roubado, seja qual hora for, e não “justificar” o ato pelas atitudes do agredido: “Saiu à noite com seu iphone , já sabia que ia acontecer”.
    Sei que você foi por uma linha Sally de dizer que há o mundo ideal e o real, mas temos que continuar nos indignando que no mundo real certas coisas aconteçam, se não, minha gente, mulher que trai continuaria sendo apedrejada na rua em todo lugar no mundo com a justificativa que está certo.

    • A mulher não tem culpa de ser assediada, concordo totalmente.

      Mas, se ela tem a possibilidade de se afastar do assediador e não o faz, o assédio passa a ser escolha. Concorda?

  • Quando eu vi essa história eu também me questionei por que isso só estava vindo a toda agora. Porque a Angelina Jolie e outras mulheres que já são ricas e famosas nunca denunciaram isso? O que tinham a perder se já tinham tudo (fama/poder)? Se elas tivessem falado isso antes poderiam evitar que outras mulheres que não tem o status delas fossem assediadas por esse fdp.

    • Denunciar eu compreendo: seriam desacreditadas, massacradas.

      Mas, por qual motivo continuar nesse meio, convivendo com essa pessoa? Não precisavam disso para prover seu sustento.

  • Essas atrizes que se calaram são as mesmas que vão à mídia batendo no peito dizendo que lutam contra a “cultura do estupro”, contra “assédio”, “machismo” e não sei mais o quê! Aí você percebe como esse “feminismo-de-celebridades” é hipócrita, vazio e incoerente! Não tiveram a coragem de denunciar nem um merda de um assediador, enquanto ele estava livre, leve e solto por aí fazendo outras vítimas! Mas é aquela coisa, né? A vaidade, o ego e o status falaram mais alto! Vale abrir mão até da própria dignidade!

    E Harvey Weinstein é só mais um entre os vários produtores, empresários de moral igualmente deturpada que habitam Hollywood! O buraco é bem mais embaixo! Sabe-se lá por qual motivo ele foi o escolhido pra ser jogado na cova dos leões…

    • Só queria saber por qual motivo não se afastaram dessas pessoas, mesmo sem denunciar. Quem tem patrimônio para bancar as próximas dez gerações não precisa se sujeitar a isso, né?

      • Li alguns relatos originais das atrizes, e na imprensa internacional o assunto gira em torno de acusações de assédio e não de estupro. Acho que o assunto estupro foi bastante banalizado no Brasil no momento em que a lei passa a definir estupro como um tipo de constrangimento.

        O assédio é gravíssimo e deve claro ser tratado como tal, mas convenhamos que uma real tentativa de estupro (e por estupro eu entendo penetração) deveria ser tratado com uma gravidade diferente da qual é tratada um “me chamou para ir no seu quarto” ou algo assim.

        Li no relato da Angelina Jolie que ela se recusou a trabalhar com ele novamente. Gwyneth Paltrow foi assediada aos 22 anos em um dos seus primeiros trabalhos, ainda não era atriz poderosa.

        No fim das contas, acho que importantíssimo que estes relatos estejam vindo a tona agora, para que seja possível que daqui para frente atrizes, mesmo que novatas, não precisem se submeter a este tipo de coisa.

        • Quase todas as atrizes contam que fora “atacadas” mais de uma vez. Entendo que Gwyneth Paltrow não top 10 quando isso aconteceu, mas ela era famosa sim (tanto que namorada o Brad Pitt). Por qual razão voltou a trabalhar com ele depois?

  • Eu concordo e jamais vou poder dizer isso em público. Se eu me preocupo? Não. Já li fanfic em rede social de conhecidas que foram fazer book com fotógrafo conhecido da cidade e se sentiram assediadas quando tiraram fotos só de calcinha. É como tu mesma falou, Sally. A noticia em si desrespeita o real assédio que pessoas comuns sofrem.

    • Todo mundo sabe como é o mundo em que vivemos. Se expõe a certas situações e riscos quem quer. Continua sendo escroto e continua sendo injusto, mas certamente neste caso não foi algo inesperado nem inevitável, então, está um pouco ridículo tratar como tal…

  • Harvey era um cara poderoso no seu meio – e o poder traz benefícios imensos, como torná-lo o cara mais atraente (e bonito, e simpático) do mundo mesmo com uma gigantesca barriga de chopp. Nenhuma novidade nisso.

    Acontece que muita mulher que transita nesses meios faz isso porque quer se dar bem, obtendo uma “vantagem qualitativa” difícil de ser passada adiante. Como o cara que é hetero, mas topa ser assediado por um gay porque ele vai lhe ajudar no futuro, as pessoas aceitam o ônus da “nojeira” para conseguir o que desejam.

    Quando determinada atriz veterana disse, a respeito de um famoso assediador global, que não ia se pronunciar sobre a encrenca em que se meteu, passei a admirá-la. Além de ficar com os novinhos, e cuidar-se para que eles tenham algo bom com que se entreter, também admitiu, implicitamente, que as regras do jogo são assim – para homens, mulheres, gays e quem aparecer depois.

    É do jogo, e vai continuar sendo. Se não com Harvey, com outros (e outras).

  • “(…) não tiveram culhões de romper esse contrato”

    Poderiam ter encerrado esse ciclo o quanto antes e poupado sofrimento a muita gente. Nós inclusive…

    • Na boa? Se um homem me assedia em qualquer ambiente de trabalho e eu não preciso do dinheiro para sobreviver, eu vou embora e nunca mais volto lá. Qual é a dificuldade?

  • Muito grata por seu texto e pelo da Mayim. Fico triste por não poder expressar essas opiniões em público sem sofrer um linchamento moral, ainda mais no meio onde eu vivo…

  • “Quando se convenciona implicitamente que o certo a fazer é bater no “monstro da vez”, grandes chances de que se você não aderir a essa convenção sofra represálias, inclusive a clássica invertida de ser acusada de estar a favor do monstro.”

    O mundo hoje é tão polarizado que, se você tenta ter uma opinião mais equilibrada, é logo taxado de “isentão”, ou então te interpretam mal e você está automaticamente do outro lado. Uma pena, porque é justamente o debate saudável que nos faz crescer.
    Impressionante como você escreve de forma fácil tudo aquilo que eu penso.

    • Hoje temos que ser a favor ou contra algo. Refletir, ouvir, pegar pontos de vista de ambos os lados para formar o seu… nem pensar!

      Fico muito feliz de conseguir reunir em um lugar pessoas que também estão de saco cheio disso.

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