A garota que gritava estupro…

Hoje o tema chega por um caminho tortuoso: a notícia de uma cantora popular (presumimos) sendo acusada de estupro por uma antiga amiga gerou polêmica no Twitter nacional após um comentário até que inocente do youtuber Felipe Neto dizendo que queria esperar a versão da acusada. Depois de muitos chiliques, ele trouxe à tona o tema de que muitas acusações de abusos sexuais são na verdade mentirosas, com exemplos de notícias. Com a polêmica aumentando, começamos a pesquisar. E as coisas parecem realmente problemáticas nesse campo. Precisamos falar sobre as falsas acusações de estupro. Desfavor da semana.

SALLY

O país vive uma crise silenciosa, que poucos tem coragem de abordar por se tratar de um assunto delicado: a falsa denunciação de crimes supostamente cometidos contra mulheres. Achamos uma notícia, um exemplo ilustrativo, do que vem acontecendo em todo o país: cerca de metade das denúncias de estupro são falsas.

A questão não se limita a estupros, ok? Um estudo realizado por psicólogos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro constatou que 80% das denúncias que chegam até as Varas de Família alegando abusos sexuais são mentirosas. Abro aspas citando a conclusão do levantamento: “Na maioria dos casos, a mãe está recém-separada e denuncia o pai para restringir as visitas”.

A Delegacia de Defesa da Mulher da notícia que pesquisamos para esta coluna informa que os principais motivos para falsa comunicação de estupro são voltados para encobrir algo que a mulher fez de “errado” como traições ou medo da repressão dos pais. Abro aspas novamente: “No caso das adolescentes, o estupro é inventado para justificar, no primeiro momento, um ‘sumiço’ com um namorado não autorizado pela família, por exemplo. Outras mulheres, especialmente as casadas, usam a situação para justificar uma gravidez indesejada resultada de traição” e “Atendemos também situações em que mães convencem suas próprias filhas a depor contra o pai, por causa de vingança por traições do ex-marido fez, como desentendimentos no casamento, briga nas famílias ou até por falta do pagamento de pensão alimentícia(…)”.

Felipe Neto foi trucidado por sequer mencionar o tema, e isso é indicativo de como essas histórias estão muito mal explicadas. Estes são apenas dois exemplos selecionados (em um mar de estudos, dados e informações), que escolhi por julgar que melhor representam a realidade atual do Brasil. Posso ficar citando mais dados por páginas e mais páginas, mas acho que vocês já entenderam o ponto.

Empoderamento feminino e combate a machismo não se faz da forma lacradora, revanchista e idiota que vem sendo feita no Brasil, assim como inclusão de negros com iguais oportunidades não se faz com cotas, assim como não se resolve desigualdade social apenas colocando um operário no poder, o assunto não é novidade, por sinal, está até desgastado de tanto que falamos nisso. Mas hoje o foco nem é o assunto em si.

Então, o Desfavor da Semana não é uma simples notícia, nem mesmo mais uma crítica ao drama vitimista de redes sociais, é algo maior. Desde 2009 estamos aqui debatendo o rumo errado que a sociedade tomou para lutar contra um machismo opressor e temendo pelo que poderia acontecer. Bem, Senhoras e Senhores, é oficial, aconteceu. Este é o Desfavor da Semana: está concretizado, sacramentado: hoje a lei e as instituições brasileiras dão aval para que mulher sacaneie homem e elas o estão fazendo em larga escala.

E vou além: eu pensei que quando ficasse claro e comprovado que esse tipo de injustiça estava acontecendo, as pessoas perceberiam “Olha só, não deu certo, fizemos merda”. Apesar de ser tarde demais, pois muitos inocentes já teriam sido punidos, seria contornável. Só que não, minha gente. Há uma infinidade de dados mostrando que não deu certo, que estamos diante de uma fábrica de injustiças e mesmo assim a mulherada e uma meia dúzia de machos castrados lacradores defendem que tem que ser assim mesmo.

A persistência no erro por total incapacidade de reflexão ou fragilidade de ego de não conseguir admitir que batalhou durante anos pela coisa errada levam o brasileiro a um patamar desastroso de erro. Custa olhar para o resultado e dizer: “Pois é, errei, achei que o caminho era esse, mas não é. Vamos tentar de outro jeito”? Custa. Pelo visto custa muito. Melhor se foder e foder com a sociedade como um todo do que refletir ou admitir um erro. Este mecanismo não dá as caras apenas na questão homem/mulher, ele é a origem de muitas das danações que afligem o país no momento.

Esta “cegueira do ego” parece incombatível. As evidências estão ali. Não importa quão conclusivas sejam as evidências Delegacia de Defesa da Mulher diz que metade das comunicações de estupro são falsas, o processo judicial contém centenas de provas documentais e testemunhais contra Lula, mas não interessa, ninguém revê sua opinião. Ou acham que é um mal necessário ou acham que é tudo mentira, invenção, conspiração de um grupo que é visto como inimigo. É um grau de imbecilidade admirável.

Isso gera uma nova espécie da analfabetismo. Com o salto de crescimento exponencial que o mundo passa em matéria de conhecimento e informação, não basta saber escrever o próprio nome para formar uma sociedade decente. Tudo muda, muito rápido. Assim, para se adaptar e estar sempre atualizado, é preciso saber aprender a desaprender e aprender novamente. Só assim uma sociedade acompanha esses saltos evolutivos. Mentes presas em velhas crenças por medo ou cegueira do ego atrasam a sociedade como um todo.

Não se enganem, isso afeta a todos nós. Por causa da enxurrada de mentiras que recebem, as investigações de estupro e assédio sexual são demoradíssimas: os envolvidos são ouvidos várias vezes, as investigações são feitas e refeitas. Todos são treinados para detectar mentiras em vez de dar um atendimento que conforte a vítima. Isso atrasa a vida de todo mundo, inclusive de quem comunicou um estupro real. Aí chove mulher indo reclamar na mídia que não comunica estupro pois o sistema é lento e ineficiente. Pois é, seria um pouco mais eficiente se Vossas Senhorias não comunicassem tantos crimes falsos, já pensaram nisso, Madames?

Uma acusação de estupro ou assédio não é brincadeira. Isso pode destruir a vida de uma pessoa. Pode fazer com que ela perca seu casamento, seu empego, a guarda dos filhos e muito mais. Jogar a vida de uma pessoa na lama para tentar encobrir que estava traindo o marido, para tentar tirar a guarda dos filhos do cara por estar com raivinha ou para se safar de um esporro dos pais é um grau de baixeza digno de psicopatia.

Se as mulheres se acham sacaneadas historicamente pelos homens por serem oprimidas, bem, acredito que estão fazendo mil vezes pior do que eles agora – e estão saindo impunes. Parabéns, mulheres, de oprimidas a opressoras em apenas uma década. Nunca vi um vexame tão grande protagonizado por um grupo que consegue poder e, francamente, hoje tenho até um pouco de vergonha de ser mulher.

Aqui estamos, em uma sociedade de homens medrosos, acuados e confusos, com mulheres imbecilóides e medíocres que extraem alguma sensação de poder das injustiças que protagonizam. As consequências estão vindo aos poucos, por exemplo, um estudo comprovou que mulheres tem menos chances de receber RPC, por medo de acusação de assédio. Tá certo, tá certinho. Continuem por esse caminho, criando esses homens cagões e cuzões, para depois reclamar em rede social que não tem homem no mundo.

Para finalizar, um lembrete para reflexão: os homens estão por baixo hoje, mas eles têm um histórico forte de séculos de poder e dominação. Na hora em que essa “bolha” estourar e eles se insurgirem contra isso, não vai ter mulher que segure. É uma vida de poder e dominância contra uma década de conquistas na base da vitimização, quem vai vencer esta batalha?

Mulheres tiveram a chance de construir uma convivência harmônica e falharam, se deliciados em oprimir e sacanear homens. Isso volta, e o retorno vai ser de Jedi. Infelizmente isso volta contra todas nós, até mesmo contra mulheres que, assim como eu, discordam disso e combatem ativamente esse tipo de postura. Parabéns mulheres, não só pela cagada social que protagonizaram, mas também pela insistência contra todos os indícios. Todos nós pagaremos essa conta.

Para dizer que não acredita que uma mulher escreveu este texto, para dizer que é mais um fator que corrobora para uma desgraça chamada “Bolsonaro 2018” ou ainda para dizer que é tudo falso, mentira e manipulação de uma mídia machista patriarcal opressora: sally@desfavor.com

SOMIR

Já que o tema está tão bem desenvolvido, posso olhar para outro detalhe que talvez passe em brancas nuvens diante da gravidade da coisa. Notaram de quando são as notícias? Quase cinco anos atrás. Parece que essa onda de histeria politicamente correta está nos infernizando há décadas, mas na verdade não faz muitos anos que a coisa chegou nesse nível. Em 2013 ainda era possível falar sobre o tema. Quem teria coragem de falar disso em 2017?

Os tweets que nos apontaram para o tema de hoje demonstram como sequer mencionar a possibilidade de acusações de estupro e abusos sexuais diversos serem mentirosas já coloca um alvo no seu peito. Impressionante a velocidade com a qual um tema vira tabu na sociedade atual. Se um número suficiente de mulheres de cabelo colorido (todas as histéricas que se ofendem por diversão parecem sair da mesma linha de produção) decidir que alguém nesse mundo vai se doer por algo que você disse, em pouco tempo o tema começa a ser censurado.

E a verdade que se exploda no processo. O bem estar de quem se ofende na internet está muito acima de qualquer vontade de resolver problemas. Especialmente se gera benefícios pessoais por tabela. Muito conveniente tornar “crime de pensamento” tudo aquilo que pode ser utilizado para enfraquecer as armas dessa cultura da vitimização alçada ao status de empoderamento nos dias atuais. Terrível lidar com a realidade que mulheres são seres tão horríveis e repugnantes como homens na média. Pra cada homem merda, tem uma mulher merda. Se tem uma diferença, está na capacidade de violência física masculina ser maior. Eu até argumento que se a capacidade física feminina fosse superior à masculina, o mundo seria exatamente igual, mudando o vilão da vez.

Mas vamos desenrolar o tema: fica até difícil proteger as mulheres dos abusos que realmente recebem diariamente se estivermos trabalhando com essa ideia de atirar primeiro e perguntar depois. Porque é dar muita força para as mulheres escrotas que abusam do sistema para levar vantagens pessoais, seja por fúria irracional ou por escrotice friamente calculada. Pode dar quantos chiliques quiser nas redes sociais, as pessoas que trabalham diariamente com isso – vulgo aqueles que realmente respondem às denúncias – vão continuar vendo um número altíssimo de falsas acusações e infelizmente, agindo de acordo. Sim, é um problema o despreparo das autoridades para lidar com esses casos, mas talvez alguém que lide com entre 50 a 80% de falsas denúncias no dia a dia fique mesmo meio dessensibilizado com os casos em geral.

O que pune as coitadas que realmente sofreram abusos e precisam desesperadamente de proteção e suporte nessa hora. Precisamos resolver o problema de homens abusando de mulheres por força física ou financeira, mas não podemos esquecer de metade da população mundial: se as mulheres não se ajudarem e continuarem abusando de um sistema feito para ajudar as realmente necessitadas, continuaremos com um padrão de resposta horrível das autoridades nesse caso. Uma das formas mais eficientes de ajudar é encarar o problema. Mulheres decentes (em caráter, nada de moralismo aqui) não podem ficar caladas sobre as escrotas ou talvez ignorantes que sacaneiam o sistema para ganhos pessoais.

Até por uma questão de sobrevivência: se as mulheres não se unirem para ajudar a resolver o problema, os homens vão se unir para se proteger. E aí o discurso de “ouvir as duas partes” se torna relíquia do passado. Mulheres histéricas querendo que todo homem acusado seja preso, homens histéricos chamando todas as mulheres que acusam de mentirosas… ao invés de buscar a verdade, estamos buscando posicionamentos confortáveis.

E vamos mexer num vespeiro: eu realmente entendo porque tantas mulheres acham que sua única forma de poder é enganar o sistema para punir os homens com quem se relacionam ou relacionaram. Deve ser terrível ser o lado mais fraco da corda na maioria dos casos, deve fazer parte até do desenvolvimento cerebral de uma mulher conseguir enxergar mais chances de exercer poder que um homem, doa a quem doer. Afinal, quase nunca existe a via de intimidar o outro. Juro que entendo porque isso surge, mas quem quer construir uma sociedade mais justa tem que abdicar um pouco dos benefícios que consegue, mesmo que pareça contraproducente no curto prazo.

De uma certa forma, as mulheres deveriam trair um pouco o corporativismo em busca de um relacionamento melhor com a outra metade do planeta. Os homens estão fazendo isso faz muito tempo. É mais confortável viver num mundo onde as mulheres vivem em sua função e não tem condições de te negar quase nada. Mas mesmo assim homens foram fundamentais nesse processo de liberação feminina, sim, muitos foram e ainda são contra o processo, mas teve muito suporte de homens mais inteligentes e éticos nesse desenvolvimento.

E tivemos que meter o dedo na cara dos que faziam as coisas da forma antiga, “traindo” o interesse comum masculino e isolando cada vez mais aqueles que não se adaptavam a uma nova forma de pensamento. O homem moderno com desenvolvimento intelectual e social suficiente já é um bicho completamente diferente daquele que efetivamente oprimia a mulher. Precisamos cortar na carne para ter algum avanço. Foram as mulheres que botaram isso pra funciona de verdade? Claro, mas muitos homens ajudaram a reduzir a resistência e aumentar a cooperação. Sei que deve parecer assustador se voltar contra outras mulheres que fazem as coisas erradas, com uma ferida tão recente de completa falta de poder, mas não tem como dar a volta nisso: ou as mulheres entram no time da evolução geral, parando de defender ou mesmo fazer vistas grossas para as imbecis que acusam falsamente, ou começam a alienar cada vez mais os homens que entraram no time igualdade nessas últimas décadas.

O que vai ser? Benefício imediato ou futuro? Medo da resposta…

Para dizer que eu te estuprei com a verdade, para dizer que é mais empolgante o clima de guerra, ou mesmo para dizer que estamos ficando craques em mexer nos vespeiros: somir@desfavor.com

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Comments (19)

  • O mundo seria bem melhor se refletíssemos sobre duas coisas: primeiro, pessoas cometem atrocidades o tempo todo; segundo, estas pessoas – e não o mundo em que vivem – são responsáveis por seus atos.

    Quem deveria ser punido era a pessoa sem caráter, de ambos os sexos e de todos os gêneros, que faz ou comete crimes. Para que isso ocorra, contudo, devemos dar poder aos que julgam e investigam, e deixar que apliquem a pena conforme o que ocorreu – e não o que as pessoas acham que aconteceu.

    Nesse mundo de hoje, isso é impossível.

  • Fiz uma pasta com links de notícias com falsas acusações de estupro, em português e inglês. É realmente impressionante como se nega algo que acontece tanto. Não acredito que seja apenas ingenuidade das feministas. Em muitos casos é mesmo desinformação e manipulação proposital.

    • Pode ser negação. Se tiverem que assumir isso, o discurso de mulher vítima X macho opressor cai por terra. Algumas pessoas tem dificuldade em abrir mão de suas certezas, precisam delas para se sentirem seguras. Aí vem esse bla bla bla de que denuncia de estupro falso é minoria. Não é. Pergunte a quem trabalha com isso. É maioria.

  • “Para finalizar, um lembrete para reflexão: os homens estão por baixo hoje, mas eles têm um histórico forte de séculos de poder e dominação. Na hora em que essa “bolha” estourar e eles se insurgirem contra isso, não vai ter mulher que segure. É uma vida de poder e dominância contra uma década de conquistas na base da vitimização, quem vai vencer esta batalha?”

    O tal do masculinismo tá aí para provar isso. Desde essa bobagem toda do “movimento da real” que gerou aqui no Brasil, que apesar da atual insignificância e das ideias insanas, é uma amostra de como os homens estão se revoltando com o absurdo que gerou por causa dessa histeria feminista. Ou até os movimentos mais sérios no Brasil, copiados dos EUA, que reivindicam esse caso dos falsos estupros ou de divórcios em que o marido perde tudo e não tem direito nem de ver seus filhos. Embora eles afirmem querer igualdade, eu vejo uma ponta de machismo, em que um monte desses “partidários” querem simplesmente a volta do patriarcalismo, dos valores de antes. Acho que até mesmo esse papo conservador contra mulheres que a gente vê na internet, vindo até mesmo de adolescentes, é reflexo desse absurdo que as mulheres fizeram chegar…

    • Bruno, várias reações estão despontando. Já percebeu o aumento no número de casos de homens saturados que pegam uma arma, matam a esposa, os filhos e se matam? Também vemos homens abertamente boicotando e se distanciando de mulheres com discursos feministas, que tendem a ficar isoladas com o passar dos anos. Cada vez mais vejo homens buscando mulheres afetuosas e dispostas a dar pequenos agrados que esse pós-feminismo “vetou”, coisas bobas como cozinhar ou fazer uma massagem, que foram indevidamente vilanizadas por essas histéricas.

      O que as mulheres não percebem é que, ao contrário delas, os homens são unidos. Quando esse caldo entornar e os homens reagirem de verdade e se unirem contra isso, vai acabar mal para as mulheres.

      • “Também vemos homens abertamente boicotando e se distanciando de mulheres com discursos feministas”

        Não os julgo. Se eu fosse homem faria igual. Aliás, eu, sendo mulher, já evito qualquer tipo de contato/convivência com mulher que venha com esses papos “empoderados/lacradores” (com exceção de algumas amigas que, por mais que se considerem feministas, ainda não ficaram insuportáveis). Por mim esses machistas da “Real” e essas feminazis seriam largados numa ilha deserta pra se matarem por lá mesmo. São o tipo de gente que merecem terminar a vida isolados do mundo.

        • Eu também me afasto. E acho que eles fazem muito bem em se afastar. Não é saudável conviver com quem te acha um inimigo!

  • Não é todo caso de assédio sexual que é enquadrável nas condições estabelecidas no nosso código penal. Só é enquadrável quando é uma relação de trabalho que envolve hierarquia ou se tenha a vítima em posição bastante subalterna em tal campo. Ainda assim, é uma pena que pode ser convertida em cesta básica.

    Já no que diz respeito ao estupro, bem… Temos dois casos específicos. A qualificação no artigo 213 somente se procede em casos de violência ou grave ameaça (entenda-se como grave ameaça a ameaça de morte ou algo assimilado). Já no caso do 217-A cabe no caso de menores de 14 anos, enfermos, doentes mentais ou mesmo em condições em que a pessoa não tem condições de opor resistência ao ato (seja dormindo ou alcoolizada).

    Além do que tem o fato de que a declaração de estupro (além de contar pontos na rodinha) pode facilitar as coisas na hora de conseguir acesso ao procedimento abortivo.

    • Repare que no texto falamos em ABUSO sexual, que em nada se confunde com assédio. Não estamos questionando em momento algum o que acontece envolvendo relações trabalhistas.

      Você está mal informado sobre a questão do estupro: no Brasil mulher que sofre estupro não consegue fazer aborto, por causa da morosidade do Judiciário.

  • Quero começar meu comentário dizendo que eu não discordo de vocês, para não gerar mal entendidos.

    Dito isso, queria perguntar se vocês leram esses dois dados citados principalmente no texto da Sally (que 50% das acusações de estupro são falsas e e o estudo do RJ). Porque eu acho, honestamente, que não leram (porque eu não acho que vocês foram desonestos de manipular isso).

    A matéria dos 50% deixa claro que essas acusações falsas são de uma parte da MINORIA das acusações. Abro aspas: “das 100 ocorrências de estupros registradas por ano na cidade, cerca de dez envolvem crimes com autoria desconhecida. Desses casos, 50% são revelados como falsos após o início das investigações.” Ou seja, das 100 acusações, 5 são falsas. 5% apenas e não 50%. E isso em Bauru, não no Brasil inteiro.

    Já o estudo do Rio de Janeiro é sobre acusações de estupros de crianças, não acusações de estupros contra mulheres adultas, como o texto de vocês deixa a entender.

    Gostaria que vocês respondessem se não entenderam direito as matérias. Ficaria muito decepcionado se vocês tivessem manipulado a informação ou nem aprovassem meu comentário por causa disso.

    • Em momento algum no texto dissemos que se trata de um indicativo do Brasil todo, apenas que são notícias que escolhemos, no meio de centenas, para ilustrar o que acontece. Não se trata apenas dos índices e sim do que diz a delegada que trabalha apenas com isso, de como mulher inventa coisa para não ter uma traição descoberta ou para fugir de esporro dos pais. Sobre os 50%, eu acho muito sim, principalmente se você pensar que o Brasil não é Bauru e que esse tipo de estupro dos 50% acontece pra caralho em grandes cidades. E mesmo que fosse 50% de dez pessoas no Brasil todo, na boa? Continuo achando muito, um índice altíssimo.

      Sobre os 80%, eu começo o parágrafo dizendo que a questão vai além dos estupros e que esse índice é referente a assédio sexual, denúncias que costumam ser imputadas a pais e parentes próximos. A intenção era a conjugação das duas notícias dar uma dimensão do que está acontecendo: mulher mente em 50% dos casos de estupro cometido por desconhecidos e em 80% dos casos de assédio cometidos por conhecidos. Fica difícil querer credibilidade com esses números, né?

      • É, mas volto a dizer: não são 50% de Bauru nem nada, são 5%. É só reler a notícia. De cada 100 casos, 10 são de autoria desconhecida. E 50% dos 10 de autoria desconhecida, são acusações falsas. Ou seja: 5% do total são de acusações falsas, não 50%, como está no primeiro parágrafo do seu texto: ” cerca de metade das denúncias de estupro são falsas”.

        Você pode achar 5% muito. Beleza, respeito. Mas há uma distância enorme entre 5% e 50%.

        • São 5% em Bauru. No Rio, estupros de autoria desconhecida são maioria.

          não importa se são 5 ou 5 mil, que metade das denúncias de certo tipo de estupro sejam falsas continua sendo alarmante.

  • Eu sempre bato nessa tecla das falsas acusações de estupro. Já postei algumas vezes sobre isso no Facebook. Teve um caso de um segurança aqui de Brasília que foi acusado de ter estuprado uma moça (e dizem as línguas que essa mulher era de um coletivo feminista aí, ou seja…), saiu nos jornais e tudo. Um tempo depois conseguiram provar que ele era inocente, mas já era tarde demais pra ele. Perdeu emprego, a esposa, a guarda dos filhos, recebeu ameaças de morte… E a empoderada lá ficou “de boas”. Deve ter sofrido uma ~represália~ bem merda do tipo “pagar cesta básica” ou “prestar serviço à comunidade”, porque mulher, por mais que tenha sido uma filha da puta mentirosa do caralho, na maioria das vezes consegue se safar. Não recebe nenhuma punição muito significativa. E, se dependesse de mim, essas pilantras ficariam 10 anos (no mínimo) vendo o Sol nascer quadrado.

    E não vamos nos esquecer da Patrícia “Lelélis”, que acusou o Marcos Feliciano de assédio, foi pega na mentira no programa da Luciana Gimenez e hoje tá aí, livre, leve, solta e pagando de feminista na internet (sendo que antes era a “musa da direita”). Acho que até eu, se fosse feminista, morreria de vergonha de ter uma mulher cínica dessas dentro do movimento. Mas como eu já vi e ainda vejo essas “empoderadas” passando pano pra toda escrotice possível que as mulheres praticam (só porque são mulheres, logo “oprimidas pela sossiedadji maxistannn”), até que faz sentido a Patrícia ter se unido a elas.

    Estupro e falsa acusação de estupro são questões complicadas de se discutir por aqui. É praticamente impossível ter qualquer diálogo racional sobre isso. Se você fala que prefere esperar que a acusação se confirme e que TALVEZ a acusação seja falsa, logo surge uma manada de histéricas esbravejando que “HUURR DUURR VOSÊ TAH CULPANO A VÍTCHYMAAAA”. Esse povo, principalmente mulher que teve o cérebro consideravelmente derretido por causa de ideologia feminista, já perdeu o senso crítico faz tempo! É difícil delas aceitarem que pode haver sim mulheres ruins que usam desse artifício por motivos banais. Infelizmente mulher ganhou carta branca pra ser escrota à vontade pra “compensar” a opressão de tempos passados!

    • Pode perguntar a qualquer pessoa que trabalhe com isso: o número de mentiras é escabroso e o que as pessoas fazem para sustentar essas mentiras é pior ainda. A situação está preocupante.

    • Uma “empoderada” destas precisa tomar bastante cuidado com sua retaguarda. Não vamos nos esquecer, o Brasil é campeão em crimes de caráter passional justamente pela “injustiça” de certas decisões do Judiciário – e quem perdeu tudo, sabe como é, pode fazer muita coisa horrorosa…

  • A pior decisão do Twitter foi ter dobrado o número de caracteres (de 140 pra 280). Devia era ter cortado pra 70.

    • Gente chata não se cria no Twitter, os locais se encarregam de detoná-los.

      O Leon, do canal Coisa de Nerd, uma pessoa muito sensata e estudiosa, disse que achava uma temeridade demitir alguém pela mera acusação e estupro ou assédio, que era preciso apurar antes, aí foi um grupinho histérico detonar e no final das contas acabaram detonados. Felizmente no Twitter os histéricos são minoria.

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