Não deu match…

No dia 14 de maio deste ano, Dia das Mães, Fernanda Teixeira, professora, solteira e mãe, publicou um longo texto onde relatava a experiência desagradável que teve ao conversar virtualmente com alguns homens através do Tinder, conhecido aplicativo de encontros. LINK


A história toda é carregada de desfavores, mas o grau de negação da realidade e a vitimização tornam tudo isso em desfavor da semana.

SALLY

A notícia de hoje veio de um site nojento Zé Lacrinho que me faz colocar camisinha no dedo antes de clicar tamanho o asco que tenho de sua postura pseudo-modernosa babaca lacradora. Nela, uma moça reclama de ter ouvido uns desaforos por ter criado um perfil no Tinder onde ostentava ser mãe. Indignada, ela sugere que foi tratada com machismo, preconceito, misoginia e outras palavras fortes. Não foi, foi apenas mais um exemplo típico da falta de educação do brasileiro, algo que ela, você e eu somos vítimas todos os dias.

Não me entendam mal, ela ouviu uma penca de desfavores e é um tremendo desfavor e é uma pena que este seja o pensamento vigente. Dizer que uma mulher que tem filhos e quer sair com home é “puta que está procurando macho” e esse tipo de coisa é uma bobagem. Porém, não é nada em especial contra mulheres ou contra mães, é tendência no Brasil que se alguém discorda das suas escolhas de vida te ataque e te esculache. Se eu fizer um perfil no Tinder com a minha melhor foto e ostentar meu ateísmo, acreditem, vou ouvir coisa no mesmo nível. A verdade é que hoje, para cada grupo, existe um hater correspondente, graças a décadas dessa cultura Nós x Eles que ensinou esse povo símio a não respeitar as diferenças.

Quem não quer baixo nível, não deve andar com gente baixo nível. Se você se cobre de joias e sobre uma favela, bem, lamento te dizer, você vai sofrer um assalto. Em um mundo ideal, todos deveriam poder andar usando joias na rua sem sofrer nenhum assalto, mas sabemos que o Brasil não é um mundo ideal, então, para evitar esse tipo de violência, deixamos as joias em casa em vez de ostentar joias como forma de lutar pelo seu direito de sair na rua usando o que quiser. Prefiro não usar e não sofrer uma violência, e você?

Eu não sei o que esta moça esperava entrando no Tinder, uma rede social que reúne todo tipo (inclusive os piores) de seres humanos que topam usar rede social como supermercado de gente, mas me parece bem previsível que um lugar voltado para “paquera”, que, sabemos, no Brasil é sexo na cabeça masculina, não combina com ostentar maternidade. Há uma clara inadequação no que ela fez. Justifica as grosserias e imbecilidades que ela escutou? Não, claro que não. Mas nos leva a refletir. Vamos refletir um pouco sobre isso?

Eu nunca entrei no Tinder, pois acho que um encontro com um ser humano randômico escolhido basicamente pela aparência, sem qualquer referência, é, no mínimo perigoso. Além disso, eu sou uma adultinha, eu sei que Tinder significa sexo na cabeça dos homens, goste eu ou não, concorde eu ou não. Então, se não quero jogar pelas regras do jogo (sexo casual com estranhos realmente não me interessa – e nada contra quem se interessa, viu?) simplesmente não entro. Acredito que ir a um puteiro mostrando a foto e falando do filho e depois reclamar que tem promiscuidade lá dentro e que não se referiram a seu filho da melhor forma seja algo entre o infantil e a má-fé.

Quem topa esses aplicativos de paquera está se colocando em risco. Isso não é uma suposição minha ou um preconceito, é um fato. Há estatísticas policiais sobre diversos problemas oriundos dessa dinâmica de conhecer gente online, coisas que vão desde agressões e ameaças até estupros e desaparecimento. Eu não quero me colocar nesse risco. Mas esta moça avaliou e decidiu que a relação custo-benefício compensaria. Bem, ela sofreu um dano por isso. Estava inserido no risco do negócio. Um dano, que eu diria, foi até pequeno perto do que já vi acontecer na época em que trabalhava na área criminal.

Percebam que há uma diferença entre se anular como mulher e abrir mão de sua vida pessoal depois de ter um filho X tentar conhecer homem de forma randômica, via aplicativo. Quando se é mãe, a prioridade deveria ser o filho e isto deveria permear cada decisão da vida da mulher, inclusive um cuidado muito maior na hora de conhecer e se encontrar com pessoas desconhecidas. Quem tem filho evita riscos desnecessários, coisas como pular de bungee jumping, por exemplo, ou conhecer pessoas randômicas por aplicativo. Não é uma questão moral ou puritanismo, estou falando sobre segurança mesmo. Quando tem um outro ser humano no mundo que depende de você, suponho que a coisa certa a se fazer seja evitar riscos desnecessários.

Machismo? Não. Meu desprezo por usuários de Tinder é democrático: homens ou mulheres, continuo achando um supermercado de gente que atrai pessoas que não me interessam. Pelo simples fato da pessoa estar lá, ela já não me interessa. Não gosto da premissa. A diferença é que homem, via de regra, é mais forte do que mulher, assim, é menos provável que um homem fique em uma posição de vulnerabilidade em um encontro randômico com uma mulher. Sinceramente, vivemos no Brasil, basta dar uma lidinha no jornal para ver do que as pessoas são capazes. Será que é mesmo adequado que uma mulher se exponha a isso? Será que não fica ainda pior quando esta mulher tem um filho pequeno?

Eu não acho adequado. Mas cada qual escolhe o que é melhor para si, por isso eu não vou até esta moça passar sermão nela.Se ela achou que era bom para ela, ok, sagrado direito dela. Porém, nem todo mundo é Sally. Quando você faz escolhas que não parecem compatíveis com sua realidade, aqueles que não tem um verniz social costumam apontar, principalmente quando esta escolha é pública e pode ser acessada por todos. Mulher que entra em aplicativo de putaria tendo filho pequeno será apontada, assim como eu sou apontada se entrar em uma igreja ou meio religioso, por ser ateia, por não ter casado, por não ter filhos. Todos nós somos apontados por alguém, mulheres e homens.

Spoiler: homens também são hostilizados, inclusive no Tinder, pelos motivos errados. Fui fazer uma pesquisa para não cometer uma injustiça. Vi perfis de homens gordinhos que foram severamente esculhambados por mulheres, com palavras tão duras do que as que essa moça recebeu. Assim como as mães, se presume que gordinhos não tem o que se precisa para estar inseridos nesse supermercado de gente destinado a sexo sem compromisso. Em bom português, gordinho não tem direito a querer putaria, é considerado enganoso você se meter em um meio onde o que conta é o físico sendo você gordo, é quase um estelionato.

Para confirmar a minha tese, pedi a um amigo que faça exatamente a mesma coisa e ostente no seu perfil que tem um filho, de forma similar ao que essa moça fez. As reações não foram muito boas, ele também ouviu coisas ruins, algumas ainda piores do que as que ela ouviu. Pois é, ele tomou esculhambada não por ser homem mas por inserir filho em um contexto de putaria, algo que não é bacana para a criança (nome/foto rolando no meio de estranhos randômicos) nem para quem está no Tinder (é broxante para quem quer putaria inserir uma criança no contexto). Simplesmente foi considerado inadequado para aquele público, naquele lugar. Mulheres chegaram a chama-lo de “péssimo pai” que “deveria perder a guarda do filho”. Por sinal, mulher quando não quer ficar com o cara é de uma crueldade ímpar na hora de esculhambar ou dar um fora, viu? Mas quando acontece com elas, reclamam e acham ruim.

Sim, Tinder é um meio desprezível que discrimina qualquer pessoa que não se preste a ter corpo, vida e postura para fazer sexo sem compromisso. Se você não gosta, não entre. E se entrar, bem, não leve para o pessoal, não é nada contra nenhuma raça, classe, sexo, credo ou cor. Eu não faço sexo por dinheiro, mas nem por isso quero fechar todos os puteiros por discordar de quem faz sexo por dinheiro, muito menos frequento puteiro pretendendo receber um tratamento amoroso e respeitoso. E também não frequento puteiro em busca de amor sincero nem de conhecer pessoas legais. Homem que está em puteiro é homem que quer pagar por sexo. Melhor procurar em outro lugar do que tentar mudar a dinâmica de quem frequenta puteiro, não?

Meus Amores, eu tenho poucas certezas nesta vida, mas uma coisa eu me permito afirmar: não há vítimas. Nós somos frutos de nossas escolhas. Atraímos o que emanamos, vulgo “quem planta merda colhe bosta”. Nossas escolhas nos trouxeram para onde estamos, nossas escolhas, pensamentos e valores fazem com que a gente atraia certo tipo de pessoa ou situação. Se você não está feliz onde está ou se você não está feliz com o tipo de pessoa que está atraindo, bem, em vez de fazer escarcéu com estas pessoas, olhe para dentro e repense, pois a resposta está em você.

Quando eu digo que não há vítimas, eu falo sério. Seríssimo. Então, não cabe aqui aquela velha falácia de culpabilizar a vítima. Não há vítimas. Se você entra em um puteiro segurando a foto do seu e espera respeito, bem, você não é vítima, você é 1) inocente demais para uma pessoa adulta ou 2) alguém que tem um ganho secundário (inconsciente) enorme em se vitimizar e por isso se coloca em situações onde sabe que vai sofrer violência de algum jeito. E, cá entre nós, geralmente o que acontece é a segunda opção: “Não consigo ter um relacionamento porque tenho um filho e homens são babacas que fogem de mulher com filhos”. Nããããão, Bonita. Nãããããão. Olhe para dentro. Sério. Sério mesmo. Olhe para dentro.

O que essa moça pretende? Mostrar que tem babaca no mundo? Ora, ora… acho que todos nós sabemos disso, né? Por ser ateia eu não fui apenas esculhambada em flertes como também já perdi emprego, já fui convidada a me retirar da casa de pessoas e coisas piores. Não teve absolutamente nada a ver com o fato de ser mulher, está relacionado com o fato de que aquelas pessoas não eram compatíveis comigo. E a melhor coisa a fazer é se afastar, pois felizmente não tenho a pretensão de agradar a todos ou de mudar alguns ambientes para que eu seja aceita neles como eu acho que mereço. Não me tratam como acho que mereço? Tchau, tchau, é o meu bumbum que te dá tchau!

Soa um pouco mimado e infantil querer que todos os homens do mundo te tratem da forma como você acha que merece. Na verdade, que todas as pessoas do mundo. Todos nós já ouvimos uns desaforos por um motivo ou por outro. As coisas tem a importância que você dá a elas: eu opto por não dar a menor importância a quem me trata de forma injusta e seguir com a minha vida. A partir do momento em que se dá ibope para o que estas pessoas falam, também se dá voz, poder e importância a elas. Elas passam a ocupar um espaço na sua vida. Não, obrigada.

Um homem te tratou mal por ter filhos? Acontece, de tempos em tempos pessoas tratam pessoas mal por motivos injustificados, como sua religião, seu peso, sua aparência, sua nacionalidade, sua profissão, seu estado civil e muitos outros. Você não é especial, você não é um floquinho de neve único injustiçado, acontece com todo mundo o tempo todo. O que você pode fazer é se afastar desse tipo de gente e se juntar com pessoas com as quais você tenha mais afinidade. Com isso você será bem tratada e atrairá mais pessoas com as quais tenha afinidade. Todo mundo ganha.

Para isso, é saudável evitar ambientes que destoam do seu pensamento e da sua intenção. Se quero romance, não vou a um puteiro. Se quero tolerância não vou a uma reunião da KKK. Se quero comer carne, não vou a um restaurante vegano. E se quero putaria (sagrado direito de qualquer pessoa querer), deixo meu filho de fora disso, não o cito nem o faço lembrar em ambientes de promiscuidade. Assim você se poupa de ser hostilizado por esses espíritos sem luz que não sabem lidar com as diferenças.

Mas não. Nãããão, a pessoa acha que ela tem o direito de ser como é, agir como quer, em todos os ambientes e em todos ela tem que ser compreendida e respeitada! Não é plausível que um adulto tenha uma visão tão fantasiosa de mundo, me resta pensar que há um enorme prazer nessa vitimização. Babacas sempre existirão, isso não podemos escolher, mas a voz que damos a eles é opcional.

Francamente, me deprime ver quem tem filhos se preocupando tanto, dando tanta atenção e gastando tanta energia com um bando de macho sem educação. Enquanto mulher der tanta importância e voz para homem, vai continuar atraindo esses tipinhos. Sujeitos assim não merecem essa propaganda. Quando você divulga idiotas, permite que outros idiotas se reúnam a eles e formem uma grande manada de idiotas. Não façam esse desfavor, hoje crítica funciona como divulgação. Gente babaca deve morrer no silêncio e no escuro.

Não há vítimas, você atrai o que você emana: se escolhe ficar falando sobre esses sujeitos Zé Cu, gastar seu tempo, sua energia divulgando o que eles dizem, é isso que o universo vai te devolver. Gente babaca deve ser ignorada, a melhor vingança é ser feliz.

Para dizer que já te aconteceu pior no Tinder, para dizer que se você entra em um hospício não pode reclamar que tem maluco lá dentro ou ainda para dizer que quem flerta com desconhecido deveria estar preparado para tudo: sally@desfavor.com

SOMIR

Relações humanas são realmente complicadas, tem tanta coisa envolvida em cada interação que ajuda muito traçarmos algumas linhas sobre o que é aceitável ou não. Não estou aqui defendendo uma completa anarquia sobre as formas de tratamento entre pessoas, concordo que existem alguns limites que tornam a vida de todos melhores. Mas quando surge uma notícia dessas, sou relembrado sobre como a maioria das pessoas parece se basear em apenas uma regra: o incômodo pessoal.

Compreensível que as pessoas queiram ser protegidas de tudo negativo ao mesmo tempo que fazem tudo o que querem, mas pelo menos depois da infância, não dá mais pra esperar essa realidade. A mulher em questão entrou no Tinder de livre e espontânea vontade, informou detalhes sobre sua vida e entrou em contato com outras pessoas por lá também por escolha própria. E quando não gostou do resultado, culpou a sociedade toda, exigindo tratamento diferenciado nas entrelinhas.

Portanto, acho importante definir uma linha aqui, uma que não vem diretamente da natureza, mas da racionalidade humana: pessoas não deveriam exigir proteção de críticas alheias sobre as coisas que escolhem fazer. E essa é uma linha que lida com várias das injustiças que ocorrem diariamente nesse mundo. Não é justo tratar alguém mal por ter nascido de um jeito, seja cor ou gênero. Ou mesmo culpar a vítima. Mas depois que passamos dessa linha, quando entram escolhas de vida no processo… bom, aí vira uma questão bem diferente. Com certeza é triste descobrir que algumas das suas escolhas tem consequências negativas na sociedade ao seu redor, mas disso é virtualmente impossível proteger as pessoas.

Porque no fundo não deixa de ser isso nesse caso: o péssimo uso da palavra misoginia esconde um desejo – novamente, compreensível, mas infantil – de ausência de responsabilidade pelas decisões pessoais. É mais fácil para essas pessoas pegar a linha que protegia as pessoas de pagarem preços altos por algo que não escolheram e fazer um pequeno desvio para cobrir uma escolha pessoal que gera reações negativas. Eu também quero um mundo mais justo e tolerante, eu também acho que os exemplos negativos escolhidos a dedo pela mulher da matéria exageram e são escrotos pelo tratamento que dispensaram, mas… existe muita diferença entre gente sendo babaca com você e gente atacando seus direitos fundamentais. Muito embora, se você vir o perfil dela, ela colocou “ódio ao capital” em destaque. E muitas vezes foi criticada por isso. Mas lógica é uma construção machista, vamos seguir em frente.

Num mundo ideal, ela não sofreria com aqueles comentários específicos, mas nesse mesmo mundo ideal, não deveria existir concordância total com a escolha dela. Há um limite de quanto se pode esperar o ser humano suprimir suas visões sobre as decisões alheias só para ser agradável. As pessoas tem que ter o direito a ser respeitadas, mas jamais a serem queridas ou elogiadas pelas coisas que fazem com suas vidas. Desculpa a escrotidão aí, mas a mulher em questão está adicionando a rejeição pessoal ao mix de sentimentos envolvidos em sua “denúncia” contra os homens.

Ser mãe modifica seu “valor de mercado” entre os solteiros. E com poucas exceções, modifica para baixo. Entendo de coração que a pessoa não queira ser rejeitada por parceiros potenciais, mas se tem um direito que nunca vai aparecer nas leis de uma sociedade minimamente racional é o de ser atraente sexualmente. Evidente que muita gente não vai gostar da ideia de começar qualquer tipo de relação com uma mulher que já tem um filho. É um imenso fator na vida de qualquer pessoa, e todos fatores que te definem podem e serão usados contra você na hora da procura por parceiros.

Entrar no Tinder falando que tem filho e querer ser tratado da mesma forma que as pessoas que não tem é querer viver numa realidade paralela. Uma onde crianças não são um fator complicador não só para um relacionamento casual quanto para um possível desenvolvimento dele. Uma onde não parece uma temeridade marcar encontros com estranhos tendo uma criança para proteger. Não ser um prospecto atraente para estranhos num aplicativo de sexo casual é culpa da misoginia? As palavras vão perdendo significado. Até alguns anos atrás, a menção de misoginia me gerava uma reação de preocupação com algo terrível, violento e injusto. Hoje em dia a palavra sempre me parece estar saindo da boca de uma mulher que foi contrariada, e só.

E nesse novo significado estendido da palavra, vou ser misógino ao dizer que homens sem filhos tendem a preferir mulheres que ainda não passaram pelo processo de ter um filho. E pra ser mais “terrível” ainda, até mesmo os que já tem filho devem compartilhar da opinião. É algo que tira pontos de qualquer pessoa, mexe com o corpo, mexe com as prioridades… evidentemente que não é nada que inviabilize a pessoa como parceira, mas é tapar o sol com a peneira dizer que algo não mudou para sempre com a mulher que já tem um filho. Num ambiente “esperado” de ter um parceiro com quem criar esse filho já costuma dar dor de cabeça, imaginem então quando a mulher quer voltar para a selva da procura por novos parceiros?

Homens são muito mais focados em corpo, em aparência. E isso não tende a ficar melhor depois de uma gestação, muita coisa vai cair, relaxar ou simplesmente não funcionar da mesma forma. Homens parecem gravitar ao redor de um ideal de mulher que não tenha tido muitos parceiros sexuais na vida, o que inconscientemente parece meio quebrado ao saber que a mulher já tem um filho. E você pode reclamar o quanto quiser, não vai conseguir entrar na cabeça de alguém e arrancar isso. Está lá. E nem é o fim do mundo, porque tem homens suficientes nesse planeta que não ficam presos a esse tipo de pensamento. Mas, no Tinder? O que caralhos essa pessoa achava que ia encontrar num aplicativo de sexo casual? São pessoas mais jovens e dispostas a encontrar outras pessoas jovens para relações sem compromisso. Uma pessoa com filhos não tem mais como tirar a palavra “compromisso” da vida.

O inacreditável aqui é como algo óbvio como uma mulher com filhos ir para o Tinder e ser rejeitada por quem não tem filhos vira caso de misoginia! Se o problema era a grosseria dos homens com quem conversou, procure algo melhor, porque novamente, ela estava no Tinder! Quem quer um nível de conversa, compreensão e educação mais elevado TEM que escolher as pessoas com as quais se relaciona a dedo. E não estou falando do dedo cutucando uma tela.

Para achar que o que eu escrevi te critica de alguma forma e me acusar de querer matar todas as mulheres, para dizer que mulher jovem solteira é nojenta da mesma forma com homem que tem filhos, ou mesmo para dizer que falta romance e compreensão no Tinder: somir@desfavor.com

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Comments (34)

  • Eu particularmente não me relaciono com mãe solteira, não curto crianças e tampouco tenho paciência. Se eu não tenho vontade de ter filhos pra que vou querer me relacionar com alguém que ainda vem com um serzinho de brinde? No máximo que fiz foi sair sem nada sério com uma mulher mais velha mas cujos filhos adolescentes estava em seu canto. Mas pra que raios vou dar match em mulher pra ficar dando pitaco na vida dela? Não curto então deixo ela em paz. Por outro lado é como vocês falam, o Tinder é pra PEGAÇÃO não pra encontrar príncipe encantado.

  • Rola um certo preconceito com mães solteiras mesmo (não tô falando dessa daí do texto, que mais parece que entrou lá no Tinder com o objetivo de causar e sair de lá com um textão pronto), principalmente por parte desses caras que seguem a filosofia da “Real” (que novidade…). Botam todas no mesmo saco, como se toda mãe solteira fosse uma piranha que não servisse pra relacionamento sério. Ridículo isso.

    “Por sinal, mulher quando não quer ficar com o cara é de uma crueldade ímpar na hora de esculhambar ou dar um fora, viu? Mas quando acontece com elas, reclamam e acham ruim.”

    Sim. O que mais tem é mulher “empoderada” berrando aos 4 ventos pra “me aceitarem como eu sou, inclusive com minhas estrias e celulite” correndo atrás de macho de academia (e desprezando homens que não estão no padrão de exigência delas). Mas se um cara não quer ficar com ela por qualquer motivo é choro, ranger de dentes, textão e protestinho até 2075.

    • Julgar uma mulher por querer sair com alguém tendo filhos é realmente babaquice. A vida da mulher não tem que acabar depois que ela é mãe. Mas hoje não se permite nenhum tipo de julgamento, sob pena de escândalo, machismo etc.

      Vou contar uma historia real: conhecida minha com filho bebê fez sexo com sujeito (que não o pai da criança) enquanto, eu disse ENQUANTO estava amamentando o bebê. Fiquei chocada e quase apanhei quando fiz cara de espanto, pois aparentemente sentir estranhamento em relação a isso é ser machista e preconceituosa.

        • Sim. E bastou uma cara de espanto minha para virar uma avalanche de acusações. Pelo que me foi gritado, apenas eu, que tenho uma cabeça muito pequena, vejo problema nisso.

          Obs: não era com o pai da criança. Me pergunto que homem come uma mulher com um filho que nem é seu mamando. Chamem como quiser, eu não acho isso aceitável…

  • Não sou um ser muito sociável então os apps de paquera de modo geral me ajudam. Mas há filtros que mostram interesses em comum, descrição no perfil é fundamental mas é coisa tipo de cada 100 salva uns 2. Já tive boas experiências, algumas experiencias péssimas tbm.
    Me pergunto se o relato da moça não omitiu comentários positivos ou realmente interessados nela,mas ai não daria pra ser a ´vítima´ né.

    • O relato dela é todo voltado para que ela saia como guerreira e vítima ao mesmo tempo, essa figura bizarra que a modernidade criou.

  • “Em um mundo ideal, todos deveriam poder andar usando joias na rua sem sofrer nenhum assalto, mas sabemos que o Brasil não é um mundo ideal, então, para evitar esse tipo de violência, deixamos as joias em casa em vez de ostentar joias como forma de lutar pelo seu direito de sair na rua usando o que quiser.”

    Vc está culpando a vítima?!!!
    Seje menas. Tô tremendo e chorando aqui…

  • Hoje, o que mais importa não é fazer algo relevante para a sociedade, se destacar moralmente, financeiramente ou profissionalmente.

    O importante hoje é fama. Número de seguidores e alcance de postagens e likes valem mais que dinheiro. Virou commodity, para se conseguir todo o resto.

    Neste novo mundo que se desenha, tem mais visibilidade quem chora mais. Quem se vitimiza mais e quem aparenta precisar de mais atenção e proteção.

    Homem sofre, mas não tanto como a mulher, que sofre menos que a mulher negra, que não sabe o que é ser negra e gorda, que não chega aos pés de uma trans que moram no pais onde mais se mata trans, e por aí vai…

    Neste novo mundo, se os fatos não são suficientes para embasar a narrativa vitimista, precisamos adequar os fatos; e para isso, mudamos o significado de palavras para ficarem o mais abrangentes e genéricos, possíveis.

    Machismo, fascismo, racismo, misoginia, e outras palavras. Adiciona-se a ‘retórica’ de que só a vítima é quem pode definir o que significam estas palavras e se ela sofre ou não. O famoso ‘lugar de fala’. E pronto:

    Temos um monte de pessoas lutando para parecerem mais vítimas que as outras e sem poderem ser retrucadas com a realidade.

    Quanto ao Tinder, ali é tipo ifood pra escolher a comida da noite. A maioria nem lê o perfil, nem está interessada se vc é feminista, empoderada, casada, mãe, engenheira ou garçonete. Quer ver sua foto, seu corpo e saber se consegue te comer. Fim. Não gostou, nem entra.

    O mundo não vai te proteger, apenas usar seu caso para criticar ou embasar alguma ideologia e pensamento, até o próximo lacre.

    • Digitando com os pés, pois com as mãos estou aplaudindo!

      Concordo com tudo e acrescento apenas uma coisa: para alcançar o papel de vítima não apenas se distorce o significado, as pessoas também se colocam em evidentes situações de auto-multilação emocional para, após o ataque previsível, ostentarem papel de vítima.

  • Tudo nos textos é certo e tem sentido. Uma pena que o “rolo opressor da lacração” não deixa todos absorverem as verdades que ele pontua. Uma pessoa “culta” buscar parceiro igual no Tinder é meio que viver em Nárnia. Acredito que ela fez isso pra ter like no textão da rede social.

    • Sim, faz para atrair esse tipo de coisa e depois reverter a seu favor. Lamentável que use o filho nesse processo doentio.

  • Em relação às mães e pais de hoje, eles estão muito omissos. Parecem não entender que uma criança existe agora e passa a ser prioridade, não dá pra viver a mesma vida de solteiro fazendo as mesmas coisas.
    É raro achar gente querendo coisa séria no Tinder. Eu percebi que tinha algo errado nesse app quando uma amiga marcou encontro com um rapaz e levou uma faca na bolsa.
    As pessoas precisam de mais noção.

    • Minha filha, quando mulher que sair para dar, larga o filho com qualquer um. Mas aí eu pontuo: onde está o pai dessa criança? Porque merdas se omitiu?

      • O pai é intocável, só existiu na hora de fazer, mas pode incomodar a amiga sem filho sem problemas. Se você não cuida da cria alheia pra amiga ir pra balada, você não tem sorodidade, segundo essas mulheres. Vai entender…

        • Tem que ver também que se o pai se meter e reclamar, ele automaticamente vira machista opressor…

          Na boa? Quem pariu Mateus que o embale. Eu não cuido do filho de ninguém. Sempre tive o cuidado de não ter filhos justamente para não ter esse encargo. Dica: se faça de louca como eu, diga aos quatro ventos que não gosta de criança e comente que tem tão pouco jeito que uma vez deixou uma criança cair no chão de cabeça. Garanto que ninguém mais te pede para cuidar de criança!

          • Ha, eu também falo para todo mundo que não tolero crianças…. e que não sei segurar, vou deixar cair… O povo nem mostra mais foto de bebê para mim, hahaha. Funciona que é uma beleza.

            Aliás, para mim, bebês recém-nascidos (que as mães insistem que são liiindos) são todos iguais….

            • Bebês recém-nascidos me parecem alienígenas. Aqueles olhos grandes, aquela cabeça, sei lá, tenho a impressão de que vão abrir a boca e dizer “Me leve ao seu líder”

  • Lá virou merchan de marcas nojentas metidas a moderninhas e de prostituição, sendo que os malacos idealizadores do aplicativo resolveram meter a faca em quem fazia uso do serviço. Além do que vazam todos os grupos e páginas que você curte ou acompanha no facebook bem como eventuais “amigos” em comum. Socorro!

  • Pois é. Existem sites mais voltados para namoro romântico, tipo Par Perfeito, POF e outros. O Tinder é aplicativo de pegação. Mas tem gente que acha que não importa o contexto, pode fazer o que der na telha. No tempo em que os chats não eram exclusivamente ponto de encontro de homens gays, você encontrava homens sem noção propondo sexo a mulheres em sala de literatura e mulheres sem noção em sala de sexo virtual querendo papinho família. Aí você diz: criatura, leia o nome desse lugar e pense um pouquinho! Se um cara no Tinder achar legal que você tenha filhos, corra muito! Ele quer comer as crianças!

    • Concordo com tudo. Em vez de apontar o dedo para os outros, criticar, expor com a intenção de fazer passar vergonha, as pessoas deveriam olhar um pouco para elas mesmas e se perguntarem qual é a sua parte na história. Faltou adequação a esta moça, não por querer conhecer gente tendo filhos, isso é super ok, mas pelo meio que usou e pela forma como inseriu um filho em um ambiente de putaria.

      Mas é muito mais fácil culpar os outros, né? O mundo todo é escroto, a pessoa é vítima. Depois ficam lamentando atrair homem assim e ficam repetindo que todo homem é escroto.

  • Já usei o Tinder, e certo dia, dei match com um cara que na última foto aparecia com a filha (só vi durante a conversa). Ao perguntar se era a filha dele (só por curiosidade, mas internamente achando inadequado), levei uma esculhambação gratuita sobre como “as mulheres têm preconceito com homens com filhos”. Obviamente era impossível voltar a ter atração por uma pessoa chiliquenta dessas e parei imediatamente a conversa. Devo ter saído como mais uma preconceituosa escrota.

    • Há um desejo enorme de se fazer de vítima, né? Daí a pessoa faz uma inadequação dessas, acredito eu que inconscientemente, e se delicia com quem ousa apontar ou sequer insinuar sua inadequação. É gente que vive de se vitimizar para encobrir os reais motivos pelos quais seus relacionamentos não dão certo: a culpa é ter filhos, é que todos são escrotos, todos são interesseiros, etc. Nunca está na pessoa. Curioso, né?

      Se cada vez que uma pessoa fosse escrotizada ou injustiçada ela tivesse a presença de espírito de tentar encontrar SEU erro, sua parte naquilo, as pessoas se meteriam em menos furadas. Foda-se o outro, se o outro não melhorar, ele vai se foder, a vida se encarrega. Se preocupe com você, no seu aprimoramento pessoal, na sua evolução.

  • “Em um mundo ideal, todos deveriam poder andar usando joias na rua sem sofrer nenhum assalto, mas sabemos que o Brasil não é um mundo ideal, então, para evitar esse tipo de violência, deixamos as joias em casa em vez de ostentar joias como forma de lutar pelo seu direito de sair na rua usando o que quiser.”

    Absolutamente perfeito. Lembro de ter acompanhado essa história, quando estava se progadando pela internet, em um chan. O consenso geral era mais ou menos assim: “puta que me pariu, a mulher vai se promover como mãe solteira, feminista, militante e comunista na porra de um TINDER. Diagnóstico: attention whore em estado avançado, nem quimioterapia salva.”

    E se tem algo que me emputece é quando alguém fala ou faz uma merda tão escalafobética, quando uma pessoa vem e avisa esse alguém de que está falando ou fazendo uma merda escalafobética, já aponta o dedo e berra VOCÊ SÓ ESTÁ ME CRITICANDO PORQUE EU SOU (insira minoria aqui)! SEU PRECONCEITUOSO CUZÃO!

    • É muito mais fácil jogar a culpa/responsabilidade toda no outro, na sociedade, no entorno. Olhar para dentro e refletir sobre a sua parte esse povo não quer. Lamentável.

      • Já é uma tendência natural do ser humano, que é explorada muito bem pela mídia em troca de audiência (confronto vítima x opressor).

        Essa parte “Se você não está feliz onde está ou se você não está feliz com o tipo de pessoa que está atraindo, bem, em vez de fazer escarcéu com estas pessoas, olhe para dentro e repense, pois a resposta está em você” me fez lembrar um post de um antigo blog (garotasquedizemni) onde a autora falava sobre a eterna sofrência de uma personagem (Alison) por causa da chefe, ela comentou “sério Alison? Conhece um negócio chamado “Classificados?”

          • Esqueci de mencionar que era um post analisando os “plot holes” do seriado “Melrose Place”, onde havia essa personagem Alison, e tudo com ela girava em torno da perseguição que a mesma sofria por parte da chefe.

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