Resoluções 2018 – Desfavor

Em vez de fazer previsões (já provamos que somos fodas, cravamos 48 de 50 previsões) este ano vamos fazer resoluções de coisas que acreditamos que precisamos ou devemos fazer em 2018. As resoluções foram decididas em conjunto, após uma longa conversa, ou seja, não tem ninguém sendo obrigado a nada aqui.

Mas não são resoluções vazias, por fazer. Vocês serão nossas testemunhas e acompanharão nosso progresso. Durante o ano, vamos mantê-los informados à medida que formos realizando nossas resoluções e, se deixarmos de realizar alguma até 31 de dezembro de 2018, recairá sobre nós alguma punição. Ambos precisam realizar e provar tudo, caso contrário, ambos serão punido, mesmo que um tenha completado todas as tarefas.

Esta punição será escolhida entre as sugestões que vocês poderão deixar nos comentários, durante todo o ano. Então, aproveitem e deixem comentários com sugestões de punição, mas, por favor, estamos falando do Somir, o Mestre da Protelação, então, pesem a mão, ok? Nada fácil ou digno, precisamos de uma punição que de fato desperte medo.

Seguem nossas resoluções para 2018:

1 – Responder de forma sincera sem medir palavras quando a pessoa enviar por WhatsApp qualquer corrente ou autoajuda coletiva que ela provavelmente enviou para toda sua lista de contatos.

Sally: não suporto mensagens prontas coletivas. Ofendem a minha inteligência. Acho falta de consideração. Se a pessoa não vai se dar ao trabalho de escrever algo para mim, então não me importune via WhatsApp. Enviar mensagem genérica para ficar bem com todo mundo não funciona comigo e este ano vou responder o que realmente penso disso a cada data comemorativa que filho da puta vier me enviar uma mensagem genérica. Não importa se é parente, se é chefe, se é amigo, se é o caralho a quatro, quem me enviar uma mensagem genérica vai receber uma mensagem muito sincera a respeito. Assumo o compromisso de enviar uma resposta grossa e sincera a quem quer que me envie uma mensagem coletiva, não importa o quanto isto impacte negativamente a minha vida, não serão abertas exceções. Terei que lidar com o impacto disso durante o ano. Será provado por print da tela do celular.

Somir: eu flerto com a hipocrisia aqui porque eu faço essas mensagens para muitas empresas. Mas tem diferença entre pessoa física e jurídica, é bem mais escroto quando uma pessoa abdica de personalizar a mensagem. Como eu não quero que o WhastApp vire mais uma rede social com esse tipo de postagem coletiva, vou me comprometer também a responder com uma bela surpresa. Meu forte não é grosseria, mas isso é tão mala que vale o esforço.


2 – Responder apenas com emoji de “joinha” quando alguém me mandar alguma inconveniência ou me importunar de forma descabida no whatsapp. Em caso de insistência, continuarei respondendo com o mesmo emoji, sem jamais digitar uma palavra, até a pessoa se tocar.

Sally: mandou áudio de mais de 30 segundos? Enviou foto de um bebê que em nada me interessa? Insistiu em algo que eu já recusei? Agiu de alguma forma de modo inconveniente? Este ano não perderei tempo com estas pessoas: a única resposta que obterão de mim, não interessa quão putas fiquem ou o quanto insistam, será um emoji de joinha. Não dedicarei a pessoas chatas e inconvenientes mais do que um clique no emoji de joinha. Assumo o compromisso de, independente da pessoa ou dos desdobramentos na minha vida, responder a gente pau no cu apenas com um joinha. O ano todo. Também será provado por print da tela do celular.

Somir: minha política sempre foi dar um prazo de 24 horas para responder qualquer mensagem de áudio de WhatsApp (com exceção de pessoas muito selecionadas). Depois de tanto tempo, posso afirmar que o experimento não teve muito sucesso, as pessoas não percebem e vão empilhando mais e mais mensagens, me enchendo o saco quando o prazo bate. Também não mandava emojis por motivo algum. Mas o Troféu Joinha é bom demais para não ser usado.


3 – Me passar por trans/gay/lésbica para obter algum benefício com isso.

Sally: não pretendo lesar ninguém nem obter uma vantagem indevida, é apenas um experimento social para demonstrar como a sociedade está se portando ridiculamente permissiva com supostas minorias. Nem ao menos vou usufruir do benefício, só quero provar uma tese. Assim que vislumbrar uma possibilidade, tentarei me passar por uma trans e impor alguma situação ridícula goela abaixo da pessoa, apenas para ver se ela cede por medo. Tudo devidamente documentado. Será provado por print de tela de celular, e-mail, gravação de áudio ou qualquer outra forma possível.

Somir: vai ser o ano de checar muitos privilégios! Como em menos de uma década eu vi no espelho uma pessoa normal virar o grande vilão da humanidade apenas por nascer de um jeito, vou tentar descobrir se a grama do vizinho é mais verde, ou rosa. O bacana disso é que pune mais as pessoas que mais enchem o nosso saco com politicamente correto.


4 – Continuar com o Desfavor.

Sally: nunca esteve nos meus planos parar, é só para reforçar que, mesmo que eu perca os dois braços, vou digitar com um lápis na boca. Não precisa ser provado, no dia 31 de dezembro estaremos aqui.

Somir: basta eu não morrer para completar esse.


5 – Começar a escrever um livro.

Sally: projeto antigo que nunca saiu do papel por “falta de tempo” (leia-se, por falta de priorizar). Não garanto que termine o livro, mas ao menos começo. Spoiler: História do Mundo vista pelo Desfavor. A prova de que ao menos começamos será divulgar o primeiro capítulo.

Somir: eu pensei em escrever algo sozinho pra treinar, bem nerd e ficcional, mas faz muito mais sentido já começar com o prato principal escrevendo junto com a Sally, porque tem ela para cobrar.


6 – Trollar as eleições presidenciais e gerar pelo menos uma matéria num site jornalístico.


Sally:
2018 é ano de Anula Eu, vamos cobrir com empenho estas eleições e, para aumentar o desafio, emplacar uma mentira em algum site. Já fizemos antes, mas não demos publicidade ao fato. Desta vez faremos de forma documentada. A prova será uma timeline que vamos montar com o passo a passo da mentira plantada.

Somir:
Essa eleição vai estar tão polarizada que o terreno vai estar muito fértil para as Fake News. Pelo menos uma temos que emplacar, mas nada impede de cagar pra cima de todos os candidatos com tantos meses de possibilidade.


7 – Narrar um jogo da seleção brasileira na Copa ao vivo pelo desfavor.

Sally: 2018 também é ano de Des Portes, se vocês soubessem o quanto a gente se arrependeu de não narrar ao vivo aquele 7×1… Lição aprendida, este ano vamos fazer uma cobertura de perto. Não precisa de prova, vocês vão acompanhar e participar conosco.

Somir:
Desde a última Copa, treinamos bastante, e com as orientações do professor e muita dedicação esperamos fazer um bom jogo, ganhar os 3 pontos e não respeitar o adversário.


8 – Transformar uma postagem do desfavor num vídeo.

Sally: Também é vontade antiga, vou fazer o possível para que saia, de preferência para comemorar os dez anos de blog. Ainda não sabemos a dinâmica (se vamos efetivamente aparecer como somos no vídeo), mas vai acontecer, ainda que de forma tosca. Aliás, de preferência de forma tosca. Também não precisa de provas, pois será postado para todos vocês.

Somir: Não é a nossa cara partir para o vídeo só depois que o modelo do YouTube de anúncios cagou completamente?


9 – Frequentar pelo menos um evento social por mês, mesmo que isso consuma minha alma.

Sally: odeio gente. Mas gente infelizmente faz parte da vida. Será provado com uma foto por mês de cada evento social, preservando os envolvidos. Muita vontade de usar a plaquinha do Desfavor para ilustrar essas fotos…

Somir: eu já estou me arrependendo dessa resolução. Mas nada melhor para recuperar nosso desdém pela humanidade do que passar algum tempo enfiado no cheiro dela.


10 – Aumentar minha expectativa de vida ao invés de diminuir.

Sally: este ano eu poderia ter me cuidado melhor, em 2018 não quero pessoas tóxicas por perto me atormentando, quero comer melhor e quero mais horas de sono. Como a prova deste quesito é mais complicada, funcionará da seguinte forma: eu atestarei o esforço do Somir e ele atestará o meu.

Somir:
o projeto “Infarto aos 40” vai ter que ser atrasado em pelo menos uma década, preciso ganhar dinheiro suficiente para trollar ainda mais o mundo.


Sintam-se livres para cobrar, fiscalizar e definir punições desumanas. Se a gente quisesse amigo, escrevia blog sobre a natureza. Se a dinâmica der certo, ano que vem deixaremos que vocês escolham nossas resoluções…

Para dizer que perdemos o juízo de vez, para dizer que se eu atrelar isto ao Somir eu já perdi ou ainda para dizer que é sempre um prazer escolher uma punição: sally@desfavor.com

Para dizer que se amarra nas punições e vai ficar em cima, para dizer que era mais fácil dizer que ia começar uma academia e esquecer no dia 2, ou mesmo para dizer que ficou esperançoso(a) com 2018: somir@desfavor.com

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Comments (29)

  • Se não cumprirem, Sally e Somir terão que fazer um Free Hugs cada um, com o tema escolhido pelos leitores, no mês de janeiro.

  • Melhor punição: Somir e Sally partem de -5 no Bolão 2019 pela falta de comprometimento. Tem que facilitar meu título, né?

  • Quando Sally diz que odeia gente é impossível de acreditar. Se odiasse tanto assim não conversaria com qualquer um por aí… “Se a gente quisesse amigo, escrevia blog sobre a natureza.” parece que ela já tem vários.

    A resolução número 3 parece ser engraçada.

  • Se não conseguirem acho que em 2019 tem que ter um banner o ano inteiro no Desfavor em algum lugar escrito “Somos cuzões, não cumprimos as resoluções para 2018″… :P

  • Certeza que não vão cumprir. Se não cumprirem, o tema de uma postagem por mês de 2019 tem que ser escolhida por voto impopular.

  • A resposta grosseira a mensagens genéricas estou muito tentado a fazer tbm.

    O jóinha pra esse povo burro e inconveniente acho q nao funciona. Vao achar q vc curtiu (como no Face). O melhor é ignorar mesmo.

    E uma das resolucoes pra esse ano é continuar acessando o Desfavor TODO DIA. Mesmo q eu nao leia por falta de interesse no assunto (mas acho q leio quase 90% das postagens).

    Um 2018 mto foda pra vcs!

    • Mesmo que a pessoa não entenda o joinha, você não acha muito satisfatório ficar rindo da burrice alheia, ainda que o burro não perceba?

  • Muito ansioso para ler os prints do Whatsapp, principalmente as reações das pessoas depois da resposta sincera. Tollar as eleições vai ser épico. Espero que vocês contem com o exército impopular para esta.

    Como punição para o Somir, sugiro que ele vá para uma praia movimentada, com uma regata com os dizeres: “ESTOU SEMPRE ERRADO” e no verso “ME PERGUNTE PORQUÊ”, quando alguém perguntar ele deve responder com uma justificativa meio descabida mas totalmente crível escrita pela Sally. Para provar, uma foto na praia com a regata (pode cobrir o rosto) e um texto com os nomes das pessoas que perguntaram e como elas reagiram.

    Como punição para Sally, ela deve marcar um encontro, também numa praia movimentada e aparecer com roupa de banho e um par de galochas. Caso a pessoa pergunte o motivo das galochas ela deve responder com uma justificativa igualmente descabida, porém crível, escrita pelo Somir. Para provar, uma foto das perninhas mostrando as galochas e o mar e um texto descrevendo o encontro.

    • Eu topo! E ainda justifico as galochas respondendo “É que não quero pegar os germes que POBRES como você passam através desta areia”

  • Sally, escreve um livro sobre o pobre brasileiro , os tipos , como criam suas crias , como evitar , o que usam pensando q é chique . Vc é ótima nos insultos e eu iria comprar vários pra dar de presente para os semi-amigos . Acho a iria ser no mínimo polêmico , pode usar meu nome rs.

    Nas eleições poderiam fazer campanha pra um candidato tipo aquele do aerotrem. Pena q não tem voto de papel pra fazer campanha para o macaco Tião.

    Fugindo do assunto ,
    Somir, poderia escrever sobre a teoria da não localidade ? Não entendo essa bosta nem por um decreto . Ficaria muito grata .
    Não tenho ideia pra punição , por mim seria sempre um Siago Tomir

    • Adoraria fazer um Manual do Pobre, vai dar bastante dor de cabeça com o povo politicamente correto mas… quem se importa?

  • Eu tenho uma colega no zap que todo dia ela me manda imagem de bom dia/ boa noite. Ela é muito boazinha, só que é chata com isso, mas eu não vou tratar mal. Do mesmo jeito se alguém me diz vai com deus eu não respondo que deus não existe. Não vale a pena ser pau no cu por pouca coisa.

    • Manda um joinha para ela.

      Se vale a pena ou não, é o receptor quem determina. Se ela não te incomoda, não se indisponha.

  • “1 – Responder de forma sincera sem medir palavras quando a pessoa enviar por WhatsApp qualquer corrente ou autoajuda coletiva que ela provavelmente enviou para toda sua lista de contatos.
    3 – Me passar por trans/gay/lésbica para obter algum benefício com isso.
    6 – Trollar as eleições presidenciais e gerar pelo menos uma matéria num site jornalístico.”

    Já estou aguardando ansiosamente por esses 3!

  • O 3 eu substituiria por “muçulmano”, porque já veio uma prova de que LGBTs são blindados pela mídia e os próprios fãs.
    Teve uma treta com Pablo Vitar esta semana e ele conseguiu sair por cima mesmo estando errado.
    Sim, ele. ELE ELE ELE

    Sally e Somir criam perfis fakes e postam coisas machistas e intolerantes de vez em quando, misturado a postagens casuais pra disfarçar. Quando o post viralizar, revele que é muçulmano, faça um blablablá sobre tradições e cultura e islamofobia.

  • Sally passar por homem que virou mulher é fácil pelo jeito mermão de falar, só falta usar alterador de voz, porque voz de criancinha não engana ninguém.
    Faz um fake news fodendo o Lula. O povo acredita e a pior coisa seria aquele desgraçado ganhar. Fodam o PT, por favor! Pelo nosso bem.

    • Já tem tantas acusações e provas de corrupção e mesmo assim não adianta. Um boato dificilmente iria destruí-lo, porque ele já tem o apoio de “influenciadores” e Zé Povinho, mesmo tendo internet no barraco, faz tudo na internet menos se conscientizar politicamente. O pessoal fala que “o povo está polarizado”, mas na verdade é só uma porcentagem do povo. E com essas urnas tão seguras, pfff…
      Pra ele não ser eleito só morrendo, mesmo. E, como diz aquela anedota, capaz de levarem o cadáver pra se candidatar.

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