Botão maior.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu às ameaças de um ataque nuclear do líder norte-coreano Kim Jong-un e afirmou que também tem um botão nuclear em sua mesa. Só que o seu seria “maior e mais poderoso” que o do líder oriental. LINK


Um declaração bizarra em rede social numa discussão sobre guerra nuclear! Valeria a coluna por si, mas… estamos começando a enxergar mérito nisso. Desfavor da semana.

SALLY

Não sei se vocês já sentiram este estranho fenômeno que vou descrever: algo que é tão ruim, tão ruim, mas tão ruim que parece que transcende, e, de tão ruim, fica bom. Se vocês são normais, provavelmente não sabem do que eu estou falando.

Eu sinto isso com Trump. Eu me esforço muito para desgostar dele, mas sinto um afeto incontrolável pelo maluco laranja. O evento desta semana só reforça isso. Para quem não viu, um breve resumo do ocorrido: o doido varrido do Kim Jong-Un fez um discurso bravateiro e ameaçador dizendo que tem “um botão nuclear” em sua mesa. Patético, sem postura e infantil. Ridículo, idiota, babaca. Me faltam adjetivos para descrever quão degradante é esse anão cabeçudo.

O que uma pessoa normal faria: um pronunciamento sério sobre o caso. Talvez uma retaliação diplomática ou econômica. Possivelmente acionar organismos internacionais para intervir. Pessoas consideradas sãs, dentro do decoro, dentro das regras teriam uma postura oficialmente sóbria, ainda que, por debaixo dos panos, fizessem umas baixarias, por exemplo, espionar a vida dos seus próprios eleitores de forma invasiva, como o Negão fez. Foda-se se foi criminoso, desrespeitoso ou ilegal, se for feito com a devida pose, tudo bem.

Obama = Black Lula. Nada de ruim cola nele. Foi um dos que mais bombardeou e matou, foi o que mais fodeu com a liberdade e direitos individuais do cidadão americano, cruzou a linha do abuso por centenas de vezes, mas o Negão é bem quisto. O Negão tinha porte, tinha pose. Esbelto, bem vestido, sorriso midiático. Quando descia do avião presidencial parecia que ia enroscar o braço em um poste e cantar “Singing in the rain”.

Aí vem o Trump. Laranja, gordo e descabelado. Boca suja, mulherengo, sincericida. O que ele faz ao ouvir a infantil ameaça do anão coreano? Entra no jogo, simplesmente debocha e responde no mesmo nível. E nem se dá ao trabalho de fazer comunicado oficial, foi via Twitter mesmo. Alguém ameaça dizimar a vida no seu país com armas nucleares e obtém três linhas malcriadas como resposta. Tem como não amar? Vejam a resposta do Trump:

“O líder norte-coreano declarou que o ‘botão nuclear está sempre em sua mesa’. Alguém desse regime falido e que tem fome pode informá-lo que eu também tenho um botão nuclear, mas muito maior e mais poderoso que o dele… e o meu funciona”.

Sim, é isso mesmo que vocês leram. Trump usou o “o meu é maior e melhor” como resposta. Tosco convicto. Sem incidente apelar para incidente diplomático, sem pose de vítima de ofendido, sem grandes repercussões. É como se alguém te mandasse tomar no cu e você, em vez de brigar, processar ou gritar, apenas falasse “vai tomar no cu você” e encerrasse a questão. Será que Trump está mesmo tão errado?

É uma atitude que condiz com o que se espera de um Chefe de Estado? Certamente não. Mas, quer saber? Eu gostei. Acho uma estratégia válida e uma forma eficiente de desmerecer e desmoralizar quem está tentando te provocar: dar uma resposta no mesmo nível. Talvez se eu estivesse na área de perigo, que pode tomar um míssil nos cornos, pensasse diferente, mas, daqui de onde estou, em meio a floresta, macacos e batuques? Eu ri. Simplesmente não dá para dialogar com algumas pessoas, e Kim Jong Un é uma delas.

Choveram críticas dizendo que um totozinho desses em rede social poderia ter causado uma guerra, que ele foi irresponsável e bla bla bla. Meus queridos, podem falar o que quiserem de Trump, mas não podem acusa-lo de ser dissimulado: ele nunca escondeu que era isso aí. E foi nisso aí que o povo votou, então, a maioria quer isso aí mesmo, nem que isso aí implique em um risco para a segurança nacional. Onde está o tão aclamado respeito pela democracia, exaltado à exaustão nos últimos dez anos, quando chega ao poder um candidato do qual as “cabeças pensantes” não gostam?

“O meu é maior, melhor e funciona” virou meu bordão para 2018. Por mais que a atitude de Trump seja feia, eu consigo ver uma ponta de sabedoria na sua infantilidade lunática. Foda-se que está contra o decoro, foda-se que foge à postura esperada, acho menos nocivo do que lidar com a situação com o Negão fazia, com pose bonita mas rasgando a Constituição e matando milhares de inocentes para tentar manter o controle. Em vez de jogar drone, joga alfinetada em rede social!

Mas é feio defender o Trump. Não é socialmente aceitável. Paira sobre você uma presunção de escroto e/ou ignorante. Não pode. O “certo” é se portar como todos vêm se portando ao longo de séculos, foda-se se vem dando errado, aquele que sai do mainstrem é aquele que apanha, pois assusta. Sair da zona de conforto assusta. Ser imprevisível causa pavor.

O mais curioso é ver como as “cabeças pensantes” se sentem no direito de analisar a situação como se detivessem todas as informações necessárias. Acusam Trump de ter colocado a segurança dos EUA em risco. Vem cá, estas pessoas tem acesso às informações secretas da CIA? Do FBI? Da Casa Branca? Sério que com meia página de jornal se sentem avalizados a dar este parecer? Porra, o Laranja sabe de muita coisa que a gente não sabe, quem garante que ele não fez isso com a plena certeza de que tudo não estava sob controle? E, se ele quis correr esse risco, bem, as pessoas o colocaram lá sabendo que essa era a postura dele. Bora respeitar a vontade da maioria?

E outra: os mesmos piolhentos que chamam os EUA de Império Capitalista Opressor com aquele discurso que até Fidel Castro abandonou antes de morrer, agora se preocupam com a segurança dos EUA? Ah, vá! O que é isso? É medinho dos parques da Disney, para onde os comunistões de boutique levam seus filho no final do ano, serem bombardeados e eles serem obrigados a visitar um museu? Me poupe. Coerência mandou lembranças!

Trump = Rafael Pilha Laranja. Joguem pedras, eu achei inteligente o que ele fez. Gostei. Achei que teve culhões, teve presença de espírito e teve sim uma grande sacada estratégica ao dar tão pouca importância a um Zé Coréia que buscava medo e repercussão. Kim Jong Un se fodeu: tomou uma resposta atravessada mundialmente divulgada e teve que enfiar o galho dentro. Sim, no mundo infantilóide onde pessoas dialogam nesse nível de “eu tenho um botão” e “mas o meu é maior”, esse tipo de resposta dói.

Foi barraqueiro, foi inclusive meio favelado da parte de Trump, mas, sinceramente, faz anos que diplomacia deixou de funcionar nesta nova configuração mundial. O mundo mudou, porra. Parem de querer empurrar soluções tradicionais para contextos modernos. Eu aplaudo quem ousa fazer diferente, mesmo que para isso faça merda.

Para dizer que o seu é maior, melhor e funciona, para dizer que você também riu da resposta trumpica, ou ainda para dizer que também sente um afeto secreto e incontrolável pelo Laranja Maluco: sally@desfavor.com

SOMIR

Quando o líder da nação mais rica e militarizada do mundo resolve brigar no Twitter com outra nação que também tem armas nucleares, a reação natural é de pura incredulidade. Deveríamos todos estarmos em choque com essa loucura, mas… estamos? Nem foi tão notícia assim. Aqui ou mesmo nos EUA. Não faz muito tempo li um artigo sobre o perigo da “renormalização” criada pelas atitudes de Trump: ele faz tantas coisas impensáveis até aqui que a linha do que é normal e moderado acabou empurrada um pouco mais na direção da personalidade dele. Se Trump usasse o Twitter para dar suas opiniões sobre o mundo, mas não ameaçasse guerra nuclear por lá, já pareceria mais comedido. É como se as pessoas esquecessem que ele nem deveria estar numa rede social falando o que dá na telha para começo de conversa.

Mas está. E utilizando uma tática tão maluca que só poderia existir num mundo “renormalizado” pelas suas escolhas anteriores. A questão aqui é que se pararmos pra pensar, tem uma lógica nisso tudo que faz Trump parecer bem mais esperto do que possivelmente é. No mundo pré-Trump, o regime norte-coreano tinha descoberto uma forma de lidar com o antagonismo vindo de Washington: a tática da insanidade. Os presidentes anteriores pensavam muitas vezes antes de agir contra a dinastia Kim, Obama até adotou um plano chamado silêncio estratégico, esperando que eles cansassem das sanções e fossem obrigados a abrir as pernas. Não funcionou.

Trump e sua conta do Twitter mudaram o jogo. Não havia mais silêncio, e sim respostas ardidas e nem um pouco diplomáticas para a pretensa insanidade vinda de Pyongyang. Trump definiu logo que insanidade não era exclusividade do líder norte-coreano. E nessa troca de farpas que vem desde o ano passado, não é que a estratégia do homem-laranja está conseguindo cansar o adversário? A cada provocação de lá, ele devolve. Não com drones e mísseis, mas com deboches. O plano de Kim Jong-Un era de manter o mundo assustado com seu poderio militar, fazendo seu país parecer perigoso e imprevisível… mas Trump está acabando com isso. Transformando o ditador norte-coreano numa piada, por assim dizer.

Essa última resposta foi humilhante. Todo mundo parece preocupado com diplomacia, mas se tem uma coisa que o ser humano respeita inconscientemente é uma boa sacaneada na resposta. Trump esculachou Kim e derrubou o microfone. Irresponsável? Sim. Mas, porra, como foi humano. Não podemos esquecer que todos os líderes mundiais são pessoas. Pessoas com muito poder, mas suscetíveis e falhos mesmo assim. Num mundo de diplomacia pura, provocações são respondidas com violência e sanções econômicas que ferem civis. Líderes mundiais ficam putos, mas nunca podem responder como pessoas. Isso nos leva a ações desmedidas pelos meios tradicionais.

Trump? Sacaneou ele, ele te devolve na hora pelo Twitter mais popular do mundo, num misto de putez mal disfarçada e deboche… mas sai ali. A ideia de um presidente americano incapaz de relevar críticas é perigosa, mas se ele tem uma forma de expurgar esse mal rapidamente como se estivesse numa batalha de rap, será o que mundo não fica mais seguro? Pode ser aquilo de renormalização que o presidente americano faz, mas eu começo a achar cada vez mais válida sua estratégia. Fazer a Coreia do Norte virar uma piada, mesmo com todo o esforço que seus líderes tiveram para parecer mais assustadores. É meio como se Trump tivesse derrubado o valor de um programa nuclear de décadas com uma ou duas piadas.

E o fato da Coreia do Norte ter aberto uma linha de comunicação com o vizinho do Sul corrobora com isso. Desmoralizado, o regime de Pyongyang tem que voltar sua atenção para outros lugares. Não está adiantando usar a briga com os EUA para ganhar moral no cenário sociopolítico mundial. Ao provocar Kim Jong-Un, Trump está pagando o blefe das armas nucleares. Ter uma bomba atômica é ter um mico militar em mãos: não dá pra usá-la de forma vantajosa. Quem atira antes vira vilão mundial e é atacado sem dó. Ela serve como uma alternativa final para se vingar de quem vier te atacar. Ajuda a te proteger de uma invasão, mas basicamente só isso.

E se Trump está atacando no Twitter, a Coreia do Norte fica obrigada a aprender a fazer umas memes hilárias ou a calar a boca. Pode ser que eu morda a língua falando isso, mas: eu acredito que Trump acabou com a ameaça da Coreia do Norte. A porta está fechada. Com o resto do mundo tentando convencê-los a parar com seu projeto nuclear, não sobrou pra onde correr. Ou começa a ceder para outros países, ou vai se afundar sem parar com um antagonista que só te dá a moral de umas piadas em rede social e não vai negociar. Louco por louco, o do botão maior realmente vence.

O desfavor é que parece funcionar. Que nossas visões sobre diplomacia internacional permitiam muito mais área de manobra que o previsto. O desfavor é que Trump vai ganhando mais e mais simpatia de pessoas que o achavam um desastre anunciado. Inclusive nós aqui do desfavor. Quando eu vi a notícia desse tweet, não consegui ficar chocado. Só gostei mais ainda desse maluco de pedra. O mundo está realmente muito chato.

Para nos chamar de malucos (somos fãs do Pilha), para dizer que assim que a Coreia do Norte explodir o Japão eu vou me arrepender, ou mesmo para dizer que também está gostando cada vez mais da Laranja-Nuclear: somir@desfavor.com

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Comments (19)

  • Eu acho isso tudo surreal. O interessante é que essas atitudes malucas de ambos deixam todo mundo desnorteado. A situação de Jerusalém é outro exemplo. A gente não tem a dimensão exata do que é blefe em cada um. A única certeza é que eles estão pouco se importando com o resto do mundo. De qualquer modo, ninguém está livre de escorregar no banheiro, bater a cabeça e morrer. O pior não é a humanidade acabar, é ficar preocupado com isso sem poder fazer algo a respeito além de espernear.

    • Se não podemos fazer nada, se não há a menor chance de que possamos intervir ou mudar essa realidade, então sugiro que nos divirtamos com isso, fazendo piada. Ao menos assim morreremos rindo.

  • Trump é presidente dos americanos, não do mundo. Isso faz bastante diferença: os americanos são aliados de primeira hora de Israel (até porque acham que lá é a Terra Prometida dos judeus), e querem que Coreia do Norte, Irã, Cuba e outros países do “novo eixo do mal” afundem de verdade.

    Podemos achar ruim esse estilo, mas não podemos negar: ele funciona, e muito bem, para os EUA.

    • Sim, ele atende aos desejos e interesses dos Americanos. Mas neguinho se acha tão importante que se sente no direito de reclamar quando o Chefe de Estado de outra nação faz algo que brasileiro não acha bom. Em compensação, seu próprio Presidente fode os brasileiros diariamente e eles nem tomam conhecimento.

  • Sally querendo ver o circo pegar fogo. Hahahha
    Acho que as pessoas que se preocupam com os EUA estão preocupadas com as perdas humanas que um bombardeio pode causar. Mas também é importante levar em consideração que a preocupação dos brasileiros é direcionada, ou seja, se preocupam com países centrais mas se esquecem de toda a miséria causada por inúmeros fatores nos países periféricos.
    Quanto ao Trump, não sei o que pensar, só sentir. Maluco ou estrategista, até o final do governo dele teremos muitas surpresas e memes. O Laranja Maluco não parece se importar com a diplomacia, além de corresponder as ânsias daqueles que votaram nele. É aquilo que a Sally disse, quem votou nele queria mesmo esse tipo de atitude e não um presidente comedido e refém do “bom senso”.

    • É complicado, pois as pessoas que se preocupam com os EUA pensando em perdas humanas e bombardeio não se preocupam com centenas de perdas humanas e bombardeios diários em outros países. Fica a impressão de que a preocupação é lacrar mesmo…

  • Começou com um alegando ter o foguete mais poderoso, e agora a briga é pra mostrar quem tem o botão
    maior…hmmm, esses dois…hahaha

    De resto, pelo menos em uma ocasião Trump ter conta no Twitter foi eficaz. Ao saber que a Ford preferiu abrir outra fábrica no México, tuitou imediatamente que retiraria da montadora todos os benefícios scais. E não é que, pouco tempo depois, a empresa anunciou que a nova fábrica seria nos states…

    Assim, de forma direta, transparente e sem rodeios, cumpriu uma de suas principais metas: manter e criar novos empregos dentro de casa.

    • Pois é, Trump é rude, sem modos, tosco, mas também é eficiente. Eu gosto dessa desburocratização e dessa nova forma de condução sem pompa!

  • Falou o entendido. Como se a politica e os políticos que gerassem riqueza e prosperidade. Fato: as politicas e os políticos só atrapalham o desenvolvimento da humanidade com altas taxas de impostos e regulamentações tiradas do cu para beneficiar 1 ou 2 amigos do poder.

    Ai vem o mal perdedor ai que é super a favor da “festa da democracia” enquanto um politico que ele gosta ganha. Mas ai quando da ruim e ganha um power ranger laranja, ai começa a chorar dizendo coisas como, cito: “… ignorantes que, mesmo em minoria, ganham eleições por causa de um sistema que, matematicamente, poderia dar a vitória a um candidato com 22% dos votos”

    “Hillary ganhou.” Só ouço choros de um mal perdedor…

    Geração NUTELLA é foda!!

    Ahh, um bônus: Quando li esse twiter pela primeira vez, vi um duplo sentido ai: quando o Trump fala que o dele é maior, melhor e que funciona, ele pode esta falando ao mesmo tempo da superioridade nuclear dos EUA e que também o Kim Jong-un tem um pênis menor, pior e que não funciona comparado ao próprio Trump..

  • Não sei a idade do Trump, mas acho que ele já tá caducando. Se fosse briga de idosos na casa geriátrica até vai, mas um presidente é o fundo do poço.

  • Guilherme Maia

    Kim Jong-un é qualquer coisa menos maluco. Ter armas nucleares é um “must” para um regime tão isolado, interna e externamente. Se este problema pode ser resolvido com paranoia à la Stalin e campos de concentração, aquele precisa de um cenário de MAD que impeça a reunificação da Coreia pelas, de longe, maiores e mais bem preparadas forças armadas do Sul. Outra coisa a se notar é o risco que desestabilização vinda do Oeste pode gerar, dando ainda mais força à República Popular, já que armas de destruição em massa poderiam facilmente cair nas mãos erradas se o regime for abaixo com ajuda da CIA.

    Já Trump está apenas jogando pro eleitorado dele, composto por rednecks retardados que acham engraçado esse tipo de entrevero entre o líder do MAGA e o “chink” anão comunista, mesmo ambos tendo armas nucleares. Tudo isso porque eles têm um ódio dogmático irracional contra “tudo o que está aí”, o famoso establishment, que eles relacionam aos Rotschilds-maçons-illuminati-Clintons. Infelizmente, foi esse sistema que trouxe o tempo de maior prosperidade e paz já visto na história do planeta, que pode vir a acabar pela intromissão de ignorantes que, mesmo em minoria, ganham eleições por causa de um sistema que, matematicamente, poderia dar a vitória a um candidato com 22% dos votos. Em outras palavras, dizer que a imbecilidade coletiva que tomou o poder é fruto da maioria é apenas fake news. Hillary ganhou.

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