Fim do mundo.

Como já avisamos ontem, começamos esta semana a premiação do Bolão 2017, que consiste no direito de escolher os assuntos sobre os quais escreveremos. Nesta primeira semana, quem escolhe a pauta do blog é o leitor Diego Pontes e, o primeiro tema que ele designou para mim foi falar sobre esse Fim do Mundo que está prometido para este ano. Seu desejo é uma ordem, Dieguito. Bora pro fim do mundo!

Infelizmente a data designada para o fim do mundo é em abril de 2018, nos obrigando a passar por essa desgraça chamada “Carnaval”. Bem que o mundo poderia ter acabado em janeiro, né? Não. Vamos ter que suportar pessoas cheias de glitter, suadas, bêbadas, urinando nas ruas e ouvindo música ruim. Valeu aí, Universo, por este timing cagado, viu?

São muitas teorias para o fim do mundo, mas todas se tocam em algum ponto. Algumas tentam forçar uma explicação científica, outras falam apenas em premonições, revelações e intuição. Nenhuma parece plausível e duvido muito que qualquer coisa parecida com isso aconteça ou que, se acontecer, seja suficiente para exterminar essa praga chamada ser humano do planeta. Mas, só por curiosidade, vamos dar uma olhada no cronograma do fim do mundo para descobrir quais são as principais atrações deste evento?

Quem ainda tenta algum embasamento científico diz o seguinte: estão ocorrendo mudanças no campo eletromagnético da Terra, que podem gerar consequências como inversão dos polos, alteração de frequências e outros. Nós, seres humanos, temos nosso próprio campo eletromagnético (como por sinal, quase tudo que está na Terra). Assim, essas alterações que ocorrerão no planeta vão influenciar não apenas a Terra, como também as pessoas.

No planeta, essas alterações eletromagnéticas desencadeariam uma série de consequências geofísicas, como uma maior movimentação das placas tectônicas em função de um efeito parecido com um imã, que o descacetamento magnético poderia causar. Então, para começo de conversa, podemos esperar terremotos de proporções avassaladoras como couvert, com foco na falha de San Andreas para prato principal, o tão prometido “Big One”, previsto para o ano 2000, que chegaria com 18 anos de atraso.

Quando a terra treme forte, sabemos que existem desdobramentos. Assim, os profetas do fim do mundo alegam que, depois de grandes terremotos, virão tsunamis que varrerão todas as costas. O que o terremoto derrubou, a tsunami vai levar. Mas não vai pensando você que vai ser facinho, morte instantânea: desabou o prédio, fui. Não, pelas previsões, apenas parte da humanidade vai morrer de imediato, resto ainda vai amargar uns maus bocados.

As alterações eletromagnéticas combinadas com os fortes tremores desencadeariam outras catástrofes climáticas, entre elas, a erupção de vulcões. Não sei se vocês se lembram, já escrevemos sobre: Yellowstone, o supervulcão. Ele entraria em erupção, coisa que, salvo engano, só aconteceu três vezes na história do planeta (que se tenha conhecimento) e, quando aconteceu, dizimou boa parte da vida.

Uma curiosidade: há uma “previsão” de que, quando Yellowstone entrar em erupção, toda a população dos EUA será evacuada para o Brasil, então, além de fim do mundo teremos também a prática de tortura. Fica a dica, se você está nos EUA e sentir que vai acontecer, se joga na caldeira do vulcão, caso contrário você vai ter que vir para o Brasil.

Se Yellowstone acordar, além das mortes instantâneas por uma erupção vinda de uma cratera com 72km de largura, teríamos as consequências a longo prazo: jogaria tantas cinzas na superfície, que não permitira a passagem de luz do sol suficiente para sobreviver com conforto. Todas as plantações morreriam, não apenas pela falta de luz solar, mas pela mudança abrupta na temperatura do planeta, que sem o sol, cairia drasticamente. Os seres humanos que restassem teriam que lutar pela sobrevivência no melhor estilo lei da selva.

Além disso, o povo está dizendo que o maior vulcão do planeta está submerso no oceano e vamos conhecê-lo da pior forma possível: quando ele entrar em erupção, cagando todo o oceano, eliminando a vida nos mares. A cereja no sundae é que, no meio de tanta merda, a tecnologia vai parar por falta de infraestrutura e mão de obra. Não me refiro apenas a serviços sofisticados como internet, coisas básicas como luz elétrica e água não seriam viáveis.

Estas pessoas citam diversos eventos como prova de que a bagunça eletromagnética já começou, como por exemplo a elevação repentina do solo em um lago do Chile, que acreditam ser mais um supervulcão aparecendo. Também dizem que os humanos já estão sendo afetados aos poucos, mas estão muito alienados para perceber, citando sintomas como dores de cabeça, muita sede e a sensação de que o tempo está passando mais rápido.

Há quem defenda o fim do homem através do próprio homem. Ainda na linha da mudança de campo magnético, teorias afirmam que o planeta vai ascender a um novo campo vibracional e que, após está mudança, apenas os humanos que ascenderem junto (se adaptando à mudança) poderão continuar vivendo aqui.

Uma corrente mais radical diz que vai ser imediato, uma vez completado o processo, quem não for junto vai morrer, seja por uma doença desconhecida, seja por qualquer outra forma encontrada pelo universo para “limpar” a Terra destas pessoas inviáveis. Previsões mais pessimistas dizem que quando a mudança vibracional se concretizar, quem não acompanhar vai ter o cérebro “queimado”, como quem pluga um 110v em um 220v. As pessoas simplesmente “desligariam” por sobrecarga, morrendo automaticamente.

Outra corrente mais branda diz que vai ser aos poucos: quem não adaptar sua frequência vibracional vai ter problemas energéticos que prejudicarão o hipotálamo e a consequência disso será a perda do desejo sexual, logo, a longo prazo, estas pessoas não vão se reproduzir, restando apenas descendentes daqueles com a nova frequência vibracional.

Por outro lado, temos também aqueles que nem tentam vincular suas profecias à ciência, que pregam um fim do mundo “porque sim”, embasado em profecias, visões, clarividências e outras subjetividades. Por isso, os desgraçamentos tem caráter mais mundano, basicamente, porrada, que pode ser interpretada como uma grande guerra.

Vale lembrar que as profecias sempre são muito ambíguas e admitem diversas interpretações. É muito fácil ser profeta do ocorrido, ou seja, encaixar uma profecia em algo que já aconteceu. Difícil é pegar uma frase com diversas interpretações e acertar na mosca sobre seu significado. Por exemplo, vários profetas disseram que este Papa seria o último, por terem “recebido a informação” de que era o “Papa do fim do mundo”. Daí eles interpretaram que o mundo ia acabar, que a igreja católica ia acabar, etc. Quando Chicão assumiu, em seu pronunciamento, brincou que foram buscar um Papa “no fim do mundo”, ou seja, longe pra cacete. O “fim do mundo” significava uma alusão à origem do Papa e não ao fim dos tempos.

Nostradamus teria feito “previsões” que podem ser interpretadas como: grande terremoto, morte do Papa, queda de uma grande potência mundial e a Terceira Guerra Mundial. Tudo isso junto pode ser interpretado como o início do fim da raça humana se você forçar muito a barra. Na verdade, as alegorias usadas em suas previsões permitem tantas interpretações que é difícil não acabar encaixando algum evento de um ano inteiro ali.

Entre suas previsões, a que mais impactaria seria a guerra. Ao que tudo indica, vai ser uma nova forma de guerra que ainda não conhecemos, bem diferente daquela convencional, mas que vai dar muito errado e sair do controle. Há quem afirme que ele estava falando do projeto HAARP, que vem sendo executado pelos EUA, (vai no Google que não dá tempo de explicar aqui), que seria na verdade uma arma para provocar desastres climáticos com fins militares. O projeto foi desativado oficialmente em 2014, mas os teoristas do fim do mundo acreditam que ele segue por debaixo dos panos. Há quem diga que vai ser uma guerra cibernética, que vai foder com a economia do mundo todo. Façam suas apostas.

Tem também previsão de reles mortais, menos prestigiados, como por exemplo Ned Dougherty, um cidadão que teve uma experiência de quase morte onde viu “seres superiores” que lhe fizeram algumas revelações. Ele escreveu um livro com elas e, seis meses depois, emplacou algumas (como o atentado de 11 de setembro), o que lhe rendeu alguma fama. Entre essa previsões, ele diz que uma mudança no “eixo polar da Terra” vai causar todo tipo de catástrofe natural, que vai afetar a distribuição da humanidade no planeta: o litoral será pouco habitado e áreas de montanha e mais centrais serão densamente povoadas. Ele fala especificamente em um grande terremoto e grandes ondas que vão devastar os EUA e também retrata a China como uma ameaça ao planeta.

Tem também a galera dos ETs. Eles acreditam que em abril de 2018 o planeta será invadido. Em um resumão simples, existem diversas raças alienígenas, alguns que tem mais afinidade com o planeta, outros menos. Ao que tudo indica, demos azar…

Quem chegaria aqui seriam os Greys, aqueles cabeçudos de olho grande, que não são muito camaradas do seu humano: eles encaram o planeta e as pessoas como recursos para fazer experimentos que servem para atender a necessidades da sociedade deles. Somos como cobaias: fornecemos matéria prima, reagimos a substâncias injetadas, etc.

Mas, parece que alguns profetas-ufólogos chegaram à conclusão de que em 2018 eles estão precisando de algo mais grandioso, um experimento em grande escala com todos os seres humanos: em vez de testar formigas eles querem tocar fogo no formigueiro para ver o que acontece. Então, darão um pulinho aqui para testar in loco. O resultado não parece ser muito favorável.

Repito: nada disto vai acontecer, se algo remotamente parecido acontecer, continuaremos por aqui, pois o ser humano é uma praga difícil de exterminar. Além disso, os próprios grandes profetas dizem que a função das profecias não é prever o futuro e sim enviar um alerta para que façamos por onde elas não se concretizem. Então, sinto desapontá-los, mas vamos ter que continuar por aqui.

Mas calma, se não der esta ano, ano que vem tem mais! Para alguns o fim chega, mas apenas em 2019. Existe uma famosa “profecia” de Chico Xavier nesse sentido, dizendo que ou o ser humano toma jeito até 2019, ou existirão consequências – e não serão boas. Levanta a mão aqui quem acha que o ser humano não vai tomar jeito em um ano!

Um bom fim de mundo para todos nós.

Para dizer que está desapontado pela falta do fator “meteoro”, para dizer que sentiu medinho em algumas partes ou ainda para dizer que pior do que o fim do mundo é o carnaval: sally@desfavor.com

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