Hoje vamos falar de vocês, impopulares. Principalmente dos que comentam nossos textos. Considerando dois extremos bem definidos, Sally e Somir discordam sobre qual deles seria mais danoso. Os impopulares concordam ou discordam.

Tema de hoje: no Desfavor, qual é o pior tipo de leitor, aquele que concorda com tudo ou aquele que discorda de tudo?

SOMIR

O pior é o que concorda com tudo. E vamos analisar isso com calma: não estamos falando de pessoas que decidem caso a caso sua opinião e calham de concordar ou discordar da gente em muitos casos. Estamos falando de pessoas que sempre fazem uma coisa ou outra. Gente que parece já ter uma opinião positiva ou negativa independentemente do que escrevermos.

Ambos são chatos, afinal, se todo mundo fosse assim isso aqui não teria graça nenhuma… seria bem esquizofrênico da minha escrever textos e mais textos para leitores que não pactuam de uma visão de mundo parecida, ainda mais por quase dez anos. Eu gosto de estar num lugar em que podemos ser interessantes uns para os outros, e não estou renegando essa atmosfera, de forma alguma. Eu prefiro o leitor que toma sua decisão lendo o texto e que tenha uma visão de mundo que tenda a fazê-lo concordar com meu ponto de vista. Mas que não seja uma obrigação…

Só que se estamos falando de extremos, o do contra por definição é mais interessante e até mais útil daquele que concorda com tudo igualmente por definição. Chato que a pessoa nem dê uma chance para argumentarmos e esteja agindo por puro reflexo na sua opinião, mas não vamos ser inocentes: tem gente assim no mundo. E até mesmo com anos e anos de filtros aqui, não somos imunes. Sei que parece estranho preferir a versão do contra, mas tenho bons motivos.

Em primeiro lugar, discordar dá mais trabalho que concordar. Para concordar com tudo, basta mandar um “like”. Muito embora seja possível só soltar um “que bosta” no comentário (como muita gente faz nos textos mais populares), a tendência do ser humano é ser mais consciente e esforçado na hora de concatenar os pensamentos do porque não gosta de algo. Sally uma vez me exemplificou isso falando sobre sabores de pizza: perguntou um que eu não gostava e o porquê. Fui capaz de criticar aparência, sabor, experiência e até mesmo a sensação posterior. Aí ela me pergunta um que eu goste e os motivos. A cabeça travou na hora num “eu só gosto” e deu o dobro de trabalho tentar explicar isso, e pra falar a verdade, nem sei se consegui expressar algo muito correto ali.

Voltando para os comentários e os textos, a pessoa que só quer nos contrariar vai ter algo muito mais claro na cabeça do porquê está expressando aquela opinião do que uma pessoa que “só gosta” do texto. E informação é poder. Pode ser que o argumento da pessoa seja um desastre ilógico de ad hominens e similares, mas no caso dela levantar um bom ponto ou pelo menos trazer uma informação nova, temos possibilidade de evolução. Sem contar que alguém que discorda de nós por definição bebe de fontes diferentes na maioria dos casos, podem ter dados que sequer pensávamos em pesquisar. A pessoa nem estava querendo trazer algo de novo para nós, mas foi lá se esforçar por quem não gosta. Acho divertido.

O chatonildo do contra também serve para nos dar uma luz sobre como outras pessoas pensam de verdade nesse mundo. É fácil ficar preso num sistema controlado, conversando só com quem tem alguma similaridade com você. Aliás, esse é um dos grandes problemas do milênio, temo que não vá ter solução tão cedo e acabe virando o padrão das interações humanas daqui pra frente: todos nós presos em câmaras de eco, recebendo informações só sobre o que já nos interessa e nunca dando chances para o diferente. Nem sempre tem algo que preste na opinião alheia, mas o simples fato de saber como o BM e suas variações pensam pode ser valioso na hora de lidar com a grande maioria deles que nos envolve diariamente.

E, oras… até um relógio quebrado acerta a hora duas vezes por dia. A tendência é que qualquer um de nós esteja errado sobre mais coisas do que esteja certo, e fatalmente outra pessoa vai saber algo que você não sabe. Se der para lidar com a turma do contra (e o botão de deletar e banir torna isso trivial tanto para mim quanto a Sally) e ela não consumir os feedbacks mais bem pensados no processo, vale a pena.

Mais uma coisa: quem sempre discorda da gente é muito mais previsível. Não está esperando nada e dificilmente vai se sentir pessoalmente ofendido por pensarmos diferente deles. Já os que concordam com tudo sem pensar tem uma tendência incômoda de se enfurecer e levar para o lado pessoal qualquer discussão que tiver com as pessoas com as quais sempre concordou. A pessoa adere a todos os pontos de vista do outro por aceitação, e um ego frágil desses desmorona na primeira discussão. Aí, deixamos de ser gurus de tudo o que é certo e viramos grandes vilões que atacaram a pessoa!

Em qualquer relação entre dois ou mais seres humanos, vão surgir discordâncias. Presume-se que na média, as pessoas saibam disso o suficiente para não sair queimando pontes e se afastando por qualquer problema, mas… o risco ainda é muito grande de encontrar quem não consiga sequer lidar com o fato que outras pessoas pensam diferente. A pessoa que sempre concorda pode ser uma dessas pessoas disfarçada… a pessoa que sempre discorda pelo menos já está com todas as cartas na mesa. Não vamos deixar alguém assim se aproximar demais, não vamos presumir que é um dos “nossos”. Nesse ponto, é muito mais seguro.

E, só para completar: não dá pra argumentar contra, tirar sarro ou trollar quem sempre concorda. É divertido ter um antagonista eventual para exercitar os músculos de tempos em tempos.

Para dizer que discorda e validar meu ponto, para dizer que concorda e invalidar meu ponto, ou mesmo para dizer que agora muita coisa faz sentido: somir@desfavor.com

SALLY

Aqui no Desfavor, qual é o pior tipo de leitor, aquele que concorda com tudo ou aquele que discorda de tudo?

Ambos são chatos, mas aquele leitor que sempre discorda de tudo é pior. Eu entendo quem concorda com tudo e continua vindo aqui ler os textos, afinal, no mínimo existem afinidades de ideias, mas juro que não compreendo qual é o problema mental de quem sempre discorda, sempre critica, sempre fala mal e continua batendo ponto. Parece um misto de baixa autoestima (geralmente a discordância compulsiva faz com que a pessoa se sinta superior) e vontade de posar de rebelde. É bobo. Depõe contra a pessoa.

É feio, é infantil, é ridículo sentar a bumbum numa cadeira e ler um texto de 4 páginas caçando erros e discordâncias para depois chegar nos comentários e ficar antagonizando. Sério mesmo que nós merecemos tanta importância? Óbvio que discordâncias são naturais e esperamos elas de todos os leitores, mas quando você discorda de tudo que a pessoa fala, todo santo dia, por dez anos, não seria o caso de se perguntar se ainda deveria estar conversando com essa pessoa?

Uma particularidade do Desfavor, ao menos dos meus textos, talvez pela forma meiga com que escrevo: quem concorda geralmente acaba trazendo para os comentários alguma informação complementar, acrescentando, mas quem discorda, vem com a clara intenção de dar pedrada. É bem improvável que vocês encontrem uma discordância onde se discute a ideia, o mais comum é gente visivelmente com raiva, gente que muitas vezes nem se atém ao tema do texto no qual está comentando, gente desenterrando texto de cinco anos atrás para reclamar. Por um lado fico feliz de ter o poder de despertar tamanho sentimento apenas com escrita, mas por outro, é um pouco cansativo lidar com criança.

Quando uma pessoa discorda de você sempre, diariamente, invariavelmente, tem algo além de uma discordância aí. A pessoa está jogando lixo no seu quintal: angústias pessoais da vidinha de merda dela, medo, raiva, frustrações, complexos ou sei lá o que. Tem gente que passa aqui todo santo dia para despejar seu lixinho interno, para se “aliviar” no Desfavor, colocar pra fora suas angústias e frustrações que ela acumulou por não ter culhões de enfrentar na vida real o que quer que as estejam causando.

Somos uma válvula de escape para algumas centenas de pessoas covardes e perturbadas e isso é muito triste. Se por um lado, que bom que é só xingar no Desfavor (a pessoa podia deixar isso transbordar através de drogas, bebida ou outras coisas piores) por outro lado é triste perceber como as pessoas não olham para suas próprias vidas e próprios umbigos. Preocupa, nem tanto pelo Desfavor, pois existem mecanismos para lidar com isso, mais pelo mundo mesmo. O brasileiro tá muito mal de cabeça.

Você vê que são pessoas sofridas, angustiadas, frustradas. Já entram aqui cheias de raiva, loucas para despejar seu lixo no nosso blog. Uma pessoa que está bem, que está feliz e equilibrada, não gosta do que lê e apenas ignora, ou conversa numa boa, vide as muitas centenas de comentários com discordâncias e críticas que podem ser encontrados aqui ao longo destes anos.

Enquanto blog, não nos afeta muito, pois os comentários são moderados, então, basta um clique. Mas continuam sendo piores do que aqueles que concordam com tudo, inclusive para o mundo, que é muito mais importante que o desfavor. Ovelhas são menos nocivas que malucos destrutivos.

Além de indicar um descompensamento psicológico preocupante, uma postura dessas indica burrice: brigar com quem tem o botão de moderação nas mãos é de uma imbecilidade infinita. Calar essas pessoas, para a gente, é rápido e gratuito: Banimento, se a pessoa incomodar de verdade, assim ela não consegue nem postar mais, ou apenas tratar como SPAM para maluquinho desimportante, para que tudo que venha dessa pessoa caia na direto na lixeira dali pra frente sem que a gente nem tome conhecimento do que a pessoa escreveu.

Não nos afeta e não nos incomoda em nada. Sequer dá trabalho. Portanto não entendo o que uma pessoa ganha conversando com nosso sistema de detecção de spam, que manda tudo para a caixa de spam/lixeira automaticamente. A pessoa fica o resto da vida fazendo textão em comentários que vão direto para a lixeira e que nem ao menos chegam a ser lidos, nem por vocês, nem por nós. É ou não é um grau de degradação humana elevado? A pessoa tem uma esquizofrenia de achar que está nos fazendo algum mal, mas não está sequer sendo lida. Mas ela precisa acreditar que está sendo lida, ela escolhe viver nesse mundo de fantasia.

É triste, é bem pior do que quem concorda com tudo. É triste em várias instâncias. Primeiro pela pessoa dar tamanha importância ao que dois estranhos escrevem aqui, da forma mais escondida possível, já que não divulgamos porra nenhuma de nada: não temos redes sociais do Desfavor, não pedimos curtidas, não temos patrocinadores. Estamos bem quietinhos, sem pedir nada em troca do leitor. Apenas queremos escrever o que pensamos. Não é como um programa de TV onde você entra na casa da pessoa na hora do jantar. A pessoa é que chega até aqui, se quiser nos encontrar e pode parar de ler o texto na primeira linha se desejar. Pra que faz esse caminho dia após dia, pra que vem, se desgosta de tudo que escrevemos?

Também é triste pela perda de tempo. Veio, viu que detestou tudo? Saia o mais rápido possível e vá viver sua vida. Mas não, a pessoa perde o tempo deixando um longo comentário, não para dizer que discordou e sim para provar ao mundo como isto é um absurdo, como o texto é uma merda, como os autores são uns escrotos. Daí volta no dia seguinte e deixa mais comentário. E no outro também. Todo santo dia passa para comentar. Meu anjo, você está discursando com o microfone cortado, sua boca mexe, mas ninguém te escuta. Tem certeza que quer gastar seu tempo e energia assim? Eu me sentiria tão ridícula fazendo isso…

Também é triste pelo descontrole. A mágoa da pessoa é visível. Isso é um erro primário, pois ao deixar vazar o que te magoou, você expõe seu ponto fraco. Uma pessoa atenta vai perceber onde doeu e se quiser atacar, vai mirar logo ali. Vez por outra a gente dá uma dedada na ferida antes de condenar a pessoa à spamlândia, e sempre sai certeira. As pessoas são muito inocentes, elas costumam atacar se tomando por referência, ou seja, atacam onde doeria nelas e acabam expondo seus pontos fracos. Me chamou de gorda? Já sei que tem problema de aceitação do seu corpo. Quer dizer, nem para fazer a loucura à qual a pessoa se propõe ela serve: vem aqui para agredir os autores, mas acaba ela se expondo.

Por fim, também é triste pelo “vício” que muitos parecem desenvolver. Continuam voltando mesmo sabendo que sua presença não é bem-vinda. É uma espécie de vício/carência, a pessoa continua tentando se fazer presente à força. Novamente, por mais que eu ache o Desfavor muito bacaninha, fazer isso é dar importância demais à gente. Quão sozinha a pessoa deve ser para querer atenção, qualquer atenção, até mesmo um coice? Qual o tamanho do buraco que tem na vida dessa pessoa para que ela volte, volte e volte para ficar falando mal sabendo que ninguém a está escutando? Não há esperanças para quem está do lado de fora, a pessoa morre para a gente, pode enviar a ofensa que for que a gente não lê e nunca mais falamos na pessoa por aqui. Não há justificativa plausível para ficar voltando.

É disfuncional para todos os envolvidos frequentar lugares ou pessoas das quais você discorda sempre. Para nossa sorte, existem ferramentas de blog que nos permitem nem ler o que essas pessoas dizem, mas, ainda assim, mesmo sem ler os retornos é possível avaliar que são pessoas muito piores, muito mais problemáticas e carentes do que quem concorda com tudo, pela simples atitude de continuar voltando.

Juro, apesar dos coices que já dei nestes dez anos, eu sinto pena sincera de gente que tenta forçar sua presença onde sabe não ser bem-vinda. Imagina quão pouco essa pessoa se gosta e se valoriza se consegue deturpar argumentos na sua cabeça para fazer disso, de voltar onde ela não é bem quista, uma coisa aceitável!

Então, quem concorda com tudo talvez esteja se acomodando com o que escuta sem questionar, talvez tenha medo de criar uma polêmica ou talvez esteja apenas tentando se enturmar ou seja covarde. Não é o melhor dos mundos, mas não acho nada de tão grave. Mas quem vem sempre para discordar, mesmo quando a gente puxa o microfone da tomada (e a gente puxa sempre que a pessoa é dodói da cabeça) é mil vezes pior.

Para dizer que gostaria de ler a lista de comentários banidos do blog (spoiler: são poucos e geralmente são pela mão do Somir), para dizer que gostaria de ler a lista de comentários que vão para a caixa de spam do blog (spoiler: são muitos e geralmente são pela minha mão) ou ainda para dizer que concorda com ambos: sally@desfavor.com

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Comments (19)

    • A pessoa que discorda sempre, ou seja, que entra aqui à procura de defeitos, sempre está focada em detonar. Pelo nosso conteúdo, que reúne temas polêmicos e temas pacíficos, só um problema interno faz a pessoa discordar de tudo.

  • Comento nos DesContos só pro Somir não se vangloriar e querer pendurar na parede o post que ninguém comentou.
    Ou, comento por ser minha coluna favorita.

  • Ainda que eu concorde com a Sally que não é normal a pessoa continuar frequentando um lugar que ela mesma não gosta, acho pior quem concorda com tudo. Eu não sei o que acontece aí nos bastidores, mas me parece que os que discordam estão em extinção. O objetivo deles é fazê-los mudar de ideia, tipo, educá-los. Os que concordam com tudo acabam forçando a amizade com a Sally (é, com a Sally, que o Somir não dá espaço para isso) Me dá nojinho. Os que discordam geram uma antipatia imediata e como vocês mesmo disseram é fácil de lidar. Acho feio quando alguém vem aos comentários para defender a Sally sendo que ela não precisa.

  • Eu curtia os comentários da versão 1.0 de raiz do Desfavor. Quer coisa mais linda do que ver as mamães de luz se debatendo todas no texto da gravidez? Ou aquela anta daquele pastor que aparecia aqui pra pregar. Era tão orkutiano isso! Saudades…

  • O pior desses dois é gente que concorda feito gado. Os Do Contra são essenciais pra evitar o efeito bolha na área de comentários. Sinto falta dos Do Contra do Desfavor antigo…

    Mas os piores de todos são quem só aparece pra reclamar feito adolescentezinha ou fazer da Sally uma psicóloga e passar 300 linhas autistando sobre aleatoriedades (geralmente envolvem sua vida patética)

  • Innen Wahrheit

    Não acho tão importante assim manisfestar-se com intuito de concordar ou discordar com o conteúdo daqui – ao menos não da forma que se apresenta.

    Acho que o Desfavor “comunica valor” (parafraseando uma certa pessoa) mais pela proposta em si do que pela confluência ou divergência de idéias – mas isso é apenas como eu vejo, e não me parece ser algo com que a maioria – e os autores – concordem.

      • Innen Wahrheit

        Se eu disser apenas que nem uma coisa nem outra me irritam, você vai me considerar morto por dentro e inútil para o propósito do texto de hoje.

        Mas vamos dizer que já passei tempo suficiente lendo e escrevendo coisas, e vi pouca vantagem em continuar “interagindo” com pessoas dessa forma – mesmo quando realmente pareciam ter algo a acrescentar.

        Vou tentar não te deixar sem resposta… digamos que eu considere menos interessantes as pessoas que cedam à inclinação de concordar com tudo, especialmente quando essa concordância é influenciada pela percepção dos outros relacionada a mim, e não ao conteúdo que pretendo comunicar.

        (se eu te disser que divergência – e não a concordância – precede a convergência, e que as pessoas, no geral, “estão fazendo isso errado” hoje em dia, fará sentido aqui?)

  • Nem existe isso de sempre, até porque nas segundas até vcs discordam entre si. Em 80% concodo com a Sally, mas hoje concordo com o Somir. É muito chato pessoa que diz amém pra tudo tipo ovelha de igreja. Curto opiniões diferentes.

    • “nem existe isso de sempre”, pessoa moderadora dos comentários? Existe sim, todo santo dia, por anos. Nós é que faxinamos e não chega até vocês.

          • Mas daí poderia expô-los e, na moda do “Ei você”, ridicularizá-los.
            Diversão garantida com as réplicas/textões.

            • Eu prefiro não dar voz. São pessoas que querem atenção. Se você permite que sejam ouvidos, se você direciona o holofote para eles, você dá o que eles querem. Até converso com alguns em off, porque vejo que são pessoas com muito probleminha de cabeça e sinto um pouco de pena, mas no meu blog eu não vou dar voz de jeito nenhum.

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