Precisamos falar sobre os Nerds…

Os nerds estão dominando o mundo. Parece bom, né? Pessoas estudiosas, quem sabe até mais inteligentes do que a média, supostamente menos agressivas. Finalmente o mundo vai se ver livre da ignorância. Será?

Não é o amor pelo conhecimento ou a vocação/prazer em estudar que faz de alguém nerd, caso contrário, eu mesma seria. Assim como o termo “feminismo” foi deturpado e hoje é sinônimo de femismo, o termo nerd também foi desvirtuado. O que era apenas o CDF dá década de 80, hoje é algo bem mais radical: pessoas que se dedicam a aprimorar apenas seu lado intelectual desvalorizando todo o resto, pessoas que, para cobrir um enorme buraco na autoestima, vivem de fazer bullying intelectual, com uma falsa superioridade que esmaga os mais fracos, e, acima de tudo, o que eu acredito ser o fator principal: pessoas que tem uma enorme resistência ou recusa em viver a vida real.

O nerd antigo já tinha essa deficiência social de não querer viver a vida real, mas as circunstâncias não lhe permitiam levar isso a um ponto doentio: ela não tinha muito onde se refugiar. Ficava lá com o nariz enfiado no livro, mas uma hora livro acabava ou as pessoas percebiam que ele estava socialmente desajustado e o obrigavam a interagir. Quando não, a solidão berrava, a necessidade de socialização dava um belo chute na sua bunda e ele tirava forças sabe-se lá de onde e ia pra rua, tremendo feito vara verde, mas ia.

Hoje não. O nerd atual tem um universo todo para se esconder e dezenas de desculpas socialmente aceitas para isso. Continua com a mesma tendência a viver em um mundo de fantasias esquecendo do mundo real (spoiler: internet é um mundo de fantasia), só que agora isso não fica tão claro aos olhos dos outros, por isso ninguém o pressiona. Ele pode se enfiar uma vida na internet e dizer que está trabalhando. Ninguém recrimina uma pessoa que trabalha muito, deveriam, mas não o fazem. Álibi perfeito. Não é a toa que a maioria trabalha em algo relacionado a internet. Você não vê com frequência um nerd professor de educação física ou em qualquer outra profissão que demande socialização olho no olho como fonte primeira de trabalho.

Calhou desse esconderijo de fantasia deles ser valorizado. A internet manda nas nossas vidas atualmente. É bem visto alguém escolher trabalhar nela ou com ela, é quase que um futuro promissor. Os pais, sem esta percepção de esconderijo de fuga social, até incentivam o filho introspectivo a trabalhar com isso. Na verdade, estão lhe fazendo um mal. Estão dando o álibi que ele precisava para se afundar de vez na sua disfunção. Sim, é uma disfunção, não é uma escolha, um estilo de vida ou um jeitinho de ser. Assim como existem deficientes físicos, que precisam de uma prótese ou uma muleta, existem aleijados emocionais, que precisam da internet pra ter amigos ou vida afetiva.

A internet provê socialização ao nerd através de fóruns, redes sociais e blogs. Também provê relacionamentos (à distância, óbvio), através de e-mails, Skype ou o que mais gente descompensada da cabeça ache que constituí um relacionamento sem olho no olho. Tem tudo ali, então, nada melhor do que trabalhar onde você mora, não é mesmo? Sobretudo quando você mora em um lugar valorizado. Assim, eles começaram a se tornar relevantes em tudo que diz respeito a tecnologia, conquistar o mercado, ganhar dinheiro e poder. Sabe o que acontece quando você dá poder a retardados emocionais sem vivência? O que está acontecendo hoje com a sociedade.

O mundo mudou. Décadas atrás, estudar dava trabalho. Quem era estudioso tinha que ir até uma biblioteca para buscar conhecimento ou se aprofundar. Tinha que procurar especialistas no assunto e enchê-los de perguntas pessoalmente, tinha que devorar livros em papel. Hoje, o conhecimento está a um clique do Google.

A pessoa que conversa com você no whatsapp, em redes sociais, ao telefone ou por qualquer outro meio, pode não entender porcaria nenhuma do assunto e, em três segundos, encontrar um belo resumo sobre isso online. O novo nerd não se baseia mais no conhecimento, no estudo, pois conhecimento não é mais diferencial. O novo nerd, verdade seja dita, muitas vezes nem mesmo lê livros. O novo nerd é uma fraude, um vomitador de teses, uma compilação de conteúdo sem vivência, ou seja, de conteúdo vazio.

O novo nerd é um estilo de vida: a superioridade intelectual (ou por qualquer outro motivo nerd) usada como bullying-vingança contra aqueles que que ele vê como inimigos, que em outros tempos o oprimiram. O novo nerd faz pouco dos outros por não compactuarem com seus gostos, estilo de vida ou preferências. Mas são covardes. Quando o fazem, o fazem discretamente, de forma que o “burro” que está escutando não perceba, ou perceba e fique na linha tênue do “calma, é só uma brincadeira”. Isso mesmo, o novo nerd, é, em sua essência, um manipulador passivo-agressivo, incapaz de te falar uma verdade de forma direta na cara, um câncer na sociedade atual. Eu disse câncer? Não, peguei pesado. Comparação injusta. O câncer evolui.

“Mas Sally, você é louca? Vai falar mal de nerd, que é a audiência majoritária do Desfavor?”. Sim, eu vou. E justamente por isso: aqui é o Desfavor. Vão fazer o que? Cancelar a assinatura? Ninguém aqui paga as minhas contas, não ganho um centavo justamente para poder falar o que quiser. Senta e pega a pipoca.

O nerd moderno valoriza a inteligência, uma inteligência que ele não tem, uma vez que uma pessoa verdadeiramente inteligente é “multidisciplinar”, tem diversos tipos de inteligência: faz uma boa gestão das suas emoções, cuida bem do seu corpo, sabe escutar sua intuição, sabe ser empática, sabe se relacionar socialmente e muitas outras coisas que falha miseravelmente nessa versão nerd pós-moderna.

Então, meus queridos, a “sagrada supremacia da inteligência” de vocês é apenas uma pequena fração do que faz um ser humano realmente inteligente, completo e funcional. Pode enfiar essa “inteligência lógica” no meio do cu de vocês, porque hoje em dia, ela serve para quase nada. Spoiler: o que computador faz, perdeu valor, o que vai ser cada vez mais valorizado é o que uma máquina não é capaz de fazer.

O novo nerd surfa onda da internet como escudo para evitar ser desmascarado. No fundo, lá no fundinho, ainda que de forma inconsciente, ele sabe que é uma fraude. Já diria aquele chato GG: quem sabe faz ao vivo. Vida é aquilo que acontece enquanto você está na internet. Ao vivaço o nerd é um vexame. Treme na base em uma conversa olho no olho, sua confiança e segurança (enormes online) se esvaem e, por favor, não vou nem começar a falar sobre como se comportam com mulheres.

Esse new nerd, inseguro e preconceituoso com tudo que saia do seu mundinho de superioridade intelectual e fantasia auto-condescendente, é uma fraude e hoje eu vim aqui meter o dedo na ferida e jogar um holofote nos cornos dessas pessoas. Já passou da hora de alguém falar.

Assim como qualquer grupo Intocável foge de qualquer crítica ou pressão se fazendo de vítima, os new nerds on the block se escondem na superioridade. Como são cuzões, medrosos, covardes, não vão para um embate direito, metendo o dedo na cara e falando “acho tal coisa uma belíssima duma bosta”. Não. Isso geraria reações, que eles não tem instrumentos emocionais para lidar. São passivo-agressivos, são Maria do Bairro, jogam uma frase de efeito e se retiram. Geralmente uma frase dúbia, com um singelo “algo” pejorativo. E se deleitam com isso, principalmente se o interlocutor não entende. Se sentem superiores em silêncio, um farelo de autoestima que conseguem de tempos em tempos.

Sempre há uma explicação (na qual ele é superior ao resto) para não encarar a vida de frente. A pessoa é excêntrica e tem gostos que você, reles pessoa comum, não entenderia. A pessoa não precisa dessas coisas mundanas para se realizar, ao contrário de você, reles humano, que tem esses hábitos involuídos. A pessoa acha aquilo uma perda de tempo, ao contrário de você, reles imbecil, que se contenta com hábitos medíocres. Aí depois, as muié acaba tudo nos braço dos Troupe Dance (sério, não procure), e eles ficam falando que mulheres são fúteis. Não, meu anjo. Eles tem mais a oferecer que vocês, no saldo geral.

Eu tenho um termo que uso com as minhas amigas mais chegadas, que é “Navy Seal” (Mary RJ, beijo!). Oficialmente é o nome dado a uma unidade especial da Marinha dos EUA. São os militares mais capazes, mais bem treinados e fisicamente mais preparados. Seu nome vem daí, pois eles tem capacidade em operar no mar (SEa), no ar (Air) e em terra (Land). Guardem o termo, vai ser usado daqui pra frente, inclusive em outros textos.

Pois bem, eu designo como Navy Seal aquele tipo raro de homem que resolve. Que é da ação, não do pensamento. Gente que faz não necessariamente faz burrice. Tem pessoas guiadas pela intuição, por exemplo, que dão um banho nos racionalzões intelectualoides pensadores de plantão. É gente que não tem medo, não hesita, não titubeia, não problematiza. Gente que faz existe e, mulher, não deveria se contentar com menos que isso. Se a pessoa não fizer, quem vai ter que fazer é você. Não se coloque nesse inferno.

Dito isto, eu duvido é muito que se os Navy Seals estivessem no poder, este desgraçamento social estaria acontecendo. Histeria feminista massacrando homem? Só me parece possível se os homens no poder forem muito frouxos e não souberem lidar com insanidade e gritos femininos. Até futebol, o último bastião da neanderthalidade, virou uma paumolescência sem fim, onde torcida não pode xingar, jogador não pode xingar, encostou no jogador ele cai e chora, tá com dúvidas consulta o VR. Na boa? Tá vergonhosa a administração de vocês, meus anjos. Vão pro mundo real pegar vivência e mudar esta merda ou entreguem o trono.

Falando o idioma dessa gente: “com grandes poderes, grandes responsabilidades” (Aranha, Homem). Parem de cagar regra sobre tudo sem ter vivência. Não se aprende a dirigir um carro lendo o manual de instruções. Saiam do mundo de fantasia, seja ele o trabalho, a internet ou até as fantasias da sua cabeça e vão viver a porra do mundo real, pois hoje, querendo ou não, vocês estão no topo da cadeia alimentar. Peguem as rédeas desta porra e botem ordem na sociedade novamente, caralho! Bota a cara no mundo, perde o medinho dos outros, da socialização, da vida, ou devolve tudo pros Navy Seal que eles sabem o que fazer.

Enquanto não conseguimos integrar e evoluir socialmente, saindo da dualidade homem x mulher, é preciso um equilíbrio social harmônico. Esses Zé Star Wars estão desempenhando tão mal seu papel em chefiar o lado masculino que as mulheres estão botando eles no bolso e começando a oprimir os homens. Gente, cês tão de parabéns, hein? Cagalharam séculos de hegemonia em uma década. Faz isso, deixa mulher ganhar no grito, deixa mulher se portar como louca à vontade e se acovarda. Faz isso sim.

Sabe o que é isso? Gente mal resolvida. Medinho, insegurançazinha, trauminha do cuecão que levavam na escola. Tenham santa paciência, todo mundo aqui sofreu traumas na vida, o que faz desse nerd um nerd não é ter sofrido traumas e sim não ter sabido lidar com eles nem se recuperar. Get over it! Mas até quando partem para a ação os Zé RPG fazem bosta: viram INCELS que matam mulher por não saber lidar com elas. Tá bacana. Tá gostosinho. Tá indo por um caminho óóótemo a sociedade.

“Chega, Sally, tá de bom tamanho”. Não, não está. Tá achando ruim sai e volta amanhã. Voltando… Os líderes ditam o rumo da sociedade. E por líderes eu não digo políticos ou qualquer líder formal, digo aqueles que realmente detém poder, são esses que geram um espelhamento quase que involuntário do povão. É uma lógica de bando complexa demais para ser explicada aqui, mas basta saber que é quase que involuntária. Graças a esses Zé Jedi tá vindo aí uma geração que não faz sexo, que se veste de bicho de pelúcia, que só faz sexo com bonecas, que vive a vida toda em relacionamentos virtuais. Bora parar com esta porra? Não estão vendo que não estamos em um bom caminho?

Na boa, está nas mãos de vocês. Os Navy Seals não vão se meter, até porque, nesse mundinho onde vocês vivem, eles nem colocam o pé. Muito pelo contrário, os que eu conheço estão comemorando, pois o que mais tem hoje é mulher carente e triste (principalmente no aspecto afetivo) pelo novo nerd, que não sabe porra nenhuma de nada de relacionamento. Chove mulher torrencialmente no colo dos Navy Seals por conta da má administração nerd, para eles tá tudo lindo. Então, ou vocês pegam as rédeas desta porra e fazem acontecer, ou a coisa vai ficar ruim.

Querem meu palpite? Os nerds vão continuar sendo uns cuzões em seus mundinhos da fantasia, as mulheres invadirão o comando de tudo e qualquer coisa do mundo real, não para trazer harmonia e acabar com a dualidade, mas para oprimir de volta. Uma coisa é oprimir um macho alfa, aí tem luta, mas oprimir um nerd? Vai ser um tiro de canhão em uma mosca. Os nerds vão pagar pelos erros dos alfas e nem vão saber o que os atropelou.

Isso só acaba quando as mulheres se matarem entre si, enfraquecendo o grupo, como sempre acontece, em menor ou maior proporção. Essas mesmas Me Too que hoje se empenham não por justiça e sim por desgraçar a vida de pessoas do sexo masculino, um dia serão mães. Quando outra mulher fizer o mesmo com o filho delas, o negócio vai ficar feio. Quando tudo virar escombros, os Navy Seal entrarão novamente.

A inércia nerd e o medo em pisar no mundo real são, para mim, a raiz da maioria das danações que temos hoje e que teremos em um futuro próximo. Então, basicamente, este texto tem três recados para vocês, nerds modernos: 1) Baixem a bolinha com essa falsa superioridade que vocês tão ridículos ; 2) Vão viver a vida real, pois não há a menor possibilidade de nada bom, feliz ou saudável entocados física ou emocionalmente e 3) Depois de adquirir vivência, assumam o controle desta porra, que se deixar mulher fazendo o que quer, vai ser um caos.

E se alguém aqui acha que eu desgosto de nerds, pensem duas vezes. Nem sempre é passando a mão na cabeça que se ajuda a pessoa. Nerds, por viverem em um mundinho de fantasia (seja na sua bolha social, seja na internet ou na sua cabeça) são muito negadores. Tinha formas mais gentis de escrever este texto, mas o recado só seria passado com tijolada na boca. Metam a cara no mundo, seus merdinhas, querendo ou não, vocês são o espelho de liderança atual!

Para implorar que o Somir poste algo amanhã por medo do que pode vir, para dizer que é por essas e outras que vou morrer encalhada criando gatos ou ainda para dizer que nem os gatos vão me aturar: sally@desfavor.com

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Comments (149)

  • Gostaria de Questionar o porquê de hoje em dia a falta de empatia e habilidades sociais em jovens parecem endêmicas? Não. Não é só a internet…convenhamos é algo mais profundo. Nada tira da minha cabeça que isso tem a ver com a mudança da estrutura familiar. Excesso de filhos únicos, ou pessoas que no máximo tem 1 irmão, muitas vezes de outro casamento do pai ou da mãe…Com quem uma criança aprende, em primeiro lugar, a conviver? socializar? partilhar? implicar? brigar? ter ciúmes? Com o irmão ou irmã, oras!
    Eu já vi até pedagogas e professores de ensino infantil reclamarem que as crianças mais problemáticas são as que não tem irmãos. Não conseguem dividir nem a atenção do professor com os coleguinhas…Isso torna personalidades frágeis. Porque fora de casa, mesmo que seja ali na escola, ou na vizinhança, não tem papai e mamãe…as pessoas precisam criar casca! A atual geração de jovens é tem muita fragilidade emocional.

    • Mas se fosse assim, esta seria uma característica exclusiva de filhos únicos. Acho que é a forma de criar, conheço mães que tem vários filhos e educam a todos como filhos únicos…

  • Eu não sou nerd mas entendo quem prefere abraçar o introvertimento. Parece que amizade só importa hoje em dia se der dinheiro, networking ou for puxa saco pra concordar com as mesmas ideias. E se não servir mais te descartam de um dia pro outro.
    Está tudo tão raso. Fora meus pais, não tenho mais ninguém. E não foi por falta de esforço sabe, sempre fiz de tudo pra ser uma boa amiga, manter contato mesmo distante, ajudar com os problemas, não ser grudenta, tudo isso que falam pra “ser sociável e conquistar a todos”.
    Hoje em dia não me esforço mais pra ir atrás de amizades e tenho problemas pra confiar nos outros, cansei de ser trouxa.

    • Depende de onde você está procurando. Jogar a culpa na sociedade não é legal, tem DE TUDO por aí, basta saber filtrar. Aceitar que só tem gente assim ou só tem gente assado é apenas um aval (muito do mal feito) para fobia social.

  • Hahahaha parece até a minha irmã, pena que ela é uma pessoa sem nenhuma credibilidade, é só uma quarentona que não ganha nem 5k por mês mas que gosta de arrotar sabedoria de vida kkkkkk. Você deve fazer parte do mesmo clube que o dela, o clube dos velhos recalcados com baixo Q.I, baixa auto-estima e que tenta diminuir quem é feliz e faz o que gosta. Vá viver a vida! Você fala tanto em “viver a vida real” mas se esconde atrás de uma falsa superioridade para mascarar a vida infeliz que leva e tentar ter algum tipo de atenção, afinal, falem bem ou falem mal, mas falem de mim! Sabe como é né? Ah isso você sabe.

  • Caralho Sally, só agora li o texto e… Não entendi o motivo pra tanto chilique. Nem pra manter a compostura os fake nerd tiveram inteligência?
    Você só meteu umas porradas, com um jeito grosso de dizer “Vai viver a vida”. E olha que nem falou mal da cultura pop/geek… (Aliás eu pagaria pra ler um texto seu detonando esses adultos de 25 anos que com toda a cinematografia à disposição ficam pagando pau pra filme de herói).
    E passado o recado os últimos 4 parágrafos são muito esclarecedores pra mostrar que jeito que as coisas estão e como podem ficar.

    • Pois é, Sam. O povo se chateou. Sinal de que tem algo muito mal resolvido aí, para dar tanta importância ao que uma desconhecida escreve em seu blog…

      • As pessoas, Sally, se doem bastante quando verdades são ditas “na lata”, e não podem mudar em direção ao ideal descrito no texto (porque não tem condições, muitas vezes, de fazê-lo). Contextualizando, quem disse que todo mundo tem que ser um “navy seal”, ou que isso é garantia de sucesso para o ser humano?

        Gente assim deveria:

        1. escrever, num quadrinho, a frase “Você não precisa ser ‘o cara’. Nunca.”;
        2. colar na porta do banheiro (ou na entrada de casa);
        3. relembrá-la todas as vezes que estiver disposto a responder a colunas como a da “Sally Surtada”, ou outras que dizem as verdades que não podemos mudar de imediato.

        Pelo menos esse pessoal não passa vexame tentando justificar o que não precisa ser justificado.

  • Sallyta, faço coro junto aos demais desfavorecidos: pelamordedeus (e por favor!), nos brinde com as postagens bloqueadas (inclusive a do lunático que comentou todos os comentários e mais os dele mesmo! Pior que o maníaco do parque esse sujeito, hein? Aliás, não é pior não, porque, ao que parece, pelo menos o maníaco do parque tinha lábia e timing com a mulherada, coisa que neonerd não tem.
    Te confesso que ADOREI essa sua exposição sobre nerds, eu que me considero um(*). Se eu tivesse lido isso há uns 16 ou 17 anos, talvez tivesse tido a mesma reação do lunático; mas eu evoluí e saboreei imensamente o texto. Meu ganha-pão EXIGE interação com pessoas de todos os tipos o tempo todo (sou docente pesquisador de universidade federal). Além disso, me tornei marido e pai de dois filhos e eles EXIGEM que eu me atire à vida se eu quiser ver esposa e pequenos bem de saúde, bem cuidados, alimentados. Se eu tivesse ficado na concha nerdística em que me havia enfiado (e na qual ainda estaria se não a tivesse rompido por vontade própria), eu estaria solteirão (ou divorciado) e meio ferradão como algumas pessoas que conheço e que não tiveram esse culhão de encarar a vida… muito grato por enfiar o dedo na ferida e remexê-lo sem dó lá dentro!

    (*) me considero nerd fajuto: ODEIO cinema, inda mais essas porcarias ditas de “cultura pop” como Indiana Jones, de volta pra futuro, 007… star wars e star trek então, nem se fala! Me dá gastura quando me lembro de gente que larga sua dignidade de lado pra vestir uniformezinho de senhor spoc ou se fantasiar pra brigar pela força! Argh!

    • Pode deixar, vou fazer sim.
      Passadas algumas semanas, pode ser que quem escreveu releia de cabeça fria, perceba a desproporção do que escreveu e se dê conta de que tem uma questão para resolver ali.

  • Poxa, perdi essa treta… :-(

    Sally, bem que você poderia fazer uma coletânea dos comentários bloqueados pra gente se divertir, né?

    BTW, lembra o que falamos naquele café, sobre criação de filhos e “é de pequeno que se torce o pepino”? É isso que quero que as minhas tenham: resiliência. Capacidade de lidar com a frustração, saber cair, se machucar, levantar e seguir em frente.

    • Taí, vou fazer sim, pegando comentários e e-mails. Temos uma coluna chamada “Fala Desfavor” para isso, excelente ideia!

      Por favor, ensine suas filhas a se frustrarem sem desmontar, o mundo precisa de gente assim!

      • Juntamente com respeito, apoio, carinho e amor, frustração e implicância ocorrem muito por aqui. Pra já irem criando casca.

        BTW, e pertinente ao assunto. Postei uma foto com a mais nova no colo em uma rede social (somente amigos autorizados a verem). Um deles comentou no post que pra quem era nerd na época da escola, eu tou muito bem e muito melhor que ele, que é bem empregado mas com zero relacionamentos.

        Eu era (ou sou) nerd, mas não antissocial. Ele sempre foi tímido, calado. Confesso que me deu uma dó…

        • Você é, assim como eu, nerd no conceito original: pessoa que sempre gostou de estudar. O conceito transmutou, os nerds hoje são inclusive pouco estudiosos (alguns nem pegam em livros, só vivem em foruns) e se caracterizam por resistência à socialização.
          Te conhecendo pessoalmente, eu acho que posso dizer: hoje, você não é nerd (se fosse, provavelmente a gente nem se conheceria!)

  • Gente, que faxina gostosa que tá rolando nos bastidores…

    Muito bom ter feito este texto e desentocado leitor cuzão, incels, gordinhos de merda, semi-virgens, comedores de puta, punheteiros, namoradinhos de webcam e toda sorte de recalcados que se doeram. Quero essas pessoas bem longe de mim!

    Continuem vindo encher o saco e continuarão sendo banidos. Quem tem o plug do microfone na mão sou eu e desligo quando bem entender, é bastante burro tentar comprar briga nessas condições…

      • Tem de tudo, desde ameaças detalhadas de morte e estupro, até acusações do quanto a pessoa se afundou depois de ler o meu texto e entrou em depressão por causa dele e do quanto eu estrago vidas escrevendo essas coisas. É um show de horrores, um mix de vitimização e agressividade sempre externado por uma verborragia enorme, que mostra que essas pessoas não são ouvidos por ninguém, não tem ninguém para conversar, por isso escrevem, escrevem, escrevem linhas infinitas sem o menor poder de síntese.

        • Tá uma delícia ler os comentários dessa postagem, mas confesso que também me bateu a curiosidade de dar uma lida nos bloqueados…

          • Não tenha, é deprimente demais a forma como ninguém assume responsabilidade pela sua vida e a importância que as pessoas se dão falando por linhas, linhas e mais linhas. Na boa, chega a dar pena de ver pessoas tão ávidas por falar sem parar, ninguém deve escutá-los na vida real. Teve um lunático que deixou um comentário PARA CADA COMENTÁRIOS, comentando, além dos comentários de vocês, os dele mesmo.

  • No mais, a diferença entre “Navy Seals” (alfas) e “nerds” (betas) é provavelmente genética, e portanto não adianta “educar”. Mas ambos são necessários. Um mundo só de “Navy Seals” descambaria na guerra geral, e não teria as pessoas que servem basicamente para manter e avançar a sociedade (os betas ou “nerds”). Já um mundo só de nerds também fracassaria, nem que fosse por terminar por não se reproduzir (parece que é o que está ocorrendo no Japão, onde os alfas devem ter todos perecido durante a Guerra).

    • Não é genética porra nenhuma. Você cria sua realidade, você pode ser o que você quiser ser. Que porra de determinismo biológico é esse, criatura? Fica mais fácil acreditar que nasceu para ser tal coisa e não tem como mudar?

      • Sally, é uma teoria que circula pelo esgoto da internet de que a atratividade de uma pessoa é toda baseada na aparência física, se chama “Lookism”. Até tem algo de verdade mas a forma como eles falam fica parecendo que só a aparência importa para determinar se um cara será bem sucedido ou não, é claro que no meio desses grupos também tem os racialistas que acredita que só brancos podem ser alfas por ter uma genética superior, as desculpas para não fazer nada e nem levantar a bunda da cadeira já atingiram o cúmulo do absurdo.

        • A pessoa faz a gincana argumentativa que for para endossar as desculpas que inventou para justificar o próprio fracasso, como sendo algo injusto e inevitável. Gente assim não vai a lugar nenhum na vida…

  • A maioria das mulheres valoriza mais a sociabilidade do que capacidade de abstração mental. Nisto Sally apenas está seguindo a lógica de seu sexo.

    E pode até ser que estejam certas, sociabilidade é mais útil na vida prática. Mulheres são pragmáticas.

    Mas é também uma limitação da mente feminina. Por que elas são e enxergam o mundo assim, acham que todos tem que ser assim.

    Por isto a maioria dos nerds (e dos filósofos) são homens.

    Mulheres não tem esta capacidade, elas vivem no mundo das aparências (sociabilidade) e portanto odeiam os nerds, que de fato são em grande parte incapazes sociais, ainda que possam ser úteis em outras áreas (por exemplo, criando os programas sem os quais não seria sequer possível este blog).

  • Um dos textos mais nojentos que eu já li.
    Várias linhas de chupação de pica de alfa.
    A maioria absoluta dos alfas são desprezíveis, um luxo de ser humano.
    Mulher tem que ser chutada mesmo.

    • Escrevi um texto semanas atrás falando sobre isso. Feministas são a versão fêmea dos INCELS, só que, como mulheres, tem menos agressividade física (de sair dando porrada e matando) e mais agressividade mimizenta.

    • Incels e masculinistas também. A outra diferença é que enquanto esses “machões” são mais explícitos que exigem mulheres bonitas, as feministas encobrem esse desejo no discurso de a “sociedade deve aceitar todos os padrões”.

      • Mas quem disse que “machões” exigem mulheres bonitas?

        Categoria de homem que exige beleza de mulher: gordinho de merda.

        • Travestis, com todos os acessórios, são lindas mulheres, aparentemente mais esbeltas que muitas mulheres por aí. O gordinho aceitaria, contudo, o “algo a mais” que vem no pacote?

          • Para ser magra não precisa ser traveco, certo?

            O gordinho de merda faz mil exigências sobre aparência feminina. O sarado de academia não. Uma pena que as pessoas presumam o contrário.

            • Assim, precisar não precisa mas eles inventam mil desculpas para chupar uma rola de uma “neo-mulher” tudo dentro da “heterossexualidade” e sem as bolas se tocarem é claro.

            • Estou usando uma baita de uma ironia. O “gordinho” do seu exemplo não tem condições de “pegar” ninguém, nem pela embalagem nem pelo conteúdo – e, justamente por isso, age como a raposa da fábula, desdenhando as garotas que o dispensaram anteriormente.

              Aliás, se é que ocorreu esse tipo de “dispensa”.

              • Pior é que tem, se o gordinho de merda para de se comportar como um gordinho de merda, mesmo sem mudar nada no físico, ele pega quem ele quiser. É postural.

                • Sobrepeso Alfa

                  Sei bem disso, ontem eu quase ia querer pegar duas de 18 ou uma loira que ainda parece Spice Girl… (risos)

                • Por curiosidade, Sally, você já pegou ou pegaria um gordinho desse se ele tiver uma personalidade interessante, for seguro de si e de boa postura?

                  • Já namorei pessoas bem acima do peso mais de uma vez sem o menor problema.

                    O que não pode é ser chato, inseguro, projetar suas questões no outro etc

  • Também dá pra pôr na conta essa atual exaltação à gente introvertida e que se autodeclara “antissocial”. Não são, é só uma desculpa pra justificar seu fracasso/preguiça social. Digo isso porque já passei por essa fase lá no final da adolescência. Queria que tivesse esse texto na época pra ter me dado um sacode e eu não ter perdido tanto tempo.
    Sentia que todos ao meu redor eram tontos, por outro lado sentia a falta de socialização. Mas me resignava em achar que meus gostos eram muito diferentes da média e nunca iria encontrar pessoas que compartilhassem.
    No fim, depois que comecei a fazer esforço pra socializar no mundo lá fora percebi que eu não era tão diferente quanto pensei e também aprendi a tolerar para ser tolerada. Só que o “antissocial” desta era não entende que essa adaptação não é matar seu eu, não é deixar de estudar, não é se forçar ao extremo nem abandonar seus gostos originais. Eu por exemplo sou tímida, detesto festas e bebidas, mas consegui socializar em outros ambientes como a faculdade, a academia e no curso que frequento. Também tem a opção de abrir a boca e apresentar seus gostos pras pessoas, talvez elas curtam. Ninguém é totalmente compatível mas sempre pode haver alguma compatibilidade.
    Qual é a sua desculpa, filho da puta?!

    • Nada, realidade alguma, é pior do que o nosso medo. O receio que está na nossa cabeça (das pessoas serem assim, serem assado, fazerem isso, fazerem aquilo) é sempre muito pior do que a realidade. Quando a gente encara a realidade, vê que de fato não era tão ruim quando imaginávamos: as pessoas não são tão escrotas, socializar não é tão difícil e as pessoas não são assim tão diferentes da gente.

  • Não lembro onde foi que li, talvez até tenha sido aqui mesmo:
    “Hard times create strong men.
    Strong men create good times.
    Good times create weak men.
    Weak men create hard times.”
    Os dias difíceis estão se aproximando.

  • Tudo verdade e mais um pouco, eu era e sempre fui uma desajustada social, até que cansei disso e fui dar a cara a tapa, morrendo de medo, claro
    Hoje trabalho diretamente com pessoas, terminei meus estudos e estou num relacionamento
    Por isso consigo ter uma ideia do antes e depois, e é desesperador
    Esse texto precisa ser compartilhado aos quatro ventos

    • Obrigada pela coragem desse relato, Manu. É muito importante que as pessoas saibam que, por mais impossível que pareça, dá para sair desse estado de isolamento. Se não sozinhos, procurando ajuda.

      Não há necessidade de se convencerem de que estão bem assim, de se enganar, de se acomodar. No fundo, lá no fundinho, a gente tem uma voz que de vez em quando chama e diz “tá legal não…”. Não calem essa voz.

  • Para o anônimo na casa dos 20 anos e criação superprotetora: amigo, CORRE para a terapia!
    Reconheci minha juventude em muitas de suas palavras, e se eu consegui me tornar uma adulta independente e funcional, apesar de uma família disfuncional, você também consegue.
    Um marco na minha juventude foi quando, no meio de uma leve discussão, minha mãe disse que preferia como eu era antes de começar a frequentar uma psicóloga. Você vai mudar, vai crescer e amadurecer, e eles terão que aprender a lidar com isso.
    Não tem dinheiro pra pagar? Procure locais que oferecem atendimento gratuito. Arrume um estágio, emprego, bicos extras pra juntar uma grana. Planeje com algum amigo morarem juntos. Distância é fundamental para se forçar a ser independente. Alguém já disse aqui nos comentários que o momento certo nunca virá. Esse momento é você quem faz! O importante é querer e trabalhar para isso acontecer.

    • Nem tenho muito a acrescentar, a Morgana falou tudo… Apenas queria dizer que mais difícil é quebrar a inércia: começar demanda um grande esforço, mas depois tudo flui mais fácil. A jornada não vai ser toda muito difícil.

    • Morgana, que experiência interessante a sua, agradeço por compartilhar. Dá realmente uma sensação de esperança saber que alguém passou por problemas parecidos e conseguiu resolvê-los.
      Como a Sally disse aqui, o mais complicado é começar. Apesar dessa dificuldade, melhor fazer algo hoje que permitir que os arrependimentos continuem se acumulando.

  • Não sei como vim parar aqui, devo ter entrado em algum Delorean sem querer. Mas enfim…

    O problema se potencializa na sociedade quando a maioria das mulheres passam a apoiar esse tipo de homem bundão pensando somente nos ganhos secundários, conforme brilhantemente descrito no texto.

    A questã (notem a entonação!) é que essa mesma histérica quando se sentir muito sozinha vai cair no colo de um malandrão. Vai levar meia hora de pirocada…e se apaixonar.
    E depois ela vai sair falando que nenhum homem presta e que relacionamentos de verdade não existem mais…só porque o cara resolveu sumir sem medo.

    Entendam…

    O malandro deixa a demanda aumentar…e depois faz a oferta.

    • Poesia pura, mas infelizmente é verdade. Estou vendo muito macho alfa pescar mulher no rebote de nerd que não sabe tratar ou não sabe levar pro mundo real algo platônico.

      Para os alfa, tá tudo muito favorável. Isso me dá medo até de que deixem de ser alfa. Leão que recebe toneladas de carne todo dia vai perdendo a habilidade selvagem…

  • Sally, estou indignada com esse texto. Como assim você revelou o plano femista de dominação mundial?! Estava tão fácil passar por cima desses nerds antes…
    Brincadeiras à parte, não poderia concordar mais com o texto. E veja, já estive no limite de começar essa falsa superioridade por interagir mais no mundo fantasioso da internet (e, vá lá, dos ratos de livros, porque uso a internet mais pra ler mesmo). Ainda bem que meus amigos de fora da internet sempre foram mais interessantes, mesmo não tendo muitos na época.
    E sobre o vitimismo nos comentários, dói sim reconhecê-lo, mas sair dele dói “pra curar” de uma vez só e melhora demais a vida, além de deixar a gente mais forte mental e emocionalmente. Terapia demora um pouco, mas faz milagres e deveria receber a mesma atenção que a gente dá pra saúde física.

    • Paula, nem precisou de plano, bastou começar a gritar e a reclamar! rs

      É muito lamentável que as pessoas se deixem limitar por suas crenças: se eu acho que não posso mudar, eu estabeleço isso como uma verdade absoluta e me acomodo em uma situação com base nessa crença. NÃO GENTE, se não consegue mudar, pede ajuda!

  • Conheço até nerd das antigas se encaixando nesse padrão anti social.

    Tive uma infância boa na rua, essa juventude de hj não tira olho de alguma tela, geração sem estímulo e sem criatividade.

    Recentemente consegui convencer minaha mãe a colocar meu irmão mais novo no escoteiro e ele se interessou tambem por taekendo. Ele tem 11 anos parece outra crianca, era um muleque estressado que frequentava psicólogo toda semana.

    • Esse olhar dos pais, da família, faz falta. Mas hoje estão todos tão ocupados que agradecem aos céus se o filho aborrecente cala a boca e fica no quarto quietinho, sem encher o saco de ninguém. O quarto é mais seguro que a rua.

      Aí vão surgindo essas pessoas disfuncionais, cada vez mais problemáticas. Você fez um baita favor ao seu irmão.

      • Década de 80, ah, a década de 80 do pessoal brincando na rua, brigando na rua e voltando para casa esfolado – e dos pais implorando para que a TV mantivesse as crianças em casa…

  • Eu me permiti ficar assim, mas só agora estou enfrentando os fatos: não estou fazendo o mínimo esforço pra sair da minha bolha. Acho que já é um começo. Antes eu só arrumava desculpas. “Eu tenho síndrome do pânico”, “não sou bonita pra maioria dos caras”, “talvez isso seja um estilo de vida alternativo”. Chega.

    • Ana, perceber a cilada na qual você se colocou é meio caminho andado para mudar sua vida.

      Nós mesmos nos limitamos com crenças falsas que colocam ou que colocamos nas nossas cabeças. Pode ter certeza que esses lixos que estão na sua cabeça, essas coisas ruins sobre você, estão te atrasando, te prendendo como uma âncora.

      Há um ganho secundário enorme em se isolar: não ter que lidar com o medo. Medo do novo, medo do desconhecido, medo da rejeição, medo do fracasso. Quem não bate pênalti nunca perde pênalti, né? Mas também não marca gol.

      Bota a cara no mundo, vai viver. Pior coisa que pode acontecer é você tropeçar e cair. E daí? Você levanta. Você pode achar que não, mas levanta e a vida segue. Não deixe que medo seja motivo para você deixar de fazer nada.

  • Excelente texto, cumpriu muito bem o propósito de trazer desconforto e reflexão. O que fazer quando você se identifica com alguns pontos importantes, mas não sabe de onde tirar forças para mudar, ou como mudar?
    Tive uma criação superprotetora. Até hoje, na casa dos 20 anos, peço permissão à família para fazer qualquer coisa e há coisas que “não posso” fazer. Raras foram as vezes em que desviei disso.
    Sinto que a minha vida toda foi direcionada por aquilo que esperavam de mim e não tenho um propósito. Vou à faculdade e volto para casa, e só. Tenho medo de me arriscar em qualquer âmbito, as escolhas que fiz até agora só me trouxeram tédio, infelicidade, culpa por (me permitir) ser assim e inveja de quem sabe viver.
    Dependo totalmente, tanto financeira quanto emocionalmente, da minha família. Reconheço que isso é um problema, mas não sei como mudá-lo para então mudar o resto (porque “sempre” tem um obstáculo para a mudança…). Queria fazer terapia, mas por alguma razão eles são contra e a falta de dinheiro também não ajuda. Não tenho ninguém próximo a mim (nem no mundinho virtual da internet) e cheguei a um ponto de apatia, de medo e de acomodamento que, por mais que eu saiba que minha postura é absurda e prejudicial, não sei se de fato quero mudar e o que fazer para isso.
    Já cheguei a achar que tenho algum tipo de depressão (por essas e várias outras razões), mas nunca fui a um psiquiatra (porque a minha família não quis). No fundo, talvez eu só quisesse uma justificativa para a minha inércia.
    Sei (talvez apenas num nível cognitivo) que a responsabilidade sobre a minha vida é única e exclusivamente minha, mas acho bem difícil resolver essa situação.

    • Anônimo, quando queremos mudar e não conseguimos, o ideal é procurar ajuda. Não é vergonha alguma procurar ajuda.

      Um bom psicanalista somado a um estudo profundo de autoconhecimento podem mudar sua vida da água pro vinho. Sério mesmo, até aquilo que você julgava impossível mudar. Confie em mim. Você cria sua realidade. Procure ajuda.

      • Sally, agradeço a resposta e o apoio. Acho que realmente devo procurar ajuda, por mais que às vezes seja difícil ter abertura para isso.
        Quanto ao autoconhecimento, o que fazer? Meditação? Escrever um diário? Hipnose? Livros de autoajuda?
        Certamente o que é melhor varia conforme a pessoa, mas o que você recomenda? O que funciona para você?

        • Eu recomendo que leia diferente livros e veja diferentes videos e palestras até encontrar uma linha que se identifique, uma pessoa que fale de uma forma que te pareça útil.

          É uma busca. Você tem que encontrar o que te ajuda. Mas para isso tem que colocar os preconceito e sabotagens de lado. Se você olhar para tudo com um filtro de má vontade, vai se sabotar.

          Meditação ajuda, mas você vai precisar de alguma orientação no começo. Tenta entender melhor a dinâmica da coisa antes de praticar.

              • Você é alguma especialista para dizer?
                Já pelo menos praticou?
                Eu já, e atesto.
                HÁ RISCO DE LOUCURA, SUICÍDIO, OU HOMICÍDIO

                • Sou sim. Aunente a dose dos seus remedinhos, sua desconexão com a realidade e paranóia estão em um patamar disfuncional. Converse com seu psiquiátra, talvez seja hora até de trocar de medicação.
                  Saia do medo. Viver no medo faz mal.

    • Anônimo, quanto a falta de dinheiro para fazer terapia: procure os serviços de psicologia das universidades da região onde você mora. Costumam ser gratuitos e uma vez por semana. Informe-se nesses lugares, talvez seja um ponta-pé inicial para a sua mudança.
      Lembre-se de que as mudanças não ocorrem tão rápido quanto gostaríamos, mas o importante é não desistirmos dela.
      Boa sorte!

      • Babsi, não tinha pensado nessa possibilidade. Não sei como são as universidades por aqui quanto a esse aspecto, mas certamente é algo que pode me ajudar.
        Agradeço a sugestão e o apoio!

    • Você parece ser o tipo de pessoa que está sempre esperando o “momento certo” para mudar, a oportunidade de ouro para sair da casa dos pais, a vaga do emprego dos sonhos. Meu conselho é pare com isso, essas coisas não existem. Tem que tomar iniciativa e mudar por si próprio, a vida não vai te trazer respostas o tempo todo, e se trouxer será que são as respostas certas ou apenas as que levam ao caminho mais fácil?

      Tente identificar se você tem mãe ou pai abusivos, se esse for o caso saia da casa dos seus pais.

      Ps: Acho que estou te dando esses conselhos por que gostaria que alguém tivesse me dito isso, talvez eu não tivesse feito tantas escolhas erradas por covardia.

      • Mas isso é o maravilhoso do Desfavor: o que se diz aqui não se aprende em livros. Compartilhar vivência vale mais que mil enciclopédias.

        Um conselho meu, da minha vivência, que eu gostaria de ter escutado também: MEDO NUNCA TEM QUE SER MOTIVO PARA DEIXAR DE FAZER NADA, quando você quer fazer ou deixar de fazer algo e o que te impede é medo, tá errado. Vai lá e faz.

        • Sally, gosto muito, no Desfavor, de textos como este. Incomodam bastante, mas também suscitam esse clima de apoio mútuo, de compartilhamento de experiências. Espero um dia poder ajudar alguém da mesma forma como vejo tão frequentemente as pessoas fazerem aqui.
          Já deixei de fazer muita coisa por medo, o que quase sempre foi ruim. Às vezes precisamos de outra pessoa nos chamando a atenção para perceber que certas condutas são insustentáveis ao longo do tempo. Agradeço de verdade os seus conselhos e a atenção que dá tanto ao Desfavor quanto a quem está aqui.

          • Eu tenho certeza que este texto vai desagradar a muitos, mas também vai ajudar a alguns, nem que seja como “sacode inicial” para refletir e dar o primeiro passo em direção a uma mudança.

            Existe uma diferença tênue entre uma escolha do que é melhor para você e uma decisão por medo. Eu não saio nas ruas do Rio de madrugada por entender o risco e decidir não correr esse risco. Poderia se quisesse, mas opto por não. Sinto medo? Claro. Mas não é o medo o que me move.

            Quando o que fala mais alto é o medo, o pavor de fazer algo, de sair da zona de conforto, aí tem algo que precisa ser revisto.

      • Darwin, é verdade o que você diz. Lembro que, em alguns momentos na minha vida, ficava desejando ter alguma experiência, ou mesmo um sonho, que me mostrasse o que fazer. Nem preciso dizer que, além de nada ter acontecido, acabei escolhendo o que era mais confortável, por medo.
        Quanto ao abuso, acho que não se aplica ao meu caso. Tirando autonomia e liberdade, recebi tudo de que precisava para ser uma pessoa bem-sucedida. O que também me traz alguma culpa, já que não consigo dar o retorno esperado.
        Por virem de experiência, os seus conselhos são valiosos. Agradeço seu apoio, de verdade.

  • Sally,
    Sobre o que aconteceu com a moça do filme eu vou procurar saber ou você poderia me mostrar, admito que deduzi apressadamente sem ter me informado, e a partir da conjuntura habitual em que concordo com a maioria das reclamações, como o que já comentei, essas agendas “progressistas” se infiltrando em ambientes originalmente nerds.
    Espero os seus últimos comentários não sejam indiretas também para mim porque se for então acho que terei de retrucar.

  • Me senti pessoalmente tocado por esse texto e resolvi responder os pontos mais importantes, me identifico muito com essa definição de nerd, inclusive admito que fui prejudicado pelos aspectos mais negativos da nerdice, suas criticas são super válidas, Sally.

    >uma pessoa verdadeiramente inteligente é “multidisciplinar”

    Concordo, os gregos já sabiam disso “mens sana in corpore sano” mas o nerd do seculo 21 adora ignorar isso, inclusive eu ignorei por muito tempo, passei varios anos menosprezando o “marombeiro burro” mas percebi que o burro era eu quando meus joelhos começaram a doer e passei a ter dificuldades em subir escadas devido ao meu estilo de vida nerd e eu só tenho 22 anos.

    >No fundo, lá no fundinho, ainda que de forma inconsciente, ele sabe que é uma fraude.

    Sou uma fraude consciente, não consigo ter esse nivel de auto-engano tão elevado dos meus colegas de profissão, é incrivel como tem cara danificado mentalmente na area de TI, sério meus colegas da epoca de telemarketing eram mais legais mesmo com todo o estresse a galera se divertia e vivia a vida.

    >Aí depois, as muié acaba tudo nos braço dos Troupe Dance

    É por isso que eu comecei a malhar, digo treinar (quem malha é frango) tenho que ter algo mais a oferecer, se o mundo é de aparencias e de rostinhos bonitos sejamos um deles, isso virou pré requisito para não ficar sozinho(vai ver sempre foi, eu que não percebia).

    >viram INCELS

    Ninguem vira incel a vida te transforma em um INvoluntary CELibate, o proprio nome já diz e tem várias causas para isso desde genetica muito ruim (ser desgraçadamente feio ou problemas mentais como autismo), não leve a midia brasileira a sério, leia os relatos da incelsfera americana e do reddit e você descobrirá quem são os VERDADEIROS incels.

    >Os nerds vão pagar pelos erros dos alfas e nem vão saber o que os atropelou.

    Já estamos pagando, mas vai dizer que o feminismo não tem sua parcela de culpa? Eu sei que fomos fracos mas o que poderiamos fazer contra os sistema? Contra tanto feminismo?

    >3) Depois de adquirir vivência, assumam o controle desta porra, que se deixar mulher fazendo o que quer, vai ser um caos.

    Anotado.

    • Vira INCELs sim, tem muito homem todo fodido, na merda, cheio de problema que nem por isso sai odiando e matando mulher. Ir para esse caminho é um desdobramento da pessoa, não uma consequência natural…

      • O que eu quis dizer é que incel não é sinônimo de assassino, no Reddit tem vários relatos motivacionais de caras que saíram ou estão tentando sair dessa vida de solidão e não querem fazer mal a ninguém, tipo esse: https://www.reddit.com/r/IncelTears/comments/8bzu0h/for_me_being_incel_was_a_way_to_deal_with/

        Só que não se vira incel, o cara é celibatário involuntário, ele é rejeitado varias vezes por isso automaticamente se torna incel, é uma questão semântica mesmo era isso que eu estava apontando no primeiro comentário, ser misógino, sem vida social (fora da internet) e fazer parte de uma panelinha de odiadores da humanidade isso sim é opcional.

        • INCEL é quem se volta contra mulheres, quem as odeia, as culpa e tem sentimentos ruins e/ou agressivos contra elas. Não necessariamente eles agem. Não necessariamente são assassinos.

          Mas insisto: o celibato é escolha, no sentido que esses homens escolhem não ver e corrigir suas inadequações. São mimados e teimosos e acham que tem que ser aceitos 100% como são, física e psicologicamente. NINGUÉM É. Todos nós fazemos concessões, todos nós trabalhamos, mudamos, melhoramos. Se estes homens rejeitados usarem seu tempo para observar e entender o motivo da rejeição e se corrigirem, deixam de ser celibatários. Só depende deles. Não é nem de longe involuntário…

  • Tem uma tirinha do Laerte, no tempo em que ele não era publicamente trans, que representa esta postagem. O protagonista se castrou e aparecia ele andando atrás de uma mulher, dizendo: “Ei, volte aqui, eu me castrei! Não represento perigo para você!” A mulher fugia com olhar apavorado. Terminava assim: “Não se castre! Não é isso que elas querem de você!”

  • Este texto foi um tapão na cara que muita gente precisa mesmo levar! Pena que tem uns e outros aí que nem assim “acordam”… E mais: por mais difícil e sofrido que seja, adquirir vivência é fundamental. Ou, como se diz por aí até em mensagem motivacional clichê espalhada por redes sociais: “tentar adquirir experiência apenas com teoria, é como tentar matar a fome apenas lendo o cardápio!”

    • Tem um texto meu só sobre isso: Não dá para mostrar algo a quem não está pronto para ver.

      Vai ter muita gente que não está pronta para ver que vai usar isso de campo de batalha ou de palco, para desfilar vitimização ou ainda de adestramento para ganhar biscoito. Vai ter de tudo por aqui. Leiam com olhos atentos e filtrem. Desfavor é um micro-cosmo, o que temos aqui mostra um pouquinho do que tem lá fora. É ou não é preocupante?

  • As coisas chegaram em um ponto tão doentio que resolveram criar intrigas entre si, já que rivalizar com os não nerds não tem sido o suficiente. Realizam até eventos de batalhas nerds, além de rivalizarem entre eles mesmos pra ver quem é melhor: usuários de Apple X usuários de Samsung, fãs star de warsX star trek ( essa rixa aqui é até mais antiga), marvel X dc, guerra dos tronos X senhor dos anéis, etc.

    • Os desempoderados precisam se sentir importantes.

      Alguns se acham detentores da verdade absoluta e conhecedores de um segredo que mais ninguém sabe, como os terraplanistas.

      Outros caem para o lado nerd e fazem essas batalhas e eventos para se sentirem vencedores e melhores.

      E outros vem ao Desfavor e torram nosso saco querendo ser as estrelinhas dos comentários, nos “desmascarar”, escrever um zilhão de linhas (como se a gente só fizesse isso da vida), falar tudo que pensam trecho a trecho do texto (porque o que a pessoa pensa sobre cada linha é importantíssimo, todos tem que saber!). O número de comentários que estou recusando é sem precedentes. Teve um doente mental que comentou o TEXTO TODO, LINHA A LINHA, com um comentário enorme para cada linha. Gente, isso é demência. Arrumem uma vida! Não é assim que se participa de um blog nem de nada na vida!

      Pessoas que se dão mais importância do que tem de forma artificial e não percebem sua própria inconveniência. O mundo está cheio delas. O denominador comum? Todos problematizadores em tese, todos achadores, pensadores. Fazer que é bom, poucos fazem. 5% dos homens carrega 95% nas costas. O mundo é de gente que faz, foda-se inteligência. Inteligência dentro da cabeça é perda de tempo.

  • Gente, que aconteceu nessa caixa de comentários?! O povo se doeu tanto assim?! Essa caixa tá bem uma “festa estranha com gente esquisita”.

    Pelo amor de GG, meu povo! Eu fui nerd dos anos 90 (de jogar RPG), e olhando pra trás consigo aceitar e reconhecer tudo que a Sally diz no texto (não só nos meus amigos homens, mas em mim também). Ser nerd é uma forma de sobreviver na adolescência, assim como ser a “líder de torcida” ou o “atleta”.
    Ninguém vive a vida toda com esse rótulo da adolescência, isso é não evoluir, não superar.

    Não gosto de falar da “geração nova”, porque os burrinhos adoram vir com o argumento do “Gap de gerações” e fica parecendo um papo de Vô chato que não sabe lidar com o neto adolescente.
    Não acho que a falha seja da geração nova. Acho que a falha foi elevar o nerd a um “estilo de vida” e uma meta pros adolescentes que não se adaptam à vida social… ao invés de estimular que eles vivam a vida real, deram um porão escondido pra eles ficarem e estão celebrando isso!

    • Nanda, as pessoas estão se doendo. Pior: estão se “defendendo” em vez de refletir e pegar o que lhes servir para melhorar. Mas isso é bom pois 1) Faxina os leitores e 2) Prova meu ponto

      Repare que os argumentos são looooongos comentários baseados em tese. Nenhum vem com vivência, nenhum é de gente que sequer saiba conversar normalmente, como se estivesse em uma mesa de bar. É tudo em tom de lição, de PowerPoint.

      Reitero às mulheres: se encontrarem um homem com vivência, experiência e com atitude, agarrem e passem um laço no pescoço, não pela força, mas pela sabedoria. Tá foda.

  • Texto bom. Gostei do alerta, apesar de não me identificar muito, mesmo sendo muito estudioso a vida toda. Realmente há uma geração mais nova de nerds que é meio sem tutano, até do ponto de vista intelectual. Ficção científica não é conhecimento, é entretenimento.

    • Fernando, estudiosa eu também sou, isso está longe de definir um nerd. Acho que o ponto principal é a constante fuga da realidade. Vemos ser fonte de espelhamento de poder um grupo totalmente sem vivência, com medo do mundo, de mulheres e de contato social. Isso já começa a se refletir na sociedade de forma muito nociva e acredito que tenda a piorar nos próximos anos…

          • Aliás, Sally, to prevendo que esse texto vai ser como “o lado negro da gravidez”: cheio de comentários negativos e gente metendo pau.
            Aliás 2, desculpe, mas… de onde é que surgiu tanto leitor novo por aqui? Bem do tipo “sem paciência pra quem tá começando”… rs

            • Que seja, que venham.

              Adoro ver neguinho chorando e reclamando, é sinal de que o texto mexeu, incomodou, cutucou o fundinho do cu das pessoas. Não estamos aqui para fazer média ou em busca de popularidade, estamos aqui para tentar falar o que ninguém fala, trazer reflexão e desconforto.

            • “Aliás 2, desculpe, mas… de onde é que surgiu tanto leitor novo por aqui? Bem do tipo “sem paciência pra quem tá começando”… “

              Estava me perguntando o mesmo, Ge!

              • Nem é a quantidade de gente, é o over-coment (termo totalmente inventado).

                A pessoa acha que é muito interessante que ela opine sobre tudo, replique, etc.

                Aqui é um lugar especialmente apropriado para identificar pessoas carentes e sem noção, pois como eu sou muito receptiva, qualquer pessoa chata pra caralho que não recebe atenção na vida real (justamente por isso), monta acampamento aqui e faz do Desfavor sua fonte primária de socialização. Já vimos vários chatos de galocha fazendo isso por aqui, deixando longas opiniões sobre tudo. Deve ser muito triste a vida dessas pessoas com esse grau de falta de adequação.

                Estou percebendo que estão todos de saco cheio e não pretendo alimentar mais esse tipo de carência, fiquem tranquilos.

      • A fuga da realidade pode ter uma raiz intelectualmente romântica, que é a busca do novo, o teste dos limites do nosso conhecimento. Mas se fugir demais e passar muito do ponto fica ridículo. E, do ponto de vista artístico, a ficção científica, por mais mainstream ou alternativa que seja, tem se revelado nos últimos anos de uma pobreza triste, decadente. Achar que Star Wars está contribuindo com o gênio humano é passar atestado de analfabeto funcional.
        O mote da boa fuga é a transformação. Se você foge da realidade por que quer transformá-la, está fazendo boa ciência e boa arte. Mas se você foge da realidade para ficar na sua zona de conforto de personagens fictícios, é apenas um consumidor sendo muito bem explorado por profissionais da área.

        • Concordo demais. Essa forma básica, quase que infantil, da “jornada do herói” que Star Wars apresenta me ofende justamente por isso: induz a fuga. Não tem nuances, não tem um pingo de sofisticação, é um convite puro à fuga.

  • Sally acredito que os nerds estão dando uma chance para as mulheres terem a igualdade e as vezes protagonismo no mundo que tanto é pedido, vamos ver no que vai dar.
    Vou comentar alguns pontos: 1″Pessoas estudiosas, quem sabe até mais inteligentes do que a média, supostamente menos agressivas. Finalmente o mundo vai se ver livre da ignorância. Será?” Se eles fossem imortais sim, mas como não são e, como sempre, tem poucos filhos não; a Europa que o diga um exemplo https://pt.gatestoneinstitute.org/5143/franca-zonas-proibidas. 2 “Quando o fazem, o fazem discretamente, de forma que o “burro” que está escutando não perceba” Eles fazem isso para não levar porrada, aqui no Brasil pode até levar tiro. 3 “Histeria feminista massacrando homem? Só me parece possível se os homens no poder forem muito frouxos e não souberem lidar com insanidade e gritos femininos.” Nesse caso acredito que o objetivo seja esse mesmo, quanto mais caótico for o mundo, mais as pessoas precisarão do governo, logo esses homens são espertos. 4 “vocês estão no topo da cadeia alimentar” só se for o rico pois o pobre é fascista, sexista, eletricista tudo se algo está errado no mundo a culpa é dele.4 Em relação aos INCELS acho que isso se resolverá com a invenção dos robos sexuais https://www.vix.com/pt/bbr/tecnologia/2905/robos-sexuais-conheca-os-robos-que-fazem-sexo-e-reagem-a-caricias. 5 “oprimir um nerd? Vai ser um tiro de canhão em uma mosca” engraçado vi algumas pessoas comentando sobre isso, eles disseram que quando esse dia chegar é só um amigo se casar com outro que ao mudar de categoria de homem para homossexual, mesmo em alguns casos não sendo, as mulheres não farão nada contra eles para não serem taxadas de homofóbicas. 6″Quando tudo virar escombros, os Navy Seal entrarão novamente” Alguns nerds dizem live and let die, então acredito que no final dará tudo certo, não é necessário se importar muito, pessoalmente acredito que a Rússia ou China dominarão o mundo antes disso mas tudo bem.

    • Judson, nerds não estão dando chance nenhuma, estão acuados em um cantinho com medo dos gritos. Nerds não tem vivência para entender ou mensurar relações sociais, muito menos mulheres. Estamos em um barco sem comandante.
      Robô sexual para mim é sintoma, não solução de nada. O fato deles precisarem existir só reforça o sintoma da “doença” social que eu descrevi no texto.
      Russia e China? Absolutamente nada a ver como tema! Não estamos falando de dominação territorial ou hegemonia de países, estamos falando de um modelo de pessoa que espelha liderança social, é subjetivo. Na Russia e China, por sinal, tá cheio de nerds…

  • Sally, vou dar uma de nerd e falar pra vc corrigir a citação aí!

    “com grandes poderes, grandes responsabilidades” (Ben, Tio)

    No mais, sensacional! Me sinto até aliviada por alguém falar isso!
    A questão do nerd ficou tão deturpada, que a pessoa MAIS nerd que eu conheço (que foi o melhor coeficiente de rendimento da universidade que estudei!!) é um professor de Educação Física! Agora vai falar pra esse povo do “li no Google e sei mais que vc” que ele é nerd. Vem uma chuva de pedras!

    • Nanda, os nerds dos anos 80/90 não suportam essa nova geração nerd, assim como as verdadeiras feministas não suportam as femistas. O nerd original só queria ser aceito e reconhecido e a única forma que conseguia isso era pelo estudo, pela vida acadêmica. Esses novos nerds querem bullying reverso, querem aparecer, menosprezam quem opta por viver no mundo real. E esse grupo cresce cada vez mais…

      Sobre a citação, não sabia que era do Tio Ben, obrigada por informar!!!

      • …Estudioso “estratégico / de verdade” eu quase já fui e algumas palavras mal-colocadas até uns de vocês sabem que já tive só por pressa…Aliás, tenho compreensão com vários/as do tipo “sou muito bom / importante por isso apesar da escola e, até por isso, acho muito justo eu odiar ser mal-considerado junto com os outros menos de 30…Sou dos anos 90 (!), muito agradecido à Sally e à maioria daqui !

  • E por fim, não acho que sejam ”nerds” do tipo ”starwars” que estejam no phoder, mas aquela barata esperta e sociopata..

    • Os nerds Star Wars detonaram tanto, mas tanto a atriz do “Ultimo Jedis” que ela simplesmente teve que sair das redes sociais. Dá uma olhada no que ela relatou (é aquela moça chinesa, não sei o nome). É simplesmente revoltante.

      • Neste caso acho que eles estão um pouco certos porque tem acontecido muito de descaracterização dos personagens em prol de agendas ”progressistas”, colocando gays, negros, inuits, mulheres… E acho bastante humilhante para a classe, por exemplo, as mulheres em Hollywood, recriarem sucessos anteriores, predominantemente masculinos, como ”Os caça-fantasmas” e ”11 homens e 1 segredo”. Por que ao invés de se sujeitarem a isso não pensam em histórias originais ?? Mas as ”femimistas” adoram feiura.

        • Você viu o que fizeram com a menina? Achei cem vezes pior que os caras “Buceta Rosa” da Rússia.

          Se você viu e dá alguma razão a eles, então eu realmente não tenho mais o que dialogar com você. Paramos por aqui.

  • Todo mundo faz pouco caso com quem não tem os mesmos gostos. A Priore isso é natural, advindo da simpatia, anterior à empatia. Não é algo inerente ao nerdicismo.

      • Sério????

        Então eu te invejo porque eu vejo isso a todo momento, para a maioria, inclusive para nós, sejamos sinceros, mas geralmente de maneira diferente, o mundo é um ”us and them”, tribal, ”timi” de ”soccerball”.. o conhecimento não é usado como uma finalidade, mas como um meio para reafirmar posições ideológicas.

        Eu gosto de diferenciar o nerdola, nome que acho apropriado para este tipo ruim de nerd, daquele que não merece este título, mas sinto que a proporção de nerdolas é muito maior do que a nerds legítimos, talvez por causa da expansão sem limites do termo. Nerd sofreu mutações e também degenerações. Do rapaz hiper-inteligente, super-empático mas também associal, virou ”geeks” e ”gamers”. Ainda acho que esses últimos são ainda piores, especialmente os brazucas, até porque eles tem péssima fama com os gamers de outros países, como os mais mal educados.

        Tenho dois bom temas para ti:

        Legalização do aborto na Argentina e na Irlanda;

        Situação dos ”imigrantes” nos EUA.

        No primeiro caso eu acho deveras complicado sair às ruas e comemorar algo que não deveria ser comemorado, porque quando uma mulher aborta muitas vezes não é por razões triviais, e quando aborta pelas mesmas, também não tende a ser uma coisa boa, hoje em dia tem tantos tipos de anticoncepcionais que as desculpas para o aborto como primeira alternativa, diga-se, totalmente paliativa, estão ficando escassas. Fico envergonhado ao ver aquela multidão com cartazes infantis e balões coloridos ”comemorando”. Até comparo o aborto com a eutanásia. Sou a favor, não de maneira irrestrita, mas não acho que seja algo para ser comemorado.

        Quanto à situação dos ”imigrantes”, parece que o Obama fez o mesmo, e até tem uma lei americana que permite essa tomada de atitude, e no entanto, a mídia americana só decidiu noticiar e manipular emocionalmente o admirável gado novo quando é o velhote bronquelo e não o moreno da cor do pecado que está fazendo isso. O pior é perceber o quão impressionáveis e manipuláveis o grosso da população é, e nós bem no meio deste miolo, sendo levados para onde o homem ”médio” ”vai”.

        • A comemoração na Argentina não é pelo aborto. Ninguém comemora isso, assim como ninguém comemora eutanásia (pra usar a sua comparação).

          A comemoração é pelo país poder sair do cinturão podre dos países sub-sub-sub desenvolvidos que criminalizam o aborto.

          A sua opinião não importa tanto assim. Se vc parar e conversar com mulheres (mas conversar de verdade), vc vai entender. Principalmente a parte do “tem tantos métodos anticoncepcionais”. Não é tão difícil assim, juro!

  • Nossa, agora estou concordando!!!

    Mas nas primeiras linhas fez uma hiper associação, me vi junto e misturado ali, ou melhor, vomitado.

    Mas discordo novamente quanto à “vivência”, se você pode saber uma coisa sem precisar vivencia-la; ler muito: desconfie quem tem uma mini biblioteca em casa, pode não significar nada. Quem escreve livros, poesia, receita de bolo, geralmente não lê muito, prefere escrever do que ler história dos outros. Conhecimento é importante mas é fundamental entender e muita gente porrai tem uma memória cheia dessas pastas, mas só sabe regurgita-las porque na hora de entender bem o que está dizendo sai de perto, e pasmem, especialmente sobre tópicos das ciências humanas, as mais fundamentais e polêmicas de sempre..

    • Conhecimento técnico puro tem nome pra mim: burrice.
      Não ter a consciência de vivência é necessária também tem nome: burrice
      Desprezar a vivência por achar que pode adquirir tudo através de conhecimento teórico… adivinha? Burrice

      Os inteligentes estão sendo burros e os burros estão sendo cada vez mais inteligentes.

      • Conhecimento técnico puro não é burrice, é apenas o que é. Pra mim é como aprender algo de sua profissão e saber aplicá-lo de maneira automática, basicamente a memorização e capacidade replicativa.

        Não entendi a segunda frase. Desculpe-me, mas muitas pessoas, inclusive aquelas que tem inseguranças emocionais quanto às suas capacidades, as mascaram com ”eu tenho mais experiência que você”, isto é, adoram usar essa desculpa, mas o que importa mesmo é comprovar, empiricamente falando, que a experiência apenas por si mesma teve algum efeito fantástico em sua capacidade de entender o mundo. Acho que a melhor maneira de se fazê-lo seria, sendo frio e analisando as coisas como se fosse um robô, claro no princípio, e logo depois, aumentar a temperatura e julgar o que foi percebido, separando joio do trigo. A maioria, parece que faz o oposto [vai quente e depois frio], ou, analisa tudo ”pelando”, ou, analisa/e critica tudo ”abaixo de zero”.

        Se experiência tivesse esse efeito de esponja na mente humana então todo mundo aprenderia com ela, e não é o que acontece. Eu acho que sou um exemplo, pois apenas muito recentemente que comecei a ”viajar” mais, vivenciar mais o mundo fora de minhas cercanias habituais, mas ‘aprendi’ muita coisa estando a maior parte do tempo em casa, diga-se, confiando no meu instinto, pensando de maneira fria, pensando com a temperatura dos fatos, mas julgando com o coração aquilo que o cérebro separou.

        A maior burrice é confiar cegamente nos próprios preconceitos, e neste caso, não há tamanho de Q.I que resolva. E mais, me nego a concordar que as pessoas com baixas capacidades cognitivas sejam estúpidas, porque seria como dizer que uma pessoa baixa é pior que uma pessoa alta. Conheço gente que não escreve bem, não tem muito interesse em ciências ou filosofia, e parece muito mais razoável do que a maioria dos ”acadêmicos”.

        Acho que conhecimento teórico não pode ser confundido com conhecimento deduzido, aliás, o primeiro seria ”conhecimento indutivo”, em que criamos leis gerais sem ter analisado e criticado a realidade ao redor, algo que pode ser feito ou deduzido honestamente com olhos, ouvidos e neurônios e não com pés.

        Claro que nada substitui a vivência, mas mais em si mesma, quanto ao seu próprio valor, do que enquanto meio para se ampliar o conhecimento, novamente, como se tivesse essa capacidade de nos providencia-lo de maneira automática.

        • Depois do seu comentário dando razão ao que fizeram com a moça do Star Wars, eu não tenho mais interesse em conversar com você.

  • Nossa, que texto grande!!! Logo de cara li um “retardado emocional”, fiquei “continuo lendo ou…” e pensei, será que essa pessoa que escreveu isso sabe o que é “não ser um retardado emocional”?? Estou com a impressão que não…

    E vamos então arregaçar as mangas e falar sobre outro estereótipo, do “advogado”, que supostamente é um sábio que deseja trabalhar em… justiça. Até agora só tenho visto manipuladores semânticos e emocionais insensíveis e excepcionalmente arrogantes, muito semelhantes aos pseudo filósofos de diploma.

    Eu tenho irmãos que exemplificam o que é ser um legítimo retardado emocional. Por exemplo, você está em seu quarto que fica próximo à sala de tv e o seu irmão está justamente lá. É de noite e você deseja dormir. Só que o seu querido irmão não parece ter a capacidade básica de pensar no outro: “eu estou na sala, tem pessoas dormindo ou querendo dormir; o som do celular está alto, vou fazer esse sacrifício em prol do bem-estar alheio”. Isso é um retardado emocional. Não saber lidar com a confusão subjetiva ou com a fricção de uma cultura de cadeia alimentar anti-empática nas relações humanas, a Priore, parece menos retardante do que o exemplo acima, vivenciado e comprovado. Daqueles que, durante as suas vidas, tem sido mais hipo-sociais, temos dois tipos, os que não compreendem as regras, e os que as compreendem até demais, são mais idealistas e decidem se esquivar deste compromisso que não é absolutamente compulsório. Acho um pouco estranho o desfavor falar mal (de maneira desproporcionalmente negativa)aliás hiper associando tendências e pré julgando aqueles que, a meu ver, parecem representar a maioria dos seus leitores, se não estiver errado.

    • Não ache estranho o Desfavor falar mal de nada, pois mantemos este espaço isolado de patrocinadores ou qualquer tipo de monetização justamente para poder bancar a nossa verdade: mesmo que fiquemos com meia dúzia de leitores, ou sem nenhum, isso não nos impacta financeiramente, então, podemos viver na verdade aqui, sem travas. Quantas pessoas conquistaram um espaço onde possam fazer isso?

      PRÉ JULGAMENTE = julgar antes de conhecer. Se eu falar que a população de Uganda é de bandidos, ou que as cirurgias de coração são mal realizadas no país ou que Bolinho Ana Maria é cancerígeno, estou fazendo um pré julgamento. O tema do texto é um pós julgamento, baseado em uma observação, uma percepção minha.

      Sobre advogado, minha opinião: via de regra são lixos de pessoa que transigem coma ética o tempo todo e meros repetidores de conteúdo revestido de erudição por elitismo barato. É uma das raças mais merdas que eu já tive o desprazer de conviver, tanto é que após 15 anos atuando na área, abandonei o direito e ser advogado é a única restrição que eu sempre tive para não me relacionar com alguém. Mas nada disso apaga o que eu disse sobre os nerds.

      • Sim, eu fui concordando depois, rs. Você poderia comentar sobre os ”filósofos” de diploma e os midiáticos, algo que tem se tornado um fenômeno nos dias de hoje, seres que desprezam a sabedoria e definitivamente acreditam que filosofia é apenas ”inventar novos conceitos”. Recentemente, inclusive, foi descoberto por uma pesquisa, que os tais ”filósofos” ”éticos” não são mais propensos a serem mais éticos do que o cidadão comum, sem tais superpoderes… nada novo no reino encantado das ”humanidades”.

  • Anônimo dos debates

    Se por um lado você diz que os “homens que fazem” é que comandam o mundo, então eles próprios devem concertar. Não os nerds.
    Contradição.
    Mas se na verdade voltar atrás, e dizer que acha que os nerds que estão no controle, então sabe porque eles não resolvem?
    Devido aos traumas com mulheres e vida em geral, (culpa delas próprias na criação)…
    ELES NÃO SE IMPORTAM.
    Tem mais o que fazer, nem que seja criar um novo aplicativo de sucesso.

    • Homens que fazem comandam quando estão no poder. Quando não estão, os nerds não comandam nada. Como eu expliquei, gente que faz não está nem um pouco interessada em comandar, pois a situação risível dos nerds os favorece. Falta de cognição.

      Claro que a coisa ia descambar para esse lado: TRAUMAS COM MULHERES E VIDA

      CÊS TÃO VENDO? CÊS TÃO VENDO A PAUMOLESCÊNCIA EM TODO SEU ESPLENDOR SE ESPALHANDO COMO BOSTA QUENTE E MOLE PELO DESFAVOR?

      É isso que está acontecendo em larga escala pelo mundo. Mulheres, garantam seu Navy Seal o quanto antes.

  • Viu? Até você admite que tem esse papo de macho alfa, das mulheres com poder excessivo indevido e que é necessário a atitude deles para voltar a sociedade com os homens dominando! Onde está a mulher forte e independente agora, Surtada? Ou vai me bloquear como sempre fazem quando digo a real?

    • Olha o Nick… tem algum cano de esgoto que desemboca no Desfavor, trazendo esses toletes paumolengas que não sabem lidar nem com mulher, nem com a vida!

      Meu anjo, é sério que depois de dez anos comigo dizendo justamente O CONTRÁRIO, você acha que de alguma forma eu sou feminista? É sério que você não entende que Sally Surtanda é um texto de humor?

      Mas olha, certamente eu vou te bloquear. Vai viver, vai comer mulher, vai ter experiência de vida, depois você volta aqui para falar de coisas reais, ok?

      • Acho que dá pra ver bastante desses tipos nerds nos fóruns e jogos online. No mundo real são inativos e medrosos, mas quando estão nesses espaços da internet se acham os fodalhões, donos da verdade e chiam quando mulheres querem participar de seus espaços, alegando que elas, terríveis e malvadas no mundo real, querem dominar também seu “habitat natural” onde dizem comandar.

  • grande texto, parabéns! um pouco de revolta ácida, mas o recado foi bem dado. algumas coisas eu concordo, outras não, vamos lá:
    antes de tudo não sou nerd ehehheheh, acho que me encaixo mais na parte esportiva da vida, apesar de simpatizar bastante com gostos nerds, não me considero um. os ‘nerds’ da geração que eu convivo (natos de 80 a 90) já estão maduros, alguns hoje com filhos. alguns amadureceram, uns mais outros menos, mas estão encarando a vida. lógico que nenhum desses é caminhoneiro, lenhador, açougueiro, policial ou outras profissões ‘másculas’, mas não se queixam do padrão de vida que levam.
    Sally, hoje é TANTA oferta de mulher, mas tanta, que até tá sobrando uma bela fatia do mercado pros nerds. a mulherada tá atirando pedra em avião pra ver se cai no colo um piloto. ao menos na realidade que eu tenho contato, mulher nunca foi problema pra nerd pegar. depois que inventaram tinders e happns da vida, aí deram uma ferramenta mais eficiente ainda pra alguém que já jogava no campo virtual.
    o nerd de hoje, eu concordo contigo e vejo sim como multidisciplinar: tenho nerds na turma que jogam basquete melhor que eu, que praticam escalada, que fazem triatlon, tem banda de rock e no fim de semana volta e meia a galera se reúne pra uma nostálgica e clássica partida de counter strike ou age of empires.
    depois que ser nerd/geek ficou cool (jobs, zuckerberg, tio bill, j.j. abrams), todo mundo quer ser um pouco nerd. claro, minha visão do assunto.
    quanto a superioridade intelectual, essa parte não concordo lá muito. cara, até meu tio se tu começar a falar com ele, chove um temporal de insinuações do tipo ‘cara, eu sei e vivi mais que tu, portanto tenho mais conhecimento pra me exibir e contar vantagem pros outros’. pra mim é mais um traço de personalidade do que de estilo de vida.
    porém, quando encaixo tuas palavras e olho pra geração atual (nascidos depois de 90)…..meu deus, caem como uma luva. fico então nessa dualidade de tentar acreditar que são fases da vida. ou não, que são pessoas tentando se encontrar consigo mesmas nas mais diversas formas de iniciativa. tanto vejo nerds da minha geração, ainda um pouco perdidos, quanto também vejo nerds dessa geração, já focados e com muitas perspectivas. por esse motivo acredito que isso tenha mais a ver com a criação da pessoa nos primeiros anos de vida do que com o caminho que ela irá escolher nos anos seguintes… deixo pra ti me ajudar a seguir nessa reflexão. fora isso, um grande abraço
    ps.: não assista tanto the big bang theory… recém saiu a segunda temporada de westworld, dá uma conferida quem sabe tu goste

    • Sobra mulher sim, mas o nerd não sabe chegar, tem medo, sequer tem coragem de chamar para sair ou sair. Sabe onde o nerd fica? No virtual, no platônico. Não é por falta de mulher, é por falta de capacidade mesmo, de vivência. E quando tira forças do cu e tenta se relacionar, passa tanta vergonha que “traumatiza” (tudo traumatiza o nerd, ele é uma eterna vítima).

      Esse nerd que você diz que joga basquete ou escala, é o nerd antigo. Releia minha definição atual de nerd e você vai ver que meu texto todo é pautado em outro tipo de pessoa. Pode ser que você não concorde com a denominação “nerd” para essas pessoas, mas elas existem, são reais. Por qual nome você as chamaria?

      • exatamente, se o nerd não tá tendo iniciativa, hoje é a mulher que está dando esse passo. olha o desespero que elas chegaram. a mulherada tá mais lisa que sovaco de santo heheheheh….

        é, nisso tu tens razão. eu chamaria essas pessoas de ‘síndrome do segundo filho medieval’. na época dos castelos e reinos, o primeiro filho homem do rei era consagrado a ser um monge que não receberia o sacerdócio, ou seja, não viraria padre, mas entrava para a ordem templária e lutava nas cruzadas. era a mais alta honra para uma família nobre ter seu primeiro filho homem vinculado a retomada de jerusalém. amados por toda europa, tinham feitos de espada e sangue pela sua terra, e quando voltavam eram recebidos de braços abertos. porém, seus irmãos que nasciam na sequência, não lhes era exigido que tivessem o mesmo rumo. então essas pessoas ficavam vagando, sem muito propósito na vida. sem ter que combater, sem ter que trabalhar (já eram abastados de certa forma), sem propósito na vida. isso bagunça a mente de qualquer um, ninguém sai impune de uma vida assim. assim eram criados aqueles isolados, delicados, cheios de nã0-me-toque, improdutivos, reclamões, inconformados, inteligentes, com sensação de superioridade sobre os outros, detentores de conhecimento, mas que……nunca faziam nada no campo prático.
        é alguém que tá no mundo, mas sem saber muito bem o que quer. não se deu a oportunidade de experimentar as faces que a vida tem, talvez por medo de se decepcionar ou sem ter a coragem de encarar. mas a vida é isso aí. quedas e levantes, não tem como ser diferente. porém esse nerd é alguém vago, raso, e com pouco propósito, que como mecanismo de defesa apresenta esse tipo de comportamento introspectivo/reativo e que faz com que o circulo vicioso se repita sempre, tendo o mesmo resultado e vivendo nessa bolha particular.
        será que eu respondi bem?

        • Diogo, acho que o nerd moderno é pior, pois ele tem escolha. Cabe a nós decidir o que fazer, como lidar, com todas as coisas ruins que nos acontecem. Se eu fosse contar minha vida em detalhes para vocês, metade choraria copiosamente. Nem por isso eu me entreguei ou me achei vítima, ou me recolhi. Pego as coisas ruins e transformo em experiência, dou a volta por cima, boto a cara no mundo novamente. O nerd se convence de que ele é uma vítima e que não pode ser feito nada além daquilo que ele faz. É um misto de covardia com negação e ninguém está tendo coragem de acusar o golpe, porque hoje as “Vítimas do Bullying” estão no rol dos protegidos pelo politicamente correto.

          • e é assim, tapando o sol com a peneira que faz com que a moda do momento seja o ‘coach’, porque a iniciativa da pessoa não permite ir atrás dos seus objetivos. daí então terceiriza o serviço com uma pessoa pra organizar em listas e metas o que tem que fazer pra ir adiante… e as vezes nem assim. uma pena…

            obrigado pela troca de ideias, iluminou meu dia.

            • Tem coach para tudo, até para sexo. Esses novos adultinhos não sabem viver. A parte física dos cuidados com a casa a empregada faz (ou lavam a roupa e pegam comida na casa da mamãe), a parte de socialização, amizade e afeto é irreal, online. A parte de lazer também, é via jogos ou filmes que anestesiam. Tamo bem, tamo indo muito bem…

  • Anônimo dos debates

    E mais: o mundo não é feito apenas de sexo, aliás quem foca em sexo em excesso, não sabe o mal que faz, passa a ser um monstro governado pelos instintos.
    Também não é bom ser 100% sem sexo, nem tanto ao céu nem a terra. Equilíbrio.
    Querer que todos sejam como você quer, é uma vomitação dos insanos desejos femininos.
    Se for assim também queremos um mundo só de panicats ok? Nem precisa ser loira de olhos azuis. Vocês não iriam dar conta.
    Então é isso, pare de achar que é fácil resolver os problemas dos outros, quando você não tem como se colocar na pele do outro. Você não tem o mesmo tipo de cérebro. Você é mulher. Olha primeiro para os seus defeitos.
    Mateus 7:5

    • Tem que ir para a falácia do extremo oposto? Ninguém aqui é focado só em sexo não, meu anjo. Ninguém aqui é bicho.

      Não jogue esse jogo, é feio e infantil. Colocar como contraponto um extremo oposto exagerado para defender seu ponto é precário.

      Cita a Bíblia NO DESFAVOR e depois reclama que foi bloqueado…

  • Anônimo dos debates

    Falácias.
    Sabe porque os nerds são assim Sally? Por não terem recursos emocionais para encarar o mundo.
    E porque não tem? Muitas vezes, por culpa do pai e mãe, sim, MÃE.
    A mãe é um dos principais agentes que bloqueia a geração desses recursos, quando superprotege suas crias.

    • A CULPA É SEMPRE DOS OUTROS, já reparou?

      Do pai, da mãe, das mulheres

      Conheço pessoas que tiveram pais horríveis, abusivos, até criminosos, e em vez de chorar, se traumatizar, se vitimizar, enfrentaram a questão a transcenderam.

      NÃO HÁ VÍTIMAS. CADA UM É RESPONSÁVEL POR SUPERAR SUA REALIDADE.

      • ”NÃO HÁ VÍTIMAS. CADA UM É RESPONSÁVEL POR SUPERAR SUA REALIDADE.”

        Acho que está exagerando aí, indo de um extremo em que tudo é vitimismo e indo até ao outro onde tudo não é… depende, depende da situação, das pessoas envolvidas, não podemos concluir desta maneira.

        Para que não hajam vítimas, primeiro de tudo, é necessário que não existam vitimadores.

        • Não estou exagerando não, guarda essa frase que, um dia, com mais experiência e maturidade, você vai me dar razão.

  • Ser nerd hoje em dia não precisa de tudo isso: basta vestir camiseta de super herói, ir em evento de “cultura pop” e encher a estante com gibis e aqueles bonecos cabeçudos medonhos.

    Aliás, embora eu tenha curtido os Zé Buceta (rosa) terem se lascado, acho que essa coisa de militância e linchamento virtual está passando dos limites e chegando ao puro sadismo de desgraçar a vida alheia, não em fazer justiça. A internet virou criadouro de sociopatas.

    • Isso e se vestir de nerd, porque está na moda, devido a esse espelhamento de poder que falei no texto. Eu posso me vestir de coelho mas não sou um coelho.

  • Sally, de uns tempos para cá aqueles que mandam nas empresas passaram a se influenciar demais pela bolha de internet. Claro, os que são “navy” querem um mundo de “nerds” para poder mandar no mundo real, enquanto inventam uma realidade virtual que agrade à maioria.

    O duro é que, no meio dessa zoeira toda, muito “nerd” passou a posar de “navy”, e convencer os donos da grana que “nerd é o novo poderoso”. Aí… temos a bagunça generalizada que ocorre hoje em dia.

    Quando as empresas começarem a ter prejuízos monstros com o comando desses “zeros à esquerda”, começarão a se mover. Até lá, aguente o excesso de “nerds” – e a escassez de “navy”.

    • Fábio, as empresas não vão ter prejuízo não. O nerd é o funcionário ideal: não tem vida social, vive só para o trabalho. E não acho que um nerd jamais consiga se fazer passar por um Navy Seal, eles sequer saberiam o que emular. O nerd é interessante pro mercado exatamente como é: disfuncional. Sobra mais tempo para a empresa.

      O prejuízo vai ser social mesmo. Fica o pedido para as mães: criem Navy Seal e não nerds. Ensinem seus filhos a não se vitimizarem, a não se acovardarem quando algo der errado. Construam autoestima para que possam socializar e para que bullying não os faça se sentir um lixo. E ensinem, acima de tudo, que NÃO HÁ VÍTIMAS, nós somos os criadores e responsáveis pela nossa realidade. Nós escolhemos como lidar com o que nos acontece: tirando disso um aprendizado, corrigindo os erros e saindo mais fortes ou caindo no medo e na vitimização.

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