Sobrevivendo ataques de tubarão.

Em um mundo ideal, este texto não seria necessário, bastaria escrever: “tenha bom senso”. Como estamos longe de um mundo ideal e vocês pediram o tema: Desfavor Explica – Sobrevivendo a ataque de tubarão.

A forma mais eficiente de evitar ataques de tubarão é: não entrar em águas onde existam tubarões. Parece óbvio, não? Porém nem todo adultinho consegue conter este ímpeto. Existe um mapeamento razoavelmente eficaz sobre quais regiões abrigam tubarões perigosos, então, é minimamente previsível. Das mais de 300 espécies de tubarão, três são responsáveis por quase todos os ataques: Tubarão Tigre, Tubarão Touro e o tão temido Tubarão Branco, que inspirou o filme. A maioria é inofensiva, alguns infelizes nem dente tem, como o pacífico Tubarão Baleia. Então, não é tão difícil de se prevenir.

Mas não, o ser humano quer entrar justamente naquela região onde tem tubarão maior do que ele. Inconsciência, arrogância, vício em adrenalina, seja lá pelo motivo que for, é graças à imbecilidade humana (e não aos tubarões) que temos um numero tão elevado de ataques. Você entra em uma floresta selvagem cheia de predadores maiores que você? Não, né? Por qual motivo as pessoas acham que no mar pode?

O tubarão não tem o menor interesse em comer humanos, eles gostam de bichos mais macios e gordurosos. No geral, quando um tubarão ataca um humano ele o está confundindo com outro animal, como por exemplo, com uma foca. Então, não há qualquer “maldade”, hostilidade ou postura predatória do tubarão em relação ao ser humanos, muito pelo contrário, para ele também é um desgosto morder e perceber que pegou um bicho ruim.

Além de se informar sobre quais tubarões habitam o local onde você vai mergulhar, você também deve observar a sinalização local. Áreas costeiras com avistamentos recentes de tubarões costumam receber uma bandeira de aviso, ou uma placa alertando para o risco de ataques. Por sinal, a maior parte dos ataques acontece com pessoas que viram estes avisos, porém decidiram ignorá-los. Não ignorem avisos, se estão ali, é por já ter acontecido uma desgraça antes.

“Mas Sally, eu só sou feliz na vida se puder praticar meu hobbie, que é mergulhar em uma região totalmente infestada de tubarões famintos, você está me dizendo que não quer que eu seja feliz?”. No caso, eu te mandaria procurar terapia, mas, se você tem que entrar no mesmo ambiente que um carnívoro do tamanho de um ônibus, eu te recomendo ir armado.

Existem armas específicas para se defender de ataque de tubarões, coisas como bastões que dão choque, arpões ou lanças. Se você vai mesmo se colocar nessa situação, que não seja de mãos abanando, pois você está em desvantagem. O tubarão é maior, mais forte e está no meio dele: a água. Se vai emputecer um predador invadindo seu território, leve reforços.

Não que seja determinante, mas, se puder, evite roupas ou acessórios muito coloridos ou brilhantes, melhor. Isso pode dar ao tubarão a impressão de ser a escama de um peixe. A maioria dos tubarões enxerga mal, então, qualquer reflexo brilhante pode induzi-los a erro. Já li recomendações de que, em caso de naufrágio, todos deveriam remover anéis, relógios e brincos, por este motivo.

Bem, se é para entrar nesse assunto, tenho uma notícia ruim… as cores dos coletes salva-vidas atraem o turbação mais do que qualquer anel. Geralmente o amarelo, o laranja, o prata e o branco (principalmente quando em contraste, como nas listras do colete) são um convite à mordida para algumas espécies de tubarão. Então, o barquinho afundou? Bota o colete. Mas, se no correr no desastre, você perceber um tubarão de aproximando, tira o colete na hora e joga ele bem longe de você. Há uma boa chance de que os tubarões ataquem os outros Zé Ruelas que ainda estão de colete.

Outra coisa que induz o tubarão a erro são pranchas. Pense na visão do bicho, que observa a gente de baixo para cima: o que ele vê é a prancha com perninhas e bracinhos se mexendo. Parece bastante com uma foca. Isso faz com que o tubarão ataque na certeza de ser uma foca. Acredite, eles não gostam de humanos, temos muitos ossos, somos difíceis de mastigar. Então, seja no lazer, seja em um naufrágio, se perceber um tubarão, largue a prancha ou qualquer pedaço de madeira no qual você esteja se escorando. Deixa o bicho perceber que você é humano.

Não ficar isolado pode ajudar, se houver um grupo de pessoas a coisa dificulta para o tubarão. Por sinal, nunca se deve nadar sozinho por uma série de outros motivos, como por exemplo, o ridículo de uma câimbra te matar. Mas, nesse caso específico, um grupo de pessoas unidas pode passar a impressão de um único bicho muito maior do que o tubarão. Além disso, se a coisa chegar ao ataque, as chances de lutar de volta são maiores se você estiver em grupo e as de ser socorrido e sobreviver também.

Normalmente tubarões são atraídos por tempo nublado, chuvoso e principalmente pós-chuva. Tenha cuidado redobrado quando o clima estiver assim. A regra geral é que tubarões preferem águas mais quentes, como por exemplo, as caribenhas. Eles também preferem dar o ar da graça ao final do dia, quando o sol está se pondo, quando está amanhecendo ou à noite. É igualmente mais comum que tubarões frequentem águas onde seus pratos favoritos nadam, animais como focas e alguns tipos de peixe. Golfinhos também podem ser um indicativo de tubarões na área, não por serem suas presas, mas por comerem os mesmos tipos de peixe.

Porém, nenhuma regra é absoluta, semana passada apareceram dois tubarões em uma praia do Rio (cuja água é mais gelada que cu de foca) em um belo dia ensolarado. Então, as dicas são para redobrar os cuidados quando estas condições surgirem, não para descansar quando elas não estiverem presentes, ok?

Tubarões também podem ser atraídos por locais onde se despejem resíduos na água, de qualquer natureza. Desde lixo e esgoto, até carcaças de pesca. Evite estas áreas, até porque será uma água bastante imunda. Mas daí se depreende uma dica: se você estiver pescando, tente não cortar/arpoar o peixe dentro da água, ele vai sangrar e isso pode atrair tubarões na velocidade da luz.

É muito comum escutar que tubarões são atraídos por sangue. De fato, eles o detectam à distância e isso pode deixa-los especialmente agressivos, por isso, além de não sangrar peixes dentro d’água nunca nade com machucados ou feridas, mesmo em processo de cicatrização. Mas, tenha em mente que sangue não é o único problema. Na verdade, qualquer fluído corporal os atrai, então, pense duas vezes antes de mijar no mar e, se possível, tente não vomitar.

E não pense você que por não mergulhar em águas profundas está a salvo. Pode acontecer de você ir só molhar o pezinho e voltar sem ele. Para caçar, tubarões vão até a arrebentação, às vezes chegam até a sair da água. Então, se o bicho estiver realmente disposto, com fome, ele vai te pegar lá na beirinha. Portanto, não há local seguro quando falamos de praias com tubarões. Mas há lugares especialmente inseguros. E evite recifes e bancos de areia, tubarões gostam de passear por lá, na procura de alguma presa zé ruela que tenha ficado entalada no local. Não seja você esse zé ruela.

Agora um dado interessante: mais da metade dos ataques de tubarão acontece por “iniciativa humana”, isto é, o tubarão estava na dele e partiu do humano um primeiro contato, que não foi bem recepcionado pelo animal. Tubarões não são animais domésticos, não entendem um carinho, um toque, uma aproximação. Não seja esse idiota que vai pra cima do tubarão para tentar fotografá-lo ou que estica a mão para tocar sua cauda.

Sério mesmo, não se aproxime, não tente interagir. Você não sabe como o animal vai interpretar aquilo. Mesmo animais pacíficos podem entender um gesto normal como uma agressão, pergunte ao Steve Irwin. Você está invadindo a casa do bicho, o mínimo que pode fazer é respeitá-lo. Por exemplo, ficar na frente do tubarão, no caminho que ele está traçando ao nadar, pode ser considerado uma ameaça e gerar um ataque. Mantenha distância.

Um último conselho preventivo: pense duas vezes antes de nadar com seu pet em mar aberto. Cães nadam de forma escandalosa e são pequenos o bastante para valer um ataque sem riscos. Além disso, fica difícil explicar a eles que não podem fazer xixi na água. Nadar com animais de estimação pode contribuir para atrair tubarões. Vale para animais vivos ou mortos: se você pratica pesca submarina, nem pense em amarrar os peixes que você pegou ao seu corpo, isso te torna uma isca gigante! Ao avistar um tubarão, solte imediatamente os peixes.

Vamos ao que interessa: o pior aconteceu. Você está dentro da água e viu um tubarão. A primeira coisa que você deve saber é que nem sempre o avistamento se dá como nos filmes, com uma barbatana saindo na superfície da água. Às vezes se vê uma grande mancha na água, outras se vê a cauda. Então, é provável que você sequer tenha a certeza de ser ou não um tubarão. Na dúvida, se comporte como se fosse.

Eu sei que é escroto pedir isso mas… fique calmo. Se houver alguma possibilidade imediata de sair da água de forma rápida, por exemplo, se você estiver ao lado do barco, saia imediatamente. Mas se não, não faça escândalo. Não chame a atenção para você. Não saia batendo braços e pernas desesperado, pois isso vai atrair a atenção do tubarão. Tente não fazer movimentos repentinos, bruscos, escandalosos. A regra é que o tubarão não vai se interessar por você. Vai saindo, o mais discretamente que puder, com movimentos lentos e suaves.

Vamos supor que o tubarão te viu e se interessou. Ele está indo na sua direção. Tenha em mente o que eu já disse: ele é maior, mais forte e mais ágil, portanto, você está em uma grande desvantagem. Se ele está indo na sua direção, dificilmente você será mais rápido do que ele, então, fique quieto. Pode ser que a aproximação dele seja apenas curiosidade. Com sorte ele vai perceber que você é um humaninho cheio de ossos que não vale a pena morder ou então acabou de almoçar e vai querer evitar a fadiga.

Esta dica só vale se você estiver fazendo mergulho submarino, pois na superfície vai ser praticamente impossível de perceber: observe a forma como o tubarão se aproxima. Tubarões que estão dispostos a atacar geralmente nadam rápido na sua direção, em ziguezague ou fazendo movimentos repentinos, irregulares. Também é provável que ele nade em círculos à sua volta antes de partir pra cima. Ele está te avaliando, pensando se realmente vale o esforço de te atacar. Anote uma coisa sobre tubarões: eles sempre querem evitar a fadiga. Se acharem que uma presa vai dar trabalho, eles preferem não arriscar e partir para outra.

Já um tubarão que vem lentamente, com o corpo relaxado, está apenas curioso. Quando tubarões entram no modo ataque, sua linguagem corporal é bem característica, entram em um frenesi, fazem movimentos bruscos, até erráticos, se viram rapidamente. Um tubarão curioso faz movimentos suaves e lentos. Se tiver curiosidade, veja vídeos de tubarão dando rolê de boa e tubarão putaço atacando, você vai ver como a diferença é gritante.

Não perca o tubarão de vista, um ataque pelas costas vai te impedir de se defender e pode ser letal. Se puder, coloque um obstáculo entre você e ele, pode ser que isso o desencoraje ou que aplaque a força da sua mordida: um cilindro de oxigênio, uma faca de mergulho, qualquer coisa. Sei que é pedir demais, mas nade de forma lenta e segura, pois se você ficar todo se tremendo, tendo espasmos ou fazendo movimentos bruscos, o bicho pode achar que você está ferido e isso vai encorajá-lo a te atacar.

Se o pior acontecer e ele realmente partir para cima para morder, aí acabou a brincadeira. Você vai ter que lutar, mesmo em desvantagem. Se fingir de morto só dá ao tubarão a sensação de que ele venceu e pode degustar sua refeição de boinha. Se ele sentir alguma resistência, pode ser que avalie e chegue à conclusão de que não vale a pena e desista. Como eu disse, tubarões são acomodados, eles não gostam de ter trabalho. Portanto, se a presa dá trabalho, as chances dele desistir são enormes. Vamos aprender agora como dar trabalho para um tubarão?

Se houver qualquer chance de colar suas costas em uma superfície que te proteja, como uma pedra ou um recife, faça isso. Essa posição vai limitar o ângulo de ataque do tubarão, ele não vai poder te rodear (ou seja, te avaliar) e talvez acabe até desistindo do ataque pela dificuldade logística. Ainda que o ataque aconteça, você saberá de qual lado ele virá, permitindo uma defesa mais eficiente.

Os pontos mais fracos do tubarão acessíveis para humanos são os olhos e as brânquias (ou guelras, aquelas aberturas laterais pelas quais ele respira). Enfie o dedo, arranhe, bata, puxe, vale tudo. A intenção não é necessariamente ferir o animal e sim provocar resistência e desconforto para que ele desista e procure uma presa mais fácil. Vale até morder de volta. Mostre que vai dar trabalho. Pequena dica: prender o ar antes do golpe pode te ajudar e deixa-lo mais forte e eficiente

É comum ouvir orientações sobre bater no “nariz” do tubarão. Isso é lenda. Não é uma área tão sensível e você vai ter que contar com a força de uma porrada debaixo d’água, que provavelmente não será suficiente para incomodar o bicho. Sem contar que o nariz fica pertinho da boca, o contra-ataque vai te fazer perder um membro. Esquece o nariz. Vai no olho e nas brânquias, que são a sua melhor chance.

Lute de volta sem parar, o quanto conseguir. Não raro tubarões dão uma mordida para sondar a presa e se ela oferece resistência repetida, vão embora. Não desista, mesmo que tenha sido mordido. As estatísticas estão a seu favor, as chances de ser morto por um ataque de tubarão são baixas, geralmente eles desistem e procuram presas mais dóceis.

Desagradável ter que entrar nesse nível de detalhes mas… tubarões costumam prender a presa na sua mandíbula e depois sacudi-la, para rasga-la. Se, por uma infelicidade, ele conseguir te abocanhar, o melhor que você faz é não tentar sair da boca dele, pois isso vai te rasgar. Fica e se agarra ao tubarão, para que, quando ele te sacudir, o rasgo seja menor. Aproveite a proximidade inevitável para continuar metendo a porrada nos olhos e guelras, ele vai te soltar quase que instantaneamente.

Se o tubarão desistir, saia da água o mais rápidos possível, pois toda essa agitação ou eventual sangramento vai atrair outros tubarões. Além disso, sangrar dentro d’água não é uma boa escolha, favorece a hemorragia. Você pode desmaiar, entrar em choque ou até morrer rapidamente dependendo do tamanho do estrago. Saia e procure ajuda médica o quanto antes

Para fechar, os principais pontos de ataques de tubarão pelo mundo são: Flórida, Austrália, Havaí, Califórnia e África do Sul. Evite estes lugares. No Brasil, por gentileza, atenção no Nordeste, sobretudo no Recife.

Tenha em mente que não existe no mercado um “repelente” eficiente para tubarões, apesar de muitos serem vendidos como tal. E aquelas gaiolas de metal que supostamente de protegem de ataques… bem, há vários vídeos de tubarões destruindo aquilo como um castelo de cartas. Então, a melhor solução continua sendo não ser idiota. Não seja idiota, por favor.

Para dizer que depois dessa não entra nem no chuveiro, para sentir pena dos tubarões que foram parar na praia do Rio ou ainda para dizer que eu deveria é falar sobre erupções vulcânicas: sally@desfavor.com

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Comments (19)

  • Mais uma dica em caso de mergulho é ficar sempre na posição vertical quando avistado pelo tubarão. Como eles não enxergam, um humano de pé vai dar a impressão que é maior aie ele e vai pensar duas vezes antes de atacar. Tubarões são animais maravilhosos, um dos meus preferidos. Ainda farei um mergulho com tubarões. Quero fazer o da gaiola pra ver o tubarão branco e aquele sem a gaiola que a gente pode até dar comida, geralmente com o tubarão tigre.

      • É ele pode romper as grades sim e as vezes acontece. Mas ele faz pra ver o que é, dificilmente pra atacar os humanos. É um bicho muito curioso.

  • Ausência de sinalização não significa lugar seguro,já que ataques aconteceram onde não tem sinalização, ou tem sinalização precária com placas enferrujadas, ilegíveis. Fortaleza é um lugar que merecia placas pra deixar as pessoas cientes de que tubarões ficam próximos a orla. Porém, como não tem registro de acidentes, não há sinalização, nem interesse em evitar tragédias.

  • Sally, só um adendo: algumas espécies de tubarão preferem água fria. E pra deixar todo mundo mais ligado, o Tubarão Tigre também pode nadar em rios, com relatos de ataques a centenas de quilômetros do mar. Então, por via das dúvidas, é melhor não entrar na água em lugares que você não conhece. Na piscina já está de bom tamanho pra mim. A propósito, qual a possibilidade de fazer um “Sobrevivendo a ataques” de jacarés ou crocodilos?

  • Lí uma notícia que teve um ataque de tubarão na praia de São Gonçalo.

    Já não entro na de Copacabana por ser IMUNDA, agora, imagina com tubarão!

  • Eu ainda fico impressionada como é que a galera entra no mar em Recife mesmo tendo TANTA PLACA alertando. Eventualmente eu vou a Hellcife, faço questão de passar longe das praias que todo mundo já sabe que tem tubarão.

  • Ler sobre primeiros socorros é importante, mas também alimenta paranoias.
    Apesar de ter tido aulas de natação na escola e saber nadar o suficiente, sempre tive aversão de entrar em água de rio, lago, mar, piscina… Detesto excesso de contato com bichos, só olhar de longe já está bom.
    Os humanos também não são muito diferentes. Protetor solar, mijo, vômito, pelos, perebas… E vocês viram o caso da mulher filmada se depilando numa piscina pública? Argh!

      • Acho que nunca vou conseguir deixar de pensar que ataques de tubarões e animais selvagens em geral a humanos são uma forma de seleção natural. Às vezes uma praia mais segura (e limpa) não fica nem a uma hora a mais de distância, mas a criatura prefere se arriscar a perder um membro ou a vida a pensar em fazer um esforcinho a mais. Ainda tem essa mentalidade de “Deus não vai fazer isso comigo./Nunca vai acontecer logo comigo.” Como se a pessoa em questão fosse o centro do universo…

  • (…) para sentir pena dos tubarões que foram parar na praia do Rio (…)

    hahahahaha, Enorme verdade !

    (…E mais dó que isso, só de mim mesmo – por eu ainda gostar das Barcas e ter tido o tal risco laranja / colete…)

    Muito agradecido, mais uma vez, por mais este tema !

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