Cachorro do Carrefour.

É possível que você esteja com receio de ler este texto, assim como eu fiquei com receio de ler qualquer notícia ou comentário sobre o assunto: fique tranquilo, o assunto será abordado com o máximo de cuidado e com o mínimo de sadismo possível. Nada de radicalismos, nada de fotos, nada de vídeos e nada de detalhes excruciantes do que aconteceu. É só um convite à reflexão mesmo.

Para quem teve a sorte de não ser bombardeado com esta notícia, um breve resumo: um funcionário de um grande supermercado (Carrefour) de Osasco, São Paulo, foi filmado agredindo um cachorro na porta do supermercado. A natureza das agressões foi tão severa que o animal faleceu. Este vídeo circulou a internet e causou revolta, discórdia e briga por tudo quanto é lado.

Sim, briga. Você deve estar pensando: “Mas Sally, quem é a favor da agressão de um cachorro?”. Ninguém. Mas mesmo assim as pessoas estão brigando alucinadamente, pois a polaridade para um lado gera uma reação no sentido oposto. E é basicamente sobre isto que o texto de hoje vai falar: não importa quão nobre, importante ou justa seja sua causa, se você se excede e milita por ela desde a polaridade, não só vai criar uma reação contrária, como também vai enfraquecê-la.

O cachorro foi abandonado no estacionamento do Carrefour uma semana atrás e, desde então, alguns funcionários vinham dando água e comida para o animal. É óbvio que ele se manteria por perto. Era um animal dócil, amistoso, no vídeo fica bem claro que não houve qualquer tentativa de ataque, muito pelo contrário, o cão estava indo na direção do funcionário para brincar com ele e foi recebido a pauladas.

Aí entra a primeira questão: alguém abandonou esse cachorro. Por pior que pareça, é muito comum que pessoas abandonem cachorros no meio da rua ou em estacionamentos. Alguns pensam que o cachorro vai se virar, outros apostam que alguém vai acabar cuidando dele. Só que isso quase nunca acontece.

Cães são uma criação nossa, dos humanos. Muitos anos atrás nós cruzamos os exemplares mais sociáveis dos lobos até chegar a um animal “artificialmente” sociável, excessivamente sociável, quero dizer, um bicho tão prestativo e amável, que jamais teria sobrevivido na natureza. Nós nos beneficiamos dos cães por muito tempo: guarda, tração, caça e tantas outras funções. Mas nem sempre damos a contrapartida.

A partir do momento em que nós brincamos de Deus e “manipulamos a genética” (escolher cruzar só os mais amáveis por séculos é uma forma de manipulação) do animal, tirando dele a capacidade de se defender, é necessário um mínimo de ética no trato com esse animal: se você quer ter um cão, é preciso que tenha a consciência da responsabilidade, do trabalho e da despesa que ele gera e se comprometa a cuidar dele o resto da vida. E cachorro dá trabalho e custa caro.

Abandonar cachorro é algo abominável para com o animal, pois o dono é tudo que ele tem, seja no social, seja no material. Salvo raras exceções em cidades de interior onde todos colaboram, cães não conseguem sobreviver sozinhos. Porém, acredito que quem abandona não o faça por maldade, e sim por falta de consciência disso tudo, de si mesmo e da vida. Como lidar com quem não tem consciência sequer para perceber o que está fazendo?

A solução seria o Poder Público regulamentar a propriedade do animal, estipulando uma multa ou sanção que realmente incomode a quem adquire um cão e de alguma forma negligencia suas necessidades. Acontece em vários países do mundo, mas não me parece exigível no Brasil.

Estamos na base da pirâmide de Maslow, metade da população está lutando para ter o que comer. Não dá para pedir que tenha esta consciência, pois não cuidam bem nem deles mesmos, nem de seus filhos, quem dirá de um cachorro. E, por óbvio, pessoas que não conseguem suprir com tranquilidade suas próprias necessidades materiais e emocionais, jamais deveriam ter um cachorro. Advinha só? São as que mais tem.

Quando uma pessoa sem consciência age de forma sem consciência, ela não se dá conta do que está fazendo. Se você parte para cima dela, a tendência é que ela se defenda, pois se sente atacada de forma injusta. Então, independente da pessoa merecer ou não merecer, é contraproducente. Se você quer descontar toda sua raiva, revolta e fúria pelo ocorrido, vai lá e lincha virtualmente o idiota que matou o cachorro, mas saiba que é apenas isso que você está fazendo: descontando sua raiva. Se você quer uma atitude realmente eficiente, o caminho é outro.

Mas hoje, nestes tempos polarizados, se espera que a pessoa seja radical, caso contrário ela não se importa o suficiente. É esse o medidor social para mostrar que a pessoa reprova algo. Quanto mais agressividade, radicalismo e certezas, mais a pessoa “se importa”. O problema é: o universo trabalha com equilíbrio, se você joga o pêndulo muito para um lado, fatalmente, para equilibrar, surge uma força antagônica para o outro lado – é assim em tudo na vida, podem reparar.

Então, se, na melhor das intenções, há pessoas exaltadas expressando opiniões radicais sobre um caso qualquer, como por exemplo, este, isso fará surgir pessoas exaltadas expressando opiniões radicais no sentido oposto. É o que estamos vendo em redes sociais: “monstro que bate em cachorro tem que morrer” x “crianças apanham todo dia e ninguém dá um pio”. Lá estão as pessoas, brigando, se ofendendo, discutindo, quando, em essência, todos concordam que não se deve matar um cachorro a pauladas.

Pessoas que se acham no direito de espancar um cão que não lhe fez absolutamente nada, de fato estão em um grau de falta de consciência que precisam de intervenção estatal, tanto é que hoje, no Brasil, espancar cachorro é crime. Então, não tem que matar ninguém, se vivemos em um Estado Democrático de Direito (e, quando convêm, todo mundo evoca isso), tem que deixar a lei agir. E é perfeitamente possível recriminar este ato, apesar de existirem crianças espancadas também. Por sinal, repudiar a violência em geral é sempre bem-vindo, não precisa escolher ou criança ou cachorro. Precisa fazer a sua parte em vez de ficar reclamando do sofá, para qualquer causa que seja.

Só que se você fizer isso de forma radical (“tem que matar”), desde a dualidade (“quem faz isso é má pessoa”) ou da polaridade (“protetores de animais x agressores de animais”) não estará ajudando em nada à causa animal, muito pelo contrário, estará criando uma força antagônica para desmerecer e se opor à sua luta, que é mais do que justa. Em vez disso, uma postura desde a neutralidade vai unir as pessoas em torno da causa, pois é desde esse lugar que as coisas ressoam como verdadeiras, como familiares, como certas.

Então, por mais revolta interior que todos nós possamos sentir em relação a alguma coisa (cada um tem um gatilho que acorda um nazista adormecido), todos ganham mais se a gente respirar fundo e tentar abordar a questão desde a neutralidade. Não estou propondo que todos achem lindo, se abracem e perdoem o sujeito que espancou o cachorro, estou propondo uma abordagem sem radicalismos, sem antagonismos e sem agressão em resposta.

“Ah tá, então do jeito que a coisa está, você quer que a gente trate escrotos como meras pessoas com falta de consciência?”. Trata como quiser, mas sim, me parece uma mudança benéfica. Observem que faz tempo estamos tratando de forma antagônica, como pessoas más que tem que sofrer de volta e me responde a seguinte pergunta: está adiantando? Te parece que estamos por um bom caminho? O mundo está ficando melhor?

Não falo em específico desse segurança do Carrefour, falo de qualquer pessoa ou classe que você repudie: traficantes, policiais, padres, bombeiros ou sapateiros, pouco importa. Antagonizar, desejar o mal, sentir raiva… realmente está funcionando para a nossa sociedade? Olhar desde a neutralidade para o funcionário do Carrefour quando animais não são a sua causa é fácil, o grande desafio é aprender a olhar desde a neutralidade para pessoas que pisam no seu calo. Mas é um excelente exercício, recomendo.

Percebam que não estou “passando pano” para o sujeito. O caso tem que ser apurado e tem que sair daí três punições: para quem abandonou o cachorro, para o funcionário, e para o Carrefour. Estou chamando a uma reflexão sobre postura na hora se posicionar sobre o caso, seja internamente (você dentro de você mesmo), seja externamente (na mesa de bar, com os colegas de trabalho, em redes sociais).

É lei da física: antagonizar com raiva só faz surgir uma força oposta a você, uma resistência a esse grande empurrão mental que você dá em uma direção. Terceira Lei de Newton: para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário. Se você vai para um extremo, pessoas do outro extremo aparecerão para antagonizar com você. É mais ou menos como aquele papo das ondas de frequência do texto da semana passada: se a onda sobe, ela vai ter que descer, única forma de evitar esta oscilação é se manter linear.

Radicalismo atrai radicalismo: “tem que matar”, “pegaremos em armas”, “seremos resistência”. Por gentileza, alguém saberia me apontar um, apenas um caso, em toda a história da humanidade, onde uma coisa dessas tenha dado certo a logo prazo? Não dá, porque a paz de espírito, a harmonia e a solução que realmente transforma realidades está sempre no caminho do meio, na neutralidade.

Se acham que estou falando besteira, sugiro que antes de desacreditar, experimentem e constatem por vocês mesmos se a vida não melhora significativamente e se suas ações não passam a ser muito mais eficientes. Não é na força, não é na raiva, não é na marra. Nada disso resolve, muito pelo contrário, só piora qualquer situação.

Essa babaquice de ser “contra” algo ou alguém não causa nada além de uma reação em sentido oposto, ou seja, pessoas e até fatos que vão antagonizar com quem está exercendo essa postura “contra”. Sejam a favor. Vimos o que aconteceu com o #EleNão, vimos o que aconteceu com inúmeros movimentos e pessoas que insistem em levantar a bandeira de serem contrários a algo, de querer destruir algo, de querer se vingar de algo. Não dá certo. Não é bom para quem é do contra e não é eficiente para sua causa.

Hora de sentar e fazer um trabalho interno de desconstruir essa ideia de que se você busca justiça ou defende uma causa, a maneira mais forte, verdadeira e eficiente de lutar por ela é sendo incisivo, radical e contra. Observe os fatos desde a neutralidade e tente falar desde a neutralidade, você vai ver sua fala ecoar muito mais longe e seu poder de convencimento e persuasão aumentar exponencialmente.

Não fiquem no meio desse lixo de briga por atacar o infeliz que espancou o cachorro e, acima de tudo, tenham claro em suas mentes que não partir para a raiva e o ataque não significa de forma alguma ser conivente com aquilo que você repudia. Significa ser inteligente e agir desde o melhor lugar, desde o lugar mais eficiente.

Não caiam nessa armadilha de fazer passeata, protesto e atos “contra” a violência animal, “contra” o Carrefour ou “contra” o que for, isso só cria mais forças antagônicas para a causa. Façam coisas positivas, coisas em prol de animais, para atrair coisas positivas em retorno, em vez de antagonismo.

Parece fórmula de gente drogada que vê gnomos, mas não é. É lei da física. Não seja palco para maluco do contra, não deixe a bola quicando para que estas pessoas desequilibradas venham chutar. Faça a sua parte, focada em atitudes positivas – e para isso não é preciso brigar com ninguém.

Sobre o segurança do Carrefour e os possíveis desdobramentos do caso, o máximo que veremos é: demissão do sujeito, pedido de desculpas do Carrefour, doação de dinheiro do Carrefour para a causa animal.

A lei que protege animais de maus tratos é a Lei 9605/98. Ela prevê, no artigo 32, que é crime “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos” com pena de “detenção, de três meses a um ano, e multa”. Sabem o que isso significa? Que a pessoa não é presa. Dificilmente alguém é preso no Brasil se a pena for inferior a quatro anos, muito menos essa, que é de mera detenção e não de prisão. Então não esperem por prisão.

Se isso te revolta, em vez de fazer manifestações “contra” o que quer que você credite com causa desta injustiça, faça algo proativo e positivo: é possível mudar esta lei. Vou além: acho um absurdo que animais de estimação sejam regidos pela lei de crimes ambientais. É possível pressionar o legislador a fazer um Estatuto dos Animais de Estimação ou coisa parecida, a criar uma lei para reger a conduta das pessoas com seus animais, que, diga-se de passagem, é muito necessária.

Uma lei que puna exemplarmente o dono do cachorro que ataque alguém e tire o animal da pessoa em caso de reincidência, uma lei que puna quem abandona, espanca ou mata pets, uma lei que regulamente tudo que pode e não pode em matéria de animais de estimação. Eu realmente acredito que esta lei seria eficiente, pois, apesar de ser impossível a fiscalização pelo Poder Público, os protetores de animais são muito atentos e eles mesmos se encarregariam de fazer a denúncia de muitos casos.

Qualquer pessoa do povo pode enviar sugestões de projetos de lei. Qualquer grupo pode fazer pressão em redes sociais A FAVOR da criação de determinada lei ou regulamentação. Isso sim é eficiente, em vez de ficar na postura de “resistência” sendo apenas do contra, apenas brigando e criticando, puxando um cabo de guerra sem fim. Seja ativo, seja positivo, faça a diferença. Isso muda a realidade, o resto… é só ego, para parecer bonito e bondoso em redes sociais.

Para dizer que você está mais para o lado dos que estão tentando comprar comida, para dizer que vai mandar projeto de lei troll ou ainda para dizer que odeia concordar com a Luisa Mell: sally@desfavor.com

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Comments (33)

  • O que mais me abismou nessa historia toda foram os esquerdistas doentes falando que quem votou no Bolsonaro não poderia estar indignado com o caso, pois ele é a favor da caça e etc. e os veganos mais radicais falando que quem COME carne também não poderia estar indignado, que é hipocrisia. Faça-me o favor!!!

    O que tem que fazer é investigar mesmo o caso e punir, dentro da lei, os responsáveis. Se a lei for muito falha vamos intervir para que melhoremos ela e não sair feito animais querendo linchar o cara.

  • Não é por nada não, mas muita gente da “maioria silenciosa” teria feito a mesma coisa com o coitado do cachorro na situação do segurança. Dar cuidados a um cachorro abandonado é como cuidar de mendigo – para cada pessoa solidária há outras dez com nojo (talvez um pouco menos, pois estamos tratando bicho como gente e gente como bicho, mas é por aí).

    • Fábio, na real, sabe o que eu acho que aconteceu? O cachorro cagava e mijava tudo e a porra do segurança era obrigado a limpar. Já vi isso acontecer em trocentos estabelecimentos: o bicho mija, a pessoa limpa, o bicho vai lá dez minutos depois e mija novamente. A pessoa fica puta, pois não é sua obrigação ficar mexendo em urina e fezes, mas como o patrão manda, ela faz. Com o tempo, vai subindo uma revolta e uma hora a pessoa quer dar fim naquilo. Se a pessoa for tosca, sem consciência, é assim que ela transborda a raiva que está sentindo.

  • O Carrefour já se envolveu em outras polêmicas como denúncias de assédio moral contra funcionários,venda de alimentos vencidos, racismo contra clientes, preço no caixa diferente do preço da prateleira, ou seja, a marca não se preocupa com sua imagem e tb não se importou o suficiente com o caso do cachorro, que causou essa comoção toda. Que sejam punidos os responsáveis por todos os absurdos que fizeram, em todas as denúncias que não ganharam repercussão.

    • Aquele Carrefour em específico vive cometendo ilegalidades. Já espancaram até cliente. É bem óbvio para mim que a gestão de pessoas do lugar tem uma falha monstruosa.

  • O que me deixa puto de verdade é que hoje, todo mundo gosta de falar um monte em rede social pra pagar de bacana, engajado e etc, mas na hora de fazer algo concreto ninguém faz absolutamente NADA. Eu tenho duas cachorras em casa que resgatei da rua, um dia desses chegando do trabalho me deparei com três gatinhos largados numa caixa pegando chuva. Tive que levar pra casa pra não deixa-los morrer ali. Alimentei, dei banho e levei num veterinário para serem vermifugados. No dia seguinte, no mesmo Facebook que esses arrombados usam pra se promover as custas do sofrimento alheio, compartilhei fotos e informei que eles estavam disponíveis para quem pudesse adota-los e ainda me dispus as ajudar a arcar com os custos da castração quando ela fosse possível. Um monte de gente comentou coisas do tipo “ai que lindos”, um monte de gente comentou e etc. Sabe quantas pessoas se interessaram? ZERO, Z-E-R-O. Um deles foi doado para a minha sogra e os outros dois estão (e provavelmente ficarão) comigo. O povo é bom pra postar, passar dois, tres dias indignado. Na hora de agir ninguém faz nada.

  • Eu não sei se é muita viagem, mas durante as eleições li muita gente querendo boicotar o Carrefour por um suposto apoio ao Bolsonaro. Acho que esse mesmo povo pegou a história do cachorro como uma força para esse fim

    • Lica, essa unidade em específico já tem histórico de outras condutas duvidosas, com direito a processos. Ao que tudo indica, são meio sem noção mesmo…

    • Ana, a pena mais severa é a de reclusão, onde o condenado fica preso o tempo todo, por isso popularmente se chama de “prisão”.

      Na detenção o esquema é mais brando, a pessoa ficaria, em tese, em uma colonia agricola e mesmo assim apenas parte do dia.

      Em termos praticos o que voces tem que levar em conta é: pena inferior a quatro anos permite um “beneficio processual” no qual a pessoa fica em liberdade.

  • Sally, tenho acompanhado esse caso com certo receio também. As pessoas não querem medidas corretivas, justiça; não, elas querem massacre.
    Exigir que o funcionário seja responsabilizado, assim como seu gerente (justa causa e processo talvez?) e também o Carrefour (processo e multa altíssima) seriam suficientes para que algo assim não acontecesse mais.
    Mas não… As pessoas querem boicote geral de TODAS as lojas. Eu vi alguns até incitando vandalizar lojas, colocar dados pessoais desses funcionários na internet, etc. Caso isso aconteça outros funcionários, que foram totalmente contra o desfecho do coitado do animal, também serão punidos.

    • As pessoas jogam todo seu lixo interno, o que tem de pior, revestido de indignação. Quem está com a mente em um bom lugar não cogita “cortar a cabeça do segurança e jogar futebol com ela”. Isso não é indignação, é lixo interno transbordando.

      • Povo acostumado à barbárie nem imagina que existam outros meios de ser resolver esse tipo de questão. Somando-se a isso o fato de muitos zé ruelas terem à disposição hoje em dia as redes sociais para exibirem uma valentia que não têm na vida real e a desgraça está feita…

        • Eu conheço gente que conhece outros meios mas acha que “amor com amor se paga”. Nem sempre é ignorância, muitas vezes é revanchismo mesmo.

  • A pérola que vi foi um cara vegano falando que é hipócrita se indignar com o caso e comer carne. Pois é.
    Vai ser isso agora. Destruíram aquele (suposto) pacifismo multicultural e multirracial do povo brasileiro e a tendência é mais e mais panelinhas ideológicas correndo pra direções diferentes, estilo Estados Unidos, enquanto o país fica estagnado e quem está no poder faz o que quer. Parabéns a todos os envolvidos.

    • A pessoa querer comparar uma morte por puro sadismo com abater um animal para alimentação é um grau de retardo mental que eu nem consigo dialogar…

    • “A pérola que vi foi um cara vegano falando que é hipócrita se indignar com o caso e comer carne.”

      Puta que pariu! É sério isso?

    • Eu vi isso também. Sinceramente é aquele tipo de comentário que só se resolve com uma cadeirada bem dada na fuça de quem falou. TODO vegano que eu conheci era arrogante em algum grau. Tenho PAVOR de QUALQUER grupinho que se acha “iluminado” só por ser adepto de alguma religião, ideologia, estilo de vida e por aí vai.

      Quanto ao cachorro espancado eu fiquei com vontade de chorar só de ver as fotos e ler o que aconteceu.

      • Excessos. Todo grupo ou pessoa que abraça excessos e radicalismo acaba em um caminho pouco saudável. Veganos são um exemplo disso. Não existe “radicalismo do bem”, radicalismo é sempre um equívoco.

  • Só eu acho ABSURDO baterem no Carrefour por causa disso? Isso poderia ter acontecido no estacionamento de qualquer supermercado do Brasil, a marca não tem conexão alguma com o acontecido. Não é como se outras empresas fizessem alguma forma de análise psicológica de funcionários (ainda mais dos de baixo escalão como seguranças) para tentar prever a possibilidade de abusos contra animais. Se é que essa análise é possível… entendo que as pessoas fiquem profundamente incomodadas com o acontecido, mas não há lógica nenhuma em punir uma empresa por não prever e ter mecanismos de controle para algo basicamente impossível de prever e controlar.

    • Carrefour tem responsabilidade por quem contrata, como qualquer outra empresa teria, ainda que sejam funcionários terceirizados. Não é evitável contratar pessoas escrotas, nem acho exigível cobrar isso de uma empresa, mas acredito que a razão pela qual estão batendo é que esse estacionamento específico já foi palco de outras coisas duvidosas, como por exemplo agredir clientes: https://economia.ig.com.br/2018-12-05/carrefour-osasco-acoes.html

      Isso indica que a gerência do local não está cuidando de forma correta do treinamento ou da escolha dos funcionários, e por isso o Carrefour tem sim responsabilidade.

      • Estão batendo pelos likes nas redes sociais. Duvido muito que o brasileiro médio está preocupado com a excelência nos departamentos de RH por aí. Fosse qualquer outra marca em qualquer outra loja, a reação seria idêntica, é putez pela agressão ao cachorro e só. Pegaram o Carrefour para Cristo porque é assim que a internet funciona hoje.

        Que punam o responsável, que tenhamos medidas para evitar que abandonem animais… mas a não ser que o Carrefour solte um comunicado dizendo que defende o cara, a marca é inocente.

        • Eu também concordo com o Somir nessa. Poxa, a marca, a empresa não tem nada a ver com o acontecido. Só porque um, e apenas um, entre tantos funcionários, cometeu tal idiotice não significa que a marca também é idiota. É burrice boicotar o carrefour por causa disso. Isso só mostra, mais uma vez, que as pessoas não sabem bem separar as coisas.

          • Tem sim, Ge. A empresa tem que tomar 2 cuidados: quem contrata e observar de perto como cada funcionario performa, corrigindo erros e advertindo por posturas incorretas. Por isso cada pequeno setor tem um Gestor de Pessoas.

            Tinha um Gerente encarregado disso, pago apenas para fazer isso, que falhou miseravelmente.

          • Não é uma questão aberta a achismos: é lei. É responsável sim.

            Eu quero ver se um segurança do Carrefour fizer algo contra vocês ou contra alguém da família de vocês (como os de Osasco ja fizeram), se vocês vão achar que a empresa não é responsável…

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