O capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro (PSL), de 63 anos, tomou posse nesta terça-feira (1º) em Brasília como 38º presidente da República. O mandato vai até 31 de dezembro de 2022. LINK


E a sorte do país está lançada… pena que muita gente preferiu ficar mimizando por qualquer bobagem a prestar atenção do que vem por aí. Desfavor da semana.

SALLY

Difícil falar sobre outro assunto que não seja a posse do Presidente Bolsonaro. Foi um evento, no mínimo, curioso. Imagino que a maior parte de vocês estivesse viajando, dormindo ou apenas de ressaca e nem tenha passado perto do evento, mas eu vi e vou fazer um resumão dos principais desfavores.

Contrariando qualquer bom-senso, Bolsonaro fez alguns percursos de sua posse em um carro aberto. Mas olha… se eu levo uma facada e sei que tem trocentos malucos gritando que serão resistência, nem terno eu uso, vou de armadura. Mas o Pocket passou uma mensagem clara, que por sinal, foi uma das coisas que o elegeu: um dos lados positivos de ser insano seja é que ele não se intimida com porra nenhuma. Só assim para peitar a gritaria do lacre.

Ele visivelmente se emocionou e chorou durante o percurso. Compreensível, uma vida de decadência no Superpop discutindo com traveco e com o Rafael Pilha, sendo preterido, ridicularizado e motivo de chacota. O mundo dá voltas, hoje Bolsonaro é Presidente da República e o Pilha é milionário. Viva à virada de pêndulo!

O detalhe que chamou a atenção de muita gente foi um de seus filhos no carro aberto, gerando uma infinidade de Memes e comentários pejorativos. Chamaram o rapaz de mimado, infantilizado e outras atrocidades.

O Bolso-Filho (nunca sei o nome de cada um deles) deu uma entrevista dizendo que já que o pai é uma mula empacada de teimoso e cismou a todo custo desfilar em um carro aberto mesmo levando facada e recebendo centenas de ameaças, ele resolveu ir junto, pois se outro lunático tentasse dar uma facada nem o pai nem a primeira dama teriam forças para pará-lo. Então, ele foi meio em uma intenção de segurança.

Não julgo, não sei como estaria a minha cabeça se eu tivesse visto meu pai ser esfaqueado e ficar entre a vida e a morte. Mas, independente deste evento traumático, não custa lembrar que Dilma tomou posse no mesmo carro aberto e levou sua filhota no carro, então, eu sugiro que aqueles que são partidários do PT e fizeram esta crítica enfiem seus argumentos bem no meio de seu fiofó.

Em um determinado momento, o Presidente e o Vice devem prestar um juramento à Constituição. O Pocket foi lá e leu de boa, naquele esquema fanho, língua presa e meio analfabesta, mas quando chegou a vez do Mourão… o bicho berrava de um jeito que eu tive um mini-avc. Foi o primeiro juramento em Caps Lock da história. Mourão me parece um lunático sem qualquer senso de adequação.

O brasileiro, que é um fanfarrão, já está atualizando aquela pegadinha do gemidão do whatsapp para o juramento do Mourão: você abre, acha que é um vídeo ou áudio normal, e o Mourão começa a gritar no seu ouvido. Espero que esta pequena amostra grátis da sanidade mental do Mourão desencoraje todos que estejam pensando em matar ou pedir impeachment do Bolsonaro.

Bolsonaro, O Machista, O Misógino, O Retrógrado, performou uma cerimônia onde sua esposa discursou antes dele. E discursou em libras, ou seja, empoderamento feminino + inclusão. Obviamente torceram o nariz, mas, sejamos sinceros? Se fosse um ícone de esquerda a ter uma atitude dessas, estaria sendo aclamado. Aliás, o que é Michelle? Bonita, educada, postura impecável… Eu vejo Michelle entrando para o mundo da política, se fizer direitinho, sai a próxima Presidente da República daí. Anota.

A imprensa focou bastante nas esposas. Comentaram roupa, cabelo e outras futilidades. A mesma imprensa que diz que uma mulher não tem que ser julgada por seu corpo, suas roupas, sua aparência. Não que a gente não foque nesses detalhes mesquinhos, sempre e com prazer, mas ao menos não levantamos essa bandeira babaca de não-julgamento. E, by the way, a esposa do Mourão estava simplesmente horrível, vestida de Galinha Pintadinha.

O que mais me chamou a atenção durante todo o processo, até mesmo dias antes e dias depois, foi a suposta “resistência” se esvaindo. “Serei resistência”, até a página 2. Já tem global de primeiro time fazendo declarações de apoio a Bolsonaro em rede social, teve William Bonner fazendo continência, teve até Evo Morales dizendo que Bolsonaro é como um irmão para ele. Resistência de bosta essa, hein? Até resistência de chuveiro dura mais que esse bravateiros babacas.

Os próprios jornalistas parecem ter desaprendido a fazer resistência, só sabem fazer mimimi. Chegou ao ridículo de reclamarem que estavam sendo mantidos em “cárcere privado” pois não podiam circular por onde queriam. Um, especialmente imbecil, foi nas redes sociais todo indignado se queixar que os seguranças avisaram que não era para entrar em área restrita ou pular o muro, pois os seguranças não saberiam se era um invasor ou um jornalista. Meu anjo, em que planeta você vive? Tá chateado por não poder pular uma cerca ou adentrar em uma área proibida?

Realiza comigo se fosse na posse do Obama, por exemplo. Vocês acham que jornalista podia furar cerco de segurança e entrar em áreas proibidas? Na real, a segurança na posse do Obama foi muito mais severa. O problema não são as restrições e sim quem as impõe. É sempre sobre a pessoa, não sobre o ato em si. Tinha jornalista choramingando por não poder levar uma maçã inteira (coisa que também foi proibida na posse do Obama). Serão resistência, mas se não tiver maçã vão chorar em rede social?

Aí vieram boatos que estavam em condições desumanas, que não tinha água, que não podiam usar o banheiro. Depoimento de uma pessoa que estava lá: tinha água, tinha café e tinha banheiro, em TODOS os prédios onde tinha jornalista. O que não tinha era as regalias que governos anteriores davam, por sinal, uma baita duma esculhambação em matéria de segurança. Isso quer dizer que os governos anteriores eram mais legais? Não, isso quer dizer que ninguém tinha levado uma facada no bucho, porque se tivesse, acreditem, a segurança seria igual ou pior.

Como contribuinte, logo, como quem banca esta porra toda, acho é muito bom que não tenha carro oficial levando jornalista, banquete com dinheiro público para jornalista nem todas as demais regalias. Tiverem que ir de transporte público, ficar 8h no local e levar marmita. Vejam só, tiveram um dia de trabalhador na vida! Bem feito, muito bem feito!

Bolsonaro não surpreendeu. Ele é aquilo mesmo, aquele dos tempos do Superpop. Não se pode negar que ele tem coerência: ele mostra exatamente o que é e entrega exatamente o que mostrou. Serão anos de “Deus acima de todos” e baboseiras do tipo, mas ninguém aqui foi enganado. Fez um discurso com intenção pacificadora, pelo que pude entender de sua dicção lamentável (sério mesmo, tinham que legendar quando ele fala) e reforçou algumas promessas de campanha. Tá muito fácil pra ele, o demonizaram tanto que é só ele fazer o mínimo do mínimo que surpreende de forma positiva.

Mas, em um momento ele tocou meu coração: disse que vai fazer tudo que estiver ao alcance dele para erradicar de uma vez o politicamente correto do Brasil.

Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei ver isso saindo da boca de um Presidente da República. Está no poder uma pessoa que pensa exatamente como nós nesse quesito: o politicamente correto, o lacre, o limite no humor, são um câncer na nossa sociedade. Isso não será mais recompensado. O predador chegou, e eu estou aplaudindo de pé. Senhoras e Senhores, temos um presidente cujo ideal sobre liberdade de expressão está alinhado com o Desfavor.

Agora é fiscalizar para que o lado de cá, o lado do Bolsonaro, não se exceda por estar no poder. Assim como fiscalizamos ferrenhamente tudo que a esquerda fez nos últimos anos, agiremos exatamente da mesma forma com Bolsonaro e cia. Não é sobre partido, não é sobre lados, é sobre o ser humano. O ser humano, com poder, é um perigo. Estamos de olho. Não importa nossa simpatia, opinião ou querer, é preciso exercitar um olhar crítico para ver as coisas como elas são e não como gostaríamos que elas fossem.

E nesse ponto, o povo que está assistindo Bolsonaro subir ao poder está errando feio. Quem não gosta dele transforma seu desejo em uma previsão, dizendo que ele vai se ferrar, que vai sofrer impeachment, que vão matar ele na cirurgia. Não confunda o que VOCÊ gostaria com o que de fato vai acontecer, aprenda a ler a realidade. Quem gosta dele está dizendo que o país vai virar uma maravilha, que a violência vai acabar, que a economia vai dar um salto. Novamente, não confunda o que VOCÊ gostaria com o que de fato vai acontecer, aprenda a ler a realidade.

Essa massa de pessoas que não sabe ler a realidade, pois a contamina com seu querer, tal qual crianças pequenas fazem, me preocupa mais do que o próprio Bolsonaro. Adultinhos que projetam seus desejos como verdade e, quando esta “verdade” não se realiza, surtam, perdem o chão, se frustram de uma forma a prejudicar sua saúde mental. Quando foi que desaprenderam a ler os sinais para depreender o futuro?

Bem, a sorte está lançada. Se Bolsonaro fizer um bom governo, que ótimo. Se fizer um desastre, que ótimo também, por sinal, eu votei nele pensando nisso: quanto mais cagado, mais fácil de destruir o sistema como um todo e começar algo novo que realmente funcione. Vamos esperar, atentos, críticos e, acima de tudo, imparciais, sabendo formular previsões com base na realidade e não nos nossos desejos. Fiquem conosco, não acatando tudo que dizemos, mas ao menos lendo, refletindo e considerando – nos últimos dez anos estamos com uma bela cota de acertos.

Para dizer que se houver golpe militar (vá se tratar) a culpa é minha, para dizer que apesar de fazer merda Pocket vai divertir a todos nós ou para pedir o Pilha Ministro da Cultura: sally@desfavor.com

SOMIR

O que parecia uma piada alguns anos atrás, quando cantamos essa bola aqui no desfavor (numa vibe de “só faltava isso…”), aconteceu. Bolsonaro é oficialmente nosso presidente. Com o medo irracional daqueles que não votaram nele, com a confiança irracional dos bolsominions, e com uma desconfiança otimista do resto de nós. Presidentes não fazem lá tanta coisa assim no Brasil, os poderes são divididos o suficiente para que ele fique amarrado na burocracia e nos interesses daqueles que compõem o poder no país. Mas, quem sabe se a equipe ajudar? Popularidade é contagiosa e quase todos os outros políticos de carreira em Brasília e nas outras capitais estão sempre muito interessados em pegar uma carona na animação do povo para garantir suas reeleições.

Nos resta aguardar para ver como as coisas vão se desenrolar. Nesses primeiros dias de governo, pudemos ver um misto de bons e maus sinais vindos da equipe Bolsonaro. Mas mesmo assim, de forma até que previsível: Moro já começou a trabalhar e colocar em prática o plano para combater corrupção e crime organizado, a ministra crente já falou um monte de bobagens e criou a primeira meme politizada do ano com aquela conversa estúpida de “meninos vestem azul, meninas vestem rosa”. Infelizmente esse é o pacote que assinamos: pela CHANCE de menos corrupção e pessoas aparentemente sérias como o Ministro da Justiça, levamos de presente a da Cidadania.

Evidente que não precisamos de evangélicos no poder para ter alguma seriedade, até porque são todos financiados por estelionato legalizado, mas temos que trabalhar com a realidade que o preço para tirar o PT do poder calhou de ser o Bolsonaro. No mínimo dá para aplicar aquela minha teoria de que o governo brasileiro tem que ser trocado inteiro no máximo a cada oito anos para desmantelar sistemas de corrupção profissionais demais e colocar no seu lugar corruptos menos experientes com a máquina pública. Mesmo com algumas raposas velhas ainda presentes no governo Bolsonaro, prevejo pelo menos mais um ano antes que os esquemas comecem a funcionar direito.

E sim, estou tratando corrupção como uma inevitabilidade. Mesmo nos países mais desenvolvidos do mundo, ela existe. A diferença é que em lugares mais organizados, a corrupção não é a única forma de funcionamento, “sobrando” mais recursos para a população. Seja como for, espero um governo mais limpo, pelo menos no primeiro mandato. E, por incrível que pareça, caso a economia comece a funcionar melhor, a tendência é que a corrupção fique mais sob controle. No caso do Lula, por exemplo, a coisa começou a sair de controle no segundo mandato e na administração da Dilma. Enquanto as coisas vão bem, o sistema gera valor “honesto” suficiente para acalmar até mesmo os mais gananciosos.

Infelizmente, essa forma de análise mais centrada sobre as expectativas de um próximo governo não vai ser a norma. Já estamos vendo um processo muito parecido com o acontecido nos EUA, quando a polarização não termina com a eleição e continua escalando governo adentro. Tivemos uma prévia disso na reeleição da Dilma, e acredito que vai ser ainda mais pronunciado no mandato de Bolsonaro. É clara a má vontade daqueles que não votaram no presidente, e é quase que infantil a esperança vinda daqueles que digitaram o 17 na urna eletrônica. Para variar, o risco vem dos excessos…

Talvez os anos de experiência do Trump ensinem algo para Bolsonaro (para o próprio, nem um pouco) sobre escolher suas batalhas e tentar entregar as promessas menos controversas no começo do mandato e ir negociando as coisas mais difíceis sem fazer birra e colocar o país de refém… muito embora eu não aposte nisso. Outra possibilidade da qual acredito que vamos escapar é a polarização da grande mídia, até porque já vimos até mesmo a Globo abaixando o tom no início, ainda mais com o Bolsonaro dando tanta moral para o SBT… considerando que o governo é o maior cliente da grande mídia brasileira, injetando uma montanha de dinheiro todo ano, é provável que não vejamos nenhum dos grandes canais de TV ou jornais assumindo uma postura contra o Bolsonaro, pelo menos não escancarada.

Como a Sally bem disse, até mesmo se ele for um desastre tem algo para tirar de positivo: o sistema brasileiro não funciona de verdade, e é na crise que ficamos mais criativos. Talvez uma grande quebra de paradigma seja o maior legado de Bolsonaro, mas eu vou apostar num governo que mantenha pelo menos o combate à corrupção e mais estabilidade econômica. No final das contas, é o que mais faz diferença inclusive para as pautas de igualdade social que tanto geram atrito. Quanto mais rico e calmo um país, mais as pessoas toleram as diferenças e se dão ao “luxo” de se preocupar com direitos humanos. Por incrível que pareça, com uma boa política econômica é capaz do governo Bolsonaro sair com um saldo até positivo nessa área, a que mais preocupa a turma do lacre.

O desfavor vai continuar com sua linha cautelosamente otimista sobre Bolsonaro, e torcer para que os crentes se comam vivos disputando dinheiro e poder dentro do governo. Porque a cor da roupa das crianças é a menor preocupação de pastores e pastoras quando tem dinheiro na jogada. Vou apostar que vamos ver uma “moralização” de frases de efeito para fiel ver e poucas ações realmente restritivas aos direitos humanos básicos. Quem vive de trocar terreno no céu por dinheiro vivo já tem a corrupção tão integral ao modo de pensar que dificilmente vai conseguir se organizar para mudar a vida do brasileiro. Corrupção é inevitável, então que ela distraia os evangélicos. E nesse ponto, eu também conto com os lacradores: se eles continuarem gritando por tudo, fica mais fácil manter a pose de moralizador sem fazer praticamente nada. O sistema se equilibra.

Seja como for, estaremos aqui para criticar quando for o caso. Votei no Bolsonaro para não votar no Lula, e só. Vamos ver quantos desfavores da semana vão estar na conta dele até o final do ano…

Para dizer que logo logo ele vai dar muita pauta para a gente, para dizer que ele tem potencial para fazer discursos ainda piores que os da Dilma, ou para fazer um bolão de quanto tempo até o Ônix pedir demissão: somir@desfavor.com

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Comments (37)

  • Em se tratando de gafes linguísticas, o Bolsonaro é o Lula (sóbrio) da direita…Igualzinho.

    Votei no Paulo Guedes e sua equipe. O Bolso foi apenas uma alternativa pra não eleger um ladrao livre dirigido por um ladrao preso.

  • Wellington Alves

    Algumas pessoas estão confundindo o trabalho de inclusão com o politicamente correto. Olha, se tem uma coisa com o que essa turma do politicamente correto não se importa é com os deficientes.
    Você vê eles organizarem coletivos de gays, coletivos de negros, de mulheres… Mas nunca viu um coletivo de deficientes. Embora o número de brasileiros com algum tipo de deficiência seja enorme, coisa de 40 milhões, pra eles não é interessante pois não é tão simples usar esse contingente como massa de manobra. Dá muito trabalho! Eles querem gente que possa militar, ir pra rua, fechar a paulista, gritar palavras de ordem, tocar fogo em pneus… mudos não vão gritar ”Lula Livre” e nem ”fora, Bolsonaro!”.
    Todas as conquistas obtidas para as pessoas com deficiência foram mérito de seus familiares. São mães e pais que se organizam, que anulam suas vidas para cuidar de seus filhos, que vão bater na porta de políticos pedindo uma calçada ou um ônibus acessível na linha.
    A Michele não é uma oportunista que aprendeu libras num cursinho de marketing para campanhas eleitorais. É uma pessoa verdadeiramente comprometida com a causa e com desejo sincero de realizar algo de concreto nessa área.
    Na verdade, será difícil a vida dos politicamente corretos nesse governo. Quero ver eles fazendo contorcionismo pra ignorar O protagonismo da primeira dama!

    • Concordo plenamente. O politicamente correto nunca fez nada pela inclusão, só sabem gritar, demandar, destilar agressividade e ameaças. Atos que mudem o mundo, ainda não vi. E se dizem pró-inclusão, mas metem o cacete em quem realmente o faz, por não pactuar com seu posicionamento político. Porra, inclusão está muito além de política!

  • Que ele consiga fazer um bom governo. Muitos dos enormes problemas do país só tem solução à longo prazo, mas é preciso começar a resolvê-los.

    A cerimônia de posse, no geral foi ok. Bolsonaro, é aquilo mesmo, ninguém espera dele a finesse de um lord inglês. Mourão é duro, não tem nenhum traquejo político, mas, sem saber explicar o porquê, conta com minha simpatia. Michele encanta em qualquer aspecto que se olhe para ela. A esquerda colocar defeito em tudo é praxe, vão fazer isso todos os dias, em todas as oportunidades, até o final do mandato. Um porta-voz oficial resolveria os problemas de comunicação e o presidente e os ministros deveriam trabalhar mais a discrição – não há motivos para egos tão inflados.

    Como Somir disse, por hora também estou otimista cauteloso. A mudança foi brusca, necessária, e desfazer algumas coisas vai levar algum tempo. Espero que o Parlamento tenha aprendido o recado nas últimas eleições: a maioria quer mudança, não atrapalhem.

    • Esse papel ridículo da esquerda de criticar tudo a qualquer preço foi o que elegeu o Bolsonaro e será o que vai alavancar a popularidade dele durante o ano. Uma pena que sejam tão idiotas e não percebam.

  • Eu nem gosto do Pocket, mas estou seguindo a linha cautelosamente otimista mencionada pelo Somir. Sinto uma leve preocupação com os ministros fugitivos do hospício, mas duvido que eles terão poder real para causar algo relevantemente ruim. Não gostei da união da pasta ambiental com o agronegócio, principalmente por achar que este último é a essência do atraso do Brasil e porque deixar de tomar os devidos cuidados com o meio ambiente, por ironia do destino, acabaria inviabilizando o próprio agronegócio a médio-longo prazo. Vou torcer para estar errada novamente.
    De resto, acho que este resultado foi mesmo o menos ruim que poderíamos ter. Queria muito que o pessoal da tragédia se aquietasse um pouco, estou passando as férias com meus pais e eles acreditam piamente nas fake news de sites de esquerda. Preciso perguntar se o psiquiatra do meu irmão não quer fazer uma visitinha a eles…

      • Wellington Alves

        Não. Essa era a ideia inicial, mas ele reconsiderou. O ministro do meio-ambiente é o Ricardo Salles. Ele foi secretário do Meio Ambiente aqui em São Paulo. Está respondendo processo de improbidade administrativa, mas é só perseguição política de ONGs esquerdistas mesmo.

      • Não exatamente, mas ele tirou várias pastas do Ministério do Meio Ambiente e passou para o da Agricultura. Mas a ideia de unir ambas foi cogitada e abandonada após clamor popular. Eu suponho que ele vá passar as partes que incomodam o agronegócio para a agricultura mesmo, tirar o poder na prática e não de maneira nominal. A menção ao combate do desmatamento já foi retirada e a área obrigatória de preservação, que toda propriedade de produção agrícola precisa manter, vai ser (des) fiscalizada pela Agricultura. Acho isso preocupante, e não só pelo lado hippie falando alto. É que mexer muito na Amazônia vai atrapalhar a distribuição do ciclo de chuvas no Brasil inteiro e ser um tiro no pé do próprio agronegócio. Fora que o Ricardo Salles tem ficha suja justamente por uma condenação pelo favorecimento de mineradoras em uma secretaria de meio ambiente. Está muito cedo para dizer que será um desastre certo, mas espero que ao menos se tenha pensamento de longo prazo para gerir a questão sem ter aborrecimentos depois. Meio Ambiente não é frescura de país rico e hippie babaca, é uma questão delicada que pode incomodar, causar gastos e dores de cabeça que seriam possíveis de prevenir. Ainda mais numa economia tão apoiada em no agronegócio…

        • Paula, não tenho dúvidas que, independente da configuração, a questão do meio-ambiente vai ser um desastre total no Governo Bolsonaro. Além dele mesmo já ter dado vários indícios que caga baldes para isso, o perfil dele é mais material e imediatista. Vai asfaltar a Amazônia e transformar em um estacionamento. Mas… essa questão burocrática de extinguir Ministério eu não sei se acho ruim, são cabides de emprego com gente que, em sua esmagadora maioria, não tem qualificação, comprometimento e sequer aparece para trabalhar. Se enxugar esse povo servir para investir o dinheiro em órgãos regionais que de fato tenham conhecimento de causa e técnicos competentes, eu até sou capaz de aplaudir a iniciativa.

          • (…) não tenho dúvidas que, independente da configuração, a questão do meio-ambiente vai ser um desastre total no Governo Bolsonaro. Além dele mesmo já ter dado vários indícios que caga baldes para isso, o perfil dele é mais material e imediatista. Vai asfaltar a Amazônia e transformar em um estacionamento. Sally, esse trecho do seu comentário me fez lembrar desta música:

            https://www.youtube.com/watch?time_continue=35&v=yrtFfrq9-Mo

            Letra:
            Sabiá canta na varanda…
            No alpiste eu pus vidro moído!
            Como é bonito o urso panda…
            Empalhado ou mesmo cozido!

            Jacaré no seco anda…sofrimento…
            E tatu caminha dentro!

            Mico-leão, que lindo, faz careta…
            Dou-lhe logo um tiro de escopeta!
            Brigitte Bardot adota um bebê foca…
            Deve ser por falta de piroca!

            Jacaré no seco anda…sofrimento…
            E tatu caminha dentro!

            A floresta amazônica…monumento…
            Dava um puta estacionamento!

    • Também faço parte do time dos “cautelosamente otimistas”, Paula. Temos que ter esperança, mas com os dois pés atrás e torcer muito pra que, se der merda, que não seja uma merda maior do as muitas que já deram antes… O problema é que tem um monte de gente à minha volta que tá levando o “Messias” que faz parte do nome completo do Bolsonaro a sério demais…

  • Põe a esposa pra discursar em libras, depois diz que vai acabar com o politicamente correto no país
    Não vi muita coerência mas taokey né

      • Sim, é inclusão quando a pessoa está fazendo campanha, discursando e o intérprete tá ao lado. Mas quando a intérprete é a primeira-dama de um sujeito conhecido como machista nos quatro cantos do mundo, na cerimônia de posse e antes mesmo do marido discursar, parece mais jogada de marketing. Se fosse a mulher do luladdad a lacração seria óbvia, mas como o presidente é reconhecidamente anti-lacre a intenção dele foi só de incluir e emponderar? Michelle teve mesmo voz ativa em tudo isso?
        Não que eu esteja julgando quem acredita no caráter ou nas intenções dele, só acho que é uma estratégia rasteira demais pra ganhar simpatia. O pior é que dá certo, vide o deputado negro que fez campanha com ele e adotou até o sobrenome do cara (‘e ainda chamam ele de racista’, um colega de trabalho meu comentou). Só que uma hora ele vai ter que ser mais criativo que isso, porque até o brasileiro médio consegue enxergar padrões depois de certo tempo.

        • Pode até ser estratégia, provavelmente o é, mas a inclusão que foi feita é real. Uma coisa boa e concreta foi demonstrada, com repercussão positiva para todos os deficientes auditivos, coisa que eu não via faz tempo no Brasil, só via blá blá blá para tentar lacrar. Não estamos dizendo que Bolsonaro seja um anjo, boa pessoa ou preocupado com inclusão, apenas que um ato concreto de impacto positivo foi apresentado. Desqualificar isso usando a pessoa do Bolsonaro me parece um pouco sujo, pois se for este o caminho, nunca nada do que ele ou os dele façam terá valor.

  • O vestido da esposa do Mourão parecia um monte de papel crepom amassado e colado, tipo trabalho de artes da escola. Cruzes! Se isso é roupa chique, ainda bem que sou pobre, então. Dá pra achar uns vestidos mais bonitos no centro.
    Minha postura está pragmática, foda-se se o Biroliro não aplaude jovem descolado que usa droga e dá o cu, quero saber as atitudes do governo dele na economia e na segurança, pelo menos. Porque a doutrinação nas faculdades (que existe sim) não vai sumir tão cedo, me formei ano passado e alguns professores já estavam insuportáveis com esse papinho de “resistência”, imagina a partir de agora.

    • Eu acho que essa doutrinação antiga de escola e faculdade vai se extinguir sozinha. Não se sustenta por muito tempo

      • Eu já saí da escola há mais de 20 anos, na minha época já havia, era antes do PT. Não acabou até hoje, por que vc acha que agora vai acabar?

        • Porque o pêndulo virou, há cada vez menos espaço para isso, agora as pessoas que fazem isso tem predadores atentos, raivosos e muito bem respaldados. Serão caçados, acuados e intimidados como nunca antes foi visto.

        • Acho que existe em todos os lugares, até mesmo nas escolas. Mas havia espaço para isso, era cool, era aplaudido. Agora será severamente repudiado. Ficou claro (inclusive nas urnas) que lacre e esquerda são hoje minoria no Brasil e agora que a direita se enfureceu e está batendo, eles não tem a menor chance. É questão de tempo até essa dinâmica mudar.

        • (Já adianto que sei que nem todos os professores são assim e continuo contra a privatização completa do ensino.)

          É porque cursos de Humanas costumam ser mais subjetivos e não raro pedem a opinião do estudante. Isso abre margem pro professor abaixar sua nota sem precisar dar satisfação ou usar alguma desculpa como “essa parte não ficou muito clara”. Em cursos de Exatas 2+2 sempre vai ser igual a 4 e o professor terá que considerar essa resposta certa na prova, independente se o aluno for de esquerda ou de direita.

  • “Compreensível, uma vida de decadência no Superpop discutindo com traveco e com o Rafael Pilha, sendo preterido, ridicularizado e motivo de chacota. O mundo dá voltas, hoje Bolsonaro é Presidente da República e o Pilha é milionário. Viva à virada de pêndulo!”

    Fico imaginando a carinha de merda de todos aqueles que o insultaram, xingaram, cuspiram (oi ~Januílis~), fizeram troça da candidatura dele e afirmaram com convicção que Bolsonaro jamais seria Presidente. Ri e não foi pouco! Já dizia o ditado, “o mundo não gira, capota”!

    Em meados de 2015/2016 quando nenhum dos candidatos à presidência pensava em eleição, lá estava o Bonoro dando entrevista em programas de qualidade duvidosa, fazendo tour pelo país inteiro e se misturando com o povão (povão esse que outros políticos só interagem em período eleitoral). Foi muito esperto nesse sentido.

    “…mas quando chegou a vez do Mourão… o bicho berrava de um jeito que eu tive um mini-avc. Foi o primeiro juramento em Caps Lock da história. Mourão me parece um lunático sem qualquer senso de adequação.”

    Uns 50 jornalistas e militontos já tiveram a primeira amostra de um AVC nesse momento e outros tantos já começaram a chorar em posição fetal dizendo que “ain, uin, a ditadura jah comessô”. Certeza.

    “Bolsonaro, O Machista, O Misógino, O Retrógrado, performou uma cerimônia onde sua esposa discursou antes dele. E discursou em libras, ou seja, empoderamento feminino + inclusão.”

    Como é de praxe, nenhuma feminista comemorou ou achou lindo. Inclusive vi várias barangas ressentidas no Twitter dizendo que a Michelle fez isso pra “aparecer” (ou seja, a mulher faz trabalho social há anos com os surdos, mas pra gorda de cabelo roxo e piercing no septo “ninguém solta a mão de ninguém” isso não quer dizer nada e surdo não conta como “minoria”).

    “Mas, em um momento ele tocou meu coração: disse que vai fazer tudo que estiver ao alcance dele para erradicar de uma vez o politicamente correto do Brasil.
    Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei ver isso saindo da boca de um Presidente da República.”

    Admito que dei um sorriso involuntário neste momento. Nem eu acreditei no que eu ouvi.

    “…a ministra crente já falou um monte de bobagens e criou a primeira meme politizada do ano com aquela conversa estúpida de “meninos vestem azul, meninas vestem rosa”

    Mal Janeiro começou e já temos uma das maiores vergonhas alheias do ano. Nem é por causa do que a ministra disse (teria que ver o discurso todo pra saber o contexto disso), mas sim pela dimensão que deram ao que ela falou. Trataram isso como se ela tivesse baixado um decreto obrigando os homens a usarem azul e as mulheres rosa. Aí foi aquela cambada de abobalhados (capitaneados por artistinhas e globaizinhos) usar “rosa/azul” e postar na internet achando que estão afrontando o governo. Desse jeito o Bolsonaro se elege de novo em 2022 fácil, fácil.

    • Concordo com tudo, especial destaque para as feministas metendo o pau na Michelle. É uma crítica seletiva nojenta!

  • Rapaz, serão longos 4 anos. Se depender das atitudes que os esquerdistas radicais estão tomando, e já tivemos uma amostra nesta semana, a dinastia Bolsonaro vai continuar no poder por mais uns 50 anos. Tem filhos o bastante pra isso.

  • Credo, Sally, vira essa boca pra lá! Michelle não!!!!
    E achei beeem hipócrita essa história de acabar com o politicamente correto e botar a esposinha pra fazer discurso para os surdos na posse. Nojinho.
    Primeira-dama não é um cargo. É simplesmente a esposa do presidente. Tem que acabar com essa palhaçada de achar que elas tem que ter uma função e fazer alguma coisa. Fica parecendo que é tipo rei e rainha. Inveja da Angela Merkel e da Theresa May que eu nem sabia que marido tinham… mas bem, elas não são presidentas, né… Que ela vá cuidar das filhas pois quem ganhou a eleição foi o marido e ninguém está interesado no que ela tem a dizer.

    Se eu fosse surda acho que não ia querer aprender LIBRAS não. Muito ridículo aquelas caras e bocas. Legenda é mais digno. E eu não entendo porque precisa que cada país tenha uma linguagem diferente para os surdos. Se não há fonética acredito que poderia ser tudo igual, que isso é só para dizer que inventaram algo. Aquelas propagandas políticas com legenda e uma pessoa no cantinho fazendo os sinais, pra mim é dispensável. O indivíduo é surdo mas não analfabeto, pode ler a legenda. Não teve uma cantora (acho que foi Antita) que botou uma pessoa no palco para traduzir as músicas para os surdos? O que um surdo vai fazer num show de música eu não sei. Entendo que limite outras coisas, como uma peça de teatro, já que no cinema a maioria dos filmes é internacional mesmo e dá pra ver com legenda.

    Sem contar que não podia ser um único interprete, tiveram que contratar vários. De onde está saindo esse dinheiro? Não era pra cortar gastos? Nada contra os surdos, acho que eles tem que ser incluidos sim, mas não da maneira que foi, com um monte de gente querendo aparecer.

    • Legenda só é viável na Tv. Vai por mim, se você fosse surda você ia querer aprender Libras sim, seria a única forma de se comunicar ao vivo.

      Politicamente correto é patrulhar e perseguir quem pensa diferente de você. Isso não se confunde com inclusão, disponibilizar um meio para que pessoas com deficiência possam compreender o que está sendo dito.

    • Leona, se a pessoa era ouvinte e ficou surda, o problema é menor, já que ela já tem o conhecimento prévio da fonética do idioma. Já se a pessoa já nasceu surda, ou antes, não foi alfabetizada em qualquer idioma antes de ficar surda, fica difícil tentar entender determinadas palavras (como se pronunciam, o que significam) e mesmo estruturas mais complexas da língua pela falta do aporte fonético.

      Acredite, a parte auditiva também é importante no aprendizado de um idioma, e, neste caso, libras é mais que uma mão na roda, é ferramenta necessária, até por que comunicando pela expressão corporal e facial tu transmite muito mais e de maneira muito mais fácil.

      Sobre cada pais ter uma língua de sinais diferente: é porque cada pais, bem como cada cultura, interpreta determinado símbolo, objeto ou imagem, de maneira diferente, daí…

    • Mas eu nunca li tanta bosta em um comentário só (e olha que tem as pérolas do texto sobre gravidez!).

      “Se eu fosse surda acho que não ia querer aprender LIBRAS não. Muito ridículo aquelas caras e bocas. Legenda é mais digno.” E os surdos se comunicariam uns com os outros como, meu anjo?! Escrevendo bilhetinhos?!

      “Se não há fonética acredito que poderia ser tudo igual, que isso é só para dizer que inventaram algo.” Pra vc ter uma noção, em libras existem até gírias regionais. E muitas vezes há formas diferentes de se “falar” a mesma palavra dependendo do Estado. Nem sempre fonética é determinante para se criar um idioma.

      “Aquelas propagandas políticas com legenda e uma pessoa no cantinho fazendo os sinais, pra mim é dispensável.” Óbvio que pra vc é dispensável, né minha filha! Não é vc que é surda!

      “O indivíduo é surdo mas não analfabeto, pode ler a legenda.” Triste esse achismo seu. Estima-se que 80% dos surdos no mundo sejam analfabetos na linguagem escrita. Especificamente no Brasil, a estimativa é que 90% da população surda não saiba ler.

      “O que um surdo vai fazer num show de música eu não sei.” É uma das poucas maneiras que eles encontram para ter um pouco de convívio social, já que a maioria é analfabeta e muitas vezes mal conseguem pedir um lanche.

      “Nada contra os surdos, acho que eles tem que ser incluidos sim”. Só não pode ter uma pessoa no cantinho da tv fazendo os sinais, né?! Aí já é demais!

      “mas não da maneira que foi, com um monte de gente querendo aparecer.” Se pra vc é dispensável ter uma pessoa fazendo a linguagem dos sinais na tv, entendo vc ter achado 3 pessoas um monte de gente querendo chamar a atenção.

    • Que tal nos informarmos um pouco mais ao invés de ficarmos só nos achismos?

      Esse texto explica porque legendas não são viáveis se a intenção é incluir todos os surdos:
      http://blog.handtalk.me/acessibilidade-em-videos-para-surdos/

      Nem sempre é uma questão do que a pessoa quer, e sim do que ela pode. E o “ridículo” para uns às vezes é a única forma de comunicação de outros.

      Obs.: longe de mim dar sermão. Achei bem engraçado o carinha “interpretando” o hino nacional.

    • Primeira dama com as qualidades que você está dizendo, de ser tão capacitada quanto o seu marido – tipo a Marie Curie em relação ao Pierre Curie – só tivemos uma: Ruth Cardoso. Aliás, que interessante: ela viveu o casamento mais “de fachada” de todos, porque só se importava, de fato, com a fundação que presidia.

  • “O que mais me chamou a atenção durante todo o processo, até mesmo dias antes e dias depois, foi a suposta “resistência” se esvaindo. “Serei resistência”, até a página 2. Já tem global de primeiro time fazendo declarações de apoio a Bolsonaro em rede social, teve William Bonner fazendo continência, teve até Evo Morales dizendo que Bolsonaro é como um irmão para ele. Resistência de bosta essa, hein? Até resistência de chuveiro dura mais que esse bravateiros babacas.

    Esse pessoal da resistência tem mesmo é a tal da “coragem de gelo”. Aquela que derrete quando a chapa esquenta…

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